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 Estudo do clima nas cidades e na sua vizinhança.

 Conjunto de condições climáticas que prevalece em uma


grande área metropolitana e que difere do clima de seu
entorno rural.
 Climas urbanos são distinguidos das de áreas menos
urbanizadas por diferenças na temperatura do ar, umidade,
vento (velocidade e direção) e da quantidade de
precipitação. Estas diferenças são atribuíveis, em grande
parte, à alteração do terreno natural, através da construção
de estruturas artificiais e superfícies que afetam as
condições atmosféricas e o balanço de energia local.
Existem dois tipos de modificação do
microclima:

Intencional

Não intencional
1. Controle de superfície
a) Temperatura do solo

Albedo
1. Controle de superfície
a) Temperatura do solo
Geometria
Modificação na recepção e na
reflexão da radiação incidente (S) e
da radiação emitida (L).
1. Controle de superfície
a) Temperatura do solo
Uso de “mulch” (cobertura da superfície com algum tipo de
material). Comparação entre solo sem mulch (bare) e com 3
tripos diferentes: preto (black), papel (paper) e forragem
(hay)
1. Controle de superfície
a) Umidade do solo e do ar

Irrigação (ação direta)


Mulch (ação indireta)
2- Proteção contra o congelamento

a) Controle de radiação

 Uso de tela radioativa


 Nuvens artificiais
 nevoeiro provocado por adição de vapor de água
via “sprays”.
 Fumaça provocada por combustão
 Uso de material que restringe a perca de onda
longa (plástico, vidro,etc.)
2- Proteção contra o congelamento

b) Controle do calor do solo

 Aplicação de mulch na superfície


 Aumento da condutividade térmica da camada
superficial do solo
 Inundação do solo
2- Proteção contra o congelamento

c) Controle do calor latente

Adição de vapor d’água via pulverização visando


provocar a liberação de calor latente quando o
gelo for fundido.
2- Proteção contra o congelamento
d) Controle do calor sensível
 Modificação do perfil de temperatura através de mistura
turbulenta
2- Proteção contra o congelamento

e) Aquecimento direto

 Uso de fios elétricos (resistência)


 Uso de aquecedores a combustão
3- Dissipação de nevoeiros

a) Nevoeiros quentes (T  0C)

 Mistura mecânica
 Semeadura de partículas higroscópicas
 Aquecimento direto
3- Dissipação de nevoeiros

b) Nevoeiros super-resfriados (0 > T > -30C)

 Semeadura de material que atuam como núcleos


de congelamento.

* - Os mais utilizados: dióxido de carbono sólido e propano líquido.


3- Dissipação de nevoeiros

c) Nevoeiros de gelo (T < -30C)

 Este nevoeiro é totalmente atribuído a atividades


humanas.
 Não existe meios economicamente viáveis para a
sua dispersão.
4- Abrigos
a) Efeitos do vento e da turbulência
4- Abrigos
a) Efeitos do vento e da turbulência
4- Abrigos
a) Efeitos do vento e da
turbulência. A influencia do
obstáculo é proporcional a
sua altura (h). Normalmente
existem 3 zonas:
 zona de deslocamento
(displacemente zone)
 cavidade (cavity)
 esteira (wake)
4- Abrigos

a) Efeitos do vento e da turbulência


Quanto maior a densidade (density)
maior a redução da velocidade
5- Microclima em estufas

As estufas permitem o controle da radiação, vento, etc....


5- Microclima no interior de edifícios
O balanço de energia no interior do edifício depende:
 Do material utilizado
 Do design/geometria
 Da cor
 Da hora do dia
 Da estação do ano
 ....
5- Microclima no interior
de edifícios
A diferença de temperatura varia
em função da exposição.
A figura mostra a diferença entre a
temperatura interna e externa em
função da exposição
 Parede Leste (East wall)
 Parede Norte (North wall)
 Parede Oeste (West wall)
 Parede Sul (South wall)
 A modificação do ambiente atmosférico,
através da construção de cidades, o é o
mais evidente impacto humano no
clima.
 A construção de indústrias, estradas,
edifícios e casas, destrói o microclima
existente e cria outro de grande
complexidade.
 O efeito da urbanização causa impacto
no clima local
Modificação nas características Locais

