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Documentário:

linguagem
e produção
Além da tela - Processos
criativos e gestão da
indústria cinematográfica

Museu de Arte Brasileira - MAB FAAP. Local com


60 anos de história, cultura, arte e inspiração.

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Informações
da disciplina
Curso
Além da tela - Processos criativos e gestão da
indústria cinematográfica

Disciplina
Documentário: linguagem e produção

Carga-horária
30 Horas

Professor(a)
Dr. Flávio de Souza Brito

Mini currículo
Bacharel e licenciado em História (FFLCH-USP); mestre e
doutor em ciências da comunicação (ECA-USP). Desde 1997
é professor das disciplinas de História do cinema, Análise de
imagem e Documentário do Centro Universitário Armando
Alvares Penteado. Editor do website Mnemocine –
memória e imagem, especializado em cinema e fotografia.

Conheça um
pouco mais sobre
o professor
acessando
o QR CODE.

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Apresentação
da disciplina
Olá, tudo bem?
Muito além (ou muito antes), de realizar um filme, um
documentarista hoje precisa desempenhar diversas
funções, seja junto às esferas públicas (responsáveis
por boa parte do fomento) ou privadas, na obtenção
de financiamento em editais, emissoras de televisão,
plataformas de streaming, parceiros, produtores, etc...

Deve justificar a relevância do seu projeto, a viabilidade


econômica da produção, adequação ao público-alvo.
Um processo complexo e especializado, que envolve a
colaboração de diferentes profissionais.
Assim como, após o filme concluído, acompanhar sua
distribuição e difusão, participar de mostras e festivais,
defender sua obra diante dos críticos e contribuir com os
debates públicos contemporâneos.
Este “preparo” envolve ao menos 3 “dimensões”,
consideradas de forma integrada em um percurso de
formação: “Repertório/referências” (conhecimento dos
principais filmes e diretores); “Conceitual” (história, teoria,
debates); e “Prática” (experiências concretas de produção
audiovisuais, ainda, ou até desejável, que em diferentes
funções).

Neste módulo, buscamos contemplar essas perspectivas a


partir de diferentes formatos (vídeos, podcasts, e-book e
sugestões de pesquisa).
Em cada um propomos “recortes temáticos”, delimitados
por períodos, países, realizadores e/ou debates teóricos,
analisando trechos e indicando alguns filmes e referências
essenciais para continuidade de suas pesquisas.
Sejam bem-vindos a esta jornada!!!

Temas da disciplina

O que é documentário? Documentário


Para quê, para quem? A brasileiro e latino-
ética no documentário americano

Tema 01 Tema 02 Tema 03 Tema 04

Documentário O fazer
Internacional - documentarista.
História e Teoria Cenário
contemporâneo

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05 O que é documentário? Para
quê, para quem? A ética no
documentário | Tema 01
07 Leituras obrigatórias
07 Referências

08 Documentário Internacional -
História e Teoria | Tema 02
11 Leituras obrigatórias
11 Referências

12 Documentário brasileiro e
latino-americano | Tema 03
14 Leituras obrigatórias
15 Referências

16 O fazer documentarista.
Cenário contemporâneo
| Tema 04
20 Leituras obrigatórias
20 Referências

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O que é documentário?
Para quê, para quem?
A ética no
documentário
Tema 01

Há 50 anos, o Teatro FAAP é referência no


circuito de artes cênicas na cidade de São Paulo.
Oferece, além de espetáculos de qualidade,
o curso Teatro para Executivos, voltado a
profissionais que desejam melhorar sua
comunicação.

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O que é documentário? Para quê, para quem?
A ética no documentário

Se em poucos segundos podemos identificar que assistimos a um


documentário, buscar sua definição precisa é mais difícil, o que já se apresenta
no título de algumas obras sobre o tema.

“Mas afinal o que é mesmo documentário?” de Fernão Ramos:

“Em sua forma de estabelecer asserções sobre o mundo, o


documentário caracteriza-se pela presença de procedimentos que
o singularizam com relação ao campo ficcional. O documentário,
antes de tudo, é definido pela intenção de seu autor de fazer um
documentário (intenção social, manifesta na indexação da obra,
conforme percebida pelo espectador).“ (RAMOS, p. 25)

Uma das primeiras estratégias seria a oposição aos filmes ficcionais,


apresentando algumas pistas e dilemas insolúveis. A começar pela encenação.
Enquanto documentários podem apresentar cenas de “reconstituição” e
procedimentos narrativos oriundos da ficção, as ficções utilizam pesquisas,
imagens de arquivo e locações reais, além de recursos narrativos e estéticos
associados ao documentário.

Embora o fazer documentarista possa ser considerado uma atividade


diferenciada no mercado audiovisual e, dentro dele, com áreas especializadas
(ciência e natureza), grande parte dos cineastas exercitam ambos os ofícios,
tais como Scorcese, Herzog ou Wenders.

