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12º Encontro da ABCP

18 a 21 de agosto de 2020
Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa (PB)
Evento online

Área Temática: ELEIÇÕES E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA

O PAPEL DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS BRASILEIRAS NA ESTRUTURAÇÃO DO


SISTEMA PARTIDÁRIO NACIONAL

Maria Teresa Miceli Kerbauy


Universidade Estadual Paulista - Unesp

André Luiz Vieira Dias


Universidade Federal de Goiás - UFG – Regional Catalão

Thais Cavalcante Martins


Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
Resumo

Esta pesquisa tem como proposta analisar o desempenho dos partidos brasileiros nas
competições eleitorais municipais para o cargo legislativo entre os anos de 2000 a 2016. Dado
o elevado número de partidos registrados no Brasil, nosso objetivo é compreender como se
deu a organização e a distribuição partidária entre as várias regiões e dimensões de
municípios do país, além dos efeitos sobre o realinhamento das forças partidárias e os
impactos sobre a competição eleitoral nacional ao longo do período analisado. Para isso, nos
valemos de técnicas de análise de dados categóricos, no intuito de verificar o sentido e a
significância entre as variáveis utilizadas. Dentre os principais resultados, destacamos as
diferenças nas estratégias partidárias para as eleições municipais em relação a região e à
proporção populacional dos municípios.

Palavras-chaves: eleições municipais, sistema partidário, nacionalização e fragmentação


partidária.

Abstract

This research aims to analyze the performance of Brazilian parties in municipal electoral
competitions for the legislative post between 2000 and 2016. Given the high number of parties
registered in Brazil, our objective is to understand how the organization and party distribution
among the various regions and dimensions of municipalities of the country, in addition to the
effects on the realignment of party forces and the impacts on national electoral competition
over the analyzed period. For this, we use categorical data analysis techniques, to verify the
direction and significance between the used variables. Among the main results, we highlight
the differences in party strategies for municipal elections concerning the region and the
population proportion of the municipalities.

Keywords: municipal elections, party system, nationalization, and party fragmentation.

2
1. INTRODUÇÃO

As eleições municipais brasileiras, cujos resultados vinham ocorrendo desde 2000 de


forma mais ou menos previsível, chegaram a 2016 com um alto grau de incerteza em relação
ao quadro partidário no país. Diante do aumento da fragmentação partidária nas eleições
municipais recentes, especialmente para o legislativo local, e da dimensão da competição
eleitoral municipal, o objetivo geral desse artigo é analisar o cenário partidário brasileiro de
2000 a 2016, considerando as mudanças que ocorreram nas competições eleitorais
municipais no Brasil e a possível consolidação de um subsistema partidário.
As análises sobre o sistema partidário e o sistema eleitoral no Brasil sempre
desconsideraram as eleições municipais, o papel dos partidos e as características dos
sistemas partidários locais. Apesar de alguns autores apontarem a importância das eleições
locais (Ames, 1994; Pereira e Rennó, 2001; Nicolau, 2015) a referência sempre foi as eleições
nacionais, a competição pela Presidência da República e o papel que exerceu sobre o
processo de consolidação do sistema partidário no país ao estruturar a competição polarizada
entre o PT e o PSDB, condicionando a análise sobre o comportamento eleitoral e a dinâmica
do sistema de partidos no país.
Limongi e Cortez (2010) e Cortez (2009) ao enfatizarem o fortalecimento dos partidos
apontaram para a nacionalização vertical do sistema partidário e a estabilização da
competição no plano subnacional. Como consequência desse processo, deu-se o
alinhamento das estratégias partidárias (nacional, estadual e municipal) e a avaliação de que
o desempenho de um partido em uma determinada eleição teria efeito sobre o desempenho
deste mesmo na eleição seguinte – independentemente do fato das eleições para o Executivo
e Legislativo municipal não coincidirem com as eleições estadual e federal.
A nacionalização dos partidos brasileiros, para Borges (2015, p.678), estaria
relacionada à disputa pela Presidência da República. A realização de eleições coincidentes
para presidente, governador e deputado federal, desde 1994, teria ampliado e incentivado a
coordenação entre as disputas.
A tendência para analisar os partidos a partir da disputa nacional tem sido denominada
por uma parte da literatura comparada internacional como nacionalismo metodológico,
entendido como a homogeneidade dos resultados eleitorais em um território, nas eleições
nacionais (Rokkan 1970; Suarez-Cao y Freideberg, 2013), ou como sistemas nacionalizados
em que a força eleitoral dos partidos se distribui homogeneamente entre os distritos (Jones e
Mainwaring, 2003).
No Brasil a forma como se estruturam as eleições locais e suas interações com os
diferentes níveis não tem recebido atenção especial dos pesquisadores sobre o tema. As

