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São classificados também como seres Os fungos podem ser classificados como
heterótrofos. Nome dado ao ser vivos que seres unicelulares ou pluricelulares. Um
não possui capacidade de produzir seu organismo unicelular é um organismo que
próprio alimento. Necessitam de uma consiste em apenas uma célula, ao contrário
molécula orgânica para gerar energia para de um organismo pluricelular que consiste
dentro da sua célula. Ou seja, não fazem de várias células.
fotossíntese.
FUNGOS UNICELULARES FUNGOS PLURICELULARES
(LEVEDURAS) (FILAMENTOSOS)
Quando unicelulares: Já os indivíduos pluricelulares são
conhecidos como filamentosos.
[ São formados por uma única célula
[ Não formam hifas e nem micélios Nos seres filamentosos há presença das
[ Geralmente possuem forma hifas, que são os filamentos de células. Ao
ovalada ou esférica se ramificarem, elas se tornam um
[ São chamados genericamente de emaranhado que é denominado de
leveduras micélio. Estes crescem até se tornarem
[ Muitas realizam fermentação na visíveis a olho nu. O micélio que está do
ausência de oxigênio
solo para cima é chamado de corpo de
[ Reproduzem assexuadamente por
frutificação
brotamento.
[ Principal representante As hifas podem ser septadas (há presença
Saccharomyces cerevisiae
de septos) ou não septadas (não há
presença de septos).
Reprodução assexuada
A maior parte das leveduras se reproduz
assexuadamente por brotamento ou por
fissão binária.
Figura 1 - Fissão de Schizosaccharomyces
No seu ciclo evolutivo, algumas leveduras,
como Saccharomyces cerevisiae, podem
originar esporos sexuados, os ascoporos, Reprodução Reprodução sexuada
depois que duas células realizam fusão assexuada
celular e nuclear, seguida de meiose.
Vantagens Vantagens
[ Levedura por brotamento No
processo de brotamento, a célula mãe Formação de clones Diversidade biológica
origina um broto. Esse broto cresce e
recebe um núcleo após a divisão do Maior capacidade de
núcleo da célula-mãe Colonização de ambientes resistência a mudanças
isolados nas condições ambientais
CARACTERÍSTICAS DO REINO
FUNGI Fase leveduriforme
EXEMPLOS:
AULA 4 – 14/03/2019
[
| Dermatoses fúngicas de [
Coccidioidomicose
Histoplasmose
[
cães e gatos | [
Aspergilose
Paracoccidiodomicose
[ Criptococose
As dermatoses fúngicas são classificadas
em:
INTRODUÇÃO
[ Micoses cutâneas ou superficiais
Dermatopatia caracterizada por lesões
[ Micoses subcutâneas cutâneas de caráter contagioso, sendo que
[ Micoses sistémicas os principais causadores de dermatofitose
em cães e gatos são: Microsporum canis,
MICOSES CUTÂNEAS M. gypseum e Trichophyton
mentagrophytes.
Camadas superficiais queratinizadas ou
semiqueratinizadas da pele, pelos, unhas, Três gêneros causadores das
mucosas, zonas cutâneo-mucosas e meato dermatofitoses: Microsporum, Trichophyton
acústico externo. e Epidermophyton (zoonose).
Os fungos não têm poder queratolítico (não Os dermatófitos são fungos filamentosos
dissolvem ou destroem a camada que formam hifas organizadas em micélios.
córnea da pele). Esses fungos possuem septos, invadem
estruturas queratinizadas e a forma
[ Dermatófitos Gêneros infecciosa mais frequente são os
Epidermophyton, Microsporum e artroconídios.
Trichophyton.
[ Leveduras Malassezia spp e O comprometimento do pelo pode ser:
Candida albicans.
[ Endotrix Esporos e hifas no
interior do pelo.
MICOSES SUBCUTÂNEAS
[ Ecto/endotrix Esporos por
São fungos encontrados no ambiente e são dentro e hifas por fora do pelo.
considerados oportunistas. Podem adquirir [ Ectotrix Esporos e hifas por fora
poder patogênico quando introduzidos no do pelo.
espaço subcutâneo, inalados ou ingeridos.
OBS: Quando o agente causador é do
[ Micetomas eumicótico Infecções gênero Trichophyton a invasão do pelo pode
crônicas subcutâneas localizadas ser dar das três formas, dependendo da
nos membros inferiores. espécie. Já por Microsporum spp são
[ Feohifomicoses sempre Ectotrix.
