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Responsabilidade
Esta Norma é uma publicação do Global Sustainability Standards Board (GSSB). Comentários sobre as Normas GRI
poderão ser enviados para gssbsecretariat@globalreporting.org para apreciação pelo GSSB.
Devido Processo
Este documento é de interesse público e foi desenvolvido em conformidade com os requisitos do Protocolo de
Devido Processo do GSSB. Foi desenvolvido fazendo uso da competência multi-stakeholder e considerando
instrumentos intergovernamentais reconhecidos internacionalmente, bem como as amplas expectativas das
organizações no que se refere a responsabilidades sociais, ambientais e econômicas.
Responsabilidade legal
O presente documento tem por objetivo promover o relato de sustentabilidade e foi desenvolvido pelo Global
Sustainability Standards Board (GSSB) por meio de um processo consultivo singular que envolveu diversos
stakeholders, entre os quais representantes de organizações e usuários de informações de relatórios de todo o
mundo. Embora o Conselho Diretor da GRI e o GSSB incentivem o uso das Normas GRI para Relato de
Sustentabilidade (Normas GRI) e suas Interpretações por todas as organizações, a elaboração e publicação de
relatórios total ou parcialmente baseados nas Normas GRI e suas Interpretações são de total responsabilidade de
quem os produz. Nem o Conselho Diretor da GRI, nem o GSSB, nem a Fundação Global Reporting Initiative (GRI)
podem assumir a responsabilidade por quaisquer consequências ou danos que resultem, direta ou indiretamente,
do uso das Normas GRI e suas Interpretações na elaboração de relatórios ou do uso de relatórios baseados nas
Normas GRI e suas Interpretações.
Global Reporting Initiative, GRI e seu logotipo, GSSB e seu logotipo e Normas GRI para Relato de Sustentabilidade
(Normas GRI) e seu logotipo são marcas registradas da Fundação Global Reporting Initiative.
Sumário
Introdução 4
1. Conteúdos para gestão de temas 8
Conteúdo 207-1 Abordagem tributária 9
Conteúdo 207-2 Governança, controle e gestão de risco fiscal 11
Conteúdo 207-3 Engajamento de stakeholders e gestão de suas preocupações
13
quanto a tributos
2. Conteúdos temáticos 14
Conteúdo 207-4 Relato país-a-país 14
Glossário 19
Bibliografia 23
4 GRI 207: Tributos 2019
Introdução
A Norma GRI 207: Tributos 2019 possui conteúdos para que as organizações relatem informações sobre seus
impactos relacionados a tributos, e sobre como elas gerenciam esses impactos. Os conteúdos permitem que a
organização forneça informações sobre como gerencia os tributos e informações sobre suas receitas, seus tributos
e suas atividades de negócios país-a-país.
O restante da Introdução apresenta informações gerais sobre o tema, uma visão geral do sistema das Normas GRI
e outras informações sobre como usar esta Norma.
Os tributos são importantes fontes de receita governamental e são cruciais para a política fiscal e a estabilidade
macroeconômica dos países.
Eles são reconhecidos pelas Nações Unidas por desempenhar um papel vital no alcance dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável.1 Eles são também um mecanismo essencial pelo qual as organizações contribuem
para as economias dos países onde operam.
Os tributos pagos por uma organização mostram que a lucratividade depende de muitos fatores externos à
organização, inclusive o acesso a trabalhadores, mercados, infraestrutura e serviços públicos, recursos naturais e
uma administração pública.
As organizações têm a obrigação de cumprir com a legislação tributária e a responsabilidade para com seus
stakeholders de atender expectativas de boas práticas tributárias. Se as organizações buscam minimizar suas
obrigações fiscais em uma jurisdição, elas podem privar o governo de receitas. Isso pode levar a uma redução de
investimentos em infraestrutura e serviços públicos, a um aumento nas dívidas governamentais ou à transferência
da obrigação fiscal para outros contribuintes.
Percepções de elisão fiscal por parte de uma organização poderiam também abalar o cumprimento das obrigações
tributárias de uma forma mais ampla, levando outras organizações a adotar um planejamento tributário agressivo
com base na visão que elas poderiam estar em desvantagem competitiva caso não o fizessem. Isso pode levar ao
aumento nos custos associados a regras tributárias e sua aplicação.
