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Sector Eléctrico

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA GERAL

Projectos de Linhas Aéreas de Média Tensão ET-E-307-Ed.A


República de Angola (07.11.2013)
MINEA

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA GERAL ET-E-307

Projectos de Linhas Aéreas de Média Tensão


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ÍNDICE
1 OBJECTO ......................................................................................................................................... 6
2 CAMPO DE APLICAÇÃO ................................................................................................................ 6
3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO ............................................................................................... 6

3.1 Análise Preliminar / Definição do Âmbito.......................................................................... 6

3.2 Fases do Projecto .................................................................................................................. 7

3.2.1 Fase de Estudo Prévio ................................................................................................................ 7

3.2.2 Projecto - Base .......................................................................................................................... 16

3.2.3 Fase de Projecto Executivo .................................................................................................... 17

3.3 Equipamentos e Materiais a Considerar no Projecto ..................................................... 20

3.3.1 Cabos Condutores ................................................................................................................... 20

3.3.2 Cabos ÓPTICOS ........................................................................................................................ 20

3.3.3 Apoios Metálicos Treliçados e TUBULARES ........................................................................... 20

3.3.4 Apoios em betão armado...................................................................................................... 21

3.3.5 Apoios em MADEIRA ................................................................................................................ 21

3.3.6 Fundações ................................................................................................................................. 21

3.3.7 Cadeias de Isoladores e Acessórios ..................................................................................... 23

3.3.8 Circuito de Terra dos Apoios .................................................................................................. 27

3.3.9 Conjuntos Sinaléticos ............................................................................................................... 27

3.4 Distâncias Mínimas ............................................................................................................. 28

4 CÁLCULOS ..................................................................................................................................... 29

4.1 Temperaturas de Referência ............................................................................................. 29

4.2 Cálculos Mecânicos ........................................................................................................... 30

4.2.1 Cálculo Mecânico dos Cabos Condutores e de Guarda. Distribuição de Apoios. .. 30

4.2.2 Cálculo Mecânico dos Apoios e Fundações ..................................................................... 32

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4.3 Cálculos Eléctricos .............................................................................................................. 32

4.3.1 Capacidade Térmica .............................................................................................................. 32

4.3.2 Dimensionamento dos Circuitos de Terra dos Apoios ...................................................... 36

4.3.3 Constantes Eléctricas Características da Linha ................................................................. 37

4.4 Funcionamento da Linha em Regime Permanente Sinusoidal ..................................... 39

5 TRAVESSIAS ................................................................................................................................... 39
6 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM LINHAS DE TELECOMUNICAÇÃO .............................. 39
7 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM GASODUTOS E OLEODUTOS ...................................... 40
8 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM ADUTORES ................................................................... 41
9 OUTROS CRUZAMENTOS, VIZINHANÇAS E PARALELISMOS ....................................................... 41
10 BALIZAGEM AÉREA .............................................................................................................. 41
11 ANÁLISE DE RISCOS ORIGINADOS PELA PRESENÇA E FUNCIONAMENTO DA LINHA .... 42

11.1 Incêndios .............................................................................................................................. 42

11.2 Queda de Apoios ou de Cabos ........................................................................................ 43

11.3 Contactos Acidentais com Peças em Tensão ................................................................ 44

11.4 Tensões Induzidas ............................................................................................................... 44

11.5 Relação de Obstáculos a Ligar à Terra e Dimensionamento do Circuito de Terra .... 45

11.6 Efeitos dos Campos Electromagnéticos ........................................................................... 45

11.6.1 Valores Limites ....................................................................................................................... 45

12 ELEMENTOS DO PROJECTO BASE ........................................................................................ 46

12.1 Peças Escritas ...................................................................................................................... 46

12.1.1 Memória Descritiva e Justificativa .................................................................................... 46

13 PEÇAS DESENHADAS ........................................................................................................... 49


14 ELEMENTOS DO PROJECTO EXECUTIVO ............................................................................. 50

14.1 Peças Escritas ...................................................................................................................... 50

14.1.1 Memória Descritiva e Justificativa..................................................................................... 50

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14.2 Peças Desenhadas ............................................................................................................. 54

15 PROJECTO RECTIFICATIVO .................................................................................................. 56

15.1 Memória Descritiva e Justificativa .................................................................................... 56

15.2 Peças Desenhadas ............................................................................................................. 57

16 NORMALIZAÇÃO ................................................................................................................. 57
17 ANEXOS ................................................................................................................................ 57

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1 OBJECTO

A presente Especificação objectiva o estabelecimento da metodologia a utilizar na


execução dos projectos das linhas aéreas de Média Tensão.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplica-se à execução dos projectos das linhas aéreas de tensão nominal superior a 1 kV e
igual ou inferior a 35 kV.

3 CARACTERIZAÇÃO DO PROJECTO

3.1 ANÁLISE PRELIMINAR / DEFINIÇÃO DO ÂMBITO

O Dono da Obra define genericamente as características do projecto – neste caso linha de


MT – e a sua justificação técnico - económica.

Com a identificação dos elementos base da linha, nomeadamente subestações a interligar,


e as correntes máximas de curto-circuito, tensão de serviço, capacidade de transporte da
linha, caracterização do nível de poluição, são definidos, a partir dos elementos
padronizados (projectos de elementos-tipo):

• Os cabos condutores (e eventualmente de guarda, convencional ou OPGW) e de


comunicações (ADSS) se for caso disso.

• Os tipos de cadeias de isoladores.

• Os tipos de apoios.

No caso de estarem previstas soluções especiais, não incluídas nos elementos padronizados,
estas são analisadas também no que respeita a custos e tempos de execução.

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3.2 FASES DO PROJECTO

A actividade de projecto consta das seguintes fases de cuja realização resultarão ou não
documentos escritos.

3.2.1 FASE DE ESTUDO PRÉVIO

Considerando as características genéricas do projecto de investimento definidas


anteriormente, enceta-se o Estudo Prévio, no âmbito do qual se definem a Área de Estudo,
a Cartografia de Base e Temática, a Selecção de Corredores, , à Selecção e às Condições
de Trabalho dos Cabos, as Cadeias de Isoladores, as Silhuetas dos Apoios, às Acções de
Dimensionamento dos Apoios e Fundações, à Verificação dos Apoios e Fundações (apenas
quando se tratar de elementos - tipo fornecidos pelo Dono da Obra) e as Características
Eléctricas da Linha.

3.2.1.1 ÁREA DE ESTUDO

Nesta fase é feita a selecção prévia de uma Área de Estudo, tendo em consideração os
pontos de ligação da Rede (subestação / posto de corte / posto de seccionamento), e as
principais características ou condicionantes de natureza física, ecológica e sócio-
económica da região, previamente identificadas.

A Área deve ter dimensão suficiente para permitir o estudo de um elevado número de
hipóteses na procura de definição do corredor com o menor impacte ambiental global,
optimizando-se assim as condicionantes técnicas económicas e ambientais.

Nesta área materializa-se um corredor base que deverá ter as seguintes características:

• Ser tão rectilíneo quanto possível;

• Evitar a sobre-passagem de áreas urbanas e urbanizáveis, infra-estruturas em geral e


patrimoniais, reservas naturais e agrícolas;

• Ter em conta o ordenamento do território que irá atravessar;

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• Ter em conta eventuais elementos recolhidos anteriormente durante a realização de


outras linhas;

• Apresentar uma directriz minimizadora da visibilidade da linha.

Poderão ainda ser materializados total ou parcialmente corredores alternativos.

3.2.1.2 CARTOGRAFIA DE BASE E TEMÁTICA

Da Área de Estudo com o corredor base e os corredores alternativos é produzido o


levantamento cartográfico (cartografia à escala 1:100 000, ampliada para a escala
1:50 000).

A cartografia de base da Área de Estudo deverá ser fornecida em suporte informático.

Esta cartografia deve incluir a representação, através de simbologia e de codificação de


áreas por cores, os diversos elementos relevantes do território e as diversas condicionantes
ao estabelecimento de corredor(es). Entre outros temas que se especifiquem
posteriormente, ou que se constatem como relevantes para o objectivo pretendido, pelo
menos os seguintes deverão estar representados:

• Servidões Rodoviárias (actuais e propostas)

• Servidões Ferroviárias (propostas)

• Servidões Aeronáuticas (actuais e propostas)

• Servidões Radioeléctricas (actuais e propostas)

• Imóveis de interesse público

• Património Arqueológico

• Áreas Urbanas (identificando áreas de habitação, industriais e de expansão, quando


esta informação esteja disponível.

• Áreas de Protecção a Recursos Naturais

• Áreas sujeitas a regime florestal

• Espécies Arborícolas e Florestais Protegidas

• Recursos Hídricos

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• Explorações Mineiras

3.2.1.3 SELECÇÃO DE CORREDORES

Procede-se então à selecção do corredor (faixa com a largura média em geral não inferior
a 400 m) ou de vários corredores alternativos dentro da Área de Estudo.

Nos troços em que o conjunto dos elementos restritivos não é significativo, é seleccionado o
corredor que, justificadamente, corresponda à optimização das condicionantes técnicas,
económicas e ambientais já identificadas.

3.2.1.4 SELECÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS CABOS

A selecção dos cabos incide sobre o universo dos cabos padronizados pelo Dono da Obra e
é sustentada pelos cálculos de simulação do trânsito na linha, em carga e em vazio. As
condições de trabalho são definidas a partir dos valores de EDS adiante referidos nesta
especificação.

3.2.1.5 CADEIAS DE ISOLADORES E ISOLADORES RÍGIDOS

As cadeias de isoladores são constituídas pelos isoladores padronizados pelo Dono da Obra
e terão em conta os valores da linha de fuga específica e distâncias de isolamento adiante
referidos nesta especificação. Terão igualmente em conta as cargas transmitidas pelos
condutores.

Não está excluída, à priori, a utilização de isoladores rígidos, de aplicação directa aos
apoios. Contudo, a sua utilização carece sempre da aceitação prévia do Dono da Obra.

