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ESCOLA DE MINAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E
AUTOMAÇÃO E TÉCNICAS FUNDAMENTAIS
OURO PRETO - MG
2016
Pedro do Espírito Santo Netto
pedroesnetto@gmail.com
OURO PRETO – MG
2015
PEDRO DO ESPÍRITO SANTO NETTO
Monografia julgada e apresentada em 15 de março de 2016 como parte dos requisitos necessários
para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico na Universidade Federal de Ouro Preto.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Orientador
____________________________________
Examinador
____________________________________
Examinador
NETTO, Pedro do Espirito Santo. Projeto de um sistema modular de balanceamento de
um rotor multipaletado. Graduação em Engenharia Mecânica. Universidade Federal de
Ouro Preto.
RESUMO
Primeiramente, a DEUS que com toda sua grandiosidade, sempre olhou por mim
e esteve ao meu lado, principalmente nos momentos mais difíceis. Sempre me
fortalecendo, tenho a ciência de que tudo que trilhei até hoje só se tornou possível por
causa DELE.
Em seguida, dedico este trabalho às mulheres da minha vida, minha esposa e
minha mãe.
À minha esposa, por todo amor, companheirismo, cuidado e carinho que me
proporcionou durante nossa trajetória. Sua participação, mais que direta, durante toda
a graduação contribuiu imensamente para minha formação, não só acadêmica como
pessoal. Você é a minha fonte de inspiração, o que torna minha vida inexplicavelmente
melhor. Com certeza, eu não teria chegado tão longe sem você.
À minha mãe, que durante toda a vida, mas principalmente durante o curso nunca
mediu esforços para se fazer presente e ajudar em qualquer situação. A senhora é um
exemplo e merecidamente possui minha eterna admiração. Também não teria chegado
até aqui sem a senhora.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à toda a família materna pelo apoio, amor e carinho imensuráveis. Aos
meus avós pela paternidade e maternidade dobrada. Aos meus tios e tias, que com grande
coração me acolheram e participaram ativamente de minha criação e formação. Aos
meus primos, a quem tenho como irmãos, por todos os momentos de parceria e
companheirismo que compartilhamos. Sou eternamente grato a vocês.
Agradeço à toda a família paterna pelo sentimento e apoio. Em especial ao meu
pai, que sempre me incentivou ao meio acadêmico, esclarecendo e buscando informações
sobre a engenharia, motivando minha formação. Aos avós pelo carinho. À minha tia e
primos queridos, pelos bons momentos e amizade.
Aos meus grandes amigos dinossauros do Pouso Alegre Futebol Tigres, sem os
quais eu não saberia o valor de uma amizade.
Ao meu professor e orientador Gustavo Paulinelli, por compartilhar comigo seu
vasto conhecimento, sempre com a tranquilidade necessária para que eu pudesse mostrar
o meu melhor.
Aos professores Cassino e Margarida, pois sem esforço extra algum, me
motivaram a ser um bom engenheiro.
À UFOP, por todas as oportunidades e infraestrutura proporcionadas para um
bom desenvolvimento acadêmico e pessoal.
À Fundação Gorceix, por todo auxílio e suporte.
E a todos que contribuíram para a conclusão deste trabalho.
