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Segurança na Praia

Mal começa o bom tempo, começam as idas à praia.


Enquanto os pais sonham com as férias, os filhos
vão com os seus ATLs ocupar um lugar fixo
nalguma praia, marítima ou fluvial.

Apesar de divertida, a praia esconde alguns


perigos contra os quais devemos estar alerta. E os
cuidados a ter para evitar esses perigos devem
ser sempre respeitados.

Mesmo que os pais não estejam perto da sua


criança, continua a ser sua responsabilidade
protegê-la e educá-la, alertando-a para esses
perigos.

Ficam aqui, então, alguns conselhos que podem valer tanto para os adultos
como para os mais pequenos.

O sol

 Apesar de nosso amigo, o sol pode ser muito "falso" se não soubermos lidar
com ele. Por essa razão, devem evitar-se as horas em que a sua radiação é
mais perigosa, ou seja, entre as 11h30 e as 16h30 (pela hora de Verão
portuguesa).

 Depois de um longo Inverno, o nosso corpo precisa de fazer uma habituação


progressiva ao sol. Nos primeiros dias de praia, as crianças devem estar
protegidas com uma camisola de algodão, usar chapéu (preferível ao boné,
porque protege as orelhas) e calção ou fato de banho.
Ao contrário do que se possa pensar, esta roupa deve ser mantida seca, para
não se colar ao corpo e perder as propriedades de protecção contra o sol.

 Os perigos de queimaduras pelo sol aumentam ou diminuem conforme o


tipo de pele. No entanto, deve usar-se sempre um filtro solar com o
índice de factor de protecção adequado.

 Para produzir os devidos efeitos, a primeira aplicação de protector


solar deve ser feita cerca de meia hora antes da exposição ao sol e
repetida regularmente (de hora a hora, cada vez que se sai do banho ou
se transpira em demasia).
 Não se esqueça de proteger o peito dos pés, as costas das mãos, as
orelhas, o nariz, os lábios e a área em redor dos olhos. Além de serem
zonas sensíveis, também se queimam!

 Aplique o filtro solar mesmo que a criança esteja à sombra de um


chapéu-de-sol ou de um toldo. Além de não impedirem totalmente a
passagem dos raios solares, a luz reflectida na areia pode ser suficiente
para provocar uma queimadura.

Alimentação e banhos:

 O melhor "lanche" para levar para a praia são os legumes (em salada, por
exemplo), frutos, água e sumos naturais, uma vez que são ricos em
caroteno, que ajuda a pele a defender-se da agressão das radiações
solares.

 Por outro lado, são alimentos leves que permitem uma melhor digestão.
Quando o calor é em demasia, a digestão torna-se mais lenta e pode
provocar indisposição.

 Já agora, falemos do tempo de digestão. Tenha atenção às horas a que a


criança come e aquelas a que pode ir à água. Não se esqueça que a
digestão é sempre de duas horas e meia, quer seja uma feijoada ou uma
simples sandes!

 Há muitos cuidados a ter ao ir à água. Se estiver demasiado fria deve-


se ensinar a criança a não entrar nela de repente. O choque térmico
pode ser fatal (pode provocar desmaios, paragem cardíaca, etc.).

 Durante o dia, as brincadeiras podem fazer com que nos esqueçamos de


algo essencial: a hidratação. E por hidratação não entendemos o tomar
banho na água, nem o filtro solar de protecção. Hidratação é beber
água!

Poluição:

 Por vezes, não é só a água que está poluída. A própria areia nem
sempre está limpa. Para evitar irritações e infecções na pele, não
deixe a criança a brincar nua.

 E se não gostamos de uma praia suja, o melhor é contribuirmos para a


sua limpeza. É preciso não deitar lixo para o chão (nada de enterrar
coisas discretamente...) e ensinar a criança a fazer o mesmo. O melhor é
levar sempre um saco de plástico para trazer da praia todo o lixo que
fazemos (e quem sabe até mais algum que lá esteja - mas sem lhe tocar
directamente!).

 Mais uma coisa, as nossas necessidades fisiológicas não devem ser


feitas nem na água nem na areia. Por muito grande que o mar seja, não
consegue filtrar tudo e a areia fica poluída até com menos do que isso.
Em todas as praias com concessionário há casas-de-banho, o melhor é ir
lá.

Ir ao mar em segurança

 Quem sabe realmente tudo sobre a segurança na praia é o nadador-


salvador. É ele que decide qual a bandeira que coloca consoante o estado
do mar, é ele que dá orientações aos banhistas e é também ele que tem
os conhecimentos mais aprofundados sobre os perigos da praia.