3.2.1.6 SILHUETAS DOS APOIOS

São produzidos desenhos 2D contendo os alçados dos apoios metálicos treliçados, tubulares
ou outros, com as funcionalidades definidas para a linha (alinhamento, ângulos até 5, 20 e
40 grados, e terminal. Por princípio, os apoios terminais serão dimensionados para suportar as

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cargas decorrentes da não instalação de cabos do lado da subestação.

No caso dos apoios de betão armado, ou em madeira, as silhuetas incluem


necessariamente as armações para fixação dos condutores (e do cabo de guarda se for
caso disso).

3.2.1.7 ACÇÕES DE DIMENSIONAMENTO DOS APOIOS

As acções características de base do vento são as indicadas adiante nestas especificações.


As combinações de acções para dimensionamento seguem a EN 50423-1 (que remete em
muitos aspectos para a EN 50341-1), na tabela 4.2.7 Standard load cases, com exclusão das
hipóteses 2 e 3 (acção do gelo). Os coeficientes de majoração e de combinação das
acções são os indicados para o nível de fiabilidade 3 (ou outro inferior definido pelo Dono
da Obra), na tabela 4.2.8. A tracção dos cabos a considerar para efeitos das acções,
incluindo as acidentais, é a correspondente à do vento máximo majorado sobre os cabos
ou reduzido quando for caso disso.

Nas acções acidentais não é considerado vento sobre os apoios nem sobre cabos e
cadeias.

Para cálculo das acções sobre as fundações as acções sobre os apoios são não majoradas.

3.2.1.7.1 VENTO

Com o objectivo de quantificar as acções de vento sobre cabos, estruturas dos apoios e
equipamentos, o território é considerado dividido em duas zonas: zona A – vento com
velocidade de referência de 30 m/s, e zona B – vento com velocidade de referência de
33 m/s. A zona A corresponde à totalidade do território com excepção das zonas B.

Para os projectos em curso e tendo em conta a experiência resultante das realizações


nestes locais adoptam-se os valores de zona A adiante referidos. São classificadas em zonas
de tipo B as áreas do território com a velocidade de referência do vento de 33 m/s.

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A pressão dinâmica do vento é dada por:

Zona A : qh = 0,5 . ρ . 302. (h/10)0,4 N/m2

Zona B : qh = 0,5 . ρ . 332. (h/10)0,4 N/m2

onde ρ é a densidade do ar, igual a 1,205 kg/m3 a 20ºC e pressão atmosférica de 1013 hPa.

Pressão dinâmica do vento em função da altura h e da zona de vento

qh [Pa]
h [m]
Zona A Zona B

0 720 870

10 720 870

20 720 870

25 782 946

30 841 1017

35 895 1082

40 944 1142

45 989 1197

50 1032 1248

55 1072 1297

Estes valores apresentam-se globalmente conservadores relativamente aos que vêm sendo
utilizados em Angola. Esta metodologia traduz a tendência internacionalmente adoptada
de admitir variação da pressão do vento com a altura.

3.2.1.7.2 ACÇÃO DO VENTO SOBRE OS CABOS:

L1 + L2
QWc = q h ⋅ Gq ⋅ Gc ⋅ C c ⋅ d ⋅ ⋅ cos 2 φ
2

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• qh é a pressão dinâmica do vento.

• Gq é o factor de resposta à rajada.

• Gc é o factor de ressonância estrutural.

• Cc é o coeficiente de forma para o condutor. Para os condutores circulares e ventos


normais de projecto, Cc é igual a 1,0. Para outros tipos de condutores e para maiores
velocidades de vento o valor do coeficiente de forma deverá ser medido ou
calculado.

• D é o diâmetro do condutor,

• L1 e L2 são os comprimentos dos dois vãos adjacentes, cujo valor médio é o vão de
vento L,

• Ф é o ângulo de incidência para a direcção crítica do vento.

O factor de rajada, Gq, é igual a 1,0 (cf. 4.2.2.3, EN 50341-1, opção vento de rajada).

O factor de ressonância estrutural (factor de vão), GC, é igual a 0,6.

O factor de forma CC para condutores cableados normais será, de acordo com o seu
diâmetro, o indicado na tabela seguinte:

Factor de forma em função do diâmetro d do condutor

d [mm] CC

d ≤ 12,5 1,2

12,5 < d ≤ 15,8 1,1

15,8 < d 1,0

Na ausência de qualquer indicação referente a uma direcção crítica para o vento, o


ângulo de incidência, φ, deve ser tomado igual a 0 graus.

Nos apoios de ângulo a direcção do vento deve ser tomada ao longo da bissectriz do
ângulo da linha, excepto se indicado em diverso nas Especificações de Projecto. A

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componente horizontal transversal da tracção dos condutores deve ser adicionada à força
resultante da acção do vento.

No cálculo das componentes horizontais da tracção dos condutores a direcção do vento


pode ser considerada como actuando perpendicularmente aos condutores.

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3.2.1.7.3 ACÇÃO DO VENTO NAS CADEIAS DE ISOLADORES

A força do vento directa que actua no ponto de ligação ao apoio, na direcção do vento, é
igual a:

QWins = q h ⋅ Gq ⋅ Gins ⋅ C ins ⋅ Ains

onde:

• qh , é a pressão dinâmica do vento

• Gq, é o factor de resposta à rajada (ver Acção do vento sobre os cabos),

• Gins, é o factor de ressonância estrutural para as cadeias de isoladores, igual a 1,05.

• Cins, é o coeficiente de forma para as cadeias de isoladores, igual a 1,2,

• Ains, é a área da cadeia de isoladores projectada horizontalmente num plano


vertical e paralelo ao eixo da cadeia.

3.2.1.7.4 FORÇAS DE VENTO SOBRE APOIOS DE ESTRUTURA TRELIÇADA

Excepto para verificações em casos especiais, supõe-se o vento actuando numa direcção
perpendicular à face longitudinal (lateral) dos apoios (φ = 0 graus). Neste caso a expressão
para a carga de vento actuando no centro de gravidade de um painel de uma estrutura
treliçada com uma secção horizontal rectangular é:

Qwt = qh . At . Ct

Onde:
qh é pressão dinâmica à altura do centro de gravidade do painel ao solo.

At é a área efectiva do painel perpendicular à direcção do vento.

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Ct é o factor de forma definido como:

Apoios com secção rectangular e faces opostas idênticas constituídas por elementos
planos:

Ct = 3,2 - 2,8 . χ

Apoios com secção rectangular faces opostas idênticas constituídas por elementos de
secção circular (por exemplo, tubos de aço). Ct = 2,24 - 1,96 . χ

Onde :

χ é o coeficiente de vazios definido por : χ= 2 . At / (h . (b1 + b2))

Como indicado na fig. 4.2.2 da EN 50341-1; as expressões para Ct são válidas para valores
de χ no intervalo [0,1 – 0,6]. Estas expressões tomam em consideração a acção do vento
sobre todas as faces do apoio.

3.2.1.7.5 FORÇAS DE VENTO SOBRE POSTES

• Postes de secção horizontal circular: Ct = 0,60

• Postes de secção horizontal quadrada: Ct = 1,75 direcção do vento perpendicular à


face; Ct = 1,45 direcção do vento ao longo da direcção da diagonal da secção
horizontal

• Postes de secção horizontal rectangular sem vazios: Ct = 1,85 direcção do vento


perpendicular à face mais larga; Ct = 1,40 direcção do vento perpendicular à face
mais estreita

• Postes de secção horizontal rectangular com vazios: Ct = 1,60 direcção do vento


perpendicular à face mais larga; Ct = 1,30 direcção do vento perpendicular à face
mais estreita

• Postes de betão em forma de I sem vazios: Ct = 1,60 direcção do vento


perpendicular à face côncava (mais larga); Ct = 1,40 direcção do vento
perpendicular à face mais estreita.

• Postes de betão em forma de I com vazios: Ct = 1,50 direcção do vento

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perpendicular à face côncava (mais larga); Ct = 1,30 direcção do vento


perpendicular à face mais estreita

3.2.1.8 VERIFICAÇÃO DOS APOIOS E DAS FUNDAÇÕES

Na verificação dos apoios observa-se a EN 50423-1, que remete para a EN 50341-1, Anexos J
e K. Os apoios são verificados para todas as possibilidades de rotura de cabos.

Na verificação das fundações considera-se um factor de segurança de 1,5 para as acções


não acidentais (permanentes e variáveis) e de 1,25 para acções acidentais.

3.2.1.9 CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS DA LINHA E SIMULAÇÃO DO TRÂNSITO

As características eléctricas da linha devem calcular-se com os condutores à temperatura


de 65ºC.

A simulação do trânsito deve realizar-se para o trânsito da potência indicada pelo Dono da
Obra e em vazio.

Para além dos valores da resistência, reactância e susceptância da linha devem


apresentar-se também os seguintes elementos para as linhas de MT.

• Campo magnético ao nível do solo e a 1,8 metros de altura, sob os condutores.

• Gradiente máximo de potencial à superfície dos cabos.

3.2.2 PROJECTO - BASE

O Projecto - Base da linha é elaborado tendo em conta os dados recolhidos e inclui, de


forma resumida o seguinte (em detalhe ver cap.12):

• Explicitação dos critérios gerais técnico-regulamentares e/ou normativos, de âmbito


nacional ou internacional aplicáveis

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• Definição dos elementos a utilizar: apoios, fundações, cabos condutores, cabos de


guarda, cabos OPGW se existirem, cadeias de isoladores, conjuntos sinaléticos, etc.

• Desenhos, cálculos e demais elementos referidos nos números 4.2.1.1 a 4.2.1.9

• Análise de Riscos em presença da linha

• Evidência de condicionalismos técnicos pontuais que o estabelecimento do traçado


da linha venha a impor (vãos anormalmente grandes, localização imperativa de
apoios devido à topografia do terreno, interferência com outras infraestruturas, etc.)

O Projecto Base não inclui o estudo de implantação de apoios (tower spotting).

