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J. L.

DE BRITO V IA N N A

Funeraes e Suffragios
de Congregados Marianos

Pios costumes
Exéquias
.O ffjcio de Defuntos
Missa fúnebre

GRÁPHIOA "SA O JOSÉ"


Rua G alvão, Bueno, 230
São Paulo
J. L. DE BRITO V IA N N A

Funeraes e Suffragios
de Congregados Marianos

Pios costumes
Exéquias
O fficio de Defuntos
Missa fúnebre

GRAPHICA "SÃO JO sé" .


Rua Galvão Bueno, ;^ 0
São Paulo
NIHlL o b s t a t
S. Paulo, 14 de Fevereiro de 1938
Frei Damaso Vinkcr O, F. M.
Censor

IMPRIMATUR
Mons, Ernesto de Paula
Vig. Geral
/V ranta memória de Antonio Machoiu
1 13-5-1932), Raul Raimo ( + 22-8-1932), Luiz Ai­
(- -

res F**rreira (-f- 44-1933), Joaquim França


( 26-6-1.933 i. Carlos Alberto de ylzevedo ( +
17-12-1936), Ilugo Paccico ( + 14-7-1936), e Sebastião
de Souza ( -f- 13-64937), congregados fallecidos da
Congregação Mariana de Nossa Senhora da Consola-
çr.u e S. João Evangelista, como preito de saudade
e de umôr fraterno.

REQUIEM AETERNAM DONA E/S, DOMINE,


ET LUX PERPETUA LU CEAT EIS.
PREAM BULO

Dcsric os primeiros tempos do christianismo a


Igreja, com desvelos de mãe carinhosa, chama a
allenção de seus filhos para o sagrado dever de
fraternidade c caridade para com as almas dos mor­
tos. E não é só. De maneira especial procura hon­
rá-los c homenageá-los. Tertuliano refere-se Ú9
oblações pelos defuntos, que a tradição autoriza, o
uso confirma e a fé observa (De Cor., 4 ). Confor­
me diz Jcronymo Picard O. S. B ., o caracter sa­
grado dos despojos morlaes, o respeito religioso de
que são cercados, o appcllo official á divindade
por occasião de sua presença são innalos na con­
sciência dos povos. Todos, mesmo os mais barbaros,
têm ritos sagrados na morte. A Igreja cobre-se de
luto c imprime cm sua liturgia o tom de ardente
supplica.
Por outro lado, o costume de rezar pelas al­
mas dos niorlos é universal c conhccc-sc desde a
mais remota antiguidade. Dentre alguns povos, co­
mo os Egypcios, era mesmo cxaggcrado c constituía
a própria essência da liturgia. O mesmo se diga
do culto dos antepassados na religião do lar ro­
mano. Ainda hoje, no Japão e na China, ellc cons­
tituo a base do xintoismo. Dos Druidas, antigos
sacerdotes gaulczes, de longas barbas brancas que, nas
florestas da Gallia, coroados de rosas, celebravam ri­
tos cxlranhios — conta-se que consagravam com a
niaxima solcmnidade a noite dos mortos. A Igreja
deu a esse culto o verdadeiro lugar* No dia da
morte, da deposição, do enterro, do sétimo e tri­
gésimo dia c do annivcrsario, bem como no dia 2
de novembro, dedicado â commcmoração dos fiéis

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defuntos c instituído por iniciativo de Santo Odi-
lon, abbadc de Cluny, a Igreja relembra os seus
mort09 c óra por cllcs. São tradicionacs na Igreja:
as orações em lonio do defunto na camara mortuá­
ria (Officio de Defuntos e Psalmos), io présti­
to solcmne com cânticos sacros, a Missa de corpo
presente, a absolvição, a bênção do tumulo, as Mis*
sas de sétimo c trigésimo dias c de annivcrsnrio.
Santo Agostinho em “ De cura mortuorum” — do
cuidado oom os mortos, encerra bcllas lições sobre
o assumpto. Pio IX concedeu a indulgência Toties
quoties, a Porciuncula dos defuntos, a dois de no*
vembro: Pio X. pela Bulia Divino Aflalu, c seu sue*
ccssor Bento VV procuraram orientar a liturgia,
com relação ao verdadeiro lugar do culto aos mortos.
As Congregações Marianas tiveram, desde o ini­
cio, a atlenção devida a esse sagrado dever.
Determinam as Regras Marianas que se reze
o Officio de Finados e a Missa de sétimo dia ou
outras, pelas almas dos congregados fallccidos; por
outro lado, como é natural, a caridade fraterna,
desde os primórdios das Congregações, adoptou o
piedoso costume, boje transformado cm lei, de as­
sistirem os seus doentes c agonizantes c de acom­
panharem os seus mortos á sepultura. Faltou até
agora uma traducção do Officio de Finados, bem
como um ritual para as Exéquias, que tornasse pos­
sível a execução das Regras nesse sentido.
Com o intuito de facilitar aos marianos a pra­
tica desse grande e indeclinável dever, resolvemos
realizar esta traducção e adaptação dos officios fú­
nebres ás nossas Congregações. Para apresentar
uma traducção escorreita, principalmenlc dos Psal­
mos, não foi pequena a difficuldade encontrada.

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Nos pontos controvertidos, consultamos a opinião
dos maiores exegetas modernos c procuramos ex­
pressões que tornassem intclligivcl o texto, livran-
ilo-o dos hcbrnismog que tanta difficuldade trazem
á intclligcncia do mesmo.
Com a traducção do ritual das Exéquias, tive­
mos por fim facilitar ás Congregações darem aos
enterros um cunho mais chrislao, mais caridoso, em
contraposição á maneira tão dispersa e mundana
que ás vezes domina nessas occasiões tão graves c
opportunas ã meditação dos nossos novíssimos.
O capitulo N.° 1 trata dos Pios Costumes das
Congregações, costumes cuja omissão nada justifica,
por serem diclaincs do coração mariano c da alma
chrislã em toda a sua pureza. Com isso cremos
cumprir um dever de caridade para com os nossos
irmãos fallccidos, assim como prestar um pequeno
auxilio á consolidação do verdadeiro espirito ma-
riuno.

I nstrucções

A parle do ritual fúnebre foi dividida para ser


rezada por dois grupos de'Congregados. Os Psalmos
serão rezados alternando os versículos por estes dois
grupos. O Presidente dirá as Antiphonas, tanto no
começo como no fim dos Psalmos. Haverá ainda
um leitor incumbido de outras passagens. A
parle referente ao Presidente virá designada com a
letra P e a parte reservada ao leitor com a letra L.
Quando todos tiverem que rezar juntos o mesmo
texto, este será precedido pela letra T . Os dois gru­
pos serão designados pelos numeros I e II.

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C A P IT U L O I
PIOS COSTUMES DAS CONGREGAÇÕES MA-
RIANAS EM OCCASIÕES DE FALLECIMENTOS
DE CONGREGADOS

1) São os seguintes os textos do nosso antigo


regulamento de vida. a) “ O zelo e o dc-
votamento devem redobrar nos últimos mo­
mentos de um companheiro, avisando pruden­
temente o enfermo da necessidade de ordenar
os negocios da consciência; em taes casos, avi­
sar a Directoria da Congregação para que sc
cumpram os pios costumes de assistência nos
congregados enfermos ou providenciar indivi-
dualmente na falta da Directoria” . b) “ Como
irmãos extremosos, ajudá-lo a lutar, nos últi­
mos momentos, com ic, confiança e amor; as-
sisli-lo com suas orações e com sua affcição c
providenciar para que esta assistência, não fal­
te um só instante” , c) 44Após a morte de seu
companheiro, providenciar, na falta da Con­
gregação, para que se celebrem os suffragios
por alma do fallecido; fazer por intenção dcl-
le as duas primeiras communhões, rezar tres
terços, o Officio de Finados e assistir á Missa
de sétimo dia mandada celebrar pela Congre­
gação” .
2) Não é intuito nosso, neste folheto, occuparmo-
nos com a assistência devida aos enfermos nlé
o momento final- O Manual dos Congregados
encerra um bello Officio da Agonia que pode­
rá ser um precioso recurso para esse momento
terrível e grandioso. Tratamos, apenas, neste

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opusculo, por motivo dc mclhodo, dos deveres
de um congregado, logo após o fallecimento de
seu irmão cspirilual.
3) Assim c que, depois dc ajudar a compor
clirisiãmcnte o cadáver, collocando-lhe nas mãos
o crucifixo com que expirou, devem, dc joelhos
ante o leito mortuário, rezar as orações do
Manual, sob o titulo “ Depois de expirar” .
ISTão transcrevemos aqui essas orações por mo­
livo dc prudência, afim dc evitar que, por al­
gum zelo inconsiderado, se commelta o erro
dc levar este opúsculo á cabeceira de algum
doente ou moribundo.
Este folheto deve servir cxclusivamente pa­
ra os officios fúnebres que virão algum tem­
po após a morte; seria imprudência inominável
que fosse notado pelo doente ou por pes­
soas da sua família, nas mãos ou no bolso de
algum circumstante.
4) Sc, por descuido, o congregado expirou sem a
fila e a medalha, devem estas ser collocadas
iinmediatamcnlc no peito do finado.
5) Importa notar que, se o dever de assistência,
nesses momentos, compete, cm geral, a todos os
os congregados, esse mesmo dever exige-se, de
modo muito mais directo, do Presidente e dos
demais membros da Dircctoria.
6) Terminadas, pois, as orações do Manual, em-
quanto os outros congregados permanecem re­
zando, um sabirá para providenciar a noticia
do fallecimento aos demais elementos da Di­
rcctoria c a todos os irmãos.
7) Os congregados presentes e os que puderem
devem collocar-se á disposição da família do

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morto c tomarem as iniciativas que, nessas oc-
casiões, são tão penosas aos parentes, como
sejam, a acomniodação do cadavcr, as provi­
dencias para os funeracs, procurando evitar á
familia enlutada, ainda sob a impressão terrí­
vel desse golpe fatal, ter que pensar c resol­
ver essas particularidades, o que é quasi im­
possível diante do plianlasma da dôr. A ca­
ridade recebida nesses momentos nunca mais
se esquece c nunca mais se paga.
8) Para a guarda ao corpo do finado, a Dirc-
ctoria deve designar pequenas turmas que se
revezem ate o momento da saída do féretro,
principalmente se o cadaver deve permanecer
cm casa durante a noite, para sair no dia se­
guinte- Os marianos encarregados da guar­
da funerária devem occupar todo esse tempo
rezando por alma do finado c evitar distraeções
e conversas. As orações próprias são o Officio
de Finados c os Psalmos, além de outras.
Devem, outrosim, apresentar-se com a fita
de congregado.
9) A camara mortuária deve ser disposta a cará­
cter, isto é, além do crucifixo, ladeado por 2
velas, á cabeceira do defunto, deve-se collocar,
sendo possível, uma imagem de Nossa Senhora
piedosamente ornada. A bandeira ou o estan­
darte da Congregação devem ser collocados
proximo ao cadaver.
A cõr predominante deve ser a azul em
logar de negro . 0 caixão deve ser azul e não
preto e trazer o escudo da Congregação do la­
do externo. Além da fita de congregado c da
medalha, deve-se collocar ainda nas mãos do

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cadavcr, picdosamcntc postas cm altitude de
oração, algum objccto piedoso como um cruci­
fixo ou um terço bento. Sobre o feretro, collo-
que-se um ramalhete de flores symbolicas da
virtude que o finado mais amou cm vida, den­
tre as quatro virtudes caractcrislicas do espirito
mariano: os lyrios sybolizam a pureza, as vio­
letas a humildade, as sempre-vivas a obediên­
cia c as rosas — a caridade.
10) A’ entrada do Sacerdote, para dar começo ás
Exéquias, todos os congregados devem es­
tar reunidos na casa do finado c trazendo as
suas filas. Procurarão, nessas occasiõcs, man­
ter-se, o mais possivel, recolhidos c medi la­
ti vos, evitando a conversa c outras altitudes
impróprias que tanto desedificam e desgostam
as pessoas verdadciramcnlc piedosas. Ao ini­
ciar o sacerdote, as orações, (pag. 20) de­
vem os congregados seguir por este folheto.
Antes de fechar o caixão rezem juntos o
— “ Oremos. O’ Deus de quem é proprio
compadecer-se e perdoar” etc. (pg. 26) e
cantem: “ Os anjos conduzam-te ao Paraizo
etc. (pag. 26).
11) Se não houver outros designios por parte da
familia do finado, devem os congregados con­
duzir o caixão. O vexillário dirigirá o cortejo
fúnebre conduzindo a bandeira ou o estandarte
da Congregação.
12) Durante o percurso devem os congregados, to­
dos juntos ou em pequenos grupos, quando o
cortejo, se faz de automovel, occupar todo o
tempo rezando as orações indicadas nas Exé­
quias (pg. 26) ou o Officio de Finados (pg. 31.

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Não conversem durante o trajecto mas occupcm
todo o tempo com orações.
13) Se o caixão mortuário deve passar pela Igre­
ja, conforme o ritual commum, os congregados
devem, a porta do templo, formar duas alas,
a passagem do feretro. Deve-se preferir depo­
sitar o caixão junto ao altar de Nossa Senhora
se não ho.uver inconveniente e se, a isso,
não se oppuzcr o Parodio. As orações a se­
rem rezadas, então, são as das Exéquias (pg. 20).
A ’ saída do templo para o cemitcrio, devem
os congregados entoar com toda a piedade
— “ Com minha Mãe estarei” (pg. 97) em-
quanto o feretro se retira. A bandeira ou o
estandarte da Congregação deve ir a frente do
caixão, abrindo o préstito.
Embora nem sempre possivel, seria muito
consolador e significativo que a imagem de
Nossa Senhora fosse conduzida pelos congrc-
dos acompanhando o préstito, como outróra,
acompanhou a Virgem o enterro de seu Di­
vino Filho. Para esse préstito, obedeça-se cm
tudo ao que ficou disposto para o primeiro,
no que se refere ao procedimento piedoso e
as orações indicadas.
14) O cortejo segue processionalmente para o 6e-
pulchro. Durante este trajecto, se fôr feito á
pé, devem fazê-lo com a maior ordem, seguin­
do os congregados em 2 filas. Durante o ca­
minho rezem ou cantem “ Com minha Mãe es­
tarei” . “ No céu verei Maria” ou “ Eu promet-
ti”, cânticos estes que muito se adaptam.
Se o cortejo é feito de automovel, deve-sc
o ccu par o tempo em orações, como ficon dito

15) O cortejo para diante da sepultura. A* beira


do tumulo, tudo se procede de accôrdo com o
ritual (pag. 27). O caixão pode ser aberto
pela ultima vez.
16) Fechado o caixão, antes de descer á sepultura,
o vcxillario inclina a bandeira da Congrega­
ção ou o estandarte, cobrindo-o oomo um
ultimo amplexo, emquanto os congregados
cnnlam cm atlitude de oração e piedosamente
"In paradisum” (pag. 26). Acabado o cântico,
o vcxillario retira a bandeira.
17) Descido o caixão á sepultura, emquanto se pro­
cede o enterramento, os congregados cantam
pela ultima vez o “ Cântico da Esperança”
(pag. 97).
18) Ao sair do cemitério, devem sair em grupo,
acompanhando o Sacerdote nas orações mar­
cadas pelo ritual (pag. 29). Devem evitar
nesse momento altitude impróprias, como a
conversa c o riso, mas conservar-se dentr.o da
mais digna e racional compuncção.
19) Nesse dia, pelo menos, ao toque das almas,
deve o congregado recitar o Psalmo "D e Pro-
fundis” , "Clamei por vós Senhor das profun­
dezas do abysmo” etc. (pag. 20). O certo,
porém, seria que todos os congregados rezas­
sem individualmente, todos os dias, a essa
hora, o Psalmo supra, encerrando-o com um
Padre Nosso pelas almas do Purgatório.
20) A bandeira da Congregação deve ser hastea­
da em funeral, na sede da Congregação, por

