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Foco: AUTOVISTORIA PREDIAL

Lei Estadual nº 6400 de 05/03/2013

Eng° Civil José Aurelio Bernardo Pinheiro

01 de outubro de 2016
INSTALAÇÕES DE GÁS

 Gás Natural
 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
ABORDAGENS PRINCIPAIS DURANTE A
PALESTRA
• Sistemas de distribuição de gás no interior das edificações - medição de
consumo individual e coletivo.

• Padrões de instalação.

• Instalações aparentes de gás. Exemplos diversos. Particularidades de


inspeção.

• Abrigos para medidores. Novos modelos adotados e suas particularidades.

• Providências iniciais de inspeção- documentação.

• Inspeção detalhada aos compartimentos de uma instalação. Adequações


dos ambientes com aparelhos instalados.

• Exemplos com fotos, de “Não Conformidades” em instalações de gás.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
ABORDAGEM ESPECIAL
LEI 6890 DE 18/9/2014 - Comentários rápidos
 Estabelece a obrigatoriedade da inspeção quinquenal de segurança nas instalações de gás das
unidades residenciais e comerciais supridas por gases combustíveis no Estado do Rio de Janeiro.

 Principais destaques e diferenças em relação a Lei 6400 (Lei de Autovistoria):


1- Se refere especìficamente à inspeções das instalações de gás (em uso) em unidades residenciais e
comerciais, sejam para gás natural canalizado ou gás liquefeito de petróleo fornecido em cilindros (GLP).

2- Inspeções a cargo somente de empresas acreditadas pelo INMETRO e cujo processo de acreditação se
baseia na norma NBR 17020 (norma para acreditação de organismos de inspeção).

3- Contratação e relação comercial livre, entre usuários ou proprietários das instalações e empresas
acreditadas.

4- Base normativa para as inspeções: NBR’s 15923 e 13103, além do Manual de Rede de Distribuição
Interna de gás publicado pela AGENERSA através de sua Instrução Normativa 48/2015 (INCODIR
48/2015).

5- Obrigatório às empresas inspetoras a realização de testes de estanqueidade para todas as unidades de


uma edificação, além de avaliação de níveis de presença de monóxido de carbono (CO) em ambientes.

6- Ao final da inspeção, a empresa credenciada fixará na unidade consumidora selo indicativo da vistoria
com data prevista para a próxima vistoria.

 --------------------------------Esta lei não será o foco principal desta palestra-----------------------------------


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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
ANEXO C- CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO EM REDE DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA RESIDENCIAL EM USO- USO INDIVIDUAL
REFERÊNCIA Inspeção Critério de aceitação Classificação Prazo (dias)
ABNT NBR Abertura permanente superior Seção livre mínima de 1600 cm2
15923 indireta em comunicação com até o comprimento de 4m Menor 90
o exterior
Material utilizado na ligação de Tubos flexíveis conforme ABNT Maior 60
aparelho NBR 14177

Chaminé com encaixes firmes Maior 60


Instalação de chaminé individual nas conexões com os aparelhos
a gás, conforme ABNT NBR 13103
Desobstruído, permitindo a Menor 90
Condições de acesso ao abrigo marcação, inspeção e manutenção
dos medidores
NOTA: REPRODUÇÃO DE PARTE DE TABELA, ANEXA AO MANUAL DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA DE GÁS E DE ACORDO COM INSTRUÇÃO NORMATIVA 48 AGENERSA
(LEI ESTADUAL 6890 DE 18/9/2014)

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
- GÁS NATURAL (GN) OU LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) -

COM MEDIÇÃO DE CONSUMO INDIVIDUAL E


CENTRALIZADA EM PAVIMENTO TÉRREO DE EDIFICAÇÕES

OBS: Não permitido o abastecimento concomitante dos dois combustíveis. A utilização de


um em substituição ao outro importará em adaptação/conversão prévia das instalações. 6
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
- GÁS NATURAL (GN) OU LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) -

COM MEDIÇÃO DE CONSUMO INDIVIDUAL E


LOCALIZAÇÃO DE MEDIDORES NOS PRÓPRIOS
ANDARES DOS IMÓVEIS

OBS: Não permitido o abastecimento concomitante dos dois combustíveis. A utilização de


um em substituição ao outro importará em adaptação/conversão prévia das instalações. 7
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
- GÁS NATURAL (GN) OU LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) -

COM MEDIÇÃO COLETIVA NO TÉRREO E


COM POSSIBILIDADE DE HAVER OU NÃO EM CONJUNTO,
MEDIÇÃO INDIV. NOS ANDARES

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Padrões de Instalações de Gás

Instalações embutidas (tradicionais)-


Se caracterizam por poucos trechos ou pontos aparentes, além dos
existentes no interior dos abrigos de medidores ou os pontos de consumo no
interior dos imóveis.
Instalações aparentes-
Como o próprio nome diz, totalmente descobertas e fixadas às estruturas,
paredes etc, por suportes e abraçadeiras. São bastante utilizadas hoje em
dia por empresas particulares e concessionárias em geral. Normalmente
constituídas de tubos e conexões de cobre, as instalações aparentes são
construídas de forma a solucionar questões de reformulação ou substituição
de antigos sistemas deteriorados de instalação de gás no interior das
edificações, bem como em outros casos, permitir a adoção de sistema de
abastecimento de gás em edificações antigas que não dispõem de
abastecimento, tudo sem os inconvenientes gerados por quebradeiras para
se embutir canalizações.
Sistema Misto-
É a união dos dois sistemas em uma mesma instalação. Por exemplo, uma
instalação de uma unidade com trecho externo ao imóvel (partes comuns da
edificação) totalmente aparente e no interior do imóvel totalmente embutido.
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Padrões de Instalações de Gás

IMPORTANTE

As instalações aparentes, por suas características especiais, requerem durante as


suas inspeções, cuidados adicionais em relação aos cuidados a serem tomados
para as inspeções em instalações tradicionais (embutidas).