3.2.3 FASE DE PROJECTO EXECUTIVO

Após a escolha do corredor, é executado o Projecto da linha, o que compreende


designadamente (em detalhe ver cap. 13):

• Levantamento aerofotogramétrico do corredor aprovado, à escala 1:2000 e o


estabelecimento definitivo do Traçado no corredor aprovado, por recurso aos
elementos topográficos e cartográficos disponibilizados e, quando necessário, por
deslocação aos locais.

• Traçado da linha

• Estudo de Implantação de Apoios (Tower Spotting)

• Os cálculos técnicos do projecto (estruturas, fundações, cabos, terras, campos


electromagnéticos, etc.), constantes de uma Memória Descritiva

• Levantamento Cadastral, quando se justificar, da zona de protecção da linha, (30 m


centrados no eixo da linha) e identificação dos proprietários

Para as actividades aerofotogramétricas, cartográficas, topográficas e cadastral, aplica-se


a Especificação Técnica Geral ET-E-005, Cartografia, Topografia, e Cadastro, e a
Especificação Técnica Geral ET-E-004 Plano de Abertura e Manutenção de Faixa de
Protecção para Linhas Eléctricas.

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3.2.3.1 COBERTURA AEROFOTOGRÁFICA DO CORREDOR

Seleccionado o corredor efectua-se um voo para a realização da cobertura


aerofotogramétrica do terreno à escala 1:8000 e é obtido por estereorestituição o corredor
aprovado numa faixa de 400 m de largura.

Deste corredor são obtidas plantas à escala 1:2000 com a topografia e cartografia
necessárias para apoiar o estudo de um traçado para a linha.

A cartografia do corredor será entregue ao Dono da Obra em formato AutoCad.

Em alternativa, o corredor pode ser representado sobre o modelo 2D do terreno obtido por
fotografia de satélite.

Em qualquer caso, a cartografia do corredor, para além de estar georreferenciada, deverá


ser compatível com a versão do AutoCad 2008 ou superior.

3.2.3.2 TRAÇADO DA LINHA

Nesta fase é feita a identificação dos vértices e respectivas coordenadas tendo em conta
todas as condicionantes ambientais e técnicas, obstáculos diversos relacionados com rios,
habitações, linhas de telecomunicação, redes viárias e férreas, outras linhas eléctricas,
zonas de difícil acesso, pedreiras, etc.

O traçado escolhido é então sujeito à completagem onde:

• Se avaliam no terreno todas as interferências com o traçado escolhido e não


detectadas em planta;

• Se efectua o levantamento altimétrico rigoroso de todos os obstáculos verticais no


traçado da linha;

• Se obtém informação complementar definida nas Especificações Técnicas Gerais


ET-E-005 e ET-E-004, Cartografia, Topografia, e Cadastro, Plano de Abertura e

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Manutenção de Faixa de Protecção para Linhas Eléctricas.

Feitos os ajustes resultantes da completagem procede-se ao reconhecimento de todo o


traçado da linha.

3.2.3.3 DISTRIBUIÇÃO DE APOIOS

Procede-se então à definição lateral do perfil longitudinal através da estereorestituição por


via numérica, dos perfis central, lateral esquerdo e lateral direito, segundo a directriz do
traçado escolhido, nas escalas longitudinal 1:2000 e vertical 1:500.

O perfil e planta parcelar bem como o cadastro geométrico são executados nos termos
das Especificação Técnicas Gerais ET-E-005 e ET-E-004, Cartografia, Topografia, e Cadastro,
Plano de Abertura e Manutenção de Faixa de Protecção para Linhas Eléctricas de MT, em
formato compatível com AutoCad 2008 ou superior e também adequado para o programa
informático PLS CADD.

Com base no perfil e planta parcelar atrás referidos procede-se à implantação dos apoios.
Na referida implantação, o seu número, altura e tipo devem ser optimizados tendo em
conta as características mecânicas dos apoios e as dos cabos, as distâncias de segurança
regulamentares e as indicadas nesta especificação, bem como as condicionantes de
ocupação do solo, no sentido de minimizar quer os custos técnicos quer os impactes que a
localização dos apoios possa causar.

Se o projecto for desenvolvido em PLS CADD deverá ser também fornecido ao Dono da
Obra o ficheiro “backup” do projecto executivo

3.2.3.4 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO E CADASTRAL

A largura das faixas correspondentes à planta parcelar e ao afastamento entre condutores


poderão ser definidas caso a caso.

Ao levantamento topográfico e cadastral aplica-se a das Especificações Técnicas Gerais


ET-E-005 e ET-E-004, Cartografia, Topografia, e Cadastro, Plano de Abertura e Manutenção

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de Faixa de Protecção para Linhas Eléctricas.

Deverá ser fornecido ao Dono da Obra em formato AutoCad 2008 ou superior, o Cadastro
georreferenciado.

3.3 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS A CONSIDERAR NO PROJECTO

3.3.1 CABOS CONDUTORES

Os cabos condutores são os indicados na ET-E-304-“Cabos nús e isolados para linhas de MT”
e ET-E-403 – “Cabos, Armários e Acessórios da Rede de Distribuição de BT”.

3.3.2 CABOS ÓPTICOS

Os cabos incorporando fibras ópticas terão características mecânicas e eléctricas


adequadas às da linha. As características do cabo óptico, quando existir, e dos respectivos
acessórios, nomeadamente as das fibras ópticas, constam da Especificação Técnica Geral,
ET-E-208 - Cabos e Acessórios de Fibra Óptica para Instalações de AT.

3.3.3 APOIOS METÁLICOS TRELIÇADOS E TUBULARES

Os apoios são constituídos por estruturas reticuladas em aço, construídas com cantoneiras
de abas iguais e chapas ligadas entre si por parafusos. Todas as peças são galvanizadas a
quente por imersão. Todos os parafusos serão da classe 6.4, ou acima, de rosca métrica
segundo Norma DIN 7990. Poderão ser também do tipo tubular em chapa com espessura
adequada e secção poligonal.

Qualquer que seja o tipo, no dimensionamento dos apoios, aplicam-se as disposições da


EN50423-1, que remete para a EN 50341-1. Designadamente no cálculo das acções são
consideradas as “Load case” do quadro 4.2.7, excepto as que envolvem o gelo, e os
coeficientes de majoração do quadro 4.2.8 para o nível (Reliability level) 3 ou outro definido
pelo Dono de Obra.

Os apoios deverão ser concebidos de modo a prever, a optimização e simplicidade de

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todo o ciclo de fabrico e a introdução de características adicionais que facilitem e


aumentem a segurança de execução das operações de montagem e de exploração.

A partir da altura ao solo de 4 metros todos os apoios possuem degraus em varão de aço,
em montantes diagonalmente opostos, e cumprindo as disposições regulamentares
aplicáveis. Todos os apoios são providos dos acessórios que permitam a escalada e
trabalhos em altura nos termos regulamentares aplicáveis.

A utilização deste tipo de apoios em linhas MT deverá ser considerada apenas em casos em
que existam condicionantes de acesso, ou sob indicação expressa do Dono da Obra.

A estes apoios aplica-se a Especificação Técnica Geral ET-E-008 - Estruturas Metálicas para
Linhas e Subestações.

3.3.4 APOIOS EM BETÃO ARMADO

O betão a utilizar deverá cumprir o que está estabelecido na Norma EN 206-1, ou


equivalente.

A resistência mecânica característica do betão é no mínimo de 250 kg/cm2 ou 300 kg/cm2,


consoante medida em provete cilíndrico ou provete cúbico.

O betão deve ser fabricado mecanicamente e o seu vazamento nos moldes, já com a
armadura, deve ser acompanhado por compactação mecânica.

O aço das armaduras e sua constituição deve estar de acordo com o disposto na
Especificação Técnica Geral ET-E-003 - Edificações, Movimentos de Terras, Redes Viárias,
Drenagens e Infra-Estruturas Técnicas.

3.3.5 APOIOS EM MADEIRA

Os apoios em madeira serão propostos ao Dono de Obra acompanhados da


documentação que permita avaliar a sua capacidade mecânica e adequabilidade para
utilização em linhas de MT. Esta documentação incluirá necessariamente e de forma
detalhada, as normas e protocolos dos ensaios de suporte aos apoios propostos e das
respectivas fundações.

3.3.6 FUNDAÇÕES

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As fundações dos diversos tipos de apoios são projectadas tendo em conta as


características previsíveis dos locais de implantação dos mesmos. No dimensionamento das
fundações aplicam-se as disposições da EN 50423-1.

Em condições normais as fundações previstas são do tipo convencional e são constituídas


por quatro maciços de betão armado, independentes, com sapata e chaminé prismática.
Sempre que as dimensões dos postes o justificarem, poder-se-á adoptar fundações de
bloco único.

Assim, à priori, as fundações são dimensionadas para os mais elevados esforços que lhe
poderão ser transmitidos pela estrutura metálica considerando todas as combinações
regulamentares e definidas para condições “médias” de terreno correspondentes a uma
caracterização-tipo de “areia fina e média até 1 mm de diâmetro de grão” a que
correspondem as características:

• Massa volúmica = 1600 kg/m3

• Ângulo de atrito interno = 30 a 32 °

• Pressão admissível = 200 a 300 kPa

Em condições normais o betão a empregar é caracterizado pela sua resistência mecânica


à compressão, cujo valor característico é de 20 MPa e massa volúmica de 2400 e 2500
kg/m3 respectivamente para betão simples e armado.

Quando as características de terreno o justificarem serão projectadas fundações especiais


a estudar caso a caso.

3.3.6.1 DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

As fundações de blocos separados, onde as cargas predominantes são verticais de


compressão ou arrancamento, devem ser dimensionadas para resistir pelo menos a 1,5
vezes às cargas não acidentais de projecto resultantes dos apoios, exclusivas de quaisquer
coeficientes parciais, e 1,25 vezes as cargas acidentais resultantes dos apoios.

As fundações de bloco único onde a carga predominante é o momento derrubante


devem ser projectadas por forma a que a inclinação máxima do eixo longitudinal seja de

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1%.