LISTA DE SÍMBOLOS
𝒂 Aceleração centrípeta
𝒗 Velocidade tangencial
𝑹 Raio da circunferência
𝑭 Força centrípeta
𝒎 Massa
𝝎 Velocidade angular
G Grau de desbalanceamento
𝑹𝒐 Rotação do rotor
CI Coeficiente de influência
m2 Massa no plano 2
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
1.1 Formulação do Problema .............................................................................................. 1
1.2 Justificativa ................................................................................................................... 2
1.3 Objetivo ......................................................................................................................... 3
1.3.1 Geral ...................................................................................................................... 3
1.3.2 Específicos ............................................................................................................ 3
1.4 Estrutura do Trabalho .................................................................................................... 4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................................. 5
2.1 Forças Centrípeta e Centrífuga ...................................................................................... 5
2.2 Grandezas vetoriais e operações ................................................................................... 6
2.3 Balanceamento .............................................................................................................. 8
2.3.1 Desbalanceamento ................................................................................................. 8
2.3.2 Tipos de Desbalanceamento .................................................................................. 9
2.3.2.1 Desbalanceamento Estático ............................................................................... 9
2.3.2.2 Desbalanceamento Acoplado .......................................................................... 10
2.3.2.3 Desbalanceamento Semi-Estático ................................................................... 11
2.3.2.4 Desbalanceamento Dinâmico .......................................................................... 12
2.3.3 Causas de desbalanceamento............................................................................... 13
2.3.4 Balanceamento .................................................................................................... 13
2.3.4.1 Balanceamento Estático e Dinâmico ............................................................... 14
2.3.4.2 Método dos Coeficientes de Influência de Balanceamento ............................. 15
2.4 Tolerâncias de Balanceamento .................................................................................... 18
3 Metodologia ........................................................................................................................ 20
3.1 Tipo de Pesquisa.......................................................................................................... 20
3.2 Materiais e Métodos .................................................................................................... 23
3.3 Variáveis e indicadores ............................................................................................... 25
3.4 Tabulação dos dados ................................................................................................... 26
4 Desenvolvimento, Resultados e Discussões ........................................................................ 27
4.1 Introdução ................................................................................................................... 28
4.2 Realização de simulações como forma de coleta de dados ......................................... 28
4.3 Validação dos resultados da simulação ....................................................................... 30
4.4 Método de balanceamento adequado para forças ........................................................ 33
4.5 Coleta de dados e exemplo de simulação completa .................................................... 37
4.6 Desbalanceamento residual permissível ...................................................................... 44
4.7 Projeto do sistema receptor de massas de correção ..................................................... 46
4.7.1 Seleção dos planos de correção ........................................................................... 46
4.7.2 Pré projeto das peças receptoras .......................................................................... 50
4.7.3 Projeto detalhado do sistema receptor ................................................................. 56
4.8 Testes do sistema receptor completo ........................................................................... 68
4.8.1 Teste 01 ............................................................................................................... 69
4.8.2 Teste 02 ............................................................................................................... 71
4.8.3 Teste 03 ............................................................................................................... 76
5 CONCLUSÕES E PROPOSTAS DE PROJETOS FUTUROS .......................................... 81
5.1 Conclusões .................................................................................................................. 81
5.2 Propostas de Estudos Futuros ...................................................................................... 82
1 INTRODUÇÃO
Há, contudo, situações realmente críticas geradas por rotores desbalanceados. Tais
situações ocorrem, quando as forças de reação geradas na máquina são muito elevadas ou
atingem a frequência natural do sistema. Nestes casos, mesmo forças de baixo módulo,
podem causar vibrações com grandes amplitudes, propiciando em muitos casos falhas
estruturais.
1
balanceamento de máquinas. Além disso, várias técnicas e equipamentos especializados
em balanceamento de casos específicos e gerais foram desenvolvidos com alta tecnologia,
para sanar este problema.
1.2 Justificativa
Por este motivo, justifica-se o estudo proposto por este trabalho, que tem como
objetivo, o desenvolvimento de um sistema rápido, prático e eficaz de balanceamento de
um eixo multipaletado. Com o sistema proposto, o processo de balanceamento se tornará
mais fácil, agilizando e tornando mais preciso o processo de fabricação destes rotores.
1.3 Objetivo
1.3.1 Geral
1.3.2 Específicos
Criar algoritmos genéricos que sirvam para a análise de uma grande gama
de estruturas.
3
Aprimorar ferramentas de simulação de movimento, com o intuito de
conhecer suas limitações e utilizações específicas.
O segundo capítulo traz uma revisão, sobre os conceitos básicos que deverão ser
aplicados durante a realização do estudo. Tais conceitos tratam especificamente sobre
desbalanceamento de rotores, bem como metodologias físicas e matemáticas necessárias
ao desenvolvimento correto do trabalho.
O capítulo quatro visa apresentar o modelo real a ser trabalhado além de explicar
como se deu o desenvolvimento do trabalho, no que diz respeito às implementações de
cálculos, e considerações corretas para uma simulação bem sucedida. Além disso, será
descrito o embasamento utilizado para a tomada de decisões referentes às adequações do
modelo ao procedimento de balanceamento.
