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Sector Eléctrico
ÍNDICE
1 OBJECTO ......................................................................................................................................... 6
2 CAMPO DE APLICAÇÃO ................................................................................................................ 6
3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO ............................................................................................... 6
4 CÁLCULOS ..................................................................................................................................... 29
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5 TRAVESSIAS ................................................................................................................................... 39
6 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM LINHAS DE TELECOMUNICAÇÃO .............................. 39
7 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM GASODUTOS E OLEODUTOS ...................................... 40
8 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM ADUTORES ................................................................... 41
9 OUTROS CRUZAMENTOS, VIZINHANÇAS E PARALELISMOS ....................................................... 41
10 BALIZAGEM AÉREA .............................................................................................................. 41
11 ANÁLISE DE RISCOS ORIGINADOS PELA PRESENÇA E FUNCIONAMENTO DA LINHA .... 42
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16 NORMALIZAÇÃO ................................................................................................................. 57
17 ANEXOS ................................................................................................................................ 57
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1 OBJECTO
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Aplica-se à execução dos projectos das linhas aéreas de tensão nominal superior a 1 kV e
igual ou inferior a 35 kV.
3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO
• Os tipos de apoios.
No caso de estarem previstas soluções especiais, não incluídas nos elementos padronizados,
estas são analisadas também no que respeita a custos e tempos de execução.
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A actividade de projecto consta das seguintes fases de cuja realização resultarão ou não
documentos escritos.
Nesta fase é feita a selecção prévia de uma Área de Estudo, tendo em consideração os
pontos de ligação da Rede (subestação / posto de corte / posto de seccionamento), e as
principais características ou condicionantes de natureza física, ecológica e sócio-
económica da região, previamente identificadas.
A Área deve ter dimensão suficiente para permitir o estudo de um elevado número de
hipóteses na procura de definição do corredor com o menor impacte ambiental global,
optimizando-se assim as condicionantes técnicas económicas e ambientais.
Nesta área materializa-se um corredor base que deverá ter as seguintes características:
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• Património Arqueológico
• Recursos Hídricos
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• Explorações Mineiras
Procede-se então à selecção do corredor (faixa com a largura média em geral não inferior
a 400 m) ou de vários corredores alternativos dentro da Área de Estudo.
Nos troços em que o conjunto dos elementos restritivos não é significativo, é seleccionado o
corredor que, justificadamente, corresponda à optimização das condicionantes técnicas,
económicas e ambientais já identificadas.
A selecção dos cabos incide sobre o universo dos cabos padronizados pelo Dono da Obra e
é sustentada pelos cálculos de simulação do trânsito na linha, em carga e em vazio. As
condições de trabalho são definidas a partir dos valores de EDS adiante referidos nesta
especificação.
As cadeias de isoladores são constituídas pelos isoladores padronizados pelo Dono da Obra
e terão em conta os valores da linha de fuga específica e distâncias de isolamento adiante
referidos nesta especificação. Terão igualmente em conta as cargas transmitidas pelos
condutores.
Não está excluída, à priori, a utilização de isoladores rígidos, de aplicação directa aos
apoios. Contudo, a sua utilização carece sempre da aceitação prévia do Dono da Obra.
São produzidos desenhos 2D contendo os alçados dos apoios metálicos treliçados, tubulares
ou outros, com as funcionalidades definidas para a linha (alinhamento, ângulos até 5, 20 e
40 grados, e terminal. Por princípio, os apoios terminais serão dimensionados para suportar as
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Nas acções acidentais não é considerado vento sobre os apoios nem sobre cabos e
cadeias.
Para cálculo das acções sobre as fundações as acções sobre os apoios são não majoradas.
3.2.1.7.1 VENTO
Com o objectivo de quantificar as acções de vento sobre cabos, estruturas dos apoios e
equipamentos, o território é considerado dividido em duas zonas: zona A – vento com
velocidade de referência de 30 m/s, e zona B – vento com velocidade de referência de
33 m/s. A zona A corresponde à totalidade do território com excepção das zonas B.
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onde ρ é a densidade do ar, igual a 1,205 kg/m3 a 20ºC e pressão atmosférica de 1013 hPa.
qh [Pa]
h [m]
Zona A Zona B
0 720 870
10 720 870
20 720 870
25 782 946
30 841 1017
35 895 1082
40 944 1142
45 989 1197
50 1032 1248
55 1072 1297
Estes valores apresentam-se globalmente conservadores relativamente aos que vêm sendo
utilizados em Angola. Esta metodologia traduz a tendência internacionalmente adoptada
de admitir variação da pressão do vento com a altura.