3
análises existentes sobre a competição partidária na esfera municipal tendem a considerar
apenas os dados referentes às capitais dos estados, não se detendo nos dados agregados
da competição do conjunto dos municípios brasileiros e suas diferenças regionais.
Poucas pesquisas se debruçaram sobre as diferentes formas de competição em
diferentes distritos de um mesmo nível eleitoral. Por ser uma eleição realizada num ciclo
diferente da nacional e estadual, grande parte da literatura sobre a disputa eleitoral nos
municípios considera que o efeito desarticulador da Federação, em combinação com as
regras eleitorais e a organização partidária, aponta para o desprestígio da função
coordenadora exercida pelos partidos políticos, elevando o grau de personalismo político,
fazendo ressaltar a atuação do prefeito como o maior detentor do poder local, responsável
por individualizar a negociação política e desconsiderar totalmente a organização e
coordenação partidária (Ames, 2003; Mainwaring, 2001) . Desta forma, os efeitos da
nacionalização partidária não alcançariam a competição eleitoral nos municípios.
Procurando compreender melhor essa questão buscamos analisar o desempenho dos
dez maiores partidos políticos nas eleições municipais de 2000 a 2016. Dado o elevado
número de partidos registrados no Brasil, nosso objetivo é compreender como se deu a
organização e a distribuição partidária entre as várias regiões e dimensões de municípios do
país, além dos efeitos sobre o realinhamento das forças partidárias e os impactos sobre a
competição eleitoral nacional ao longo do período analisado. Assim, buscamos avaliar o
desempenho dos dez maiores partidos políticos brasileiros (DEM, PDT, PMDB, PP, PR, PSB,
PSD, PSDB, PT, PTB) nas eleições municipais para o cargo legislativo de 2000, 2004, 2008,
2012 e 20161.
Nossa hipótese é de que ao levarmos em conta apenas a competição para o executivo
e legislativo nas esferas nacional e estadual e a polarização entre PT e PSDB, não atentamos
para as mudanças e realinhamento das forças partidárias que estavam ocorrendo na
competição eleitoral dos municípios, cujos resultados vinham apontando para uma alta
fragmentação partidária desde 2008. A questão que se coloca é como o aumento da
fragmentação partidária nas eleições 2016 – em que trinta e cinco partidos concorreram para
cargos do executivo e do legislativo municipal – que já vinha sendo anunciado nas eleições
municipais de 2000, 2004, 2008 e 2012, impactou o sistema partidário e a coordenação dos
partidos.

1 A escolha desse período se deve ao fato de que os dados eleitorais disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) só estão sistematizados de forma adequada a partir de 2000. Os dados referentes à eleição de 1996
apresentam uma série de falhas e inconsistências, apontadas pelo próprio tribunal. Essas lacunas foram corrigidas
em 2000, período que se inicia a nossa análise.

4
2. METODOLOGIA

Nesse artigo avaliamos o desempenho eleitoral dos partidos para o cargo de vereador
nas eleições municipais de 2000 a 2016. Para isso, organizamos uma base de dados original,
que conta com as informações eleitorais dos 5570 munícipios brasileiros.
As variáveis independentes e categorias utilizadas para a análise são: as cinco regiões
do país (norte, nordeste, sudeste, sul e centro oeste); e as diferentes dimensões dos
municípios organizadas por cinco faixas populacionais (os municípios de pequeno porte até
50.000 habitantes e os de 50.001 a 100.000 habitantes; os municípios de médio porte de
100.001 a 200.000 habitantes e de 200.001 a 500.000 habitantes; e os município de grande
porte de 500.001 a 1.000.000 habitantes e os de mais de 1.000.001 habitantes).
A análise descritiva e exploratória destes dados mostra que, em relação às demais
regiões, o Nordeste é a que mais possui municípios nas duas primeiras faixas – dos seus
1.794 municípios, 1.731 (96,5%) possuem até 100 mil habitantes. Ou seja, é a região com a
maior concentração de municípios de pequeno porte no país. Por outro lado, nas outras quatro
faixas populacionais, que dizem respeito aos municípios de médio e grande porte, se destaca
a região Sudeste com os maiores percentuais. Este cenário indica duas condições da
dinâmica da composição partidária no país que precisam ser ressaltadas: (1) os partidos
precisam levar em conta essas configurações regionais para a distribuição da organização de
seus diretórios ou comissões cientes de que em cidades menores, o partido é menos
importante do que a figura do candidato; (2) derivada desta condição é necessário traçar
estratégias, considerando o que é mais vantajoso: controlar pequenos municípios dispersos
ou concentrar suas energias em cidades médias e grandes, onde o eleitorado é maior e nas
quais, em tese, as siglas partidárias são entendidas por este eleitorado de maneira diferente
das pequenas cidades. Isso porque as disputas eleitorais são mais polarizadas e com graus
diferenciados de interesse tensionados na arena eleitoral.
Feitas tais considerações nos valemos de técnicas de análise de dados categóricos,
no intuito de verificar a sentido e a significância entre as variáveis e categorias utilizadas. No
caso, avaliamos o desempenho dos maiores partidos e do conjunto dos partidos médios e
pequenos nas cinco regiões do país e nos municípios de diferentes proporções populacionais.

3. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Esta análise da organização e do desempenho dos partidos políticos nas disputas


pelos cargos do poder legislativo nos municípios se dispõe a verificar se há indícios de uma

5
coordenação especifica dos partidos nas eleições municipais, distinta das estratégias comuns
à competição em níveis estadual e federal. O objetivo é conferir se há diferentes estratégias
nas regiões do país e nos municípios de diferentes proporções populacionais nos processos
eleitorais de 2000, 2004, 2008, 2012 e 2016.
Nos quadros e figuras que se seguem nos valemos de técnicas de análise de dados
categóricos a partir do recurso dos resíduos padronizados, no intuito de verificar o sentido e
a significância entre as variáveis e categorias utilizadas. Assim, destacamos o desempenho
individual dos dez maiores partidos – aqueles que elegeram o maior número de vereador por
todo o país nos referidos pleitos –, além de outras três categorias: os partidos pequenos2, os
partidos médios3 e a somatória dos partidos grandes – esta última categoria nos permite
comparar os dados obtidos acerca do conjunto dos dez maiores partidos em relação aos
outros dois blocos partidários.
De imediato, é importante considerar que houve um aumento do número de partidos
registrados e que competiram nos processos eleitorais ao longo do período analisado. No
caso, em 2000 foram 30 partidos políticos; em 2004 e 2008 foram 27 partidos políticos; em
2012 foram 29 partidos políticos e em 2016 foram 35 partidos políticos que competiram pelas
vagas do legislativo municipal em todo o país. A tabela 1 apresenta o número de vereadores
eleitos em cada ano, além da distribuição das cadeiras pelos dez maiores partidos
(individualmente e em grupo) e dos conjuntos de partidos médios e pequenos.