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dois dias, a partir do dia do fallccimento;
durante esse tempo, devem ser suspensos, na
Congregação, os jogos e quaesquer outras acli-
vidades ruidosas ou manifestações de alegria.
21) Na sede da Congregação deve haver um qua­
dro affixado numa das paredes com o nome
dos congregados fallccidos e a data do óbito,
afim de que os congregados se lembrem de
rezar pelos irmãos fallecidos, principalmcntc na
data da morte. No dia do passamento de uni
congregado, o Presidente mandará collocar,
nesse quadro, o nome do morto c a data.
22) Na primeira reunião ordinaria da Congrega­
ção,' que se realiza, cm regra, no Domingo, o
Presidente mandará collocar, á altura desse
quadro, 2 cirios acccsos, afim de chamar a
atlenção e invocar a piedade dos congregados
pela alma 'do morto.
23) Nessa reunião, rezar-se-á o Officio de Finados
pag. 31), e, se houver assembléa, o Dirc-
ctor falará sobre a pessoa do finado. A com-
munhão far-se-á por sua alma c, no livro de
actas, registrar-se-á o óbito.
24) A Congregação mandará celebrar Missa de sé­
timo dia. Pará isso providenciará o Presidente,
ordenando que se expeça aviso nesse sentido
e com a antecedência necessária a todos os con­
gregados, marcando local, dia c hora, bem
como lembrando os deveres individuaes mar­
cados pela Regra, relativamenlc á alma do
irmão fallecido, isto é: rezarem tres terços,
o Officio de Finados c assistirem á Missa fú­
nebre mandada rezar pela Congregação. A

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Communhão do segundo Domingo do mês é,
de accôrdo com o regulamento, applicada pelas
almas dos congregados fallccidos c, nesse dia,
se applicará pela alma do finado.
25) Na missa de sclimo dia (ou de trigésimo ou
de annivcrsario) para a qual se deve convidar
a família do finado, os congregados devera
apresentar-se incorporados %com suas fitas* A
missa fúnebre foi traduzida c adaptada espe-
cinlmcnlc para ser dialogada pelos congregados
(pag. 7‘1). Para esse fim, os congregados de­
vem estar dispostos cm dois grupos. Para
maior brilho, convinha ser musicada c canta­
da a Sequência “ Dies irac” (pag. 77) antes do
Evangelho.
26) O celebrante que, nessas occasiõcs, costuma
ser o proprio Dircctor da Congregação, fará,
logo após o Evangelho, uma allocução cm que
relembrará as virtudes do congregado fallecido.
27) Após a missa de 7 .° dia, costuma-sc, ás vezes,
realizar a bênção da cça ou catafalco armado no
centro da Igreja. Em se tratando das exequias
de um congregado, revista-se de azul a eça c
colloquc-se em lugar visivel a bandeira^c o es­
cudo da Congregação. Para uma filha de Ma­
ria, revista-se de branco a eça e colloquc-se
também, de lado, a bandeira ou o estandarte da
Congregação. Se se pretende ornamentar com
flores, sejam . ellas, de preferencia, os lyrios
que tanto condizem com o espirito mariano c
tão bem o representam.
28) Durante a bênção da eça, os congregados não
devem sair dos seus lugares. As orações re­

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zadas pelo Sacerdote c que devem ser seguidas
pelos congregados são as da pag. 23 deste
folheto. 0 sacerdote revestido de pluvial negro
aproxima-se da cça; o ministro fixa-se do lado
opposto ao altar c de frente para este, trazendo
uma cruz entre dois acólytos, com candelabros
acccsos. Q Presidente reza com os congregados
as mesmas orações que o Sacerdote. O Rcspon-
sorio “ Libera-me” pódc ser dialogado entre os
congregados. De muito maior cffcilo, porém,
seria, se fosse cantado •pelos mesmos. Para esse
fim collocamos, neste folheto, o texto latino ao
lado do texto português, (pag 24).
Terminada a uítima oração, os congregados
entoam “ In paradisum” (pag. 26) ou, *\Rc-
quiescal in pace — Am cn” com a maior pie­
dade e sentimento. Terminam assim as ceri­
monias. _
29) Para acompanhar o luto da Congregação e como
prova de sentimento de fraternidade, os con­
gregados usarão durante 3 dias, após a morte
do companheiro, uma pequena fita preta na la-
pella do dislinctivo.
30) A Congregação não deve omillir os pcsnmcs
que devem ser enviados ã família do fallccido.
■ ficando isso a cargo da Dircctoria.
31) Os diplomas do congregado fallecido costu­
mam ser remettidos á Congregação depois do
fallecimento do mesmo, pela própria família
do finado, principalmente quando a morte se
deu cm lugar distante do da Congregação. E’
o signal da taorte e o pedido dos suffragios a
que o congregado tem direito. Esse diploma

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' ficará archivado como piedosa lembrança.
32) Todas as indulgências que são ou forem con­
cedidas á Congregação, cxccpção feita das da
hora da morte, podem applicar-se ás almas do
Purgatório.
A Santa Missa celebrada por alma de um
congregado tem o privilegio de sempre mere­
cer-lhe a indulgência do "altar privilegiado
Chama-se altar privilegiado aquelle a que
o Soberano Ponlificc concedeu indulgências
plcnarias applicavcis aos defuntos, pelas almas
dos quacs ncUc se. celebrarem Missas, em qua-
cjquer dias ou cm dias determinados.
33) A sepultura é lambem cousa digna de atten-
ção. Quaesquer symbolos não servem para a
campa de um christão e menos ainda de um
congregado mariano. São symbolos pagãos: a
clcpsydra (antigo rclogio de agua) a columna
partida, n urna coberta por um véu, a foice,
o facho apagado a fumegar, os gemeos alados e
outros. O Cardeal Van Roey, Arcebispo de
Malinas, cm um aviso sobre a liturgia dos mor­
tos, prohibiu também o emblema fúnebre da
caveira c dos ossos cruzados na ornamentação
fúnebre das Igrejas, das eças e dos lumulos.
(Revista Liturgica, março de 1930). O symbolo
christão é, por excellencia, a Cruz. Outros ha,
. porém, usados desde as catacumbas ro­
manas. Tacs são: a phenix que, embora
mylhologica, parece muito appropriada a
representar n morte e a resurreição christã. Es­
ta ave fabulosa que, segundo a lenda, vivia mui­
tos séculos uos desertos da Arobia, quando sen-

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lin avizinhar-se n morte, construía um ninKo (lc
plantas uromaticas que os raios do sol incendia­
vam c ncllc se deixava consumir. Da mcdulln
de seus ossos nascia um verme que se transfor­
mava cm nova phenix. Alem deste, a figura
suave da ovelhinha, significando a docilidade:
a poniba com o ramo de oliveira no bico, sig­
nificando a paz c a fidelidade; o delfim (espé­
cie de cetáceo que os antigos consideravam co­
mo amigo do homem) unido a um tridente ou
a uma ancora e representando Jesus Cbristo co­
mo nossa salvação c esperança;
o monograma de Chrislo; a imagem do Bom
Pastor c outros. Para o tumulo de um mariano,
é muito adaptado o monograma de Maria cer­
cado de doze cslrcllas, a imagem da Virgem,
cspecialmentc segundo a encantadora visão de
Calliarine Labourc, o escudo da Congregação,
o emblema da Ave Maria, os symbolos das vir­
tudes marianas e outros. Plantem-se lyrios so­
bre a suo campa e delles se faça o motivo pre­
dominante da ornamentação, afim de lembrar
aos marianos que a própria morte oonla com
a sua pureza. Bem lbe deveria ficar o seguin­
te cpitaphio que encontramos alhures:

“ O’ casto lyrio branco, despedaçado


Pela íuria cruel da tempestade.
Caisle. Mas subiu á immcnsidadc
Teu aroma subtil e delicado.
Baixou teu corpo á terra inanimado
Mas tua alma, em mais viço e majestade,
Volveu aos ceus, buscando a divindade,
Como a filba saudosa o pae amado.
Toldou-sc, ao despontar, fulgente aurora,
Sumiu-se a flor mais bclla dos rosaes,
Onde a brisa da tarde, a passar, chora.

A alegria do lar não volta mais.


Extinguiu-se o prazer. Só resta agora:
O éco dolorido dos teus a i s ! . . . ”

3-1) O uso das flores, como decoração fúnebre, nos


cemitérios e nos faneracs, não c prohibido pela
Igreja mas tolerado. A Sagrada Congregação
dos Ritos respondeu a uma pergunta formulada
nesse sentido o seguinte: — tolerari potest —
pode ser tolerado (16 de junho de 1893). Entre
os Padres da Igreja antiga, S. Ambrasio, S. Je-
ronymo, S. Basilio e outros, condemnaram o
abuso, o excesso deste costume que, muitas ve­
zes, degenera cm luxo e exhibicionismo impró­
prios do espirito christão. E’ preciso sem du­
vida que as cousas sensiveis não tomem o lugar
das cousas cspirituaes; a medida, porém, existe
para ellas e deve ser observada.

No final do Cap. transcrevemos, para maior


commodidadc, a letra de alguns cânticos maria-
nos que podem ser aproveitados por occasião
das exéquias.

— 19 —
CAPITULO ir
O R D E M DA S E X E O U IA S (1)
I
O Parocho revestido de sobrepeliz e estola negra
ou ainda com pluvial da mesma côr, precedido de um
clérigo conduzindo a cruz e outro a agua benta,
segue para a casa do finado.
O Parocho, antes da saida do cadaverf asperge-o
com agua benta e logo depois o Presidente repete:)

P — Senhor! Senhor! Si considerardes as iniquida­


des quem subsistirá?
Psálmo 129
I). Clamei por vós,. Senhor, das profundezas do
abysmo; Senhor, ouvi minha vóz.
II) Que os vossos ouvidos se inclinem á minha vóz
deprecante.
I) Senhor! Senhor! Se considerardes as iniquida­
des quem subsistirá?
II) Mas comvosco esta o perdão, para que se man­
tenha a vossa lei.
I) Minha alma confia era sua palavra, minh’alma
espera no Senhor.
II) Desde io nascer do sol até a noite, espera Israel
no Senhor.
I) Porque' em Deus está a misericórdia e copiosa
foi n*Elle a redempção.
II) E Ellc redimirá Israel de todas as suas iniqui­
dades.
P — Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno
T — E a luz perpetua os allumie

1) vêr Instrucções pag. 7.


— 20 —
P —*Scnhor! Senhor! Se considerardes as iniquida­
des, quem subsistirá?
(A seguir, o endaver é conduzido e o Paro•
c/io, sainda da casa, entoa em vós grave a An-
tiphona que io Presidente repete:)

P — Exultarão no Senhor.
Psalmo 50
I) Tende piedade de mim, Senhor etc., pag. 65.
(Se a extensão do caminho o exigir, digam-
se os Psalmos graduaes “ Clamo ao Senhor na
tribulação pa. 33 ou outros psalmos do officio
de finados; no fim de todos os psalmos se diz:
“ Dàe-lhe, Senhor, o descanso eterno etc*;
estes psalmos devem ser recitados até á Igreja,
devotamente, distinctamente e em vós baixa. Na
entrada da Igreja repete-se a Antiphonaz
P — Exultarão no Senhor os ossos humilhados
III
(Entrando na Igreja, rezam o Responso*
rio seguinte: o Presidente começa e os congre­
gados respondem alternadamente oomo seguei)
P — Vinde Santos de Deus! Acudi Anjos do Se­
nhor; recebei a sua alma e apresentae-a diante
do Altíssimo.
T — Receba-te Christo que te chamou e os Anjos
conduzam-te ao seio de Abrahão.
P — Recebei a sua alma e apresentae-a diante do Al-
tissimo.
T — Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno e a luz
perpetua os allumie.
P — Apresentae-a diante do Altíssimo.

— 21
IV
(Deposita-se o feretro no meio da Igreja,
de modo que os pés do cadaver, se fôr leigo,
estejam voltados para o altar-mór; se for de
sacerdote, esteja a cabeça voltada para o mesmo
’ ’ ?r e cirios acessos ao redor do corpo. Im~
famcntc, a não ser que alguma cousa o
diz>se o Officio de Finadost com o ln-
com os 3 Nocturnos c com Laudcs,
% e duplicqmlo.se as Antiphonas.
do Officioj os cânticos:
's e Eu sou a ressureição e a vida
us e “ Eu sou a resurrcição e u
7).
V

\cis cair cm tentação


nos do mal.
. infera
Senhor, a sua alma
~anse em paz
Assim seja.
F — Senhor, ouvi minha oração
T — E chegue até vós o meu clamor.
P — 0 Senhor esteja comvosco
T — E com o leu espirito
OREMOS
P — Livrae, Senhor, nós vos pedimos, a alma de vos-
6o servo N. (ou da vossa serva N) de todo o
vinculo de peccados, para que, rcsuscitado, des­
canse na gloria da ressurreição, entre os vossos
santos c eleitos. Por Nosso Senhor Jesus Chris-
to, vosso Filho, que comviosco vive c reina, em

— 22 —
unidade com o Espirito Santo Deus, por todos
os séculos dos séculos.
T — Assim seja .

VII

(O Sacerdote prepara-se com os ministros


para celebrar a Missa solcmne pelo finado, (pg.
71) se for tempo proprio, como o dia da de­
posição').

VIII

ABSOLVIÇÃO

Acabada a Missa, o Sacerdote, revestido de plu­


vial negro, aproxima-se do féretro; o ministro
fixa-se á cabeceira do defunto, com uma crus,
entre os dois acolythos, tendo, esfes, candelabros
accesos. 0 Sacerdote para cm frente á Cruz,
aos pés do defunto c diz, logo após, a seguinte
oração que o Presidente repete:)

ORAÇÃO
P — Senhor, não entreis em juizo contra o vosso
servo, a não ser que lhe queiraes dar a remis­
são de lodos os peccados, pois, homem algum
diante de vós será justificado — Não opprima-
es, pois, nós vo-lo pedimos, com a sentença do
vosso juizo, aqucllc pelo qual a verdadeira sup-
plica christa vos implora, mas, com o socorro
de vossa graça, cllc, que durante a sua vida foi
marcado com o signal da Santissima Trindade,

— 23 —
consiga evitar a sentença do vosso juizo. Vós
que viveis e reinaes pelos séculos dos séculos
T — Assim seja:
(A seguir, os congregados cantam ou rezam
o seguinte:)
Responsorio 1.
Libera-me, Domine, de morte aelerna, in
dic illa tremenda: quando coeli mo vendi
sunt et terra! Dum véneris judicarc sc-
culum per ignem.
Trémens factus sum ego, et límeo, dum
discussio véneris, atquc ventura ira quan­
do coeli movendi sunt et terra.
Dies illa, dies irac, calamitatis et misc-
riae, dies magna e amara valdc.
Dum véneris judicarc soeculum per ignem.
Requiem aeternam dona eis Domine: cl
lux perpetua luceat eis.
Libenwne, Domine, de morte aelerna, in
die illa tremenda, quando coeli movendi
sunt et terra.

Responsorio 1.
T. Livrae-me, Senhor, da morte eterna, na-
quelle dia tremendo: quando ceus c terra
houverem de ser abalados; quando viér-
des a julgar o século pelo fogo.
P. Eu tremo e temo á vinda do juizo c
da ira que ha de vir, quando ceus c terra
houverem de abalar-se.

— 24 —
T. Dia de ira aquelle, dia de calamidade
e de miséria, grande dia cheio de amar­
gura.
P. Quando vierdes a julgar o scculo pelo
fogo.
T. Dnc-lhcs, Senhor, o eterno descanso c a
luz perpetua os allumic.
T. Livrae-mc,Senhor, da morte eterna, na-
qucllc dia tremendo: quando ceus e terra
verem de abalar-se.
P. Quando vierdes a julgar o século, pelo
fogo.
(Emquanlo se canta o Responsorio anterior, o
Sacerdote, auxiliado pelo acolytho e pelo Diácono,
lira o incenso da navicula e colloca no thurybuloi)
I Senhor, tende piedade de nós.
II Senhor, tende piedade de nós.
I Senhor, tende piedade de nós.
(Logo depois, o Sacerdote diz em vóz alta
e o Presidente repele)
P. Padre-Niosso....
(Neste interim, o Sacerdote asperge e incen­
sa o corpo do defunto)
P. E não nos deixeis cair em tentação
T. Mas livrae-nos do mal
P. Da porta infera
T. Afastae, Senhor, a sua alma
P. Descanse em paz
T. Assim seja.