O relato público sobre tributos aumenta a transparência e promove confiança e credibilidade nas práticas tributárias
das organizações e nos sistemas tributários. Ele permite aos stakeholders formar opiniões embasadas sobre as
posições tributárias de uma organização. A transparência fiscal também dá subsídios ao debate público e apoia o
desenvolvimento de uma política fiscal socialmente desejável.
Relato país-a-país
O relato país-a-país envolve o relato de informações financeiras, econômicas e fiscais para cada jurisdição onde
uma organização opera. Isso indica a escala de atividade da organização e a contribuição que ela faz por meio dos
tributos nessas jurisdições.
Em combinação com os conteúdos para gestão de temas, o relato país-a-país dá uma visão acerca das práticas
tributárias da organização em diferentes jurisdições. Ele também pode sinalizar aos stakeholders os possíveis
riscos reputacionais e financeiros nas práticas tributárias da organização.
1 Resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, 2015.
(Considere especialmente a Meta 17.1: "Fortalecer a mobilização de recursos internos, inclusive por meio do apoio internacional aos países em
desenvolvimento, para melhorar a capacidade nacional para arrecadação de impostos e outras receitas"; do Objetivo 17: "Fortalecer os meios de
implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável".)
5 GRI 207: Tributos 2019
As Normas GRI são estruturadas como um sistema de normas inter-relacionadas, organizadas em três séries:
Normas Universais da GRI, Normas Setoriais da GRI e Normas Temáticas da GRI (consulte a Figura 1 desta
Norma).
A Norma GRI 2: Conteúdos Gerais 2021 possui conteúdos que a organização usa para fornecer informações sobre
suas práticas de relato e outros detalhes da organização, tais como suas atividades, sua governança e suas
políticas.
A Norma GRI 3: Temas Materiais 2021 fornece orientações sobre como definir temas materiais. Ela também possui
conteúdos que a organização usa para relatar informações sobre seu processo de definição de temas materiais,
sua lista de temas materiais e como ela gerencia cada tema.
Normas Setoriais
As Normas Setoriais fornecem informações para as organizações sobre seus prováveis temas materiais. A
organização usa as Normas Setoriais que se aplicam a seus setores ao definir seus temas materiais e ao definir o
que relatar para cada tema material.
Normas Temáticas
As Normas Temáticas possuem conteúdos que a organização usa para relatar informações sobre seus impactos
em relação a temas em particular. A organização usa as Normas Temáticas de acordo com a lista de temas
materiais que definiu usando a Norma GRI 3.
6 GRI 207: Tributos 2019
É necessário que a organização que estiver relatando em conformidade com as Normas GRI relate os conteúdos
abaixo se ela tiver definido que tributos são um tema material:
• Conteúdo 3-3 da Norma GRI 3: Temas Materiais 2021 (consulte o item 1.1 desta Norma);
• Quaisquer conteúdos desta Norma Temática que sejam relevantes para os impactos da organização
relacionados a tributos (do Conteúdo 207-1 ao Conteúdo 207-4).
Se a organização não puder cumprir com um conteúdo ou um requisito em um conteúdo (ex.: porque a informação
necessária é confidencial ou sujeita a proibições legais), então é necessário que a organização especifique o
conteúdo ou o requisito que não pode cumprir e apresente um motivo para omissão com uma explicação no
sumário de conteúdo da GRI. Consulte o Requisito 6 da Norma GRI 1: Fundamentos 2021 para mais informações
sobre motivos para omissão.
Se a organização não puder relatar as informações necessárias sobre um item especificado em um conteúdo
porque o item (ex.: comitê, política, prática ou processo) não existe, ela poderá cumprir o requisito relatando que este
é o caso. A organização poderá explicar os motivos de não possuir esse item ou descrever possíveis planos para
criá-lo. O conteúdo não exige que a organização implemente o item (ex.: criar uma política), mas é necessário relatar
que o item não existe.
Se a organização pretende publicar um relatório de sustentabilidade avulso, ela não precisa repetir as informações
que já relatou publicamente em outro lugar, como páginas da Internet ou em seu relatório anual. Nesse caso, a
organização poderá relatar um conteúdo necessário fornecendo uma referência no sumário de conteúdo da GRI de
onde esta informação poderá ser encontrada (ex.: inserindo um link para a página da Internet ou citando a página no
relatório anual onde a informação tenha sido publicada).
7 GRI 207: Tributos 2019
Requisitos são apresentados em negrito e indicados pela palavra "deverá". A organização deve cumprir requisitos
para relatar em conformidade com as Normas GRI.
