Durante o ano de 2022, Ucrânia e Rússia entraram em conflito
direto após o presidente russo, Vladimir Putin, almejar fazer com que o país vizinho não ingressasse na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e dessa forma não liberasse uma passagem fácil até suas fronteiras. E assim, no dia 24 de fevereiro, Putin deu a ordem para que as forças armadas invadissem a Ucrânia, deixando mais de 29.000 mortos, 52.000 feridos, 14 milhões de desalojados e aproximadamente US$ 750 bi de danos à propriedade. O uso de bombas foi o principal fator para tamanha devastação, mas atualmente não é o maior dos perigos. A Ucrânia relatou que os soldados podem ter sido contaminados pela radioatividade de Chernobyl e a Agência Nuclear apontou um aumento no nível de radiação no local. O registro do aumento aconteceu um dia após as tropas russas tomarem a usina nuclear semi-morta e sequestrarem os funcionários que tomavam conta das 200 toneladas de resíduos radioativos que haviam lá dentro. É a primeira vez na história que um conflito militar está acontecendo perto de usinas, e no mesmo país onde ocorreu um dos maiores e mais trágicos acidentes nucleares, Chernobyl, que atingiu toda a Europa. No caso de alguma central nuclear ser prejudicada pela guerra, torna propício de acontecer um acidente semelhante com o do passado, espalhando uma nuvem de radioatividade que não afetaria somente a Ucrânia, mas também outros países. Apesar disso, os bombardeios não param, e a instalação nuclear Zaporizhzhia (maior complexo nuclear da Europa) é constantemente atacada desde o início da guerra, quando foi tomada pelo exército russo. Segundo as autoridades, os efeitos danificaram equipamentos de monitoramento e apresentam uma ameaça, podendo levar a uma catástrofe. Mikhail Ulyanov, enviado da Rússia à organizações internacionais, solicitou aos ucranianos que parem de bombardear a estação para permitir uma missão de inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica. E assim, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy alertou aos soldados russos que se caso usarem a usina como base para ataques, se tornariam um “alvo especial” das forças ucranianas.