4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
𝑣²
𝑎= (2.1)
𝑅
𝑣²
𝐹=𝑚 (2.2)
𝑅
onde m é a massa.
5
A Equação 2.2 pode ser reescrita, com parâmetros de velocidade angular, uma vez
que a velocidade tangencial é igual ao produto da velocidade angular pelo raio da
circunferência. Desta forma, o módulo da força centrípeta pode ser calculado através da
Equação 2.3.
𝐹 = 𝑚 𝑅 𝜔² (2.3)
6
De maneira a sanar esta necessidade, foi desenvolvido o conceito de vetor, uma
linguagem matemática especial que visa descrever estas grandezas alocando dados de
magnitude e orientação (VENTURI, 2015).
Ainda de acordo com Venturi (2015), um vetor pode ser definido como um
segmento dotado de uma direção, um sentido e um número não negativo. Um vetor é mais
comumente representado por um segmento de reta, com comprimento igual ao valor da
magnitude da grandeza representada, na direção de sua ocorrência e com uma seta na
extremidade que indica o sentido em que esta ocorre (STEINBRUCH, 1987). Como o
vetor apresenta um início e um fim, pode-se dizer que este liga dois pontos no espaço.
Existem duas maneiras para proceder a soma entre dois vetores, sendo que a mais
prática e elegante requer que os vetores sejam representados em coordenadas retangulares
(HALLIDAY, 2009). Como mencionado anteriormente, em coordenadas retangulares, o
vetor é representado em função de suas projeções nos eixos X e Y (no caso
bidimensional). A componente de um vetor é a sua projeção em um dos eixos
(HALLIDAY, 2009).
7
De acordo com Halliday (2009) o procedimento de somar vetores através de suas
componentes é o seguinte: obtenção das componentes escalares dos vetores a serem
somados (1); combinar através de soma de escalares estas componentes, eixo por eixo
para obter as componentes do vetor soma (2); transformar o vetor soma para coordenadas
polares (3).
2.3 Balanceamento
2.3.1 Desbalanceamento
Outra definição dada por Rieger (1986) é de que um rotor se encontra em estado
de desbalanceamento quando seu eixo principal de inércia não coincide com seu eixo de
8
rotação. Isto ocorre, sempre que há uma excentricidade do centro de massa em relação ao
eixo de rotação.
Na Figura 2.1, pode ser observado o efeito gerado pela alocação de massas apenas
na extremidade superior do rotor. Já na Figura 2.2, é mostrado o deslocamento paralelo
entre os eixos de inércia e geométrico do rotor. Verifica-se também que este tipo de
desbalanceamento causa forças de reação nos mancais de igual magnitude e fase.
10
Figura 2.4: Reação nos mancais devido ao desbalanceamento acoplado
Fonte: Coelho (2013)
Pode ser percebido na Figura 2.3 que as forças geradas pelas massas
desbalanceadas possuem igual magnitude e estão defasadas de 180º. Por este motivo,
estaticamente as forças se anulam, não sendo possível a detecção do desbalanceamento
com o rotor em repouso. Na figura 2.4 são mostradas as reações causadas nos mancais,
que assim como esperado apresentam módulo igual e sentidos opostos. Além disso, pode-
se observar a inclinação entre os eixos de inércia e geométrico do rotor.
2.3.4 Balanceamento
13
A correção do desbalanceamento de um rotor, de maneira intuitiva se faz através
da adição de massas em locais específicos a fim de anular os efeitos das massas
desbalanceadoras, ou com a remoção destas últimas (RAO, 2006). Para esta tarefa, se faz
necessário conhecer o valor das massas causadoras do desbalanceamento assim como
suas localizações no rotor, o que na maioria das vezes não é possível através de uma
simples análise.
Tem-se ainda que um membro rotativo, pode ser balanceado de maneira estática
ou dinâmica. O balanceamento completo de um rotor consiste na realização de um
balanço dinâmico, sendo que o balanceamento estático é um subsistema do balanço
dinâmico. De acordo com Norton (2010) em determinados casos, o balanço estático pode
ser utilizado de maneira aceitável, o que apresenta um benefício ao processo devido a sua
maior facilidade.