 Assim, deve-se ensinar a criança a respeitar o nadador-salvador e o


significado das bandeiras que estão na praia. Para que não hajam dúvidas
aqui estão elas:
- Bandeira vermelha - o mar está muito bravo pelo que não se deve
entrar na água.
- Bandeira amarela - pode-se tomar banho, mas não se pode nadar nem ir
para fora de pé. E é preciso ter mais cuidado.
- Bandeira verde - o mar está calmo, pode-se nadar mas não vale a pena
arriscar a vida. Quem sabe nadar não se deve afastar da costa, deve
nadar paralelamente a ela.

Depois da exposição ao sol

 Aplique sempre um creme hidratante que ajude a pele a restabelecer o


seu equilíbrio e a descansar após um dia de exposição ao sol.

 Examine frequentemente a pele das crianças para verificar o


aparecimento ou alteração de sinais existentes. Aliás, os sinais,
cicatrizes ou marcas de nascença precisam de um cuidado especial, pelo
que nesses locais deve ser usado um factor de protecção mais elevado.

 Se, mesmo assim, houver uma queimadura, é aconselhável ficar um ou


dois dias sem apanhar sol até a pele "acalmar". A aplicação de
compressas de leite frio pode aliviar e, mais uma vez, a hidratação da
pele com um creme é fundamental.

 É muito importante beber líquidos (água, leite, chá e sumos naturais) em


grande quantidade, não demasiado doces e à temperatura ambiente.
 Caso a queimadura seja grave, consulte um médico. Não se esqueça
também do perigo de insolação.

Segurança Rodoviária

Actualmente a principal causa de morte infantil, em Portugal, é o acidente


rodoviário.

Na verdade, a criança não está preparada para enfrentar o trânsito:


- distrai-se muito facilmente;
- não consegue orientar a sua atenção para estímulos significativos;
- imita o comportamento dos outros utentes;
- reage espontaneamente e de um modo inesperado;
- julga que, quando vê um condutor, este também a está a ver;
- não compreende as situações de trânsito difíceis, porque lhe falta
experiência e confia na aparência dos factos.

A estrada, por outro lado, configura-se para a criança repleta de "ratoeiras",


nomeadamente a falta de equipamentos de segurança, a localização das escolas
em zonas perigosas e os riscos presentes nos percursos que a criança
habitualmente faz a pé.

E, por fim, os adultos muitas vezes não adoptam os comportamentos mais


adequados como condutores, passageiros ou peões, em particular os pais, sendo
seguidos, de forma negativa, como modelos pelas crianças.

Os problemas configuram-se de naturezas diversas:

- a criança demonstra comportamentos de risco ao circular na via como


passageiro, peão ou ciclista (exemplo: atravessa a correr sem olhar várias
vezes para todas as direcções donde surgem veículos);

- os percursos que habitualmente faz enquanto peão ou ciclista apresentam


situações de risco (exemplo: carros estacionados imediatamente antes de
passadeiras);

- a inserção da escola no meio rodoviário apresenta situações de risco, nos


períodos do dia em que as crianças habitualmente ali circulam (exemplo: portão
virado para uma estrada com muito movimento);

- os pais apresentam comportamentos inseguros, quando acompanham a


criança, a pé, de bicicleta ou de automóvel (exemplo: atravessam a correr fora
da passadeira);
- a criança tem comportamentos de risco, enquanto utente de transportes
públicos ou escolar (exemplo: atravessa a estrada sem esperar que o autocarro
se afaste);

- os automóveis das famílias ou os transportes escolares não se encontram


adaptados para o transporte seguro da criança (exemplo: cadeirinha
inadaptada ao tamanho ou sobrelotação de crianças numa carrinha);

- os condutores que circulam perto das escolas têm comportamentos de risco


(exemplo: circulam a grande velocidade).

São problemas relacionados com comportamentos inseguros da criança,


como utente da estrada, seja enquanto passageiro, peão ou ciclista, que
nos devem fazer agir e mudar comportamentos, enquanto adultos.

A Criança e o Trânsito

Se julga que no trânsito a criança reage como os adultos, engana-se!

Se julga que a criança vê e ouve como os adultos os veículos que se aproximam,


engana-se!

Estas falsas ideias fazem com que amanhã possa ser responsável por um
acidente com uma criança...