Orientações incluem informações gerais, explicações e exemplos para ajudar as organizações a entender melhor
os requisitos. Não é exigido que a organização cumpra as orientações.
As Normas poderão também incluir recomendações. Esses são casos em que uma ação específica é incentivada,
mas não exigida.
Os termos definidos estão sublinhados no texto das Normas GRI, com links para suas definições no Glossário. É
necessário que a organização aplique as definições do Glossário.
8 GRI 207: Tributos 2019
É necessário que a organização que tenha definido que tributos são um tema material relate como gerencia o tema
usando o Conteúdo 3-3 da Norma GRI 3: Tópicos Materiais 2021 (consulte o item 1.1 desta seção). É necessário
que a organização relate também quaisquer conteúdos desta seção (do Conteúdo 207-1 ao Conteúdo 207-3) que
sejam relevantes aos seus impactos relacionados a tributos.
Esta seção visa, portanto, complementar – e não substituir – o Conteúdo 3-3 da Norma GRI 3.
REQUISITOS 1.1 A organização relatora deverá relatar como gerencia tributos usando
2 Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Diretrizes da OCDE para Empresas Multinacionais, pp. 60-63, 2011.
9 GRI 207: Tributos 2019
REQUISITOS
A organização relatora deverá relatar as seguintes informações:
i. se a organização possui uma estratégia fiscal e, caso possua, um link para essa
estratégia quando estiver disponível ao público;
ii. o órgão de governança ou o cargo de nível executivo dentro da organização que
formalmente analisa e aprova a estratégia fiscal, além da frequência dessa
análise;
iii. a abordagem para conformidade regulatória;
iv. como a abordagem tributária está vinculada às estratégias de negócios e de
desenvolvimento sustentável da organização.
ORIENTAÇÕES
Informações gerais
A abordagem tributária de uma organização define como a organização equilibra cumprimento
das obrigações tributárias com atividades de negócios e expectativas éticas, sociais e
relacionadas ao desenvolvimento sustentável. Ela pode incluir os princípios fiscais da
organização, sua orientação quanto ao planejamento tributário, o grau de risco que a
organização está disposta a aceitar e a abordagem da organização para relacionamento com
as autoridades fiscais.
REQUISITOS
A organização relatora deverá relatar as seguintes informações:
ORIENTAÇÕES
Informações gerais
Possuir sistemas sólidos de governança, controle e gestão de risco fiscal em vigor pode ser
um indicador que a abordagem tributária e a estratégia fiscal relatadas estão bem integradas
em uma organização e que a organização está monitorando com eficácia suas obrigações de
conformidade. O relato dessas informações garante aos stakeholders que as práticas da
organização refletem as declarações que fez sobre sua abordagem tributária em sua
estratégia fiscal ou em documentos equivalentes.
Ao relatar a abordagem para riscos fiscais, a organização poderá descrever seu apetite de
risco e sua tolerância ao risco, além de fornecer exemplos de práticas tributárias que evita por
estarem desalinhadas com sua abordagem tributária e sua estratégia fiscal. Apetite de risco e
tolerância ao risco indicam o grau de risco que a organização está disposta a aceitar ao
determinar suas posições tributárias.
A organização poderá também especificar até que ponto o mais alto órgão de governança tem
a supervisão da concepção, implementação e eficácia da estrutura de governança e controle
fiscal.
O Conteúdo 207-2-b relaciona-se com o Conteúdo 2-26 da Norma GRI 2: Conteúdos Gerais
2021. Se as informações relatadas pela organização no Conteúdo 2-26 abrangerem
mecanismos usados para a apresentação de preocupações relativas à conduta empresarial
da organização em relação a tributos, a organização poderá fazer referência a essas
informações.
REQUISITOS
A organização relatora deverá relatar as seguintes informações:
ORIENTAÇÕES
Informações gerais
As práticas tributárias adotadas pelas organizações são do interesse de vários stakeholders. A
abordagem que uma organização adota para se engajar com stakeholders pode influenciar
sua reputação e confiabilidade. Isto inclui como a organização se relaciona com autoridades
fiscais no desenvolvimento de sistemas, legislação e administração de tributos.
