Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE BRITO V IA N N A
Funeraes e Suffragios
de Congregados Marianos
Pios costumes
Exéquias
.O ffjcio de Defuntos
Missa fúnebre
Funeraes e Suffragios
de Congregados Marianos
Pios costumes
Exéquias
O fficio de Defuntos
Missa fúnebre
IMPRIMATUR
Mons, Ernesto de Paula
Vig. Geral
/V ranta memória de Antonio Machoiu
1 13-5-1932), Raul Raimo ( + 22-8-1932), Luiz Ai
(- -
— 5 —
defuntos c instituído por iniciativo de Santo Odi-
lon, abbadc de Cluny, a Igreja relembra os seus
mort09 c óra por cllcs. São tradicionacs na Igreja:
as orações em lonio do defunto na camara mortuá
ria (Officio de Defuntos e Psalmos), io présti
to solcmne com cânticos sacros, a Missa de corpo
presente, a absolvição, a bênção do tumulo, as Mis*
sas de sétimo c trigésimo dias c de annivcrsnrio.
Santo Agostinho em “ De cura mortuorum” — do
cuidado oom os mortos, encerra bcllas lições sobre
o assumpto. Pio IX concedeu a indulgência Toties
quoties, a Porciuncula dos defuntos, a dois de no*
vembro: Pio X. pela Bulia Divino Aflalu, c seu sue*
ccssor Bento VV procuraram orientar a liturgia,
com relação ao verdadeiro lugar do culto aos mortos.
As Congregações Marianas tiveram, desde o ini
cio, a atlenção devida a esse sagrado dever.
Determinam as Regras Marianas que se reze
o Officio de Finados e a Missa de sétimo dia ou
outras, pelas almas dos congregados fallccidos; por
outro lado, como é natural, a caridade fraterna,
desde os primórdios das Congregações, adoptou o
piedoso costume, boje transformado cm lei, de as
sistirem os seus doentes c agonizantes c de acom
panharem os seus mortos á sepultura. Faltou até
agora uma traducção do Officio de Finados, bem
como um ritual para as Exéquias, que tornasse pos
sível a execução das Regras nesse sentido.
Com o intuito de facilitar aos marianos a pra
tica desse grande e indeclinável dever, resolvemos
realizar esta traducção e adaptação dos officios fú
nebres ás nossas Congregações. Para apresentar
uma traducção escorreita, principalmenlc dos Psal
mos, não foi pequena a difficuldade encontrada.
— 6 —
Nos pontos controvertidos, consultamos a opinião
dos maiores exegetas modernos c procuramos ex
pressões que tornassem intclligivcl o texto, livran-
ilo-o dos hcbrnismog que tanta difficuldade trazem
á intclligcncia do mesmo.
Com a traducção do ritual das Exéquias, tive
mos por fim facilitar ás Congregações darem aos
enterros um cunho mais chrislao, mais caridoso, em
contraposição á maneira tão dispersa e mundana
que ás vezes domina nessas occasiões tão graves c
opportunas ã meditação dos nossos novíssimos.
O capitulo N.° 1 trata dos Pios Costumes das
Congregações, costumes cuja omissão nada justifica,
por serem diclaincs do coração mariano c da alma
chrislã em toda a sua pureza. Com isso cremos
cumprir um dever de caridade para com os nossos
irmãos fallccidos, assim como prestar um pequeno
auxilio á consolidação do verdadeiro espirito ma-
riuno.
I nstrucções
— 7 —
C A P IT U L O I
PIOS COSTUMES DAS CONGREGAÇÕES MA-
RIANAS EM OCCASIÕES DE FALLECIMENTOS
DE CONGREGADOS
— 8 —
opusculo, por motivo dc mclhodo, dos deveres
de um congregado, logo após o fallecimento de
seu irmão cspirilual.
3) Assim c que, depois dc ajudar a compor
clirisiãmcnte o cadáver, collocando-lhe nas mãos
o crucifixo com que expirou, devem, dc joelhos
ante o leito mortuário, rezar as orações do
Manual, sob o titulo “ Depois de expirar” .
ISTão transcrevemos aqui essas orações por mo
livo dc prudência, afim dc evitar que, por al
gum zelo inconsiderado, se commelta o erro
dc levar este opúsculo á cabeceira de algum
doente ou moribundo.
Este folheto deve servir cxclusivamente pa
ra os officios fúnebres que virão algum tem
po após a morte; seria imprudência inominável
que fosse notado pelo doente ou por pes
soas da sua família, nas mãos ou no bolso de
algum circumstante.
4) Sc, por descuido, o congregado expirou sem a
fila e a medalha, devem estas ser collocadas
iinmediatamcnlc no peito do finado.
5) Importa notar que, se o dever de assistência,
nesses momentos, compete, cm geral, a todos os
os congregados, esse mesmo dever exige-se, de
modo muito mais directo, do Presidente e dos
demais membros da Dircctoria.
6) Terminadas, pois, as orações do Manual, em-
quanto os outros congregados permanecem re
zando, um sabirá para providenciar a noticia
do fallecimento aos demais elementos da Di
rcctoria c a todos os irmãos.
7) Os congregados presentes e os que puderem
devem collocar-se á disposição da família do
— 9 —
morto c tomarem as iniciativas que, nessas oc-
casiões, são tão penosas aos parentes, como
sejam, a acomniodação do cadavcr, as provi
dencias para os funeracs, procurando evitar á
familia enlutada, ainda sob a impressão terrí
vel desse golpe fatal, ter que pensar c resol
ver essas particularidades, o que é quasi im
possível diante do plianlasma da dôr. A ca
ridade recebida nesses momentos nunca mais
se esquece c nunca mais se paga.
8) Para a guarda ao corpo do finado, a Dirc-
ctoria deve designar pequenas turmas que se
revezem ate o momento da saída do féretro,
principalmente se o cadaver deve permanecer
cm casa durante a noite, para sair no dia se
guinte- Os marianos encarregados da guar
da funerária devem occupar todo esse tempo
rezando por alma do finado c evitar distraeções
e conversas. As orações próprias são o Officio
de Finados c os Psalmos, além de outras.
Devem, outrosim, apresentar-se com a fita
de congregado.
9) A camara mortuária deve ser disposta a cará
cter, isto é, além do crucifixo, ladeado por 2
velas, á cabeceira do defunto, deve-se collocar,
sendo possível, uma imagem de Nossa Senhora
piedosamente ornada. A bandeira ou o estan
darte da Congregação devem ser collocados
proximo ao cadaver.
A cõr predominante deve ser a azul em
logar de negro . 0 caixão deve ser azul e não
preto e trazer o escudo da Congregação do la
do externo. Além da fita de congregado c da
medalha, deve-se collocar ainda nas mãos do
- 10 -
cadavcr, picdosamcntc postas cm altitude de
oração, algum objccto piedoso como um cruci
fixo ou um terço bento. Sobre o feretro, collo-
que-se um ramalhete de flores symbolicas da
virtude que o finado mais amou cm vida, den
tre as quatro virtudes caractcrislicas do espirito
mariano: os lyrios sybolizam a pureza, as vio
letas a humildade, as sempre-vivas a obediên
cia c as rosas — a caridade.
10) A’ entrada do Sacerdote, para dar começo ás
Exéquias, todos os congregados devem es
tar reunidos na casa do finado c trazendo as
suas filas. Procurarão, nessas occasiõcs, man
ter-se, o mais possivel, recolhidos c medi la
ti vos, evitando a conversa c outras altitudes
impróprias que tanto desedificam e desgostam
as pessoas verdadciramcnlc piedosas. Ao ini
ciar o sacerdote, as orações, (pag. 20) de
vem os congregados seguir por este folheto.
Antes de fechar o caixão rezem juntos o
— “ Oremos. O’ Deus de quem é proprio
compadecer-se e perdoar” etc. (pg. 26) e
cantem: “ Os anjos conduzam-te ao Paraizo
etc. (pag. 26).
11) Se não houver outros designios por parte da
familia do finado, devem os congregados con
duzir o caixão. O vexillário dirigirá o cortejo
fúnebre conduzindo a bandeira ou o estandarte
da Congregação.
12) Durante o percurso devem os congregados, to
dos juntos ou em pequenos grupos, quando o
cortejo, se faz de automovel, occupar todo o
tempo rezando as orações indicadas nas Exé
quias (pg. 26) ou o Officio de Finados (pg. 31.
— 11 —
Não conversem durante o trajecto mas occupcm
todo o tempo com orações.
13) Se o caixão mortuário deve passar pela Igre
ja, conforme o ritual commum, os congregados
devem, a porta do templo, formar duas alas,
a passagem do feretro. Deve-se preferir depo
sitar o caixão junto ao altar de Nossa Senhora
se não ho.uver inconveniente e se, a isso,
não se oppuzcr o Parodio. As orações a se
rem rezadas, então, são as das Exéquias (pg. 20).
A ’ saída do templo para o cemitcrio, devem
os congregados entoar com toda a piedade
— “ Com minha Mãe estarei” (pg. 97) em-
quanto o feretro se retira. A bandeira ou o
estandarte da Congregação deve ir a frente do
caixão, abrindo o préstito.