3.3.7 CADEIAS DE ISOLADORES E ACESSÓRIOS

De acordo com os critérios adoptados para as linhas da Rede de Transporte, nas travessias
de estradas e autoestradas, de vias férreas, de cursos de água navegáveis ou ainda de
zonas habitadas, nos cruzamentos superiores com outras linhas aéreas de MT, as cadeias de
suspensão são duplas.

No cálculo da oscilação das cadeias de suspensão deverá considerar-se metade da


pressão dinâmica do vento máximo habitual e o parâmetro dos condutores a utilizar é o
correspondente ao vão equivalente do cantão.

As cadeias de amarração das linhas de MT serão simples, sem prejuízo de outras soluções
de maior capacidade mecânica decorrentes de disposições regulamentares ou de
condições técnicas.

As cadeias de isoladores devem possuir uma carga de rotura igual ou superior às acções
máximas dos cabos majoradas pelo factor 2,5.

3.3.7.1 ISOLADORES

Serão usados isoladores de calote e haste, em vidro, dos tipos U 40B, U70BS, U100BS e U160BS
para as zonas de poluição média a que corresponde a linha de fuga específica de 20
mm/kV (tensão composta mais elevada) ou poluição forte a que corresponde a linha de
fuga específica de 25 mm/kV (tensão composta mais elevada) ou antipoluição, dos tipos
U40BP, U100BLP, onde deverão ser preferencialmente de compósito. As zonas consideradas
de poluição muito forte serão tratadas caso a caso.

A selecção dos isoladores deverá ainda ter em conta a corrente defeito e a sua variação
prevista ao longo da linha.

Aos isoladores aplica-se a Especificação Técnica ET-E-301 - Isoladores e Coordenação de


isolamento de Linhas Aéreas de MT.

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3.3.7.2 CONSTITUIÇÃO DAS CADEIAS DE ISOLADORES

Zonas de poluição média (20 mm/kV)

Referência dos Tensão máxima


Número de Isoladores
isoladores (IEC 60305) de serviço [kV] (*)

U40B 36 5
U70BS 36 4
U100BS 36 4
U160BS 36 3

(*) o isolamento é dimensionado para o escalão de 30 kV, tendo em vista o futuro upgrade
das linhas de MT de tensão inferior.

Zonas de poluição forte (25 mm/kV)

Referência dos isoladores Tensão máxima Número de Isoladores


(IEC 60305) de serviço [kV] (*)

U40BP 36 4
U100BLP 36 3

Esta composição garante uma linha de fuga das cadeias com um isolador partido igual ou
superior a 90% da cadeia intacta.

O dimensionamento das cadeias é efectuado de acordo com as correntes de defeito


máximas previstas para a linha e de acordo com as seguintes alternativas:

• para 16 kA ≤ Icc ≥ 25 kA, utilizam-se nas cadeias simples isoladores de espigão da


norma 20, segundo CEI 60120.

• para 8 kA ≤ Icc ≤ 16 kA, utilizam-se nas cadeias simples isoladores de espigão da


norma 16, segundo CEI 60120.

• para Icc ≤ 8 kA, utilizam-se nas cadeias simples isoladores de espigão da norma 11,

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segundo CEI 60120.

3.3.7.3 ACESSÓRIOS DE CADEIA

Sob o ponto de vista térmico os acessórios das cadeias, incluindo os dispositivos de


protecção, devem ser dimensionados para uma densidade de corrente de curto circuito
de 70 A/mm2 -1seg. A resistência mecânica dos acessórios das cadeias de isoladores deve
garantir um coeficiente de segurança não inferior a 2,5 relativamente às acções máximas
resultantes dos condutores. Devem observar as disposições da EN 61284.

Ainda relativamente aos dispositivos de protecção será de referir que eles se devem dispor
de modo a proteger os isoladores do arco obrigando-o a manter-se afastado daqueles.

A fixação das cadeias dos condutores é preferencialmente através de charneira em todas


as ligações das linhas aos pórticos das subestações e postos de corte/seccionamento, a
qual oferece uma resistência eléctrica de contacto favorável em comparação com os
sistemas de fixação com acessórios de perfil redondo.

Todas as amarrações do cabo OPGW, quando existir, terão um sistema de “shunt” a


assegurar a ligação à estrutura de forma franca, de modo a evitar quaisquer
sobreaquecimentos em resultado de correntes de defeito.

3.3.7.4 ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO DE CABOS

Os acessórios de fixação (pinças de amarração e de suspensão) e os de ligação e


reparação (uniões e mangas de reparação) estão dimensionados para os efeitos térmicos
resultantes da corrente de defeito máxima que ocorre na linha, com um valor mínimo de
8 kA.

As uniões e pinças de amarração serão do tipo compressão para os cabos com secções
nominais de 160 mm2 e superiores e deverão ter uma carga de rotura não inferior à dos
cabos. As uniões devem garantir aquela carga simultaneamente com uma resistência
eléctrica inferior à de um troço de cabo de igual comprimento. Nas secções inferiores as
pinças de amarração são de estribos e também devem ter uma carga de rotura não

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inferior à dos cabos.

As pinças de suspensão para fixação dos condutores nos apoios de suspensão são do tipo
AGS para os cabos com secções nominais de 160 mm2 e superiores. Este tipo de pinças,
fixam o cabo através de um sistema de varetas helicoidais pré-formadas e de uma manga
de neopreno, apresentando características particularmente favoráveis no que diz respeito
à redução ou eliminação de danos causados aos fios que formam o cabo na zona de
fixação, em resultado de fadiga causada por vibrações eólicas. Nas secções inferiores as
pinças de suspensão são de estribos e devem ter uma carga de rotura não inferior duas
vezes e meia a tracção máxima dos cabos.

A carga de deslizamento das pinças de suspensão deverá ser aproximadamente 20% da


carga de rotura dos cabos cujos diâmetros se incluem na gama comportada pelas
dimensões da pinça. A implantação dos apoios é feita mantendo a condição de o
somatório dos ângulos de saída de cada lado das pinças não exceder 30 graus.

As mangas de reparação serão do tipo adequado ao diâmetro e material dos cabos e são
constituídas por varetas helicoidais pré-formadas e destinam-se à reparação de danos nos
fios das camadas exteriores, enquanto que as uniões têm a sua aplicação em casos de fios
danificados nas camadas interiores.

3.3.7.5 AMORTECEDORES DE VIBRAÇÕES

Consideram-se aqui os problemas de fadiga causada por vibrações eólicas sobre os fios dos
cabos, uma vez que este problema não se coloca em relação aos apoios (estes têm uma
frequência própria de vibração muito baixa). Apesar das conhecidas características
redutoras de danos de fadiga nos cabos condutores associadas ao uso de pinças de
suspensão AGS, tanto estes como os cabos de guarda estão sujeitos a regimes de vibrações
eólicas, que exigem a adopção de sistemas especiais de amortecimento das mesmas.

Alguns factores que determinam o comportamento dos cabos nestas circunstâncias e que
serão tidos em conta nos cálculos são os seguintes:

• Características de inércia (massa) e de elasticidade;

• Tensão mecânica de esticamento (normalmente referenciada ao EDS);

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• Geometria dos vãos;

• Regime dos ventos (geralmente os regimes de rajada que condicionam as tracções


máximas sobre cabos e estruturas, não produzem fadiga nos cabos; são neste caso
os regimes lamelares de velocidade baixa-média que produzem as vibrações de
mais alta frequência que conduzem a problemas de fadiga mecânica; os terrenos
de baixa rugosidade oferecem em geral as condições topográficas para a
ocorrência deste tipo de ventos);

Os resultados a apresentar, no projecto executivo, devem incluir para os condutores e


cabos de guarda os seguintes elementos:

Tipo e características dos amortecedores.

Número e localização dos amortecedores a instalar de cada lado da fixação dos cabos
condutores, em todos os apoios da linha.

3.3.8 CIRCUITO DE TERRA DOS APOIOS

Os eléctrodos de terra dos apoios serão constituídos por fitas ou estacas. Nos eléctrodos de
terra constituídos por estacas serão utilizadas estacas do tipo "Copperweld" com 2,10 m de
comprimento e 16 mm de diâmetro.

Os cabos que interligam os eléctrodos de terra ao apoio são em cobre nu de 9 mm de


diâmetro.

O cabo é ligado ao apoio e às estacas por intermédio de ligadores apropriados,


procurando-se sempre um permanente bom contacto e baixa resistência.

Os acessórios das malhas de terra deverão cumprir os requisitos da ET-E-303 Circuito de Terra
dos Apoios de Linhas Aéreas de MT.

3.3.9 CONJUNTOS SINALÉTICOS

Cada apoio tem de possuir sinalização claramente visível do solo. Em particular deverão
existir os seguintes elementos:

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• Chapa de sinalização ou de advertência, de 300x360 mm, com o texto “PERIGO DE


MORTE” e o número de ordem do apoio na linha;

• Chapa de identificação, de 360x320 mm, com o nome (sigla) da linha, e nº de


telefone do departamento responsável.

• Para permitir inspecções aéreas serão colocados de dez em dez apoios, na parte
superior e de cada lado dos apoios chapas com 700x400 mm contendo o número
de ordem do apoio.

3.4 DISTÂNCIAS MÍNIMAS

Sem prejuízo de valores diferentes impostos por disposições regulamentares ou por situações
locais as distâncias de segurança dos condutores aos obstáculos, a considerar nas linhas de
MT são as seguintes:

Distâncias em metros

Tensão Nominal (kV) 30


Solo 7,2
Árvores 3,5
Edifícios 4

Estradas 8
Vias férreas electrificada 13,5(a)
Vias férreas não electrificadas 8
Outras linhas aéreas de MT (*) 2,8 (a)
Obstáculos diversos 3,5

(a) Considerando o ponto de cruzamento a 200 m do apoio mais próximo

(*) nos cruzamentos com linhas de tensão superior, a distância deve ser acrescida de
um valor em metros igual a um décimo da tensão mais elevada diminuída de 0.3
metros.