Tabela 1 - Vereadores eleitos – 2000-2016 – (N)


2000 2004 2008 2012 2016 TOTAL
PMDB/MDB 11370 8311 8475 7969 7564 43689
PSDB 8532 6565 5897 5260 5365 31619
PPB/PP 7072 5460 5128 4938 4742 27340
PFL/DEM 9669 6461 4802 3285 2903 27120
PTB 4992 4212 3934 3581 3065 19784
PT 2486 3680 4168 5185 2814 18333
PDT 3774 3248 3523 3663 3771 17979
PL/PR 2897 3832 3534 3191 3018 16472
PSB 1721 1835 2956 3555 3633 13700
PPS 2576 2816 2159 1864 1676 11091
PSD 1469 0 0 4666 4645 10780
Partidos grandes 56558 46420 44576 47157 43196 237907
Partidos médios 3243 5163 7289 10044 12646 38385
Partidos pequenos 560 228 38 233 2076 3135
TOTAL 60361 51811 51903 57434 57918 279427
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

2
Foram considerados partidos pequenos aqueles que elegeram de 0 a 1000 vereadores em todo o país ao longo
do período analisado. São eles: PROS, PEN, PST, PPL, PMB, REDE, PRONA, PSOL, PAN, PRN, PCB, PGT,
PSTU, NOVO, PCO.
3
Foram considerados partidos médios aqueles que elegeram de 1000 a 10000 vereadores em todo o país ao
longo do período analisado. São eles: PSC, PV, PRB, PSL, PC do B, PRP, PMN, PHS, PT do B, PSDC, PTN,
PTC, PRTB e SD.
6
A figura 1 nos auxilia a observar que, em linhas gerais, a competição partidária no
legislativo municipal no Brasil sofreu graduais e importantes mudanças ao longo do período
analisado. Contudo, a partir de 2012, encontramos uma inversão relativa nos desempenhos
dos principais blocos partidários e que já vinha sendo sinalizada nos pleitos anteriores. Isso
porque, a partir das eleições municipais de 2012, a disputa pelas cadeiras nas Câmaras
Municipais tornou-se mais acirrada pela participação e melhores desempenhos dos partidos
médios e pequenos e o consequente declínio, tanto individual como em grupo, dos maiores
partidos políticos naquele processo eleitoral. Este fenômeno tendeu a se repetir em todas as
regiões e municípios de diferentes proporções populacionais, tal como verificaremos nas
análises que se seguem.

Vereadores eleitos - 2000-2016 (Rp)

80
Partidos Médios
60
Partidos pequenos

40
Resíduos padronizados

20
PSB

0 PSDB PDT
PL/PR
PPS
PSDB
-20 PT
PTB
PMDB/MDB

PFL/DEM
-40
Partidos grandes

-60

-80
2000 2004 2008 2012 2016
Ano

PMDB/MDB PSDB PPB/PP


PFL/DEM PTB PT
PDT PL/PR PSB
PPS Partidos Médios Partidos pequenos
Partidos grandes

Figura 1: Vereadores eleitos em todo o Brasil – 2000-2016 (Rp)


Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.
7
Na região Norte do Brasil, é possível destacar os casos do PL/PR e do PT em que,
apesar da oscilação nos primeiros pleitos, encerraram o período analisado entre os partidos
com desempenhos estatisticamente positivos e significativos. Ou seja, foram estes os partidos
que tenderam a obter melhores desempenhos na disputa pelas cadeiras do legislativo nos
municípios daquela região. Por outro lado, o PTB, PFL/DEM, PMDB/MDB, PSDB, PSB, PDT
e PPB/PP foram as agremiações que mais perderam cadeiras até as eleições de 2016 – o
que vai ao encontro da tendência de os grandes partidos serem impactados pela inserção dos
partidos médios e pequenos nas competições eleitorais municipais pelo país, sobretudo a
partir de 2012, tal como exposto na figura 2, a seguir.

Vereadores eleitos na região Norte - 2000-2016 (Rp)

25

20 Partidos médios
Partidos pequenos

15

10
Resíduos padronizados

5 PL/PR
PT
0 PPS
PTB
PFL/DEM
PMDB/MDB
PSDB
PSB
-5 PDT
PPB/PP
-10

Partidos grandes
-15

-20

-25
2000 2004 2008 2012 2016
Ano
PMDB/MDB PSDB PPB/PP
PFL/DEM PTB PT
PDT PL/PR PSB
PPS Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes

Figura 2: Vereadores eleitos na região Norte – 2000-2016 (Rp)


Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

8
Em relação a região Nordeste, destacamos a leve flutuação, mas sempre positiva e
significativa, da atuação do PSB nas disputas eleitorais para o legislativo daquela região.
Somente esta agremiação dispôs de números estatisticamente significativos e positivo em
todo o período analisado. De maneira semelhante ao cenário nacional, verificou-se a
ascensão dos partidos médios em 2012 e sua manutenção em 2016, além do grande salto
positivo dos desempenhos dos partidos pequenos no pleito de 2016. (Ver a figura 3, abaixo.)

