MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

CONTRAINCÊNDIO

ICA 92-8

COMPOSIÇÃO E FORMAÇÃO DE BRIGADA DE

COMBATE A INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES DO
COMANDO DA AERONÁUTICA

2011
 MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE ENGENHARIA DA AERONÁUTICA

CONTRAINCÊNDIO

ICA 92-8

COMPOSIÇÃO E FORMAÇÃO DE BRIGADA DE

COMBATE A INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES DO
COMANDO DA AERONÁUTICA

2011
 MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
COMANDO-GERAL DE APOIO

PORTARIA COMGAP Nº 4/3EM, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2011.

Protocolo COMAER nº 67100.000426/2011-77

Aprova a edição da Instrução que

disciplina a composição e formação de
Brigada de Combate a Incêndio em
Edificações do Comando da Aeronáutica.

O COMANDANTE DO COMGAP, no uso de sua atribuição que lhe confere

o art. 5º, inciso II, do Regulamento do Comando-Geral de Apoio, aprovado pela Portaria nº
643/GC3, de 8 de setembro de 2010, considerando as Portarias nº 548 e 549/GM4, ambas de
12 de setembro de 1991, e por proposta do Diretor de Engenharia da Aeronáutica, resolve:

Art. 1º Aprovar a edição da ICA 92-8 “Composição e Formação de Brigada de

Combate a Incêndio em Edificações do Comando da Aeronáutica”, que com esta baixa.

Art. 2º Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.

Ten Brig Ar RICARDO MACHADO VIEIRA

Comandante-Geral de Apoio

(Publicado no BCA nº 043, de 2 de março de 2011)

ICA 92-8/2011

SUMÁRIO

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES .............................................................................. 7

1.1 ORIGEM ......................................................................................................................... 7
1.2 FINALIDADE ................................................................................................................. 7
1.3 ÂMBITO ......................................................................................................................... 7
1.4 SIGLAS E ABREVIATURAS........................................................................................ 7
1.5 CONCEITUAÇÕES........................................................................................................ 7
2 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO AO RISCO DE INCÊNDIO 9
3 ORGANIZAÇÃO E SUBORDINAÇÃO DA BRIGADA DE COMBATE A
INCÊNDIO.................................................................................................................... 10
3.1 ORGANIZAÇÃO DA BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO.............................. 10
3.2 COMANDANTES, CHEFES E DIRETORES DE OM ................................................ 10
3.3 COORDENADOR GERAL ........................................................................................... 10
3.4 SUBCOORDENADOR.................................................................................................. 10
3.5 LÍDER ............................................................................................................................ 10
3.6 BRIGADISTAS.............................................................................................................. 10
4 COMPOSIÇÃO DA BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO ............................ 11
5 CURSO DE FORMAÇÃO DE BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO........... 12
5.1 RESPONSABILIDADE................................................................................................. 12
5.2 PROGRAMA ................................................................................................................. 12
5.3 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ........................................................................................ 13
5.4 ATUALIZAÇÃO ........................................................................................................... 13
6 ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS....................................................................... 14
6.1 COORDENADOR GERAL ........................................................................................... 14
6.2 SUBCOORDENADOR.................................................................................................. 14
6.3 LÍDER ............................................................................................................................ 14
6.4 BRIGADISTAS.............................................................................................................. 15
7 PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS ................................................................ 16
7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DA BRIGADA ................................................. 16
7.2 REUNIÕES ORDINÁRIAS........................................................................................... 16
7.3 REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS ............................................................................. 16
7.4 TREINAMENTO ........................................................................................................... 16
8 PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA .............................................. 17
8.1 ALERTA ........................................................................................................................ 17
8.2 ANÁLISE DA SITUAÇÃO ........................................................................................... 17
8.3 CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA.............................................................................. 17
8.4 DESOCUPAÇÃO DA EDIFICAÇÃO........................................................................... 17
8.5 ISOLAMENTO DA ÁREA SINISTRADA................................................................... 18
8.6 COMBATE AO INCÊNDIO ......................................................................................... 18
9 DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................. 19
10 DISPOSIÇÕES FINAIS............................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 21
Anexo A – Currículo, por Módulo 1 e 2, para a Formação de Brigadistas............. 22
ÍNDICE.......................................................................................................................... 23
ICA 92-8/2011