— 25 —
P. Ouvi, Senhor, a minha oração
T. E chegue ate vós o meu clamor.
P. O Senhor esteja comvosco
T. E com o teu espirito.
Oremoi:
P. O’ Deus de quem é proprio compadecer-se e per­
doar: exoramo-vos suppliccs pela alma de vos­
so servo N (ou de vossa serva N) que hoje man­
dastes sair deste mundo, afim de que não a en­
tregueis nas mãos do inimigo, nem a csqueçncs
no final dos tempos, mas que ordeneis seja cila
amparada pelos santos Anjos e conduzida á
Palria celeste, afim de que não soffra as penas
do Inferno quem cm vós creu c esperou, mas
possua a terna alegria.
Por Chrislo Nosso Senhor.
T. Assim seja.

IX

(Acabada a oração o corpo é levado ao se-


pulcliro, se o deve ser, nesse momento;
emquanlo é conduzido, os congregados
cantam) :
T. In paradisum deducant te Angeli: in tuo ad­
vento suscipianl te Marlyres cl pcrducant te
in civitatem sanctam Jerusalem. Chorus An-
gelorum te suscípial, et cum Lázaro quondam
paupere astemam habcas requiem.
T. Os anjos conduzam-te ao Paraizo, a tua che­
gada, recebam-te os Marlyres e conduzam-te á
cidade santa de Jerusalem. O coro dos Anjos
proteja-te e, como outrora o pobre Lazaro, te-

— 26 —
nlias o eterno descanso.
(Chegando ao sepulchro, se não está ben•
/o, o Sacerdote o benze, dizendo esta ora­
ção que o Presidente repete;)
ORAÇÃO
P. 0 ’ Dons, que pela vossa missericordia dacs des­
canso ás almas dos fieis, dignac-vos abençoar es­
te tumulo c cntrcgar-lhc a guarda ao vosso santo
A njo; c absolver de todos *os vínculos do pcc-
ca do as almas daqucllcs (1) c daqucllas cujos
corpos estão aqui sepultados, para que se ale-
arem sem fim cm vós, com os vossos santos.
Por Cbristo Nosso Senhor.
T. Assim seja.
(Rezada a oração, o Sacerdote asperge com
agua benta c depois incensa o corpo do de­
funto c o tumulo. Se o corpo, porém, não
deve ser logo sepultado, tendo omittido
“ In Paradisum” isto é, “ Os Anjos condu­
zam-te ao Paraiso (pag. 26) e a bênção
do Sepulchro, se este já está bento, prosi-
ga-se o officio, como abaixo, o que nunca
se omitte.).

CÂNTICO DE ZACHARIAS
1) Bcmdilo seja o Senhor Detis de Israel, porque
visitou c fez a redempção do seu povo.
II) Suscitou-nos um poderoso Salvador na casa de
David seu servo.
I) Assim foi dito pela bocca dos seus santos e
prophclas dos antigos tempos.

1) Sc o sepulchro é destinado a um só, diz-se:


daquelle cujo corpo aqui está sepultado etc.).

— 27 —
II) Que nos salvaria contra todos os nossos inimi­
gos e da mão. de todos os que nos odeiam.
I) Que usaria de misericórdia com os nossos pacs
e seria fiel a sua santa alliança.'
Ii) Segundo o juramento que fez a Abrahão, nosso
pac, que se daria a nós.
I) Para que, livres das mãios dos nossos inimigos
e sem temor o sirvamos.
II) Com santidade e justiça, cm sua presença, du­
rante todos os dias de nossa vida.
I) £ tu, ó menino, serás chamado o Prophcta do
Altis6Ínio, porque irás adiante do Senhor a pre­
parar seus caminhos.
II) Para dar o conhecimento da salvação do seu
povo, pela remissão dos peccados.
I) Pelas entranhas de miserioordia de nosso Deus,
pela- qual nos visitou vindo do alto do Ccu.
II) Para illuminar aquelles que jazem nas trevas
e nas sombras da morte e para dirigir os nos­
sos passos pelo caminho da paz.
I) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
IÍO E a luz perpetua os allumie.
P. Eu sou a resurreição e a vida: quem crê cm
mim, mesmo que tenha morrido viverá c todo
o que vive e crê em mim, não morrerá eterna-
mente.
• I) Senhor, tende piedade de nós.
II) Christo, tende piedade de nós.
I) Senhor, tende piedade de nós.
P. Padre Nosso (O Sacerdote asperge o corpo) . . .
E não nos deixeis cair em tentação.
T. Mas livrae-nos do mal.
P. Da porta infera,
P. Afastae, Senhor, a sua alma
P. Descanse em paz.

— 28
T. Assim seja.
P. Ouvi, Senhor, a minha oração
T. E chegue a Vós o meu clamor.
P. 0 Senhor esteja coravosco
T- E com o teu espirito.

Oremos:
P. Fazei, Senhor, nós vos pedimos, esta misericórdia
com o vosso servo defunto, para que não re­
ceba nas penas o revez de suas acções, quem
manteve nos votos a vossa vontade: afim de
que, aquclle a quem a verdadera fc uniu, aqui,
á multidão dos fieis, assim, alli, a vossa mise­
ricórdia o associe aos córos angclicòs.
Por Jesus Chrislo Nosso Senhor.
T. Assim seja.
P. Dac-lhe, Senhor, o descanso eterno
T. E a luz perpetua e allumic
P. Descanse cm paz
T. Assim seja.
P. Sua alma c a alma de todos os fieis defuntos, por
misericórdia de Deus, descansem em paz.

X
( Voltando da sepultura para a Igreja ou para a
Sacristia, digam a Antiphona “ Senhor, Senhor,
se observardes as iniquidades e t c ” com o Psal­
mo “ Das Profundezas do abysmo clamei a vós
Senhor, etc. Depois — “ Dae-íhes Senhor o des­
canso eterno etc. como acima, (pag. 20). A
seguir repete-se a Antiphona: Senhor! Senhor!
se observardes etc^ e os congregados dizem as
seguintes preces:)

— 29 —
I) Senhor, tende piedade de nós
fl) Chrislo, tende piedade de nós
1) Senhor, tende piedade de nós
P. Padre Nosso . . . (secretamente)
Não nos deixeis cair cm tentação
T. Mas livrac-nos do mal.
P. Da porta infera
T. Afastac Senhor as suas almas
P. Descansem cm paz
T. Assim seja.
P. Senhor, ouvi a minha oração
T. E chegue até vós o meu clamor
P. 0 Senhor esteja comvosco
T. E com o teu espirito.

Oremos:

P. O’ Deus Creador e Redcmplor de lodos os


fiéis, concedei a remissão de todos os pecca-
dos ás almas de lodos os vossos servos c das vos­
sas servas, afim de que consigam, por estas pie­
dosas supplicas, a indulgência que sempre de­
sejaram. Vós, que viveis e reinais por todos o»
séculos dos séculos.
T. Assim seja.
T. Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno
T. E a luz perpetua os allumie.
P. Descansem em pafe.
T. Assim seja.

— 30 —
C a p it u l o III

OFFICTO DÊ DEFUiNTOS (1)

T — ORAÇÃO

Deccrrac, Senhor, os meus lábios para louvar o

•vosso santo iiouic, purificac o meu coração de Iodas

as más cogitações, illuminae a minha iulelligencia c

inflanimae a minha vontade para que possa digna

ai tenta c dcvotamcntc, recitar este santo officio e me­

reça ser ouvido na presença de vossa divina majes­

tade.

Por Jesus Christo Nosso Senhor

Assim seja.

1) vêr Inslrucçõcs pag. 7.


V esperas (1 )

Antiphona I (2)
P — Agradarei ao Senhor na terra dos viventes.
Psàljvio 114
I) Amo a Deus pois Ellc ouve o clamor dc
minha oração.
II) Porque inclina para mim os seus ouvidos, cu
o invocarei emqúanto viver.

(1) Todas as vezes que as Vesperas não venham


immediatamente depois do transporte do cadá­
ver para a Igreja, do Responsorio “ Subvenite'*
ou do Officio do dia corrente, diz-se, em vóz
baixa, Padre Nosso e Ave Maria; de outra fei­
ta, começa-se immediatamente pela Antipho-
(2) As Antiphonas são duplicadas no dia da de­
posição, no dia depois daquelle em que se re­
cebeu a noticia da morte, no terceiro, no sé­
timo, no trigésimo, no anniversario, ou nou­
tro escolhido além, e todas as vezes que se
celebre solemnemente o Officio. Nà fim de
todos os Psalmos sempre se diz: fCDae-lhes Se­
nhor \o descanso eterno. — E a luz per­
petua os allumie,>; ainda que por um sómen­
te se reze o Officio• Começam-se os Psalmos
como está explicado acima, (nota 1) ainda
quando não se dupliquem as antiphonas.
I) Circumdavam-sc as dores da morte e os pe­
rigos da sepultura approxiraavam-sc de mim.
II) Só encontrava a tribulação c a dôr: invoquei,
então, o nome do Senhor:
I) O’ Senhor salvai-mc! — O Senhor é piedoso
c justo; o nosso Deus tem misericórdia de
nós.
II) O Senhor é o protcctor dos pequeninos: es­
lava em perigo c Elle me valeu.
I) Volta, ó minh’ alnia, ao teu repouso, pois o
Senhor te beneficiou.
II) Porque livrou ininh’alma das garras da mor­
te, os meus olhos das lagrimas e -os meus pés
do deslise.
I) Eu agradarei ao Senhor na terra dos viventes.
II) Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno.
I) E o luz perpetua os allumic.
(O P. repete a Anliphona e o mesmo se
faz depois de cada um dos Psalmos) .

Anliphona II

P — Ai de mini, que se prolonga o meu exilio!

P salmo 119

I) Clamo ao Senhor a tribulação c Elle me al-


Icndc.
II) Senhor, livrac a minh’alma dos lábios menti­
rosos e da lingua pérfida.
1) Que cousa te será dada ou te seria offerecida,
lingua pérfida?
II) As seitas agudas do Omnipotente e carvões
desoladores.

— 33 —
I) Ai de mim, que se prolonga o meu cxilio e
moro com os habitantes de Ccdar!
II) Demasiado tenho >ivido com aquclles que
odeiam a paz. Eu sou pacifico; nias, cm lhes
falando, já elles me fazem guerra.
I) Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.

Antipliona III

P — 0 Senhor te guardará de todo o mal. O Senhor


guardará a tua alma.

P salmo 120

I) Elevo os olhos para as montanhas. Donde me


virá o auxilio?
II) O auxilio me vem do Senhor que fez o ccu
e a terra.
I) Elle não deixará vacillar o teu pé: Aquelle
que te guarda não dorme.
II) Não tosquenejará nem dormirá o guarda de
Israel.
I) O Senhor é quem te guarda, o Senhor é o
teu abrigo e está sempre á lua mão direita.
II) De dia o sol não te molestará, nem a lua du­
rante a noite.
I) O Senhor te guardará de todo o mal; o Se­
nhor guardará a tua alma.
II) O Senhor protegerá o leu ingresso e o leu
regresso, de agora e por lodos os séculos.
I) Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumie.

— 34 —
A n tip h o m IV

P — Senhor! Senhor! Sc considerardes as iniquida­


des, quem subsistirá?

P salmo 129

I) Clamo por vós, Senhor, das profundezas do


abysmo; Senhor, ouvi minha vóz!
II) Que os vossos ouvidos se inclinem á minha
vóz deprecante.
I) Senhor! Senhor! Sc considerardes as iniqui­
dades, quem subsistirá?
II) Mas comvosoo está o perdão, para que se man­
tenha 'a vossa lei.
I) Minha alma confia em sua palavra, minh’alma
espera no Senhor.
II) Desde o nascer do sol até a noite, espera Israel
no Senhor.
I) Porque em Deus está a misericórdia e copiosa
foi n’ Elle a redempção.
II) E Elle redimirá Israel de todas a9 suas ini­
quidades.
I) Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.

Antiphona V
P — Não adieis o complemento da obra de vossas
mãos.
P salmo 137

I) Quero louvar-vos, Senhor, de lodo o meu co­


ração, porque ouvistes as palavras de minha
bocca.

— 35 —
II) Cantar-vos um psalmo'diante dos anjos; ado­
rar-vos no vosso santo templo c louvar o vos­
so nome pela vossa misericórdia c fidelidade.
I) Porque exaltastes, sobre todos os vossos altri-
bulos, a fidelidade.
II) Ouvindo-mc no dia em que vos invoquei, mui-
'*> tiplicando cm minha alma a vossa força.
T) Todos os reis da terra vos louvarão, quando
•ouvirem as palavras de vossa bocca.
II) E celebrarão os caminhos do Senhor, pois
grande é a sua gloria.
I) Porque o Senhor, excelso como é, olha para
os humildes mas, só de longe, observa os so­
berbos.
II) Quando estou á mingua de recursos, vós me
vivificacs; extendeis a vossa mão contra a ira
dos meus inimigos e a vos-a dextra me asse­
gura a salvação.
I) 0 Senhor ha de oomplelar o que fez por mim.
Senhor! Reine a vossa misericórdia para sem­
pre;' não adieis o complemento da obra de
vossas mãos.
II) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
I) E a luz perpetua os allumic.

L — Ouvi uma voz do ceu que me dizia:


T*— Felizes dos mortos que morrem no Senhor.

Antiphona VI

P — Tudo o que me dá o Pae a mim virá; e não


lançarei' fóra este que vem a mim.

I) Minh’ alma glorifica o Senhor.


II) E o meu espirito exulta cm Deus meu Salva­
dor.
I) Porque pôz Deus os olhos na humildade de
sua serva; eis que todas as gerações me cha­
marão bemaventurada.
II) Pois o que c poderoso operou cm mim
grandes cousas. Aqucllc cujo nome é santo.
I) E sua misericórdia se cxlcndc de geração cm
geração sobre os' que o temem.
II) Ostentou a força de seu braço; dispersou 09
que mantinham orgulhosos pensamentos no
coração.
I) Depôz os poderosos do lhron<o e exaltou os
humildes.
II) Aos famintos cnchcu-os de bens c aos ricos des­
pediu-os com as mãos vasias.
I) Quiz exaltar a Israel, seu povo, lembrando-se
de sua misericórdia.
II) Assim como tinha promctlido aos nossos paes,
a Abrahão e aos seus descendentes, para sem­
pre.
I) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
II) E u luz perpetua os allumic.
(As preces abaixo dizem-se de joelhos; do
mesmo modo em Laudes),

P — Padre nosso... (secreto) .


E não nos deixeis cair em tentação.
T — Mas livrac-nos do mal.

(O Psalmo que segue, <eMinh'álma lou­


va o Senhor, não se diz no dia do óbito ou
deposição do defunto e nem quando o Offi•
cio c recitado pelo rito duplo).

— 37 —
PSALMO 146

I) Miniralma louva o Senhor: louvarei o Se­


nhor na minha vida: cantarei hyninos ao meu
Deus, cmquanto eu existir.
II) Não confieis nos príncipes, nos filhos dos ho­
mens, nos quacs não está a salvação.
I) Sairá o seu espirito e regressará para a
terra: nesse dia, perecerão todas as suas cogi-
• tações.
II) 'Feliz daquellc de quem o Deus de Jacob c
protector; sua esperança está cm Deus Senhor
que fez o ccu c a terra, o mar e todas as cou­
sas que nelle estão.
I) Aqucllc que guarda a verdade para sempre,
faz justiça a-os que a reclamam, da de comer
a quem tem fome.
II) O Senhor liberta os caplivos. O Senhor illu-
mina os cegos.
I) O Senhor reergue os caídos. O Senhor ama
os justos.
II) O Senhor guarda os forasteiros, protege o or-
phão c a viuva, destróc os planos dos pcc-
cadores.
I) Reinará o Senhor para sempre, — o teu Deus,
o Sião, por todas as gerações.
II) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
I)E a luz perpetua os allumie.

P — Da porta infera.
T — Afastae, Senhor, a sua alma.
P — Descanse em paz.
T — Amen.

— 38 —
P — Senhor, iouvi minha oração.
T — E chegue até vós o meu clamor.
P — O Senhor esteja comvosco.
T — E com o teu espirito.

Oração.
P — O* Deus, dispensador liberal de graças e dese­
joso da salvação das almas. Supplicamos ã vossa cie-
meneia, afim de que conccdaes poderem chegar á
participação da eterna felicidade, todos os irmãos de
nossa Congregação, os amigos e bemfeitores que se
foram deste mundo; pela intercessão da Santa Vir­
gem Maria e de todos os vossos santos. Por nosso
Senhor Jesus Christo.