50 Vereadores eleitos na região Nordeste - 2000-2016 (Rp)

40
Partidos Médios

30 Partidos pequenos

20
Resíduo padronizado

10 PSB

PDT
0 PT
PL/PR
PFL/DEM
PTB
PPB/PP
PPS
-10 PMDB/MDB
PSDB
-20
Partidos grandes
-30

-40

-50
2000 2004 2008 2012 2016
Ano

PMDB/MDB PSDB PPB/PP


PFL/DEM PTB PT
PDT PL/PR PSB
PPS Partidos Médios Partidos pequenos
Partidos grandes

Figura 3: Vereadores eleitos na região Nordeste – 2000-2016 (Rp)


Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

Na região Sudeste, a competição tornou-se ainda mais acirrada a partir de 2012 com
a ascensão dos partidos médios e da já consolidada participação do PSDB, PFL/DEM, PTB e
PL/PR nesta região. Estas são as agremiações que mantiveram resultados positivos e
9
significativos ao longo do período observado. Ainda, é possível destacar o declínio do
desempenho do PT e do PSB, alcançando resultados negativos e significativos nas eleições
de 2016. A região Sudeste reflete o cenário consolidado nacionalmente no qual o conjunto
dos partidos grandes tendeu a conquistar cada vez menos cadeiras nas Câmaras Municipais
quando comparados aos desempenhos dos partidos médios e pequenos. Isso não quer dizer
que os partidos grandes ocuparam menos vagas nos legislativos municipais, mas que as
eleições têm sido cada vez mais competitivas nesta esfera e que os partidos médios e
pequenos têm conquistado, gradualmente, cada vez mais espaço nos municípios por todo o
país, inclusive na região Sudeste.

Vereadores eleitos na região Sudeste - 2000-2016 (Rp)

50

40 Partidos médios

Partidos pequenos
30
Resíduos padronizados

20

10 PSDB
PFL/DEM
PTB
PL/PR
0
PSB
PT
-10 PDT
PPB/PP

-20
Partidos grandes

-30

-40
2000 2004 2008 2012 2016
Ano

PMDB/MDB PSDB PPB/PP


PFL/DEM PTB PT
PDT PL/PR PSB
PPS Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes
Figura 4: Vereadores eleitos na região Sudeste – 2000-2016 (Rp)
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

A região Sul apresenta um cenário estável para o PPB/PP, PMDB/MDB, PDT e PT.
Estes são os partidos que tenderam a se manter sempre com resultados positivos e
significativos, embora tenham presenciado a ascensão dos partidos médios em 2012 e dos

10
partidos pequenos em 2016. Dentre os maiores partidos que obtiveram resultados negativos
e significativos estão o PPS, PSB, PFL/DEM e o PL/PR. Em comum, estas agremiações
apresentaram resultados abaixo do estatisticamente esperado na região Sul entre os anos de
2000 e 2016, conforme a figura 5.

Vereadores eleitos na região Sul - 2000-2016 (Rp)

40

30 PPB/PP
Partidos médios
PMDB/MDB
20 Partidos pequenos
Resíduos padronizados

PDT
10 PT

PTB
0
PSDB
PPS
PSB
PFL/DEM
PL/PR
-10 Partidos grandes

-20

-30
2000 2004 2008 2012 2016
Ano
PMDB/MDB PPB/PP PDT
PSDB PT PFL/DEM
PTB PPS PSB
PL/PR Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes
Figura 5: Vereadores eleitos na região Sul – 2000-2016 (Rp)
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

A região Centro-Oeste é caracterizada pela forte atuação eleitoral do PSDB e do


PL/PR, pela ascensão do PFL/DEM. Assim como no cenário nacional houve uma maior
inserção dos partidos médios em 2012 e dos partidos pequenos em 2016 nesta região. Os
partidos grandes tenderam a sofrer uma redução sobre a ocupação das cadeiras legislativas
dos municípios da região - estes são os casos do PTB, PPB/PP e do PT que, além do declínio,
encerraram a última competição eleitoral com desempenhos negativos e significativos.

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Vereadores eleitos na região Centro-Oeste - 2000-2016 (Rp)

25,00

Partidos médios
20,00
Partidos pequenos

15,00
PSDB
Resíduos padronizados

10,00

5,00 PL/PR
PFL/DEM
PPS
PSB
0,00 PMDB/MDB
PDT
PTB
-5,00 PPB/PP
PT
-10,00
Partidos grandes

-15,00

-20,00
2000 2004 2008 2012 2016
Ano

PMDB/MDB PSDB PPB/PP


PFL/DEM PTB PT
PDT PL/PR PSB
PPS Partidos médios Partidos pequenos

Figura 6: Vereadores eleitos na região Centro-Oeste – 2000-2016 (Rp)


Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

Outra variável que utilizamos no intuito de verificar as estratégias eleitorais dos


partidos é a análise dos seus desempenhos nos municípios de diferentes proporções
populacionais. De maneira semelhante, o fenômeno da ascensão dos partidos médios em
2012 e dos partidos pequenos em 2016 ocorreu em todos os grupos de municípios de
diferentes portes – em alguns com ascensão mais gradual e em outros com a ascensão mais
inclinada.
Nos municípios com até 50 mil habitantes podemos observar a flutuação dos dez
maiores partidos entre as margens dos resultados não significativos, com exceção do PPB/PP
e do PMDB/MDB que obtiveram resíduos positivos e significativos ao longo do período
analisado. No entanto, o desempenho do conjunto dos partidos grandes tendeu ao declínio a
partir de 2004 e alcançou resultados negativos e significativos em 2012 e 2016, tal como

12
exposto na figura 7. Deve-se salientar que, no Brasil, temos 4.919 municípios com até 50 mil
habitantes, o que representa cerca de 88% dos municípios do país.