São largamente utilizadas hoje em dia tanto para instalações de gás natural como
GLP e por isso merece um capítulo especial em nossa apresentação.

Ressalte-se que é permitida por normas e regulamentos há vários anos

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação de gás natural em edificação
antes sem abastecimento

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação gás natural

Instalação gás natural


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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalações para gás natural

Anteparo em aço 21
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre

Instalações para gás natural

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para GLP

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre

Instalação para GLP

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para GLP

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Exemplos de instalações aparentes -
Construção em tubos de cobre
Instalação para GLP

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Instalações de Gás- Projetos e construção
(REGULAMENTO DE INSTALAÇÃO PREDIAL- RIP – criado em 23/6/1972)
Modelos para abrigos de medidores

Regulamentação esta criada durante os anos 70, com o propósito de


estabelecer além de várias medidas de segurança, também todo o
receituário necessário ao dimensionamento de uma instalação de gás,
fornecendo ainda em alguns anexos detalhes construtivos para diversos
modelos de abrigos de medidores, através de indicativos de cotas e
afastamentos para as denominadas “medidas ao alto”, que conectam e
suportam os medidores de gás, fornecendo em consequência as
dimensões finais desses modelos de abrigos.

O RIP foi criado objetivando principalmente fornecer a projetistas e


instaladores, os padrões necessários à execução de instalações de gás
em prédios novos que viessem a ser construídos no estado.
Eng° José Aurelio
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Pinheiro
abril / 2015
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Montagem de abrigo de medidores conforme RIP

Recente

Antigo

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
A partir dos anos 90, época em que foi privatizada, a CEG passou a
desenvolver forte trabalho de conquista de novos consumidores, passando ela
mesmo a executar instalações em prédios antigos, que tivessem ou não
instalações internas para gás natural, mas muitas vezes com pouco espaço
interno para construção e instalação de seus abrigos de medidores nos
padrões de dimensões estabelecidos no RIP.

Teve necessidade então de modificar os modelos de abrigos de medidores até


então existentes, criando novos modelos bem mais compactos do que os
anteriores e que vieram a fazer parte de Normas Internas da empresa. As
chamadas NT’s.
Normas internas (NT’s/PE’s)
-Informações importantes para a autovistoria-
São diversas normas internas da empresa, complementares ao Regulamento de
Instalação Predial (RIP) e que estabelecem os procedimentos de trabalho das
empresas que são contratadas pela CEG, para execução de diversas atividades.

As NTs em alguns casos ampliam as soluções de instalações de gás destinadas a


consumo de gás em prédios antigos e já edificados.

Exemplo: Montagem de abrigos de medidores compactos, a partir da construção


de tubulações em seu interior (medidas ao alto) com afastamentos e alturas
inferiores ao anteriormente praticado, levando-se em conta a menor envergadura
dos medidores fabricados hoje em dia.

Consequência: Necessidade de espaço menor para instalação desses abrigos em


áreas comuns de prédios antigos e com problemas de área disponível.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Esquema de montagem de armário de
medição com base em Norma Interna CEG

Padrão antigo (RIP) Padrão recente (NTs)


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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Esquema de montagem de armário de
medição com base em Norma Interna CEG

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Abrigos de medição com base em Norma
Interna CEG
Montagem de PI sem lajes ou paredes divisórias

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Modificação na conexão de medidor de gás natural

Conexão de medidor com utilização de tubo flexível apropriado


-(realização a cargo da concessionária de gás natural)-
Tipo de conexão de medidor constante das Normas Técnicas CEG
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
-Armários de medidores-
Comparativo entre padrões

Armário de medidores montado com


base no estabelecido no RIP (c/ 3
medidores em cada porta)

A diferença entre as extensões totais dos Na mesma edificação, novo armário de medidores
padrões de abrigos, é em torno de 1 metro a (previsão 36 med) com base no que estabelecem
mais para a nova montagem Normas técnicas internas CEG. Inclui os medidores
do antigo armário a esquerda (c/ 18med) e de outro
Eng° José Aurelio B. Pinheiro semelhante existente. 35
INSPEÇÃO EM INSTALAÇÕES DE
GÁS
 Documentação a ser requerida:
Toda e qualquer documentação à respeito disponível, sejam:
-Plantas originais de instalação e as de eventuais modificações.
-Relatórios ou laudos de inspeções, visitas e intervenções realizadas nas
instalações inclusive pelas concessionárias ou distribuidoras.
Ex: relatórios de testes de estanqueidade, de reparos de escapamentos e
de manutenções diversas.
Obs:
1- obter tais documentos com síndicos ou responsáveis pelos imóveis
relacionando-os em seu relatório e mencionar a falta de alguma
documentação solicitada. A falta de documentação não inviabiliza a
autovistoria, devendo-se apenas mencionar tal fato no relatório
2- mencionar também o fato de alguma instalação não estar condizente
com projetos apresentados, seja em área comum ou autônoma da
edificação ou estabelecimentos comerciais.
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
INSPEÇÃO EM INSTALAÇÕES DE
GÁS

 GLP OU GÁS NATURAL

 Para pontuarmos os principais itens de inspeção de uma


instalação de gás, seja GN ou GLP, dividiremos uma
instalação de gás em 4 setores distintos conforme a seguir e
abordaremos cada um desses setores em separado:
◦ Abrigos (armários ou cabines) de medidores e as Centrais de
GLP
◦ Ramais internos
◦ Ramificações internas (“Instalações internas”)
◦ Aparelhos de utilização de gás, as adequações do ambiente e
requisitos para instalação de chaminés de aquecedores.
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

Pontos a serem observados:


(nota: todas as observações deste
capítulo se aplicam tanto à abrigos de
medidores para GN como para GLP)

 Abrigos livres de entulho


e material inflamável

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

 No caso da caixa de proteção abrir diretamente para o


logradouro público é obrigatório o emprego de porta metálica
com fechadura e visor para leitura.