[ Pitiose (equinos)
[ Prototecose (gado leiteiro) PATOGÊNESE E IMUNIDADE
Mastite
A infecção por dermatófito é iniciada pela
[ Zigomicose aderência de artroconídeos aos
[ Esporotricose queratinócitos que crescem através de
camadas de queratina na direção horizontal
MICOSES SISTÊMICAS e vertical.
São fungos que causam infecção pulmonar Esses patógenos são capazes de produzir e
secretar enzimas que degradam a pele do
primária com subsequente disseminação
hospedeiro, os quais ajudam na
para outros órgãos. disseminação das hifas em
desenvolvimento através da camada de
[ Blastomicose queratina.
A resistência do hospedeiro é uma Encontrado em pele e anexos humanos. É
combinação de mecanismos imunológicos transmitido entre humanos e raramente
inatos e inespecíficos e uma resposta imune infectam animais.
adquirida.
Zoofílicos
Encontrados em pele e pelos de animais:
[ Microsporum canis
[ M. distortum
Nesse tipo de diagnóstico se deve tomar
[ M. persicolor cuidado com os artefatos. Nem tudo que
[ Trichophyton mentagrophytes brilhar vai ser uma dermatofitose.
IDENTIFICAÇÃO:
COLETA:
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
As lesões podem ser apresentadas em três
tipos:
Kerion celsi
Lesões do tipo quérion são eritematosas
(vermelhidão da pele), úmida, circunscrita,
piogranulomatosa e inflamatório. Pode
atingir animais e humanos.
[ M. canis
[ M. gypseum
[ T. mentagrophytes Tonsurante
PERGUNTA: O que provocaria a migração
de um fungo queratinofílico da superfície da
pele que é rica em queratina, seu nutriente
natural e abundante, para tecidos mais
profundos aonde não existe disponibilidade
desta forma de nutriente, que é a razão
principal para eles se colonizarem na
superfície da pele?
TEORIAS:
[ Distúrbios de hipersensibilidade
[ Distúrbios seborreicos
[ Endocrinopatias
SINAIS CLÍNICOS
[ Prurido
[ Otite hiperplásica (orelha fica
inchada) e hiperceruminosa
(aumento da produção de cerume).
[ Eritema
[ Odor fétido
[ Hiperceratose
[ Lignificação
[ Seborreia oleosa ou seca (se o
animal tem a seborreia seca mas
faz citologia e acha a malassezia
então tem que pedir uma cultura
para ver se o cachorro tem
dermatofitose pois normalmente a
seborreia é para ser oleosa. Porém,
quando a doença de base é
dermatofitose fica seborreia seca).
Síndrome generalizada
AULA 6 – 28/03/2019
| Candida |
Infecções por Candida spp. em animais são
pouco frequentes. No entanto, nos últimos
anos, tem sido observado um aumento
considerável de relatos de infecções por
essas leveduras, com diferentes
manifestações clínicas e acometendo
variadas espécies animais.
FONTE DE INFECÇÃO
[ Endógena (autógena) Comensal de
aves e mamíferos. TGI, cavidades e
pele.
[ Exógena (heterógena) Infusão de
líquidos contaminados, contato CANDIDÍASE NÃO
paciente-paciente, paciente com HEMATOGÊNICA
profissional da saúde. Pele: mãos e
unhas 1. Candidíase oral Monilíase oral
[ Antibioticoterapia de amplo
espectro/tempo prolongado
[ Neoplasias hematológicas
[ Diabetes mellitus
[ Mucosite induzida por radiação (câncer)
[ Terapia com corticosteróides
[ Síndromes de imunodeficiência
congênita
[ Diminuição no número e nas funções de
leucócitos
PATOGENIA
Há o aumento no número de cândida e/ou
lesões de pele e mucosa pelos fatores
predisponentes. Após isso, há invasão local
por leveduras e pseudo-hifas, gerando a
candidíase superficial.
3. Candidíase Mucocutânea
4. Candidíase vaginal
Vulvovaginite
Está relacionado com obesidade, diabetes e
imunossupressão.