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 ORIGEM

A presente Instrução tem como fundamento as Portarias nº 548/GM4 e n º

549/GM4, de 12 de setembro de 1991, a NSCA 92-2 “Organização e Funcionamento do
Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio em Edificações do Comando da
Aeronáutica”, de 30 de novembro de 2005 e a Norma Técnica 14.276, de 29 de janeiro de
2007, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

1.2 FINALIDADE

Estabelecer os parâmetros administrativos e operacionais básicos concernentes

à composição e formação das Brigadas de Combate a Incêndio (BCI), nas edificações das
Organizações Militares (OM) do Comando da Aeronáutica.

1.3 ÂMBITO

A presente Instrução é de observância obrigatória e aplica-se às Organizações

Militares do Comando da Aeronáutica.

1.4 SIGLAS E ABREVIATURAS

a) ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;

b) BCI - Brigada de Combate a Incêndio;
c) CFBCI - Curso de Formação de Brigada de Combate a Incêndio;
d) CPD - Centro de Processamento de Dados;
e) EPI - Equipamento de Proteção Individual;
f) GLP - Gás Liquefeito de Petróleo;
g) NBR - Norma Brasileira;
h) NSCA - Norma de Sistema do Comando da Aeronáutica;
i) OM - Organização Militar;
j) PPCIE - Plano de Prevenção Contraincêndio em Edificações; e
k) SESCINC - Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio.

1.5 CONCEITUAÇÕES

1.5.1 BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO

Grupo organizado de pessoas treinadas e capacitadas para atuar na prevenção,

combate a princípio de incêndio, desocupação de área e primeiros socorros, dentro de uma
área preestabelecida no âmbito das Organizações Militares do Comando da Aeronáutica.

1.5.2 DESOCUPAÇÃO DA EDIFICAÇÃO

Atividade para ser realizada em situação de emergência, que permite a retirada

da população de uma edificação, de maneira rápida, ordenada e segura.
8 ICA 92-8/2011

1.5.3 SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Sinistro ou risco iminente que requeira ação imediata.

1.5.4 TREINAMENTO

Exercício realizado periodicamente, para manter a BCI e a população da

edificação em condições de enfrentar uma situação de emergência.

1.5.5 HELIPONTO

Aeródromo destinado exclusivamente à operação de helicópteros.

1.5.6 HELIPORTO

Heliponto público, dotado de instalações e facilidades, para o apoio às

operações de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas e cargas.

1.5.7 MEIOS DE DESOCUPAÇÃO

Conjunto de equipamentos, dispositivos e procedimentos que permitem a

desocupação da edificação de maneira eficaz, ordenada e segura.

1.5.8 POPULAÇÃO FLUTUANTE

São os visitantes (militares ou civis) que permanecem momentaneamente na

edificação. É uma quantidade variável.

1.5.9 POPULAÇÃO FIXA

São funcionários (militares ou civis) que permanecem regularmente na

edificação.

1.5.10 POPULAÇÃO DA EDIFICAÇÃO

É o somatório da população fixa com a população flutuante.

1.5.11 ROTA DE FUGA

Trajeto seguro que deve ser percorrido pela população da edificação, a partir de
qualquer ponto e de qualquer pavimento, até atingir a via pública ou espaço aberto, protegidos
da ocorrência ou situação de emergência.
ICA 92-8/2011 9

2 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO AO RISCO DE

INCÊNDIO

Para fim de composição e formação da BCI, as edificações, quanto ao risco de

incêndio, são classificadas em: risco baixo, médio e alto, conforme NSCA 92-2, de 30 de
novembro de 2005.
10 ICA 92-8/2011

