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Parte 1.
Não basta catar a folha, é preciso saber cantá-la
“’Não basta catar a folha, é preciso saber cantá-la’. Para cada uma delas que brota, um
trato. Com o devido pedido de licença aos moradores do lugar, a folha se cata, macera,
seca, queima, e se sopram palavras de força que despertem o que nela habita. As folhas
nos ensinam, porém havemos de silenciar profundamente para ouvi-las”.
Luiz Rufino, Vence-demanda: educação e descolonização (2021).
Cosi euê
Cosi orixá
Euê ô
Euê ô orixá
“’Não esqueça que eu venho dos trópicos’, diz o título de uma das
esculturas da artista brasileira Maria Martins. ‘Não esqueça que eu venho dos
trópicos’, poderia a artista brasileira dizer para o companheiro Marcel
Duchamp, buscando distinção e liberdade criativa fora dos rótulos. ‘Não
esqueça que eu venho dos trópicos’, responderia Luiz Zerbini a quem
eventualmente quisesse taxar sua pintura de surrealista, como fizeram com o
trabalho de Maria, ignorando que, nos trópicos, o acúmulo de elementos, a luz
estourada, o contraste cromático e a subversão de tempos são a nossa realidade,
vêm da paisagem e da também da base barroca que nos constitui, passando ao
largo da imaginação nonsense”, trecho de ensaio (2021) de Daniela Name para a
Revista Caju.
Parte 3.
A mesma história nunca é a mesma
EXPOSIÇÃO MASP
LUIZ ZERBINI: A MESMA HISTÓRIA NUNCA É A MESMA
“Estamos vivendo o momento mais grave, mas esse processo (de violência
contra os povos originários) aconteceu desde sempre. A verdade é que esses
problemas estão, sim, muito agravados por conta do Bolsonaro, mas fazem
parte da história do Brasil (desde sempre)”, comentou o artista.