Devido às oscilações provocadas pela acção do vento a distância dos condutores entre si
pode reduzir-se perigosamente e provocar um curto circuito, pelo que o valor de D não

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deve ser inferior ao valor mínimo indicado pela expressão:

U
D = K f +λ + , em metros e em que:
200

• f - flecha máxima em metros;

• λ - Comprimento da cadeia de suspensão em metros.

• K - coeficiente que depende da natureza dos condutores e é dado por:

- 0,6 para condutores de cobre, bronze, aço e alumínio-aço

- 0,7 para condutores de alumínio e liga alumínio

Em qualquer das circunstâncias a distância deverá ser sempre superior a 0,45 m.

Para a implantação dos apoios das linhas devem ainda ser consideradas as seguintes
distâncias mínimas:

Obstáculos Distâncias em metros


Gasodutos 10

Linhas de Água 10 exteriores ao leito de cheia

Fora da zona de não


Auto Estradas
construção

Caminhos 3
Estradas 5

4 CÁLCULOS

4.1 TEMPERATURAS DE REFERÊNCIA

Temperaturas médias mínimas:

• Na zona litoral Norte: 10ºC

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• Na zona litoral Sul: 5ºC

• Na zona interior, a partir de 5 km da costa marítima: 0ºC.

Temperaturas médias máximas:

• Na zona litoral Norte: 25ºC

• Na zona litoral Sul: 25ºC

• Na zona interior, a partir de 5 km da costa marítima: 20ºC.

Temperatura de EDS : 25ºC em todas as zonas.

O Anexo 1 contém a representação sumária destas zonas sobre o território de Angola.

4.2 CÁLCULOS MECÂNICOS

4.2.1 CÁLCULO MECÂNICO DOS CABOS CONDUTORES E DE GUARDA. DISTRIBUIÇÃO DE


APOIOS.

No cálculo mecânico de cabos deverá ser considerado o método hiperbólico. As tracções


máximas de trabalho dos cabos terão que ser consentâneas com a capacidade de carga
dos apoios e deverão apresentar um coeficiente de segurança pelo menos igual a 2,5 em
relação à carga de rotura.

Deverão ser tidas em conta s seguintes relações entre flechas:

• Flecha no EDS para CG e OPGW ≤ 0,85 x Flecha no EDS para CC

• Flecha máxima para CG e OPGW ≤ 0,85 a 0,9 x Flecha máxima para CC

A distribuição inicial dos apoios é feita para o vão equivalente considerado ideal para a
linha em projecto, considerando a flecha máxima dos condutores inferiores e flecha mínima

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dos cabos superiores, situação que é aplicável no caso de cruzamentos inferiores com
outras linhas eléctricas.

Na distribuição final, que se procura optimizante numa perspectiva técnico-ambiental


deverão as distâncias ao solo e demais obstáculos serem verificados para os parâmetros
reais de flecha máxima em cada cantão, isto é, os correspondentes ao vão equivalente de
cada cantão e tendo em conta o efeito creep dos cabos.

Os cálculos mecânicos correspondentes à distribuição dos apoios deverá ser apresentado


em forma tabular e formato editável.

Este cálculo é feito1 tomando como estados de partida os seguintes:

• 40 ºC s/ vento para os condutores

• 25 ºC s/ vento para os cabos de guarda e OPGW (quando existirem)

e é apresentado para os seguintes estados finais (de acordo com definições


regulamentares):

• Flecha máxima

• Flecha mínima (cabos de guarda)

• +20 ou +25ºC e vento máximo habitual (não majorado)

• +5 ºC ou +10ºC e vento reduzido actuando sobre os cabos

• + 25 ºC sem vento (EDS)

• 0ºC e vento reduzido (em zonas do interior)

O cálculo anterior deve evidenciar que estão observadas as seguintes condições:

• A tracção máxima não excede 40% da carga de rotura dos cabos;

• EDS inferior a 18 %.

1 Procura-se, sempre que possível, igualar as tracções nos diferentes cantões da linha neste estado. Não sendo
possível deverá ser encontrada uma situação de compromisso no equilíbrio das tracções neste estado e na
situação em que ocorrem maiores diferenciais da tracção longitudinal

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• A capacidade mecânica de cada apoio não é excedida, particularmente pela


ocorrência de diferenciais de tracção longitudinais;

• Os ângulos de saída são compatíveis com as distâncias de segurança à massa e


com os acessórios de fixação do cabo;

• A inclinação das cadeias é compatível com as distâncias de segurança à massa


(considerando aqui metade da pressão dinâmica do vento máximo habitual);

• A relação de flechas, no EDS, entre o cabo de guarda e os condutores não excede


0,85;

4.2.2 CÁLCULO MECÂNICO DOS APOIOS E FUNDAÇÕES

O cálculo mecânico dos apoios deve encontrar-se em volumes separados contendo as


bases de cálculo e dimensionamento, as acções consideradas e a metodologia de cálculo,
para aprovação separada. Na eventualidade dos apoios utilizados já pertencerem a
elementos tipo da RT, anteriormente aprovados, basta fazer referência àqueles elementos.

O cálculo mecânico dos apoios será efectuado em conformidade com a EN 50423-1, ou


equivalente. São aceites outros normativos desde que apresentem compatibilidade com as
regras de fabrico explícitas na EN 50423-1, ou equivalente, e previamente aprovados pelo
Dono da Obra.

4.3 CÁLCULOS ELÉCTRICOS

4.3.1 CAPACIDADE TÉRMICA

4.3.1.1 REGIME ESTABILIZADO

O modelo de cálculo tem em conta a dissipação térmica da energia eléctrica nos


condutores (efeito de Joule) e a interacção dos condutores com o meio envolvente em
termos de energia radiante.

Neste contexto a formula utilizada é conhecida pelo modelo de Kuipers-Brown:

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dT
C ⋅ St ⋅ = I 2 ⋅ RT + α ⋅ R ⋅ d − 8.55 ⋅ (T − TA ) ⋅ (v ⋅ d ) 0.448 − E ⋅ σ ⋅ π ⋅ d ⋅ (T 4 − TA4 )
dt

Os valores adoptados para os parâmetros são os seguintes:

• Coeficiente da absorção solar = 0,5

• R - Radiação solar = 1000 W/m2

• V - Velocidade do vento = 0,6 m/s

• E - Poder emissivo em relação ao corpo negro = 0,6

• σ - Constante de Stefan = 5,7x10-8 W/(m2.K4 )

Os valores de R e V poderão variar consoante as características do território. Contudo, os


novos valores não poderão conduzir a situações mais favoráveis.

As correntes máximas admissíveis nos cabos, para a temperatura máxima de


funcionamento é de 85ºC, serão calculadas para o intervalo da temperatura ambiente
compreendido entre 10 e 40ºC, variando por intervalos de 5ºC.

4.3.1.2 REGIME DE CURTO CIRCUITO

Para a aplicação dos princípios de dimensionamento ao curto-circuito, torna-se


fundamental referenciar os seguintes parâmetros:

• o tipo de curto-circuito;

• a variação da corrente de defeito ao longo da linha;

• o tempo de duração do defeito;

• a definição do escalão da corrente de defeito nas subestações terminais,


interligando as linhas;

• a temperatura dos condutores e cabo de guarda antes do defeito;

• a temperatura máxima permitida pelos condutores e cabo de guarda;

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• o aumento de flecha considerado aceitável.

Tipo de Curto-Circuito

Os tipos de corrente de curto-circuito a considerar na elaboração de um projecto de uma


linha são:

• Corrente de curto-circuito trifásica; importante no dimensionamento de condutores,


cadeias de isoladores e os respectivos acessórios;

• Corrente de curto-circuito monofásico; importante no dimensionamento do cabo de


guarda, ligações à terra e os seus acessórios.

• Para os cabos condutores considerar a situação em que imediatamente antes do


curto circuito o cabo está à temperatura da flecha máxima 85ºC e que a
temperatura máxima admissível do cabo é 125 ºC.

• Identificar os troços da linha, quando existam, com a Icc uniforme respectivamente


superior e inferior a 20 kA.

• Considerar como duração para o defeito o tempo médio de actuação das


protecções obtido para 90 % de frequência de ocorrência e para cada um dos
níveis de tensão. Na ausência deste indicador considerar 1,0 s.

• Considerar para limite geométrico a adoptar em caso de curto-circuito a


verificação das distâncias regulamentares relativamente ao solo, aos edifícios, às
estradas, auto-estradas, cursos de água e outras linhas eléctricas.

Variação da Corrente de Defeito ao Longo da Linha

São tomadas em consideração as impedâncias da linha, directa, inversa e homopolar,


para a determinação da evolução das correntes de defeito trifásica e monofásica
respectivamente ao longo da linha, admitindo-se que interliga duas subestações com o
mesmo escalão de corrente de curto-circuito.

Escalões da Corrente de Defeito nas Subestações Terminais

As correntes de defeito trifásica e monofásica, a tomar em consideração nas subestações

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terminais são iguais a 20 kA.

Temperaturas dos Condutores e Cabos de Guarda antes do Defeito

• temperatura dos condutores será de 85ºC

Temperatura Máxima dos Condutores e Cabos de Guarda em Curto Circuito

• Para os cabos de guarda do tipo OPGW é o valor indicado pelo fabricante;

• Para os condutores em liga de alumínio ou ACSR a temperatura máxima é de


125 ºC.

Aumento de Flecha dos Condutores, permitido em Curto-Circuito

A elaboração do critério a aplicar tem em consideração que o curto-circuito é um


fenómeno ocasional e de curta duração e ainda uma análise relativa dos requisitos de
segurança regulamentares impostos para as distâncias mínimas ao solo e aos obstáculos
sob os condutores.

Deste modo, o critério a ser considerado é admitir uma redução das distâncias mínimas de
segurança, indicadas atrás no capítulo 4.5, de um metro para os vãos inferiores a
250 metros. Para vãos superiores a redução da distância não pode conduzir à violação das
distâncias regulamentares de segurança.

