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Curso: DIREITO ADMINISTRATIVO

Professor: Marcos Augusto Perez / Floriano Azevedo Marques

Ato Administrativo

NOME DO ALUNO: Emanuel Pereira da Silva

NÚME RO USP: 12564367

Ficha de Reação:

O texto dessa semana foi escrito pela professora e procuradora Odete Medauar versando
sobre o tema do ato administrativo. A despeito do conteúdo técnico e didático sobre o conceito,
interessa pontuar que a leitura foi muito importante para entender os fundamentos por de trás
do ato administrativo e que o difere dos atos jurídicos editados pelos privados. Ora, a concepção
da supremacia do interesse público condicionada à observância do princípio da legalidade é o
que traduz o caráter exorbitante do regime jurídico de direito público, uma vez que não há que
se falar em autonomia da vontade quando se trata da ação da Administração.

Em primeiro plano, pontua-se a observação de que a legitimidade do ato reside no


atendimento do interesse público, todavia é importante ressaltar que na realidade material o
conceito de interesse público tende a se diversificar de tal maneira que corre o risco desse conceito
se transformar em um argumento meramente retórico. Infelizmente, sabe-se que o Estado, na
figura da Administração, não existe acima da dinâmica das classes, de modo que é extremamente
comum que se travista o interesse particular da classe dominante do real interesse público do
caso concreto. O fenômeno define um episódio de sequestro da máquina pública, de maneira que
através do ato transforme-se a realidade jurídica visando produzir efeitos que beneficiam poucos
em detrimento de muitos. Maria Sylvia di Pietro, em seu Curso de Direito Administrativo,
ressalta a importância do processo administrativo no papel de conferir legitimidade às decisões
tomadas pelos entes da Administração Direta e as entidades da Administração Indireta. Nesse
sentido, por algum motivo o Brasil não possui uma lei geral, de abrangência nacional, no que
tange a estruturação do funcionamento dos mecanismos do processo administrativo, fato que
prejudica a motivação dos atos administrativos e, consequentemente, desemboca em atos
jurídicos eivados de nulidades, não motivados, ineficientes e prejudiciais para o corpo dos
administrados.

Portanto, a importância da matéria apresentadas nos textos não reside na conceituação


didática do instituto, mas sim na necessidade de se implementar os mecanismos do Estado de
Direito que permitem que o Direito Administrativo não seja um simples manual dos atos de
império provenientes do poder estatal. Pelo contrário, deve servir como estatuto do cidadão
contra o arbítrio do Estado. Dessa maneira, o Judiciário possibilitar o pleito do privado contra o
ente publico representa dimensão essencial para a proteção dos direitos daquelas que direta ou
indiretamente são afetados pelos efeitos produzidos pelo ato administrativo.

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