A CRIANÇA NA RUA

VISÃO: a criança não vê como um adulto


- o campo de visão da criança é mais estreito do que o do adulto;
- devido à pequena estatura, ela não consegue ver por cima dos veículos
estacionados, por isso fica escondida e pouco visível aos olhos dos
condutores;
- confunde "ver" e "ser visto";
- demora cerca de quatro segundos a distinguir se um veículo está a
circular ou parado;
- confunde as noções "volume" e "distância": um automóvel parece-lhe
normalmente mais afastado de si do que um camião.
AUDIÇÃO: a criança não entende como os adultos

- não detecta facilmente de


onde provêm os sons;
- os ruídos próprios do
quotidiano distraem-na;
- distingue com dificuldade os
ruídos do trânsito mais
significativos;

RELAÇÃO CAUSA-EFEITO: não é entendida pela criança


- por esta razão, não pensa na distância de paragem de um veículo. Julga
que um veículo pode parar imediatamente no local em que se encontra,
desde o momento em que o condutor apoia o pé no travão.

DISTÂNCIA / TEMPO / VELOCIDADE: a criança não é capaz de os


avaliar correctamente

SÍNTESE GLOBAL: a criança não consegue pensar


e reagir a vários estímulos ao mesmo tempo
- é-lhe difícil observar, ao mesmo tempo, a
passadeira para peões, o sinal luminoso para
peões, os veículos em movimento.

SATISFAÇÃO DAS SUAS NECESSIDADES: a


criança procura sempre satisfazer, antes de mais,
as suas necessidades
- jogar, movimentar-se e chegar a horas à escola ou a
casa, ir ter com os pais que estão do outro lado da rua
ou apanhar a bola é normalmente mais importante que dar a atenção ao
trânsito. Para fazer o que lhe interessa, é capaz de se precipitar contra um
automóvel que se aproxima, se este a impedir de continuar o seu próprio
percurso.

MORTE: a criança não acredita na morte


- é como um jogo, com frequência brinca como se estivesse morta,
depois levanta-se e continua a brincar, porque diz que está viva.
Portanto, não tem medo de morrer. Mas sabe que os adultos a
repreendem, se ela obrigar os veículos a travar;
AMBIENTE SEGURO: a criança tem, com
frequência, a impressão de que está em
segurança
- pensa que nada lhe poderá acontecer se os
pais ou outros adultos estiverem junto dela,
sempre que se encontra perto da sua casa ou da
sua escola.

FALSAS IMAGENS: para a criança os objectos


não têm o mesmo significado do que para os
adultos
- a rua: é um espaço onde pode brincar sem o controlo dos pais;
- a passagem de peões dita "protegida": é aquela em que nada de mau lhe
pode acontecer;
- o veículo: não teme a sua presença, porque este se assemelha a um ser
humano. Por exemplo, os faróis parecem-se com os olhos, a grelha a
boca com os dentes, etc.

IMITAÇÃO: a criança imita sempre os adultos


- pensa que se os adultos podem atravessar a faixa de rodagem, também
pode fazê-lo, sem se aperceber que, em escassos segundos, a situação
de trânsito muda.
Por outro lado, a criança que está de mão dada com um adulto julga que
a ausência de perigo é total.

Antes dos 10-12 anos, qualquer criança tem dificuldades em integrar-se no


trânsito rodoviário, porque...

A CRIANÇA NÃO É UM ADULTO EM MINIATURA !


Só crescendo é que a criança aprende o essencial!
Podemos e devemos ajudá-la, mas é preciso esperar que ela cresça!
Nós é que temos de ser prudentes!
Nós, adultos, é que temos que modificar o nosso comportamento!
Condutores
- abrandem, sempre que virem uma criança;
- junto de uma passagem para peões, parem a cerca de 10 metros.

Pais e educadores
- vistam as crianças com roupas claras e com material
retroreflectorizante;
- não as deixem atravessar a rua a correr;
- ensinem-lhes a circular com segurança nas ruas.
Segurança das Crianças na Internet

A comunicação e a publicação de informação na Internet não são

supervisionadas por nenhuma entidade. A maior parte dos seus serviços

encontra-se à disposição dos utilizadores (entre eles, os mais jovens) sem

qualquer restrição ou controlo.

Pensar que a Internet não encerra perigos ou que estes só afectam os outros

é assumir uma atitude distante e pouco informada. Por outro lado, adoptar

visões alarmistas só ajuda a ocultar a realidade.

Tomar consciência dos riscos, estar informado de como os prevenir ou

minimizar, orientar as actividades das crianças e adolescentes na Internet,

podem ser as chaves para garantir uma utilização em segurança.

w w w . s e g u r a n e t . p t

Minimizar Riscos,  Guia para orientar a navegação na


Maximizar Benefícios. Internet

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