Processo de Cálculo

O processo de cálculo a utilizar na determinação da capacidade térmica dos condutores


em curto circuito, desprezando as trocas de calor com o ar e considerando o aquecimento
adiabático, é feito de acordo com a seguinte lei

dT
C⋅ = ∑ Pi
dt i

com:

C - capacidade calorífica linear

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Pj - potência dissipada por efeito de Joule

Neste modelo apenas se considera a parcela predominante da carga de Joule (método


Gut & Grundberg). Os aumentos de flecha dos condutores, devido às correntes de curto-
circuito, são sempre referenciados à flecha máxima dos condutores em regime estabilizado
de 85ºC.

Esforços Electrodinâmicos

Para as linhas dos escalões da MT, os esforços electrodinâmicos não necessitam


normalmente de ser tomados em consideração.

4.3.2 DIMENSIONAMENTO DOS CIRCUITOS DE TERRA DOS APOIOS

O dimensionamento dos circuitos de terra dos apoios deverá ter como referência as
recomendações das seguintes publicações:

a) Zonas públicas e frequentadas, a publicação ANSI/IEEE standard 80-1986

b) Zonas pouco frequentadas, a publicação VDE 0141/7.76

c) Zonas não frequentadas, a publicação ASE 3569-1.1985

e ter em consideração as seguintes observações:

• a resistência de terra dos eléctrodos de terra dos apoios deverá ser inferior a 15 Ω na
extensão de 1 km junto às subestações terminais;

• a tensão de contacto máxima não deverá exceder 189 V nas zonas públicas e 225 V
nas zonas frequentadas;

• a tensão de passo máxima não deverá ser superior a 262 V em zonas públicas e a
355 V nas zonas frequentadas;

• os eléctrodos de terra deverão ser constituídos pelo mínimo de estacas conducentes


aos valores da resistência de terra pretendidos.

• a resistividade mínima do solo a considerar nos cálculos deverá ser igual a 100 Ω.m.

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Nas zonas b) e c) e considerando tempos de eliminação de defeito ≤ 0,5s, as


recomendações enunciadas não especificam qualquer valor limite para a tensão de
contacto e de passo.

4.3.2.1 ZONAS POUCO FREQUENTADAS E/OU NÃO FREQUENTADAS

Neste caso a configuração tipo que se preconiza corresponde a dois ou quatro eléctrodos
tipo copperweld enterrados na vertical, exteriormente ao conjunto dos caboucos, devendo
os seus topos estar a uma profundidade mínima de 0,8 metros e ligados ao poste por
intermédio de cabo de cobre nú (Ø = 9 mm).

4.3.2.2 ZONAS PÚBLICAS E FREQUENTADAS

A corrente de defeito tomada em consideração no dimensionamento do circuito de terra é


a monofásica considerando os valores das subestações de interligação.

Nas zonas frequentadas a configuração tipo é de quatro eléctrodos que é


complementada no mínimo com um anel de cabo de cobre nú (Ø = 20 mm) enterrado
horizontalmente a cerca de 80 cm de profundidade

Nas zonas públicas a sua configuração deverá ser definida caso a caso podendo
normalmente ter características idênticas às das zonas frequentadas mas com 2 ou mesmo
3 anéis em vez de um e 4 contra pesos.

4.3.3 CONSTANTES ELÉCTRICAS CARACTERÍSTICAS DA LINHA

Para as linhas de comprimento superior a 50 km as constantes serão calculadas para a linha


não transposta e para linha totalmente transposta.

4.3.3.1 RESISTÊNCIA ELÉCTRICA SÉRIE QUILOMÉTRICA

Deverá ser considerada a resistência eléctrica em corrente contínua a 20 ºC fornecida pelo


fabricante do cabo ou, na sua ausência, a indicada na Especificação Técnica Geral
Cabos Nus e Isolados para Linhas de MT, ET-E-304.

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Deverá ser calculada a respectiva resistência em corrente alternada à mesma temperatura


de referência tendo em conta o efeito películar e a evolução desta resistência com a
temperatura em particular para a temperatura máxima de funcionamento 85ºC.

4.3.3.2 INDUTÂNCIA SÉRIE QUILOMÉTRICA

É calculada através do método das imagens (Carson) tendo em conta a geometria própria
e a disposição no espaço dos cabos, bem como a frequência de trabalho.

4.3.3.3 CAPACITÂNCIA QUILOMÉTRICA

É calculada através do método das imagens (Carson) tendo em conta a geometria própria
e a disposição no espaço dos cabos, bem como a frequência de trabalho.

4.3.3.4 SUSCEPTÂNCIA QUILOMÉTRICA

A partir do valor da capacitância de serviço determina-se a susceptância shunt


quilométrica.

4.3.3.5 IMPEDÂNCIA SÉRIE QUILOMÉTRICA

A impedância série quilométrica (Z) é calculada a partir dos valores de resistência série e
indutância série, anteriormente calculados.

4.3.3.6 ADMITÂNCIA QUILOMÉTRICA

Igualmente tomando como base os valores de condutância série quilométrica (se não
desprezada) e de susceptância série quilométrica determina-se o valor de admitância
quilométrica (Y).

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4.3.3.7 IMPEDÂNCIA E ADMITÂNCIA TOTAIS

Obtidos os valores por quilómetro daquelas grandezas e tendo em conta o comprimento


da linha determina-se os valores de impedância e de admitância totais.

4.4 FUNCIONAMENTO DA LINHA EM REGIME PERMANENTE SINUSOIDAL

Será abordado o funcionamento eléctrico da linha apenas para o regime permanente


sinusoidal utilizando, para isso, as equações gerais de transmissão. Na eventualidade de
existirem outros circuitos em paralelo com a linha em projecto os mesmos terão de ser
considerados nos cálculos do trânsito.

Os cálculos de funcionamento da linha deverão efectuar-se em carga e em vazio.

5 TRAVESSIAS

Deverão ser objecto de análise especifica todas as travessias nos troços de linha em
projecto. Estas travessias referem-se a autoestradas, estradas, cursos de água, vias férreas,
linhas eléctricas e zonas urbanizadas para as quais deverão ser cumpridos todos os
requisitos regulamentares, em particular as distâncias mínimas.

6 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM LINHAS DE TELECOMUNICAÇÃO

Deverão nos termos da Regulamentação em vigor, ser objecto de análise específica todos
os troços da linha em projecto onde possam existir situações de paralelismo e cruzamento
com linhas de telecomunicação em fios nus.

As f.e.m induzidas nas linhas de telecomunicação nas secções de cruzamento da linha


foram estimadas através de

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E = I.M.L.k .10-3 V

onde I, em A, é o valor eficaz da corrente de defeito indutor (corrente de curto circuito


monofásico à terra) no vão de cruzamento, M o valor médio do módulo da impedância
mútua linear das duas linhas para a secção considerada em mΩ/km, L é o comprimento
(valor algébrico) da projecção da secção sobre a linha de energia em km e k é um
coeficiente redutor que tem em conta o retorno duma parte da corrente de defeito pelos
cabos de guarda e o efeito de écran dos condutores ligados à terra e paralelos à linha de
energia e aos circuitos de telecomunicação.

O valor da corrente de defeito utilizado deverá ter em conta a Evolução da Corrente de


Curto Circuito ao longo da linha.

Estes valores são inferiores às Directivas do ITU-T de não exceder 650 V para linhas aéreas de
telecomunicações em fios nus.

Em particular deverão ser ainda cumpridos todos os requisitos regulamentares em particular


as distâncias e ângulos de cruzamento mínimos e as recomendações dos ITU e UNIPEDE.

7 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM GASODUTOS E OLEODUTOS

Para evitar a deterioração do revestimento protector da canalização e a passagem de


correntes nas juntas isolantes em caso de defeito monofásico à terra é indispensável
verificar que o potencial do metal da canalização em relação às zonas vizinhas é
suportável pelo isolamento da mesma. A tensão máxima à qual pode ser submetido o
isolamento de uma canalização de transporte de fluído está fixada em 5000 V. De forma
conservadora, admite-se que a tensão máxima da canalização é igual à soma aritmética
das diferenças de tensão provenientes dos fenómenos seguintes:

• Indução magnética originando uma subida do potencial do tubo em relação ao


solo: Vi

• Escoamento de parte da corrente de defeito através do eléctrodo de terra de um


apoio e consequente elevação de potencial do solo vizinho da canalização em
relação ao potencial do tubo: Vx

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a) Cálculo da tensão longitudinal induzida

b) Cálculo da elevação do potencial do solo na vizinhança do gasoduto


Vx =
O valor de Vx é calculado a partir da fórmula: 2Π x ou medido se já instalado.

Com ρ resistividade do solo e x distância entre o apoio que se escoa a corrente para o solo
e o gasoduto em m e I corrente de defeito monofásico escoada para o solo no apoio em
causa.

8 CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM ADUTORES

Não são permitidas quaisquer obras nas faixas de respeito dos aquedutos e adutores que
correspondem às faixas de terreno que se estendem até 10 m para cada lado das linhas
que delimitam a zona de respeito dos mesmos. A zona do aqueduto inclui regra geral uma
faixa de 5 m para cada lado quando este passa à superfície ou pode ser inferior se o
mesmo é enterrado.

9 OUTROS CRUZAMENTOS, VIZINHANÇAS E PARALELISMOS

Deverá ainda ter-se em conta, analisar-se e referir na memória descritiva do projecto outras
situações de paralelismo, vizinhança e proximidade como sejam as relativas a escolas,
outras linhas, recintos desportivos, aeroportos, aeródromos, feixes Hertzianos ou bombas de
gasolina.

10 BALIZAGEM AÉREA

Sempre que se justificar proceder-se-á à balizagem aérea diurna e nocturna dos cabos e
dos apoios. Os dispositivos e processos de balizagem a utilizar deverão estar de acordo com
as Especificações Técnicas Gerais Dispositivos para Balizagem Aérea Diurna e Nocturna de
Linhas de MT - ET-E-305 e Pintura de Estruturas para Sinalização Aérea de Linhas, ET-E-006.