Embora nem sempre possivel, seria muito
consolador e significativo que a imagem de
Nossa Senhora fosse conduzida pelos congrc-
dos acompanhando o préstito, como outróra,
acompanhou a Virgem o enterro de seu Di
vino Filho. Para esse préstito, obedeça-se cm
tudo ao que ficou disposto para o primeiro,
no que se refere ao procedimento piedoso e
as orações indicadas.
14) O cortejo segue processionalmente para o 6e-
pulchro. Durante este trajecto, se fôr feito á
pé, devem fazê-lo com a maior ordem, seguin
do os congregados em 2 filas. Durante o ca
minho rezem ou cantem “ Com minha Mãe es
tarei” . “ No céu verei Maria” ou “ Eu promet-
ti”, cânticos estes que muito se adaptam.
Se o cortejo é feito de automovel, deve-sc
o ccu par o tempo em orações, como ficon dito
— 13 —
dois dias, a partir do dia do fallccimento;
durante esse tempo, devem ser suspensos, na
Congregação, os jogos e quaesquer outras acli-
vidades ruidosas ou manifestações de alegria.
21) Na sede da Congregação deve haver um qua
dro affixado numa das paredes com o nome
dos congregados fallccidos e a data do óbito,
afim de que os congregados se lembrem de
rezar pelos irmãos fallecidos, principalmcntc na
data da morte. No dia do passamento de uni
congregado, o Presidente mandará collocar,
nesse quadro, o nome do morto c a data.
22) Na primeira reunião ordinaria da Congrega
ção,' que se realiza, cm regra, no Domingo, o
Presidente mandará collocar, á altura desse
quadro, 2 cirios acccsos, afim de chamar a
atlenção e invocar a piedade dos congregados
pela alma 'do morto.
23) Nessa reunião, rezar-se-á o Officio de Finados
pag. 31), e, se houver assembléa, o Dirc-
ctor falará sobre a pessoa do finado. A com-
munhão far-se-á por sua alma c, no livro de
actas, registrar-se-á o óbito.
24) A Congregação mandará celebrar Missa de sé
timo dia. Pará isso providenciará o Presidente,
ordenando que se expeça aviso nesse sentido
e com a antecedência necessária a todos os con
gregados, marcando local, dia c hora, bem
como lembrando os deveres individuaes mar
cados pela Regra, relativamenlc á alma do
irmão fallecido, isto é: rezarem tres terços,
o Officio de Finados c assistirem á Missa fú
nebre mandada rezar pela Congregação. A
— 14 —
Communhão do segundo Domingo do mês é,
de accôrdo com o regulamento, applicada pelas
almas dos congregados fallccidos c, nesse dia,
se applicará pela alma do finado.
25) Na missa de sclimo dia (ou de trigésimo ou
de annivcrsario) para a qual se deve convidar
a família do finado, os congregados devera
apresentar-se incorporados %com suas fitas* A
missa fúnebre foi traduzida c adaptada espe-
cinlmcnlc para ser dialogada pelos congregados
(pag. 7‘1). Para esse fim, os congregados de
vem estar dispostos cm dois grupos. Para
maior brilho, convinha ser musicada c canta
da a Sequência “ Dies irac” (pag. 77) antes do
Evangelho.
26) O celebrante que, nessas occasiõcs, costuma
ser o proprio Dircctor da Congregação, fará,
logo após o Evangelho, uma allocução cm que
relembrará as virtudes do congregado fallecido.
27) Após a missa de 7 .° dia, costuma-sc, ás vezes,
realizar a bênção da cça ou catafalco armado no
centro da Igreja. Em se tratando das exequias
de um congregado, revista-se de azul a eça c
colloquc-se em lugar visivel a bandeira^c o es
cudo da Congregação. Para uma filha de Ma
ria, revista-se de branco a eça e colloquc-se
também, de lado, a bandeira ou o estandarte da
Congregação. Se se pretende ornamentar com
flores, sejam . ellas, de preferencia, os lyrios
que tanto condizem com o espirito mariano c
tão bem o representam.
28) Durante a bênção da eça, os congregados não
devem sair dos seus lugares. As orações re
— 15 —
zadas pelo Sacerdote c que devem ser seguidas
pelos congregados são as da pag. 23 deste
folheto. 0 sacerdote revestido de pluvial negro
aproxima-se da cça; o ministro fixa-se do lado
opposto ao altar c de frente para este, trazendo
uma cruz entre dois acólytos, com candelabros
acccsos. Q Presidente reza com os congregados
as mesmas orações que o Sacerdote. O Rcspon-
sorio “ Libera-me” pódc ser dialogado entre os
congregados. De muito maior cffcilo, porém,
seria, se fosse cantado •pelos mesmos. Para esse
fim collocamos, neste folheto, o texto latino ao
lado do texto português, (pag 24).
Terminada a uítima oração, os congregados
entoam “ In paradisum” (pag. 26) ou, *\Rc-
quiescal in pace — Am cn” com a maior pie
dade e sentimento. Terminam assim as ceri
monias. _
29) Para acompanhar o luto da Congregação e como
prova de sentimento de fraternidade, os con
gregados usarão durante 3 dias, após a morte
do companheiro, uma pequena fita preta na la-
pella do dislinctivo.
30) A Congregação não deve omillir os pcsnmcs
que devem ser enviados ã família do fallccido.
■ ficando isso a cargo da Dircctoria.
31) Os diplomas do congregado fallecido costu
mam ser remettidos á Congregação depois do
fallecimento do mesmo, pela própria família
do finado, principalmente quando a morte se
deu cm lugar distante do da Congregação. E’
o signal da taorte e o pedido dos suffragios a
que o congregado tem direito. Esse diploma
— 16 —
' ficará archivado como piedosa lembrança.
32) Todas as indulgências que são ou forem con
cedidas á Congregação, cxccpção feita das da
hora da morte, podem applicar-se ás almas do
Purgatório.
A Santa Missa celebrada por alma de um
congregado tem o privilegio de sempre mere
cer-lhe a indulgência do "altar privilegiado
Chama-se altar privilegiado aquelle a que
o Soberano Ponlificc concedeu indulgências
plcnarias applicavcis aos defuntos, pelas almas
dos quacs ncUc se. celebrarem Missas, em qua-
cjquer dias ou cm dias determinados.
33) A sepultura é lambem cousa digna de atten-
ção. Quaesquer symbolos não servem para a
campa de um christão e menos ainda de um
congregado mariano. São symbolos pagãos: a
clcpsydra (antigo rclogio de agua) a columna
partida, n urna coberta por um véu, a foice,
o facho apagado a fumegar, os gemeos alados e
outros. O Cardeal Van Roey, Arcebispo de
Malinas, cm um aviso sobre a liturgia dos mor
tos, prohibiu também o emblema fúnebre da
caveira c dos ossos cruzados na ornamentação
fúnebre das Igrejas, das eças e dos lumulos.
(Revista Liturgica, março de 1930). O symbolo
christão é, por excellencia, a Cruz. Outros ha,
. porém, usados desde as catacumbas ro
manas. Tacs são: a phenix que, embora
mylhologica, parece muito appropriada a
representar n morte e a resurreição christã. Es
ta ave fabulosa que, segundo a lenda, vivia mui
tos séculos uos desertos da Arobia, quando sen-
— 17 —
lin avizinhar-se n morte, construía um ninKo (lc
plantas uromaticas que os raios do sol incendia
vam c ncllc se deixava consumir. Da mcdulln
de seus ossos nascia um verme que se transfor
mava cm nova phenix. Alem deste, a figura
suave da ovelhinha, significando a docilidade:
a poniba com o ramo de oliveira no bico, sig
nificando a paz c a fidelidade; o delfim (espé
cie de cetáceo que os antigos consideravam co
mo amigo do homem) unido a um tridente ou
a uma ancora e representando Jesus Cbristo co
mo nossa salvação c esperança;
o monograma de Chrislo; a imagem do Bom
Pastor c outros. Para o tumulo de um mariano,
é muito adaptado o monograma de Maria cer
cado de doze cslrcllas, a imagem da Virgem,
cspecialmentc segundo a encantadora visão de
Calliarine Labourc, o escudo da Congregação,
o emblema da Ave Maria, os symbolos das vir
tudes marianas e outros. Plantem-se lyrios so
bre a suo campa e delles se faça o motivo pre
dominante da ornamentação, afim de lembrar
aos marianos que a própria morte oonla com
a sua pureza. Bem lbe deveria ficar o seguin
te cpitaphio que encontramos alhures:
— 19 —
CAPITULO ir
O R D E M DA S E X E O U IA S (1)
I
O Parocho revestido de sobrepeliz e estola negra
ou ainda com pluvial da mesma côr, precedido de um
clérigo conduzindo a cruz e outro a agua benta,
segue para a casa do finado.
O Parocho, antes da saida do cadaverf asperge-o
com agua benta e logo depois o Presidente repete:)
P — Exultarão no Senhor.