Vereadores eleitos em municípios com até 50 mil habitantes-


2000-2016 (RP)
75
Partidos médios

50 Partidos pequenos
Resíduos Padronizados

25

-25
Partidos grandes

-50

-75
2000 2004 2008 2012 2016
Ano
PDT PFL/DEM PL/PR
PMDB/MDB PPB/PP PPS
PSB PSDB PT
PTB Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes

Figura 7: Vereadores eleitos em municípios de até 50 mil habitantes – 2000-2016 (Rp)


Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

Nos municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes, todos os dez maiores partidos
obtiveram resultados negativos e significativos em todo o período analisado. A eleição de
2008 já sinalizava para o declínio do desempenho do conjunto dos grandes partidos e que foi
acentuado nas eleições de 2012 e 2016, conforme figura 8.

13
Vereadores eleitos em municípios entre 50 mil e 100 mil
habitantes - 2000-2016 (Rp)
50

25
Partidos pequenos
Resíduos Padronizados

Partidos médios
0

Partidos grandes
-25

-50

-75

-100
2000 2004 2008 2012 2016
Ano

PDT PFL/DEM PL/PR


PMDB/MDB PPB/PP PPS
PSB PSDB PT
PTB Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes
Figura 8: Vereadores eleitos em municípios entre 50 mil e 100 mil habitantes – 2000-2016 (Rp)
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

As figuras 9 e 10 apresentam um diferencial em relação aos grandes partidos, no qual


o PPS obteve um bom desempenho nos municípios considerados de porte médio (de 100 mil
a 500 mil habitantes), já que esta foi a única agremiação que encerrou o período com resíduos
positivos e significativos. Interessante observar que, nos municípios de 100 mil a 200 mil
habitantes, a eleição de 2008 marca um declínio do conjunto dos grandes partidos e uma
curva em ascensão dos partidos médios. Os pequenos partidos oscilaram negativamente em
2008 e inclinaram positivamente a partir de 2012.

14
Vereadores eleitos por municípios entre 100 mil e 200 mil
habitantes- 2000-2016 (Rp)

20

15
Partidos médios
Resíduos Padronizados

10 Partidos pequenos

-5

-10 Partidos grandes

-15

-20
2000 2004 2008 2012 2016
Ano

PDT PFL/DEM PL/PR


PMDB/MDB PPB/PP PPS
PSB PSDB PT
PTB Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes

Figura 9: Vereadores eleitos em municípios entre 100 mil e 200 mil habitantes – 2000-2016 (Rp)
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

Dois casos chamam atenção no conjunto de municípios de 200 mil a 500 mil
habitantes: o PT que iniciou o período como sendo o partido com o melhor desempenho, que
registrou uma queda contínua e finalizou as eleições de 2016 com resíduos negativos e
estatisticamente significativos; e o PSB que foi o único partido que apresentou resíduos
positivos em todas as eleições, embora tenha sofrido uma redução gradual do seu
desempenho.

15
Vereadores eleitos em municípios entre 200 mil e 500 mil
habitantes - 2000-2016 (Rp)

15

10 Partidos médios
Resíduos Padronizados

Partidos pequenos

-5
Partidos grandes
-10

-15
2000 2004 2008 2012 2016
Ano
PDT PFL/DEM PL/PR
PMDB/MDB PPB/PP PPS
PSB PSDB PT
PTB Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes

Figura 10: Vereadores eleitos em municípios entre 200 mil e 500 mil habitantes – 2000-2016 (Rp)
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

O mesmo se observa nos municípios de 500 mil a 1 milhão de habitantes. Ou seja, o


declínio dos grandes partidos teve início em 2004. Nessa mesma eleição os partidos médios
apresentaram uma ascensão contínua, que se acentuou em 2012 e manteve-se positivo e
significativo em 2016. Os partidos pequenos, da mesma maneira como ocorreu nas demais
faixas populacionais, obteve um desempenho ascendente, acentuado em 2016.

16
Vereadores eleitos em municípios entre 500 mil e 1 milhão -
2000-2016 (Rp)
15
Resíduos Padronizados

10

Partidos pequenos
5
Partidos médios

Partidos grandes
-5

-10
2000 2004 2008 2012 2016
Ano
PDT PFL/DEM PL/PR
PMDB/MDB PPB/PP PPS
PSB PSDB PT
PTB Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes

Figura 10: Vereadores eleitos em municípios entre 500 mil e 1 milhão de habitantes – 2000-2016
(Rp)
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

No conjunto de municípios com mais de 1 milhão de habitantes, chama atenção o caso


do PT que manteve o desempenho positivo por todo o período, sendo significativo até as
eleições de 2012 e não significativo em 2016. O conjunto dos grandes partidos enfrentou uma
redução dos resultados a partir de 2008, chegando a resíduos negativos e significativo ao final
do período analisado. Diferentemente das demais faixas populacionais, a ascensão dos
partidos médios foi significativa, porém estável entre 2012 e 2016. O conjunto que obteve
maior ascensão nos últimos anos foi o dos partidos pequenos.

17
Vereadores eleitos em municípios maiores que 1 milhão de
habitantes - 2000-2016 (Rp)

15

10
Resíduos Padronizados

Partidos pequenos
5
Partidos médios

Partidos grandes
-5

-10
2000 2004 2008 2012 2016
Ano

PDT PFL/DEM PL/PR


PMDB/MDB PPB/PP PPS
PSB PSDB PT
PTB Partidos médios Partidos pequenos
Partidos grandes

Figura 10: Vereadores eleitos em municípios maiores que 1 milhão de habitantes – 2000-2016
(Rp)
Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do TSE.