O Conteúdo 207-3-a-ii relaciona-se aos requisitos de relato da Norma GRI 415: Políticas
Públicas 2016. Se a organização tiver definido que políticas públicas são um tema material e
tiver relatado informações na Norma GRI 415 que cubram suas ações de advocacy em
políticas públicas referentes a tributos, a organização poderá fornecer uma referência para
essas informações
2. Conteúdos temáticos
Conteúdo 207-4 Relato país-a-país
REQUISITOS
A organização relatora deverá relatar as seguintes informações:
2.2.1 conciliar os dados relatados para os Conteúdos 207-4-b-iv, vi, vii e viii com os
dados declarados em suas demonstrações financeiras consolidadas
auditadas ou em suas informações financeiras registradas em registro
público para o período relatado no Conteúdo 207-4-c. Quando os dados
relatados não conciliarem com as demonstrações financeiras consolidadas
auditadas ou com as informações financeiras registradas em registro público,
a organização deverá fornecer uma explicação para essa diferença;
2.2.2 para o Conteúdo 207-4-b-ix, incluir o imposto de renda pessoa jurídica
incidente para o período relatado no Conteúdo 207-4-c e excluir o imposto de
renda pessoa jurídica diferido e as provisões para posições tributárias
incertas (uncertain tax positions);
2.2.3 nos casos em que uma entidade seja considerada não residente em qualquer
jurisdição fiscal, fornecer as informações em separado para essa entidade
sem jurisdição.
RECOMENDAÇÕES
2.3 Recomenda-se que a organização relatora relate as seguintes informações adicionais
para cada jurisdição fiscal relatada no Conteúdo 207-4-a:
ORIENTAÇÕES
Informações gerais
O relato país-a-país é o relato de informações financeiras, econômicas e fiscais para cada
jurisdição onde a organização opera.
Se o relato completo referente a uma jurisdição fiscal não for possível porque a organização
detém participação minoritária ou é a parceira não-operacional de uma joint venture de uma
entidade, a organização poderá declarar como motivo para omissão que estas informações
não estão disponíveis ou estão incompletas e especificar o acionista majoritário ou parceiro
operacional.
Ao relatar os nomes das entidades residentes de uma jurisdição fiscal, a organização poderá
especificar se alguma das entidades é inativa.
Se a organização não puder relatar dados numéricos exatos, ela poderá arredondar o número
de empregados para a dezena mais próxima ou, se o número de empregados for superior a
1000, para a centena mais próxima.
Por este motivo, receitas provenientes de vendas por terceiros e provenientes de transações
intra-grupo com outras jurisdições são um indicador mais adequado da magnitude das
atividades da organização dentro de uma jurisdição fiscal do que receitas agregadas. Receitas
agregadas poderiam resultar em dupla contabilização de receitas locais, podendo criar um
impressão enganosa sobre a magnitude das atividades da organização em uma jurisdição.
A organização poderá também relatar outras fontes de receitas como, por exemplo, dividendos,
juros e royalties, quando isso for uma prática-padrão no setor da organização.
A organização poderá agrupar itens explanatórios em uma categoria genérica como "outros";
se esses itens somados não excederem 10% da diferença.
Além de fornecer uma explicação qualitativa conforme o requisito de relato deste conteúdo, a
organização poderá também relatar uma conciliação quantitativa de imposto de renda.
Caso as informações exigidas no Conteúdo 207-4 não estejam disponíveis para o período
coberto pelas demonstrações financeiras consolidadas auditadas ou pelas informações
financeiras registradas em registro público mais recentes, a organização poderá relatar as
informações referentes ao período coberto pelas demonstrações financeiras consolidadas
auditadas ou pelas informações financeiras registradas em registro público imediatamente
precedentes às atuais.
Onde este período for diferente do período de relato, a organização poderá especificar o motivo.
O total de remuneração dos empregados também representa a base de cálculo para impostos
retidos na fonte e pagos em nome dos empregados, conforme descrito no item 2.3.2.
A organização poderá fornecer uma descrição das posições tributárias que não foram
acordadas com as autoridades fiscais pertinentes ao final do período relatado no Conteúdo
207-4-c. A descrição poderá incluir a natureza do desacordo e os motivos de quaisquer
mudanças nas posições tributárias que ocorreram durante o período, quando relevantes.
19 GRI 207: Tributos 2019
Glossário
Este glossário inclui definições de termos usados nesta Norma. É necessário que a organização aplique essas
definições ao usar as Normas GRI.