Psalmo 50
I) Tende piedade de mim, Senhor etc., pag. 65.
(Se a extensão do caminho o exigir, digam-
se os Psalmos graduaes “ Clamo ao Senhor na
tribulação pa. 33 ou outros psalmos do officio
de finados; no fim de todos os psalmos se diz:
“ Dàe-lhe, Senhor, o descanso eterno etc*;
estes psalmos devem ser recitados até á Igreja,
devotamente, distinctamente e em vós baixa. Na
entrada da Igreja repete-se a Antiphonaz
P — Exultarão no Senhor os ossos humilhados
III
(Entrando na Igreja, rezam o Responso*
rio seguinte: o Presidente começa e os congre
gados respondem alternadamente oomo seguei)
P — Vinde Santos de Deus! Acudi Anjos do Se
nhor; recebei a sua alma e apresentae-a diante
do Altíssimo.
T — Receba-te Christo que te chamou e os Anjos
conduzam-te ao seio de Abrahão.
P — Recebei a sua alma e apresentae-a diante do Al-
tissimo.
T — Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno e a luz
perpetua os allumie.
P — Apresentae-a diante do Altíssimo.
— 21
IV
(Deposita-se o feretro no meio da Igreja,
de modo que os pés do cadaver, se fôr leigo,
estejam voltados para o altar-mór; se for de
sacerdote, esteja a cabeça voltada para o mesmo
’ ’ ?r e cirios acessos ao redor do corpo. Im~
famcntc, a não ser que alguma cousa o
diz>se o Officio de Finadost com o ln-
com os 3 Nocturnos c com Laudcs,
% e duplicqmlo.se as Antiphonas.
do Officioj os cânticos:
's e Eu sou a ressureição e a vida
us e “ Eu sou a resurrcição e u
7).
V
— 22 —
unidade com o Espirito Santo Deus, por todos
os séculos dos séculos.
T — Assim seja .
VII
VIII
ABSOLVIÇÃO
ORAÇÃO
P — Senhor, não entreis em juizo contra o vosso
servo, a não ser que lhe queiraes dar a remis
são de lodos os peccados, pois, homem algum
diante de vós será justificado — Não opprima-
es, pois, nós vo-lo pedimos, com a sentença do
vosso juizo, aqucllc pelo qual a verdadeira sup-
plica christa vos implora, mas, com o socorro
de vossa graça, cllc, que durante a sua vida foi
marcado com o signal da Santissima Trindade,
— 23 —
consiga evitar a sentença do vosso juizo. Vós
que viveis e reinaes pelos séculos dos séculos
T — Assim seja:
(A seguir, os congregados cantam ou rezam
o seguinte:)
Responsorio 1.
Libera-me, Domine, de morte aelerna, in
dic illa tremenda: quando coeli mo vendi
sunt et terra! Dum véneris judicarc sc-
culum per ignem.
Trémens factus sum ego, et límeo, dum
discussio véneris, atquc ventura ira quan
do coeli movendi sunt et terra.
Dies illa, dies irac, calamitatis et misc-
riae, dies magna e amara valdc.
Dum véneris judicarc soeculum per ignem.
Requiem aeternam dona eis Domine: cl
lux perpetua luceat eis.
Libenwne, Domine, de morte aelerna, in
die illa tremenda, quando coeli movendi
sunt et terra.
Responsorio 1.
T. Livrae-me, Senhor, da morte eterna, na-
quelle dia tremendo: quando ceus c terra
houverem de ser abalados; quando viér-
des a julgar o século pelo fogo.
P. Eu tremo e temo á vinda do juizo c
da ira que ha de vir, quando ceus c terra
houverem de abalar-se.
— 24 —
T. Dia de ira aquelle, dia de calamidade
e de miséria, grande dia cheio de amar
gura.
P. Quando vierdes a julgar o scculo pelo
fogo.
T. Dnc-lhcs, Senhor, o eterno descanso c a
luz perpetua os allumic.
T. Livrae-mc,Senhor, da morte eterna, na-
qucllc dia tremendo: quando ceus e terra
verem de abalar-se.
P. Quando vierdes a julgar o século, pelo
fogo.
(Emquanlo se canta o Responsorio anterior, o
Sacerdote, auxiliado pelo acolytho e pelo Diácono,
lira o incenso da navicula e colloca no thurybuloi)
I Senhor, tende piedade de nós.
II Senhor, tende piedade de nós.
I Senhor, tende piedade de nós.
(Logo depois, o Sacerdote diz em vóz alta
e o Presidente repele)
P. Padre-Niosso....
(Neste interim, o Sacerdote asperge e incen
sa o corpo do defunto)
P. E não nos deixeis cair em tentação
T. Mas livrae-nos do mal
P. Da porta infera
T. Afastae, Senhor, a sua alma
P. Descanse em paz
T. Assim seja.
— 25 —
P. Ouvi, Senhor, a minha oração
T. E chegue ate vós o meu clamor.
P. O Senhor esteja comvosco
T. E com o teu espirito.
Oremoi:
P. O’ Deus de quem é proprio compadecer-se e per
doar: exoramo-vos suppliccs pela alma de vos
so servo N (ou de vossa serva N) que hoje man
dastes sair deste mundo, afim de que não a en
tregueis nas mãos do inimigo, nem a csqueçncs
no final dos tempos, mas que ordeneis seja cila
amparada pelos santos Anjos e conduzida á
Palria celeste, afim de que não soffra as penas
do Inferno quem cm vós creu c esperou, mas
possua a terna alegria.
Por Chrislo Nosso Senhor.
T. Assim seja.
IX
— 26 —
nlias o eterno descanso.
(Chegando ao sepulchro, se não está ben•
/o, o Sacerdote o benze, dizendo esta ora
ção que o Presidente repete;)
ORAÇÃO
P. 0 ’ Dons, que pela vossa missericordia dacs des
canso ás almas dos fieis, dignac-vos abençoar es
te tumulo c cntrcgar-lhc a guarda ao vosso santo
A njo; c absolver de todos *os vínculos do pcc-
ca do as almas daqucllcs (1) c daqucllas cujos
corpos estão aqui sepultados, para que se ale-
arem sem fim cm vós, com os vossos santos.
Por Cbristo Nosso Senhor.
T. Assim seja.
(Rezada a oração, o Sacerdote asperge com
agua benta c depois incensa o corpo do de
funto c o tumulo. Se o corpo, porém, não
deve ser logo sepultado, tendo omittido
“ In Paradisum” isto é, “ Os Anjos condu
zam-te ao Paraiso (pag. 26) e a bênção
do Sepulchro, se este já está bento, prosi-
ga-se o officio, como abaixo, o que nunca
se omitte.).
CÂNTICO DE ZACHARIAS
1) Bcmdilo seja o Senhor Detis de Israel, porque
visitou c fez a redempção do seu povo.
II) Suscitou-nos um poderoso Salvador na casa de
David seu servo.
I) Assim foi dito pela bocca dos seus santos e
prophclas dos antigos tempos.
— 27 —
II) Que nos salvaria contra todos os nossos inimi
gos e da mão. de todos os que nos odeiam.
I) Que usaria de misericórdia com os nossos pacs
e seria fiel a sua santa alliança.'
Ii) Segundo o juramento que fez a Abrahão, nosso
pac, que se daria a nós.
I) Para que, livres das mãios dos nossos inimigos
e sem temor o sirvamos.
II) Com santidade e justiça, cm sua presença, du
rante todos os dias de nossa vida.
I) £ tu, ó menino, serás chamado o Prophcta do
Altis6Ínio, porque irás adiante do Senhor a pre
parar seus caminhos.
II) Para dar o conhecimento da salvação do seu
povo, pela remissão dos peccados.
I) Pelas entranhas de miserioordia de nosso Deus,
pela- qual nos visitou vindo do alto do Ccu.
II) Para illuminar aquelles que jazem nas trevas
e nas sombras da morte e para dirigir os nos
sos passos pelo caminho da paz.
I) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
IÍO E a luz perpetua os allumie.
P. Eu sou a resurreição e a vida: quem crê cm
mim, mesmo que tenha morrido viverá c todo
o que vive e crê em mim, não morrerá eterna-
mente.
• I) Senhor, tende piedade de nós.
II) Christo, tende piedade de nós.
I) Senhor, tende piedade de nós.
P. Padre Nosso (O Sacerdote asperge o corpo) . . .
E não nos deixeis cair em tentação.
T. Mas livrae-nos do mal.
P. Da porta infera,
P. Afastae, Senhor, a sua alma
P. Descanse em paz.
— 28
T. Assim seja.
P. Ouvi, Senhor, a minha oração
T. E chegue a Vós o meu clamor.
P. 0 Senhor esteja coravosco
T- E com o teu espirito.
Oremos:
P. Fazei, Senhor, nós vos pedimos, esta misericórdia
com o vosso servo defunto, para que não re
ceba nas penas o revez de suas acções, quem
manteve nos votos a vossa vontade: afim de
que, aquclle a quem a verdadera fc uniu, aqui,
á multidão dos fieis, assim, alli, a vossa mise
ricórdia o associe aos córos angclicòs.