L1 + L2
QWc = q h ⋅ Gq ⋅ Gc ⋅ C c ⋅ d ⋅ ⋅ cos 2 φ
2
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• D é o diâmetro do condutor,
• L1 e L2 são os comprimentos dos dois vãos adjacentes, cujo valor médio é o vão de
vento L,
O factor de rajada, Gq, é igual a 1,0 (cf. 4.2.2.3, EN 50341-1, opção vento de rajada).
O factor de forma CC para condutores cableados normais será, de acordo com o seu
diâmetro, o indicado na tabela seguinte:
d [mm] CC
d ≤ 12,5 1,2
Nos apoios de ângulo a direcção do vento deve ser tomada ao longo da bissectriz do
ângulo da linha, excepto se indicado em diverso nas Especificações de Projecto. A
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componente horizontal transversal da tracção dos condutores deve ser adicionada à força
resultante da acção do vento.
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A força do vento directa que actua no ponto de ligação ao apoio, na direcção do vento, é
igual a:
onde:
Excepto para verificações em casos especiais, supõe-se o vento actuando numa direcção
perpendicular à face longitudinal (lateral) dos apoios (φ = 0 graus). Neste caso a expressão
para a carga de vento actuando no centro de gravidade de um painel de uma estrutura
treliçada com uma secção horizontal rectangular é:
Qwt = qh . At . Ct
Onde:
qh é pressão dinâmica à altura do centro de gravidade do painel ao solo.
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Apoios com secção rectangular e faces opostas idênticas constituídas por elementos
planos:
Ct = 3,2 - 2,8 . χ
Apoios com secção rectangular faces opostas idênticas constituídas por elementos de
secção circular (por exemplo, tubos de aço). Ct = 2,24 - 1,96 . χ
Onde :
Como indicado na fig. 4.2.2 da EN 50341-1; as expressões para Ct são válidas para valores
de χ no intervalo [0,1 – 0,6]. Estas expressões tomam em consideração a acção do vento
sobre todas as faces do apoio.
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Na verificação dos apoios observa-se a EN 50423-1, que remete para a EN 50341-1, Anexos J
e K. Os apoios são verificados para todas as possibilidades de rotura de cabos.
A simulação do trânsito deve realizar-se para o trânsito da potência indicada pelo Dono da
Obra e em vazio.
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• Traçado da linha
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Deste corredor são obtidas plantas à escala 1:2000 com a topografia e cartografia
necessárias para apoiar o estudo de um traçado para a linha.
Em alternativa, o corredor pode ser representado sobre o modelo 2D do terreno obtido por
fotografia de satélite.
Nesta fase é feita a identificação dos vértices e respectivas coordenadas tendo em conta
todas as condicionantes ambientais e técnicas, obstáculos diversos relacionados com rios,
habitações, linhas de telecomunicação, redes viárias e férreas, outras linhas eléctricas,
zonas de difícil acesso, pedreiras, etc.
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O perfil e planta parcelar bem como o cadastro geométrico são executados nos termos
das Especificação Técnicas Gerais ET-E-005 e ET-E-004, Cartografia, Topografia, e Cadastro,
Plano de Abertura e Manutenção de Faixa de Protecção para Linhas Eléctricas de MT, em
formato compatível com AutoCad 2008 ou superior e também adequado para o programa
informático PLS CADD.
Com base no perfil e planta parcelar atrás referidos procede-se à implantação dos apoios.
Na referida implantação, o seu número, altura e tipo devem ser optimizados tendo em
conta as características mecânicas dos apoios e as dos cabos, as distâncias de segurança
regulamentares e as indicadas nesta especificação, bem como as condicionantes de
ocupação do solo, no sentido de minimizar quer os custos técnicos quer os impactes que a
localização dos apoios possa causar.
Se o projecto for desenvolvido em PLS CADD deverá ser também fornecido ao Dono da
Obra o ficheiro “backup” do projecto executivo
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Deverá ser fornecido ao Dono da Obra em formato AutoCad 2008 ou superior, o Cadastro
georreferenciado.
Os cabos condutores são os indicados na ET-E-304-“Cabos nús e isolados para linhas de MT”
e ET-E-403 – “Cabos, Armários e Acessórios da Rede de Distribuição de BT”.