14
Figura 2.8: Sistema com desbalanceamento acoplado
Fonte: Norton (2010)
15
inserção de uma massa teste conhecida. Através destas medições é possível identificar o
posicionamento das massas excêntricas causadoras do desbalanceamento originais e
consequentemente corrigi-las (RAO, 2008).
Sabendo estes valores, é possível calcular o vetor que contém o valor da massa de
desbalanceamento original e sua fase. A partir disso, basta adicionar a massa de correção
defasada 180º do desbalanceamento calculado.
16
De maneira a apresentar as etapas de maneira equacionada, considere um rotor,
com as massas desbalanceadas UL e UR, posicionadas nos planos L e R como podem ser
visto na Figura 2.9.
⃗⃗⃗𝑉𝐴 = 𝐴𝐴𝐿 𝑈
⃗ 𝐿 + 𝐴𝐴𝑅 𝑈
⃗𝑅 (2.4)
⃗⃗⃗𝑉𝐵 = 𝐴𝐵𝐿 𝑈
⃗ 𝐿 + 𝐴𝐵𝑅 ⃗⃗⃗𝑈𝑅 (2.5)
Onde: 𝐴𝑖𝑗 pode ser entendido como o efeito do desbalanceamento no plano j sobre
a vibração no mancal i.
Partindo para a segunda etapa, realiza-se a medição aplicando uma massa de teste
⃗ 𝐴′ e 𝑉
primeiramente no plano L, ou WL, obtendo-se os vetores 𝑉 ⃗ 𝐵′ . Daí, podemos
⃗ 𝐴′ − 𝑉
𝑉 ⃗𝐴 ⃗ 𝐵′ − 𝑉
𝑉 ⃗𝐵
𝐴𝐴𝐿 = ⃗𝑊
⃗⃗ 𝐿
(2.6) e 𝐴𝐵𝐿 = ⃗𝑊
⃗⃗ 𝐿
(2.7)
⃗⃗⃗ 𝑅 :
De maneira análoga, com a massa teste no plano R, ou 𝑊
⃗ 𝐴′′ − 𝑉
𝑉 ⃗𝐴 ⃗ 𝐵′′ − 𝑉
𝑉 ⃗𝐵
𝐴𝐴𝑅 = ⃗⃗⃗ 𝑅
(2.8) e 𝐴𝐵𝑅 = ⃗⃗⃗ 𝑅
(2.9)
𝑊 𝑊
17
De posse destes valores, dá-se início à etapa 3, em que se obtêm informações sobre
a massa desbalanceadora. As equações 2.10 e 2.11 mostram como determiná-las.
⃗ 𝐴 − 𝐴𝐴𝑅 𝑉
𝐴𝐵𝑅 𝑉 ⃗𝐵
⃗𝐿 =
𝑈 (2.10)
𝐴𝐵𝑅 𝐴𝐴𝐿 − 𝐴𝐴𝑅 𝐴𝐵𝐿
⃗ 𝐴 − 𝐴𝐴𝐿 𝑉
𝐴𝐵𝐿 𝑉 ⃗𝐵
⃗𝑅 =
𝑈 (2.11)
𝐴𝐵𝐿 𝐴𝐴𝑅 − 𝐴𝐴𝐿 𝐴𝐵𝑅
⃗𝐿 e𝑈
Dessa forma, basta aplicar uma massa no sentido oposto aos vetores 𝑈 ⃗ 𝑅 , para
balancear o rotor. Vale ressaltar que cada vetor representa um número complexo, logo a
álgebra utilizada para as expressões é a complexa.
18
Tabela 2.1: Graus de qualidade de balanceamento de rotores
9549 .𝐺 .𝑚
𝑈𝑝𝑒𝑟 = (2.12)
𝑅𝑜
Onde: 𝑈𝑝𝑒𝑟 = desbalanceamento permissível em g.mm
9549 = constante de conversão para g.mm
G = grau do rotor
m = massa do rotor em kg
Ro = rotação do rotor em RPM
19
3 METODOLOGIA
O que se refere à pesquisa explicativa ainda de acordo com Kauark (2010) visa-
se identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência de fenômenos.