Por Jesus Chrislo Nosso Senhor.
T. Assim seja.
P. Dac-lhe, Senhor, o descanso eterno
T. E a luz perpetua e allumic
P. Descanse cm paz
T. Assim seja.
P. Sua alma c a alma de todos os fieis defuntos, por
misericórdia de Deus, descansem em paz.
X
( Voltando da sepultura para a Igreja ou para a
Sacristia, digam a Antiphona “ Senhor, Senhor,
se observardes as iniquidades e t c ” com o Psal
mo “ Das Profundezas do abysmo clamei a vós
Senhor, etc. Depois — “ Dae-íhes Senhor o des
canso eterno etc. como acima, (pag. 20). A
seguir repete-se a Antiphona: Senhor! Senhor!
se observardes etc^ e os congregados dizem as
seguintes preces:)
— 29 —
I) Senhor, tende piedade de nós
fl) Chrislo, tende piedade de nós
1) Senhor, tende piedade de nós
P. Padre Nosso . . . (secretamente)
Não nos deixeis cair cm tentação
T. Mas livrac-nos do mal.
P. Da porta infera
T. Afastac Senhor as suas almas
P. Descansem cm paz
T. Assim seja.
P. Senhor, ouvi a minha oração
T. E chegue até vós o meu clamor
P. 0 Senhor esteja comvosco
T. E com o teu espirito.
Oremos:
— 30 —
C a p it u l o III
T — ORAÇÃO
tade.
Assim seja.
Antiphona I (2)
P — Agradarei ao Senhor na terra dos viventes.
Psàljvio 114
I) Amo a Deus pois Ellc ouve o clamor dc
minha oração.
II) Porque inclina para mim os seus ouvidos, cu
o invocarei emqúanto viver.
Anliphona II
P salmo 119
— 33 —
I) Ai de mim, que se prolonga o meu cxilio e
moro com os habitantes de Ccdar!
II) Demasiado tenho >ivido com aquclles que
odeiam a paz. Eu sou pacifico; nias, cm lhes
falando, já elles me fazem guerra.
I) Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.
Antipliona III
P salmo 120
— 34 —
A n tip h o m IV
P salmo 129
Antiphona V
P — Não adieis o complemento da obra de vossas
mãos.
P salmo 137
— 35 —
II) Cantar-vos um psalmo'diante dos anjos; ado
rar-vos no vosso santo templo c louvar o vos
so nome pela vossa misericórdia c fidelidade.
I) Porque exaltastes, sobre todos os vossos altri-
bulos, a fidelidade.
II) Ouvindo-mc no dia em que vos invoquei, mui-
'*> tiplicando cm minha alma a vossa força.
T) Todos os reis da terra vos louvarão, quando
•ouvirem as palavras de vossa bocca.
II) E celebrarão os caminhos do Senhor, pois
grande é a sua gloria.
I) Porque o Senhor, excelso como é, olha para
os humildes mas, só de longe, observa os so
berbos.
II) Quando estou á mingua de recursos, vós me
vivificacs; extendeis a vossa mão contra a ira
dos meus inimigos e a vos-a dextra me asse
gura a salvação.
I) 0 Senhor ha de oomplelar o que fez por mim.
Senhor! Reine a vossa misericórdia para sem
pre;' não adieis o complemento da obra de
vossas mãos.
II) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
I) E a luz perpetua os allumic.
Antiphona VI
— 37 —
PSALMO 146
P — Da porta infera.
T — Afastae, Senhor, a sua alma.
P — Descanse em paz.
T — Amen.
— 38 —
P — Senhor, iouvi minha oração.
T — E chegue até vós o meu clamor.
P — O Senhor esteja comvosco.
T — E com o teu espirito.
Oração.
P — O* Deus, dispensador liberal de graças e dese
joso da salvação das almas. Supplicamos ã vossa cie-
meneia, afim de que conccdaes poderem chegar á
participação da eterna felicidade, todos os irmãos de
nossa Congregação, os amigos e bemfeitores que se
foram deste mundo; pela intercessão da Santa Vir
gem Maria e de todos os vossos santos. Por nosso
Senhor Jesus Christo.
— 39 —
M atinas (1)
Invitatorio (2)
P — Eli Rei par»i quem tudo existe, vinde adore
mos.
Psalmo
I) Vinde, exultemos no Senhor, alegremo-nos cm
Deus, nosso Salvador; diante d’ Ellc c louve
mos e nos psalmos o festejemos.
— 41 —
I) Dae-lhes, Scnlior, o descanso clcrno.
II) E a luz perpetua os allumic.
I) Vinde adoremos.
II) El Rei para quem tudo cxislc.
I) Vinde adoremos.
— 42 —
%
l.° NoCTURiNO
Ánliphona I
P — Dirigi, Senhor meu Deus, o meu caminho em
vossa presença.
PSALMO 5
I) Ouvi, Senhor, minhas palavras e allcndei ao
meu clamor.
II) Aileudci a vóz de minha oração, meu Rei e
meu Deus.
I) Porque é a vós, Senhor, que imploro: logo
pela manhã, ouvis a minha oração, ó Senhor!
II) Logo *pcla manhã me apresento a vós e aguar
do; porque não sois um Deus que teuhaes
prazer na iniquidade.
I) Nem o mau habitará junto de vós, nem per
manecerão os fanfarrões deante de vossos
olhos.
II) Odeacs todos os que operam iniquidades e
exterminaes lodos os que proferem mentiras.
I) 0 Senhor abomina o homem sanguinário e ar
diloso, mas eu, graças a multidão de vossas
misericórdias, entro cm vossa casa.
II) Entro na vossa casa; prostro-me no vosso san
to templo, com o temor que vos é devido.
I) Senhor, conduzi-me na vossa justiça, aplainae
os meus caminhos diante de mim, contra os
que me espiam.
I I). Porque4a 'verdade não cstã na sua bocca c o
seu coração- está vasio.
I) Sua garganta c um scpulchro aberto, ainda
que lisonjeiem com as suas linguas. Decla-
rae-os culpados, ó Deus.
II) Desistam de suas tramas e destrui-os etn vir
tude dos seus muitos crimes, porque se revol
taram contra vós.
I) Mas alegrem-se lodos os que em vós con
fiam. Hão de exultar eternamente.
II) E todos os que amam o vosso nome sc glo
riarão em vós, porque vós os cobris com ;i
vossa protccçõo.
I) Porque abençoaes o justo e nos rodcacs do
vosso favor como de um escudo.
II) Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno*
I) E a luz perpetua «os allumie.
Anliphona II
P salmo 6
I) Senhor, não me exprobeis no vosso furor nem
me accuscis na vossa ira.
II) Tende misericórdia de mim, Senhor, porque
estou desfallccido; curae-me, Senhor, porque
meus ossos se conturbaram.
I) E a minha alma está cheia de espanto. Mas
vós Senhor... até quando?
II) Mais uma vez, Senhor, libertae a minha al
ma; salvae-me por vossa misericórdia.
I) Porque na morte não lia lcftibrança de vós:
no sepulchro, quem vos louvará?
— 44 —
II) Canso-mc de gemer iodas as noites; banho o
meu leito cm pranto c.humideço a minha ca-
ma cm lágrimas.
I) Já sc consumiu minha vista pela magoa c tem
envelhecido por motivo dos meus inimigos.
II) Affastac-vos de mim lodos vós que pralicacs
a iniquidade, porque o Senhor ouviu o clamor
do meu pranto.
1) O Senhor ouviu a minha supplica. 0 Senhor
aitcndc a minha oração.
II) Os meus inimigos vão ser confundidos c
cheios de espanto. Sem qiic o esperem, vão
ser mais uma vez confundidos.
I) Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.
Antipliona III
P salmo 7
I) Senhor meu Deus, esperei em vós, salvae-me
de lodos os que me perseguem e livrae-me.
II) Para que elle não possa jamais arrebatar
min.h’ alma como um leão, sem que haja quem
me redima ou quem me salve.
I) Senhor meu Deus, se fiz isto, se manchei mi
nhas mãos na iniquidade.
II) Se retribui com o mal aos que me favoreciam,
se molestei o que me atacou sem m otivos...
I) Persiga o inimigo a minha alma e se apode
re delia e calque aos pés a minha vida so
bre a terra e reduza a pó a minha gloria.
— 45 —
II) Lcvantac-vos, Senhor, cm vossa ira; erguei-vos
irado acima dos meus inimigos.
I) Levantae-vos, Senhor Deus meu, 'para o jul
gamento do que ordenastes. Rodeie-vos a col-
lectividadc dos povos.
I) Depois, voltac ao alto, elevando-vos acima
dclles! Senhor julgac os povos!
I) Julgae-me, Senhor, segundo a vossa justiça e
segundo a innocencia que ha cm miiu.
II) Destrui a malicia dos peccadorcs c fortalecei
o justo, vós que prescrulacs os corações e os
rins.
I) 0 meu auxilio está com o Senhor que salva
os corações rcctos.