 No interior do abrigo, não deve existir hidrômetro, nem


dispositivo capaz de produzir centelha, chama ou calor.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

 Abrigos de medidores de gás natural podem ser instalados em áreas de


servidão comum. Podem ficar no 1º subsolo das edificações, desde que
assegurados iluminação e ventilação. Excetuam-se os abrigos de medidores
para instalações de GLP e os vasilhames ou centrais deste gás que não
podem estar localizados em subsolos.

 Devem estar protegidos contra choque mecânico.

 Abrigo de medidor sempre deve ter fundo.

 O piso dos abrigos deve sempre ser cimentado e estar a 10cm no mínimo
do piso do local onde a cabine está construída.

 Caso a caixa seja tipo armário metálico suspenso fixado em paredes, o


fundo poderá ser do mesmo material da caixa.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

 Qualquer equipamento elétrico no interior de abrigos,


armários ou cabines, deverá ter sempre blindagem à
prova de explosão e destinado unicamente à iluminação
do ambiente.

 O equipamento à prova de explosão deverá conter


obrigatoriamente plaqueta de certificação INMETRO.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

Pode isso????

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

 Cada medidor de gás deverá ter sua válvula individual junto à entrada
de gás do medidor, de forma a possibilitar a interrupção de gás a uma
determinada unidade.

 O interior de abrigos de medidores, não poderá ter escapamentos de


gás, seja em interligações de tubulações e suas conexões, conexões de
medidores, válvulas etc. Tudo deverá estar estanque.

 Especial cuidado deve-se ter com o conjunto constituído de válvula e


regulador destinado a consumo de GLP (slide seguinte), bastante sujeito
a apresentar escapamentos de tempos em tempos.

 Em função dos itens acima, torna-se altamente recomendável a


aplicação de uma solução formadora de bolhas, em todas as conexões
aparentes no interior dos abrigos de medidores, inclusive junto a
válvulas, registros e os próprios medidores, para identificação de
possíveis escapamentos.
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

Pontos com ocorrência frequente de


escapamentos neste tipo de conjunto.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

ACESSO AOS ABRIGOS


 O acesso aos abrigos deve permanecer desimpedido, para facilidade
de inspeção e marcação do consumo.

 O acesso aos abrigos de medidores que estejam localizados em


coberturas ou prismas de ventilação, dados através de aberturas como
alçapões ou portinholas, deve possuir área livre de passagem superior
a 1,26 m².

 Recomenda-se que o acesso aos abrigos seja por escada fixa não
apoiada em escadas de emergência ou antecâmaras de incêndio.

 Recomenda-se para abrigos de medidores localizados em coberturas,


cujo acesso seja através de escada tipo marinheiro possuam guarda-
corpo de proteção contra queda a partir de 2,00 m de altura. 45
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

VENTILAÇÃO DOS ABRIGOS


 Os abrigos de medidores devem ser ventilados através de aberturas
para arejamento. Devem ser consideradas as áreas efetivamente úteis
existentes para a ventilação.
 A área total das aberturas para ventilação das caixas de proteção ou
abrigos deve ser de no mínimo 1/10 (um décimo) da área da planta
baixa do compartimento, sendo conveniente prover a máxima
ventilação permitida pelo local.
 As dependências dos edifícios, destinadas a localização dos abrigos,
devem ser mantidas amplamente ventiladas e iluminadas.
 Todas as observações e verificações até o momento apresentadas para
abrigo de medidores, valem também para abrigos de conjunto de
reguladores ou abrigos de regulagem.
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

Abrigo para conjunto de regulagem - (ventilação mínima = 10% área da planta baixa do abrigo)
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 – ABRIGOS
Inadequações frequentemente encontradas

????

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 – ABRIGOS
Inadequações frequentemente encontradas

Inaceitável

Cadê o fundo?
Eng° José Aurelio B. Pinheiro 50
1 – ABRIGOS
Inadequações frequentemente encontradas

Outra instalação inócua de equipamento à prova de explosão

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

CAIXAS DE PROTEÇÃO NOS ANDARES PARA GÁS NATURAL

 As caixas de proteção ou armários de medidores para gás natural localizadas


nos andares, sem possibilidade de ventilação permanente, devem ser
ventiladas através de aberturas localizadas na parte inferior das portas,
garantindo uma fresta mínima de 1 cm de altura, e por outra abertura na parte
superior da caixa de proteção ou cabine, comunicando diretamente com o
exterior ou através de duto vertical adjacente, este com a menor das
dimensões igual ou superior a 7 cm.

 A área total das aberturas para ventilação, incluindo fresta e o duto, deve ser
no mínimo igual a 1/10 (um décimo) da área da planta baixa do
compartimento. Neste caso, o duto vertical adjacente deve comunicar com o
exterior através da extremidade superior.

 A porta deverá ser sem venezianas, para dificultar o escapamento de gás para
o ambiente. 52
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

CAIXAS DE PROTEÇÃO NOS ANDARES PARA GLP

 As caixas de proteção ou armários de medidores para GLP localizados nos


andares, sem possibilidade de ventilação permanente, devem ser ventiladas
através de aberturas localizadas na parte superior das portas, garantindo uma
fresta mínima de 1 cm de altura, e por outra abertura na parte inferior da
caixa de proteção ou cabine, comunicando diretamente com o exterior ou
através de duto vertical adjacente, este com a menor das dimensões igual ou
superior a 7 cm.