Os apoios são constituídos por estruturas reticuladas em aço, construídas com cantoneiras
de abas iguais e chapas ligadas entre si por parafusos. Todas as peças são galvanizadas a
quente por imersão. Todos os parafusos serão da classe 6.4, ou acima, de rosca métrica
segundo Norma DIN 7990. Poderão ser também do tipo tubular em chapa com espessura
adequada e secção poligonal.
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A partir da altura ao solo de 4 metros todos os apoios possuem degraus em varão de aço,
em montantes diagonalmente opostos, e cumprindo as disposições regulamentares
aplicáveis. Todos os apoios são providos dos acessórios que permitam a escalada e
trabalhos em altura nos termos regulamentares aplicáveis.
A utilização deste tipo de apoios em linhas MT deverá ser considerada apenas em casos em
que existam condicionantes de acesso, ou sob indicação expressa do Dono da Obra.
A estes apoios aplica-se a Especificação Técnica Geral ET-E-008 - Estruturas Metálicas para
Linhas e Subestações.
O betão deve ser fabricado mecanicamente e o seu vazamento nos moldes, já com a
armadura, deve ser acompanhado por compactação mecânica.
O aço das armaduras e sua constituição deve estar de acordo com o disposto na
Especificação Técnica Geral ET-E-003 - Edificações, Movimentos de Terras, Redes Viárias,
Drenagens e Infra-Estruturas Técnicas.
3.3.6 FUNDAÇÕES
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Assim, à priori, as fundações são dimensionadas para os mais elevados esforços que lhe
poderão ser transmitidos pela estrutura metálica considerando todas as combinações
regulamentares e definidas para condições “médias” de terreno correspondentes a uma
caracterização-tipo de “areia fina e média até 1 mm de diâmetro de grão” a que
correspondem as características:
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1%.
De acordo com os critérios adoptados para as linhas da Rede de Transporte, nas travessias
de estradas e autoestradas, de vias férreas, de cursos de água navegáveis ou ainda de
zonas habitadas, nos cruzamentos superiores com outras linhas aéreas de MT, as cadeias de
suspensão são duplas.
As cadeias de amarração das linhas de MT serão simples, sem prejuízo de outras soluções
de maior capacidade mecânica decorrentes de disposições regulamentares ou de
condições técnicas.
As cadeias de isoladores devem possuir uma carga de rotura igual ou superior às acções
máximas dos cabos majoradas pelo factor 2,5.
3.3.7.1 ISOLADORES
Serão usados isoladores de calote e haste, em vidro, dos tipos U 40B, U70BS, U100BS e U160BS
para as zonas de poluição média a que corresponde a linha de fuga específica de 20
mm/kV (tensão composta mais elevada) ou poluição forte a que corresponde a linha de
fuga específica de 25 mm/kV (tensão composta mais elevada) ou antipoluição, dos tipos
U40BP, U100BLP, onde deverão ser preferencialmente de compósito. As zonas consideradas
de poluição muito forte serão tratadas caso a caso.
A selecção dos isoladores deverá ainda ter em conta a corrente defeito e a sua variação
prevista ao longo da linha.
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U40B 36 5
U70BS 36 4
U100BS 36 4
U160BS 36 3
(*) o isolamento é dimensionado para o escalão de 30 kV, tendo em vista o futuro upgrade
das linhas de MT de tensão inferior.
U40BP 36 4
U100BLP 36 3
Esta composição garante uma linha de fuga das cadeias com um isolador partido igual ou
superior a 90% da cadeia intacta.
• para Icc ≤ 8 kA, utilizam-se nas cadeias simples isoladores de espigão da norma 11,
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Ainda relativamente aos dispositivos de protecção será de referir que eles se devem dispor
de modo a proteger os isoladores do arco obrigando-o a manter-se afastado daqueles.