O formato expositivo foi predominante até a década de 1950, e de


certo modo até hoje, tanto pela maior participação no mercado
audiovisual, como pelo senso comum do que seja documentário.

Se caracteriza pela apresentação de imagens e recursos gráficos (mapas, animações) e de uma voz over
conduzindo o tema, “explicando” as imagens; isto originalmente se devia a limitações técnicas de gravação
de áudio em locações externas, obrigando que as entrevistas, a trilha e a locução sejam realizadas em
estúdio e posteriormente inseridas.

Historicamente sempre manteve grande proximidade com os campos científicos e educacionais, aos
critérios de objetividade do jornalismo, registro de eventos históricos, biografias de personalidades, etc.,
vinculado aos patrocínios estatais e/ou empresariais, geralmente representando as ideologias dominantes.

Se desde sua origem a produção audiovisual já apresentava autores, estéticas


e perspectivas muitos diferenciadas, ainda que sem a mesma visibilidade, nas
últimas décadas as possibilidades se tornaram ainda mais complexas com uma
grande expansão do universo documentarista.

“Os documentários mostram aspectos ou representações


auditivas e visuais de uma parte do mundo histórico. Eles
significam ou representam os pontos de vistas de indivíduos
grupos e instituições. (NICHOLS, p. 30)

As proposições então se deslocam para as tentativas de organização e


classificação deste vasto universo de obras. Segundo Bill Nichols, um dos mais
influentes interlocutores neste debate:

”No vídeo e no filme documentário podemos identificar seis modos


de representação que funcionam como subgêneros do gênero
documentário propriamente dito: poético, expositivo, participativo,
observativo, reflexivo e performático.” (NICHOLS, p. 135)

Como ele próprio adverte, a classificação por “modalidades”, não deve ser
entendida de forma mecânica, já que boa parte dos filmes exercita diferentes
modalidades e outros recortes podem ser considerados em sua análise.
Em “Documentário: um outro cinema”, Guy Gauthier investiga historicamente a
constituição da identidade documentarista por diferentes caminhos e propõe
uma tipologia mais complexa, apresentando e comentando uma série de filmes
segundo eixos temáticos/conceituais.

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O que é documentário? Para quê, para quem?
A ética no documentário

Acesse o podcast No caso brasileiro, “Cineastas e imagens do povo” de Jean Claude Bernardet, publicado
“Festivais especializados originalmente em 1983, problematiza como a pretensa intenção de oferecer “voz ao povo”
‘É tudo verdade’”
via QR CODE: estaria a serviço de um discurso sociológico, ao mesmo tempo que registrava aspectos
fundamentais da cultura brasileira, dentro da consciência possível daquele conturbado
momento político.

A própria identidade documentarista foi e continua sendo construída a partir desses


teóricos e das experiências “práticas”, filmes produzidos e suas repercussões nos debates
públicos, influenciando as gerações seguintes de realizadores...

Assim, estes livros e autores, os filmes


Acesse o podcast
“Documentário e analisados, propiciam um ótimo percurso para
a continuidade de suas pesquisas.
arte” via QR CODE:

A ética no documentário
Se no mercado ficcional, publicitário e jornalístico se estabeleceu considerável regulação nas relações
trabalhistas e procedimentos jurídicos, o campo do documentário é bem mais nebuloso.
Ao registrarem pessoas em suas vidas reais, expostas publicamente a serviço de uma narrativa, sem
que elas (nem o próprio realizador) tenham consciência das possíveis repercussões, muitas vezes
Acesse a videoaula
“Documentário, geram situações traumáticas.
um outro cinema”
via QR CODE:

Um contrato de cessão de direitos de imagem, eventualmente remuneração, fornece subsídio legal; mas
isso não garante que as pessoas/comunidades se sintam representadas no produto final editado e exibido.
Assim, os acordos transparentes e legítimos nas relações profissionais e cotidianas entre a equipe e os
colaboradores, se tornam desafios permanentes a cada produção e devem ser considerados na análise da
obra.

Ouçam os podcasts: Festivais especializados ‘É tudo verdade’ e “Documentário e arte” e


assistam a videoaula “Documentário, um outro cinema” para correlacionar os assuntos
deste tema. Acesse via QRCode.

Leituras obrigatórias:

01 PENAFRIA, Manuela (org.) Tradições e reflexões: contributos para


teoria e estática do documentário. Lisboa, Livros Labcom, 2011.
Disponível em: www.labcom.ubi.pt

02 CESNIK, Fábio.de. S. Guia do Incentivo à Cultura.


Editora Manole, 2012. 9788520443392. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520443392

Referências
Nanook (1922)- Flaherty
Kabloonak (1993) Claude Massot
Jogo de cena (2007) – Eduardo Coutinho
BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e imagens do povo. São Paulo,
Brasiliense, 1985 (Cia das Letras, 2003 2.ed.).
GAUTHIER, Guy. Documentário, um outro cinema. São Paulo, Papirus, 2011.
NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas, Papirus, 2005.
RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal o que é mesmo documentário?
São Paulo, Editora do SENAC, 2008. 7
Documentário
Internacional -
História e Teoria

Tema 02

Biblioteca/Filmoteca: Com mais de 1.000m², é


totalmente informatizada. Possui cerca de 97 mil
títulos para quem busca a excelência nas mais
variadas áreas.

