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Sector Eléctrico

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
Redes de Terra Aéreas e Subterrâneas para Subestações, Postos
de Corte e Seccionamento de MAT/AT ET-E-101-Ed.A
República de Angola (31.07.2014)
MINEA

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET-E-101

Redes de Terra Aéreas e Subterrâneas para


Subestações, Postos de Corte e
Seccionamento de MAT/AT
Sector Eléctrico
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Redes de Terra Aéreas e Subterrâneas para Subestações, Postos
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Redes de Terra Aéreas e Subterrâneas para Subestações, Postos
de Corte e Seccionamento de MAT/AT

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ÍNDICE

1 OBJECTO ......................................................................................................................................... 4

2 REDES DE TERRA .............................................................................................................................. 4

2.1 Rede Aérea ............................................................................................................................ 5

2.2 Rede Subterrânea ................................................................................................................. 5

2.3 Requisitos da Rede Geral de Terras .................................................................................... 6

3 NORMALIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO ........................................................................................... 7

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1 OBJECTO
Este documento especifica os elementos constituintes das redes de terra aéreas e
subterrâneas para subestações e postos de corte / seccionamento.

2 REDES DE TERRA

Nas instalações da RNT a terra de serviço e a terra de protecção são combinadas num
único sistema geral de terras e utiliza-se normalmente dois tipos de circuitos: a rede de terra
aérea e a rede de terra subterrânea.

A rede de terra aérea assegura a protecção das instalações contra as descargas


atmosféricas directas enquanto a rede de terra subterrânea tem por objectivo o
escoamento das correntes de defeito em segurança, de modo a evitar tensões de contacto
e de passo perigosas.

Ligação à terra é o conjunto de todos os meios e medidas utilizadas na ligação das partes
electricamente condutoras com a terra.

As ligações à terra das instalações eléctricas da RNT são de duas naturezas diferentes:

 ligação à terra dos condutores neutros da instalação, tais como, os neutros dos
(auto)transformadores de potência, os neutros dos transformadores de medição,
descarregadores de sobretensão, hastes de descarga,etc ; pode ser directa, se não
contém impedâncias independentementes da resistência de terra ou indirecta, se
incorpora impedâncias adicionais, do tipo óhmico, indutivo ou capacitivo.

 ligação à terra de todos os componentes condutores da instalação, que não fazem


parte do circuito eléctrico principal (todas as partes metálicas dos aparelhos
susceptíveis de se encontrarem acidentalmente em contacto com os condutores
activos ou com as partes sob tensão da instalação principal, podendo assim ser
levadas a tensões perigosas em relação ao solo ou a peças metálicas vizinhas, se
não estiverem ligadas à terra).

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2.1 REDE AÉREA


A rede de terra aérea é normalmente conseguida mediante a conjugação de duas
soluções, funcionando complementarmente, consistindo na colocação, em determinadas
zonas da plataforma da instalação de Alta ou Muito Alta Tensão, de pára-raios de hastes –
pára-raios tipo Franklin, instalados sobre torres metálicas e também pela extensão entre os
topos dos pilares dos pórticos de amarração das linhas, de cabo de guarda (ACSR 130 ou 19
No 9 AWG), instalado nas condições regulamentares.

Os cabos de guarda serão ligados à rede de terra subterrânea mediante a utilização de


barra de cobre, aparafusada à estrutura metálica dos pórticos.

As alturas de montagem dos cabos de guarda bem como dos pára-raios de hastes, são
escolhidas de forma a enquadrar nas respectivas zonas de protecção os equipamentos
considerados.

2.2 REDE SUBTERRÂNEA


A rede geral de terras subterrânea é constituída por uma malha geral de terra, estendida a
toda a área ocupada pela instalação. A malha geral é formada por uma rede de cabo de
cobre nu, disposta horizontalmente e formando quadrados medindo entre 3 e 15 metros de
lado ( valores indicativos), enterrada a 0,8 metros de profundidade. À superfície existe uma
camada de gravilha com 0,07 metros de espessura disposta nas zonas circundantes da
aparelhagem e das estruturas de suporte da mesma. Eventualmente, na sequência de
medições realizadas após a construção da malha geral de terra, esta poderá ser dotada de
elementos suplementares verticais destinados a reduzir o valor da resistência de terra e que
poderão ser eléctrodos verticais “piquets” criteriosamente dispostos e enterrados junto aos
nós da malha. Refira-se que estes eléctrodos para terem alguma influência são enterrados a
profundidades que são, no mínimo, da ordem de 1/10 da maior dimensão da plataforma da
instalação.

