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MÓDULO – 0190

ARRANJOS FLORAIS E ADORNOS PARA DATAS FESTIVAS


INDICE
Introdução: Profissão Florista; O que faz um Florista; Qual o perfil de um Florista;
Como é o mercado de trabalho.

Capitulo I
1- Ferramentas fundamentais
2- Flores e folhas (verdes)
3- Manutenção das flores e folhas:
3.1 – Conservação;
3.2 – Manuseio;
3.3 – Limpeza;
3.4 – Tipos de caules/hastes;
3.5 – Cuidados específicos de algumas flores.
4- Técnicas de execução de ramos:
4.1 – Técnica em Espiral (bouquet);
4.1.1 – Diferentes tipos de ramos;
5- Técnicas de arranjos para estilos ocidentais. Preparação do arranjo:
5.1 – Regras gerais;
5.1.1 – 3 Princípios Fundamentais; Proporção, Equilíbrio e Harmonia
5.2 – Princípios básicos da montagem;
5.3 – Preparação da esponja;
6- Harmonia das cores;
6.1 – Monocromática;
6.2 – Análoga;
6.3 – Triádica;
6.4 – Complemento dividido.
7- Tipos de embalagens e, matérias e materiais aplicados em embalagens;
7.1 – Criatividade na execução de embalagens
7.2 – Efeitos da embalagem (decoração)
7.3 – Precauções na execução de embalagens
Capitulo II
 Definição de materiais utilizados em arranjos florais e datas festivas
 Caracterização dos elementos florais que definem o ambiente em
cerimónias e datas festivas
2.1 – Dia da Mãe;
2.2 – Dia dos Namorados;
2.3 – Natal;
2.4 – Páscoa;
2.5 – Auditórios;
2.6 – Outros eventos (Ramo de noiva).
3- Adornos para datas festivas
4- Caracterização de materiais utilizados em adornos e sua aplicação
4.1 – Papeis;
4.2 – Telas;
4.3 – Flores e folhagens secas;
4.4 – Paus;
4.5 – Conchas e pedras;
4.6 – Cordões fitas e colas;
4.7 – Outros materiais.
5- Técnicas de realização de adornos para diferentes datas festivas
5.1 – Convites;
5.2 – Marcadores de mesa;
5.3 – Embalagens de presentes;
5.4 – Decoração de outros objectos.
BIBLIOGRAFIA
Introdução
O que seria do pedido de namoro sem o tradicional buquê de rosas
vermelhas ou da comemoração ao Dia da Mãe sem as espécies preferidas
dela? As cerimónias de casamento certamente não seriam as mesmas sem
os arranjos florais. Até mesmo a triste de despedida de um ente querido
ficaria incompleta se não fossem as flores. Os buquêts e arranjos fazem parte
de nossa vida, transmitem os nossos sentimentos, homenageiam aqueles
que amamos, deixam os ambientes mais encantadores e tornam os
momentos ainda mais especiais e inesquecíveis. Estas verdadeiras obras de
arte são confeccionadas pelos floristas.
Dia 02 de setembro é momento de homenagear aqueles que nos
ajudam a prestar homenagem em diferentes ocasiões. O florista também é
conhecido como designer ou artista floral. Especialistas no assunto, eles não
somente elaboram os enfeites, arranjos e ramalhetes para presentes e
decoração. Também atuam como consultores para ajudar as pessoas a
encontrarem a peça de acordo com a ocasião.
Profissão Florista
“Sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores”. Este
provérbio chinês ilustra bem a profissão de florista. A habilidade manual é
uma das mais importantes para esses profissionais. Eles também precisam
ser criativos e detalhistas. Afinal, devem saber combinar as espécies e cores
entre si e com outros objetos e dispor tudo harmoniosamente.

Além do bom senso estético em flores e em decoração, o florista deve


dominar as características biológicas das espécies e conhecer bem os
materiais para complementar as peças sem prejudicar as plantas. Boa
comunicação é um grande diferencial, porque interagir com clientes e
fornecedores é uma de suas responsabilidades. A atuação no mercado é
muito vasta e o especialista pode trabalhar por conta própria ou em floristas
por conta de outrém.
As flores fazem parte dos nossos rituais sociais há muito tempo e continuam
a desempenhar um papel importante. Seja em um seminário, casamento,
palestra, evento ou em um aniversário, elas sempre estão presentes
trazendo graciosidade e beleza a decoração.
Não importa se a intenção é decorar residências, empresas, eventos ou
celebrações, para todos estes casos vocês iram precisar de belos arranjos
florais que são a especialidade do florista. É ele quem consegue trazer o
impacto desejado com o arranjo de espécies variadas, misturando cores e
texturas, através de muita habilidade e criatividade.
Se gosta de flores e de harmonizar ambientes com elas, que tal começar a
desvendar um pouco mais sobre a profissão de florista?

O que faz um florista?


O florista é o responsável por realizar diversos tipos de ramos, bouquets e
arranjos florais que podem ser usados para a venda ou para decorar eventos
e celebrações. Os arranjos podem ser feitos em vasos ou cestas e variam de
acordo com a criatividade do profissional e também o desejo do cliente. A
profissão também é conhecida como designer floral ou artista floral.
São responsabilidades do florista elaborar os arranjos florais, ajudar os
clientes a escolher as flores de acordo com a ocasião e encontrar a melhor
solução de arranjo para cada tipo de cliente e de evento, levando em
consideração as flores da época, o local e os seus conhecimentos técnicos.

Qual o perfil profissional de um florista?