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Documentário Internacional - História e Teoria

“A convicção do poder de observar e selecionar diretamente da vida,


usando pessoas comuns para  interpretar a si mesmas em cenários
naturais,  com gestos e falas espontâneas...” 
John Grierson (citado em Kuperman, Mário. Olhos nos olhos -
Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo, 1996.)

A busca das origens da fotografia e do cinema poderia nos levar às sequências


de pinturas rupestres realizadas no interior das cavernas. No ambiente singular
destas habitações, sob a luminosidade oscilante das fogueiras, temos as
primeiras representações das caçadas e atividades cotidianas.

Não cabe, contudo, efetuar uma história completa das tecnologias de registro
e transmissão de cultura, tanto no âmbito verbal/escrito como no iconográfico
mas, procedendo um recorte mais preciso, definir duas características que
situam esta reflexão no período posterior ao século XVI: a primeira diz respeito
a variação dos temas iconográficos para além da finalidade mítica-religiosas;
em seguida, a busca por técnicas de representações cada vez mais “realistas”,
repercutindo as intensas transformações sociais do período. 

No contexto renascentista de ascensão burguesa e laicização


da sociedade, diversas experiências óticas (câmara escura,
lanterna mágica), são incorporadas paulatinamente como
entretenimento em apresentações públicas.

A busca por representações “fiéis” da realidade pode ser exemplificada na importância que
adquire a precisão do desenho no trabalho dos naturalistas/pesquisadores no século XVII a XIX e na
demanda do público europeu por relatos (e imagens) de outras regiões do mundo.

Após a invenção do cinema, o período entre 1895/1915 apresenta uma grande produção de caráter
documental atendendo inicialmente a curiosidade científica de um público não familiarizado com a
nova invenção, assim como produções associadas ao jornalismo, onde muitas vezes convivem cenas
“reais” e dramatizadas de acontecimentos considerados significativos.

Origens, precursores

O filme Nanook (1922), de Robert Flaherty (1884-1951),


é considerado um marco do cinema documentário e um
dos primeiros longas-metragens do gênero.

Esta experiência continua suscitando reflexões, desde os debates éticos na relação do


cineasta com a comunidade, a utilização da direção/encenação, mesmo que de atividades
que os Innuits já realizaram, ou que outrora realizavam, as dificuldades técnicas ao filmar em
situações extremas.

Até por estas condições, permanecem as lições em torno da necessidade de planejamento,


pesquisa e conhecimento prévio (do tema, da região, da língua, dos hábitos), assim como a
dedicação exaustiva ao projeto.

Na Inglaterra, no final da década de 1920 a figura de John


Grierson (1898-1972) torna-se referência fundamental.

Embora tenha dirigido apenas um filme (Drifters -1929), sua importância deve-se ao trabalho
em esferas distintas e simultâneas como sociólogo, produtor, professor ou político, sendo
um dos principais responsáveis pela forte tradição documentarista da Inglaterra (Empire
Marketing Board) e, após a Segunda Guerra Mundial, na implementação do National Film
Board no Canadá. Também lhe é atribuída a utilização do termo “documentário”, analisando
Moana (1926) de Robert Flaherty.

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Documentário Internacional - História e Teoria

Acesse o podcast Entre os principais realizadores associados e ao documentarismo inglês estão Basil Wright, Harry
“Documentário:
História e teoria”
Watt e Paul Rotha; Flaherty também trabalhou com Grierson nesse período, quando realizou O
via QR CODE: Homem de Aran (1934).
Merece ainda destaque a figura do brasileiro Alberto Cavalcanti (1897-1982), um participante ativo
das vanguardas francesas na década de 1920, tendo posteriormente se incorporado à equipe de
Grierson na Inglaterra.

Simultaneamente, dialogando com as vanguardas estéticas do modernismo, realizadores de


diferentes países do mundo, produziram obras e reflexões teóricas importantes, tais como o
holandês Joris Ivens, ou o soviético Dziga Vertov. (Joris Ivens Foundation - https://ivens.nl)

Estado, ideologia e guerra


Acesse o podcast
“Documentário e O conturbado cenário mundial que caracterizou a década de 1930, marca também o
violência urbana”
via QR CODE: amadurecimento da indústria cultural e a popularização das tecnologias de registro e transmissão
audiovisuais.

Além do rádio e do jornal impresso, os estados nacionais compreendem a importância do cinema


(tanto de ficção, como documentário) na consolidação da sua identidade nacional, projetos
políticos e culto à personalidade de seus líderes.