4. CONSIDERÇÕES FINAIS

Os resultados preliminares apontam para a importância do jogo político subnacional e


das várias possibilidades de articulação do sistema político brasileiro. As eleições de 2012
são reveladoras das dificuldades da nacionalização partidária e da integração vertical do
sistema partidário. Os dados analisados não nos permitem afirmar que houve uma polarização
entre o PT e o PSDB nas competições para o legislativo na esfera municipal, ao contrário do
que a literatura sobre as eleições estaduais e nacionais aponta.
A partir dos primeiros testes realizados, verificamos as diferenças no desempenho dos
dez maiores partidos brasileiros e as dessemelhanças em relação às suas estratégias
regionais e às dimensões populacionais dos municípios.
Nesta pesquisa destacamos que os padrões diferenciados de competição política
subnacional tornam necessário um maior aprofundamento das análises em relação as formas
18
como os partidos se organizam eleitoralmente nos municípios e a sua relação com este
mesmo processo no nível nacional e estadual. Além do efeito das regras institucionais,
podemos acrescentar o aumento da competitividade eleitoral nos municípios em decorrência
das prerrogativas estabelecidas pela Constituição de 1988 e as marcantes diferenças
territoriais do país, quer em termos populacionais, eleitorais ou de contextos
socioeconômicos, com a entrada de novos atores políticos oriundos de uma forte mobilidade
social verificada no período investigado.
Ademais, salientamos que a ampliação do conhecimento sobre como se organizam os
partidos a nível subnacional e os incentivos para as decisões a serem tomadas pelas elites
locais, permitem compreender melhor o papel que as eleições municipais exercem sobre a
estruturação do sistema de partidos brasileiros e das dificuldades de nacionalização partidária
e verticalização do sistema.

REFERÊNCIAS

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Presidencial Election. American Political Science Review, n.88, March, p. 95-111.

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BORGES, A. (2015). Nacionalização Partidária e Estratégias Eleitorais no Presidencialismo


de Coalizão. Dados. Rio de Janeiro: vol.58, n.3, p.651-688.

CORTEZ, R. (2009). Eleições majoritárias e entrada estratégica no sistema partidário-eleitoral


brasileiro. Tese de doutorado em Ciência Política. Universidade de São Paulo. São Paulo.

JONES, M e MAINWARING, S. (2003) The nacionalization of parties and parties systems: na


Empirical Measure and an application to the Americas. Party Politics. Vol. 9 (2), p.139-166.

LIMONGI, F. e CORTEZ, R. (2010). As eleições de 2010 e o quadro partidário, Novos Estudos


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MAINWARING, S. P. (2001) Sistemas partidários em novas democracias. O caso do Brasil.


Rio de Janeiro: FGV/Mercado Aberto.

19
NICOLAU, J. (2015). Eleições presidenciais nos municípios brasileiros: uma breve
comparação dos resultados do primeiro turno de 2010 e 2014. Em Debate. Belo Horizonte,
v.7, n.2, p.29-41.

PEREIRA, C. e RENNÓ, L. R. (2001). O que é que o reeleito tem? Dinâmicas político-


institucionais locais e regionais nas eleições de 1998 para a Câmara dos Deputados. Dados.
Rio de Janeiro: v.44, n.2. p.323-362.

ROKKAN, S. (1970). Nation building, cleavage formation and structuring of mass political.
Citizens, elections, parties: approaches to the comparative study of the process of
development. New York: Mc Key.

SUAREZ-CAO, J. e FREIDENBERG, F. (2010) Sistema de partidos multinivel y calidad de la


democracia: uma tipologia de sistema de partidos. V Congreso Latinoamericano de Ciência
Política, Buenos Aires. Argentina.

20
Anexos

TABELA 1A - Vereadores eleitos - 2000-2016 - (Rp)


2000 2004 2008 2012 2016
PMDB/MDB 19,89 2,34 3,99 -10,67 -15,67
PSDB 20,59 9,17 0,31 -15,37 -14,68
PPB/PP 15,17 5,49 0,7 -9,09 -12,29
PFL/DEM 49,79 20,2 -3,32 -30,66 -36,26
PTB 10,99 8,98 4,28 -7,61 -16,17
PT -23,43 4,81 13,07 23,08 -15,99
PDT -1,76 -1,48 3,17 -0,53 0,73
PL/PR -11,09 14,07 8,58 -3,35 -6,78
PSB -22,77 -13,99 8,15 13,93 14,89
PPS 3,68 16,75 2,18 -8,71 -12,99
Partidos médios -57,33 -41,4 -19,29 45,8 70,33
Partidos pequenos -4,5 -14,65 -22,56 -16,2 55,95
Partidos grandes 27,2 20,98 11,62 -19,41 -39,3
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

TABELA 2A - Vereadores eleitos na região Norte - 2000-2016 (Rp)


2000 2004 2008 2012 2016
PMDB/MDB -5,06 -6,89 -0,03 -3 -2,14
PSDB 0,06 0,72 -6,91 -0,58 -3,06
PPB/PP 2,2 -4,05 -6,87 -6,63 -8,39
PFL/DEM 2,25 -2,14 -1,24 -1,45 -1,78
PTB 2,49 2,31 -2,55 -1,6 -2,45
PT 3,39 6,42 6,15 0,78 2,21
PDT -1,25 -3,36 -3,22 -1,57 -2,59
PL/PR 1,8 5,47 3,96 5,15 4,53
PSB 1,18 1,38 -0,16 -0,61 -3,24
PPS -4,05 -0,1 3,02 1,69 -0,04
Partidos médios -19,86 -10,63 -4,13 11,52 20,58
Partidos pequenos 0,32 -6,04 -7,93 -6,09 18,44
Partidos grandes 10,5 8,48 3,45 -1,94 -13,66
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