 A área total das aberturas para ventilação, incluindo fresta e o duto, deve ser
no mínimo igual a 1/10 (um décimo) da área da planta baixa do
compartimento. Neste caso, o duto vertical adjacente deve comunicar com o
exterior através da extremidade inferior.

 A porta deverá ser sem venezianas, para dificultar o escapamento de gás para
o ambiente. 53
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1 - ABRIGOS, ARMÁRIOS OU CABINES DE
MEDIDORES

VENTILAÇÃO DOS ABRIGOS EM ANDARES SEM VENTILAÇÃO


PERMANENTE –(GLP e Gás Natural)

1- Corte na porta de 1 cm
OBS: Em prédios em construção, cujos
2- porta sem venezianas abrigos estejam projetados na mesma
11- duto com menor das dimensões igual a 7 cm situação acima, é construído um shaft
adjacente ao abrigo para sua ventilação. 54
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1-CENTRAL DE GLP (Gás Liquefeito de
Petróleo)
 Área devidamente delimitada e destinada ao armazenamento dos recipientes de GLP
de uma instalação de gás.
 É na central de GLP que se encontra o regulador de 1º estágio (ou 1º corte), o qual
reduz a pressão de gás advinda do interior dos cilindros (de 7 para 1 a 1,5 Kg/cm2),
possibilitando o fluxo de gás por tubulação primária até um abrigo de medidores ou
ponto de consumo, onde haverá sempre um regulador de 2º corte (ou 2º estágio) para
reduzir novamente a pressão de gás a nível de utilização nos aparelhos de consumo
(280mm c. a.).
Regulador de 1º corte s/ medição

Regulador de 2ª corte

c/ medição

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP (Gás Liquefeito
de Petróleo)
Denominação dos recipientes de GLP

Os recipientes podem ser transportáveis, transportável abastecido no local e


estacionários.
 Recipientes transportáveis (vasilhames até 90 kg GLP)- como o próprio
nome diz são removidos, transportados e substituídos regularmente, de
forma manual ou por qualquer outro meio.
 Recipiente transportável abastecidos no local (vasilhames até 190 kg GLP)-
não é substituído normalmente e é reabastecido periodicamente no local por
veículos específicos.
 Recipiente estacionário (vasilhames com mais 190kg GLP)- também são
abastecidos no local de instalação, mas identificam vasilhames com grandes
quantidades de GLP.

 NOTA: Os recipientes transportáveis e transportáveis abastecidos no local,


devem sempre estar protegidos por abrigos (cobertos).
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP (Gás Liquefeito
de Petróleo)

Central de GLP com vasilhames transportáveis e seu abrigo

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP (Gás Liquefeito
de Petróleo)

Central de GLP com vasilhames transportáveis mas com abastecimento no local.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP (Gás Liquefeito
de Petróleo)

???? - situação não conforme

Pigtail- tubo flexível para ligação de vasilhames

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP – Pontos a serem observados.

 O local de instalação de uma central de GLP, deve ser em atmosfera livre, de fácil acesso e
desimpedido, não podendo estar situado dentro da projeção da edificação. Podem estar
localizadas no limite da propriedade, desde que a parede ao longo deste limite seja
construída com TRF-2. Não poderá ainda estar localizada em forros , lajes de cobertura,
terraços de edifícios e locais confinados. Deve ser assegurada a proteção à sua integridade
e de seus vasilhames e em hipótese alguma estes poderão estar em subsolos das
edificações ainda que estejam vazios.

 Instalação elétrica no interior dos abrigos (caso necessário) deve ser à prova de explosão.
A altura mínima no interior dos abrigos deve ser de 1,80 m.

 Recipientes de gás devem distar no mínimo 1,5m de aberturas como ralos, poços,
canaletas e outras que estiverem em nível inferior ao dos recipientes. Devem ainda distar
no mínimo, 3m de qualquer fonte de ignição, incluindo estacionamentos e 6m de qualquer
depósito de materiais inflamáveis.

 A princípio não podem estar sob redes elétricas. Poderão no entanto permanecer sob redes
elétricas em baixa tensão (máximo 0,6KV) caso a central tenha laje de cobertura
construída com TRF-2 (conforme NBR 10636).
Eng° José Aurelio B. Pinheiro 60
1- CENTRAL DE GLP – Pontos a serem observados.

 Recipientes ou vasilhames sem utilização e mesmo vazios devem ter suas válvulas
de saída fechadas. Não devem apresentar vazamentos, corrosão ou amassamentos e
devem apresentar bom estado de válvulas, conexões etc.

 Cilindros de até 45 kg podem estar dispostos no abrigo em 2 filas, mas acima desta
capacidade somente em 1 fila.

 As portas dos abrigos deverão ser dotadas de venezianas, tela metálica, grade ou
similar. A área total mínima de ventilação dos abrigos deve ser de 10% de sua
planta baixa, devendo ser provida a máxima ventilação possível. Os abrigos devem
possuir janelas (de preferência laterais), uma superior e outra inferior, com área
mínima cada uma de 0,03m2 e de tal forma que as janelas proporcionem ventilação
total de 10% da área do piso do abrigo.

 Os recipientes devem estar assentados em base firme, nivelada e de material


incombustível.

 As centrais devem conter aviso com a inscrição: PERIGO – INFLAMÁVEL-


PROIBIDO FUMAR. 61
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP – Pontos a serem observados.