As uniões e pinças de amarração serão do tipo compressão para os cabos com secções
nominais de 160 mm2 e superiores e deverão ter uma carga de rotura não inferior à dos
cabos. As uniões devem garantir aquela carga simultaneamente com uma resistência
eléctrica inferior à de um troço de cabo de igual comprimento. Nas secções inferiores as
pinças de amarração são de estribos e também devem ter uma carga de rotura não
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As pinças de suspensão para fixação dos condutores nos apoios de suspensão são do tipo
AGS para os cabos com secções nominais de 160 mm2 e superiores. Este tipo de pinças,
fixam o cabo através de um sistema de varetas helicoidais pré-formadas e de uma manga
de neopreno, apresentando características particularmente favoráveis no que diz respeito
à redução ou eliminação de danos causados aos fios que formam o cabo na zona de
fixação, em resultado de fadiga causada por vibrações eólicas. Nas secções inferiores as
pinças de suspensão são de estribos e devem ter uma carga de rotura não inferior duas
vezes e meia a tracção máxima dos cabos.
As mangas de reparação serão do tipo adequado ao diâmetro e material dos cabos e são
constituídas por varetas helicoidais pré-formadas e destinam-se à reparação de danos nos
fios das camadas exteriores, enquanto que as uniões têm a sua aplicação em casos de fios
danificados nas camadas interiores.
Consideram-se aqui os problemas de fadiga causada por vibrações eólicas sobre os fios dos
cabos, uma vez que este problema não se coloca em relação aos apoios (estes têm uma
frequência própria de vibração muito baixa). Apesar das conhecidas características
redutoras de danos de fadiga nos cabos condutores associadas ao uso de pinças de
suspensão AGS, tanto estes como os cabos de guarda estão sujeitos a regimes de vibrações
eólicas, que exigem a adopção de sistemas especiais de amortecimento das mesmas.
Alguns factores que determinam o comportamento dos cabos nestas circunstâncias e que
serão tidos em conta nos cálculos são os seguintes:
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Número e localização dos amortecedores a instalar de cada lado da fixação dos cabos
condutores, em todos os apoios da linha.
Os eléctrodos de terra dos apoios serão constituídos por fitas ou estacas. Nos eléctrodos de
terra constituídos por estacas serão utilizadas estacas do tipo "Copperweld" com 2,10 m de
comprimento e 16 mm de diâmetro.
Os acessórios das malhas de terra deverão cumprir os requisitos da ET-E-303 Circuito de Terra
dos Apoios de Linhas Aéreas de MT.
Cada apoio tem de possuir sinalização claramente visível do solo. Em particular deverão
existir os seguintes elementos:
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• Para permitir inspecções aéreas serão colocados de dez em dez apoios, na parte
superior e de cada lado dos apoios chapas com 700x400 mm contendo o número
de ordem do apoio.
Sem prejuízo de valores diferentes impostos por disposições regulamentares ou por situações
locais as distâncias de segurança dos condutores aos obstáculos, a considerar nas linhas de
MT são as seguintes:
Distâncias em metros
Estradas 8
Vias férreas electrificada 13,5(a)
Vias férreas não electrificadas 8
Outras linhas aéreas de MT (*) 2,8 (a)
Obstáculos diversos 3,5
(*) nos cruzamentos com linhas de tensão superior, a distância deve ser acrescida de
um valor em metros igual a um décimo da tensão mais elevada diminuída de 0.3
metros.
Devido às oscilações provocadas pela acção do vento a distância dos condutores entre si
pode reduzir-se perigosamente e provocar um curto circuito, pelo que o valor de D não
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U
D = K f +λ + , em metros e em que:
200
Para a implantação dos apoios das linhas devem ainda ser consideradas as seguintes
distâncias mínimas:
Caminhos 3
Estradas 5
4 CÁLCULOS
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A distribuição inicial dos apoios é feita para o vão equivalente considerado ideal para a
linha em projecto, considerando a flecha máxima dos condutores inferiores e flecha mínima
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dos cabos superiores, situação que é aplicável no caso de cruzamentos inferiores com
outras linhas eléctricas.
• Flecha máxima
• EDS inferior a 18 %.
1 Procura-se, sempre que possível, igualar as tracções nos diferentes cantões da linha neste estado. Não sendo
possível deverá ser encontrada uma situação de compromisso no equilíbrio das tracções neste estado e na
situação em que ocorrem maiores diferenciais da tracção longitudinal
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dT
C ⋅ St ⋅ = I 2 ⋅ RT + α ⋅ R ⋅ d − 8.55 ⋅ (T − TA ) ⋅ (v ⋅ d ) 0.448 − E ⋅ σ ⋅ π ⋅ d ⋅ (T 4 − TA4 )
dt
• o tipo de curto-circuito;
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Tipo de Curto-Circuito
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Deste modo, o critério a ser considerado é admitir uma redução das distâncias mínimas de
segurança, indicadas atrás no capítulo 4.5, de um metro para os vãos inferiores a
250 metros. Para vãos superiores a redução da distância não pode conduzir à violação das
distâncias regulamentares de segurança.