As definições inclusas neste glossário podem conter termos que estejam, por sua vez, definidos no Glossário das
Normas GRI. Todos os termos definidos estão sublinhados. Quando um termo não estiver definido neste glossário
ou no Glossário das Normas GRI, definições normalmente usadas e entendidas serão aplicáveis.
cadeia de fornecedores
gama de atividades realizadas por entidades upstream da organização, que fornecem produtos
ou serviços usados no desenvolvimento dos produtos ou serviços da própria organização
cadeia de valor
gama de atividades realizadas pela organização e por entidades upstream e downstream da
organização para trazer os produtos e serviços da organização de sua concepção até seu uso
final
comunidade local
indivíduos ou grupos de indivíduos vivendo ou trabalhando em áreas afetadas ou que
poderiam ser afetadas pelas atividades da organização
Obs.: A comunidade local inclui tanto pessoas que vivem próximas às operações da
organização como as que vivem afastadas.
criança
pessoa com menos de 15 anos de idade ou abaixo da idade de conclusão da escolaridade
obrigatória, o que for maior
Obs. 2: A Convenção nº 138 da OIT “Idade Mínima”, de 1973, se refere tanto ao trabalho
infantil como a trabalhadores jovens.
direitos humanos
direitos inerentes a todos os seres humanos, os quais incluem, no mínimo, os direitos
previstos na Carta Internacional dos Direitos Humanos das Nações Unidas e os princípios
referentes aos direitos fundamentais estabelecidos na Declaração da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) relativa aos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho
20 GRI 207: Tributos 2019
Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU), Princípios Orientadores sobre Empresas e
Direitos Humanos: Implementando o Quadro das Nações Unidas “Proteger,
Respeitar e Remediar”, 2011; modificado
Obs.: Consulte Orientações para o item 2-23-b-i da Norma GRI 2: Conteúdos Gerais
2021 para mais informações sobre "direitos humanos".
empregado
indivíduo que possui uma relação de emprego com a organização, de acordo com a legislação
ou prática nacionais
fornecedor
entidade upstream da organização (ou seja, na cadeia de fornecedores da organização) que
fornece um produto ou serviço que é usado no desenvolvimento dos produtos ou serviços da
própria organização
Obs.: Um fornecedor pode ter uma relação de negócios direta com a organização
(geralmente chamado de fornecedor direto) ou uma relação de negócios indireta.
grupos vulneráveis
grupo de indivíduos com uma condição ou característica específica (ex.: econômica, física,
política, social) que poderia experimentar impactos negativos como resultado das atividades
da organização com maior severidade do que a população em geral
impacto
efeito que uma organização causa ou poderia causar na economia, no meio ambiente e nas
pessoas, inclusive impactos em seus direitos humanos, que, por sua vez, pode indicar sua
contribuição (positiva ou negativa) para o desenvolvimento sustentável
Obs. 2: Consulte a seção 2.1 da Norma GRI 1: Fundamentos 2021 para mais informações
sobre "impacto".
jurisdição fiscal
país ou território com poderes tributários autônomos semelhantes aos de um país
Obs. 1: Territórios com autonomia tributária semelhante à de um país são aqueles com
um grau de autonomia suficiente para participarem da Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Convenção sobre
Assistência Administrativa Mútua em Matéria Tributária do Conselho Europeu. São
exemplos desses territórios: Bermudas, Hong Kong e Jersey.
Obs. 2: A definição de jurisdição fiscal inclui os países ou territórios que optam por não
exercer sua autonomia tributária para cobrar tributos.
órgão de governança
grupo formalizado de indivíduos responsável pela orientação estratégica da organização, o
efetivo monitoramento da gestão e a prestação de contas da gestão à organização como um
todo e a seus stakeholders
parceiro de negócios
entidade com quem a organização possui alguma forma de engajamento direto e formal para
fins de realização dos seus objetivos de negócio
Fonte: Shift and Mazars LLP, UN Guiding Principles Reporting Framework, 2015;
modificado
Exemplos: afiliadas, clientes B2B (comércio entre empresas), clientes, fornecedores diretos,
franqueados, parceiros de joint venture, empresas receptoras de investimento
onde a organização possui ações
período de relato
período de tempo específico coberto pelas informações relatadas
povos indígenas
povos indígenas são geralmente identificados como:
• povos tribais em países independentes cujas condições sociais, culturais e econômicas os
distinguem de outros setores da comunidade nacional, e cuja situação é regulamentada
total ou parcialmente por seus próprios costumes e tradições ou por leis e regulamentos
especiais;
• povos em países independentes que são considerados indígenas por descenderem de
populações que habitaram o país, ou uma região geográfica ao qual o país pertence, no
momento da conquista ou colonização ou do estabelecimento das atuais fronteiras do país
e que, a despeito de sua situação legal, mantêm a totalidade ou parte de suas instituições
sociais, econômicas, culturais e políticas próprias.
relações de negócios
relações que a organização possui com parceiros de negócios, com entidades em sua cadeia
de valor, inclusive as que vão além dos seus fornecedores diretos, bem como quaisquer
outras entidades diretamente relacionadas a suas operações, seus produtos ou serviços.
Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU), Princípios Orientadores sobre Empresas e
Direitos Humanos: Implementando o Quadro das Nações Unidas “Proteger,
Respeitar e Remediar”, 2011; modificado
remuneração
salário-base mais adicionais pagos ao trabalhador
22 GRI 207: Tributos 2019
salário-base
valor fixo e mínimo pago a um empregado pelo desempenho de suas funções
Obs.: Consulte a seção 1 da Norma GRI 3: Temas Materiais 2021 para mais
informações sobre "severidade".
stakeholders
indivíduos ou grupos que possuem interesses que são afetados ou poderiam ser afetados
pelas atividades da organização
Obs.: Consulte a seção 2.4 da Norma GRI 1: Fundamentos 2021 para mais informações
sobre "stakeholders".
temas materiais
temas que representam os impactos mais significativos da organização na economia, no meio
ambiente e nas pessoas, inclusive impactos em seus direitos humanos
Obs.: Consulte a seção 2.2 da Norma GRI 1: Fundamentos 2021 e a seção 1 da Norma
GRI 3: Temas Material 2021 para mais informações sobre "temas materiais".
trabalhador
pessoa que realiza um trabalho para a organização
Bibliografia
23 GRI 207: Tributos 2019
Bibliografia
Esta seção contém instrumentos intergovernamentais reconhecidos internacionalmente e referências adicionais
que foram usados no desenvolvimento desta Norma.
Instrumentos reconhecidos:
1. Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Co-operative Tax Compliance:
Building Better Tax Control Frameworks, 2016.
2. Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Diretrizes da OCDE para Empresas
Multinacionais, 2011.
3. Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Transfer Pricing Documentation and
Country-by-Country Reporting, Action 13 - 2015 Final Report, OECD/G20 Base Erosion and Profit Shifting
Project (Projeto BEPS - Erosão da Base Tributável e Transferência de Lucros), 2015.
4. Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Conselho Europeu, Convenção
sobre Assistência Administrativa Mútua em Matéria Tributária: Alterada pelo Protocolo de 2010, 2011.
5. Resolução das Nações Unidas (ONU), Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável, 2015.
Referências adicionais:
6. Fundação das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (International Financial Reporting Standards-
IFRS), IAS 12 Income Taxes (Imposto Sobre a Renda), 2016.
7. Fundação das Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (International Financial Reporting Standards-
IFRS), IFRS 12 Disclosure of Interests in Other Entities (Divulgação de Participações em Outras Entidades),
2019.
Agradecimentos
Beto Bezerril & Martha Villac (Harvest T. I. Ltda-ME) realizaram a tradução deste documento para o português, que foi
revisada pelos seguintes especialistas:
• Daniela Manole, Fundadora e CEO da Bridge3 Governança & Sustentabilidade (Parceiro de Treinamento GRI),
Brasil – Presidente do Comitê de Especialistas
• Alex Vervuurt, Sócio-Diretor da 3R Serviços, Brasil
• Christina Brentano, Sócia-Diretora da Editora Contadino, Brasil
• Mariana Nunes da Silva de Carvalho Páscoa, Engenheira do Ambiente da Transtejo-Soflusa, Portugal
A GRI gostaria de agradecer o Governo da Suécia por seu apoio financeiro para esta tradução para o português da
atualização 2021 das Normas GRI.
Isenção de Responsabilidade
Esta tradução para o português da atualização 2021 das Normas GRI foi financiada pelo Governo da Suécia. Seu
criador assume plena e total responsabilidade pelo conteúdo. O Governo da Suécia não necessariamente
compartilha das visões e interpretações aqui apresentadas.
As Normas GRI para Relato de Sustentabilidade foram desenvolvidas e preparadas em inglês. A despeito do
esforço realizado para assegurar a exatidão desta tradução, o texto em inglês prevalecerá em caso de dúvidas ou
discrepâncias decorrentes da tradução. A versão mais recente das Normas GRI em inglês e suas atualizações
estão publicadas no site da GRI (www.globalreporting.org).
GRI
PO Box 10039,
1001 EA Amsterdã,
Países Baixos www.globalreporting.org