21
TABELA 3A- Vereadores eleitos na região Nordeste - 2000-2016 - (Rp)
2000 2004 2008 2012 2016
PMDB/MDB -5,51 -10,15 -9,28 -9,69 -11,29
PSDB -1,31 -3,92 -6,38 -14,68 -13,51
PPB/PP -8,96 -8,11 -11,94 -9,5 -6,42
PFL/DEM 12,93 14,75 -0,21 -4,38 -4,49
PTB -1,91 -3,63 4,07 -0,12 -6,43
PT -15,17 -13,38 -6,97 -6,68 0,54
PDT -12,93 -8,94 -4,71 -4,56 1,39
PL/PR 9,42 1,58 1,35 1,67 -1,36
PSB 4,59 8,57 20,4 16,82 11,21
PPS 0,81 -0,72 -7,09 -7,04 -7,74
Partidos Médios -37,13 -21,82 -9,51 28,82 38,1
Partidos pequenos -2,85 -4,8 -14,1 -10,6 31,01
Partidos grandes 21,37 12,98 7,27 -14,86 -25,72
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

TABELA 4A -Vereadores eleitos na região Sudeste - 2000-2016 (Rp)


2000 2004 2008 2012 2016
PMDB/MDB -4,72 -6,43 -10,13 -9,6 -6,69
PSDB 6,82 10,23 12,08 14,25 10,84
PPB/PP -15,05 -13,39 -10,92 -9,69 -11,47
PFL/DEM -5,7 -1,27 5,27 10,33 10,49
PTB 7,57 7,82 3,97 4,2 7,91
PT 4,78 2,85 0,56 1,92 -6,25
PDT 0,81 -1,79 -2,53 -2,66 -9,65
PL/PR 6,59 6,35 2,5 4,84 3,38
PSB 3,44 -0,43 -6,37 -4,96 -4,19
PPS 6,06 2,26 7,49 8,28 10,6
Partidos médios -30,35 -23,82 -7,91 20,35 41,82
Partidos pequenos -3,44 -9,11 -12,52 -8,19 32,38
Partidos grandes 45,54 11,95 5,06 -8,38 -22,87
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

22
TABELA 5A - Vereadores eleitos na região Sul - 2000-2016 (Rp)
2000 2004 2008 2012 2016
PMDB/MDB 13,85 26,2 22,66 24,49 24,22
PPB/PP 33,18 28,75 28,39 30,12 30,5
PDT 20,93 18,02 13,75 11,86 12,37
PSDB -15,42 -11,31 -4,82 -1,36 -1,68
PT 12 7,31 5,76 7,89 10,34
PFL/DEM -10,36 -13,02 -5,43 -8,51 -7,55
PTB -3,47 -5,34 -5,33 -1,65 1,39
PPS -10,83 -7,83 -4,16 -1,88 -3,05
PSB -7,98 -9,71 -13,7 -12,45 -7,05
PL/PR -19,93 -18,72 -16,85 -15,16 -8,42
Partidos médios -20,18 -17,18 -13,22 19,84 30,43
Partidos pequenos -2,53 -7,22 -6,81 -3,89 20,05
Partidos grandes 6,19 5,72 4,43 -5,61 10,52
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

TABELA 6A - Vereadores eleitos na região Centro-Oeste - 2000-2016 (Rp)


2000 2004 2008 2012 2016
PMDB/MDB 3,54 -2,80 1,58 2,41 -0,32
PSDB 13,58 5,45 3,84 4,72 12,03
PPB/PP -6,66 -0,31 5,92 -3,00 -4,48
PFL/DEM -0,40 -3,61 0,17 3,73 2,50
PTB -8,33 -1,63 -4,63 -3,62 -1,99
PT -1,34 2,79 -2,67 -3,48 -7,50
PDT -7,68 -4,49 -4,67 -2,81 -1,06
PL/PR -2,36 9,22 15,59 5,99 4,91
PSB -4,70 -1,85 -5,83 -3,97 -0,13
PPS 8,88 9,70 3,20 -0,57 0,03
Partidos médios -13,72 -15,79 -11,89 18,94 21,00
Partidos pequenos 0,07 -6,84 -6,69 -6,30 19,03
Partidos grandes 5,82 7,59 5,86 -7,76 -11,22
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