í Depois da oração se diz sempre no plural):


P — Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
T — E a luz perpetua os allumie.
P — Descansem cm paz.
T — Amen.

— 39 —
M atinas (1)

Invitatorio (2)
P — Eli Rei par»i quem tudo existe, vinde adore­
mos.
Psalmo
I) Vinde, exultemos no Senhor, alegremo-nos cm
Deus, nosso Salvador; diante d’ Ellc c louve­
mos e nos psalmos o festejemos.

(1) Todas as vezes que as Matinas não venham im-


mediatamente depois do transporte do cadaver
á Igreja e do Responsorio Subvenite ou de Mu-
tinas e Laudes do dia corrente, diz-se, secreta•
mente Padre Nosso, Ave Maria e Credo; de
outra feitat começa-se immediatamenle pelo
Invitatorio ou pela Antiphona do Nocturno.
(2) O seguinte InvitaUorio é dito sempre, no Offi-
cio de Finados, se se rezam os tres Nocturnos,
mesmo com o rito semiduplo, ou quando se
diz um Nocturno sómente, se .o rito é duplo.
Nos outros casos, porém, omitte-se- Os
Nocturnos collocados abaixo, excepto no dia
da commemoração de todos os jieis defuntos,
podem ser todos recitados ou somente um;
assim, além do dia da deposição, em que sem­
pre se diz o primeiro Nocturno, — Domingo,
Segunda e Quarta-feira, diz-se o primeiro —
Terça — e Sexta-feira, o segundo — Quarta
feira e Sabbado, o terceiro Nocturno,
T — EI Rei para quem ludo existe, vinde adore*
mos.
II) EI Rei para quem tudo existe, vinde adore­
mos.
I ) Porque Deus c um grande Senhor c o grande
Rei superior a lodos os deuses: pois, não re-
rcpellc o seu povo c cm suas mãos estão to­
dos os confins da terra c sob seus olhos estão
na alturas dos nionlcs.
II) Vinde adoremos.
I) E’ d’EIlc o mar porque o fez. E’ d’ EUc a
terra porque a fez.
IT) Vinde adoremos.
I) Curvemo-nos perante Deus c imploremos ao
Senhor que nos creou.
II) Porque EUc é o Deus c Senhor nosso: nós
somos o seu povo c as ovelhas do seu reba­
nho.
I) EI Rei para quem ludo existe, vinde adore­
mos.
II) Se ouvirdes hoje a sua vóz, não queiraes re­
sistir cm vossos corações.
1) Como no segundo dia da tentação no deser­
to, onde vossos paes em exacerbação me tenta­
ram c onde me experimentaram, lendo visto
as minhas obras.
II) Vinde adoremos.
I) Durante quarenta annos estive proximo desta
geração e disse: — Estes erram sempre no
coração.
II) A estes que desprezam os meus mandamentos,
jurei, na minha cólera, não entrarem no lugar
do meu repouso.
I) EI Rei para quem ludo existe.
II) Vinde adoremos.

— 41 —
I) Dae-lhes, Scnlior, o descanso clcrno.
II) E a luz perpetua os allumic.
I) Vinde adoremos.
II) El Rei para quem tudo cxislc.
I) Vinde adoremos.

— 42 —

%
l.° NoCTURiNO

(Para Domingo, Segunda-feira c Quinta-feira)

Ánliphona I
P — Dirigi, Senhor meu Deus, o meu caminho em
vossa presença.
PSALMO 5
I) Ouvi, Senhor, minhas palavras e allcndei ao
meu clamor.
II) Aileudci a vóz de minha oração, meu Rei e
meu Deus.
I) Porque é a vós, Senhor, que imploro: logo
pela manhã, ouvis a minha oração, ó Senhor!
II) Logo *pcla manhã me apresento a vós e aguar­
do; porque não sois um Deus que teuhaes
prazer na iniquidade.
I) Nem o mau habitará junto de vós, nem per­
manecerão os fanfarrões deante de vossos
olhos.
II) Odeacs todos os que operam iniquidades e
exterminaes lodos os que proferem mentiras.
I) 0 Senhor abomina o homem sanguinário e ar­
diloso, mas eu, graças a multidão de vossas
misericórdias, entro cm vossa casa.
II) Entro na vossa casa; prostro-me no vosso san­
to templo, com o temor que vos é devido.
I) Senhor, conduzi-me na vossa justiça, aplainae
os meus caminhos diante de mim, contra os
que me espiam.
I I). Porque4a 'verdade não cstã na sua bocca c o
seu coração- está vasio.
I) Sua garganta c um scpulchro aberto, ainda
que lisonjeiem com as suas linguas. Decla-
rae-os culpados, ó Deus.
II) Desistam de suas tramas e destrui-os etn vir­
tude dos seus muitos crimes, porque se revol­
taram contra vós.
I) Mas alegrem-se lodos os que em vós con­
fiam. Hão de exultar eternamente.
II) E todos os que amam o vosso nome sc glo­
riarão em vós, porque vós os cobris com ;i
vossa protccçõo.
I) Porque abençoaes o justo e nos rodcacs do
vosso favor como de um escudo.
II) Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno*
I) E a luz perpetua «os allumie.

Anliphona II

P — Olhae-me Senhor, e salvae-me, porque na mor­


te não ha lembrança de vós.

P salmo 6
I) Senhor, não me exprobeis no vosso furor nem
me accuscis na vossa ira.
II) Tende misericórdia de mim, Senhor, porque
estou desfallccido; curae-me, Senhor, porque
meus ossos se conturbaram.
I) E a minha alma está cheia de espanto. Mas
vós Senhor... até quando?
II) Mais uma vez, Senhor, libertae a minha al­
ma; salvae-me por vossa misericórdia.
I) Porque na morte não lia lcftibrança de vós:
no sepulchro, quem vos louvará?

— 44 —
II) Canso-mc de gemer iodas as noites; banho o
meu leito cm pranto c.humideço a minha ca-
ma cm lágrimas.
I) Já sc consumiu minha vista pela magoa c tem
envelhecido por motivo dos meus inimigos.
II) Affastac-vos de mim lodos vós que pralicacs
a iniquidade, porque o Senhor ouviu o clamor
do meu pranto.
1) O Senhor ouviu a minha supplica. 0 Senhor
aitcndc a minha oração.
II) Os meus inimigos vão ser confundidos c
cheios de espanto. Sem qiic o esperem, vão
ser mais uma vez confundidos.
I) Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.

Antipliona III

P — Para que cllc não possa arrebatar rainha alma


como um leão, sem que haja quem a redima
e quem a possa salvar.

P salmo 7
I) Senhor meu Deus, esperei em vós, salvae-me
de lodos os que me perseguem e livrae-me.
II) Para que elle não possa jamais arrebatar
min.h’ alma como um leão, sem que haja quem
me redima ou quem me salve.
I) Senhor meu Deus, se fiz isto, se manchei mi­
nhas mãos na iniquidade.
II) Se retribui com o mal aos que me favoreciam,
se molestei o que me atacou sem m otivos...
I) Persiga o inimigo a minha alma e se apode­
re delia e calque aos pés a minha vida so­
bre a terra e reduza a pó a minha gloria.

— 45 —
II) Lcvantac-vos, Senhor, cm vossa ira; erguei-vos
irado acima dos meus inimigos.
I) Levantae-vos, Senhor Deus meu, 'para o jul­
gamento do que ordenastes. Rodeie-vos a col-
lectividadc dos povos.
I) Depois, voltac ao alto, elevando-vos acima
dclles! Senhor julgac os povos!
I) Julgae-me, Senhor, segundo a vossa justiça e
segundo a innocencia que ha cm miiu.
II) Destrui a malicia dos peccadorcs c fortalecei
o justo, vós que prescrulacs os corações e os
rins.
I) 0 meu auxilio está com o Senhor que salva
os corações rcctos.
II) Deus é juiz justo, forte c paciente; porventura,
estará sempre disposto a punir o mal?
I) Sim. A não ser que o bomem se converta,
, Elle vibrará o seu gladio. Ei-lo que recurvou
e preparou já o seu arco.
II) Preparou armas mortíferas c enviou flexas in­
cendiarias.
I) Eis que o impio está nos transes do parto da
iniquidade; concebeu a maldade e gerou uma
decepção.
II) Abriu uma cova, aprofundou-a c .. cahiu 11 a
cova que fez.
I) O mal que pratica rccaír-lhe-á na cabeça e
no alto da mesma baterá a sua iniquidade.
II) Louvarei o Senhor pela sua justiça; e canta­
rei o<o nome do Senhor Altíssimo.
I) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.
P — Da porta infera.
T — Apartae, Senhor, as suas almas.

— 46 —
Padre nosso... (todo secretamente) . (As lições
são lidas sem absolvição, bênção e titulo) .

Lição I
(Job 7)

L — Pcrdoac-mc Senhor: pois, nada são os meus


dias. Que c o homem para que lhe deis tanto
valor e ponhaes sobre cllc o vosso coração?
Cada manhã o visilues c a cada momento o
provacs? Até quando me adiareis o perdão e a
absolvição, para que eu possa engulir a minha
saliva? Sc pequei, que farei a vós, ó guarda
dos homens? Porque me oollocastes contrario
a vós, para que a mim mesmo me seja pesado?
Porque não perdoaes o meu pcccado c não
apagacs a minha iniquidade? Eis que no pó
dormirei agora c, se amanhã me chamardes,
não estarei lá.

(As lições terminam sem *‘ Tu autem” ou outra con•


clusão) .
Resp. 1. ' -I III
T — Creio que o meu Redemplor vive e que no
ultimo dia resurgirei da terra: c, com a mi­
nha carne, verei a Deus meu Salvador.
L — 0 qual cu mesmo é que verei: cu proprio e
nenhum outro. E são meus olhos que verão.
E, com a minha carne, irei a Deus meu Salva­
dor.

Lição II
(Job 10)
L — Minh’ alma tem tedio de minha vida. Queixar-

— 47 —
/

mc-ei contra mim mesmo c falarei da amargu


ra de minh’ alma. Direi a Deus: — não nic
condcmncis; dizci*nic porque assim contcndac*
commigo?' Porventura parece-vos bem que cu
seja calumniado e que me opprimaes a mim,
crcado por vós, e ajudeis os desígnios dos
ímpios? Porventura tendes olhos cnrnacs? Ve­
des vós assim como vê o homem? Porventura
serão os dias do homem como os vossos dias
c os vossos annos como a existência humana,
para que assim perscruteis a rainha iniquida­
de e investigueis o meu pcccado? Bem sabeis
que nada de ímpio cu tenho feito; entretanto,
ninguém ha que me arranque de vossas mãos.

Resp. 2

T— Vós que resuscilastes Lazaro do fétido tumulo:


dae-lhes, Senhor, o descanso c o lugar do per­
dão.
L — Vós que haveis de vir a julgar os vivos e os
mortos e o século pelo fogo: dae-lhes, Senhor,
o descanso c o lugar do perdão.

Lição III

L — As vossas mãos fizeram-me e plasmaram-me t-o-


do; c assim repentinamente me consumis? Pe­
ço-vos que vos lcmhreis de que, de barro
me formastes c de que a pó me reduzireis.
Pois, não me emulsionastes como o leite c, co­
mo a caseína, não me solidificastes? Com pclle
e carne me revestistes, de ossos e nervos me
compuzestes. Destes-me vida e misericórdia e
o vosso cuidado guardou o meu espirito.

— 48 —
T — R csp. 3

Senhor, quando vierdes a julgar a terra, onde


me esconderei da expressão da vossa ira?
Pois, muito pequei na minha vida.
L — Apavoram-me os meus crimes c, diante de vós,
enrubeço: quando vierdes como juiz, não
queiraes condcmnar-mc. Pois, muito pequei
na minha vida.
T — Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno c a luz
perpetua os allumic. Pois, muito pequei na
minha vida.

(No dia da deposição do finado não se dizem Lau­


dos ; tuas depois do 3.° Responsorio dizem-se Padre
Nosso e as preces, como foi feito acima, pag. 38, cm
baixo.

49 —
2.° N octurno

(Para terças c sextas-feiras)

Antipliona I

P — Acampa-me cm verdejantes prados.

Psalmo 22

I) O Senhor me rege c nada me falta. Acampa-


me em verdejantes prados.
II) Guia-me a aguas tranquillas c refrigerantes c
restaura minh*alma.
I) Conduz-me pelas sendas da justiça, pelo amôr
de seu nome.
II) Ainda que cu andasse pelo vallc das sombras
da morte, não temeria nenhum mal, porque
vós estaes commigo.
I) O vosso báculo e o vosso cajado c que me
animam.
II) Preparastes-me a mesi na presença dos meus
proprios inimigos.
I) Ungistes de oleo a minha cabeça c, como c
luminoso o cálice inebriante que me destes!
II) E a vossa misericórdia, ccrtamcnle, 111 c se­
guirá em todos os dias da minha vida.
I) E habitarei a casa do Senhor por largos dias.
U) Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno-
I) E a luz perpetua os allumie.
Antipliona II

P — Dos dclictos da minha mocidade e dos meas


pcccados, não vos recordeis, Senhor!

P salmo 24
I) A vós, Senhor, elevo a minha alma; Deus
meu, cm vós confio; não me deixeis confun-
dido.
II) Nem possam zombar de mim meus inimigos,
pois, não será confundido quem cm vós es­
pere.
I) Serão, sim, confundidos, todos os que, sem
motivo, procedem mal.
II) Mostrac-mc, Senhor, vossos caminhos; guiae
me pelas vossas sendas.
I) Dirigi-me na vossa verdade e illuminac-me,
pois, vós sois o meu Deus e Salvador e em
vós espero conlinuamente.
II) Lcmbrae-vos, Senhor, das vossas misericórdias e
das vossas benevolências, porque são eternas.
I) Dos deliclos da minha mocidade e dos meus
pcccados não vos recordeis. ,
II) Lembrae-vos de mim na vossa misericórdia e
segundo a vossa bondade, Senhor.
I) 0 Senhor é suave e justo e, por isso, ensina­
rá o bom caminho aos pcccadores.
II) Conduzirá os dóceis pelo direito e ensinará
aos humildes as suas sendas.
I) Todos os caminhos do Senhor são a miseri­
córdia e a verdade para os que guardam a
sua alliança e os seus mandamentos.
II) Pelo amor dc vosso nome, ó Senhor, perdoae
os meus peccados que são enormes.

— 51 —
I) Alguém teme o Senhor? Éllc lhe ensinara a
trilhar o caminho que deve escolher.
II) Sua alma se apegará ao bem c seus descen­
dentes herdarão a terra.
I) O Senhor c o sustentáculo dos que o temem.
Para estes é que manifesta a sua alliança.
II) Meus olhos estão sempre voltados pfcra o Se­
nhor, porque somente EUe tirara os laços de
meus pés.
I) Olhae para mim c compadecei-vos, porque sou
pobre e só.
II) As atribulações de meu coração multiplica-
ram-se: livrae-me de minhas angustias.
I) Vede a rainha humilhação e os meus soffíi-
mentos c pcrdoac todos os meus erros.
II) Vêde como os meus inimigos são numerosos
e como me odeiam de morte.
I) Guardae-me e livrae-me. Não me deixeis con­
fundido, porque cm vós cu espero.
II) Os innocentes e os justos junlaram-sc a mim,
porque em vós confio.
I) O’ Deus, livrae Israel de todas as suas" tri-
- bulações.
II) Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno. *•
I) E a luz perpetua os allumie.

Antiphona III

P — Creio que ainda verei as maravilhas do Se­


nhor, na terra dos viventes.