II) Deus é juiz justo, forte c paciente; porventura,
estará sempre disposto a punir o mal?
I) Sim. A não ser que o bomem se converta,
, Elle vibrará o seu gladio. Ei-lo que recurvou
e preparou já o seu arco.
II) Preparou armas mortíferas c enviou flexas in
cendiarias.
I) Eis que o impio está nos transes do parto da
iniquidade; concebeu a maldade e gerou uma
decepção.
II) Abriu uma cova, aprofundou-a c .. cahiu 11 a
cova que fez.
I) O mal que pratica rccaír-lhe-á na cabeça e
no alto da mesma baterá a sua iniquidade.
II) Louvarei o Senhor pela sua justiça; e canta
rei o<o nome do Senhor Altíssimo.
I) Dae-lhes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.
P — Da porta infera.
T — Apartae, Senhor, as suas almas.
— 46 —
Padre nosso... (todo secretamente) . (As lições
são lidas sem absolvição, bênção e titulo) .
Lição I
(Job 7)
Lição II
(Job 10)
L — Minh’ alma tem tedio de minha vida. Queixar-
— 47 —
/
Resp. 2
Lição III
— 48 —
T — R csp. 3
49 —
2.° N octurno
Antipliona I
Psalmo 22
P salmo 24
I) A vós, Senhor, elevo a minha alma; Deus
meu, cm vós confio; não me deixeis confun-
dido.
II) Nem possam zombar de mim meus inimigos,
pois, não será confundido quem cm vós es
pere.
I) Serão, sim, confundidos, todos os que, sem
motivo, procedem mal.
II) Mostrac-mc, Senhor, vossos caminhos; guiae
me pelas vossas sendas.
I) Dirigi-me na vossa verdade e illuminac-me,
pois, vós sois o meu Deus e Salvador e em
vós espero conlinuamente.
II) Lcmbrae-vos, Senhor, das vossas misericórdias e
das vossas benevolências, porque são eternas.
I) Dos deliclos da minha mocidade e dos meus
pcccados não vos recordeis. ,
II) Lembrae-vos de mim na vossa misericórdia e
segundo a vossa bondade, Senhor.
I) 0 Senhor é suave e justo e, por isso, ensina
rá o bom caminho aos pcccadores.
II) Conduzirá os dóceis pelo direito e ensinará
aos humildes as suas sendas.
I) Todos os caminhos do Senhor são a miseri
córdia e a verdade para os que guardam a
sua alliança e os seus mandamentos.
II) Pelo amor dc vosso nome, ó Senhor, perdoae
os meus peccados que são enormes.
— 51 —
I) Alguém teme o Senhor? Éllc lhe ensinara a
trilhar o caminho que deve escolher.
II) Sua alma se apegará ao bem c seus descen
dentes herdarão a terra.
I) O Senhor c o sustentáculo dos que o temem.
Para estes é que manifesta a sua alliança.
II) Meus olhos estão sempre voltados pfcra o Se
nhor, porque somente EUe tirara os laços de
meus pés.
I) Olhae para mim c compadecei-vos, porque sou
pobre e só.
II) As atribulações de meu coração multiplica-
ram-se: livrae-me de minhas angustias.
I) Vede a rainha humilhação e os meus soffíi-
mentos c pcrdoac todos os meus erros.
II) Vêde como os meus inimigos são numerosos
e como me odeiam de morte.
I) Guardae-me e livrae-me. Não me deixeis con
fundido, porque cm vós cu espero.
II) Os innocentes e os justos junlaram-sc a mim,
porque em vós confio.
I) O’ Deus, livrae Israel de todas as suas" tri-
- bulações.
II) Dae-lhcs, Senhor, o descanso eterno. *•
I) E a luz perpetua os allumie.
Antiphona III
P salmo 26
Lição IV
(Job 13)
— 54 -
T — Lcnibrae-vos de mim, ó Deus, porque a mi
nha vida é um sôpro; nem me allinja o olhar
do homem.
L — Clamei por vós, Senhor, das profundezas do
ahysnio. Senhor, ouvi minha vóz. Nem me
allinja o olhar d> homem.
Lição V
Lição VI
(Job 15)
— 55 —
occultnsscis ate que vossa ira se desviasse c
estabelecesses o tempo cm que vos rccordcricis
de mim! Porventura julgacs morto o homem
ainda que viva? Em todos os dias cm que
agora milito, esperaria até que viesse a mi
nha mudança. Vós me chamaríeis c cu vos res
ponderia. Tcricis amparado aqucllc que vós
creastcs. Embora lenhacs contado os meus
passos, esquecei, porém, os meus pcccados.
Resp.
— 56 —
3.° N octurno
Anliphona I
— 57 —
I) No livro da lei estuo cscriptas cousas quo se
referem a mim. Pois, a mim me apraz cum
prir a vossa vontade, ó meu Deus, c a vossa
lei está no fundo do meu coração.
II; Annuncici a vossa justiça na grande assem
bleia, não me calei, vós o sabeis, Senhor!
I) Não occultci a vossa justiça cm meu coração.
{Divulguei a vossa fidelidade c a vossa salva
ção.
II) Não escondi a vossa misericórdia c 'a vossa
fidelidade no grande conselho.
I) Vós, porem, Senhor, não aparteis de mim a
vossa commiseração: que a vossa misericórdia
c a vossa verdade sempre me amparem.
II) Porque males sem numero me rodeiam; mi
nhas iniquidades ccrcaram-mc c não posso
vêr.
I) São mais numerosos que os cabcllos de mi
nha cabeça, c o meu coração abandona-me.
21) Que vos praza, a vós, Senhor, salvar-me.
Apressae-vos a me ajudar.
I) Sejam confundidos e intimidados ao mesmo
tempo os que me querem tirar a vida.
II) Recuem e confundam-se aquelles que me que
rem mal.
I) Fujam immedialamcnle envergonhados os que
me dizem: bem feito! bem feito!
II) Exultem e alegrem-se cm vós, lodos os que
vos procuram; c os que amam a vossa salva
ção digam sempre: seja louvado o Senhor.
I) Eu, porém, sou mendigo c pobre: 0 Senhor
de mim cuide.
II) Vós sois minha ajuda c minha prolecção; Se
nhor, não vos demoreis.
— 58 —
I) Dac-Ihes, Senhor, 0 descanso clcrno.
II) £ a luz perpetua os allumic.
Anliphoua II
— 59 —
II) Nisto conheço que me favoreceis: o meu ini
migo não triumphará contra mim.
1) Sim. Em attenção á minha innoccncia, resta-
bclccei-me c ponde-me firme na vossa pre
sença, para sempre.
II) Bcmdito seja o Senhor, Deus de Israel, de
século a século, assim seja, assim seja.
I) Dac-Ihes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumie.
Anliphona III
PSAI.MO 41
— 60 —
terra do Jordão c do Hcrmon, (lcsdc o monte
niodico.
I) O abysmo chama o abysmo quando rugem as
vossas ralaractas.
I) Todas as vossas mais altas cachoeiras c ondas
passam por sobre mim.
I) Que o Senhor me mande de dia a sua mise
ricórdia e de noite a sua luz.
II) Dirijo a minha oração ao Deus da minha vi
da. Direi a Deus: — Sois meu amparo.
I) Porque vos esqueceis de mim? Porque hei de
andar affliclo e sob a oppressão do inimigo?
II) Qucbram-sc-mc os ossos, quando os inimigos
que me perseguem nie exprobam.
I) Dizendo-me lodo o dia: Onde está o teu
Deus?
II) Porque estás triste, minha alma? Porque me
perturbas? Espera cm Deus, pois ainda o
liei de louvar, a Ellc, minha salvação c meu
peus.
I) Dac-lbes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.
Lição VII
(Job 17)
— 61 —
Não pequei c provei tantas amarguras. Livrac-
me, Senhor, de qualquer mão que pugne con
tra mim c collocac-me junto de vós. Que pas
sem os meus dias, dissipem-se as cogitações que
me torturam o cordção. Converta-se a noite cm
dia c outra vez, depois das trevas, venha a luz.
Se minha casa passar a ser a sepultura e se nas
trevas passar a extender o meu leito; se a po
dridão passasse a representar meu pac c os
vermes minha mãe e minha irmã, onde esta
ria agora a minha esperança c quem consi
deraria a minha paciência?
T — Resp. 1:
Peccando quotidianamente c não me peni
tenciando, o temor da morte me perturba,
pois, no inferno, não ha nenhuma redempção.
Tende misericórdia de mim, ó Deus, c sal-
vac-mc.
L — Oh! Deus, salvac-me pelo vosso nome c li-
bertac-me pela vossa força.
T — Pois, no inferno, não ha nenhuma redempção.
Lição VIII
(Job 19)
— 62 —
fcri*o c lamina dc chumbo c, para sempre,
fossem esculpidas 11 a rocha! Pois sei que o
meu Redemptor vive c que, no ultimo dia,
resurgi rei da terra: e, novamente, serei en
volvido pela minha pcllc c, com a minha car
ne, verei a meu Deus. Eu mesmo é que o hei
dc vêr c os meus olhos é que observarão c
não outros: esta esperança esta collocada no in
timo do meu coração.