Antes de mais nada é preciso gostar de flores e ter certa familiaridade com
elas. Também é preciso ter habilidade manual, criatividade, capricho, ser
detalhista, saber se comunicar bem, ter empatia, ser atencioso, saber
compor peças e harmonizar ambientes, gostar de decoração, ter bom gosto
e refinamento, ter praticidade, apresentar bom senso estético, ser cortês e
saber lidar bem com prazos.
Claro que os conhecimentos técnicos são imprescindíveis para que o
profissional se destaque na profissão. Para isso, você deverá conhecer vários
tipos de plantas, saber harmonizar os variados tipos de flores e cores,
conhecer arranjos e materiais utilizados, as formas de conservar as flores e
os estilos de arranjos para cada ocasião.
Como é o mercado de trabalho?
As opções de atuação para o florista são muito variadas, sendo que poderá
trabalhar como autónomo, funcionário ou proprietário de uma florista ou
ainda como freelancer, ao oferer os seus serviços para decoradores e
empresas de eventos.
Porém, é preciso ficar atento, pois o mercado é concorrido e exige bons
profissionais. Para se destacar, apresente criatividade, qualidade e
conhecimento técnico. Lembre-se que o setor procura por um profissional
completo e constantemente atualizado, capaz de acompanhar as tendências
e de dominar todas as técnicas que envolvem o seu trabalho.
Por isso, é muito importante realizar cursos de qualificação e atualização,
que irão lhe permitir conhecer mais sobre os tipos de flores e técnicas ideais
para determinados tipos de arranjos, o que lhe dará mais profissionalização
na hora de conseguir os clientes.
Mas, só isso não basta. Para conquistar a clientela, seja atencioso e
mantenha sempre a atenção sobre a qualidade do serviço que está a prestar.
Lembre-se que cliente satisfeito é a melhor propaganda para qualquer
negócio.
Capitulo I
1- Ferramentas Fundamentais:
 Tira picos

 Tesoura de poda

 Tesoura de corte normal

 Faca
 Fitas e Rafia para amarrar

 Arame verde

 Alicate

 Abrilhantador
 Esponjas

 Papel Celofane

 Jarras

 Agrafador
2 - Flores e folhas (verdes): http://miraflor.pt/cat/pflores
http://miraflor.pt/cat/pverduras

3 Manutenção das flores e folhas


3.1 – Conservação das flores:
 Lavar bem as jarras e recipientes;
 Colocar a quantidade de água adequada para cada tipo de flor ou
folha;
 Cortar as hastes das flores com uma tesoura de poda em diagonal
antes de colocar novamente na água;
 Trocar de água todos os dias, em cada troca de água deverá ser
feito corte nas flores ou folhas;
 Retiraras flores da sua embalagem original, a fim de evitar fungos.
 Armazenar as flores em local fresco e arejado.
3.2 – Manuseio:
 O movimento da flor deve ser feito com elegância e delicadeza
porque assim daremos mais importância ao material que temos
nas nossas mãos. À chegada das flores, tanto em molhos como
individuais, não se deve pegá-las pela parte superior ou pela
cabeça, mas antes pela metade da haste. As flores são sensíveis,
por isso devemos manuseá-las com cuidado e delicadeza. Pega-
las sempre pelo caule e não pelas flores.
 As flores adquiridas devem ser frescas e estar nas melhores
condições possíveis merecendo para isso a nossa atenção tanto
a nível das flores, a cor da folhagem e o estado do caule. Assim
garantiremos que durem o maior tempo possível no arranjo ou
na jarra do cliente.
3.3 – Limpeza:
 É extremamente importante limpar toda a mercadoria. Das flores,
deve-se retirar as pétalas queimadas, folhas secas, espinhos,
brotos, botões partidos e as flores despetaladas, para que
possamos das melhores classificação e maior visibilidade ao nosso
produto. Sempre se vê melhor uma flor isoladamente, por isso
devemos limpa-las e trata-las separadamente, só depois as
agrupamos para colocar na água. A parte do caule que fica na
água deverá estar totalmente limpa.

3.4 – Tipos de Caules/Hastes


 Caules/hastes normais: o corte deverá ser feito na diagonal. O
principal motivo é que este corte permite que os caules absorvam
mais água. Também, facilita a introdução em esponja. Este corte
deve ser feito com uma tesoura de poda bem afiada.

 Caules/hastes lenhosos: devem ser cortados na horizontal,


fazendo depois uma cruz na base do caule.
 Caules/hastes tenra: o corte deve ser feito na horizontal, para
que não se abra ou rompa: é o exemplo das gerberas, tulipas,
gladíolos, iris…

3.5 – Cuidados específicos de algumas flores:


Azevinho: utilizado nos arranjos de natal, dura mesmo sem
estar em água.
Bolbo (de flores): cortar toda a extremidade branca da haste e
passar por água quente a correr, limpando a substância viscosa
que impede a subida da água pelo caule. Depois colocá-las em
água funda durante um bocado. Arranjá-las e colocá-las num
recipiente que não precisa de ter muita água.
Cravos e cravinas: Comprar já abertos. Cortar os caules entre os
nós, na diagonal. Deixar que descansem em água funda antes de
serem arranjados. Com água até 1/3 da flor.
Gladíolos: comprar quando as primeiras flores estiverem
abertas. Colocar uma colher de vinagre na água. Água a 1/3 da
flor. Corte na diagonal.
Hortênsia: prefira as flores bem desenvolvidas e firmes. Deixá-
las inteiramente submersas em água durante um bocado.
Colocar as extremidades em água a ferver durante meio minuto
e depois em água fria.
Íris: Comprar quando começam a abrir. Cortar os caules debaixo
de água para não entrar ar. Colocar em água funda durante uma
hora e depois mudar para uma jarra mas já não necessita de
muita água.
Margaridas/Crisântemo: Comprar antes do pólen aparecer.
Junte um apitada de sal à agua da jarra. Agua a 1/3 da flor. Corte
na diagonal.
Peónia: Colocar a extremidade das hastes em água a ferver
durante 30 segundos. Colocar depois em água funda e fria e
acrescentar uma colher de açúcar.
Rosas: Cortar o pé na diagonal, retirar o excesso de folhagem e
os espinhos, colocando-os numa jarra com água até onde deixar
folhas, o ideal é deixa 2/3 da rosa dentro de água morna.
Tulipas: Comprar em botão ou meio abertas. Não as dispa
demasiado da sua folhagem. Corte os caules acima da porção
esbranquiçada. Embrulhe-as em papel para que permaneçam
eretas deixando-as em água funda toda a noite. Na jarra coloque
uma pitada de açúcar.
Estrelícia: Deve-se ter em conta que existe sempre outra flor
escondida na capsula. Esta pode ser puxada com a mão,
aumentando assim o nº de flores. O corte deve ser feito na
diagonal e pode ter água até meio da haste.
4 – Técnicas de execução de ramos:

Breve reflexão
O que entendemos por gosto? Estamos todos de acordo que o gosto
é uma questão estritamente pessoal que varia segundo a sensibilidade, a
experiência de vida, os valores, etc., de cada indivíduo e forma-se,
acrescenta-se e aperfeiçoa-se ao longo da vida. Somos também
influenciados mais ou menos pela publicidade, moda, decoração, etc..