P salmo 26

I) O Senhor é minha luz e minha salvação: a


quem temerei?
II) 0 Senhor c o proteclor da minha vida: de
que me inquietarei?
I) Ao aproximaram-se de mim os malfeitores
para devorar-me a carne.
II) São esses inimigos que me perseguem que
enfraquecem c caem.
I) Mcsjpio que exércitos acampem contra mim,
meu coração não temerá.
II) Sc romperem combate contra mim, ainda as­
sim terei confiança.
I) Uma cousa sómente pedi eu ao Senhor c essa
não dispensarei: habitar a casa do Senhor
lodos os dias da minha vida.
IL) Para que cu sinta o encanto do Senhor, cui­
dando do seu sanluario.
I) Porque Elle me occulta na sua morada nos
, dias maus; esconde-me no mais rccondito de
sua lenda.
II) ' Colloca-me sobre um rochedo e, agora, ergue
a minha cabeça acima dos meus inimigos que
nic cercam.
I) "Offerecerci, no seu sanluario, sacrifícios de
triuinpho; cantarei e entoarei hymnos ao Se­
nhor;*
II) Ouvi, Senhor, a minha voz supplicante; tende
misericórdia de mim: esculae-me.
I) Meu coração invoca o que dissesstes: “ procura
a minha face” — a minha face vos procurou;
Senhor; eu procurarei sempre a vossa face.
II) Não volteis de mim o vosso rosto; na vossa
cólera, não afasteis de vós o vosso servo.
I) Sede o meu auxilio: não me abandoneis nem
me desprezeis, ó Deus, meu Salvador.
II) Ainda que meu pae c minha mãe me aban­
donassem, o Senhor me recolheria.
I) Moslrac-mc, Senhor, o vosso caminho c diri­
gi-me por uma estrada plana, pois, os meus
« inimigos eslão alerta.
II) Não me abandoneis á mercê dos meus ad­
versários, pois, falsos testemunhos levantaram-
se contra mim c a iniquidade mentiu n si
mesma.
I) Eu creio que verei as maravilhas do Senhor
na terra dos viventes.
II) Espera no Senhor, age virilmcnlc, leu coração
seja confortado. Sim. Espera no Senhor.
I) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
II; E a luz perpetua os allumie.

P — 0 Senhor Os colloquc com os principcs.


T — Com os principes do seu povo.

P — Padre Nosso (todo secretamente) .

Lição IV
(Job 13)

L — Respondei-me: quantas culpas c pcccados le­


nho eu? Nolificae-mc os meus crimes e erros.
Porque escondeis o vosso rosto e me tendes
por vosso inimigo? Moslraes a vossa força con­
tra a folha que é arrebatada pelo vento ou
perseguis a palha resequida? Escreveis cousas
amargas contra mim e quereis consumir-me pe­
los peccados de minha adolescência? Também
pondes os meus pés cm cepos, observaes todos
os meus caminhos e marcaes os vestígios de
meus pés, apesar de ser cu como uniu . cousu
podre que se consome c como o vestido que
a traça róe.

— 54 -
T — Lcnibrae-vos de mim, ó Deus, porque a mi­
nha vida é um sôpro; nem me allinja o olhar
do homem.
L — Clamei por vós, Senhor, das profundezas do
ahysnio. Senhor, ouvi minha vóz. Nem me
allinja o olhar d> homem.

Lição V

L — 0 homem nascido de mulher, vivendo por


breve tempo, eslá cheio de muitas misérias.
E’ como a flôr que desabrocha e fenece; foge
como a sombra c não permanece estável. E
quereis, desta forma, segui-lo com vossos olhos
c conduzi-lo a juizo? Quem pódc tirar o puro
do impuro gérmen? Porventura, não sois vós
o unico? Breves são os dias do homem e o
numero dos seus mêses vos pertencem; não
poderão ultrapassar os limites que lhes puzes-
tcs. Dcixac que clle repouse até que, como
o jornaleiro, venha a ter contentamento no seu
dia.
T — Ai de mim. Senhor, que muito pequei na mi- -
nha vida: que farei, miscro que sou? Para on­
de fugirei, se não fòr para vós, meu Deus?
Compadecei-vos de mim, quando vierdes, no
ultimo dia.
L — Minha alma conturbou-se demais; porem, vós,
Senhor, soccorrci-a.
T - - Compadecei-vos de mim, quando vierdes no
ultimo dia.

Lição VI
(Job 15)

L — Oxalá me escondêsseis na sepultura, me

— 55 —
occultnsscis ate que vossa ira se desviasse c
estabelecesses o tempo cm que vos rccordcricis
de mim! Porventura julgacs morto o homem
ainda que viva? Em todos os dias cm que
agora milito, esperaria até que viesse a mi­
nha mudança. Vós me chamaríeis c cu vos res­
ponderia. Tcricis amparado aqucllc que vós
creastcs. Embora lenhacs contado os meus
passos, esquecei, porém, os meus pcccados.

Resp.

T — Não vos recordeis dos meus pcccados. Senhor,


quando vierdes a julgar o século pelo fogo.
L — Dirigi, Senhor Deus meu, cm vossa presença,
o meu caminho.
T — Quando vierdes a julgar o século pelo fogo.
L — Dac-lhcs, Senhor, o descanso c a luz eterna.
E a luz perpetua os allumic.
T - - Quando vierdes a julgar o século pelo fogo.

(Passe-se a Landes quando se diz um Nocturno so­


mente) .

— 56 —
3.° N octurno

(Para quarta-feira c sabbado)

Anliphona I

P — Seja do vosso agrado salvar-me Senhor.


Olliac para mim c ajudac-mc.
P salmo 39
I) Esperei firnicmcnlc no Senhor c cllc me at-
tendeu.
II) E escutou as minhas preces. Libertou-me do
ahysmo das misérias c do charco lamacento.
I) E collocou os meus pés sobre a rocha c fir­
mou os meus passos.
II) E collocou 11a minha bocca um novo cântico,
um poema ao nosso Deus.
I) Muitos o vêm c se enchem de respeito c con­
fiam no Senhor.
II) Feliz do homem para quem o nome do Se­
nhor é a esperança e não olha para as vai­
dades c para os desvarios da mentira.
I)< Senhor meu Deus, muitas maravilhas fizestes
c, nos vossos pensamentos, não ha quem vos
seja igual.
II) Quizera publica-las e annuncia-las mas são
mais do que se podem contar.
I) Não quizestes sacrifícios nem offcrtas mas
destes-me ouvidos perfeitos.
II) Não exigistes holocausto nem viclima pelo
pcccado. Então disse cu: — aqui estou!

— 57 —
I) No livro da lei estuo cscriptas cousas quo se
referem a mim. Pois, a mim me apraz cum­
prir a vossa vontade, ó meu Deus, c a vossa
lei está no fundo do meu coração.
II; Annuncici a vossa justiça na grande assem­
bleia, não me calei, vós o sabeis, Senhor!
I) Não occultci a vossa justiça cm meu coração.
{Divulguei a vossa fidelidade c a vossa salva­
ção.
II) Não escondi a vossa misericórdia c 'a vossa
fidelidade no grande conselho.
I) Vós, porem, Senhor, não aparteis de mim a
vossa commiseração: que a vossa misericórdia
c a vossa verdade sempre me amparem.
II) Porque males sem numero me rodeiam; mi­
nhas iniquidades ccrcaram-mc c não posso
vêr.
I) São mais numerosos que os cabcllos de mi
nha cabeça, c o meu coração abandona-me.
21) Que vos praza, a vós, Senhor, salvar-me.
Apressae-vos a me ajudar.
I) Sejam confundidos e intimidados ao mesmo
tempo os que me querem tirar a vida.
II) Recuem e confundam-se aquelles que me que­
rem mal.
I) Fujam immedialamcnle envergonhados os que
me dizem: bem feito! bem feito!
II) Exultem e alegrem-se cm vós, lodos os que
vos procuram; c os que amam a vossa salva­
ção digam sempre: seja louvado o Senhor.
I) Eu, porém, sou mendigo c pobre: 0 Senhor
de mim cuide.
II) Vós sois minha ajuda c minha prolecção; Se­
nhor, não vos demoreis.

— 58 —
I) Dac-Ihes, Senhor, 0 descanso clcrno.
II) £ a luz perpetua os allumic.

Anliphoua II

P — Curac, Senhor, a minh’ alma, porque pequei


contra vós!
Psalmo 40
I) Feliz de quem cuida do doente c do pobre:
no dia do seu mal o Senhor o livrará.
II) O Senhor o conserve c o vivifique e o faça
feliz na terra e não o entregue nas mãos dos
seus inimigos.
I) O Senhor lhe traga recursos sobre o Jeito de
sua infermidade c lhe afofe a cama na doença.
U) Eu, porem, digo: Senhor tende piedade de
mim: curac a minha alma porque pequei con­
tra vós!
I) Os meus inimigos falaram malignamente de
mim: Quando morrerá cllc? quando desap-
parecerá o seu nome?
II) E se algum dclles vem ver-me fala com hypo-
crisia c seu coração é um cumulo de malicia.
I> Logo que saem falauí contra mim.
II) Contra mim murmuram lodos os meus inimi­
gos; c cxaggcrani o meu mal.
I) Contra mim assentaram uma sentença iniqua:
parece que o que está doente não poderá mais
levantar-se...
II) Até o homem de minha estima em quem con«
fiei, que comia á minha mesa, urdiu a trahi-
ção contra mim.
I) Vós, porem, Senhor, tende misericórdia de
mim e lcvantac-me e eu retribuirei a ellcs.

— 59 —
II) Nisto conheço que me favoreceis: o meu ini­
migo não triumphará contra mim.
1) Sim. Em attenção á minha innoccncia, resta-
bclccei-me c ponde-me firme na vossa pre­
sença, para sempre.
II) Bcmdito seja o Senhor, Deus de Israel, de
século a século, assim seja, assim seja.
I) Dac-Ihes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumie.

Anliphona III

P — Minh*alnia tem sede de Deus vivo. Quando


poderei ir ver a face do Senhor?

PSAI.MO 41

I) Como o cervo deseja a fonte das aguas, as­


sim miniralma deseja a vós, Senhor.
II) Minh’ alma tem sede de Deus vivo: quando
poderei ir vêr a face do Senhor?
I) Meu alimento são ns lagrimas, noite c dia,
cmquanto quotidianamente me repetem: on­
de está o teu Deus?
II) Lembrando-me, desabafo a miniralma. de
quando entrava no admiravel tabernáculo, 11 a
casa de Deus.
I) Entre vozes de alegria c de louvor, c sons de
festim.
II) Porque estás triste, miniralma, e porque me
perturbas?
Ij Espera em [Deus, pois ainda o hei de louvar.
Elle é a minha salvação e o meu Deus.
II) A minha alma está acabrunhada dentro de
mim; por isso me lembro de vós. Daqui, da

— 60 —
terra do Jordão c do Hcrmon, (lcsdc o monte
niodico.
I) O abysmo chama o abysmo quando rugem as
vossas ralaractas.
I) Todas as vossas mais altas cachoeiras c ondas
passam por sobre mim.
I) Que o Senhor me mande de dia a sua mise­
ricórdia e de noite a sua luz.
II) Dirijo a minha oração ao Deus da minha vi­
da. Direi a Deus: — Sois meu amparo.
I) Porque vos esqueceis de mim? Porque hei de
andar affliclo e sob a oppressão do inimigo?
II) Qucbram-sc-mc os ossos, quando os inimigos
que me perseguem nie exprobam.
I) Dizendo-me lodo o dia: Onde está o teu
Deus?
II) Porque estás triste, minha alma? Porque me
perturbas? Espera cm Deus, pois ainda o
liei de louvar, a Ellc, minha salvação c meu
peus.
I) Dac-lbes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.

P — Não entregueis ás íéras as almas dos que vos


confessam.
T — No final dos tempos, não vos csqucçacs das al­
mas dos vossos pobres.

Padre N osso... (todo secretamente) .

Lição VII
(Job 17)

L — 0 meu espirito enfraquece, os meus dias abre­


viam-se c só o sepulchro me resta.

— 61 —
Não pequei c provei tantas amarguras. Livrac-
me, Senhor, de qualquer mão que pugne con­
tra mim c collocac-me junto de vós. Que pas­
sem os meus dias, dissipem-se as cogitações que
me torturam o cordção. Converta-se a noite cm
dia c outra vez, depois das trevas, venha a luz.
Se minha casa passar a ser a sepultura e se nas
trevas passar a extender o meu leito; se a po­
dridão passasse a representar meu pac c os
vermes minha mãe e minha irmã, onde esta­
ria agora a minha esperança c quem consi­
deraria a minha paciência?
T — Resp. 1:
Peccando quotidianamente c não me peni­
tenciando, o temor da morte me perturba,
pois, no inferno, não ha nenhuma redempção.
Tende misericórdia de mim, ó Deus, c sal-
vac-mc.
L — Oh! Deus, salvac-me pelo vosso nome c li-
bertac-me pela vossa força.
T — Pois, no inferno, não ha nenhuma redempção.

Lição VIII
(Job 19)

L — Consumidas as carnes, minha pelle adhcriu


aos meus ossos e apenas ficaram livres os
lábios ao redor dos meus dentes. Compadecei-
vos de mim, compadecei-vos de mim, pelo me­
nos vós, amigos meus, porque a mão de Deus
me tocou. Porque me perseguis assim como
Deus, e da minha carne vos não farlacs?
Quem me déra, agora, que as minhas pala­
vras fossem escriptas! Quem me déra que
fossem gravadas num livro, com estilete de

— 62 —
fcri*o c lamina dc chumbo c, para sempre,
fossem esculpidas 11 a rocha! Pois sei que o
meu Redemptor vive c que, no ultimo dia,
resurgi rei da terra: e, novamente, serei en­
volvido pela minha pcllc c, com a minha car­
ne, verei a meu Deus. Eu mesmo é que o hei
dc vêr c os meus olhos é que observarão c
não outros: esta esperança esta collocada no in­
timo do meu coração.

Resp. 8

T — Senhor, não me queiraes julgar pelos meus


actos. Nada fiz dc digno cm vossa presença:
por isso, recorro ao vosso poder, implorando-
vos que apagueis as minhas iniquidades.
L — Livrae-mc inteiramenlc, Senhor, dc minhas
injustiças c purificac-me dos meus delictos.
T — Apagac a minha iniquidade.
Lição IX

L — Porque me retirastes do ventre materno?


Antes tivesse eu perecido para que nenhum
olhar me visse e fosse então, como se nun-
ca tivesse existido, trasladado do útero para o
tumulo. Porventura e exiguidade de meus
dias nã*o terminará em breve? Cessae e dei-
xac-mc, para que eu, por nm pouco, tome
alento, antes que cu vá, para nunca mais voltar,
á terra tenebrosa e coberta pelas sombras da
morte, á terra da miséria e das trevas, onde
está a sombra da morte c não ha ordem, mas
habita o sempiterno horror.
(Quando se tiver recitado sómente o terceiro

— 63 —
Noctumo diz-se, a seguir, o seguinte !R espon-
sorio :)

Rcs. 1

T — Livrae-me, Senhor dos caminhos do inferno,


vós .que rompestes as brônzeas portas c visitas*
tes o inferno e illuininaslcs nos que estavam
nas penas das trevas, para que vos vissem.
L — Os quaes clamavam c diziam: Viestes, nosso
Rcdemptor.
Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno*
T — E a luz perpetua os allumie.
(Quando tiverem sido rezados os ires Noctur-
turnos, colloca-se o seguinte Rcsponsorio em
lugar do precedente:)

Rcsp. 1

T — Livrac-me, Senhor, da morte eterna, naquclle


dia tremendo, quando ccus c terra hão de aba-
lar-sc c vierdes a julgar o século pelo fogo.
L — Temo e tremo pelo juizo c pela ira que ha
de vir. Quando ccus c terra hão dc abalar-se.
T — Aquelle dia, dia de ira, de calamidade c dc
miséria, o grande dia e muito am argo... quan.
do vierdes a julgar o século pelo fogo.
L — Dae-lhes, Senhor, o dscanso eterno.
T — E a luz perpetua os allumie.
Livrae-mc, Senhor, da morte eterna, naquclle
dia tremendo, quando ceus e terra hão dc
abalar-se e vierdes a julgar o século pelo fogo.

— 64 —
L audes

Antipliona 1

P — Os ossos humilhados exultarão no Senhor.