3 ORGANIZAÇÃO E SUBORDINAÇÃO DA BRIGADA DE COMBATE A

INCÊNDIO

3.1 ORGANIZAÇÃO DA BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO

3.1.1 O organograma abaixo representa uma síntese organizacional da BCI:

CMT, CHEFE OU DIRETOR DA OM

COORDENADOR GERAL

SUBCOORDENADOR

LÍDER DA LÍDER DA LÍDER DA

BRIGADA 01 BRIGADA 02 BRIGADA N
BRIGADISTAS BRIGADISTAS BRIGADISTAS

3.1.2 Cada edificação da OM deverá possuir, no mínimo, uma BCI.

3.1.3 Quando existirem edificações próximas umas das outras, cujos efetivos não sejam
suficientes para compor BCI próprias, os efetivos poderão ser reunidos, a fim de formar uma
BCI, que atenderá o agrupamento dessas edificações.

3.2 COMANDANTES, CHEFES E DIRETORES DE OM

Possuem a responsabilidade de ativar a BCI em sua OM.

3.3 COORDENADOR GERAL

Esta atividade será exercida pelo chefe ou responsável do SESCINC que

realiza o serviço de proteção contraincêndio na OM.

3.4 SUBCOORDENADOR

Esta atividade será exercida pelo encarregado ou assistente do SESCINC.

3.5 LÍDER

Esta atividade deverá ser, preferencialmente, atribuída ao militar mais antigo

ou civil de maior hierarquia de cada brigada, selecionado pelo Coordenador Geral, ou
Subcoordenador, dentre os aprovados no CFBCI, sendo previsto um substituto.

3.6 BRIGADISTAS

Esta atividade será exercida por militares ou civis, selecionados pelo

Coordenador Geral ou Subcoordenador, dentre os aprovados no CFBCI.
ICA 92-8/2011 11

4 COMPOSIÇÃO DA BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO

4.1 Para determinar o número mínimo de componentes da BCI, deverão ser levados em
conta os parâmetros constantes na Tabela 1 e o cálculo demonstrado no exemplo.

Tabela 1 - Parâmetros para Composição de uma BCI em Edificações

COMPOSIÇÃO DA BCI
RISCO DE INCÊNDIO (PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO FIXA POR
PAVIMENTO)

BAIXO 20%

MÉDIO 30%

ALTO 40%

4.1.1 Exemplo: Edificação: Centro de Processamentos de Dados - CPD

a) Risco de incêndio – médio;

b) Nº de pavimentos – 2; e

c) Cálculo do número de membros por pavimento, para compor a BCI:

- população fixa do 1º pavimento: 14.

14 x 30% = 4,2 (número fracionado arredonda-se para cima) = 5 membros

- população fixa do 2º pavimento: 20.

20 x 30% = 6 membros

Resposta: ONZE MEMBROS NA BCI DO CPD

4.1.2 As OM que não forem sede de pistas de pouso e decolagem, mas que possuírem
heliponto de superfície ou elevado sem serviço de bombeiro de aeródromo ativado conforme
ICA 92-1, deverão ter um acréscimo de no mínimo 06 (seis) brigadistas, para atuarem
especificamente nesta área de atividade enquanto o referido serviço não for ativado, devendo
estes brigadistas possuírem Cursos de Combate a Incêndio e Salvamento na área de
aeródromos.
4.2 A composição da BCI deve levar em conta a participação de pessoas de todos os
setores da edificação.

4.3 As residências unifamiliares estão isentas de BCI.

4.4 A edificação com mais de um pavimento deverá possuir um líder por pavimento.

4.5 Nas unidades hospitalares, além do previsto nesta Instrução, a BCI deve possuir uma
equipe para remoção de pacientes incapacitados de locomoção, conforme legislação da área
de saúde.
12 ICA 92-8/2011

5 CURSO DE FORMAÇÃO DE BRIGADA DE COMBATE A INCÊNDIO

5.1 RESPONSABILIDADE

5.1.1 O Coordenador Geral é o responsável pela realização do CFBCI, devendo

providenciar a confecção e expedição de todos os documentos necessários.

5.1.2 Dentre outros, os seguintes documentos devem ser providenciados:

a) Certificados para todos os discentes aprovados no curso, com os dados
abaixo relacionados:
- nome do curso;
- nome completo do discente;
- data de conclusão do curso; e
- posto e/ou graduação e nome completo do Coordenador Geral e sua
assinatura.
b) Planilha contendo carga horária e período de treinamento; e
c) Publicação, em boletim interno, dos itens de matrícula, conclusão e
reprovação, se for o caso.