Processo de Cálculo
dT
C⋅ = ∑ Pi
dt i
com:
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Esforços Electrodinâmicos
O dimensionamento dos circuitos de terra dos apoios deverá ter como referência as
recomendações das seguintes publicações:
• a resistência de terra dos eléctrodos de terra dos apoios deverá ser inferior a 15 Ω na
extensão de 1 km junto às subestações terminais;
• a tensão de contacto máxima não deverá exceder 189 V nas zonas públicas e 225 V
nas zonas frequentadas;
• a tensão de passo máxima não deverá ser superior a 262 V em zonas públicas e a
355 V nas zonas frequentadas;
• a resistividade mínima do solo a considerar nos cálculos deverá ser igual a 100 Ω.m.
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Neste caso a configuração tipo que se preconiza corresponde a dois ou quatro eléctrodos
tipo copperweld enterrados na vertical, exteriormente ao conjunto dos caboucos, devendo
os seus topos estar a uma profundidade mínima de 0,8 metros e ligados ao poste por
intermédio de cabo de cobre nú (Ø = 9 mm).
Nas zonas públicas a sua configuração deverá ser definida caso a caso podendo
normalmente ter características idênticas às das zonas frequentadas mas com 2 ou mesmo
3 anéis em vez de um e 4 contra pesos.
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É calculada através do método das imagens (Carson) tendo em conta a geometria própria
e a disposição no espaço dos cabos, bem como a frequência de trabalho.
É calculada através do método das imagens (Carson) tendo em conta a geometria própria
e a disposição no espaço dos cabos, bem como a frequência de trabalho.
A impedância série quilométrica (Z) é calculada a partir dos valores de resistência série e
indutância série, anteriormente calculados.
Igualmente tomando como base os valores de condutância série quilométrica (se não
desprezada) e de susceptância série quilométrica determina-se o valor de admitância
quilométrica (Y).
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5 TRAVESSIAS
Deverão ser objecto de análise especifica todas as travessias nos troços de linha em
projecto. Estas travessias referem-se a autoestradas, estradas, cursos de água, vias férreas,
linhas eléctricas e zonas urbanizadas para as quais deverão ser cumpridos todos os
requisitos regulamentares, em particular as distâncias mínimas.
Deverão nos termos da Regulamentação em vigor, ser objecto de análise específica todos
os troços da linha em projecto onde possam existir situações de paralelismo e cruzamento
com linhas de telecomunicação em fios nus.
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E = I.M.L.k .10-3 V
Estes valores são inferiores às Directivas do ITU-T de não exceder 650 V para linhas aéreas de
telecomunicações em fios nus.
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Iρ
Vx =
O valor de Vx é calculado a partir da fórmula: 2Π x ou medido se já instalado.
Com ρ resistividade do solo e x distância entre o apoio que se escoa a corrente para o solo
e o gasoduto em m e I corrente de defeito monofásico escoada para o solo no apoio em
causa.
Não são permitidas quaisquer obras nas faixas de respeito dos aquedutos e adutores que
correspondem às faixas de terreno que se estendem até 10 m para cada lado das linhas
que delimitam a zona de respeito dos mesmos. A zona do aqueduto inclui regra geral uma
faixa de 5 m para cada lado quando este passa à superfície ou pode ser inferior se o
mesmo é enterrado.
Deverá ainda ter-se em conta, analisar-se e referir na memória descritiva do projecto outras
situações de paralelismo, vizinhança e proximidade como sejam as relativas a escolas,
outras linhas, recintos desportivos, aeroportos, aeródromos, feixes Hertzianos ou bombas de
gasolina.
10 BALIZAGEM AÉREA
Sempre que se justificar proceder-se-á à balizagem aérea diurna e nocturna dos cabos e
dos apoios. Os dispositivos e processos de balizagem a utilizar deverão estar de acordo com
as Especificações Técnicas Gerais Dispositivos para Balizagem Aérea Diurna e Nocturna de
Linhas de MT - ET-E-305 e Pintura de Estruturas para Sinalização Aérea de Linhas, ET-E-006.
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A memória descritiva deve conter uma análise de riscos tão desenvolvida quanto possível
incluindo pelo menos os temas aqui especificados.