Ao realizarmos uma composição devemos seguir as regras gerais na sua


construção para que assim possamos discutir os valores da arte floral e não
caímos na tentação de tomarmos como medida o gosto pessoal. Este não
é universal e cria uma mira bastante estreita e se quisermos analisar uma
composição baseada no gosto, deparar-nos-emos com dificuldades, pois
faltar-nos-ão os pontos de referência universais.
As regras gerais da arte floral foram e são aceites por todos os artistas,
muito antes de existir a arte floral como tal.
Algumas das regras mais importantes:
 Conhecimento dos princípios da Natureza.
 As formas na Natureza.
 Simetria e assimetria.
 Conhecimento das cores.
 Equilíbrio e proporções.

4.1 – Técnica em Espiral (bouquet) – ramos de mão


 Para fazer ramos, ou para fazer molhos de flores e coloca-los em
jarra para exposição, utilizaremos a técnica de espiral. É o mais
utilizado e recomendado, isto porque, permite um manuseio
mais fácil e permite que se retire flores do molho sem as ferir.
Começa sempre com a limpeza de todas as flores das folhagens
e/ou picos. Devemos pegar uma flor na mão esquerda, a
segunda deve ser colocada do lado esquerdo na frente da
primeira, sendo que as mesmas deverão cruzar-se.
Já a terceira flor, se formará a espiral, com a mão direita
passando-a por trás da primeira flor. Depois é só continuar a
técnica com os demais elementos, colocando uma a uma
alternando com os diferentes elementos.
https://www.youtube.com/watch?v=cRxKkmJXdT4
4.1.1 – Diferentes tipos de ramos:
 Bouquet/redondo;

 Berry fest;

 Ramo Vertical;
 Ramo Cascata;

 Ramo Assimétrico

 Ramo Rosmélia;
 Ramo com Uma só flor;

5 – Técnicas de arranjos para estilos ocidentais. Preparação do


arranjo: a primeira coisa a ser feita para a montagem de um arranjo é estudar o
ambiente ou o objetivo ao qual ele se destina: o angulo, a visão, a iluminação, a
decoração existente, a quem se destina e qual o seu propósito. Antes de iniciar o
trabalho, observar as formas e texturas das flores. Escolher as flores que vão delinear o
contorno básico do arranjo e completar as demais. É, também, preciso observar as
folhagens que acompanham cada flor. Por exemplo, em um arranjo de Estrelícia,
Antúrio e Helicónia, as folhagens, também devem ser tropicais.

5.1 – Regras gerais;


 Deixar algum espaço livre entre cada flor, para não se taparem
umas às outras.
 Para cada elemento – flor, folhas – possa „brilhar‟ o mais possível,
cortar os caules em tamanhos diferentes.
 O estilo triangular é o mais simples, pois começa-se por colocar
três elementos, formando os 3 vértices, preenchendo-se depois os
espaços vazios com o resto do material.
 Seguir o estudo da cor.
 Um arranjo fica mais interessante se tiver flores nos três estados
de desenvolvimento – botão, meio abertas e abertas.
 Verificar que o recipiente está colocado corretamente.
 Fazer o arranjo à mesma altura a que ele vai ficar depois de
pronto.
 As flores com tamanho e colorido mais destacado, devem ficar no
centro – ponto focal.
 As hastes devem dar a ilusão que emergem de um ponto, evitando
cruzá-las.
 Apesar dos arranjos ocidentais se basearem em figuras
geométricas, pode-se suavizar esta rigidez com linhas curvas que
amenizam as linhas direitas.
 O arranjo deverá ter equilíbrio visual. Colocar algumas folhagens
e flores viradas também para a frente (a tendência é colocá-las só
para o lado). Assim dará profundidade ao arranjo – tridimensional
– e poderá ser visto de perfil.
 A linha mais alta do arranjo deverá ser apoiada por outra haste,
um pouco mais abaixo e um pouco inclinada para trás, para evitar
a ilusão que o arranjo está a cair para a frente.
 Quando temos poucas flores de uma variedade, colocá-las juntas
para causarem mais impacto.
 O arranjo da parte de trás deve estar bem acabado e sem
acessórios à vista.

5.1.1 - 3 Princípios Fundamentais; Proporção, Equilíbrio e Harmonia:


 PROPORÇÃO – na arte floral é a relação de tamanho comparativo
entre os elementos dentro do desenho, podendo ser medido em
volume, altura e cor. Por exemplo a haste mais comprida deverá
ter uma vez e meia ou o dobro do recipiente.

 EQUILÍBRIO – Podemos ter equilíbrio simétrico e assimétrico. O


importante é visualmente o arranjo seja agradável, não pareça
algo muito estranho, a primeira impressão pode ser duradoura.
a) Simétrico: é toda a composição condensada e
obrigatoriamente simétrica. Está mais formal e
tradicionalmente usada.
b) Assimétrico: é uma composição mais solta que a formal e
mais usada em função de decoração, não obedecendo às
regras da simetria.
 HARMONIA – Temos de considerar a cor e a harmonia entre o
arranjo, o local onde vamos colocá-lo e a harmonia de texturas.

5.2 – Princípios Básicos da montagem;


 Para fazer um arranjo, normalmente começamos pelas folhagens,
estão são como que o corpo do arranjo, e pela colocação das
folhagens já vamos dar início á forma que queremos dar ao
arranjo.
 Depois colocamos as flores e por últimos os complementos, ou
seja, os elementos decorativos, se a eles houver lugar.
 Na criação do nosso trabalho devemos ter por base uma boa
noção estética, linhas, técnicas, proporções de harmonia e cores
a serem utilizadas. Em trabalhos limpos ou minimizados
deveremos dar preferência a elementos de linhas definidas e com
forte expressão.
 Para dar maior valor ao nosso trabalho não devemos repetir
elementos florais de cores diferentes.
5.3 – Preparação da esponja;
 A esponja floral é feita à base de reações químicas de resinas
fenólicas (fenol e formol), produtos estes que são bactericidas
e fungicidas, favorecendo a durabilidade e qualidade das flores
e folhas utilizadas nos arranjos.
 É um produto fundamental para a elaboração de arranjos. O
mais usual é a de formato retangular, contudo, existem no
mercado espojas de diversas formas e tamanhos, facilitando
muito, na montagem dos arranjos, uma vez que oferecem uma
excelente sustentação, permitindo s mais diversas posições e
movimentos.

