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RELIGIÕES
e a dialética do sagrado
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3ª impressão
Introdução .......................................................................................................................... 7
1. História das religiões ..................................................................................................... 9
2. Ciência ou ciências ....................................................................................................... 21
3. O que é religião ............................................................................................................ 29
3.1 A filosofia entre a religião e a ciência ......................................................... 41
4. Religiosidades .............................................................................................................. 55
5. Religiosidade e finitude ............................................................................................... 67
6. Algumas das religiões (sacralidades) ........................................................................... 73
6.1 Africanas ............................................................................................................. 74
6.2 Afro-brasileiras (Candomblé e Umbanda) ................................................. 86
6.3 Bramanismo ..................................................................................................... 106
6.4 Hinduísmo ........................................................................................................ 119
6.5 Budismo ............................................................................................................ 153
6.6 Xintoísmo (caminho dos deuses) ................................................................ 228
6.7 Jainismo ............................................................................................................. 230
6.8 Krishnamismo ou Vaishnavismo .................................................................. 254
6.9 Egito Antigo – religião e civilização ........................................................... 297
6.10 Judaísmo.......................................................................................................... 315
6.11 Cristianismos................................................................................................... 388
6.11.1 Catolicismo .................................................................................... 415
6.11.2 Protestantismo (1517) ................................................................... 466
6.11.3 Mórmons (1830) ou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias .............................................................................................. 490
6.11.4 Espiritismo (1857) .................................................................................. 500
6.11.5 Adventismo (1860) ........................................................................ 542
6.11.6 Testemunhas de Jeová (1872) ............................................................ 549
6.12 Islamismo ........................................................................................................ 556
Referências ..................................................................................................................... 621
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Introdução
F
ormular uma introdução de discurso ou uma conclusão é muito
complicado para quem é acostumado a observar o mundo de um
ângulo diferente. A primeira dá a impressão de início e a segunda
de término. Como não existe um começo absoluto para as religiões e nem
um fim, fica a indecisão de se começar sem uma introdução e partir direto
para algo mais “concreto” e “decisivo”: o primeiro capítulo. Talvez seja
este sentimento que algumas pessoas enfrentam quando se deparam com
uma introdução ou com uma possível conclusão.
Essa questão de iniciar ou não uma verdade, desculpe, uma introdução,
me faz lembrar uma antiga lenda indiana em que quatro cegos caminha-
vam por uma estrada quando de repente esbarram em um grande elefante.
O primeiro, agarrado ao rabo disse: “Isto é um espanador”; o segundo,
agarrado à pata exclamou: “Isto é uma coluna!”; o terceiro, segurando a
tromba declarou eufórico: “Isto é uma grande mangueira” e o quarto, por
fim, passando a mão sobre a orelha do animal afirmou categoricamen-
te: “Vocês todos estão enganados, isto é uma grande bananeira”. Quem
está com a verdade? Poderíamos dizer que todos, pois eles analisaram o
fenômeno segundo seus próprios referenciais de vida; e nenhum, porque
fragmentaram o fenômeno e não conseguiram perceber que se tratava de
um fenômeno complexo e não único. Quando estudamos as religiões ou
universos sagrados, as filosofias e as ciências, precisam tomar o máximo de
cuidado para não reduzi-las aos nossos estreitos pontos de vista e acabar
como cegos tateando um fenômeno complexo e julgando-o como simples.
Este é o objetivo deste livro: trazer ao leitor o melhor possível; não a per-
feição, apenas o melhor.
O leitor encontrará, em primeiro lugar, uma explicação sobre o que se
entende por história das religiões no século XX e seu objetivo de dialética
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