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11 ANÁLISE DE RISCOS ORIGINADOS PELA PRESENÇA E FUNCIONAMENTO DA LINHA

A problemática da análise da segurança em projecto de linhas é objecto de


especificações próprias referenciadas nas peças contratuais.

A memória descritiva deve conter uma análise de riscos tão desenvolvida quanto possível
incluindo pelo menos os temas aqui especificados.

Os riscos associados à presença e funcionamento da linha podem resumir-se a:

• Incêndios;

• Queda de cabos, queda de apoios;

• Contactos acidentais com peças sob tensão;

• Tensões induzidas;

• Obstáculos a ligar à terra e dimensionamento do circuito de terra associado.

11.1 INCÊNDIOS

Neste âmbito, duas situações podem ocorrer, a saber:

• A Linha está na origem do incêndio;

• A Linha não está na origem do incêndio, mas este será um risco para a Linha.

A probabilidade de ocorrência da 1ª situação é quase nula, uma vez que se executam


rondas periódicas, evitando-se crescimentos exagerados de árvores próximas da Linha.

A probabilidade de ocorrência da 2ª situação é mais elevada que a 1ª, com incidência na


qualidade de exploração e na continuidade de serviço (interrupção de fornecimento de
energia).

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Associado a estes aspectos, há a considerar o risco de inutilização de equipamento (cabos


e cadeias de isoladores).

11.2 QUEDA DE APOIOS OU DE CABOS

A queda de cabos condutores, surge normalmente por rotura de cadeia de isoladores. Por
isso, é importante a utilização de cadeias duplas, melhorando a fiabilidade mecânica do
sistema de transporte. Estas são utilizadas basicamente em travessias consideradas
importantes como:

• auto-estradas, estradas Nacionais;

• zonas públicas;

• cruzamento com edifícios, etc.

A queda de cabos de guarda pode originar prováveis interrupções nas comunicações


(quando o cabo seja um OPGW. O risco destas ocorrências, pode traduzir-se tal como no
caso dos incêndios, numa incidência na qualidade e continuidade de serviço da Linha,
embora também se possa associar o risco sobre pessoas e bens, na sequência da queda
daqueles elementos.

Os critérios de segurança e fiabilidade estrutural asseguram que a probabilidade de queda


de apoios seja muito baixa, uma vez que os critérios utilizados (acções-base e coeficientes
parciais) correspondem aproximadamente a considerar os valores de acções associados a
um período de retorno de 120 anos. Por outro lado, quer os cabos quer os acessórios e
cadeias são escolhidos de modo a que se mantenha um coeficiente de segurança entre a
tracção máxima expectável (correspondente a um período de retorno de 120 anos) e a
capacidade resistente última de pelo menos 2,5.

De um modo geral, no dimensionamento global dos diversos componentes estruturais da


linha, procura-se estabelecer uma coordenação de resistências onde, no caso do
componente principal apoio, os subcomponentes crescentemente mais fortes serão: apoio,
fundações, acessórios; e no caso do componente principal cabos, os subcomponentes
crescentemente mais fortes serão: cabos, isoladores, acessórios.

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11.3 CONTACTOS ACIDENTAIS COM PEÇAS EM TENSÃO

A ocorrência desta situação é improvável e pode resumir-se à utilização de gruas ou outros


equipamentos na proximidade da linha.

As alturas mínimas indicadas atrás são superiores aos mínimos regulamentares e em todos os
apoios, como está regulamentado, deverá existir uma chapa sinalética, em local visível,
indicando PERIGO DE MORTE.

11.4 TENSÕES INDUZIDAS

A existência de objectos metálicos (p. e. vedações e aramados para suporte de vinhas),


isolados ou ligados à terra, na vizinhança de Linhas Aéreas, acompanhando estas em
grandes extensões, são afectados por campos eléctricos, magnéticos ou ainda por
elevação de potencial no solo, tornando possível o aparecimento de tensões induzidas,
com incidência na segurança de pessoas (contactos ocasionais).

Todas as situações deverão ser analisadas pontualmente de modo a garantir-se o


estipulado pelo NESC, USA: “a corrente induzida que fluirá no corpo de uma pessoa em
contacto com o aramado ou vedação será inferior a 5 mA”.

Relativamente à elevação de potencial do solo, na sequência de um defeito monofásico,


segue-se o preconizado nas várias normas já referidas em 5.3.2 (ANSI/EEE, VDE e ASE),
devendo-se ainda tomar em consideração:

• a eventual existência de cabo de guarda, que transporta a maior parte da corrente


de defeito, funcionando como elemento protector em termos de segurança de
pessoas;

• o tempo de eliminação do defeito ser ≤ 0,5s (protecções rápidas);

• ser muito baixa a probabilidade de coincidência de um contacto ocasional com a

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ocorrência do defeito no mesmo instante; a improvável combinação negativa de


todas as ocorrências referidas.

 Deste modo, pode inferir-se que os riscos ligados às correntes que provêm das
tensões induzidas são extremamente baixos e muito abaixo dos critérios técnicos e
ambientais mais restritivos que se conhecem.

11.5 RELAÇÃO DE OBSTÁCULOS A LIGAR À TERRA E DIMENSIONAMENTO DO CIRCUITO DE


TERRA

Não estão previstas à priori ligações particulares de obstáculos. Quaisquer situações deste
tipo que se tornem aparentes em fase de projecto ou construção serão resolvidas através
de uma adequada ligação à terra.

11.6 EFEITOS DOS CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS

11.6.1 VALORES LIMITES

A recomendação do Conselho da União Europeia (“Council Recommendation on the


Limitation of Exposure of the General Public to Electromagnetic Fields 0 Hz – 300 GHz”) de
99.07.05, endossa as recomendações do ICNIRP no que se refere aos limites de exposição
do público em geral.

O quadro seguinte sistematiza estes limites:

Limites de Exposição a Campos Eléctricos e Magnéticos a 50 Hz

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Características de Campo Eléctrico [kV/m] Densidade de Fluxo Magnético


Exposição [µT] (RMS)
(RMS)

Público Permanente 5 100

12 ELEMENTOS DO PROJECTO BASE

12.1 PEÇAS ESCRITAS

12.1.1 MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

Na elaboração da memória descritiva e justificativa deverão ser considerados os seguintes


capítulos por esta ordem:

1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1 - OBJECTO

1.2 - IMPACTE AMBIENTAL

1.3 - CRITÉRIOS GERAIS DE PROJECTO

2 – EQUIPAMENTO

2.1 - APOIOS

2.2 - FUNDAÇÕES

2.3 - CABOS

2.3.1 - Aspectos Gerais do Dimensionamento

2.3.1.1 - Aspectos Mecânicos

2.3.1.2 - Aspectos Eléctricos

2.3.2 - Distâncias de Segurança Associadas aos Cabos

2.4 - ACESSÓRIOS DOS CABOS

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2.4.1 - Cabos Condutores

2.4.2 - Cabos de Guarda

2.5 - AMORTECEDORES DE VIBRAÇÕES

2.6 - CADEIAS DE ISOLADORES

2.6.1 - Aspectos de Dimensionamento Eléctrico

2.6.2 - Acessórios de Cadeia

2.6.3 - Fixação à Estrutura

2.7 - COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

2.8 - CIRCUITO DE TERRA DOS APOIOS

2.8.1 - Normalização Adaptada

2.8.2 - Constituição e Características dos Circuitos de Terra

2.9 - CONJUNTOS SINALÉTICOS

3 - CÁLCULOS

3.1 - CÁLCULOS ELÉCTRICOS

3.1.1 - Resistência Eléctrica Linear dos Condutores

3.1.2 - Capacidade Térmica

3.1.2.1 - Regime de Permanente

3.1.2.2 - Regime de Curto-Circuito

3.1.3- Constantes Eléctricas Características da Linha

4 - DIRECTRIZ DA LINHA

5 - TRAVESSIAS

5.1 - VIAS FÉRREAS

5.2 - ESTRADAS

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5.3 - CURSOS DE ÁGUA

6 - CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM GASODUTOS e OLEODUTOS

7 - CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM ADUTORES

8 - EFEITOS DOS CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS

8.1 - Valores Limites

8.2 - Cálculo do Campo Magnético

9 – ANEXOS À MEMÓRIA DESCRITIVA

Anexo A.1 – Esquema Axial dos Apoios

Anexo A.2 – Esquema das Fundações

Anexo A.3 – Circuitos de terra dos apoios

Anexo A.4 – Características dos Cabos

Anexo A.5 – Características dos Isoladores

Anexo A.6 – Planos de cadeias de Isoladores e Fixação dos CG

Anexo A.7 – Capacidade térmica dos cabos

Anexo A.8 – Indução Magnética.

Anexo A.9 – Ruído Acústico. Interferências Radioeléctricas. Efeito de Coroa.

Anexo A.10 – Equipamento diverso

A memória descritiva e anexos deverão ser entregues também em suporte informático, em


MSWord , MSExcel e AUTOCAD (versões definidas caso a caso no Caderno de Encargos).

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13 PEÇAS DESENHADAS

Em todos os desenhos será colocada uma legenda do Dono da Obra de acordo com um
modelo aprovado para arquivo electrónico e um número identificador que servirá de
elemento de referência obrigatória em todas as peças do projecto. Se o projecto for de
fornecimento externo o adjudicatário deverá assinar a sua própria legenda (separada da
Dono da Obra), que deverá conter no mínimo a indicação de “Autor do Projecto”.