Psalmo 50

I) Tende piedade de mim, Senhor, segundo a


vossa grande benevolência.
II) Pela grandeza de vossa misericórdia, apagae os
vestígios dos meus peccados.
I) Lavac-mc complctamentc de minha iniquida­
de e purificae-mc do meu pcccado.
II) Pois cu reconheço as minhas transgressões e
tenho sempre presente o meu peccado.
I) Contra Vós pequei — contra Vós só — e fiz
o mal na vossa presença: confesso-o para que
vos reconheçam justo cm vossas palavras e
triumphcis de qualquer juizo.
II) Pois, se me formei entre iniquidades e, em
pcccado, me concebeu minha mãe!
I) Por isso que amacs a verdade, revelastes-me as
cousa incertas e occultas de vossa sabedoria.
II) Aspergi-me com o hyssopo para que eu fi­
que puro, e, então, me tornarei mais alvo do
que a neve.
I) Que vós deis aos meus ouvidos gôzo e alegria
c estes ossos humilhados exultarão.
II) Desviac os vossos olhos dos meus peccados c
apagae todas as minhas iniquidades.

— 65 —
I) Crcnc cm mim, Senhor, um coração puro c
rcnovnc, dentro de mim, uni espirito rcclo.
II) •Não aparteis de mini a vossa face c não reti­
reis de mim o vosso Santo Espirito.
I) Reslilui-mc a alegria do vosso salutar auxilio c
suslcntac cni mim uni espirito superior.
II) E cu ensinarei os vossos caminhos aos trans­
gressores e os impios voltarão a vós.
I) Livrac-me, Senhor, do sangue derramado, ó
Deus, meu Salvador: c a minha liugua cele­
brará com cxullação a vossa justiça.
II) Senhor, movei os meus lábios e que a minha
lingua annuncic os vossos louvores!
I) Pois, se quizesseis sacrifício, cu vo-lo of-
fereccria, mas cu bem sei que os sacrifícios
não vos são ngraduveis.
I I / 0 sacrifício para Deus c um espirito mortifi­
cado: não desprezeis, Senhor, um coração cou-
tricto c humilhado. **'’
I) Sêdc, em vossa bondade, favoravcl a Sião!
Recdificae os muros de Jerusalém!
II) Então, acccilarcis juslos sacrifícios, os holo­
caustos e as offerlas: então, offcrccer-se-ão no­
vilhos sobre o vosso altar.
1) Dac-lbes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.

Ánliphona 2

P — Ouvi, Senhor, a minha oração: ioda a carne


vem a vós.

P salmo 64

I) A vós, Senhor, se devem hymnos em Sião c

— 66 —
a vós ■se cumprem votos cm Jerusalém.
II) Com admiravel equidade nos ouvis, ó Deus,
nosso Salvador, esperança dos confins da ter­
ra e cfos mares longínquos.
I) 0 ’ Vós, que, com a vossa força, dacs bases fir­
mes ás montanhas c que, armado com o vosmi
poder, abalaes as profundezas do mar c os
rumos de suas vagas.
II) Pcrturbacg as nações c atemorizacs, com os
vossos prodígios, lodos os que habitam os
confins da terra; mas tornacs agradaveis o
despertar da manhã c o cair da tarde.
II; Ouvi a minha oração: toda a carne vem a
vós.
I) As palavras dos iníquos prevaleceram contra
nós. mas vós nos perdoareis as nossas iniqui­
dades.
IlH *Fcl iz de quem escolheis, c admiuis a frequen­
tar os vossos átrios!
1) Nó* nos furtaremos dos bens da vossa casa,
no vosso santo templo.
I) Visitastes a terra c inebriaste-la: multiplicas­
tes as suas riquezas.
II) Sim, o rio de Deus estava cm cheia. Prepa-
raslcs-lhes assim o alimento c o preparastes da
seguinte forma:
1) Abeberastes os sulcos da terra, multiplicastes
os seus germens; com o distillar das chuvas
ella se regozijará brotando.
II) Coroastes de bênçãos o anno da vossa bonda­
de e vossos campos se encheram de uberdade.
I) Os prados do deserto vegetaram formosos c as
x collinas se engalanaram exultando.
II) Os cordeirinhos das ovelhas se vestem c os

— 67 —
vnlles rcgorgilam dc (rigo: tudo Iin dc cla­
mar, entoando-vos um hymno.
I) Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua o$ allumie.

Anliphona 3

P — Senhor, a vossa dextra me amparou.

Psalmo 62
I) Senhor, meu Deus, com que ardor vos pro­
curo!
II) Minh*nima tem sede de Vós c ate minha car­
ne definha por vós.
I) Em terra deserta, invia c resequida, appareci-
deante de vós, para contemplar o vosso poder
c a vossa gloria, como vos vi no sanluario.
II) Porque vossa benevolcncia vale mais do que
a vida, os meus lábios proclamarão o vosso
louvor.
I) Sim, hei dc bemdizer-vos durante a vida, er­
guer as mãos invocando o vosso nome.
II) Minh’alma será saciada como do melhor c mais
farto e a minha bocca vos louvará com lábios
exultantes.
I) Assim como me lembrei de vós durante a
noite, nas manhans meditarei em vós.
II) Porque sois o meu defensor, eu me rejubilo
á sombra de vossas azas.
I) Minh*alma apegou-se a vós e vossa dextra
me amparou.
II) Mas os que procuram tirar-me a vida hão dc
sumir-se nas profundezas da terra.
I) Serão entregues ao poder da espada c serão
feitos pastos das raposas.

— 68 —
I) El-rci, porem, alegrar-se-á no Senhor e serão
louvados todos os que lhe juram fidelidade,
pois, foi fechada a bocca dos que preferiam
mentiras.
I) Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumie.
Antiphona 4
P — Da porta da morte livrae, Senhor, a minha
alma.
Cântico de Ezequias
I) Eu dizia: Vou-me, na metade de meus dias,
ás portas da morte.
II) Perco o resto dos meus annos. Eu dizia: —
não mais verei a Deus na terra dos viventes.
I) Não mais verei homem algum entre os habi­
tantes deste mundo!
II) Á minha habitação sobre a terra foi arreba­
tada e arrastada como uma tenda de pastor.
I) Emquanto cu, como um tecelão, tecia a minha
vida, cila foi cortada, quando ainda a come­
çava .
II) Da manhã á noite porá fim aos meus dias.
I) Esperarei até chegar a manhã: mas o mal,
como um leão, despedaçava-me todos os ossos.
II) Da manhã á noite porá fim aos meus dias.
Clamava como um filhote de andorinha e ge­
mia como uma pomba.
I) Meus olhos cansaram-se de olhar para o alto.
II) Senhor, estou opprimido, vinde acudir-me!

II
I) Que digo?! Que me responde, diante disto
que Elle faz?
II) Passo cm revista, diante de vós, lodos os an-
nos da niinlia vida, com amargura de minlTal-
ma.
I) Senhor, assim c a vida; deste modo vive o
mea espirito: casligacs-mc c vivificacs-mc. Por
isso se muda cm paz minha afflicção dolorosis-
sima.
II) Segurastes minha alma para que não perecesse.
Lançastes, para traz das costas, todos os meus
pcccados.
I) Pois o 'scpulchro não vos louva nem a mor­
te vos glorifica. Os que descem para a cova
já não celebram a vossa fidelidade.
II) O vivente, o vivente sim ... esse é que vos
louva, como cu hoje faço.
O pac narrara aos filhos a vossa fidelidade.
I) Salvae-me, Senhor, c nós cantaremos, por toda
a nossa vida, os vossos liymnos, na casa do
Senhor.
II) Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno.
I) E a luz perpetua os allumic.

Anliphona 5
P — Tudo o que vive louve ao Senhor.

P salmo 150

I) Louvae a Deus no seu santuário: louvac-o na


firmeza de sua força.
II) Louvac-o pelos seus feitos; louvac-o pela im-
mensidade de suas grandeza.
I) Louvac-o ao som da trombeta; louvac-o 11 a
harpa e na cilhara.
II) Louvac-o com dansas no som do tambor; lou-
vae-o nas lyrag e no orgão.

— 70 —
1) Louvac-o com cimbalos harmoniosos; lou­
vação com cimbalos de jubilo; tudo o que
vive louve ao Senhor.
II) Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
I) E a luz perpetua os allumic.

P — Ouvi uma vóz do ccu que me dizia.


T — Felizes dos mortos que morrem no Senhor.

Ánliphona 6

P — Eu sou a resurreição e a vida: quem crê em


mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo o
que vive c crê cm mim não morrerá eterna,
mente.

Cântico de Zacharias

I) Bcmdilo seja o Senhor Deus de Israel, porque


visitou c fez a redempção do seu povo.
II) Suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa
de David, seu servo.
I) Assim foi dito pela bocca dos seus santos
prophctas dos antigos tempos.
II) Que nos salvaria contra lodos os nossos ini­
migos c da mão de todos os que nos odeiam.
I) Que usaria de misericórdia com os nossos
pacs e seria fiel á sua santa alliança.
II) Segundo o juramento que fez a Abrahão, nos­
so pae, que se daria a nós:
I) Para que, livres, das mãos dos nossos inimi­
gos e, sem temor, o sirvamos.
II) Com santidade e justiça, em sua presença, du­
rante todos os dias de nossa vida.

— 71 —
I) E tú, õ menino, serás cliamado o Prophcta
do Altíssimo, porque irás, adiante do Senhor,
a preparar seus caminhos.
II) Para dar o conhecimento da salvação ao seu
povo, pela remissão dos seus peccados.
I) Pelas entranhas de misericórdia de nosso Deus,
pela qual nos visitou, vindo do alto do ceu.
II) Para illuminar aquclles que jazem nas trevas
e nas sombras da morte c para dirigir os
nossos passos pelo caminho da paz.
I) Dne-lhes Senhor o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.

(A seguir diz-se, secretamente e de joelhos, o


Padre Nosso etc.)

P — Não nos deixeis cair cm tentação.


T — Mas livrae-nos do mal.

P salaio 129

(Não se diz no dia da morte ou da deposição do


defunto, nem quando se recita o Officio em rito
duplo) .

I) Clamo por Vós, Senhor, das profundezas do


abysmo. Senhor, ouvi minha vóz!
II) Que os vossos ouvidos se inclinem á minha
voz deprecante.
I) Senhor! Senhor! Sc considerardes as iniqui­
dades, quem subsistirá?
I)) Mas comvosco está o perdão, para que se
mantenha a vossa lei.
I) Minha alma confia cm sua palavra, minha al­
ma espera no Senhor.

— 72 —
II) Desde o nascer do sol ale a noite, espera Is­
rael no Senhor.
I) Porque em Deus está a miscrioordia e copio­
sa foi nclle a redempção.
II) E cllc redimirá Israel de todas as suas ini­
quidades.
I) Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno*
II) E a luz perpetua os allumie.
(A seguir dizem-se as Preces e Orações con-
venientes ao Officio, como nas V esperas
pag. 38; nas Exéquias, entretanto, estado pre­
sente o corpo, dizem-se estas Preces e Orações
no fim de Laudes, (pag. 72).

— 73 —
Capitulo IV

MISSA DE 7.° DIA (1)

íntroducção

P. Em nome do Padre, do Filho c do Espirito San­


to. Amen.
I) Irei ao altar de Deus.
II) Do Deus que alegra a minha mocidade.
I) 0 nosso auxilio está no nome do Senhor.
II) Çue fez ,o ceu e a terra.
T. Eu me confesso a Deus todo poderoso... etc.
T. Deus omnipotente se compadeça de nós, per­
doe os nossos pcccados e conduza-nos á vida
eterna.
Assim seja.
I) Deus omnipotente c misericordioso nos conceda
indulgência, absolvição c remissão dos nossos
peccados.
II) Assim seja .(benzem -se) .
I) O* Deus, se volverdes a nós o vosso rosto,
dar-nos-eis a vida.
11)^ E o vosso povo se alegrará cm vós.

i'.' : •
v '■ 1) vêr Instrúcções pag. 7.
% As missas de 30 dia e annivérsario poderão
l ser seguidas por esta .com as modificações
necessaruis.
I) Fazei-nos sentir, Senhor, a vossa misericórdia.
II) E dac-nos o nosso Salvador
• I) Senhor, ouvi a minha oração.
II) E chegue até vós nosso clamor.
II),O Senhor esteja comvosco.
II) E com* o teu espirito.
1; Nós vos imploramos, Senhor, perdoac as nossas
iniquidades, para que possamos entrar no Santo
dos Santos com a* almas justificadas. Por Cbris-
to Nosso Senhor. Assim seja. (O Sacerdote bei­
ja o altar),
P. Nós vos pedimos, Senhor, pelos méritos dòs
Santos, cujas reliquias aqui estão c de todos
os Santos: concedei-nos o perdão dos pcccados.
T. Assim seja.

Introiio

(O Sac, colloca-sc diante do missal á direita e


faz o signal da cruz),
'..) Dae-Ihes, Senhor, o descanso eterno e a luz *
perpetua os allumic.
II) Em Sion, vos dirijam hymnos e cm Jerusalém
vos offcreçam votos. Ouvi minha oração. Toda
a carne irá para vós.
T. Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
E a luz perpetua os allumie.

Kyrie

I) Senhor, tende piedade de nós (3 vezes),


II) Cliristo, tende piedade de nós (3 fezes).

75

i
I) Scnbor, tende piedade de nós (3 vezes).
(O Sac. beija o altar e volta-se para os fieis)
I) O Senhor esteja comvosco.
II) £ com o teu espirito.

Oremos

(O Sac. está diante do missal, á direita, com os


braços abertos).
P. Dignae-vos, Senhor, associar nos vossos santos c
eleitos a alma do vosso servo (N ), de cujo fal-
lecimenlo celebramos o 7.° {ou trigésimo dia) ;
e dcrramac constantcmcntc sobre cila o orva­
lho de vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Christo vosso Filho
que vive e reina comvosco, em união com o
Espirito Santo Deus, por todos os séculos dos
séculos.
1) Assim seja.

Epistola

P. (O Sac. está á direita, diante do missal).


Irmãos: Não queremos que ignoreis nada a' res­
peito dos que dormem, para que não vos entris-
teçaes como aquelles que nã>o tem esperança. Se
acreditarmos que Jesus morreu c rcsuscitou, de­
vemos também crer que Deus levará com Je­
sus aquelles que por Elle morreram. Dize-
mo-vos, pois, baseados na palavra do Senhor,
que nós que vivemos e sobrevivemos, na
vinda do Senhor, não antecederemos aquelles
que morreram. Pois, o mesmo Senhor des­
cerá do céu, com toda autoridade e em voz

— 76 —
dc Archanjo c com a trombeta de Deus, fará
rc^uscitar, primeiro, os que morreram cm
Chrislo, dupois, nós, que vivemos e que fica­
mos, seremos arrebatados juntamenle com elles,
nas nuvens, ao encontro dc Chrislo nos ares,
c assim sempre estaremos com o Senhor. Com
estas palavras, consolae~vos uns aos outros.

Gradual

I) Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno e a luz


perpetua os allumie.
11) O Justo terá memória eterna e não temerá de
ouvir más palavras.

Traclo

I) Livrac- Senhor as almas de todos os fieis de­


funtos de todo o vinculo de peccados.
II) E pelo auxilio de vossa graça, mereçam esca­
par ao juizo da vingança.
I) E gozar da felicidade da luz perpetua.

Sequencia

I) Dics irac, dies illa,


Solvei sacculum in favilla:
Teste David cum Sybilla-

I) Dia de ira! pobre argila


O orbe, em cinza, elle aniquila
Diz David com a Sybilla.

II) Quantus tremor est fulurus,

— 77 —
Quando judex cst venturas,
Cuncla slrictc discussurus.

II) Que terror ao viajor!


.Quando o Eterno julgador
Vier julgá-lo cm seu rigor!

I) Tuba mirum spargens sonum


Per scpulcra regionum,
Coget omnes ante thronum

I) Eis que a turba esparge o tono


E, despertos do atro sonuio,
Correm lodos ante o tlirono.

II) Mors stupebit et nalura


Cum resurget creatura
Judicanli 'responsura.

I?) Treme a morte co’ a nalura,


Resurgindo a crcat.ura
Para o feito que a procura

I) Liber scriplus proferetur,


In quo tolum conlinclur,
Unde mundus judicetur

I) Um livro escripto é presente;


Nelle tudo esta patente
Que ao mundo faz delinquente.

II) Judex ergo cum sedebit.


Quidquid latel apparcbil:
Nil inullum remanebil.

— 78 —
II) Do Juiz postado o vulto.
Scrú clnro o que era ocruho
Nada ao fim sobeja inulto.

I) Quid sum miscr lunc diclurus?