Resp. 8
— 63 —
Noctumo diz-se, a seguir, o seguinte !R espon-
sorio :)
Rcs. 1
Rcsp. 1
— 64 —
L audes
Antipliona 1
Psalmo 50
— 65 —
I) Crcnc cm mim, Senhor, um coração puro c
rcnovnc, dentro de mim, uni espirito rcclo.
II) •Não aparteis de mini a vossa face c não reti
reis de mim o vosso Santo Espirito.
I) Reslilui-mc a alegria do vosso salutar auxilio c
suslcntac cni mim uni espirito superior.
II) E cu ensinarei os vossos caminhos aos trans
gressores e os impios voltarão a vós.
I) Livrac-me, Senhor, do sangue derramado, ó
Deus, meu Salvador: c a minha liugua cele
brará com cxullação a vossa justiça.
II) Senhor, movei os meus lábios e que a minha
lingua annuncic os vossos louvores!
I) Pois, se quizesseis sacrifício, cu vo-lo of-
fereccria, mas cu bem sei que os sacrifícios
não vos são ngraduveis.
I I / 0 sacrifício para Deus c um espirito mortifi
cado: não desprezeis, Senhor, um coração cou-
tricto c humilhado. **'’
I) Sêdc, em vossa bondade, favoravcl a Sião!
Recdificae os muros de Jerusalém!
II) Então, acccilarcis juslos sacrifícios, os holo
caustos e as offerlas: então, offcrccer-se-ão no
vilhos sobre o vosso altar.
1) Dac-lbes, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.
Ánliphona 2
P salmo 64
— 66 —
a vós ■se cumprem votos cm Jerusalém.
II) Com admiravel equidade nos ouvis, ó Deus,
nosso Salvador, esperança dos confins da ter
ra e cfos mares longínquos.
I) 0 ’ Vós, que, com a vossa força, dacs bases fir
mes ás montanhas c que, armado com o vosmi
poder, abalaes as profundezas do mar c os
rumos de suas vagas.
II) Pcrturbacg as nações c atemorizacs, com os
vossos prodígios, lodos os que habitam os
confins da terra; mas tornacs agradaveis o
despertar da manhã c o cair da tarde.
II; Ouvi a minha oração: toda a carne vem a
vós.
I) As palavras dos iníquos prevaleceram contra
nós. mas vós nos perdoareis as nossas iniqui
dades.
IlH *Fcl iz de quem escolheis, c admiuis a frequen
tar os vossos átrios!
1) Nó* nos furtaremos dos bens da vossa casa,
no vosso santo templo.
I) Visitastes a terra c inebriaste-la: multiplicas
tes as suas riquezas.
II) Sim, o rio de Deus estava cm cheia. Prepa-
raslcs-lhes assim o alimento c o preparastes da
seguinte forma:
1) Abeberastes os sulcos da terra, multiplicastes
os seus germens; com o distillar das chuvas
ella se regozijará brotando.
II) Coroastes de bênçãos o anno da vossa bonda
de e vossos campos se encheram de uberdade.
I) Os prados do deserto vegetaram formosos c as
x collinas se engalanaram exultando.
II) Os cordeirinhos das ovelhas se vestem c os
— 67 —
vnlles rcgorgilam dc (rigo: tudo Iin dc cla
mar, entoando-vos um hymno.
I) Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua o$ allumie.
Anliphona 3
Psalmo 62
I) Senhor, meu Deus, com que ardor vos pro
curo!
II) Minh*nima tem sede de Vós c ate minha car
ne definha por vós.
I) Em terra deserta, invia c resequida, appareci-
deante de vós, para contemplar o vosso poder
c a vossa gloria, como vos vi no sanluario.
II) Porque vossa benevolcncia vale mais do que
a vida, os meus lábios proclamarão o vosso
louvor.
I) Sim, hei dc bemdizer-vos durante a vida, er
guer as mãos invocando o vosso nome.
II) Minh’alma será saciada como do melhor c mais
farto e a minha bocca vos louvará com lábios
exultantes.
I) Assim como me lembrei de vós durante a
noite, nas manhans meditarei em vós.
II) Porque sois o meu defensor, eu me rejubilo
á sombra de vossas azas.
I) Minh*alma apegou-se a vós e vossa dextra
me amparou.
II) Mas os que procuram tirar-me a vida hão dc
sumir-se nas profundezas da terra.
I) Serão entregues ao poder da espada c serão
feitos pastos das raposas.
— 68 —
I) El-rci, porem, alegrar-se-á no Senhor e serão
louvados todos os que lhe juram fidelidade,
pois, foi fechada a bocca dos que preferiam
mentiras.
I) Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumie.
Antiphona 4
P — Da porta da morte livrae, Senhor, a minha
alma.
Cântico de Ezequias
I) Eu dizia: Vou-me, na metade de meus dias,
ás portas da morte.
II) Perco o resto dos meus annos. Eu dizia: —
não mais verei a Deus na terra dos viventes.
I) Não mais verei homem algum entre os habi
tantes deste mundo!
II) Á minha habitação sobre a terra foi arreba
tada e arrastada como uma tenda de pastor.
I) Emquanto cu, como um tecelão, tecia a minha
vida, cila foi cortada, quando ainda a come
çava .
II) Da manhã á noite porá fim aos meus dias.
I) Esperarei até chegar a manhã: mas o mal,
como um leão, despedaçava-me todos os ossos.
II) Da manhã á noite porá fim aos meus dias.
Clamava como um filhote de andorinha e ge
mia como uma pomba.
I) Meus olhos cansaram-se de olhar para o alto.
II) Senhor, estou opprimido, vinde acudir-me!
II
I) Que digo?! Que me responde, diante disto
que Elle faz?
II) Passo cm revista, diante de vós, lodos os an-
nos da niinlia vida, com amargura de minlTal-
ma.
I) Senhor, assim c a vida; deste modo vive o
mea espirito: casligacs-mc c vivificacs-mc. Por
isso se muda cm paz minha afflicção dolorosis-
sima.
II) Segurastes minha alma para que não perecesse.
Lançastes, para traz das costas, todos os meus
pcccados.
I) Pois o 'scpulchro não vos louva nem a mor
te vos glorifica. Os que descem para a cova
já não celebram a vossa fidelidade.
II) O vivente, o vivente sim ... esse é que vos
louva, como cu hoje faço.
O pac narrara aos filhos a vossa fidelidade.
I) Salvae-me, Senhor, c nós cantaremos, por toda
a nossa vida, os vossos liymnos, na casa do
Senhor.
II) Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno.
I) E a luz perpetua os allumic.
Anliphona 5
P — Tudo o que vive louve ao Senhor.
P salmo 150
— 70 —
1) Louvac-o com cimbalos harmoniosos; lou
vação com cimbalos de jubilo; tudo o que
vive louve ao Senhor.
II) Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno.
I) E a luz perpetua os allumic.
Ánliphona 6
Cântico de Zacharias
— 71 —
I) E tú, õ menino, serás cliamado o Prophcta
do Altíssimo, porque irás, adiante do Senhor,
a preparar seus caminhos.
II) Para dar o conhecimento da salvação ao seu
povo, pela remissão dos seus peccados.
I) Pelas entranhas de misericórdia de nosso Deus,
pela qual nos visitou, vindo do alto do ceu.
II) Para illuminar aquclles que jazem nas trevas
e nas sombras da morte c para dirigir os
nossos passos pelo caminho da paz.
I) Dne-lhes Senhor o descanso eterno.
II) E a luz perpetua os allumic.
P salaio 129
— 72 —
II) Desde o nascer do sol ale a noite, espera Is
rael no Senhor.
I) Porque em Deus está a miscrioordia e copio
sa foi nclle a redempção.
II) E cllc redimirá Israel de todas as suas ini
quidades.
I) Dac-lhes, Senhor, o descanso eterno*
II) E a luz perpetua os allumie.
(A seguir dizem-se as Preces e Orações con-
venientes ao Officio, como nas V esperas
pag. 38; nas Exéquias, entretanto, estado pre
sente o corpo, dizem-se estas Preces e Orações
no fim de Laudes, (pag. 72).
— 73 —
Capitulo IV
íntroducção
i'.' : •
v '■ 1) vêr Instrúcções pag. 7.
% As missas de 30 dia e annivérsario poderão
l ser seguidas por esta .com as modificações
necessaruis.
I) Fazei-nos sentir, Senhor, a vossa misericórdia.
II) E dac-nos o nosso Salvador
• I) Senhor, ouvi a minha oração.
II) E chegue até vós nosso clamor.
II),O Senhor esteja comvosco.
II) E com* o teu espirito.
1; Nós vos imploramos, Senhor, perdoac as nossas
iniquidades, para que possamos entrar no Santo
dos Santos com a* almas justificadas. Por Cbris-
to Nosso Senhor. Assim seja. (O Sacerdote bei
ja o altar),
P. Nós vos pedimos, Senhor, pelos méritos dòs
Santos, cujas reliquias aqui estão c de todos
os Santos: concedei-nos o perdão dos pcccados.