 Procedimentos de uso:
 Num recipiente, balde, etc. coloca-se água limpa e em seguida
coloca-se a esponja floral, deixa-se flutuar sem força-la para
baixo, assim o aproveitamento de água é maior e o centro da
esponja recebe água suficiente, caso contrario produz-se no
centro da esponja uma bolha de ar que impedirá a absorção total
da água. O processo de absorção de água não deve demorar mais
de 5 minutos, porém se necessário poderá manter-se em um
balde com água.
 Os arranjos feitos em esponja floral devem ser
regados/abastecidos com água diariamente, devido à evaporação
natural da água, e pela absorção natural das flores e folhas.
 Em seguida, conforme o tamanho da sua base, corta-se a esponja
para que esta fique sempre bem fixa. Não é aconselhável que a
esponja seja reutilizada, uma vez que se corre o risco de se
desmanchar, por já ter sido perfurada…
 Podemos colocar a esponja para arranjos numa base própria,
podemos envolve-la com papel celofane e amarrar o papel à volta
desta. Com este procedimento podemos incluir o arranjo floral
com outros elementos, como por exemplo dentro de uma cesta
junto com outros objetos.

6 – Harmonia das cores:


 Ao se fazer um arranjo floral ou ramo, os elementos, as flores e as
cores escolhidas serão responsáveis pela harmonia da
composição.
 Para auxilio nesse processo, quanto as cores, os artistas florais
podem utilizam de uma ferramenta bem importante, chamada
roda das cores.
 A roda é formada por três cores primárias (magenta, amarelo e
azul), três secundárias ( verde, laranja e violeta) e seis terciárias
(amarelo alaranjado, vermelho alaranjado, vermelho violeta, azul
violeta, azul esverdeado e amarelo esverdeado). Tais cores ficam
dispostas na roda de forma equidistante.
 Independente do estilo que o artista floral utilizará em sua
composição, a combinação de cores expressará uma harmonia:
 Harmonia Monocromática – É a harmonia resultante de uma mesma
cor da roda das cores. As tonalidades podem mudar, mas todas ficam
no mesmo matiz da roda das cores. O esquema ou harmonia
monocromática utiliza variações de luminosidade e saturação de uma
mesma cor. Estas harmonias luzem simples e elegantes, de fácil
perceção ao observador especialmente quando se trata de tons azuis e
verdes. A cor principal pode ser combinada com cores neutras, preto e
branco, no entanto pode ser difícil quando se utiliza esta harmonia,
ressaltar os elementos mais importantes.

 Harmonia análoga – É a harmonia formada de uma cor primária


combinada com duas cores vizinhas na roda das cores. Uma cor é
utilizada como a dominante enquanto que as adjacentes são utilizadas
para enriquecer a harmonia.
 Harmonia complementar – É a harmonia que ocorre quando
combinamos cores opostas na roda das cores. Em outras palavras, são
cores que se encontram simétricas com respeito ao centro da roda. O
Matiz varia em 180 º entre um e outro. Esta harmonia funciona ainda
melhor se são combinadas cores frias e cores quentes, como por
exemplo vermelho com verde-azul ou azul com amarelo. Uma
harmonia complementar é intrinsecamente uma harmonia de
contraste. Ex : violeta com amarelo, vermelho e verde, etc:

 Harmonia triádica – É a harmonia onde usamos três cores


equidistantes no círculo cromático. Por exemplo azul, amarelo e
vermelho. Esse tipo de combinação consegue dar um efeito visual
muito atraente.
Harmonia de complemento dividido – É a harmonia conseguida através da
mistura de uma tonalidade da escala com as duas vizinhas da cor
diretamente oposta à primeira. Esta é uma variante da combinação de
harmonia de complementares. Que utiliza uma cor como principal e as duas
cores adjacentes ao seu complementar.

 Harmonia acromática – utilizando-se o branco que em arte floral não


representa cor e sim luz. Como o branco é a consequencia da união de
todas as cores e por ser classificada a cor mais luminosa, diz-se qué uma
composição sem cor. A cor branca pode aparecer em qualquer
composição floral e não interferirá na sua classificação.
O verde em todas as composições é neutro, só em exceção quando
utilizado como contreaste com o vermelho no disco das cores, ou
quando a compodsição tiver mais de 50% de vermelho, nesse caso será
classificado como monocromática.
O preto é a ausencia total da cor, sendo classificado como cor neutra,
é aceitavel em qualquer composição, o mesmo se pode dizer do cinza.
7 – Tipos de embalagens e, matérias e materiais aplicados em
embalagens
 Tipos de embalagens

Com o tempo, a embalagem foi incorporando novas funções e, além


de conservar, passou a expor, vender os produtos e atrair o consumidor
por meio do visual. Neste caso, além de transmitir informações, a
embalagem deve despertar o desejo de compra e vencer a barreira do
preço.
No entanto, a consciência ambiental tem levado a indústria de
embalagens a estudar métodos de reciclagem das embalagens a fim de
reutilizá-las. A reciclagem tem-se tornando uma preocupação mundial e
criou uma nova atividade económica. A preocupação com a reciclagem,
reutilização, biodegradabilidade deve ser constante. No entanto a
embalagem ainda é muito utilizada em arte floral:
 Embalagem para ramos – oferta.
 Embalagem para flores individuais.
 Embalagens para ramos funerários.
 Embalagens para arranjos.
 Embalagens para prendas de decoração.
 Embalagens para plantas ornamentais.

7.1 – Criatividade na execução de embalagens


Na execução de embalagens a imaginação é o nosso limite e
depende do objetivo que temos ao fazê-lo. Depende também muito de
país para país, pois nomeadamente na embalagem de ramos cada país
tem o seu costume. No entanto a tendência é menos embalagem, mais
flor!
Iremos no entanto, na aulas práticas, ver muitas possibilidades e
experimentar vários materiais (muitos deles não diretamente associados
a esta arte) para assim podermos ver as potencialidades desses mesmos
materiais na aplicação à Arte Floral.
7.2 – Efeitos da embalagem (decoração)

No ponto anterior já referi a utilização de vários materiais que não


são associados à Arte Floral e que entram já no campo da decoração, mas
que com a evolução dos materiais, com a experimentação, fazem, hoje
em dia, parte dela e são por vezes um acrescento. Têm no entanto de ser
bem utilizados, nunca nos esquecendo das regras da Arte Floral. Iremos
então ver a aplicação de alguns desses materiais em Arte floral como por
exemplo:
 Acessórios;
 Tecidos;
 Arames;
 Vidros;
 Cachepôs;
 Estruturas;
 Etc.