[ Pele e unha
[ Urina
[ Escarro e lavado bronco-alveolar
[ Líquor, fluído pleural e sangue
Candidose em cães [ Biópsia de diferentes órgãos
ECOLOGIA
Grocott cora apenas a parede celular em
negro, ficando a cápsula incolor. Em outra [ Cryptococcus neoformans já foi
página, ver também resultados com encontrado também em fezes de
canário belga (Serinus canaria) e
periquito (Melopsittacus undulates)
[ Não há predileção do agente por
um hospedeiro específico, pois sua
multiplicação ocorre no ambiente e
não em um animal vertebrado
[ Infecção ocorre por meio de fontes mecanismos de defesa do hospedeiro em
ambientais onde tenha a presença resposta a infecções fúngicas.
da levedura
A expressão desses fatores é cepa-
dependente, pois pode variar tanto em
PATOGENIA frequência como em intensidade, fenômeno
A infecção ocorre através da inalação de este visto tanto em isolados de C.
basidiósporos ou leveduras desidratadas neoformans como em C. gattii.
que ficam suspensas no meio ambiente. O
FV são componentes estruturais ou
microrganismo tem tamanho compatível
moléculas que contribuem para o
para transpor barreiras do trato respiratório,
estabelecimento e/ou manutenção do
se alojando nos alvéolos pulmonares e
processo infeccioso em um hospedeiro
formarem granulomas e em casos de
suscetível.
indivíduos imunossuprimidos ou crianças
evoluir para um quadro de pneumonia difusa Os principais fatores de virulência
e meningite fúngica. produzidos pelas espécies do Complexo C.
neoformans são:
A colonização nasal normalmente é
incomum e tem características
[ Termotolerância
assintomatomáticas na maioria dos casos,
raramente ocorre por via hematógena.
[ Cápsula
[ Síntese de várias enzimas,
Nos gatos, geralmente ocorre associado principalmente como a fenoloxidase
com doenças que causem (produção de melanina), a urease, a
comprometimento imunológico do fosfolipase e a protease
organismo como a imunodeficiência Viral
Felina (FIV) e Leucemia Felina (FeLV).
1. Termotolerância
FATOR DE VIRULÊNCIA
Um dos fatores de virulência principais é a
Para que o fungo tenha sua patogênese
capacidade de crescimento na temperatura
bem-sucedida é necessário que ocorra a
corpórea dos mamíferos.
expressão de fatores de virulência, o que
permite a invasão com êxito de tecidos e de
células, além de possibilitar a evasão aos
2. Urease formas, dentre elas respiratória, tegumentar
e nervosa. No sistema respiratório os sinais
É definida como uma metaloenzima que tem clínicos incluem descarga nasal uni ou
como função catalisar a conversão da uréia bilateral serosanguinolenta a mucopurulenta
em amônia e carbamato, sendo considerado e dificuldade respiratória, presença de
um importante FV, por contribuir para a massa granulomatosa, como um pólipo é
invasão do sistema nervoso central (SNC), visível em uma ou ambas narinas. A doença
uma vez que aumenta a permeabilidade dos no gato geralmente ocorre de forma
capilares cerebrais. localizada em comparação com os cães e
nos humanos que ocorre de forma
3. Cápsula Mucopolissacarídica
generalizada.
Representa um dos principais fatores de
virulência dos fungos do Complexo MANIFESTAÇÃO CLÍNICA EM
Cryptococcus neoformans uma vez que HUMANOS
exerce efeitos sobre a ativação do sistema
de complemento do hospedeiro, inibe o Na forma pulmonar (pode permanecer
processo de fagocitose e proporciona a latente) vai apresentar:
repulsão eletrostática entre o agente e as
células de defesa do hospedeiro.
[ Tosse
[ Escarro mucóide
4. Fosfolipases [ Dor no peito
[ Perda de peso
Enzimas que hidrolisam uma ou mais
ligações éster nos glicerofosfolipídios e são
[ Febre baixa
consideradas importantes fatores de [ Hemoptise
virulência para várias espécies fúngicas. [ Dispneia
Apesar de todas essas enzimas possuírem
os fosfolipídios como substrato, cada uma MANIFESTAÇÃO CLÍNICA NOS
pode clivar uma ligação éster específica. ANIMAIS
5. Fenoloxidase (catalisa a síntese A colonização nasal normalmente é
de melanina) incomum e tem características
assintomatomáticas na maioria dos casos,
Oferece proteção contra espécies reativas raramente ocorre por via hematógena.
de oxigênio, luz ultravioleta, temperaturas
elevadas e antioxidantes, além de aumentar Nos gatos, geralmente ocorre associado
a resistência à fagocitose e aos antifúngicos. com doenças que causem
Vale ressaltar que a síntese de melanina comprometimento imunológico do
que ocorre in vivo. organismo como a imunodeficiência Viral
Felina (FIV) e Leucemia Felina (FeLV).