Para além das peças desenhadas que estejam associadas aos aspectos de cálculo do
Projecto Base, deverão estar presentes as peças correspondentes à cartografia geral e
temática (de condicionantes) da Área de Estudo, sobre a qual estarão assinalados os
corredores e alternativas. Dos elementos de equipamento normalizado previstos deverão
ainda estar presentes os seguintes desenhos:

 cadeias de suspensão e de amarração incluindo desenhos dos acessórios individuais

 desenhos de conjunto (silhueta) dos apoios

 esquemas das fundações normais

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14 ELEMENTOS DO PROJECTO EXECUTIVO

14.1 PEÇAS ESCRITAS

14.1.1 MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

Na elaboração da memória descritiva e justificativa deverão ser considerados os seguintes


capítulos, por esta ordem:

1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1 - OBJECTO

1.2 - IMPACTE AMBIENTAL

1.3 - CRITÉRIOS TÉCNICOS GERAIS

2 - EQUIPAMENTO

2.1 - APOIOS

2.2 - FUNDAÇÕES

2.3 - CABOS

2.3.1 - Aspectos Gerais do Dimensionamento

2.3.1.1 - Aspectos Mecânicos

2.3.1.2 - Aspectos Eléctricos

2.3.2 - Distâncias de Segurança Associadas aos Cabos

2.4 - ACESSÓRIOS DOS CABOS

2.4.1 - Cabos Condutores

2.4.2 - Cabos de Guarda

2.5 - AMORTECEDORES DE VIBRAÇÕES

2.6 - CADEIAS DE ISOLADORES

2.6.1 - Aspectos de Dimensionamento Eléctrico

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2.6.2 - Acessórios de Cadeia

2.6.3 - Fixação à Estrutura

2.7 - COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

2.8 - CIRCUITO DE TERRA DOS APOIOS

2.8.1 - Normalização Adaptada

2.8.2 - Constituição e Características dos Circuitos de Terra

2.9 - CONJUNTOS SINALÉTICOS

3 - CÁLCULOS

3.1 - CÁLCULOS MECÂNICOS

3.1.1 - Cálculo Mecânico de Apoios e Fundações

3.1.2 - Cálculo Mecânico dos Cabos e Implantação de Apoios

3.2 - CÁLCULOS ELÉCTRICOS

3.2.1 - Resistência Eléctrica Linear dos Condutores

3.2.2 - Capacidade Térmica

3.2.2.1 - Regime Permanente

3.2.2.2 - Regime de Curto-Circuito

3.2.3 - Constantes Eléctricas Características da Linha

3.3 - FUNCIONAMENTO DA LINHA EM REGIME PERMANENTE SINUSOIDAL

3.3.1 - Linha em Carga

3.3.2 - Linha em Vazio

4 - DIRECTRIZ DA LINHA

5 - TRAVESSIAS OU CRUZAMENTOS

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5.1 - VIAS FÉRREAS

5.2 - ESTRADAS

5.3 - CURSOS DE ÁGUA

6 - CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM LINHAS DE TELECOMUNICAÇÃO

7 - CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM GASODUTOS E OLEODUTOS

8 - CRUZAMENTOS E PARALELISMOS COM ADUTORES

9- OUTROS CRUZAMENTOS, TRAVESSIAS, PARALELISMOS e VIZINHANÇAS (designadamente


Aeroportos, Aeródromos, feixes Hertzianos, bombas de gasolina, …)

10 - BALIZAGEM AÉREA

10.1 - Sinalização para Aeronaves

10.2 - Sinalização para Aves

11 - ANÁLISE DE RISCOS ORIGINADOS PELA PRESENÇA E FUNCIONAMENTO DA LINHA

11.1 - INCÊNDIOS

11.2 - TENSÕES INDUZIDAS

11.3 - RELAÇÃO DE OBSTÁCULOS A LIGAR À TERRA E DIMENSIONAMENTO DO


CIRCUITO DE TERRA

12 - EFEITOS DOS CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS

12.1 - Valores Limites

12.2 - Cálculo do Campo Magnético

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13 – ANEXOS À MEMÓRIA DESCRITIVA Anexo A.1 – Esquema axial dos apoios

Anexo A.2 – Esquema das fundações

Anexo A.3 – Circuitos de terra dos apoios

Anexo A.4 – Características dos Cabos

Anexo A.5 – Características dos Isoladores

Anexo A.6 – Planos de cadeias de Isoladores e Fixação dos CG

Anexo A.7 – Condições de Regulação dos Cabos (condutores e de guarda)

Com os seguintes campos:

N.º e ref. do Cantão/ Vão equivalente/ Estado de Partida (Tracção em daN,


parâmetro, temperatura pressão do Vento)/ Estado de vento máximo (tracção
Horizontal e tangencial em daN, parâmetro, temperatura pressão do Vento)/ Estado
de vento reduzido (Tracção em daN, parâmetro, temperatura pressão do Vento) /
Parâmetro a 25ºC sem vento/ Parâmetro à temperatura de flecha máxima.

Anexo A.8 – Estabilidade das Cadeias de isoladores

Com os seguintes campos:

Ref. do vão/ Medida do Vão/ Ângulo/ Desnível/ Peso da Cadeia/ Força do vento na
cadeia/ Parâmetro a 25ºC e metade do vento Máximo/ Carga vertical (em daN)
dos cabos à esquerda e direita do apoio e total/ Carga transversal (em daN)/
Ângulo de inclinação da cadeia.

Anexo A.9 – Acções dos cabos e cadeias de isoladores

Com os seguintes campos:

Ref. do vão/ Medida do Vão/ Ângulo/ Desnível/ Medida do vão Gravítico/ Medida
do vão de vento/ Parâmetro à temperatura de flecha máxima/ Ângulos de saída
dos cabos à esquerda, à direita do apoio e total, no estado anterior.

Anexo A.10 – Capacidade térmica dos cabos (em regime estabilizado)

Anexo A.11 – Indução Magnética.

Anexo A.12 – Elementos Gerais da Linha

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Com os seguintes campos:

N.º e Tipo do Apoio/ Ângulo Topográfico/ Vão/ Distância à origem/ Coordenadas


(Meridiano, Perpendicular e Cota) Fixação dos cabos condutores e de guarda/
Amortecedores nos cabos condutores e de guarda.

Anexo A.13 – Mapas de Medições

Anexo A.13.1 – Medições de Fundações e Postes

Com os seguintes campos:

Tipo de apoio, Quantidade por tipo, Ref. da Fundação, Volume de escavação


unitário e total, Volume de betão unitário e total, Peso da armadura unitário e total,
Peso do apoio unitário e total. Na última linha os valores totais destes campos.

Anexo A.13.2 – Medições de Cabos

Os valores totais de cabo condutor e de guarda/ Qt. por tipo de cadeia de


isoladores e fixação do CG/ Qt. de Amortecedores/ Qt. de Separadores.

Anexo A.14 – Desenhos dos Conjuntos Sinaléticos.

Anexo A.15 – Equipamento diverso (sinalização nocturna de apoios (p. e. balisors),


Bolas de balizagem)

Anexo A.16 – Lista de Proprietários (quando for caso disso)

Anexo A. 17 – Cálculo dos apoios

14.2 PEÇAS DESENHADAS

Os desenhos a executar são os seguintes (se alguns dos conteúdos não existirem, não são
necessários os desenhos):

a) Planta cadastral à escala (quando for caso disso);

b) Lista de proprietários (quando for caso disso);

c) Perfil e planta parcelar (implantação dos apoios e representação dos cabos


condutores e do cabo de guarda)

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d) Planta geral à escala 1:50000 ou 1:25000;

e) Planta e traçado à escala 1:2000;

f) Cruzamentos com linhas de telecomunicação;

g) Balizagem aérea;

h) Cadeias de suspensão e de amarração;

i) Fixação do cabo de guarda convencional;

j) Fixação do cabo OPGW;

k) Desenhos de conjunto e de pormenor de cada tipo de apoio, contendo as


dimensões fundamentais e a identificação de todas as peças e parafusos por
forma a possibilitar a sua assemblagem e levantamento;

l) Desenhos de fabrico dos apoios (quando for caso disso);

m) Fundações normais;

n) Fundações especiais (quando for caso disso);

o) Diagrama de marcação de covas (quando for caso disso);

Todas as peças escritas e desenhadas são entregues em formato digital editável, em


conformidade com as especificações.

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15 PROJECTO RECTIFICATIVO

Entende-se por Projecto Rectificativo a versão final (“as-built”) de todas as peças escritas e
desenhadas correspondentes à obra realizada.

15.1 MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

Na Memória Descritiva e Justificativa deverão constar os seguintes capítulos:

 Introdução

 Alterações ao Projecto

 Caracterização dos terrenos (incluído no capítulo de Fundações)

 Regulação de Cabos (incluído no capítulo de Cabos)

 Distâncias aos obstáculos (incluído no capítulo de Cabos)

 Resistências de Terra (incluído no capítulo de Circuito de terra dos apoios)

E os seguintes anexos:

 Anexo A.21 - Tabela das alterações de projecto (do número e tipo de apoio, ângulo,
local de implantação, fixação de cabos, etc.)

 Anexo A.22 - Tabelas de regulação de cabos (com Tracções e Parâmetros)

 Anexo A.23 - Resistência de terra dos apoios e configuração do eléctrodo de terra.

 Anexo A.24 – Localização das uniões dos cabos e das mangas de reparação
eventualmente aplicadas e das caixas de fusão do cabo OPGW.

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15.2 PEÇAS DESENHADAS

Todos os desenhos previstos nos elementos de projecto, actualizados de acordo com a


montagem da linha.

16 NORMALIZAÇÃO

Serão aplicáveis as seguintes Normas ou equivalentes:

Norma DIN 7990 - Hexagon head bolt with nut for steel structures;

Norma Europeia EN 50341-1 – Overhead electrical lines exceeding AC 45 kV.

ANSI/IEEE Std. 80 “IEEE Guide for Safety in AC Substation

VDE 0141/7.76 - Earthing system for special power installations with nominal voltages above 1
kV

ASE 3569-1.1985 - Mise à la terre comme mesure de protection dans les installations à

courant fort

17 ANEXOS

Anexo 1 - Zonas do Território Angolano

Anexo 2 – Configuração de Malha de Terra com 2 Estacas

Anexo 3 - Configuração da Malha de Terra com 4 Estacas

Anexo 4 – Configuração a Malha de Terra com 4 Estacas 1 Anel e 4 Contrapesos

Anexo 5 – Configuração da Malha de Terra com 4 Estacas 2 Anéis e 4 Contrapesos

Anexo 6 – Características dos Isoladores

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