Observações específicas para vasilhame transportáveis abastecidos no local.


 A linha de abastecimento, deve ser externa às edificações e provido de ponto de purga
para a atmosfera o qual deverá respeitar os afastamentos previstos na tabela abaixo para a
tomada de abastecimento. O dreno somente pode ser feito através de orifício com
diâmetro máximo de 3mm e em local ventilado.

 As tomadas para abastecimento de centrais devem estar dentro da propriedade, mesmo


que junto a divisa, mas sempre no exterior da edificação, podendo ser nos próprios
recipientes, na central ou em qualquer ponto afastado da central, desde que demarcado e
respeitando as distâncias da tabela abaixo.

 É vedado tomada de abastecimento em caixas ou galerias subterrâneas e próximas de


depressões do solo, valetas para captação de águas pluviais, aberturas de dutos de esgoto
ou de acessos subterrâneos.

62
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP – Pontos a serem observados.

Observações específicas para centrais com vasilhames estacionários.


 Os recipientes estacionários de superfície, devem ser protegidos através de tela ou gradil de
material incombustível, com no mínimo 1,80 de altura, que não interfira na ventilação,
contendo no mínimo 2 portões com 1m de largura no mínimo em lados opostos ou localizados
nas extremidades de um mesmo lado da central, abrindo para fora. Gradil e portão devem
obedecer os distanciamentos da tabela abaixo.

 Havendo necessidade de construção de paredes TRF-2, a quantidade máxima de paredes deve


ser limitada a duas e com altura mínima de 1,80m ou a altura do recipiente, o que for mais alto,
sendo o comprimento igual ao do alinhamento de vasilhames com mais 1 metro para cada lado
e distanciamento dos vasilhames entre 1 e 3 metros .

63
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP (Gás Liquefeito
de Petróleo)

AFASTAMENTOS MÍNIMOS DAS CENTRAIS DE GLP ATÉ A PROJEÇÃO HORIZONTAL DAS EDIFICAÇÕES

RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS RECIPIENTES ESTACIONÁRIOS

Quantidade de GLP (kg) Afastamento mínimo (m) Capacidade do reservatório (m³) Afastamento mínimo (m)

Até 540 0 até 1,0 0

entre 540 e 1080 1,5 entre 1,1 e 2,0 1,5

entre 1080 e 2520 3 entre 2,1 e 5,5 3

entre 2520 e 4000 7,5 entre 5,6 e 8,0 7,5

Nota: A tabela acima é básica. Deve-se consultar publicação de documento da Diretoria de Serviços
Técnicos do CBMERJ “ Aditamento Administrativo de Serviços Técnicos nº 006- Nota DGST
208/2013”, que complementa o COSCIP- Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Tal documento
apresenta flexibilizações à tabela acima que em algumas situações reduzem os afastamentos mencionados.
Recomenda-se consulta também a NBR 13523:2008 para informações a respeito.
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
1- CENTRAL DE GLP (Gás Liquefeito
de Petróleo)
Proteção contra incêndio
 Junto às centrais de GLP, devem ser instalados extintores de
incêndio, com acesso fácil e desimpedido, em quantidades e
capacidades mínimas conforme a tabela:

COLOCAÇÃO DE EXTINTORES

Quantidade de GLP (kg) Quantidade e capacidade de extintores


2x (20-B) ou
até 270 2 CO2 (6 kg)

2x (20-B) ou
de 271 a 1800 4CO2 (6 kg)

2x (20-B) + 4 CO2 (6 kg) + 1


acima de 1800 1 (80-B) ou CO2 (25 KG)
Nota: Recomenda-se consulta às regulamentações do DST do CBMERJ para informações de alternativas em relação a
capacidades de extintores que provocarão variações em relação a tabela acima.
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
2 - RAMAIS INTERNOS

Ramal interno: trecho de canalização oriunda da rede externa de gás,


e que fica localizado no interior da propriedade (entre o limite da
propriedade e os medidores).

OBS: No caso de instalações de GLP, pode ser entendido como o trecho intitulado Rede Primária,
que interliga as centrais de GLP a partir do regulador de 1º corte e até os reguladores de 2º corte

Redes primárias 66
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
2 - RAMAIS INTERNOS

As situações a seguir se ocorrerem, devem ser consideradas inaceitáveis


ou não conformes:
 Passagem de ramal por tubos de lixo, dutos de ar condicionado e outros.

 Passagem no interior de cisternas e dutos de água pluvial ou esgoto.

 No interior de compartimentos de aparelhagem elétrica.

 Em dormitórios.

 Em compartimentos não ventilados.

 Em qualquer vazio (a não ser que amplamente ventilado).

 Em poços de elevadores.

Os ramais internos, caso aparentes, devem ainda estar protegidos contra


choques e apresentar boas condições, ou seja, sem oxidações, amassamentos,
nem escapamentos localizados. Os trechos aparentes devem estar pintado
sempre de amarelo.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
3- RAMIFICAÇÕES INTERNAS – GN / GLP

São os trechos de canalizações (externos ou internos aos imóveis)


entre os medidores e os pontos de consumo no interior dos imóveis

Ramificações internas
(“Instalações internas”)

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
3- RAMIFICAÇÕES INTERNAS – GN / GLP

Avaliações a serem realizadas durante as inspeções:


 Passagem de tubulação em ambiente não ventilado ou em espaço confinado (ex: forro
falso).

 Para casos de instalação aparente em tubos de cobre, fixada à estrutura do prédio com
abraçadeiras de metal, deve-se verificar se foi previsto a colocação entre tubo e
abraçadeira, algum material isolante, evitando-se com isso contato indesejado e não
permitido das duas peças.