5.2 PROGRAMA

O programa do CFBCI deve estar em conformidade com os módulos de

aprendizado constantes na Tabela 2.

Tabela 2 - Módulos de Aprendizado Exigidos

TIPO DE EDIFICAÇÃO MÓDULO DE APRENDIZADO EXIGIDO
RISCO BAIXO “1”
RISCO MÉDIO “1 e 2”
RISCO ALTO “1 e 2”

NOTA 1: Os módulos de aprendizado conforme o tipo de edificação, estão especificados no

Anexo A.

NOTA 2: No CFBCI, deverão ser focados os riscos inerentes às edificações em que a brigada
irá atuar.

NOTA 3: Caso a OM possua riscos que impliquem na necessidade de especializar o

brigadista para uso de técnicas e equipamentos especiais, o Coordenador da Brigada deverá
providenciar a especialização e a aquisição dos equipamentos necessários.
ICA 92-8/2011 13

5.3 SISTEMA DE AVALIAÇÃO

5.3.1 O Coordenador Geral deve adotar um sistema de avaliação próprio, que permita
verificar se o aprendizado teórico e prático, necessário ao desempenho das atividades
inerentes à brigada de combate a incêndio, foi alcançado.

5.3.2 É recomendado que somente os alunos, que forem aprovados pelo sistema de
avaliação adotado pelo Coordenador Geral, façam parte da BCI.

5.4 ATUALIZAÇÃO

Visando o melhor aprendizado e uma atuação mais eficaz, o Coordenador

Geral deverá providenciar, bienalmente, a atualização dos conhecimentos práticos e teóricos
dos componentes das BCI, que poderá ser realizada por meio de reciclagens e instruções das
disciplinas constantes do currículo para formação de brigadistas (Anexo A).
14 ICA 92-8/2011

6 ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS

6.1 COORDENADOR GERAL

Compete ao Coordenador Geral, além de outras atribuições que lhe possam ser
conferidas:
a) providenciar a formação, o treinamento e a atualização da BCI;
b) selecionar o subcoordenador, os líderes e os brigadistas para a formação da
BCI;
c) testar periodicamente o desempenho da BCI;
d) providenciar a realização periódica de cursos, estágios, palestras e
seminários sobre prevenção, combate a incêndio e abandono de
edificações;
e) elaborar e encaminhar documentos (relatórios ou partes) aos setores
competentes, relatando as não conformidades que lhe são informadas;
f) providenciar a aquisição de equipamentos de prevenção e combate a
incêndio, bem como a realização de serviços de manutenção especializada;
g) fiscalizar e coordenar todos os serviços inerentes à prevenção e combate a
incêndio; e
h) supervisionar as atividades no caso de ocorrência de uma situação de
emergência ou simulação de emergência.

6.2 SUBCOORDENADOR

Compete ao Subcoordenador, além de outras atribuições que lhe possam ser

conferidas, substituir o Coordenador e auxiliá-lo em suas atribuições.

6.3 LÍDER

Compete ao Líder, além de outras atribuições que lhe possam ser conferidas:
a) atribuições e competências de caráter geral:
- reunir-se com os Brigadistas uma vez por mês;
- propor, ao Coordenador-Geral, medidas de proteção e a aquisição de
equipamentos de prevenção e combate a incêndio;
- providenciar a correção das não conformidades encontradas na área de
ação da brigada;
- orientar a população da edificação acerca dos riscos existentes e dos
meios disponíveis de prevenção e combate a incêndio; e
- cumprir e fazer cumprir as normas de prevenção e combate a incêndio.
b) atribuições e competências específicas:
- atender prontamente ao sinal de alarme ou a chamada de
comparecimento no local previamente estabelecido;
- coordenar sua brigada e conduzir as atividades de prevenção, combate a
incêndio e abandono de edificações;
ICA 92-8/2011 15

- identificar situação de emergência e avaliar o risco existente;

- providenciar o corte de energia elétrica da edificação ou pavimento;
- combater o princípio de incêndio, caso haja necessidade;
- coordenar a desocupação da edificação; e
- promover o acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa.

