Os indicadores de sustentabilidade podem comunicar ou informar sobre o progresso em direção a uma determinada meta na gestão de resíduos. O objetivo dos indicadores de sustentabilidade é diagnosticar e avaliar o grau de sustentabilidade na gestão de resíduos, com enfoque nas dimensões sociais, ambientais e econômicas.
Aspectos ambientais, como fazer produtos ecológicos, combater a
poluição e as mudanças climáticas. Impacto social que podem variar de criar um ambiente de trabalho seguro a programas de conscientização ecológica. Resultados econômicos importantes, por exemplo, economia de custos que resulta também na redução da pegada de carbono.
A GRI – Global Reporting Initiative, de acordo com Greenpedia (2013), foi
criada em 1997 pela ONG norte-americana Coalition for Environmentally Responsible Economics - CERES, na cidade de Boston - EUA, tendo como missão, o desenvolvimento e a disseminação global de diretrizes mais adequadas para a elaboração de relatórios de sustentabilidade. Em 2002, a GRI foi formalmente estruturada como uma organização, mudando-se para Amsterdã, sendo que a PNUMA passou a ser oficialmente uma colaboradora. Em 2006 foi lançada a terceira geração de diretrizes, sendo que sua elaboração teve a participação de mais de 3.000 especialistas de empresas, sociedade civil e do movimento sindical (GRI, 2013). Para que a organização elabore o documento, a GRI desenvolveu a Estrutura de Relatórios de Sustentabilidade, visando proporcionar uma linguagem comum que pudesse ser aplicada por todos os tipos de organizações, colocando-as em um mesmo nível, auxiliando na discussão e comparação de seus desempenhos de sustentabilidade. A Estrutura de Relatórios da GRI possui quatro elementos, documentados, que direcionam a elaboração de Relatórios de Sustentabilidade, sendo elas: 1) Diretrizes para a Elaboração de Relatório de Sustentabilidade: princípios para a definição do conteúdo do relatório e a garantia da qualidade das informações relatadas. Incluem também o conteúdo do relatório, indicadores de desempenho e outros itens de divulgação, além de orientações sobre a elaboração do relatório. As Diretrizes da GRI são desenvolvidas com a participação de grupos de trabalho internacionais, partes interessadas e consulta pública; 2) Protocolos de Indicadores: fornecem definições, orientações para compilação e outras informações para assegurar a coerência dos indicadores de desempenho; 3) Suplementos Setoriais: são publicações com interpretações e orientações sobre a aplicação, dos indicadores, em setores específicos; 4) Protocolos Técnicos: orientam na elaboração do relatório incluindo o estabelecimento de limites do relatório. Com base nesses quatro documentos, elabora-se o Relatório propriamente dito, tendo-se em vista as Diretrizes para a Elaboração do Relatório de Sustentabilidade como o documento base para a realização dessa atividade. Para a elaboração do Relatório, conforme a Global Reporting Initiative, as orientações são que na identificação dos temas e dos respectivos indicadores, que estes sejam relevantes e que devam ser relatados por meio de um processo interativo compatível com os princípios de materialidade, de inclusão dos stakeholders, de contexto da sustentabilidade e com as orientações para o estabelecimento do limite do relatório; na identificação dos temas, deve-se 53 considerar a relevância de todos os aspectos do indicador suscitados nas Diretrizes da GRI e nos suplementos setoriais, observando-se também, outros temas que sejam importantes para o relatório, se houver. Princípios do GRI Materialidade: Temas e indicadores devem ser escolhidos para reportar os impactos econômicos, ambientais e sociais significativos da organização. Equilíbrio: Aspectos positivos e negativos do desempenho da organização são ressaltados de modo a permitir uma avaliação equilibrada. Inclusão de Stakeholders: Identificação dos stakeholders e explicação sobre as medidas que foram tomadas em resposta a seus interesses e expectativas procedentes. Comparabilidade: as questões e informações deverão ser selecionadas, compiladas e relatadas de forma consistente, permitindo comparações ao longo do tempo com outras corporações. Contexto da Sustentabilidade: desempenho da organização no contexto dos limites e demandas relativos aos recursos ambientais ou sociais em nível setorial, local, regional ou global. Exatidão: informações precisas e detalhadas para que seja possível a avaliação do desempenho pelos stakeholders. Abrangência: cobertura dos temas e indicadores relevantes refletindo os impactos econômicos, ambientais e sociais significativos e permitindo que os stakeholders avaliem o desempenho da organização no período analisado. Periodicidade: publicação regular e informações disponibilizadas a tempo. Clareza: informação compreensível e acessível aos stakeholders. Confiabilidade: coleta, registro, compilação, análise e divulgação das informações devem permitir sua revisão e a avaliação da sua qualidade e materialidade REFERÊNCIAS