 Para qualquer tipo de instalação, todos os seus componentes (tubos, conexões e válvulas
ou registros) devem estar em bom estado, não se admitindo corrosão, amassamentos e
imperfeições diversas.

 Tem as mesmas restrições dos ramais alimentadores, no que se refira a proibição para
passagem por dutos diversos (tubos de lixo, vão de elevadores etc), ou ainda por
ambientes com equipamento elétrico instalado como casas de bombas, PC de energia
etc.

 O vedante aceito para conexões roscadas é o teflon. Proibido zarcão ou sisal.


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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
3- RAMIFICAÇÕES INTERNAS – GN / GLP

 Para o tipo de instalação aparente, deve ser verificado, o estado da canalização e seus
suportes (quanto a questões de corrosão), sua firme e correta fixação e o espaçamento
adequado dos suportes, além da obrigatoriedade de pintura das canalizações, que deva ser
em amarelo ou no caso de outras cores, ter adesivos com indicação “GÁS” a cada 10
metros. As tubulações que correrem nas partes comuns da edificação, excetuando halls
de acesso a apartamentos e fachadas, obrigatoriamente deverão estar pintadas unicamente
em amarelo, bem como o ramal alimentador aparente.

 As instalações aparentes devem (assim como abrigos de medidores e assim como as


centrais de GLP ) estar protegidas contra choques e sempre que necessário devem ser
instalados anteparos que os protejam.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
3- RAMIFICAÇÕES INTERNAS – GN / GLP

 As instalações de gás devem manter distância de instalações de outros tipos conforme o


constante na NBR 15526 (ver tabelas completas com distanciamentos na NBR e
também Manual de Rede de Distribuição Interna/ IN48) .

Exemplo de não conformidade para este ítem:


-Instalações de gás em paralelo com instalações elétricas protegidas (por eletroduto não
metálico) a menos de 30mm de distância e a menos de 50mm de instalações elétricas não
protegidas. Em cruzamentos com este tipo de instalação a menos de 10mm em qualquer
situação.

 Materiais aceitos: Os tubos deverão ser em aço (galvanizado ou não) com conexões em
ferro maleável ou aço forjado conforme o caso ou ainda em tubos e conexões de cobre.
Já são aceitos pela CEG os tubos multicamada (PE/al/PE) e os tubos PE/aço, devendo
tais tubos terem proteção contra a incidência de raios ultravioletas quando instalados
externamentes. Não se admite qualquer trecho de canalização em PVC.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
3- RAMIFICAÇÕES INTERNAS – GN / GLP

 O distanciamento mínimo das instalações de gás para todos os componentes de


uma instalação de para raios (cordoalhas, hastes etc) é de 2 metros.

 Não é permitida passagem de instalações aparentes por ambientes não


ventilados.
Ex: Passagem de tubulações em halls de acesso à apartamentos não ventilados

Não permitido instalação

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
3- RAMIFICAÇÕES INTERNAS – GN / GLP
ESTANQUEIDADE DAS INSTALAÇÕERS
O caráter visual da autovistoria impõe as seguintes verificações quanto a estanqueidade:
 É altamente recomendável e importante, verificações diretas de escapamentos, nos poucos trechos
aparentes (isto no caso de instalações embutidas) das instalações domiciliares e comerciais de gás, tais
como o trecho entre a saída da instalação na parede e registros próximos a fogões, aquecedores etc,
incluindo os próprios registros e as conexões flexíveis ou rígidas de aparelhos à estes registros,
aplicando-se nestes pontos, uma solução formadora de bolhas como a mistura de água e detergente por
exemplo.

 Verificar na documentação eventualmente fornecida por síndicos ou moradores, relatórios ou laudos


recentes, de revisões eventualmente realizadas nas instalações de gás de uma edificação. Tendo havido
a realização de testes de estanqueidade, verificar o resultado encontrado nas instalações. Constando
escapamento em algumas instalações, verificar se houve reparo nestas instalações com obtenção
documentada de estanqueidade nas instalações anteriormente defeituosas ou com escapamento.
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Eng°José Aurelio B. Pinheiro
3- RAMIFICAÇÕES INTERNAS – GN / GLP
ESTANQUEIDADE DAS INSTALAÇÕERS

É lícito ao inspetor de autovistoria determinar fornecendo prazo, que o responsável


pela instalação de gás providencie avaliação e se for o caso reparo imediato
através de empresas/profissionais especializados, com apresentação posterior de
certificação de comprovação de estanqueidade da instalação em questão, em caso
de ocorrência de alguma das situações abaixo:

1- Relatórios/laudos apresentados pelos responsáveis com dados de


escapamentos em instalações, sem indicativos de posterior reparo com obtenção
de estanqueidade.
2- Constatações diretas por parte do inspetor, de escapamentos em qualquer ponto
da instalação inspecionada (recomendável informar além do responsável, síndicos
e a própria concessionária).
3- Odor recorrente de gás nos ambientes inspecionados (mesma recomendação
anterior).