Modificação Modificação
no Balanço no Balanço
de Radiação de Água


Modificação
no Balanço de
Energia

Efeito nos
parâmetros
Climáticos
Principais Efeitos
 Temperatura

 Umidade

 Velocidade do Vento

 Precipitação

 Radiação Solar

 Qualidade do ar
ELEMENTO Urb. x Rur.
Material particulado + 1000%
Temperatura Anual + 0.5-1.5oC
Temperatura inv. + 1-2oC
Aquecimento (Gr-dia) - 10%
Umidade relativa ano - 6%
Umidade relativa inv. - 2%
Umidade relativa ver. - 8%
ELEMENTO Urb. x Rur.
Radiação Solar - 15-30%
Radiação UV inverno - 30%
Radiação UV verão - 05%
Precipitação + 05-15%
Tempestades ano + 16%
Tempestades inv. + 05%
Tempestades ver. + 29%
ELEMENTO Urb. x Rur.
Nebulosidade (freq) + 5-10%
Nevoeiros (freq) + 60%
Nevoeiros freq. inv. + 100%
Nevoeiros freq. Ver + 30%
Velocidade do vento - 25%
Calmarias + 05-20%
 É o mais importante de todos e implica
na formação das Ilhas de Calor Urbanas
(ICU).
 As ICUs são áreas de temperatura mais
elevada em função da ação
antropogênica.
Ilha de Calor Urbana
 Materiais com grande capacidade de
armazenar calor.
 Aumento de de CO2
 Fontes artificiais de calor
 Geometria Complexa (dificulta as trocas)
 Indústria
 Automóveis
 Climatização artificial
 Iluminação
 Eletrodomésticos
 Transpiração, ...
A temperatura na cidade é maior durante o dia e
durante a noite.
A diferença é maior na temperatura de superfície
(surface)
A temperatura na cidade é maior durante o dia e
durante a noite.
A diferença é maior na temperatura de superfície
(surface)
 Exemplo de aquecimento provocado pela
urbanização na região de Kanto (Japão).
 A temperatura aumentou nas 5 cidades nas
ultimas décadas
P+F+I=E+ ∆r+ ∆S+ ∆A
P+F+I= E+∆r+ ∆S+ ∆A
P- precipitação
F-água p/ atmosfera via combustão
I- suprimento urbano
E-Evaporação
∆r- escoamento superficial
∆s- água estocada na superficie
∆A- advecção liquida de umidade para/do
volume de ar urbano
Ex: Creekcity- Califórnia
Q*+QF= QH+QE+ ∆QS+ ∆QA
Q*+QF= QH+QE+ ∆QS+ ∆QA

Q*- Saldo de radiação


QF- calor proveniente da combustão
QH- Calor sensível
QE- Calor latente
∆Qs- calor estocado na superfície, nos prédios e no volume
de ar
∆QA – Advecção de umidade para/do volume de ar da cidade
Área Urbana Ano Popul Dens.Po Eng. Qf Q*
X106 p. Percap W.m² W.m²
(hab.km- (MJ x 10³)
²)

Manhattan (40°N) 67 1.7 28.810 128 117 93


Montreal (45°N) 61 1.1 14.102 221 99 52
Budapest (47°N) 70 1.3 11.500 118 43 46
Sbeffield (53°N) 52 0.5 10.420 58 19 56
West Berlin (52°N) 67 2.3 9.830 67 21 57
Vancouver (49°N) 70 0.6 5.360 112 19 57
Hong Kong (22°N) 71 3.9 3.730 34 4 110
Singapore (1°N) 72 2.1 3.700 25 3 110

Los Angeles (34°N) 65-70 7.0 2.000 331 21 108


Fairbanks (64°N) 65-70 0.03 810 740 19 18
Vancouver, 17 de julho de 1972
a) Parede de face
b) Piso
c) Topo do canyon
O canyon urbano provoca
aquecimento por conta do
“aprisionamento da radiação”
A variação do albedo na cidade é muito grande
 Em 100 anos a temperatura das 5 cidades aumentou.
 Houve forte aquecimento
A diferença de temperatura entre o ar urbano e o ar rural
(Tu-r) apresenta forte aumento na transição campo-cidade.
Esta região é chamada de penhasco (cliff). Na região
suburbana ela se mantem praticamento constante e por isso é
chamada de platô (plateau). O pico (peak) ocorre no centro.
Apesar da ventilação ser menor, dois fatores
contribuem para a diminuição da umidade
do ar:

1. O aumento de temperatura
2. a diminuição da umidade do solo.
A umidade é maior na área urbana
 Medidas feitas próximo de Palo alto-California.
 O estudo mostrou que quanto mais desenvolvida a
região maior o número de descargas (raios)
 Foto com câmera digital normal
 Foto com câmera digital infravermelho

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