T. Assim seja.
Introiio
Kyrie
75
i
I) Scnbor, tende piedade de nós (3 vezes).
(O Sac. beija o altar e volta-se para os fieis)
I) O Senhor esteja comvosco.
II) £ com o teu espirito.
Oremos
Epistola
— 76 —
dc Archanjo c com a trombeta de Deus, fará
rc^uscitar, primeiro, os que morreram cm
Chrislo, dupois, nós, que vivemos e que fica
mos, seremos arrebatados juntamenle com elles,
nas nuvens, ao encontro dc Chrislo nos ares,
c assim sempre estaremos com o Senhor. Com
estas palavras, consolae~vos uns aos outros.
Gradual
Traclo
Sequencia
— 77 —
Quando judex cst venturas,
Cuncla slrictc discussurus.
— 78 —
II) Do Juiz postado o vulto.
Scrú clnro o que era ocruho
Nada ao fim sobeja inulto.
— 79 —
I) Juste judcx ullionis,
Donum fnc rcmissionis,
Ante diem rationis.
I) Justo Juiz vingador,
Faze a graça ao peccador,
Antes do dia do horror.
I) Se Maria indullastc.
E, ao ladrão, meigo, escutaste,
A mim lambem esperançaste.
II) Preces meae non sunt dignac:
Sed tu bonus fac benigne,
Ne perenni cremcr igne.
— 80 —
I) Dá-mc cslar co'a ovelha mansa,
Não dos capros na alliança;
De tua dextra á visinhança!
II) Confutalis malcdictis,
Flammis acribus addiclis:
Voca me cum bcnedictis.
II) Quando os mãos, alfim desfeilos
Gemam sobre os igneos leitos.
Da que cu seja entre os eleitos.
I) Oro supplex et acclinis,
Cor contritum quasi cinis:
Gere curam mei finis.
I( Oro supplicc e prostrado,
Coração bem triturado;
De meu fim, ah! tem cuidado.
SI) Lacrimosa dies illa,
Qua resurget cx favilla.
Judicandus homo rcus:
II) Dia aqucllc de amargura;
Sae do pó da sepultura
P’ ra o juizo, a creatura.
I) Huic ergo parce, Deus:
Pie Jesu, Domine
Dona eis réquiem.
I) Delia, ó Deus, enxuga o pranto
Dá, Jesus dentro em teu *manto
Desses o repouso santo.
II) Amen.
( Traducção portuguesa de Mendes de Aguiar,
apud Gojfiné)
— 81 —
A n tes d o E v a n g e lh o
— 82 —
inferno c do profundo Ingo: livrac-as da bocca
do leão, não as absorva o Tártaro c não caiam
nos ahysmos sombrios; mas S. Miguel, vosso
porta-estandarte, apresente-as á santa luz que
oulrora promcltcstcs a Abrahão e á sua des
cendência.
1) Nós vos loffcrcccmos, Senhor, hóstias c orações
de louvor; acccilac-as por aquollas almas, das
quaes celebramos hoje a lembrança: fazei-as,
Senhor, passar da morte á viela.
11) Que oulrora promctlcsles a Abrahão c á sua
descendência.
P. (O Sac. offerecc a hóstia sobre a patena)
Recebei, Pac Santo, Deus eterno c omnipo
tente, esta immaculada hóstia que cu, vosso
indigno servo, vos offercço a vós, meu Deus
vivo c verdadeiro, por meus innumeravcis pcc-
cados, minhas offcnsas c negligencias, por lo
dos os assistentes, assim como por todos os
fieis, vivos c defuntos, afim de que a mim e
a cllcs aproveite para a salvação e a vida
eterna.
T Assim seja.
(O Soe. colloca vinho no calix)
P — 0 ’ Deus, que formastes maravilhosamente a
dignidade da natureza humana c niais admira
velmente a reformastes, concedei-nos que, pelo
myslerio desta agua e s deste vinho, sejamos
participantes da Divindade d*Aquelle 'que se
dignou reveslir-sc de nossa humanidade, Jesus
Chrislo, vosso Filho, Senhor Nosso, que co
mo Deus que é, vive c reina comvosco, era
unidade com o Espirito Santo, por todos os sé
culos dos séculos.
— 83 —
T — Assim seja.
(O Sac, ojjerccc o cálix:)
I) Senhor, nós vos offcrcccmos o Calix da salva
ção, supplicando á vossa clemência que suha
com suave fragrancia a presença de vossa di
vina Majestade, pela nossa salvação c pela
salvação de todo o mundo. Assim seja.
(O Sac. depõe o calix)
15) Em espirito de humildade e com animo con-
tricto, sejamos recebidos por vós, Senhor, c
o nosso sacrificio se realize de tal forma, hoje,
que vos agrade, o' Deus, Senhor!
(O Sac. benze a hóstia e o calix)
I) Vinde santificador omnipotente c eterno Deus
e abençoae este sacrificio preparado em louvor
do vosso santo nome.
(O Sac. lava as mãos)
I) Lavarei minhas mãos como os innoccnles e
andarei, Senhor,ao redor do vosso Altar.
II) Para ouvir a voz de louvor e cantar todas as
vossas maravilhas.
I) Senhor, eu amei a bclleza de vossa casa c o
lugar onde reside a vossa gloria.
II) Meu Deus, não deixeis perder-se a minha al
ma com os impios, nem a minha vida com os
homens sanguinários.
|) Que têm as mãos manchadas de iniquidades e
a dextra cheia de presentes illicitos.
II) Eu, porém, entrei com innocencia; salvae-mc
e tende piedade de mim.
I) Meus pés não se afastaram do caminho recto;
bemdizer-vos-ei, Senhor, nas reuniões dos fieis.
— 84 —
( 0 Snc. colloca-se no meto do aliar e in•
clina-se :)
P — Recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação
que vos ofícrcccmos em memória da Paixão,
Ressurreição c Asccnção de Jesus Christo, Se
nhor Nosso, e em honra da Bemaventprada
Sempre Virgem Maria e do Bemaventurado São
João Baptista e dos sanlos apostolos Pedro e
Paulo, destes (1) c de todos os santos; para
que lhes sirva de gloria e para nós de salvação
c para que aqucllcs cuja memória celebramos
na terra, se dignem interceder por nós no ceu.
Pelo mesmo Christo Senhor Nosso. Amen.
( Volta-se para a assistência)
Rogae, irmãos, que o meu e o vosso sacri
fício seja favoravelmente recebido por Deus
Pac omnipotente
T — O Senhor receba «o sacrifício de tuas mãos,
para louvor e gloria de seu nome e para uti
lidade nossa e de toda a sua santa Igreja.
P — Por todos os séculos dos séculos
T — Assim seja .
(Secreta)
P — Olhae, Senhor, favoravelmente, para o dom que
vos offercccmos por alma do vosso servo N ...
para que, purificada por estes celestes remé
dios, descanse em paz na vossa misericórdia,
por Nosso Senhor, Jesus Christo, vosso Filho
que comvosco vive e reina em unidade do Es
pirito Santo Deus.
85 —
II PARTE
Prefacio
— 86 —
Canon
— 87 —
Malheus, Simão c Thndcu; Lino, Ciclo, Cle
mente, Xisto, Corneiio, Cypriano, Lourenço,
Chrysogono, João c Paulo Cosme e Damião e
de todos os vossos Santos; c dos seus méritos
c preces vos pedimos nos concedacs, cm todas
as cousas, o soccorro de vtossa protccção- Por
Jesus Christo, Nosso Senhor. Assim seja.
(O Sac. estende as mãos sobre a hóstia
c o calix).
T — Nós vos pedimos, pois. Senhor, que rccebaes
propicio esta ofíerta, feita pela nossa servidão
e por toda a vossa familia, e que deis aos nos
sos dias a vossa paz c nos livreis da eterna
condcmnação c nos queiraes contar no numero
dos vossos escolhidos. P.or Christo Nosso Se
nhor. Assim seja.
P — Offerla esta que vos pedimos, Senhor, façaes
cm tudo abençoada, approvada, confirmada, rc-
cional e acceitavcl a vosso olhos, para que se
converta para nós no Corpo e Sangue do vos
so dilectissimo Filho, Nosso Senhor Jesus
Christo
CONSAGRAÇÃO
— 88 —
D e p o is da C o n s a g r a çã o
— 89 —
Para estes, Senhor, c para lodos que repousam
cm Christo, pedimos conccdacs lugar da refri
gério de luz e de paz. Pelo mesmo Christo
Senhor Nosso.
II) Assim seja.