Toda documentação técnica relacionada deve estar acompanhada de


Responsabilidade Técnica com apresentação de ART paga, devendo ser copiada
pelo inspetor para sua guarda e vinculada ao seu laudo de inspeção.
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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

Aparelhos de circuito aberto e de circuito fechado

Os aparelhos a gás de circuito aberto são aqueles que utilizam o ar necessário


para efetuar a combustão completa, da atmosfera do local onde estão
instalados, necessitando assim, de determinadas condições de ventilação, ou
seja, entrada de ar e exaustão dos produtos da combustão.
Requerem condições ideais de ventilações nos ambientes onde se encontram.

ventoinha

Aquecedor c/ exaustão natural Aquecedor c/ exaustão forçada 75


Eng° José Aurelio B. Pinheiro
4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

Aparelhos de circuito aberto e de circuito fechado

Os aparelhos a gás de circuito fechado são aqueles nos quais o circuito de


combustão (entrada de ar e saída dos produtos de combustão) não tem
qualquer comunicação com a atmosfera do local onde estão instalados.
Não requerem condições ideais de ventilações mínimas de ambientes.

ventoinha

Aquecedor c/ exaustão natural Aquecedor c/ exaustão forçada 76


Eng° José Aurelio B. Pinheiro
4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

Estado físico dos aparelhos a gás

Os aparelhos a gás devem estar em bom estado aparente, sem vazamentos de


água ou gás. As chamas dos queimadores não podem estar excessivamente
avermelhas ou amareladas, com flutuações, deslocando-se dos queimadores ou
ainda apagando, seja em fogo alto ou baixo.

No caso de aquecedores, devem estar convenientemente fixados e com sua


capa instalada.

No caso de fogões, todos os registros de ramais do fogão devem estar


instalados e funcionando, operando bem fogo alto ou baixo.

Todas as observações anteriores valem também para o forno do fogão.


4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

Verificações a realizar nos ambientes com aparelhos de consumo instalados:


 Todos aparelhos devem ter registros próprios que bloqueiem o abastecimento
de gás. Não é permitido 2 aparelhos comandados por um único registro. Tais
registros devem ser sempre do tipo esfera, não se admitindo outro tipo. Devem
estar em local de fácil acesso e ventilados. Se estiverem dentro de armários
este deve estar ventilado.
 As ligações dos pontos de gás aos aparelhos devem ser por meio de ligações
rígidas ou por meio de tubos flexíveis metálicos. Estes últimos devem cumprir
os requisitos da norma NBR 14177 e deve ter esta inscrição em seu corpo. Os
flexíveis podem ser do tipo 1 para aparelhos que possam ser movimentados e
do tipo 2 para aparelhos que não sofram movimentação..
Inscrição da norma e validade

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

 Fogões com mais de 360 kcal/min devem ter instalação complementada com coifa ou
exaustor.
 Aquecedores (circuito aberto) devem ter obrigatoriamente chaminés com trecho
inicial vertical mínimo de 35 cm, devendo tal chaminé ser sempre ascendente, indo
diretamente ao exterior e sendo provido em sua extremidade final de terminal T.
 Aquecedores de circuito aberto não podem ser instalados no interior de boxes ou
acima de banheiras ou ainda em banheiros com ventilação mecânica (ocorrendo tal
situação os aquecedores devem ser retirados ou substituídos por aparelhos de circuito
fechado).
 Em instalações comerciais, havendo renovação do ar unicamente por exaustão
mecânica, deve haver bloqueio do fornecimento de gás por válvula solenóide
eletricamente interligada ao sistema de exaustão, em caso de não funcionamento
deste.
 O inspetor de instalações de gás deve obrigatoriamente estar munido de uma trena que
o leve a realizar as seguintes verificações: Volumes e áreas de ventilação de ambientes
com aparelhos a gás de circuito aberto instalados. Sendo que:
VOLUME MÍNIMO DE AMBIENTES RESIDENCIAIS COM APARELHOS INSTALADOS
 Volume mínimo de banheiros com aquecedor de circuito aberto é de 6m3. Fogões
também deverão estar instalados em ambientes com mínimo de 6 m3, podendo neste
caso ser considerada incorporação de área de ambiente contíguo.

Eng° José Aurelio


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Pinheiro
abril / 2015
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

VOLUMES MÍNIMOS DE AMBIENTES DE USO COMERCIAL

• 1ª situação: Se somatório de potências caloríficas dos equipamentos for até


430 kcal/min:
- volume mínimo de ambientes = 6m3 (idêntico ambiente residencial)

• 2ª situação: Se somatório de potências caloríficas superior a 430 kcal/min:


- volume mínimo dos ambientes (m3) = somatório das potências dos aparelhos
expressas em termias/hora, sabendo-se que:
1 termia/hora= 1000kcal/hora
obs: O ambiente não poderá ter volume inferior a 6m3

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES
ÁREAS DE VENTILAÇÃO DE AMBIENTES COM APARELHOS INSTALADOS
Todo ambiente com aparelho a gás (de circuito aberto) instalado deve dispor de
condições de ventilações mínimas permanentes.

1-VENTILAÇÃO DE AMBIENTES DE USO RESIDENCIAL– áreas mínimas de ventilação


 Aparelhos a gás (circuito aberto) somente em locais com ventilação permanente mínima de 800
cm², constituídas de uma ventilação superior acima de 1,50m e com vão livre efetivo de 600 cm² e
outra inferior abaixo de 0,80m com vão livre efetivo entre 200 e 400 cm².

A ventilação inferior pode ser obtida também por um


corte inferior de porta. 81
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

1-VENTILAÇÃO DE AMBIENTES DE USO RESIDENCIAL– áreas mínimas de ventilação

 Nos casos de banheiros sem comunicação direta com o exterior, a abertura


superior em comunicação indireta com o meio externo é permitida, desde que haja
seção livre mínima de 1.600 cm² de exaustão, com o comprimento máximo de 4m.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

2- VENTILAÇÃO DE AMBIENTES DE USO COMERCIAL– áreas mínimas de ventilação


- Ventilação direta e indireta (por dutos)-
2.1- Ventilação direta
• 1ª situação: Potência total calorífica de equipamentos instalados menor ou igual a 320
kcal/ min:
Área total mínima de ventilação = 800 cm2 (idêntica de ambiente residencial)