Seja veiculando ideologia de caráter liberal, populista,


nazifascista ou comunista, representam papel relevante
neste processo, naquele momento, indefinido.
Acesse a videoaula
“Documentário
Internacional”
via QR CODE:

Sabemos que conduzirá à 2a. Guerra Mundial e subsequente rearranjo geopolítico envolvendo,
em maior ou menor intensidade, todos os países periféricos, incluindo o Brasil, em suas
particularidades.

Se na Alemanha, Goebells controla toda a produção midiática do regime nazista, tendo Leni
Riefenstahl como principal expoente documentarista, nos EUA a indústria hollywoodiana e seus
melhores artífices são mobilizados no esforço de guerra para confecção de filmes ficcionais e
documentários.

Após a 2a. Guerra Mundial, ainda que na perspectiva ficcional, cineastas italianos buscaram
“retratar a realidade” contemporânea, levando o cinema para as ruas, como a trilogia de Rosselini
(Roma Cidade Aberta, Paisá, Alemanha ano 0), Ladrões de bicicleta (De Sica) ou Terra Trema
(1948), de Visconti. 

Estimuladas pelo neo-realismo e pela crítica francesa (em torno da revista Cahiers du Cinema,
fundada em 1952), as décadas de 50 e 60 assistem a proliferação de inúmeras cinematografias
locais (França, Alemanha, Brasil).

Baixos orçamentos e precárias condições de produção, o surgimento de equipamentos mais leves e


baratos, cenários naturais, atores não profissionais, a abordagem de temas políticos, valorização da
criatividade e da linguagem pessoal do diretor (cinema de autor), estão entre as características do
cinema do pós-guerra, onde documentário é apropriado em diferentes contextos e países:

Documentário norte-americano

Denominado de “cinema direto” ou observacional, segundo Bill Nichols, esta produção se caracteriza pela
proximidade no registro dos eventos, sugerindo que não houve nenhuma interferência, nem expondo
aspectos do processo de filmagem (ao menos na obra final editada). Entre os principais representantes dessa
geração estão: Robert Drew, Frederick Wiseman e os irmãos Albert e David Maysles.

Cinema Verdade (França)

Ao mesmo tempo, na França, em consonância com a Nouvelle Vague e os debates intelectuais do período,
Jean Rouch inicia uma extensa produção junto aos povos africanos, designada “colaborativa” por Nichols,
tornando-se protagonista na consolidação do campo da antropologia visual, também exercendo forte
influência no cinema brasileiro e latino americano que abordaremos a seguir...

Cinéma du Réel: https://www.cinemadureel.org

Ouçam os podcasts “Documentário: História e teoria” e “Documentário e violência urbana” e assistam a videoaula
“Documentário internacional” para correlacionar os assuntos deste tema. Acesse via QRCode.
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Documentário Internacional - História e Teoria

Leituras obrigatórias:

01 SILVA, Marcos. Sessões Descontínuas - Lições de História no cinema mundial - Volume 2. Grupo Almedina (Portugal),
2020. 9786586618044. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786586618044

BARROSO, Priscila. F.; BONETE, Wilian. J.; QUEIROZ, Ronaldo.Queiroz.de. M. Antropologia e Cultura. Porto Alegre:
02 Grupo A, 2018. 9788595021853. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595021853

Filmes indicados/trechos exibidos

01 Nanook (1922), Moana (1926), Homem de Aran (1934) – Robert Flaherty

02 Kabloonak (1993) - Claude Massot

03 A chuva (1929) e Terra de Espanha (1937) - Joris Ivens

04 Drifters (1929) - John Grierson

05 O Homem com a câmera (1929) – Dziga Vertov

06 North Sea - Harry Watt

07 Coal Face (1936) - Alberto Cavalcanti

08 Yellow Caesar (1942) - Alberto Cavalcanti

09 O triunfo da Vontade (1934) – Leni Riefenstahl

10 Why we Fight (1942) de Frank Capra (foto)

11 Noite e Neblina (1955) – Alain Resnais

12 Jaguar (1967) – Jean Rouch

13 Réponse de femme (1975) Agnes Varda

14 Primárias e Crise – Robert Drew

15 Entreatos (2004) – João Moreira Salles

16 Gimme Shelter (1970) – Albert e David Maysles/Charlotte Zverin

17 Corações e mentes (1974) – Peter Davis

Referências
BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: “Obras Escolhidas 1. SP: Brasiliense, 1987.
CAVALCANTI, Alberto. Filme e realidade. Rio de Janeiro, Livraria e Editora da Casa do Estudante do Brasil, 1957.
FERRO, Marc. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. Campinas, Papirus, 2005.
VIRILIO, Paul. Guerra e Cinema. São Paulo, Scritta Editorial, 1993.  11
Documentário
brasileiro e
latino- americano
Tema 03

Biblioteca/Filmoteca: Com mais de 1.000m², é


totalmente informatizada. Possui cerca de 97 mil
títulos para quem busca a excelência nas mais
variadas áreas.