7.3 – Precauções na execução de embalagens


Na execução de embalagens, devemos ter sempre em atenção que,
quando comercializamos um produto de Arte Floral é ele que tem de
„brilhar‟ e não o deveremos ocultar com produtos de outras áreas. Só
fará sentido utilizar esses produtos se nos ajudarem a valorizar os nossos
produtos.
A embalagem deverá ser „limpa‟, ou seja, não deverá ofuscar a
nossa obra de arte, não deverá ter materiais a mais, pois criará muita
confusão e deve ser executada tendo sempre em conta os princípios
básicos da Arte Floral, tanto na proporção, como no equilíbrio e como na
harmonia.
Capitulo II

1. — DEFINIÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS EM ARRANJOS


FLORAIS E DATAS FESTIVAS
MATERIAIS:
 Flores — Estas são, no geral, um dos principais elementos constituinte
do arranjo seja &e de que natureza ou forma for, variando com a
disponibilidade e estação do ano. Conforme a festividade variam,
também, as flores que lhe estão associadas. Ex:

 Folhagens – As folhagens são, também, elementos que normalmente está


sempre presente neste tipo de arranjos. As composições poderão ser feitas
só com folhagens. Ex:
 Elementos secos – estes materiais são muito utilizados, assim como os
artificiais e podem surtir grande efeito. Ex:

 Elementos não florais – elementos muito utilizados para todas as datas


festivas desde o Natal, Páscoa, batizados, casamentos, etc. Ex:

 Arames – são um elemento muito utilizado para dar um toque de


modernidade, além que é fácil utilização e pode-se combinar com outros
elementos.
 Suportes — Todos os suportes que possam ajudar em trabalhos de pequena
ou grande dimensão. Ex: Cestas, vidros, suportes suspensos…
 Adornos – laços, celofane, tecido, papel decorativo, alfinetes, ráfia entre
muitos outros.
3. — A CARACTERIZAÇÃO DOS ELEMENTOS FLORAIS QUE DEFINEM O
AMBIENTE EM CERIMÓNIAS E DATAS FESTIVAS

Todos nós sabemos que cada data festiva encerra em si um determinado


conjunto de tradições. As flores não são exceção e a cada data festiva está
relacionada uma ou mais espécies de flores, folhagens e elementos decorativos,
que nos foi transmitido ao longo de gerações e em muitos casos tem a ver com
as flores mais interessantes disponíveis na estação do ano em que ocorre,
Teremos de ter em conta que ao longo dos tempos, fomos introduzindo espécies
novas, experimentando novas formas de apresentar os trabalhos e introduzindo
elementos decorativos jamais pensados. Hoje a arte floral e a decoração estão
profundamente entrosadas não se podendo dizer onde começa uma e acaba a
outra, e é desta consociação que têm surgido novas abordagens e é como se
surgisse urna nova maneira de trabalhar esta arte. Iremos então abordar, de uma
maneira geral, as datas festivas mais interessantes a nível comercial, não
esquecendo que estamos numa dinâmica artística interessante e em
permanente mutação. Ao mesmo tempo há a premência de olharmos esta arte
não só como um consumo de materiais de usar e deitar fora, mas ter a
preocupação de reutilizar ou reciclar materiais disponíveis e que bem integrados
dão trabalhos muito interessantes, pois podem ter um efeito visual inusual e por
tal suscitam muito interesse além de poderem ter custo zero.
3.1. — DIA DA MÃE

Em Portugal, até há alguns anos atrás, o Dia da Mãe era comemorado a 8 de


Dezembro, dia em que se celebra a Imaculada Conceição da Virgem Maria, mas
actualmente o Dia da Mãe é no 10 Domingo de Maio, em homenagem a Maria,
a Mãe de Cristo.

No entanto as comemorações do Dia da Mãe podem ser remetidas às mais


antigas festividades realizadas na Grécia antiga, mais precisamente aquando da
Festa da Primavera, onde se honrava Rhea — a Mãe dos Deuses, esposa de
Cronus e mãe de Zeus, o deus supremo.

Também em Roma, o dia da Mãe era celebrado em honra de Cybele, a mãe dos
deuses romanos, mesmo 250 a.C..

Nos últimos anos do século 1, Julia W. Howe, escritora, tentou estabelecer uma
espécie de Dia das Mães pela Paz, desta forma chamar atenção para o
desarmamento e resolução de conflitos entre os homens.

Anna Jarvis, quando a sua mãe morreu em 1904, chamou a atenção na igreja de
Grafton para um dia especialmente dedicado a todas as mães. Três anos depois,
a 10 de Maio de 1907, foi celebrado o primeiro Dia da Mãe, na igreja de Grafton,
reunindo praticamente família e amigos. Nessa ocasião, a Sra. Jarvis enviou para
a igreja 500 cravos brancos, que deviam ser usados por todos, e que
simbolizavam as virtudes da maternidade. Ao longo dos anos enviou mais de
10.000 cravos para a igreja de Grafton — encarnados para as mães ainda vivas e
brancos para as já desaparecidas — e que são hoje considerados mundialmente
com símbolos de pureza, força e resistência das mães.

Hoje em dia e apesar de o dia da Mãe se ter transformado num dia comercial,
não deixa de ser um dia em que todos podemos agradecer, a quem nos deu vida,
seja de que maneira for. Um bonito ramo de flores, um arranjo, uma ou um
conjunto de plantas pode ser um gesto simples e uma homenagem para quem
as aprecie. Portanto para os profissionais desta área deverão ter em conta que
não existe uma flor específica para esta data e normalmente as ofertas têm a ver
com a flor ou planta preferida da pessoa a quem se vai oferecer. É um dia em
que deverão estar preparados com grande variedade de flores e plantas e já
deverão estar executados muitos ramos e arranjos com muita diversidade quer
de flores, quer de formas, para que o cliente possa ser confrontada com novas
tendências e outras mais tradicionais para que assim possa escolher. Muitas
vezes a oferta de um arranjo de flores pode constituir a única oferta, mas pode
também ser um complemento de uma outra prenda. É no entanto uma data em
que as pessoas não estão a fazer muitas contas e compram por impulso. Se
enquanto profissionais prepararmos bem o dia e apresentarmos novos
trabalhos, bem executados, é um bom caminho para o sucesso comercial do dia
da Mãe.
3.2. — DIA DOS NAMORADOS

O Dia dos Namorados é comemorado praticamente em todo o mundo no dia 14


de Fevereiro, atribuído a S. Valentim, rezando assim a explicação:

Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II (sec.