6.4 BRIGADISTAS

Compete aos Brigadistas, além de outras atribuições que lhe possam ser
conferidas:

a) atribuições e competências de caráter geral:

- familiarizar-se com as plantas baixas ou croqui das edificações; e
- inspecionar, diariamente, as rotas de fuga, os equipamentos de
prevenção e combate a incêndio e comunicar ao Líder qualquer não
conformidade encontrada.

b) atribuições e competências específicas:

- atender prontamente, ao sinal de alarme ou a chamada de
comparecimento no local previamente estabelecido;
- combater princípio de incêndio;
- isolar e proteger os equipamentos, máquinas e outros materiais ainda
não atingidos pelo fogo;
- recepcionar e orientar o Corpo de Bombeiros; e
- realizar a desocupação da edificação, nas situações de emergência,
conforme procedimento específico.
16 ICA 92-8/2011

7 PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS

7.1 IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DA BRIGADA

No caso de uma situação de emergência ou treinamento, recomenda-se que os

membros da brigada utilizem algum dispositivo para facilitar sua identificação e atuação,
podendo ser:
a) coletes coloridos com faixas refletivas;
b) bonés; ou
c) braçadeiras.

7.2 REUNIÕES ORDINÁRIAS

Recomenda-se que deverão ser realizadas reuniões semestrais com o

Coordenador Geral e Líderes, convocadas em boletim interno e registradas em ata, ocasião em
que serão abordados, dentre outros, os seguintes assuntos:
a) problemas relacionados à prevenção contraincêndio, objetivando a
proposição de medidas corretivas;
b) condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio; e
c) alterações ou mudanças do efetivo, etc.

7.3 REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS

Após a ocorrência de um sinistro ou quando identificada uma situação de risco

iminente, recomenda-se que o Coordenador Geral faça uma reunião com o pessoal envolvido,
para analisar os fatos e consequente solução e/ou providências cabíveis.

Todo o teor da reunião extraordinária deverá ser registrado em ata e enviado

aos setores competentes, para as providências cabíveis.

7.4 TREINAMENTO

Recomenda-se que todos os componentes da BCI deverão executar os

treinamentos previstos no Plano de Prevenção Contraincêndio em Edificações (PPCIE) da
OM.
ICA 92-8/2011 17

8 PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EMERGÊNCIA

8.1 ALERTA

Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar a

população da edificação e os componentes da brigada, pelos meios de comunicação
disponíveis.

8.2 ANÁLISE DA SITUAÇÃO

Após o alerta, a brigada deve analisar a situação e desencadear os

procedimentos necessários, mobilizando os recursos disponíveis no local.

8.3 CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA

8.3.1 Deverá existir uma pessoa qualificada para realizar o corte do fornecimento de
energia elétrica de toda a edificação ou do pavimento sinistrado, quando necessário.

8.3.2 Quando necessário, a concessionária responsável pelo fornecimento de energia

elétrica deve ser acionada para executar o corte externamente.

8.4 DESOCUPAÇÃO DA EDIFICAÇÃO

A desocupação parcial ou total da edificação, conforme comunicação

preestabelecida, deve ser realizada de modo a remover a população da edificação para um
local seguro, onde deverão permanecer, para que seja realizada uma conferência, até
receberem novas orientações.

8.4.1 RESPONSABILIDADE PELA ORDEM DE DESOCUPAÇÃO

8.4.1.1 Durante a situação de emergência, a decisão de proceder à ordem de desocupação da

edificação sinistrada caberá ao Coordenador Geral ou ao brigadista que estiver exercendo a
função de coordenação.

8.4.1.2 Conforme o caso, será determinado o início da desocupação, priorizando a saída da

população do pavimento sinistrado, dando prosseguimento com a desocupação dos
pavimentos superiores e inferiores.