23
TABELA 7A - Vereadores eleitos por porte Até 50 mil - 2000-2016 (Rp)

2000 2004 2008 2012 2016


PDT -1,87 -0,32 -0,31 0,02 0,67

PFL/DEM 5,45 3,06 2,06 2,82 1,36

PL/PR -1,18 1,01 1,81 1,12 1,04


PMDB/MDB 5,46 3,03 2,65 3,76 4,06

PPB/PP 3,11 2,64 2,90 3,40 4,11

PPS -1,56 -0,08 -0,26 -1,61 -1,85

PSB -4,01 -2,00 -0,93 -0,38 0,28

PSDB 2,34 0,43 0,37 1,19 0,82

PT -8,34 -3,13 -2,81 -2,34 0,94

PTB -0,50 0,17 1,36 1,62 1,12

Partidos médios -52,73 -37,97 -20,58 44,04 66,81

Partidos pequenos -5,47 -13,00 -19,90 -13,82 51,49

Partidos grandes 26,11 20,24 3,03 -16,04 -33,17


Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

TABELA 8A - Vereadores eleitos por porte Entre 50 mil e 100 mil - 2000-2016 (Rp)
2000 2004 2008 2012 2016
PDT -49,95 -48,83 -51,04 -49,78 -50,07
PFL/DEM -83,26 -70,41 -60,27 -48,68 -45,40
PL/PR -43,57 -53,50 -51,57 -47,00 -45,43
PMDB/MDB -89,68 -79,19 -79,74 -75,08 -73,05
PPB/PP -69,88 -63,96 -62,30 -59,10 -58,18
PPS -40,90 -45,62 -39,65 -34,99 -33,28
PSB -32,35 -36,52 -46,91 -49,65 -50,17
PSDB -76,47 -69,54 -65,83 -60,54 -60,84
PT -39,37 -52,41 -55,29 -59,30 -44,37
PTB -57,85 -55,83 -54,21 -49,76 -46,37
Partidos médios -16,11 -10,34 -4,30 11,64 11,52

Partidos pequenos -1,24 -5,12 -7,32 -5,75 17,46

Partidos grandes 9,10 6,50 3,48 -5,57 -12,30


Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

24
TABELA 9A - Vereadores eleitos por porte Entre 100 mil e 200 mil - 2000-2016 (Rp)
2000 2004 2008 2012 2016
PDT 2,36 -0,10 1,34 -0,41 -2,59
PFL/DEM -5,84 -2,77 -1,78 -3,17 0,34
PL/PR 2,89 -0,33 -1,59 -0,95 -1,88
PMDB/MDB -6,26 -3,81 -2,88 -4,46 -4,84
PPB/PP -3,30 -3,39 -3,55 -2,68 -3,56
PPS 1,12 0,40 -0,51 2,54 2,75
PSB 3,15 0,94 1,10 1,53 0,26
PSDB -3,58 -2,08 -1,15 -1,30 -1,28
PT 8,03 3,42 3,90 3,37 -2,27
PTB 1,66 0,70 0,88 -1,88 0,08
Partidos médios -11,00 -6,02 -4,74 6,89 13,49
Partidos pequenos 1,53 -1,76 -5,30 -5,37 9,58
Partidos grandes 6,02 3,70 3,51 -3,09 -9,16
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

TABELA 10A - Vereadores eleitos por porte Entre 200 mil e 500 mil - 2000-2016 (Rp)
2000 2004 2008 2012 2016
PDT 3,48 0,87 -0,90 0,11 -2,34
PFL/DEM -5,75 -4,35 -5,78 -2,46 -1,27
PL/PR -0,25 -1,93 -4,10 -0,91 -1,21
PMDB/MDB -7,09 -4,98 -6,19 -3,85 -4,32
PPB/PP -4,75 -5,33 -5,95 -5,93 -6,55
PPS 1,97 0,72 -1,34 0,60 3,63
PSB 5,48 6,31 2,02 1,56 1,02
PSDB -3,46 -1,14 -4,40 -1,24 -0,50
PT 13,17 8,58 3,72 4,19 -0,36
PTB -0,40 0,29 -5,66 -2,48 -0,03
Partidos médios -9,35 -6,55 -2,11 6,51 10,45
Partidos pequenos 1,73 -3,19 -4,70 -3,81 8,88
Partidos grandes 5,16 4,41 2,09 -3,12 -7,72
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

25
TABELA 11A - Vereadores eleitos por porte Entre 500 mil e 1 milhão - 2000-2016 (Rp)
2000 2004 2008 2012 2016
PDT 0,59 -1,13 -0,70 -0,57 -0,95
PFL/DEM -3,24 -2,35 -0,84 -1,20 -2,19
PL/PR -1,85 -1,93 -2,66 -0,51 -1,04
PMDB/MDB -2,92 -3,06 -4,09 -3,31 -3,14
PPB/PP -4,25 -2,99 -2,42 -2,28 -2,22
PPS 0,82 -1,44 0,54 2,12 1,29
PSB 4,46 3,84 2,35 0,11 -0,92
PSDB -0,52 0,55 1,57 -0,26 1,72
PT 10,93 5,06 3,61 2,39 0,65
PTB -0,06 -2,40 -3,46 -2,31 -1,86
Partidos médios -5,54 -2,53 -0,98 3,11 5,28
Partidos pequenos -1,15 -0,47 -2,98 -1,86 5,84
Partidos grandes 3,59 1,63 1,07 -1,57 -4,26
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

TABELA 12A - Vereadores eleitos por porte Maior que 1 milhão - 2000-2016 (Rp)
2000 2004 2008 2012 2016
PDT 0,21 0,57 -0,39 -1,41 -0,85
PFL/DEM -3,49 -3,05 -2,07 -2,08 0,22
PL/PR 0,48 -2,02 -2,90 -3,57 -1,29
PMDB/MDB -4,45 -3,89 -3,80 -3,65 -4,17
PPB/PP -3,39 -3,80 -4,53 -3,72 -3,63
PPS -0,01 -0,40 -0,06 0,00 -0,76
PSB 0,25 -0,23 -0,64 0,79 0,37
PSDB -3,32 -1,10 -0,88 -0,54 -1,59
PT 12,80 5,81 3,19 2,67 1,93
PTB -0,75 -0,55 -1,51 -1,80 -1,91
Partidos médios -4,32 -3,41 0,57 3,32 3,55
Partidos pequenos -1,07 -1,61 -3,39 -0,64 6,57
Partidos grandes 3,23 2,74 0,42 -2,13 -4,02
Fonte: Elaborado pelos autores a partir dos dados do TSE.

26

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