Quem palronum rogalurus,
Cum vi\ justus sil securus?
? f\ - */ .
I) Que direi em meu abono?
A quem rogarei patrono,
Vendo o justo no abandono?
II) Rcx tremendae majcslalis,
Qui salvandos salvas grátis,
Salva inc, fons pictatis.

II) Rei, tremendo cm majestade


Que, em salvando tens bondade
Vem salvar-me cm tua piedade.
I) Rccordarc, Jesu pie
Quiod sum causa tuae viac:
Ne me perdaà illa dic. '

I) Ah! recorda, ó bom Jesus,


Que por mim soffrcsle a cruz,
Não me prives da tua luz!
II) •Quocrens me, sedisti lassns:
Rcdimisli cruccm passus:
Tantus' labor non sil cassus,

II) Em buscando a mim cansaste!


Sobre a cruz manso expiaste;
Baldo é quanto elaboraste?

— 79 —
I) Juste judcx ullionis,
Donum fnc rcmissionis,
Ante diem rationis.
I) Justo Juiz vingador,
Faze a graça ao peccador,
Antes do dia do horror.

II) Ingcniisco, tainquam rcus:


Culpa ruhct vultus meus:
Supplicanti parce, Deus.
II) Como réo, eu gemo affliclo;
Enrubcscc-mc o delicio;
'Poupa a quem ora conlriclo.

I. Qui Mariam absolvisti,


Et latroncm exaudisti,
Mihi quoque spem dedisti

I) Se Maria indullastc.
E, ao ladrão, meigo, escutaste,
A mim lambem esperançaste.
II) Preces meae non sunt dignac:
Sed tu bonus fac benigne,
Ne perenni cremcr igne.

II) Minhas preces não são dignas


Afas me guardam mãos benignas
De elemaes fragoas malignas

I) Inter oves locum praesta,


Et ab haedis me sequestra,
Statuens in parte dextra.

— 80 —
I) Dá-mc cslar co'a ovelha mansa,
Não dos capros na alliança;
De tua dextra á visinhança!
II) Confutalis malcdictis,
Flammis acribus addiclis:
Voca me cum bcnedictis.
II) Quando os mãos, alfim desfeilos
Gemam sobre os igneos leitos.
Da que cu seja entre os eleitos.
I) Oro supplex et acclinis,
Cor contritum quasi cinis:
Gere curam mei finis.
I( Oro supplicc e prostrado,
Coração bem triturado;
De meu fim, ah! tem cuidado.
SI) Lacrimosa dies illa,
Qua resurget cx favilla.
Judicandus homo rcus:
II) Dia aqucllc de amargura;
Sae do pó da sepultura
P’ ra o juizo, a creatura.
I) Huic ergo parce, Deus:
Pie Jesu, Domine
Dona eis réquiem.
I) Delia, ó Deus, enxuga o pranto
Dá, Jesus dentro em teu *manto
Desses o repouso santo.
II) Amen.
( Traducção portuguesa de Mendes de Aguiar,
apud Gojfiné)

— 81 —
A n tes d o E v a n g e lh o

I) O’ Deus, todo poderoso, que purificastes os


lábios do propheta Isnins com um brasa, puri-
ficae os nossos corações para que possamos
ouvir dignamcnlc as lições do vosso santo
Evangelho.
O Senhor esteja comvosco.
II) E com o teu espirito
I) Sequência do Santo Evangelho, segundo João.
M) Gloria a vós, Senhor.
P. Naqucllc tempo, disse Martha a Jesus: Senhor,
se estivésseis aqui, meu irmão não teria mor­
rido; mas sei que, mesmo agora, tudo que
pedirdes a Deus, Deus vô-lo dará. Jesus lhe
disse: Teu irmão rcsuscilará. Disse-lhe Mar­
tha: Sei que rcsuscilará no ultimo dia. Disse-
lhe Jesus: Eu sou a rcsurcição c a vida; quem
crê cm mim, mesmo depois de morto viverá e
todo aqucllc que vive c crê cm mim, não mor­
rerá para sempre. Cres isto? Disse ella: —
Sim, Senhor, creio que vós sois o Christo Fi­
lho de Deus vivo que a este mundo viestes.
I) Louvor a vós, ó Christo!

MISSA DOS FIEIS


1 * PARTE
Offcrlorio
(O Sac. volta-se para os fieis:)
I) O Senhor esteja comvosco
II) E com o teu espirito
P. Senhor Jesus Christo, Rei da Gloria, livrae as
almas de todos os fieis defuntos das penas do

— 82 —
inferno c do profundo Ingo: livrac-as da bocca
do leão, não as absorva o Tártaro c não caiam
nos ahysmos sombrios; mas S. Miguel, vosso
porta-estandarte, apresente-as á santa luz que
oulrora promcltcstcs a Abrahão e á sua des­
cendência.
1) Nós vos loffcrcccmos, Senhor, hóstias c orações
de louvor; acccilac-as por aquollas almas, das
quaes celebramos hoje a lembrança: fazei-as,
Senhor, passar da morte á viela.
11) Que oulrora promctlcsles a Abrahão c á sua
descendência.
P. (O Sac. offerecc a hóstia sobre a patena)
Recebei, Pac Santo, Deus eterno c omnipo­
tente, esta immaculada hóstia que cu, vosso
indigno servo, vos offercço a vós, meu Deus
vivo c verdadeiro, por meus innumeravcis pcc-
cados, minhas offcnsas c negligencias, por lo­
dos os assistentes, assim como por todos os
fieis, vivos c defuntos, afim de que a mim e
a cllcs aproveite para a salvação e a vida
eterna.
T Assim seja.
(O Soe. colloca vinho no calix)
P — 0 ’ Deus, que formastes maravilhosamente a
dignidade da natureza humana c niais admira­
velmente a reformastes, concedei-nos que, pelo
myslerio desta agua e s deste vinho, sejamos
participantes da Divindade d*Aquelle 'que se
dignou reveslir-sc de nossa humanidade, Jesus
Chrislo, vosso Filho, Senhor Nosso, que co­
mo Deus que é, vive c reina comvosco, era
unidade com o Espirito Santo, por todos os sé­
culos dos séculos.

— 83 —
T — Assim seja.
(O Sac, ojjerccc o cálix:)
I) Senhor, nós vos offcrcccmos o Calix da salva­
ção, supplicando á vossa clemência que suha
com suave fragrancia a presença de vossa di­
vina Majestade, pela nossa salvação c pela
salvação de todo o mundo. Assim seja.
(O Sac. depõe o calix)
15) Em espirito de humildade e com animo con-
tricto, sejamos recebidos por vós, Senhor, c
o nosso sacrificio se realize de tal forma, hoje,
que vos agrade, o' Deus, Senhor!
(O Sac. benze a hóstia e o calix)
I) Vinde santificador omnipotente c eterno Deus
e abençoae este sacrificio preparado em louvor
do vosso santo nome.
(O Sac. lava as mãos)
I) Lavarei minhas mãos como os innoccnles e
andarei, Senhor,ao redor do vosso Altar.
II) Para ouvir a voz de louvor e cantar todas as
vossas maravilhas.
I) Senhor, eu amei a bclleza de vossa casa c o
lugar onde reside a vossa gloria.
II) Meu Deus, não deixeis perder-se a minha al­
ma com os impios, nem a minha vida com os
homens sanguinários.
|) Que têm as mãos manchadas de iniquidades e
a dextra cheia de presentes illicitos.
II) Eu, porém, entrei com innocencia; salvae-mc
e tende piedade de mim.
I) Meus pés não se afastaram do caminho recto;
bemdizer-vos-ei, Senhor, nas reuniões dos fieis.

— 84 —
( 0 Snc. colloca-se no meto do aliar e in•
clina-se :)
P — Recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação
que vos ofícrcccmos em memória da Paixão,
Ressurreição c Asccnção de Jesus Christo, Se­
nhor Nosso, e em honra da Bemaventprada
Sempre Virgem Maria e do Bemaventurado São
João Baptista e dos sanlos apostolos Pedro e
Paulo, destes (1) c de todos os santos; para
que lhes sirva de gloria e para nós de salvação
c para que aqucllcs cuja memória celebramos
na terra, se dignem interceder por nós no ceu.
Pelo mesmo Christo Senhor Nosso. Amen.
( Volta-se para a assistência)
Rogae, irmãos, que o meu e o vosso sacri­
fício seja favoravelmente recebido por Deus
Pac omnipotente
T — O Senhor receba «o sacrifício de tuas mãos,
para louvor e gloria de seu nome e para uti­
lidade nossa e de toda a sua santa Igreja.
P — Por todos os séculos dos séculos
T — Assim seja .
(Secreta)
P — Olhae, Senhor, favoravelmente, para o dom que
vos offercccmos por alma do vosso servo N ...
para que, purificada por estes celestes remé­
dios, descanse em paz na vossa misericórdia,
por Nosso Senhor, Jesus Christo, vosso Filho
que comvosco vive e reina em unidade do Es­
pirito Santo Deus.

(1) (Refere-se aos martyres cujas relíquias estão no


altar»).

85 —
II PARTE

Prefacio

I) Por todos os séculos dos séculos


II) Amcn
I) O Senhor esteja comvosco
II) E com o teu espirito
I) Elcvae os corações no alto
II) Elevados .os temos para o Senhor.
I) Demos graças ao Senhor Nosso Deus
IT) E’ digno c justo.
P— Verdadeiramente é digno c* justo, racional c
salutar que sempre c cm todo o lugar vos de­
mos graças, õ Senhor Santo, Pac omnipotente
c eterno Deus, por Jesus Chrislo Nosso Senhor
pelo qual temos a esperança da feliz resurrei-
ção, dc modo que, embora nos entristeçamos
com a certeza da morte, nos consolemos com
a promessa de immorlalidade futura, uma vez
que para os vossos fieis, Senhor, a vida apenas
se transforma mas não se acaba c, desfeita
esta morada terrena, obtem-se a habitação eter­
na nos ceus. Por isso, pois, com os anjos c
archanjos, com os thronos e dominações e com
toda a milicia celeste, cantamos o liymno dc
vossa gloria, dizendo sem cessar:
T — Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos Exér­
citos. Os ceus e a terra estão cheios dc vossa
gloria. Hosanna nas alturas. Bcmdilo seja o
que vem em nome do Senhor. Hosanna nas
alturas

— 86 —
Canon

(O Sac. no meio (lo altar, eleva as mãos


c depois se inclino).
P — A vós, portanto, clementíssimo Pac, humildo-
mente pedimos c rogamos por Jesus Christo,
vosso Filho, c Senhor Nosso que acccitcis c
ahcnçoacs estes dons, estas dádivas, estes sacri­
fícios santos c illibados que vos offcrecemos, cm
primeiro lugar, pela vossa Santa Igreja Catho-
lica: dignac-vos guarda-la cm pnz c união e go-
vcrna-la cm lodo o mundo com vosso Servo o
nosso Papa N. c com o nosso Bispo N. e com
todos os fieis observantes da fc catholica e
apostólica.

Memória dos vivos

T — Lembrae-vos, Senhor, dos vossos servos e ser­


vas N. N. e de todos os presentes, dos quaes
conheceis a devoção e a piedade c pelos quaes
vos offcrecemos ou cllcs mesmos vos offere-
cem este sacrifício de louvor, por si e por to­
dos os seus, pela redempção de suas almas,
esperança de sua salvação c conservação c que
vos fazem seus votos como a seu Deus eterno,
vivo c verdadeiro.
P — Unidos cm communhão com todos os Santos,
veneramos a memória, primeiramente, da glo­
riosa sempre Virgem Mãe de Deus, Nosso Se­
nhor Jesus Christo c a dos Bemaventurados
Apostolos c Marlyres Pedro e Paulo, André,
Thiago, João, Thomé, Felippe, Bartholomeu,

— 87 —
Malheus, Simão c Thndcu; Lino, Ciclo, Cle­
mente, Xisto, Corneiio, Cypriano, Lourenço,
Chrysogono, João c Paulo Cosme e Damião e
de todos os vossos Santos; c dos seus méritos
c preces vos pedimos nos concedacs, cm todas
as cousas, o soccorro de vtossa protccção- Por
Jesus Christo, Nosso Senhor. Assim seja.
(O Sac. estende as mãos sobre a hóstia
c o calix).
T — Nós vos pedimos, pois. Senhor, que rccebaes
propicio esta ofíerta, feita pela nossa servidão
e por toda a vossa familia, e que deis aos nos­
sos dias a vossa paz c nos livreis da eterna
condcmnação c nos queiraes contar no numero
dos vossos escolhidos. P.or Christo Nosso Se­
nhor. Assim seja.
P — Offerla esta que vos pedimos, Senhor, façaes
cm tudo abençoada, approvada, confirmada, rc-
cional e acceitavcl a vosso olhos, para que se
converta para nós no Corpo e Sangue do vos­
so dilectissimo Filho, Nosso Senhor Jesus
Christo

CONSAGRAÇÃO

(O Sac. consagra a hóstia e o calix. Neste


momento, convém haver um profundo c
respeitoso silencio. Dirija-se o olhar para
as santas especies, offerecendo a Deus a
Divina Victima e invocando a misericór­
dia e a bondade do Pae Celeste.)

— 88 —
D e p o is da C o n s a g r a çã o

P — Por esta razão, Senhor, nós, vossos servos e


todo vosso santo povo, lembrados da bema-
venturada Paixão, do mesmo Christo vosso
Filho e Nosso Senhor, assim como de sua Re*
surreição dos mortos c da sua gloriosa Ascen*
ção aos Ccus, offcrcccmos a vossa augusta Ma*
jestade, os mesmos dons que nos fizestes, a
Hóstia pura, a Hóstia santa, a Hóstia imma*
culada, >0 Hão santo da vida eterna e o Calix
da salvação perpetua.
I) Dignae-vos olhar, com semelhante propicio e
sereno para estes dons e tê-los por acceitos,
como vos dignastes acceitar as offertas do vos*
so filho, o justo Abel, e o sacrifício do vosso
Patriarcha A b rabã o c aqucllc que vos offerc*
ceu o Summo Sacerdote Melchisedech, sacri­
fício santo — hóstia immaculada.
II) Nós vos rogamos supplices, ó Deus omnipo­
tente, ordeneis que sejam estas nossas offertas
conduzidas pelas mãos do vosso santo Anjo, ao
vosso sublime Altar, á presença de vossa divina
Majestade, afim de que, todos nós, que partici­
pamos deste altar e recebemos o Corpo e o
Sangue de vosso Filho, sejamos repletos de
toda a graça e bênçãos celestes. Pelo mesmo
Christo Senhor Nosso. Assm seja.

Memória dos defuntos.

I) Lembrae*os, Senhor, dos vossos servos c ser­


vas (N. e N.) que nos precederam com «o signal
da Fé e agora descansam no somno da paz.

— 89 —
Para estes, Senhor, c para lodos que repousam
cm Christo, pedimos conccdacs lugar da refri­
gério de luz e de paz. Pelo mesmo Christo
Senhor Nosso.
II) Assim seja.
(O Sac. bate no peito:)
P — Também a nós, peccadorcs, vossos servos, que
esperamos na multidão de vossas misericórdias,
dignaevos conceder alguma parte da vossa he­
rança c sociedade com os vossos santos apos-
tolos c marlyrcs: João, Estevam, Malhias, Bania-
bé, Ignacio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Feli­
cidade, Perpetua, Agueda, Lucia, Igncs, Cecí­
lia, Annstacia e com lodos os vossos santos,
em cuja companhia vos pedimos que nos re-
cebaes, não pelos nossos méritos mas como me­
recedores de vossa misericórdia. Por Christo
Nosso Senhor. Pelo qual Senhor sempre crca-
cs, santificaes, vivificaes, abcnçoaes c nos con­
cedeis todos estes bens- Por Elle, pois, com
EUc c n’Elle, vos pertence, ó Deus, Pae omni­
potente, cm unidade do Espirito Santo, toda
a honra c gloria.

III PARTE

COMMUNHÃO
*
P — Por todos os séculos dos séculos.
T — Araen.
P — Oremos.
instruídos pelos salutares preceitos e ames­
trados pelo ensino do Salvador ousamos dizer:
T — Padre n osso... e le ...