Tem o caráter de aprofundar os conhecimentos da realidade na explicação do porquê das
20
coisas. Quando utilizada nas ciências naturais requer o uso de método experimental, na
ciência social o método observacional. Assuma, de forma geral, a pesquisa experimental
e pesquisa de Ex post facto. Segundo Heerdt (2007) a pesquisa explicativa tem a
preocupação fundamental identificar os fatores que contribuem ou agem como causa para
ocorrência de determinados fenômenos. (HEERDT, 2007). Esta é o tipo de pesquisa,
como já dito também por Kauark (2010) que explica as razões ou os porquês das coisas.
Pode-se perceber também, traços de pesquisa explicativa, uma vez que dentre os
objetivos específicos do trabalho, destaca-se a explanação sobre os motivos que levaram
à tomada de decisões sobre o projeto proposto, investigando quais as melhores
configurações.
21
e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente
de correlação, analise de regressão). A pesquisa quantitativa lida com tudo que pode se
tornar objetivo através de observação sistemática; evento bem especificado, delimitado e
mensurável, (KAUARK, 2010).
23
Na segunda etapa, algoritmos referentes à rotina de cálculos necessária ao
balanceamento foram desenvolvidos, sendo utilizado o software Scilab para o
desenvolvimento e compilação dos códigos.
Desta forma, pode-se dizer que a metodologia do projeto, consistiu em uma pré
etapa de desenvolvimento e validação dos algoritmos criados, bem como a validação das
simulações executadas, de forma a garantir um modelo de testes eficiente e seguro. Em
seguida, deu-se início a etapa de projeto do sistema propriamente dito, em que a partir
dos estudos teóricos, foram desenvolvidas configurações e testadas. A partir dos
resultados dos testes, foi decido então se haveriam alterações no modelo, ou se este se
apresentava adequado à aplicação.
Devido a inviabilidade dada por diversos fatores, não foi possível a implantação
de uma bancada de testes para a aquisição de dados necessários.
24
A solução encontrada para o problema de aquisição de dados foi a tentativa de
uma simulação deste experimento em um software de processamento numérico. O
software escolhido foi o Solidworks por apresentar ambientes tanto de modelagem quanto
de simulação.
Variáveis Indicadores
Representatividade com o modelo real
Simulação de Desbalanceamento Tempo de Simulação
Precisão
Tempo computacional
Balanceamento Massa desbalanceada
Fase
Erro
25
3.4 Tabulação dos dados
26
4 DESENVOLVIMENTO, RESULTADOS E DISCUSSÕES
Analisando a geometria do rotor, através da Figura 4.2 pode-se dizer que este se
enquadra na especificação de rotor alongado, uma vez que o desbalanceamento pode se
encontrar em diversos planos do mesmo. Por este motivo, o balanceamento puramente
estático não é suficiente para garantir o seu balanceamento, sendo necessário a aplicação
de um balanceamento dinâmico. Além disso, o rotor foi considerado rígido para a análise.
28
Figura 4.3 – Ambiente de simulação de movimento
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Sendo assim, durante a simulação, um rotor pode ser dito como balanceado, se
durante toda a sua rotação as forças de reação em todos os seus mancais se apresentarem
iguais a zero.
29
elementos possuem contato físico. Finalmente, configura-se o número de quadros por
segundo da análise, bem como o seu tempo de execução. Estes dados foram calculados,
tendo em vista garantir a coleta de dados com incremento angular de dois graus e meio,
sendo necessários 720 quadros por segundo. Para apenas duas rotações serem analisadas,
o tempo de execução foi 0,4 segundos. Finalmente depois de todas as configurações
estabelecidas o estudo pôde ser executado.
30
Figura 4.5 – Reações nos Mancais A e B referentes ao primeiro teste
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
A força centrífuga gerada por uma massa em rotação, pode ser calculada através
da expressão 𝐹 = 𝑚. 𝑟. 𝜔² mostrada na Equação 2.3. Logo, para o exemplo em questão,
com uma massa de 0,3555 Kg, raio de 0,1m e velocidade angular de 31,4 rad/s (300 rpm),
31
a força gerada pela massa desbalanceada é de 35,05 N. Aplicando as condições de
estática, em que os momentos nos dois mancais devem ser iguais a zero, é possível
calcular o módulo das forças de reação nos Mancais A e B, que são respectivamente
17,5N e 17,5N. Executou-se então a análise de movimento do eixo modelado no exemplo
e os resultados são exibidos na Figura 4.7.