[ Rota de virulência
A doença apresenta diversas formas, dentre
Na criptococose ocorre com menor elas:
frequência nos cães em relação aos gatos.
No Brasil, a criptococose é mais frequente [ Respiratório
em gatos machos e com idade superior a [ Tegumentar
quatro anos. [ Nervosa
O fungo é inalado pelo felino e atinge o trato Os cães, furões, psitacídeos e os gatos
respiratório superior, porém pode ocorrer a especialmente os de vida livre são as
inoculação cutânea direta. Após a entrada espécies mais acometidas por esta
do fungo, ele se dissemina por via levedura.
hematógena e acomete todo o organismo.
Os sinais clínicos podem ocorrer de diversas
As lesões mais frequentes desta doença nos [ Ataxia vestibular
gatos são lesões granulomatosas [ Dilatação pupilar
localizadas na cavidade nasal, conhecida [ Cegueira
popularmente como “nariz de palhaço”.
[ Surdez
CRIPTOCOCOSE EM AVES
Em aves silvestres a doença clínica é rara,
entretanto, a presença de Cryptococcus
spp. é encontrada nas fezes desses
[ Cães e gatos na cavidade nasal e animais. Os sinais clínicos quando
homem nos pulmões observados são:
[ Mais frequente nos gatos
[ Respiração estertorosa [ Fraqueza
[ Corrimento nasal mucopurulento, [ Depressão
seroso ou sanguinolento (epistaxe) [ Dispnéia
[ Dispnéia inspiratória [ Anorexia
[ Espirros [ Perda de peso
[ Formação de massas firmes ou nódulos [ Diarréia
subcutâneos nasais (nariz de palhaço) [ Massas na cavidade oral
[ Tosse (em cães) [ Cegueira
[ Incoordenação
[ Paralisia
DIAGNÓSTICO
[ Meningoencefalomielite [ O diagnóstico da criptococose é clínico
[ Desorientação (anamnese, histórico clínico, exame
[ Dor cervical físico) e laboratorial.
[ Andar em círculos [ A confirmação laboratorial é feita com o
uso de “tinta da China” (nanquim) – com
evidências de criptococos visíveis em [ Eliminar qualquer fonte de
materiais clínicos. alimentação para esses animais
[ A sorologia e a histopatologia [ Inclinar superfícies para evitar o
também são consideradas na pouso das aves
confirmação diagnóstica da [ Tratar excrementos das aves com
criptococose. soda caústica e cal
[ Como exame complementar, a [ Atividades educativas em relação
tomografia computadorizada, ao risco da infecção
ressonância magnética ou radiografia
de tórax podem demonstrar danos
pulmonares, presença de massa única
ou nódulos múltiplos distintos
(criptococomas).
[ Diagnóstico sorológico O
Cryptococcus spp também podem ser
isolado do líquor, escarro, pus, Lavado
bronco-alveolar, urina e raspados de
pele;– estes devem ser centrifugados e
o sedimento examinado com tinta de
Nanquim.
[ Diagnóstico por cultura Inoculadas
em meio isento de ciclo heximidade
devido a sensibilidade dos
microrganismos. Cryptococcus
neoformans neoformans crescem
bem a 37°C e Cryptococcus
neoformans gatti crescem bem a 38°C.
Culturas em meio Sabouraud.
[ Histopatologia Realizado a partir de
amostrar coletadas de tecidos
lesionados. Podem ser coradas com
hematoxilina e eosina giemsa, nitrato de
prata ou PAS.
[ Técnicas moleculares PCR
[ Provas bioquímicas
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
[ Esporotricose
[ Neoplasias
[ Histoplasmose
[ Dermatite eosinofílica
[ Piodermite bacteriana
[ Doenças alérgicas
[ Leishmaniose
[ Micobacteriose
PREVENÇÃO
[ Controle da população de pombos