III). Cláudio queria constituir um exército romano grande e forte; não
conseguindo levar muitos romanos a alistarem-se, acreditou que tal sucedia
porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias
para partirem para a guerra. E a solução que encontrou, foi proibir os
casamentos dos jovens! Valentim ter-se-á revoltado contra a ordem imperial e,
terá casado muitos pares em segredo. Quando foi descoberto, foi preso,
torturado e decapitado a 14 de Fevereiro. Enquanto estava na prisão Valentim
era visitado pela filha do seu guarda, com quem mantinha longa conversa e de
quem se tornou amigo. No dia da sua morte, ter-lhe-á deixado um bilhete
dizendo «Do seu Valentim».

Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste


dia não tem qualquer ligação com o santo, datando da Idade Média, quando se
cria que o dia 14 de Fevereiro assinalava o principio da época de acasalamento
das aves.

O dia é hoje muito associado com a troca mútua de recados de amor em forma
de objectos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e
a figura de uni Cupido com asas. A troca de cartões com mensagens românticas
acompanha sempre o presente.
Seja ela qual for a razão que leva a comemorar este dia, como dia dos
namorados, teremos sim de ter em conta que é uma data que comercialmente
é muito interessante e deverá ser preparado com antecedência, tanto na
encomenda das flores, na apresentação da montra como no planeamento dos
trabalhos que o profissional irá executar.

Nestas composições poderemos 'abusar' de elementos não florais, desde que


bem integrados e sem criar confusão. São aconselhadas composições
românticas, pois são as mais vendáveis, mas teremos de ter todos os estros para
satisfazer todos os gostos.

Nos arranjos para esta data festiva poderemos incorporar corações, pássaros
com ou sem ninho, fitas decorativas com corações, arames a formar um coração,
arranjos em forma de coração, ráfia, tecidos ou telas a envolver o ramo em forma
de coração, etc.

Por último, mas não menos importante, temos a flor que mais se comercializa
nesta data — a rosa vermelha. Pode ser utilizada sozinha ou incorporada com
outras flores para não tornar o arranjo muito oneroso. Por exemplo podemos
destacar duas rosas vermelhas, envoltas num coração ou junto com outro
elemento decorativo e simbólico, no conjunto com outras flores.
3.3. — NATAL

O Natal é talvez a época festiva onde se poderá realizar o maior número de


trabalhos, pois decorre durante um período relativamente longo, e será
aconselhado, a todos os profissionais, começar a prepará-lo após o dia de Todos
os Santos. Assim ficarão com cerca de mês e meio para prepararem e
apresentarem as vossas propostas. É também uma altura em que as pessoas
estão mais disponíveis para comprar, em que se oferecem prendas, pequenas
lembranças, decora-se a casa e as empresas. Terão de ser os profissionais a
apresentar propostas quer no local de venda quer junto das empresas. Se houver
um ponto de venda, convém que a ou as montras sejam mudadas regularmente,
pois assim o cliente poderá ver a nossa dinâmica e a apresentação dos nossos
trabalhos. Também poderemos divulgar, na montra, os trabalhos que realizámos
nas empresas, através de fotografias bem expostas.

Quanto aos arranjos para esta data festiva, teremos de ter em conta que
estamos no Inverno e será de todo o interesse a utilização de elementos que se
encontram nesta altura, como galhos secos, pinhas, musgos, troncos, que se
pode conjugar com as flores frescas da época, flores secas e flores artificiais. Se
possível, as cores deverão ser quentes — do amarelo, ao laranja até ao vermelho,
passando por todas as tonalidades. Toda a paleta dos amarelos, passando pelo
laranja e combinados com os castanhos dos troncos na sua cor natural e com as
verduras, fazem desta combinação, composições muito agradáveis, alegres,
quentes e harmoniosas. Se quisermos cores muito vivas, podemos escolher os
vários tons de vermelho que combinado com o verde da folhagem e os troncos
pintados de branco resultam muito bem com elementos que brilham.

Nesta data festiva todas as fantasias são permitidas e poderemos resumir as mais
habituais em: pedras; penas; troncos naturais, troncos pintados de branco,
prateado ou dourado; musgos; árvores de natal; velas; grinaldas e coroas de
natal; presépios; fitas decorativas; pinhas; bolas; estrela de natal; azevinho,
pinheiro, cipreste; flores e folhagens secas; flores e folhagens artificiais.

O Natal é feita de um conjunto de tradições associadas a uma forte componente


de decoração e que varia de ano para ano, havendo hoje em dia as chamadas
tendências, criando-se todos os anos algo original.

Tanto em casa, como nas empresas, não se deverá dispersar muito a decoração,
tentando concentrar os elementos decorativos, criando centros de interesse. A
harmonia das cores tem, nesta quadra, muita importância, não devendo fazer
misturas de cores no mesmo espaço. Se optar por colocar numa divisão uma
decoração em tons prata, não coloque outras em tons dourados.

3.4. — PÁSCOA

A Páscoa não tem tantas decorações como o Natal. Encontramo-nos já, noutra
época do ano e começam a aparecer as primeiras flores da Primavera. Aqui a
mistura de cor pode trazer alguma frescura e se repararmos aparecem flores de
todas as cores e temos uma 'explosão' da Natureza. Os arranjos são mais leves.
Poderemos usar também elementos não florais incorporados nos arranjos
alusivos à festa como os ovos de chocolate, coelhos, galinhas, palha, velas, etc.
São utilizados elementos alusivos ao renascer, ao despertar, pois é nesta altura
que despontam as flores, as árvores renovam as suas folhas e os animais
procriam. Tudo o que simbolize o nascimento, como os ovos, poderá ser
integrado na composição, criando assim um ponto de interesse.