8.4.2 PROCEDIMENTOS EM CASO DE DESOCUPAÇÃO DE EDIFICAÇÃO

Os brigadistas responsáveis pela desocupação devem:

a) orientar a formação de filas e a direção a seguir;
b) priorizar os deficientes físicos, idosos, gestantes e crianças;
c) realizar o deslocamento em ordem e sem atropelos;
d) não permitir que os integrantes da fila corram e empurrem;
e) durante o deslocamento, não permitir que os integrantes da fila se afastem
um dos outros e nem parem no caminho;
f) não permitir gritaria durante o deslocamento;
g) não permitir que as pessoas retornem para apanhar objetos;
18 ICA 92-8/2011

h) fechar as portas e janelas dos setores, sem trancá-las;

i) não permitir que o elevador seja utilizado, recolhendo-os ao pavimento
térreo;
j) não subir, procurar sempre descer;
k) ao utilizar as escadas de emergência, descer sempre pelo lado direito; e
l) manter as portas corta-fogo fechadas.

8.5 ISOLAMENTO DA ÁREA SINISTRADA

Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de

emergência e evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso ao local do sinistro.

8.6 COMBATE AO INCÊNDIO

8.6.1 Com maior brevidade possível, a BCI deverá dar o primeiro combate ao incêndio,
utilizando-se dos meios adequados.

8.6.2 Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a BCI deve ficar a sua disposição.
ICA 92-8/2011 19

9 DISPOSIÇÕES GERAIS

9.1 Nas edificações onde haja trabalhos especializados, sob regime de escala, cada
equipe de turno e/ou escala deverá possuir uma brigada própria e independente das demais
que operam no local.

9.2 Nas equipes de serviço das OM do COMAER, todos os militares deverão receber
instrução para dar o primeiro combate aos princípios de incêndios que ocorrerem,
principalmente, fora dos horários de expediente.
20 ICA 92-8/2011

10 DISPOSIÇÕES FINAIS

10.1 Os casos não previstos nesta Instrução, ou aqueles que suscitarem dúvidas, deverão
ser submetidos à análise e apreciação da DIRENG.
ICA 92-8/2011 21

REFERÊNCIAS

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica. Organização e

Funcionamento do Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio em Edificações
do Comando da Aeronáutica: NSCA 92-2 [Rio de Janeiro-RJ], de 30 de novembro de 2005.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Proteção Contraincêndio. Norma

Regulamentadora nº 23.

BRASIL. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Programa de Brigada de Incêndio. NBR

14.276 [Rio de Janeiro], jan. 1999.
 22 ICA 92-8/2011

Anexo A – Currículo, por Módulo 1 e 2, para Formação de Brigadistas

MÓDULO DE
DISCIPLINA UNIDADE OBJETIVO ESPECÍFICO
APRENDIZADO

COMBUSTÃO E SUA CONHECER A COMPOSIÇÃO BÁSICA DA

COMPOSIÇÃO COMBUSTÃO: COMBUSTÍVEL, OXIGÊNIO E
BÁSICA CALOR.
CONHECER OS PROCESSOS DE TRANSMISSÃO
PROPAGAÇÃO DO
DE CALOR: CONDUÇÃO, CONVENÇÃO E
FOGO
IRRADIAÇÃO.
TEORIA
CONTRA- CLASSE DE CONHECER AS CLASSES DE INCÊNDIO: “A, B e
INCÊNDIO INCÊNDIO C”.
MÉTODOS DE CONHECER OS MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE
EXTINÇÃO DE INCÊNDIO: RESFRIAMENTO, ABAFAMENTO E
INCÊNDIO RETIRADA DO MATERIAL.
“1” CONHECER OS AGENTES EXTINTORES (ÁGUA,
AGENTES
8h PÓ QUÍMICO, CO2 E ESPUMA MECÂNICA) E
EXTINTORES
SUAS APLICAÇÕES.
EQUIPAMEN- EXTINTORES,
TOS DE HIDRANTES, CONHECER OS EQUIPAMENTOS E SUAS
COMBATE A MANGUEIRAS E APLICAÇÕES E MANUSEIO.
INCÊNDIO ACESSÓRIOS
PRÁTICA DE PRATICAR AS TÉCNICAS DE COMBATE A
COMBATE A INCÊNDIO COM EXTINTORES E HIDRANTES
PRÁTICA DE INCÊNDIO (COM EM LOCAL ADEQUADO.
COMBATE A FOGO):
INCÊNDIO - EXTINTORES; PRATICAR AS TÉCNICAS DE EXTINÇÃO DE
- HIDRANTES; E INCÊNDIO EM BOTIJÃO DE GLP – 8 OU 13 kg.
- GÁS (GLP)
SISTEMAS DE
ALARME E CONHECER OS SISTEMAS DE ALARME E
DETECÇÃO E
DETECÇÃO DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO, SUAS APLICAÇÕES
ALARME DE
INCÊNDIO E MANUSEIO.
INCÊNDIO

