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Grande parte das organizações atualmente optam por relatar sobre suas ações sociais ou
ambientais, quer seja por exigência do mercado ou mesmo pela oportunidade de divulgar suas
práticas. A busca é pela excelência nos processos de gestão que garantam não apenas a
satisfação de seus clientes e a qualidade de seus produtos/serviços, mas que também possam
atuar de forma sustentável e envolvendo toda a organização, incluindo as partes com quem
mantém relações interna e externamente.
Para tal, é necessário que seja realizado um relato sobre o que é feito dentro da organização.
As práticas devem estar alinhadas ao negócio da organização e principalmente, terem
coerência, discutir e identificar os impactos gerados de forma positiva e negativa nas áreas
econômica, social e ambiental, apresentando como são acompanhados, tendo indicadores e
desafios, buscando sempre pela efetiva gestão sustentável.
Para que ocorra a comunicação das práticas da empresa, faz-se necessário a utilização de uma
ferramenta e metodologia de qualidade tal como o Relatório de Sustentabilidade, a qual pode
estar baseada em algumas práticas, tais como a utilizada pela Global Report Initiative (GRI)
e/ou em conformidade com o modelo do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas
(IBASE).
Atualmente a GRI possui orientações de padrões de divulgação geral e específicos nas áreas
econômica, ambiental e social com indicadores de gestão. As diretrizes da GRI são compostas
por 3 padrões gerais contendo a fundamentação para a realização do relato e informações
sobre a metodologia, indicadores com padrões de divulgação geral e abordagem e gestão para
os temas materiais relevantes e de 33 indicadores para os temas específicos, divididos nas
áreas econômica, ambiental e social.
Já o IBASE foi lançado nos anos 90 e tem como principal função tornar pública a
responsabilidade social empresarial, construindo maiores vínculos entre a empresa, a
sociedade e o meio ambiente. A publicação ocorre anualmente pelas organizações que
escolhem esse modelo, sendo que o Balanço Social reúne um conjunto de informações sobre
os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de
mercado, acionistas e à comunidade.
Dentro deste contexto de relatórios, podem ser destacadas as questões ambientais, as quais
também têm determinações para serem seguidas e, portanto é necessário que hajam
ferramentas adequadas a este tema.
O GHG Protocol é uma ferramenta utilizada para entender, quantificar e gerenciar emissões de
gases do efeito estufa (GEE) que foi originalmente desenvolvida nos Estados Unidos, em 1998
e é hoje o método mais usado mundialmente pelas empresas e governos para a realização de
inventários de GEE. É também compatível com a norma ISO 14064 e com os métodos de
quantificação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).
Dentre as características dessa ferramenta destacam-se o fato dela oferecer uma estrutura
para contabilização de GEE, seu caráter modular e flexível, a neutralidade em termos de
políticas ou programas e ainda o fato de ser baseada em um amplo processo de consulta
pública.
Diferentemente do GHG Protocol, que tem orientações específicas sobre quais ferramentas e
métodos de contabilidade para uso, ISO 14064 dá orientações sobre o que fazer, mas sem
enunciar requisitos exatos. Os requisitos são normalmente enunciados apenas em termos
gerais.