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Documentário brasileiro e latino-americano

História e historiografia do
documentário brasileiro
Considerando que mais de 90% da produção cinematográfica
brasileira do período mudo esteja perdida, pesquisadores
identificam (restauram, ainda que pequenos trechos) e
revalorizam as “Cavações”, registros familiares, filmes publicitários,
institucionais, fornecendo importantes documentos de pesquisa.

Se considerados de forma sistematizada (em sua execução e


longevidade) talvez os primeiros registros documentais possam ser
atribuídos ao major Thomaz Reis. Acompanhando o marechal Rondon,
não podemos nos furtar da beleza estética, importância antropológica e
histórica de suas imagens.

No final da década de 1920, como em outros países, no Brasil


os governantes percebem a importância do cinema (e outras
tecnologias) vinculadas a seus projetos políticos.

Na década seguinte o governo getulista se mobiliza pela constituição de uma identidade nacional,
exemplificada nas produções (e na intensa atividade de censura) do DIP (Departamento de
Informação e Propaganda).

Por outro lado, Roquette Pinto alertava para o papel que o cinema poderia desempenhar na
educação, promovendo em 1936 a criação do INCE (Instituto Nacional de Cinema Educativo) que tem
Humberto Mauro (1897-1983) como diretor técnico. Ainda que sujeito às limitações da burocracia
estatal e/ou também se beneficiando da estabilidade do funcionalismo público em sua longevidade,
foi responsável pela realização de cerca de 300 filmes até o início da década de 1970. Sua produção
permanece como referência fundamental para a história do cinema e da cultura brasileira,
generosamente representada por seu olhar.

Documentário brasileiro e latino americano –


Do cinema novo à Retomada
Intimamente ligados à emergência dos novos cinemas e aos debates políticos e
culturais das décadas de 1960 e 1970, no Brasil e na América latina, uma geração de
documentaristas teve papel fundamental na resistência diante das ditaduras militares.

Muitos foram mortos, outros torturados, presos, por mais ou menos tempo; exilados (especialmente em países
democráticos da Europa), atuaram no registro, denúncia, memória e reflexões sobre os abusos cometidos nesse
período, participando ativamente do restabelecimento de regimes democráticos em seus países.

No contexto latino americano, a liderança de Fernando Birri é inquestionável: desde sua profunda vinculação com
os neorrealistas italianos, a iniciativa da Escola de Santa Fé no final da década de 1950, até a fundação da Escola de
San Antonio de Los Baños (EICTV) promovendo a integração entre “Unidad e diversidad”, até o fim da vida.

Fundación del Nuevo Cine: http://cinelatinoamericano.org/fncl.aspx

Retina Latina: https://www.retinalatina.org

TAL – Televisión Maerica latina: https://www.tal.tv

Em intenso diálogo com o “cinema novo”, Thomaz Farkas, com inestimável colaboração
de Sergio Muniz irá catalisar os mais importantes realizadores desta geração em uma
extensa produção: 4 médias, lançados em 1965, sob a designação de Brasil Verdade”;
e, no final da década, mais de 20 curtas realizados no nordeste (finalizados e lançados
posteriormente), no que foi chamada “Caravana Farkas”. https://www.thomazfarkas.com

Nas décadas seguintes, nomes como Eduardo Escorel, Paulo Gil Soares, Geraldo
Sarno, Vladimir Carvalho, Joaquim Pedro de Andrade, João Batista de Andrade, Mario
Kuperman, Renato Tapajós, Leon Hirschmann, Maurice Capovilla, Silvio Tendler ou
Eduardo Coutinho, entre outros, realizam uma extensa filmografia, incluindo relevantes
colaborações na televisão (TV Cultura de São Paulo e Globo repórter, realizado em
película até 1983), atuação nos ambientes teóricos e acadêmicos, até a elaboração de
políticas culturais no contexto da redemocratização e Retomada do cinema nacional do
final do século passado. 13
Documentário brasileiro e latino-americano

Acesse o podcast Ouçam os podcasts “Documentário contemporâneo” e “Documentário brasileiro - A obra de Eduardo
“Documentário Coutinho”, e assistam a videoaula “Documentário no Brasil e América Latina”, acessando o QRCode.
contemporâneo”
via QR CODE:

Leituras obrigatórias:

01 AVELLAR, José Carlos. A ponte clandestina. São Paulo / Rio de Janeiro, Edusp/ Editora
34, 1995.

02 BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e imagens do povo. São Paulo, Brasiliense, 1985.

03 Revista Mnemocine N3 out/2020 – Apresenta entrevista com Jean Claude Bernardet


e extenso dossiê de e sobre sua obra;
Acesse o podcast http://mnemocine.com.br/images/Revista/Revista%20Mnemocine%20n%203.pdf
“Documentário
brasileiro - A obra de
Eduardo Coutinho”
via QR CODE:

Filmes indicados/trechos exibidos

01 Ao redor do Brasil (1932) - Thomaz Reis;

02 O cineasta da selva (1997) - Aurélio Michiles;

03 São Paulo, Sinfonia de uma Metrópole (1929) - Rodolfo Lustig e


Adalberto Kennedy;

Acesse a videoaula 04 Vitória Régia (1937), Lagoa Santa (1940), Fossa Seca (1954),
Carro de boi (1956/1974) - Humberto Mauro
“Documentário no
Brasil e América

05
Latina” via QR CODE:
Tire dié (1960)- Fernando Birri

06 Now (1965)- Santiago Álvarez

07 Memoria del Saqueo (2005) - Fernando Solanas

08 Batalha do Chile (1975,76,79) / Nostalgia da Luz (2010) - Patricio Guzmán

09 Aruanda (1960) de Linduarte Noronha

10 Romeiros da Guia (1962) de Vladimir Carvalho e João Ramiro Mello

11 Viramundo (1965) de Geraldo Sarno

12 Iracema, uma transamazônica (1975) – Jorge Bodanzki e Orlando Sena

13 Linha de montagem (1982) - Renato Tapajós

14 Jango (1984) – Silvio Tendler

15 Cabra marcado para morrer (1984) – Eduardo Coutinho

16 Conterrâneos velhos de guerra (1990) – Vladimir Carvalho

Referências
AVELLAR, José Carlos. A ponte clandestina. São Paulo / Rio de Janeiro, Edusp / Editora 34, 1995.
BERNARDET, Jean-Claude. Cineastas e imagens do povo. São Paulo, Brasiliense, 1985.
BERNARDET, Jean-Claude.  Historiografia clássica do cinema brasileiro. São Paulo, Annablume, 1995.
DA-RIN, Silvio. Espelho Partido - Tradição e Transformação do Documentário. Rio de Janeiro, Azougue Editorial, 2004.
FABRIS, Mariarosaria. O Neo-Realismo Italiano. São Paulo, Edusp/Fapesp, 1996.
GUZMÁN, Patricio. Filmar o que não se vê: um modo de fazer documentário. Edições SESC, São Paulo, 2017.
MARINHO, José. Dos Homens e das Pedras. O Ciclo do Documentário Paraibano (1959/1979). Niterói, EDUFF, 1998
SCHVARZMAN, Sheila. Humberto Mauro e as Imagens do Brasil. São Paulo, Unesp, 2004.
TEIXEIRA, Francisco Elinaldo (org.). Documentário no Brasil: tradição e transformação. São Paulo, Summus, 2004.
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O fazer documentarista.
Cenário contemporâneo
Tema 04

Museu de Arte Brasileira - MAB FAAP. Local com


60 anos de história, cultura, arte e inspiração.

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O fazer documentarista. Cenário contemporâneo

Fazendo documentários

Eduardo Escorel, sobre o filme de Coutinho na revista Piauí:

“Se comentar Moscou é arriscado, fazer documentários envolve riscos ainda


maiores. Da concepção ao término de cada projeto, o sentimento predominante
do diretor é de estar à beira do abismo. A incerteza que permeia a produção,
resultante da falta de controle sobre o que ocorre diante da câmera, pode levar
a um acidente fatal, sendo essa imprevisibilidade, no entanto, um dos
principais trunfos desse gênero de filmes.” (ESCOREL, 2005)

Como vimos nas aulas anteriores, a produção documentarista apresenta uma longa
tradição, gerações de realizadores e uma ampla variedade de experiências…

Embora existam semelhanças com um filme de ficção, o documentário diferencia-se


em várias etapas de seu processo de produção, normalmente apresentando equipes
e orçamentos menores e outros circuitos de distribuição e exibição.

Respeitando essa diversidade, e acreditando que a relação de cada realizador com


seu tema produz novas estratégias e narrativas, apresentamos a seguir alguns
tópicos para a organização de um projeto documentarista, buscando contemplar
e/ou contribuir para o atendimento das principais demandas previstas em editais,
premiações, parceiros e patrocinadores.

Definição do Tema
As origens e motivações de cada realizador são muito variadas, podendo surgir de vivências pessoais,
preocupações políticas, denúncia de situações, história de indivíduos e comunidades, pautas contemporâneas,
como em 2022, em torno da comemoração dos 100 anos da semana de arte moderna de São Paulo etc..

Também pode atender às demandas de instituições


públicas e privadas, emissoras abertas ou pagas e,
mais recentemente, plataformas de streaming.

