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A Árvore da Vida

               Quando Deus criou a Terra,


plantou um Jardim à oriente do Éden para que o homem e a mulher desfrutassem do privilégio
de sua presença por um tempo. Neste Jardim animais de todo tipo foram trazidos a Adão e ele
os nomeou (Gênesis 2:20). Também havia todo tipo de vegetação, pelo qual deduzimos que
Adão também as denominou. Duas árvores especiais foram colocadas no Jardim. Deus
chamou uma de árvore do conhecimento do bem e do mal, e outra de árvore da vida (Gênesis
2:8-9). Leí ensinou que às duas árvores eram vitais para que o homem exercesse arbítrio e
iniciasse a mortalidade (2 Néfi 2:15-16). A árvore da vida, como o próprio nome sugere
concedia imortalidade. E a árvore do conhecimento do bem e do mal possuía um fruto proibido,
que se comido, transformaria os corpos vivificados pelo espírito em corpos mortais, de sangue.
Adão e Eva podiam comer livremente da árvore da vida, mas não podiam comer da Árvore do
bem e do mal. Eles desobedeceram a Deus e se tornaram mortais. Se comessem do fruto da
árvore da vida na ocasião de sua transgressão se tornariam imortais, mas impuros - e seriam
afastados para sempre da presença de Deus, sem possibilidade de redenção. É por isso que
Deus colocou querubins e uma espada flamejante para impedir que Adão e Eva estendessem a
mão e vivessem para sempre em seus pecados. Foi concedido um tempo de arrependimento.
Quando o homem estivesse pronto, poderia provar do fruto da Árvore da Vida e desfrutar, com
um corpo imortal, da presença de Deus (Alma 42:5, 8 - a leitura do capítulo todo é fortemente
recomendada).
                Quando Leí teve uma visão do Plano de Salvação viu uma árvore a qual Néfi chamou
deÁrvore da Vida (1 Néfi 15:36). Essa Árvore possuía frutos brancos e deliciosos que enchiam
o corpo e o espírito de alegria intensa (1 Néfi 8:11-12). Néfi, que teve a mesma visão que Leí
(seu pai), aprendeu que o significado dessa árvore era o amor de Deus (1 Néfi 11:21-22, 25). A
Árvore da Vida portanto é símbolo da Expiação de Jesus Cristo.
                Assim, a Árvore da Vida representa a santificação advinda do poder do Salvador,
porque é pelo sangue de Cristo que somos santificados (Moisés 6:60). Essa santificação
elimina a culpa e a dor, enche a alma de alegria e salva e exalta os filhos de Deus (Helamã
3:35). É possível, porém, que aqueles que provaram desse fruto se envergonhem de Cristo e
caiam da graça e apertem-se do Deus vivo, por caminhos desconhecidos (1 Néfi 8:28, 33).
                Por todas essas considerações verificamos que só comemos o fruto da árvore da
vida quando vencemos. E só vencemos depois de ter percorrido o caminho estreito e apertado,
no meio da névoa de escuridão (1 Néfi 8:23-24, 30). Comer o fruto é receber a palavra mais
segura de profecia - que é ter a exaltação confirmada (D&C 131:5). Como a barra de ferro é a
palavra de Deus (1 Néfi 11:25) e o caminho estreito e apertado são os convênios e
ordenanças[1], nosso empenho em agarrar com firmeza a barra de ferro e caminhar com
resolução nos conduz tão somente ao chamado e eleição (GEE "Vocação e Eleição"). Isso
deixa claro o que João quis dizer em Apocalipse 2:7: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito
diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do
paraíso de Deus."
[1] O caminho estreito e apertado é o casamento, disse o Presidente Harold B. Lee (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:
Harold B. Lee, pg. 111). Antes do casamento no Templo, entretanto, há outros convênios e ordenanças. O primeiro é o batismo.
Por isso chamamos o batismos de primeiro convênio ou a porta (2 Néfi 31:17). Podemos resumir os requisitos para salvação, que
formam o caminho estreito e apertado, da seguinte maneira: (1) fé em Jesus Cristo e (2) arrependimento, (3) batismo, (4)
recebimento do dom do Espírito Santo (batismo de fogo) e perseverança até o fim. Perseverar até o fim é (5) receber o sacerdócio
(somente os homens), (6) casar-se no Templo e (7) continuar a guardar os mandamentos até que o Senhor nos justifique,
santifique e nos sele para exaltação. O casamento sem a perseverança é vão, pois o Santo Espírito da Promessa retirará o selo
aprovador e não haverá validade por conta da iniquidade.

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