(O Sac. bate no peito:)
P — Também a nós, peccadorcs, vossos servos, que
esperamos na multidão de vossas misericórdias,
dignaevos conceder alguma parte da vossa he
rança c sociedade com os vossos santos apos-
tolos c marlyrcs: João, Estevam, Malhias, Bania-
bé, Ignacio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Feli
cidade, Perpetua, Agueda, Lucia, Igncs, Cecí
lia, Annstacia e com lodos os vossos santos,
em cuja companhia vos pedimos que nos re-
cebaes, não pelos nossos méritos mas como me
recedores de vossa misericórdia. Por Christo
Nosso Senhor. Pelo qual Senhor sempre crca-
cs, santificaes, vivificaes, abcnçoaes c nos con
cedeis todos estes bens- Por Elle, pois, com
EUc c n’Elle, vos pertence, ó Deus, Pae omni
potente, cm unidade do Espirito Santo, toda
a honra c gloria.
III PARTE
COMMUNHÃO
*
P — Por todos os séculos dos séculos.
T — Araen.
P — Oremos.
instruídos pelos salutares preceitos e ames
trados pelo ensino do Salvador ousamos dizer:
T — Padre n osso... e le ...
— 90 —
P - - Livrar-nos, Senhor, de lodos oh males passados,
presentes c futuros; c, pela intercessão da Bem-
aventurada senípre Virgem Maria, JVIãc de
Deus c dos Bcmavcnlurados Apostolos Pedro,
Paulo c André, c de todos os Santos, dac-nos,
benigno, a paz cm nossos dias: para que, aju
dados pela vossa misericórdia, sejamos sempre
livres do pcccado c seguros contra toda a per
turbação. Pelo mesmo Jesus Christo, vosso Fi
lho, que, como Deus, comvosco vive c reina,
cm unidade com o Espirito Santo. Por todos
os séculos dos séculos..
T — Assim seja.
P — A paz do Senhor esteja sempre comvosco.
T — E com o leu espirito
(O S«c. parte a hóstia c colloca uma parte
dentro do cálix),
P — Que esta união c consagração do Corpo e San
gue de Nosso Senhor Jesus Christo seja para
nós. que o recebemos, a eterna vida. •
T — Assim seja.
(O Stic. inclina-sc c bate tres vezes no
peito),
I) Cordeiro de Deus que tiracs os pcccados do
mundo: dac-lhes o descanso.
T — Cordeiro de Deus que tiracs os pcccados do
mundo: dac-lhes o descanso.
D Cordeiro de Deus que tiracs os pcccados do
mundo: dac-lhes o descanso sempiterno.
— 91 —
Santo, vivificastes o mundo; livrac-mc, por este
vosso sacrosanto Corpo c Sangue, de todas as
iniquidades e de todos os males; c fazei que
eu sempre obedeça aos vossos mandamentos
c não permittacs nunca que cu me separe
de vós, que, em Deus Pae e no Espirito Santo
viveis c rcinaes, como Deus, por todos os sé
culos dos séculos.
T — Assim seja.
P — 0 vosso Corpo, Senhor Jesus Christo, que cu,
embora indigno, pretendo receber, não seja pa-
ra mim motivo de juizo c oondemnação, mas
por vossa misericórdia, sirva de defesa á minha
alma e ao*meu corpo e de remedio aos meus
males. Vós que viveis e reinaes, com Deus Pae,
cm unidade com o Espirito Santo, por todos
os séculos dos séculos.
T — Assim seja.
P*— Receberei o Pão do Ceu c invocarei o nome
do Senhor.
(O Sac. bate tres vezes no peito),
T — Senhor, eu não sou digno de que entreis cm
minha morada; mas dizei uma só palavra c
minha alma será salva
II) Senhor, eu não digno de que entreis em mi
nha morada; mas dizei uma só palavra e mi
nha alma será salva'
I) Senhor, eu não sou digno de que entreis cm
minha morada; mas dizei uma só palavra c mi
nha alma será salva.
(Communhão do Sacerdote)
P — 0 Corpo de Nosso Senhor Jesus Christo, guar
de a nossa alma para a vida eterna.
T — Assim seja.
P — Que rctirhuirei ao Senhor por tudo o que me
tem feito? Tomarei o calix da salvação e in
vocarei o nome do Senhor. Louvando, invo
carei o Senhor c salvar-me-ei de meus inimigos
(Communhão do S. S. Sangue)
T — 0 Sangue de Nosso Senhor Jesus Christo guar
de a minha alma para a vida eterna. Assim seja.
(Segue-se a communhão dos fieis)
ACÇÃO DE GRAÇAS
(O Sac. recebe vinho no calix)
Communio
— 93 —
T — Dac-lhcs, Senhor, o descanso eterno c a luz
perpetua os alluniic, junto de vossos Santos,
eternamente, porque sois misericordioso, Se
nhor.
P — O Senhor esteja comvosco.
T — E coni o leu espirito.
Posl-comm unio
— 94 —
EVANGELHO FINAL.
— 95 —
II) E vimos a sua gloria como do Filho unigé
nito do Pac, cheio de graça c verdade.
T — Demos graças a Deus.
ORAÇÕES FINAES
— 96 —
Terminada a Missa segue-se em geral a AbsoU
vição (ver pg. 23) Depois da Absolvição os Con
gregados podem cantar “ Com minha Mae estarei”
ou .outro cântico appropriado.
Cântico da esperança
(Melodia antiga)
No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei
No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei
No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei
— 97 —
II) E vimos a sua gloria como do Filho unigc-
niio do Pac, cheio dc graça c verdade.
T — Demos graças a Deus.
ORAÇÕES FINAES
— 96 —
Terminada a Missa segue-se em geral a Absol
vição (ver pg. 23) Depois da Absolvição os Con
gregados podem cantar “ Com minha Mac estarei”
ou .outro cântico uppropriado.
Cântico da esperança
(Melodia antiga)
No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei
No ceu, no ccu
Com minha Mãe estarei
No ceu, no ceu
Com minha Mãe estarei
Com minha Mãe estarei
Em ultima agonia
Ao terno olhar de Maria
Feliz expirarei.
No ccu, no ceu
Com minha Mãe estarei
No ccu, no ccu
Com minha Mãe estarei
— 98 —
No ccu a irei ver
Em eterna alegria
Ao lado de Maria
A morte hei de vencer
Eu prometti
— 99 —
Eu prometti, cm ultima agonia
Chamar-vos-ei, 6 Mãe do coração
E voarei que dita, que alegria,
Em vosso nome á celeste mansão.
HYMNO A’ SANTÍSSIMA VIRGEM PELOS
MORTOS
(Pode ser cantado com a musica de “ Hóstia Santa
Immaculada, tendo o cuidado de repetir o quarto
verso de cada estroplic)
Fonte pura c salutar
Que lavas nossos pcccados
Banha as almas dos finados,
Allivin o seu penar,
0 ’ Maria!
— 100 —
E do dia de juízo,
Quando Jesus nos. julgar,
Terna Mãe lhe bas de rogar
Que nos leve ao Paraíso,
0 ’ Maria!
DO MESMO AUTOR
SÁO PAULO
■ * - * - **•■ ^" M W "
A
------ Coleção "ESTRELA DO MAR" -----
Opúsculos publicados:
1 — VIDA MARIANA — Pe. Paulo J. de Souza, S. J.,
Vice-Diretor da Confederação Nacional das CC.MM.
do Brasil. — Catecismo de orientação mariana.
2 — AS CC.MM.’ NA VIDA ATUAL DA IGREJA — quatro
conferências sôbre a natureza das CC.MM., pronun
ciadas no Brasil, pelo Pe. Luiz Paulussen, S. J., Vice-
Diretor da Federação Mundial das CC.MM. e Diretor
do Secretariado Central das CC.MM. Precede a con-
' ferência de Sua Excia. Revdma. D. José Gawlina,
Diretor da Federação Mundial das CC.MM. pronun
ciada na Concentração Mariana na Praça do Con
gresso durante o 36.° C. E. I.
3 — MEDJJj^ÇAO — Pe. Valério Alberton, S. J.„ Diretor
da Fedei ação das CC.MM. de Curitiba. — Orientação
para a meditação diária do congregado.
4 — EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS — Pe. Leonel Franca, S.
J. — Ligeiro folheto do grande pensador Jesuita
contendo rápida análise sôbre os Exercícios Espiri
tuais de Santo Inácio — Breves dados estatísticos
sôbre os retiros fechados no Rio de Janeiro.
5 — DIZE-ME O QUE LÊS — Pe. Valério Alberton, S. J.
— Orientação sôbre a boa leitura e a leitura es
piritual diária.
B — MANUAL DO CANDIDATO — Pe. Paulo J. do Souza.
S. J. — Breve catecismo para Exame dos Candidatos
— Principais regras dos congregados e Ofício da
Imaculada Conceição com algumas notas explicati
vas.
A sain
7 — PARA SER DIRIGENTE — Antonio Maia — Secretá-
1 rio da Confederação Nacional das CC.MM. do Brasil
e da "Estrela do Mar" — aulas e esquemas para
serem desenvolvidos — Organização e programa
ção de reuniões, concentrações, retiros etc. — Expli
ca çã o de insígnias e símbolos — Orientação para
os cargos — Histórico das CC.MM. no mundo e no
Brasil — Documentos Pontifícios — Características
do Dirigente.