Alguns itens normalmente são imprescindíveis, permitindo visualizar, ainda que


sucintamente, todo o processo de produção até o resultado esperado:

Sinopse – 1 parágrafo, 2 ou 3 linhas – deve ser objetiva e apresentar os principais elementos da proposta;

Objetivos e Justificativa - explicitar a relevância do tema; diferenciais em relação a outros projetos;


experiência do proponente; interfaces possíveis com área de atuação patrocinador;

Público-alvo - a quem se dirige o documentário; direto e indireto; deve ser o mais detalhado possível,
indicando relações com o publico alvo do patrocinador, as contrapartidas e sistemáticas de avaliação;

Duração e formato - sua definição relaciona-se com as perspectivas de distribuição e veiculação, o


público-alvo e as demandas do patrocinador, edital e/ou parceria com uma emissora de televisão.
Por exemplo, no caso de uma emissora de televisão a produção deverá se ater a uma série de parâmetros
adequada a grade do canal; envolve supervisão de pauta e roteiro, divisão dos blocos para intervalos
comerciais, além de uma duração definida. Um projeto documentarista também pode gerar diferentes
produtos finais a partir da mesma pesquisa e captação de imagens e sons.

Pesquisa - Em um documentário a pesquisa é atividade fundamental, envolvendo o levantamento de


todas as informações necessárias à realização do projeto:

Pode ser dividida em 2 fases:


- Preliminar, para elaboração do projeto de captação de recursos, possíveis entrevistados, locações,
fotos, livros, sites, etc.
- E, outra, detalhada, após captação de imagens, com a remuneração de profissionais especializados,
aquisição de materiais de arquivos, visita a locações, etc.;

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O fazer documentarista. Cenário contemporâneo

Estratégias de abordagem (metodologia) e


roteiro (de gravação)
Como o tema será apresentado, em quais locais serão gravados, quem será
entrevistado, quais perguntas serão feitas, qual projeto estético? Enfim, levantar o
máximo de informações necessárias para as etapas seguintes…

1. Análise técnica e pré-produção 2. Gravação 3. Análise/Minutagem

O que será necessário Adequação ao Organização de todo o material


para as gravações: cronograma de gravado organizados por temas,
gravação; equacionar entrevistados, palavras chave;
- Formação da equipe técnica; os imprevistos, transcrição das entrevistas, realização
elaboração de orçamento e identificar novas de um primeiro corte, excluindo
cronograma de gravação; possibilidades; imagens que certamente não seriam
utilizadas;
- Logística de hospedagem
e transporte da equipe; A precisão nesta etapa (que precede a
agendamento de entrevistas, gravação, descrição e identificação do
levantamento de locações, de material captado) contribui muito com a
equipamentos necessários. fase seguinte;

4. Roteiro final (de edição) 5. Edição e 6. Distribuição, divulgação e lançamento


Finalização
Elaboração da estrutura Envolve desde a confecção de materiais
narrativa final; seleção/ Articulação dos de divulgação (como poster, capa do DVD,
composição de trilha trechos selecionados, website e outros), release para mailing e
sonora, redação de ritmo narrativo; arte; veículos de mídia; mobilização de redes
legendas e créditos; efeitos gráficos; sociais;
finalização de som e
imagem; O projeto de lançamento e distribuição
deve garantir o acesso da produção ao
seu público alvo, além de participação em
eventos, debates, circuitos de festivais,
etc.…

Concursos e editais
Tanto aqueles promovidos pelo poder público, institutos e fundações, como pelas
emissoras privadas, os editais representam as principais fontes de recursos para a
produção de documentários.

Muitas vezes apresentam diferenças nas exigências e na terminologia utilizada nos


itens solicitados, entre as quais citamos: indicação do tema; hipótese e originalidade;
eleição e descrição do objeto; sugestão de estrutura; eleição e justificativa das
estratégias de abordagem; pitching* com os pré-selecionados; plano de produção,
cronograma físico-financeiro e orçamento, etc.

Importante

*Pitching: processo de seleção adotado por vários concursos e emissoras, onde o proponente deve
apresentar sinteticamente o projeto e defendê-lo diante de uma banca de especialistas;
Os principais editais, concursos e mostras também desempenham uma função educativa, com oficinas
e palestras, programas de edições anteriores, publicações que também contribuem para a elaboração
de seus projetos.

O Cenário contemporâneo
Se antes restrito ao circuito de cinema alternativo, ambientes acadêmicos, emissoras
públicas educativas (tendo a BBC como principal referência e, no Brasil, a TV Cultura
de São Paulo), na virada do século, ao lado da “Retomada” do cinema nacional, a
produção documentarista também apresentou uma grande expansão.

Esta pode ser observada no crescimento exponencial de inscritos no pioneiro, e


até hoje mais importante, Festival “É tudo verdade”, novos festivais especializados,
além de maior espaço nos tradicionais, abrindo categorias, programação e curadoria
diferenciada.