SAÍDAS DE
CONHECER OS MEIOS DE FUGA E
EMERGÊNCIA E
DESOCUPA- IDENTIFICAR AS ROTAS DE FUGA.
ROTAS DE FUGA
ÇÃO DA
EDIFICAÇÃO
PROCEDIMENTO DE
EM CASO DE
DESOCUPAÇÃO DA
EMERGÊNCIA CONHECER AS TÉCNICAS DE DESOCUPAÇÃO
“2” EDIFICAÇÃO OU
(TEÓRICA E DA EDIFICAÇÃO EM CASO DA EMERGÊNCIA,
8h PAVIMENTO EM
PRÁTICA) INCLUSIVE O PONTO DE ENCONTRO.
CASO DE
EMERGÊNCIA

EPI – ROUPA DE CONHECER AS CARACTERÍSTICAS DOS EPI.

APROXIMAÇÃO E
LUVAS UTILIZAR OS EPI.
EQUIPAMEN-
TOS EQUIPAMENTOS DE CONHECER AS CARACTERÍSTICAS DOS
ARROMBAMENTO – EQUIPAMENTOS.
MARRETA DE 5 KG,
MACHADO COM CONHECER AS TÉCNICAS DE
LIMITADOR, ETC ARROMBAMENTO.
ICA 92-8/2011 23

ÍNDICE

Âmbito, 1.3
Atribuições e competências, 6
Brigada de Combate a Incêndio, 1.5.1
Brigadistas, 3.6, 6.4
Classificação das edificações quanto ao risco de incêndio, 2
Comandantes, Chefes e Diretores de OM, 3.2
Composição da Brigada de Combate a Incêndio, 4
Conceituações, 1.5
Coordenador Geral, 3.3, 6.1
Curso de formação de Brigada de Combate a Incêndio, 5
Responsabilidade, 5.1
Programa, 5.2, Anexo A
Sistema de Avaliação, 5.3
Atualização, 5.4
Disposições finais, 10
Disposições gerais, 9
Disposições preliminares, 1
Finalidade, 1.2
Heliponto, 1.5.5
Heliporto, 1.5.6
Identificação dos membros da Brigada de Combate a Incêndio, 7.1
Líder, 3.5, 6.3
Meios de Desocupação, 1.5.7
Organização e subordinação da Brigada de Combate a Incêndio, 3
Origem, 1.1
População da Edificação, 1.5.10
População fixa, 1.5.9
População flutuante, 1.5.8
Procedimentos recomendados, 7
Identificação dos membros da Brigada de Combate a Incêndio, 7.1
Reuniões extraordinárias, 7.3
Reuniões ordinárias, 7.2
Treinamento, 7.4
Procedimentos básicos de emergência, 8
Alerta, 8.1
Análise da situação, 8.2
Corte da energia elétrica, 8.3
Desocupação da edificação, 1.5.2, 8.4, 8.4.1, 8.4.2
Isolamento da área sinistrada, 8.5
Combate ao incêndio, 8.6
Reuniões extraordinárias, 7.3
Reuniões ordinárias, 7.2
Rota de fuga, 1.5.11
Siglas e abreviaturas, 1.4
Situação de emergência, 1.5.3
Subcoordenador, 3.4, 6.2
Treinamento, 1.5.4, 7.4