• Incêndios;
• Tensões induzidas;
11.1 INCÊNDIOS
• A Linha não está na origem do incêndio, mas este será um risco para a Linha.
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A queda de cabos condutores, surge normalmente por rotura de cadeia de isoladores. Por
isso, é importante a utilização de cadeias duplas, melhorando a fiabilidade mecânica do
sistema de transporte. Estas são utilizadas basicamente em travessias consideradas
importantes como:
• zonas públicas;
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As alturas mínimas indicadas atrás são superiores aos mínimos regulamentares e em todos os
apoios, como está regulamentado, deverá existir uma chapa sinalética, em local visível,
indicando PERIGO DE MORTE.
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Deste modo, pode inferir-se que os riscos ligados às correntes que provêm das
tensões induzidas são extremamente baixos e muito abaixo dos critérios técnicos e
ambientais mais restritivos que se conhecem.
Não estão previstas à priori ligações particulares de obstáculos. Quaisquer situações deste
tipo que se tornem aparentes em fase de projecto ou construção serão resolvidas através
de uma adequada ligação à terra.
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1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1 - OBJECTO
2 – EQUIPAMENTO
2.1 - APOIOS
2.2 - FUNDAÇÕES
2.3 - CABOS
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3 - CÁLCULOS
4 - DIRECTRIZ DA LINHA
5 - TRAVESSIAS
5.2 - ESTRADAS
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13 PEÇAS DESENHADAS
Em todos os desenhos será colocada uma legenda do Dono da Obra de acordo com um
modelo aprovado para arquivo electrónico e um número identificador que servirá de
elemento de referência obrigatória em todas as peças do projecto. Se o projecto for de
fornecimento externo o adjudicatário deverá assinar a sua própria legenda (separada da
Dono da Obra), que deverá conter no mínimo a indicação de “Autor do Projecto”.
Para além das peças desenhadas que estejam associadas aos aspectos de cálculo do
Projecto Base, deverão estar presentes as peças correspondentes à cartografia geral e
temática (de condicionantes) da Área de Estudo, sobre a qual estarão assinalados os
corredores e alternativas. Dos elementos de equipamento normalizado previstos deverão
ainda estar presentes os seguintes desenhos:
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1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1 - OBJECTO
2 - EQUIPAMENTO
2.1 - APOIOS
2.2 - FUNDAÇÕES
2.3 - CABOS
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3 - CÁLCULOS
4 - DIRECTRIZ DA LINHA
5 - TRAVESSIAS OU CRUZAMENTOS
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5.2 - ESTRADAS
10 - BALIZAGEM AÉREA
11.1 - INCÊNDIOS
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Ref. do vão/ Medida do Vão/ Ângulo/ Desnível/ Peso da Cadeia/ Força do vento na
cadeia/ Parâmetro a 25ºC e metade do vento Máximo/ Carga vertical (em daN)
dos cabos à esquerda e direita do apoio e total/ Carga transversal (em daN)/
Ângulo de inclinação da cadeia.
Ref. do vão/ Medida do Vão/ Ângulo/ Desnível/ Medida do vão Gravítico/ Medida
do vão de vento/ Parâmetro à temperatura de flecha máxima/ Ângulos de saída
dos cabos à esquerda, à direita do apoio e total, no estado anterior.
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Os desenhos a executar são os seguintes (se alguns dos conteúdos não existirem, não são
necessários os desenhos):
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g) Balizagem aérea;
m) Fundações normais;
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15 PROJECTO RECTIFICATIVO
Entende-se por Projecto Rectificativo a versão final (“as-built”) de todas as peças escritas e
desenhadas correspondentes à obra realizada.
Introdução
Alterações ao Projecto
E os seguintes anexos:
Anexo A.21 - Tabela das alterações de projecto (do número e tipo de apoio, ângulo,
local de implantação, fixação de cabos, etc.)
Anexo A.24 – Localização das uniões dos cabos e das mangas de reparação
eventualmente aplicadas e das caixas de fusão do cabo OPGW.
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16 NORMALIZAÇÃO
Norma DIN 7990 - Hexagon head bolt with nut for steel structures;
VDE 0141/7.76 - Earthing system for special power installations with nominal voltages above 1
kV
ASE 3569-1.1985 - Mise à la terre comme mesure de protection dans les installations à
courant fort
17 ANEXOS
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