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O fazer documentarista. Cenário contemporâneo

Acesse o podcast Assim como o surgimento de núcleos universitários, de pesquisa, revistas, sites, encontros
“Cinema acadêmicos e associações profissionais como a ABD (Associação Brasileira de Documentaristas).
Ameríndio” via
QR CODE: A maior visibilidade documentarista pode ser atribuída a diversos fatores, tais como o
barateamento de equipamentos de captação e edição digitais, a televisão por assinatura,
tendo a Discovery a grande referência. Ou, mais recentemente, as plataformas de streaming
e a cota de 25% de produção nacional na televisão paga (a partir de 2011), contribuíram para o
aquecimento do setor.

Representam especialmente um espaço para grupos


antes marginalizados, expressão de subjetividades
e reflexões filosóficas, tendo participação ativa nos
debates sociais.

No início deste século, ao lado de filmes de sucesso como Cidade de Deus,


Carandiru e Tropa de Elite, o tema da violência urbana foi explorada sob
diferentes pontos de vista em documentários como:
• Notícias de uma guerra particular (1999) - João Moreira Salles e Katia Lund

• Ônibus 174 (2002) - José Padilha

• Prisioneiro da grade de ferro (2003) - Paulo Sacramento

• Falcão meninos do tráfico (2006) – MV Bill e Celso Athayde

A questão indígena, abordada por experientes cineastas:

• 500 almas (2004) – Joel Pizzini

• Serras da desordem (2006) – Andrea Tonacci

• Ex-pajé (2018) – Luiz Bolognesi

• Martírio (2018) - Vincent Carelli

Uma produção que se deu ao mesmo tempo em que a população indígena se torna protagonista com
uma nova geração de realizadores (reconhecendo o papel pioneiro do projeto Vídeo nas Aldeias e
apoio da sociedade civil).
Plataforma de streaming com 88 obras relacionadas ao projeto: http://videonasaldeias.org.br

OCA UFF: https://oca.observatorio.uff.br/?p=1817

Itaú Cultural Play: https://assista.itauculturalplay.com.br

Sobre esta temática, ouça nosso podcast “Cinema Ameríndio”, acessando o QRCode.

Entre as mais importantes manifestações do documentário contemporâneo estão a


explicitação dos procedimentos e métodos utilizados na produção e o envolvimento
dos realizadores com seus temas e protagonistas, observadas em filmes de grande
repercussão no cenário internacional:

• Roger and me (1989) – Michael Moore

• Super size me – (2004) – Morgan Spurlock

• O Homem Urso (2005) – Werner Herzog

Ou brasileiro, com filmes provocadores e instigantes em


seus processos e resultados visuais:

• Um passaporte Húngaro (2001) – Sandra Kogut


• Janela da Alma (2002) de Walter Carvalho e João Jardim
• 33 (2002) – Kiko Goifman
• Santiago (2007) - João Salles
• Elena (2012) – Petra Costa
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O fazer documentarista. Cenário contemporâneo

Acesse o podcast Em nossos 8 podcasts buscamos contemplar ao menos uma


“A produção de
documentários”
pequena parte desse rico momento, convidando alguns de seus
via QR CODE: protagonistas e/ou abordando suas obras, indicando percursos
para continuidade de suas pesquisas e produções.

Como finalização, sempre provisória, gostaria de agradecer por


esta oportunidade de conversar com vocês sobre o universo
documentarista. Espero que tenham gostado!!!

Cabe aqui, para finalizar, sugerir que ouçam o podcast “A


produção de documentários. A representação/representatividade
do negro/a no audiovisual.” e assistam a videoaula “Cenário
contemporâneo” que vocês acessam via QRCode.

Acesse a videoaula
“Cenário E continuamos à disposição para
contemporâneo”
via QR CODE: continuidade de nossos diálogos!!!

Leituras obrigatórias:

01 TEIXEIRA, Inês.Assunção.de. C.; LOPES, José.de.Sousa. M. A


diversidade cultural vai ao cinema. Grupo Autêntica, 2007.
9788582179147. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582179147

02 GIACAGLIA, Maria. C. Eventos: como criar, estruturar e captar recursos.


Cengage Learning Brasil, 2005. 9788522108626. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522108626

Referências
ESCOREL, Eduardo. Adivinhadores de água. São Paulo, Cosac Naif, 2005.
LINS, Consuelo. O Documentário de Eduardo Coutinho. Jorge Zahar, 2004
RAMOS, Fernão e MIRANDA, Luiz Felipe. (Orgs.). Enciclopédia do Cinema Brasileiro. São Paulo, Editora Senac, 2000.
RAMOS, Fernão Pessoa (org.). Teoria Contemporânea do Cinema: Documentário e Narratividade Ficcional. São
Paulo: Editora do SENAC, 2005. vol. 2

Revista Mnemocine n4 – Apresenta entrevista e dossiê sobre Silvio Tendler: http://mnemocine.com.br/images


Revista/Revista%20Mnemo%2004.pdf

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