• 2ª situação: Potência total calorífica de equipamentos instalados superior a 320 kcal/


min:
Área de ventilação total (em cm2) = 1,5 x Potência total calorífica de
equipamentos instalados (em kcal/min),
sendo que: vent superior = 75% da área calculada e vent inferior = 25 a 50% da área calculada
.
Obs: a ventilação total calculada não poderá ser inferior a 800cm2

Eng° José Aurelio B. Pinheiro 83


4 - APARELHOS DE UTILIZAÇÃO DE GÁS
E AS ADEQUAÇÕES DE AMBIENTES

2- VENTILAÇÃO DE AMBIENTES DE USO COMERCIAL- áreas mínimas de ventilação


- Ventilação direta e indireta (por dutos)-

2.2-Ventilação indireta (por dutos)


• 1ª situação: Dutos verticais (ambientes e aparelhos instalados em subsolo)

Área de duto (vent inf ou sup)= área calculada (conforme slide anterior) x 2
Obs: Neste caso é vedada a utilização de GLP

• 2ª situação: Dutos horizontais

Área de duto (vent inferior ou superior)


Compr de duto até 3m------------------- área calculada (conforme slide anterior) x 1
Compr de duto de 3 a 10m------------- área calculada (conforme slide anterior) x 1,5
Compr de duto acima de 10m–------- área calculada (conforme slide anterior) x 2

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO DE
CHAMINÉS DE AQUECEDORES
• É proibida qualquer emenda ao longo do percurso das chaminés, exceto na conexão com o
aquecedor ou o terminal T.

• Chaminé para aquecedor de circuito aberto deve obrigatoriamente ter trecho vertical inicial com 35
cm, antes da primeira curva.

• Devem estar convenientemente fixadas ao aparelho a gás e ao terminal T, para evitar vazamento dos
produtos da combustão para os ambientes.

• A chaminé deve ir até o exterior da edificação.

• A chaminé deve ser sempre ascendente.

• O tipo de chaminé a ser utilizado é sempre o corrugado de alumínio.

• Os dutos de chaminés coletivas, só podem receber 2 derivações individuais em cada andar e servir
somente a 9 pavimentos no total, não se admitindo sua extremidade superior terminando sob
telhados e coberturas confinados ou com bloqueio de saída de gases, além de qualquer
estrangulamento ao longo de seu percurso e saída superior.

• A ligação de dutos individuais aos coletivos deve ser sempre ascendente.

• As chaminés (coletivas ou não) não podem ter qualquer estrangulamento ao longo de seu percurso.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

-Utilização de materiais não permitidos no


Luminária não apropriada. abrigo.
-Sem porta.
Não é a prova de explosão.
-Conexões dos medidores em péssimo
estado.

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Instalações de gás, inclusive para medidores, em ambientes com equipamentos elétricos (bombas d’água,
chaves elétricas diversas, iluminação não aproprida etc).
Instalações em péssimo estado;

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Abertura possibilitando escape dos produtos da combustão

88
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Aquecedor sem chaminé

Aquecedor com chaminé


descendente

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Chaminé sem percurso vertical inicial de 35cm

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Chaminé que não vai ao limite mais


externo da edificação Terminal T na horizontal

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Tubo flexível não adequado

Fios e dutos de instalação elétrica junto ou


enrolado na instalação de gás

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Instalação em local confinado (não ventilado permanentemente)

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Equipamento com mal funcionamento, chama excessivamente amarelada, queimadores


entupidos etc.

Funcionamento ideal 94
Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Chaminé coletiva com saída em espaço confinado

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Algumas não conformidades frequentes

Equipamento em mal estado

Ventilação do abrigo de
medidores insuficiente

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
NORMAS DE REFERÊNCIA

 ABNT NBR 14177:2008 – Tubo flexível metálico para inst. de gás combustível de baixa
pressão.

 ABNT NBR 15923:2011 - Inspeção de rede de distribuição interna de gases combustíveis em


instalações residenciais e instalação de aparelhos a gás para uso residencial. Procedimento.

 ABNT NBR 13103:2013 - Instalação de aparelhos a gás para uso residencial- Requisitos.

 ABNT 15526:2012 - Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações


residenciais e comerciais- projeto execução.

 ABNT NBR 13523:2008 - Central de gás liquefeito de petróleo.

 ABNT NBR 5580:2013 - Tubos de aço carbono para usos comuns na condução de fluidos.

 ABNT 15345:2013 - Instalação predial de tubos e conexões de cobre e ligas de cobre

 ABNT NBR IEC 60079-26:2008 - Equipamentos elétricos em atmosfera explosiva de gás.

 ABNT NBR 5419/2015 – Proteção contra descargas atmosféricas

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
ABNT NBR 15358/2014 – Rede distribuição interna em instalações não resid. até 400 KPA

ABNT 13206:2013 - Tubos de cobre, sem costura, para condução de fluidos- Requisitos

Regulamento de Instalações Prediais- RIP- Decreto 23.317 de 10/07/1997

Regulamento e Manual de Rede de Distribuição Interna de gás (Instrução Normativa 48


AGENERSA)

ABNT NBR 14518- Sistemas de ventilação p/ cozinhas profissionais

DECRETO 897 DE 21/9/1976- Código de segurança Contra Incêndio e Pânico- COSCIP

ADITAMENTO ADMINISTRATIVO DE SERVIÇOS TÉCNICOS Nº 006- DIRETORIA


GERAL DE SERVIÇOS TÉCNICOS –DGST/CBMERJ- NOTA DGST 2308/2014

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
FIM

OBRIGADO!

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro
Eng. Civil José Aurelio Bernardo Pinheiro

E-mail: jaberpin@hotmail.com

www.sengerj.org.br

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Eng° José Aurelio B. Pinheiro

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