Pelo que foi dito, as composições desta festividade, serão realizadas com flores
da época, podem ser misturadas várias cores e todos os elementos decorativos
que a simbolize, se bem integrados, terão como resultado composições ainda
mais interessantes.

Para quem quiser oferecer um presente, nesta data, pode recorrer à decoração
de uma caixa com elementos alusivos à data, enchendo-a com bombons ou
amêndoas, fazer uma caixa com o feitio de um ovo, fazer um arranjo com
plantas, um arranjo primaveril, decorar uma moldura à venda em armazéns para
profissionais, etc.

Uma semana antes da Páscoa, comemora-se o Domingo de ramos. É uma data


em que existe a tradição de oferecer o ramo aos padrinhos com a folha de
oliveira ou de palmeira tendo uma forte carga simbólica. Este domingo é
chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de
palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento,
aquando da sua entrada triunfal em Jerusalém.
Portanto é uma data que deverá ser bem preparada pelos profissionais, não
esquecendo que integrar nos ramos elementos simbólicos da festividade, se o
cliente assim o desejar, marcará a diferença e dará um cunho pessoal à
composição, tornando-a única.

3.5. — AUDITÓRIOS

Para estes espaços, há vários aspetos a ter em conta, mas o mais importante é
que o arranjo não encubra as pessoas que vão estar na mesa. Se optar por uma
composição colocada em cima da mesa deverá ter isso em conta e fazê-la baixa
e investir no comprimento do arranjo para que este acompanhe o mais possível
todos os conferencistas e que seja bem visível da audiência. A frente da
composição deverá estar direcionada para a plateia, mas sem descurar os
conferencistas. Outra preocupação aquando da abordagem do cliente, é se está
subordinado a um tema ou a algumas cores e se for o caso poder-se-á utilizar as
flores com as cores correspondentes ou introduzir algum ou alguns elementos
simbólicos na composição.

Uma composição que tem bastante impacto é aquela que é colocada no chão, à
frente das mesas dos conferencistas e é desenhado um arranjo vegetativo, onde
se pode colocar flores escolhidas pelo cliente e algum elemento simbólico.
3.6. — OUTROS EVENTOS

Eventos são todas as ocasiões onde existe uma concentração de pessoas e/ou
empresas, formal ou informalmente numa data e local específico e tem por
objetivo a comemoração, celebração, o estabelecimento de contactos. As
motivações da realização do evento podem ser de várias ordens; familiares,
sociais, culturais, comerciais, científicas, religiosas, desportivas, etc.

Em todos eles deveremos ter em atenção a temática e ver com o cliente se


deseja que as composições façam alusão à mesma, através ou da cor ou de
elementos que possamos incorporar nessas mesmas composições.

Os eventos de ordem familiar são inúmeros, mas são também os mais pessoais
e deveremos, como profissionais, ter em conta o gosto e as expectativas do
cliente de uma forma mais particular e aprofundada. Por vezes temos que
conhecer melhor o cliente, saber ouvir com paciência, tentar saber por amigos
os seus gostos, o que mais gosta, o que valoriza. Tudo é válido desde que feito
com profissionalismo e só com o intuito de tornar realidade o desejo do nosso
cliente.

Os profissionais de arte floral terão, também, de ter em conta as festividades do


local onde exercem a sua actividade, pois a apresentação dos trabalhos em loja
ou em decorações de empresas deverão nestas festividades, conter algo alusivo
às mesmas, mostrando assim que estão atentos aos costumes locais onde estão
inseridos.
4. ADORNOS PARA DATAS FESTIVAS

Namorados:

Páscoa:
Casamentos:

Comunhões:

Baptizados:

Natal:
5. — CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAS UTILIZADOS EM ADORNOS E
SUA APLICAÇÃO

5.1. — PAPÉIS
Os papéis decorativos são um dos adornos que, como profissionais,
deveremos ter em quantidade tanto em diversidade de padrões como de cores,
para assim satisfazer ao pedido dos clientes. São utilizados na confeção do
ramo de flores, nas plantas como para fazer embrulhos de presentes.

Nas flores e como revestimento dos ramos, deverá o profissional ter em


atenção que este não se sobreponha a estas, mas que seja um adorno que
esteja em harmonia com as flores e sirva de proteção às mesmas.

Os papéis podem ser trabalhados em leque ou fazendo um retângulo,


fechando o ramo em triângulo. Neste última atenção para não esconder as
flores e se necessário recortar o papel.

5.2. — TELAS
Nestes adornos, os cuidados a ter são essencialmente os mesmos que
os descritos para os papéis decorativos. Atenção à harmonia das cores e não
esconder as flores. As telas são em geral lisas, mas por vezes são mescladas com
uma ou mais cores e se não forem bem utilizadas podem causar alguma
confusão, desviando o interesse do foco principal que são as flores ou plantas.

As telas, a nível de características, são mais rústicas do que os papéis, que são
mais sedosos, e por tal teremos de ter isso em conta no resultado final.
Neste momento, são um material muito utilizado como invólucro tanto
das plantas como das flores, assim como fazendo parte de algumas
composições como elemento não floral. Aqui deveremos, uma vez mais, ter
parcimónia na utilização deste material para não se impor às flores e
obtermos uma harmonia em termos de cor.

5.3. — FLORES E FOLHAGENS SECAS


Estes elementos florais são muito utilizados quer sozinhos quer fazendo
parte de composições com flores frescas. No caso da utilização conjunta
com as flores frescas, fazê-lo a pedido do cliente (ex: semana académica),
se tiver algum significado (ex: espigas secas para os ramos de comunhão)
ou para termos como mais uma proposta de venda na loja comercial. Ter
em atenção às cores, pois muitas destas flores são pintadas com cores
muito fortes e deverão ter o nosso cuidado no estudo da cor antes de a
colocarmos na composição. Bem utilizadas, podem resultar trabalhos
muito interessantes e é uma forma de se introduzir um cunho mais
pessoal.

5.4. — PAUS
Estes elementos decorativos são de grande efeito e para além de os
podermos adquirir num armazém para profissionais, poderemos encontrá-
los na Natureza, com diversas formas, tamanhos, texturas, com ou sem
líquen ei/ou musgos, a custo zero. Da utilização destes adornos resultam
trabalhos muito interessante se bem proporcionados e bem integrados
com os outros elementos florais e não florais.

