Você está na página 1de 7

Prefácio

A última metade de minha vida tem sido dedicada em uma


ativa busca pela verdade. Nas páginas seguintes eu esbocei o mais
amplo mapa de tudo o que aprendi nesta busca, da forma mais
resumida possível. No entanto, você não vai encontrar as
evidências dentro das capas deste livro, nem mesmo as idéias e os
princípios que irão dar-lhe o entendimento e a perspectiva dessas
evidências, pois elas estão à sua volta e dentro de você. Quanto
mais você investigar por você mesmo os conceitos aqui expostos,
mais sabiamente você poderá julgar a precisão destes estudos.

Se o “não saber” é felicidade, porque então procurar a


verdade? Porque a liberdade permanente é bem mais valiosa do
que o conforto temporário. A verdade nos liberta da manipulação,
do engano e da desilusão que a ignorância inevitavelmente nos
traz. Trata-se de “querer saber”, e nenhuma compensação externa
poderia satisfazer este vazio interior que anseia por ser preenchido
com significado, propósito e compreensão.

A Sociedade já sofreu antes por conta da ignorância e da


superstição; hoje ela sofre um ceticismo ignorante. Quando as
pessoas são confrontadas com uma visão desafiadora das coisas, a
maioria apenas enxerga que esta visão difere delas mesmas, então
descartam rapidamente as grandes verdades que viriam após um
reconhecimento, rotulando-as de delírio.

O mais alto conhecimento é portanto o Conhecimento da


Orla, porque aqueles que o buscam têm sido alienados à margem
da sociedade. Esses que buscam a verdade marginal seguem seus
corações e abrem suas mentes, tendo atribuído mais importância à
liberação de suas almas do que às convenções da sociedade.

Trate este livro apenas como uma hipótese, um palpite a ser


testado por sua própria experiência, pesquisas e insights. Guarde o
que te faz sentido e deixe o resto para uma outra hora.
1
----------
Princípios Básicos

Começamos com o simples e óbvio: você vê através dos


seus olhos, ouve através dos seus ouvidos, sente através do seu
corpo e pensa através do seu cérebro. No entanto, você não é os
seus olhos, nem ouvidos. Nem o cérebro, nem parte alguma do
seu corpo pode ser chamada de “você”. Elas são apenas as
ferramentas que você utiliza para interagir com o mundo. Então: o
que é você? Lembre-se que qualquer coisa que pode ser arrancada
de você não pode ser você. Como as suas roupas, ou os seus
cabelos, que se lhe fossem tirados você estaria nu(a) ou careca,
mas ainda assim continuaria sendo você.

Agora vamos levar embora seu corpo e seu cérebro. Restou


alguma coisa? Você sabia que há pessoas que retornaram depois
de estarem mortas por alguns minutos tendo a lembrança de tudo
o que fizeram enquanto estavam “fora”? Sim, e em alguns casos
se lembram de terem flutuado acima de seus corpos sem vida,
vendo e ouvindo os médicos e enfermeiros que os atendiam,
alguns ainda afirmando terem “dado uma volta” pelo ambiente
antes de terem sido trazidos de volta à vida. Mesmo sem os seus
corpos e cérebros, eles ainda estavam vivos de alguma forma,
conscientes e experimentando. Isto é um indício de que não
somos os corpos aos quais habitamos.

Pense no seu corpo como sendo um boneco dentro de um


video-game. Para interagir com o mundo do game você precisará
de um boneco para jogar. Mas você não é o boneco, você o estará
meramente controlando “de fora” do jogo. Assim é com os nossos
corpos neste mundo. Para interagir com o mundo físico, você
precisa de um corpo físico, para que a sua mente possa jogar este
game chamado “vida”.

Em um jogo de primeira pessoa onde você tem a visão


através dos olhos do personagem, você tem a impressão de estar
“dentro” de sua cabeça, no entanto, você está sentado em seu
sofá, ou na cadeira em frente ao seu computador ou video-game.
Da mesma forma, apesar de você sentir que está dentro do seu
corpo físico, em algum lugar atrás dos seus olhos, na verdade
você está localizado bem além disso, em outra dimensão.

Quando o seu corpo morre, é o mesmo que estar morrendo


dentro de um jogo. Nada acontece com o seu eu verdadeiro, desde
que você se lembre de que você não é o seu corpo. O seu eu
verdadeiro, que é essencialmente a sua mente ou espírito, irá
esperar um pouco, talvez parar de jogar por um tempo, ou talvez
comece um novo jogo com um outro personagem. Mas nesta
nossa vida, você tem apenas uma vida, um boneco, uma chance
de cada vez para continuar vivo até o fim, portanto é importante
permanecer saudável e manter o seu nível de energia em um bom
nível enquanto vai jogando este “game”.

Seu eu verdadeiro nasceu dentro deste corpo, dentro deste


mundo, e se esqueceu de que é apenas um personagem dentro um
jogo. Seu verdadeiro eu se esqueceu de onde ele veio, para onde
ele está indo, porquê ele está neste jogo e qual é o sentido do
jogo. Seu verdadeiro eu ficou todo enrolado nas experiências
diárias da vida. Mas agora você está aprendendo quem você
realmente é: um espírito que não pode ser ferido ou morto mesmo
tendo sido o seu corpo ferido ou morto. E como em um jogo,
algumas das coisas que te acontecem já estavam no roteiro,
destinadas a acontecerem desde o início.

Os Corpos Etérico e Astral


Diferente do seu corpo, sua mente não é nem um pouco
física. Você não pode tocar ou pesar sua mente. Para que essa
mente não-física possa atuar em um corpo físico, é preciso que
haja um par de camadas intermediárias conectando mente e corpo.
Essas camadas são conhecidas como os corpos Etérico e Astral.
Eles têm a mesma forma que seu corpo, mas são feitos de uma
substância intermediária, que pode ser influenciada pela mente e
ao mesmo tempo podem influenciar o corpo físico. Normalmente
você não pode ver os corpos Etérico e Astral, mas com uma visão
especial, ou com certos instrumentos especiais você os poderia
detectar.

O corpo Etérico pode ser descrito como uma cópia


transparente brilhante do corpo físico. Ele é o padrão de energia
que guia as células em seu crescimento e as faz se comportarem
de maneira organizada, mantendo-nos vivos e saudáveis. Ele é
como o campo magnético de um íma puxando minúsculas peças
de metal, direcionando-as e movendo-as em um padrão
organizado. Sem o corpo Etérico, nosso corpo físico iria
eventualmente se decompor. Pessoas que perdem um membro em
um acidente ainda continuam a sentir que ele está lá, mesmo que
ele tenha sido arrancado. É que elas estão neste caso sentindo a
parte Etérica que continuou intacta. Normalmente, o Etérico se
sobrepõe ao Físico, mas durante o sono, ele pode se expandir,
pairando um pouco acima dele.

Você também pode gostar