— 90 —
P - - Livrar-nos, Senhor, de lodos oh males passados,
presentes c futuros; c, pela intercessão da Bem-
aventurada senípre Virgem Maria, JVIãc de
Deus c dos Bcmavcnlurados Apostolos Pedro,
Paulo c André, c de todos os Santos, dac-nos,
benigno, a paz cm nossos dias: para que, aju­
dados pela vossa misericórdia, sejamos sempre
livres do pcccado c seguros contra toda a per­
turbação. Pelo mesmo Jesus Christo, vosso Fi­
lho, que, como Deus, comvosco vive c reina,
cm unidade com o Espirito Santo. Por todos
os séculos dos séculos..
T — Assim seja.
P — A paz do Senhor esteja sempre comvosco.
T — E com o leu espirito
(O S«c. parte a hóstia c colloca uma parte
dentro do cálix),
P — Que esta união c consagração do Corpo e San­
gue de Nosso Senhor Jesus Christo seja para
nós. que o recebemos, a eterna vida. •
T — Assim seja.
(O Stic. inclina-sc c bate tres vezes no
peito),
I) Cordeiro de Deus que tiracs os pcccados do
mundo: dac-lhes o descanso.
T — Cordeiro de Deus que tiracs os pcccados do
mundo: dac-lhes o descanso.
D Cordeiro de Deus que tiracs os pcccados do
mundo: dac-lhes o descanso sempiterno.

PREPARAÇÃO PARA A COMMUNHÀO

P — Senhor Jesus Christo, Filho de Deus vivo, que,


por vontade do Pac c cooperando o Espirito

— 91 —
Santo, vivificastes o mundo; livrac-mc, por este
vosso sacrosanto Corpo c Sangue, de todas as
iniquidades e de todos os males; c fazei que
eu sempre obedeça aos vossos mandamentos
c não permittacs nunca que cu me separe
de vós, que, em Deus Pae e no Espirito Santo
viveis c rcinaes, como Deus, por todos os sé­
culos dos séculos.
T — Assim seja.
P — 0 vosso Corpo, Senhor Jesus Christo, que cu,
embora indigno, pretendo receber, não seja pa-
ra mim motivo de juizo c oondemnação, mas
por vossa misericórdia, sirva de defesa á minha
alma e ao*meu corpo e de remedio aos meus
males. Vós que viveis e reinaes, com Deus Pae,
cm unidade com o Espirito Santo, por todos
os séculos dos séculos.
T — Assim seja.
P*— Receberei o Pão do Ceu c invocarei o nome
do Senhor.
(O Sac. bate tres vezes no peito),
T — Senhor, eu não sou digno de que entreis cm
minha morada; mas dizei uma só palavra c
minha alma será salva
II) Senhor, eu não digno de que entreis em mi­
nha morada; mas dizei uma só palavra e mi­
nha alma será salva'
I) Senhor, eu não sou digno de que entreis cm
minha morada; mas dizei uma só palavra c mi­
nha alma será salva.
(Communhão do Sacerdote)
P — 0 Corpo de Nosso Senhor Jesus Christo, guar­
de a nossa alma para a vida eterna.
T — Assim seja.
P — Que rctirhuirei ao Senhor por tudo o que me
tem feito? Tomarei o calix da salvação e in­
vocarei o nome do Senhor. Louvando, invo­
carei o Senhor c salvar-me-ei de meus inimigos
(Communhão do S. S. Sangue)
T — 0 Sangue de Nosso Senhor Jesus Christo guar­
de a minha alma para a vida eterna. Assim seja.
(Segue-se a communhão dos fieis)

ACÇÃO DE GRAÇAS
(O Sac. recebe vinho no calix)

T — Senhor, que nós guardemos com a alma pura o


que temos recebido e desta dadiva temporal
seja feito para nós o remedio sempiterno.

(O Sac. purifica os dedos)

P — O vosso Corpo Senhor que cu recebi o vosso


Sangue que bebi, adhiram intimamente á mi­
nha natureza; c fazei que em mim, que fui
refeito, por tão santos e puros sacramentos, não
fique mancha de peccados; vós, que viveis e
rcinnes por todos os séculos dos séculos.
T — Assim seja.

Communio

P — Que a luz eterna os allumie, eternamente, jun­


to de vossos santos, porque sois piedoso, Se­
nhor.

— 93 —
T — Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno c a luz
perpetua os alluniic, junto de vossos Santos,
eternamente, porque sois misericordioso, Se­
nhor.
P — O Senhor esteja comvosco.
T — E coni o leu espirito.

Posl-comm unio

P — Allcndci ás nossas supplicas, Senhor, por alma


de vosso servo N ..., para que, se possúe ainda
macula dos contágios terrestres, o vosso mise­
ricordioso perdão as apague. Por Nosso Se­
nhor Jesus Christo vosso Filho, que comvosco
vive c reina cm unidade do Espirito Santo.
Deus. Por todos os séculos dos séculos.
1’ — Assim seja.
(O Sac. colloca-sc no meio do altar e volta-
se para o povo) .
P— O Senhor esteja comvosco
T — E com o teu espirito
P— Descansem cm paz
T' — Assim seja.
(O Sac. inclina-se para o altar)
P — Que vos agrade, ó Trindade Sanlissima, o ohsc-
* quio de minha servidão c fazei com que o sa-
ficio que eu, ainda que indigno, offcrcci aos
olhos ^e vossa Majestade, seja acccitavel a vós
e pela vossa misericórdia seja >propiciatório para
mim e para todos pelos quaes o offcrcci. Por
Christo Nosso Senhor.
T — Assim seja.

— 94 —
EVANGELHO FINAL.

P— O Senhor esteja comvosco


T — E com o teu espirito
T — Gloria a vós, Senhor.
P— Inicio do Santo Evangelho segundo João
I) No principio era o Verbo c o Verbo estava
em Deus c Deus era o Verbo.
li) Este, no prinepio estava cm Deus. Todas as
cousas foram feitas por Ellc; c sem EUc nada
do que existe foi feito.
I) Com Ellc estava a vida c a vida era a luz dos
homens.
II) E a luz resplandece nas trévas e as trévas não
a comprchcndcram.
I) Um homem chamado João foi enviado por Deus.
Este vciu por testemunha para apresentar tes­
temunho da luz c para que todos cressem por
meio dclle.
II) EUc não era a luz mas veiu para dar testemu­
nho da luz.
I) A luz verdadeira era a que illuniina a lodo o
homem que vem a este mundo.
Iv,) Estava no mundo c o mundo foi feito por
EUe c o mundo não o conheceu.
I) Veiu para o que lhe pertencia c os seus não
o receberam.
D.) A todas, porém, que o receberam, deu-lhes o*
poder de serem filhos de Deus, aquelles que
crêm no seu nome, que não nasceram do san­
gue, nem do desejo da carne, nem da vontade
do homem, mas de Deus
I) (Ajoelham-se) E o Verbo se fez homem e habi­
tou entre nós.

— 95 —
II) E vimos a sua gloria como do Filho unigé­
nito do Pac, cheio de graça c verdade.
T — Demos graças a Deus.

ORAÇÕES FINAES

Sac. — Ave M aria... (3 vezes)


T — Santa M aria... (3 vezes)
Salve Rainha. . . etc. . .
Sac. — Senhor, nosso refugio c fortaleza, lançac pro­
picio o vosso benigno olhar sobre o povo, que
reclama o vosso auxilio; c pela intercessão da
gloriosa e immaculada Virgem Maria, Mãe de
Deus, e pela.de seu Bemavcnlurado esposo São
José e dos gloriosos apostolos São Pedro e São
Paulo e demais santos, allcndci com misericór­
dia c benignidade ãs supplicas que vos diri­
gimos pura alcançar a conversão dos peccado-
res, o triumpho e a liverdade da Santa Madre
Igreja- Por Christo Nosso Senhor.
T — Assim seja.
Sac. — E vós, S. Miguel Archanjo, defendei-nos c
sede nosso amparo no combale contra a mali­
gnidade e trahições do demonio. Ao império
de Deus e pela virtude do mesmo Senhor,
preipitae no inferno, humildemente vo-lo sup-
plicamos, ó Príncipe da milicia celeste, a Sa-
tanaz e aos demais espirilos malignos que an­
dam pelo mundo para perdição das almas.

(300 dias de indulgência)

Sac. — Sagrado Coração de Jesus (tres vezes.).


T — Tende piedade de nós

— 96 —
Terminada a Missa segue-se em geral a AbsoU
vição (ver pg. 23) Depois da Absolvição os Con­
gregados podem cantar “ Com minha Mae estarei”
ou .outro cântico appropriado.

CÂNTICOS MAIS APPRIPRIADOS

Cântico da esperança

(Melodia antiga)

Com minha Mãe estarei


Na santa gloria um dia
Junto á Virgem Maria
No ceu triumpharei

No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei

Com minha Mãe estarei


Mas já que hei offendido
Ao seu Jesus querido
As culpas chorarei.

No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei

Com minha Mãe estarei


Palavra deliciosa
' Que em hora trabalhosa
Fiel recordarei.

No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei

— 97 —
II) E vimos a sua gloria como do Filho unigc-
niio do Pac, cheio dc graça c verdade.
T — Demos graças a Deus.

ORAÇÕES FINAES

Sac. — Ave M aria... (3 vczc9)


T — Santa M aria... (3 vezes)
Salve Rainha... e tc ...
Sac. — Senhor, nosso refugio e fortaleza, lançac pro­
picio o vosso benigno olhar sobre o povo, que
reclama o vosso auxilio; c pela intercessão da
gloriosa c immaculada Virgem Maria, Mac de
Deus, c pela.de seu Bemavcnlurado esposo São
José e dos gloriosos apostolos São Pedro e São
Paulo e demais santos, allcndci com miscricor-
dia c benignidade ás supplicas que vos diri­
gimos para alcançar a conversão dos peccado-
res, o triumpho e a liverdade da Santa Madre
Igreja- Por Christo Nosso Senhor.
T — Assim seja.
Sac. — E vós, S. Miguel Archanjo, defendei-nos e
sede nosso amparo no combale contra a mali­
gnidade e Irahições do demonio. Ao império
de Deus e pela virtude do mesmo Senhor,
preipitae no inferno, liumildcincnle vo-lo sup-
plicatnos, ó Principe da milicia celeste, a Sa-
tanaz c aos demais espíritos malignos que an­
dam pelo mundo para perdição das almas.

(300 dias de indulgência)

Sac. — Sagrado Coração de Jesus (tres vezes.).


T — Tende piedade de nós \

— 96 —
Terminada a Missa segue-se em geral a Absol­
vição (ver pg. 23) Depois da Absolvição os Con­
gregados podem cantar “ Com minha Mac estarei”
ou .outro cântico uppropriado.

CÂNTICOS MAIS APPRIPRIADOS

Cântico da esperança

(Melodia antiga)

Com minlia Mãe estarei


Na santa gloria um dia
Junto á Virgem Maria
No ccu triumpliarei

No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei

Com minha Mãe estarei


Mas já que hei offcndido
Ao seu Jesus querido
As culpas chorarei.

No ceu, no ccu
Com minha Mãe estarei

Com minha Mãe estarei


Palavra deliciosa
Que cm liora trabalhosa
Fiel recordarei.

No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei
Com minha Mãe estarei
Em ultima agonia
Ao terno olhar de Maria
Feliz expirarei.

No ccu, no ceu
Com minha Mãe estarei

Com minha Mãe estarei


Na Santa gloria nm dia
Janto á Virgem Maria
No ccu triumpharei

No ccu, no ccu
Com minha Mãe estarei

No ceu verei Maria*

Espero ler n ditn


No ceu, na patria santa
De ver a Mãe bcmdita
Que a toda a terra encanta

No ccu, no ceu, no ceu, ( bis


Um dia a irei vêr (

No ceu a irei vêr


No ceu que feliz dia
E Filho de Maria
Eterna mente sêr.
/
No ceu, no ceu, no ceu, ( bis
Um dia a irei ver (

— 98 —
No ccu a irei ver
Em eterna alegria
Ao lado de Maria
A morte hei de vencer

No ccu, no ccu, no ccu, ( bis


Um dia a irei ver (

Na ccu a irei ver


Co’ os meus irmãos queridos
A seus pés reunidos
P’ ra sempre eu hei de sêr

No ccu, no ceu, no ceu, ( bis


Um dia a irei vêr (

Eu prometti

Eu prometti sou filho de Maria •


Do meu Jesus por Mãe a recebi
Amá-la-ei na dôr e na alegria
E’ minha Mãe, aniôr lhe prometti.

Eu promelti, fiel serei


Por toda a vida
Oh! minha Mãe querida
Eu promelti fiel serei
Que ditosa alegria
Filho sou de Maria.

Eu promelti, á Mãe Immaculada


Do vão prazer fugir quero o ardor
Com teu poder, 6 Virgem illibada,
Quebrantarei do inferno o furor.

— 99 —
Eu prometti, cm ultima agonia
Chamar-vos-ei, 6 Mãe do coração
E voarei que dita, que alegria,
Em vosso nome á celeste mansão.
HYMNO A’ SANTÍSSIMA VIRGEM PELOS
MORTOS
(Pode ser cantado com a musica de “ Hóstia Santa
Immaculada, tendo o cuidado de repetir o quarto
verso de cada estroplic)
Fonte pura c salutar
Que lavas nossos pcccados
Banha as almas dos finados,
Allivin o seu penar,
0 ’ Maria!

Attcndc a essa grei tão pia;


Sua afflicção c intensa,
Ergue-as á tua presença,
Dá-lhes a eterna alegria,
0 ’ Maria!

E*s esperança da Igreja


Em prol dessa multidão
Move teu Filho ao perdão,
Dá-lhe a coroa que almeja,
0 V Maria!

Que este pranto, esta prece,


Indo ao Summo Jalgador,
Desse fogo abrasador
Livre a Igreja que padece,
0 ’ Maria!

— 100 —
E do dia de juízo,
Quando Jesus nos. julgar,
Terna Mãe lhe bas de rogar
Que nos leve ao Paraíso,
0 ’ Maria!
DO MESMO AUTOR

P or que deveis amar a C ongre­

gação Mariana . !$000


Officio de Defuntos (trad. e adapt.
ás C. M . ) ................................. 1$000

SÁO PAULO
■ * - * - **•■ ^" M W "

A
------ Coleção "ESTRELA DO MAR" -----
Opúsculos publicados:
1 — VIDA MARIANA — Pe. Paulo J. de Souza, S. J.,
Vice-Diretor da Confederação Nacional das CC.MM.
do Brasil. — Catecismo de orientação mariana.
2 — AS CC.MM.’ NA VIDA ATUAL DA IGREJA — quatro
conferências sôbre a natureza das CC.MM., pronun­
ciadas no Brasil, pelo Pe. Luiz Paulussen, S. J., Vice-
Diretor da Federação Mundial das CC.MM. e Diretor
do Secretariado Central das CC.MM. Precede a con-
' ferência de Sua Excia. Revdma. D. José Gawlina,
Diretor da Federação Mundial das CC.MM. pronun­
ciada na Concentração Mariana na Praça do Con­
gresso durante o 36.° C. E. I.
3 — MEDJJj^ÇAO — Pe. Valério Alberton, S. J.„ Diretor
da Fedei ação das CC.MM. de Curitiba. — Orientação
para a meditação diária do congregado.
4 — EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS — Pe. Leonel Franca, S.
J. — Ligeiro folheto do grande pensador Jesuita
contendo rápida análise sôbre os Exercícios Espiri­
tuais de Santo Inácio — Breves dados estatísticos
sôbre os retiros fechados no Rio de Janeiro.
5 — DIZE-ME O QUE LÊS — Pe. Valério Alberton, S. J.
— Orientação sôbre a boa leitura e a leitura es­
piritual diária.
B — MANUAL DO CANDIDATO — Pe. Paulo J. do Souza.
S. J. — Breve catecismo para Exame dos Candidatos
— Principais regras dos congregados e Ofício da
Imaculada Conceição com algumas notas explicati­
vas.
A sain
7 — PARA SER DIRIGENTE — Antonio Maia — Secretá-
1 rio da Confederação Nacional das CC.MM. do Brasil
e da "Estrela do Mar" — aulas e esquemas para
serem desenvolvidos — Organização e programa­
ção de reuniões, concentrações, retiros etc. — Expli­
ca çã o de insígnias e símbolos — Orientação para
os cargos — Histórico das CC.MM. no mundo e no
Brasil — Documentos Pontifícios — Características
do Dirigente.

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