5.5. CONCHAS E PEDRAS


Este adorno decorativo, não floral, é utilizado um pouco mais sazonalmente,
pois remete-nos de imediato para o Verão e praia. É por norma, apresentado
antes do início desta estação, quando se fazem as montras alusivas ao Verão,
nas decorações de empresas ou na montra da loja do profissional. São elementos
que podemos introduzir junto com composições de flores frescas, secas, artificiais
ou ainda com outros elementos não florais.

Tal como os anteriores, podemos adquirir em armazéns para profissionais,


pois encontramos, sobretudo, conchas muito exóticas, mas poderemos encontrar
na praia conchas e pedras que podemos utilizar de forma natural ou pintando-
as. As pedras de tamanho maior podemos adquirir em viveiros de plantas ou na
montanha.

5.6. — CORDÕES, FITAS E COLAS


Os cordões e fitas estão sempre presentes numa loja de flores em
quantidade de cores, de texturas, de padrões e de materiais para que seja
possível ao cliente escolher o que deseja naquela ocasião particular.

Aqui também deveremos ter atenção ao que escolhemos, pois num ramo
muito colorido e com muita variedade de flores, devemos abster-nos de colocar
um laço igualmente florido e muito trabalhado. Podemos correr o risco de ser
de tal modo confuso, que nem se apreciam as flores nem a fita.

As colas para além de fazerem a sua função, podem também ser


elementos decorativos, como por exemplo a cola silicone com cores e
com brilhos. Serão somente utilizadas em trabalhos particulares e
se o profissional achar que é uma mais-valia ao trabalho, pois caso
contrário poderá, tal como noutros casos, criar muita confusão.

5.7. — OUTROS MATERIAIS


Todos os materiais não florais e que possam contribuir para
valorizar a composição que se está a realizar, podem ser
considerados adornos. O profissional deverá ter o cuidado para que estes
não se sobreponham aos elementos florais, caso seja esse o tema da
composição, e que são utilizados cumprindo todas as técnicas base já
estudadas. Exemplos: Velas; chocolates, garrafas de bebidas, charutos,
sapatinhos de bebé; alfinetes perolados; fitas com brilhantes; …
6 – TÉCNICAS DE REALIZAÇÃO DE ADORNOS PARA
DIFERENTES DATAS FESTIVAS

6.1. — CONVITES
Receber um convite é sempre um momento especial. Receber em mão
ou abrir a caixa de correio e ter lá um convite é uma raridade,
sobretudo numa época onde se comunica por correio eletrónico e
por telemóvel. Um convite não deve ser feito de maneira equívoca,
indefinida ou imprecisa. A redação dos vários tipos específicos de
convites obedece a regras muito precisas, na etiqueta bem como no
protocolo. Os convites podem ser feitos de diversas formas, de acordo
com o grau de intimidade e familiaridade.

Pelo telefone, quando se trate de alguém muito íntimo, ou quando há um


contacto prévio ao seu envio.

Pessoalmente/em mãos, quando nos dirigimos á pessoa/s com o


objetivo da entrega do convite. São situações mais formais, em que se
destaca a importância do evento ou da individualidade a quem se está a
entregar o convite.

Pelo correio, quando se envia o convite.

Os convites são, regra geral, feitos em papel de boa qualidade e em tons


mais claros e escritos a tinta preta. No entanto, hoje em dia, existe uma
grande oferta e tudo é possível estabelecendo este o padrão do
casamento. Existem uma série de opções, embora o design do convite
dependa das preferências, orçamento e tempo disponível.
Ver alguns cites com sugestões de convites:
http://osconvites.planetaclix.pt/
http://www.olhonu.com/#

6.2. — MARCADORES DE MESA


Estes adornos de mesa servem para identificar onde os
convidados se vão sentar. Terão a correspondência num placard,
colocado à entrada da sala, onde terá o nome da mesa e os
convidados correspondentes.

Podem ser de variadas formas e aconselho a consulta dos cites


anteriores, chamando a atenção para os marcadores feitos com flores
frescas que são de grande impacto visual e dão frescura ao ambiente.

6.3. - MOLDURAS
Estes elementos são bastante interessantes, pois permite fazer
trabalhos muito vistosos e de grande impacto e vão desde a
pequena moldura para oferta a grandes composições que
poderemos fazer para decorar um evento de maiores dimensões. Nestes
trabalhos podemos utilizar flores frescas se for para ocasiões mais
efémeras (ex.: casamento, bodas de…) ou com flores secas e/ou
artificiais para trabalhos mais duradouros (ex.: decorar um espaço
numa empresa).
Para realizar estes trabalhos teremos de ter uma estrutura que
podemos adquirir em armazéns para profissionais, encomendar num
carpinteiro ou serralheiro ou ainda sermos nós a construí-la. Esta
estrutura deverá ter um fundo que sirva de suporte para podermos aplicar
as flores. No caso de trabalhos com flores frescas, deverá permitir que
se possam aplicar suportes com esponjas para flores frescas.

6.4. — EMBALAGENS DE PRESENTES


Neste capitulo tudo é permitido e impera as noções que temos a
nível da, da harmonia, da proporção e do equilíbrio.

Como regra geral, utilizam-se papéis, sacos de plástico ou papel,


telas, etc. A embalagem que o profissional fará, depende também do
valor pelo qual foi adquirido o presente. A embalagem deverá ser tanto
mais valorizada e trabalhada quanto mais oneroso é o presente. Isto
não quer dizer que para um presente mais barato, não se capriche na
embalagem, pois já vimos que por vezes o recurso a materiais de custo
zero, podemos fazer trabalhos com algum impacto. A completar a
embalagem do presente, podemos colocar urnas fores naturais como
complemento ao laço ou mesmo sendo o cliente a pagar.
6.5. — DECORAÇÃO DE OUTROS OBJECTOS

Caixas:

Calendários:

Cestos e outros objectos decorativos:

Cones:

Velas:

Cartões de Boas Festas/ Aniversário/ Nascimento:

BIBLIOGRAFIA CITADA
 Escola espanhola de Arte Floral: 1°, 2 0 , 3 0 e 4 0 Curso do Curso de Técnicas Básicas de Arte
Floral.

 Phillips, Edite vieira


Manual de Arranjos Florais Editorial Presença
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