A esta malha deverão estar ligados os seguintes equipamentos:

 neutros dos (auto)transformadores de potência;

 neutros dos transformadores de medição;

 descarregadores de sobretensão;

 todas as estruturas metálicas;

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 massas de toda a aparelhagem;

 cabos de ligação à terra dos pára-raios de haste.

As facas de ligação à terra dos seccionadores de terra, os descarregadores de sobretensão


e os neutros referidos acima são ligados à malha de terra geral, subterrânea, por intermédio
de barras de cobre electrolítico meio-rijo, normalmente com a secção de 50×5 mm2 , a
montar sobre a estrutura de suporte dos aparelhos. Para os comandos dos seccionadores,
deverá ser instalado um shunt entre o eixo de rotação do comando e o armário do
comando propriamente dito, estando este último ligado à terra, por meio de uma ligação à
barra referida acima na estrutura de suporte do seccionador. Os descarregadores de
sobretensão serão ligados à malha de terra geral com base isolante.

O objectivo fundamental a atingir é o de se conseguir valores para as tensões de passo e de


contacto compatíveis com os máximos admissíveis face à temporização de actuação das
protecções existentes e ao valor presumível da resistividade média do terreno de
implantação da instalação.

2.3 REQUISITOS DA REDE GERAL DE TERRAS


O máximo valor da corrente de curto-circuito que se considera para dimensionamento da
rede geral de terras é de 31,5 kA, nos postos de 60 kV, 110 kV, 132 kV e 150 kV, e de 40 kA,
nos postos de 220 kV e de 400 kV. Admite-se que apenas 60% deste valor da corrente se
fecha instantaneamente através de um ramo desta malha. Esta percentagem diminui à
medida que cresce o número de linhas equipadas com cabos de guarda que convergem
na instalação (IEEE Std 80 – 2000, HD 637 S1: da CENELEC).

A resistência máxima da rede geral de terras das instalações da RNT deve ser igual ou
inferior a 1 Ohm e o tempo de eliminação de defeito pelas protecções existentes a
considerar para efeitos do cálculo da rede de terra é de 500 ms. A secção mínima do cabo
de cobre nu constituinte da malha de terra é de 120 mm2.

Os valores máximos da tensão de passo e de contacto, independentemente da resistência


de terra igual ou inferior a 1 Ohm, devem satisfazer as disposições da IEEE Std 80 – 2000.

Assim, o cálculo da malha de terra das instalações da RNT, Subestações e Postos de


Corte / Seccionamento, deve evidenciar o cumprimento desta norma, supondo os
parâmetros atrás enunciados e também os seguintes:

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 Resistividade mínima do solo 100 Ωm. O valor a utilizar deve resultar de medição
local.

 Resistividade mínima da gravilha 3000 Ωm.

O objectivo do cálculo da malha de terra é a obtenção de valores para as tensões de


passo e de contacto, dentro da área ocupada pela instalação ou imediatamente na sua
vizinhança, que sejam compatíveis com os máximos permitidos.

Supõe-se as seguintes condições:

 A tensão da malha é o pior caso possível de tensão de contacto na instalação;

 Para malhas com espaçamento uniforme, a tensão de malha aumenta do centro da


malha para a periferia desta; considera-se apenas os valores da tensão de malha no
centro de cada malha;

 Assume-se que a resistividade do solo é uniforme, considerando-se que um solo é


uniforme se a diferença entre dois valores extremos de resistividade obtidos por
ensaio é inferior a 30%. Neste caso é aceitável considerar apenas o valor médio dos
valores de todas as resistividades obtidas;

 Se existir um modelo de solo equivalente a um solo com duas resistividades e o


sistema de terra estiver enterrado na camada do solo superior, então pode ser usado
ρsup
o valor da resistividade superficial ;

 A plataforma da instalação é recoberta por uma camada de gravilha, nas zonas de


implantação do equipamento;

 A área do sistema de ligação à terra é o parâmetro geométrico mais importante no


cálculo da resistência da tomada de terra. Quanto maior for a área de ligação à
terra, menor será a resistência da malha e consequentemente menores valores para
a tensão de contacto (da malha) e para o aumento do potencial de terra.

3 NORMALIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO

IEEE Std. 80 – 2000: IEEE Guide for Safety in AC Substation Grounding 2000

IEEE Std. 81 – 1983: IEEE Guide for Measuring Earth Resistivity, Ground Impedance, and Earth
Surface Potentials of a Ground System (Part 1)

IEEE Std. 81.2 – 1992: IEEE Guide for Measuring of Impedance and Safety Characteristics of
Large or Interconnected Ground Systems (Part 2)

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