Uma última situação foi proposta, de forma a garantir a distribuição de forças nos
mancais. Foi utilizado o mesmo eixo do exemplo anterior, porém com a massa
desbalanceadora deslocada do centro, como ilustra a Figura 4.8.
32
Figura 4.8 – Eixo com desbalanceamento fora do centro referente ao terceiro teste
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Como os dados de entrada são as forças de reação nos mancais, uma rotina de
cálculos de balanceamento que utilizasse estes dados foi proposta, tendo como base o
Método dos Coeficientes de Influência. O princípio geral do balanceamento em dois
planos, para este caso, é o de que qualquer massa desbalanceadora existente no rotor irá
33
provocar uma força de reação com magnitude e fase específica em um mancal e outra
força de reação também com magnitude e fase específica sobre o outro mancal de apoio.
34
Utilizando a ferramenta de simulação, as reações nos mancais geradas ao se
aplicar uma rotação de 300 RPM ao modelo, puderam ser obtidas e se apresentam na
Tabela 4.1.
Tabela 4.1 – Reações nos mancais A e B referentes ao eixo com massa teste
Coeficientes de Influencia
CI no Mancal A (N/g) Fase em A (graus) CI no Mancal B (N/g) Fase em B (graus)
35
Desta forma, na presença de um desbalanceamento qualquer que cause, por
exemplo, uma força de 20N de reação neste mesmo mancal A com fase de 0°, basta dividir
o valor da força (20N) pelo coeficiente de influência do mancal A (0,02932) e obtêm-se
o valor da massa a ser adicionada no plano de correção, que é de 682,13 g. Quanto ao
ângulo inicial da massa, este deve ser adotado de forma com que cause uma força na
direção oposta à força desbalanceadora, neste caso a 0°.
682,13 20 40,01033515 20 30 0
511,46 14,9960072 30 20 30 0
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Nota-se através da Tabela 4.3 que apenas uma massa, não é capaz de anular as
forças desbalanceadoras nos dois mancais simultaneamente, sendo assim, o
desbalanceamento continua no rotor.
Por este motivo, se faz necessário o balanceamento em dois planos. Desta forma
com a combinação da ação das massas corretoras aplicadas em dois planos diferentes, é
possível encontrar uma configuração de massas que anule qualquer desbalanceamento
que haja no rotor.
36
4.5 Coleta de dados e exemplo de simulação completa
37
Figura 4.14 – Massa teste 1 inserida no Plano 1
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Coeficientes de Influencia
CI no Mancal A (N/g) Fase em A (graus) CI no Mancal B (N/g) Fase em B (graus)
39
Tabela 4.5 – Coeficientes de influência em A e B referentes a aplicação da massa teste 2
Coeficientes de Influencia
CI no Mancal Fase em A CI no Mancal Fase em B
A (N/g) (graus) B (N/g) (graus)
0,01172 180 0,05759 180
Legenda: CI = Coeficiente de Influência
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
40
Analisando os resultados apresentados pela Figura 4.18, pode-se concluir que a
reação em A apresenta amplitude máxima de 2,479N com fase de 270° e a reação em B
possui amplitude máxima de 5,379N com fase de 270°.
De posse de todos estes dados, basta encontrar um par de massa 1 e massa 2 que
inseridas em posições angulares específicas em seus respectivos planos e a um raio de
70mm do eixo, irá anular as forças causadas pelo desbalanceamento.
Para esta tarefa foi desenvolvido um algoritmo, que busca a configuração ideal de
massas e posições angulares iniciais, que irão balancear o eixo. Seu método de busca é
iterativo, sendo que a cada iteração uma configuração de massas é testada, analisando
qual é a configuração mais adequada.
Neste ponto, obtêm-se uma configuração de massa 1 e massa 2, bem como seus
respectivos ângulos iniciais. Logo, é possível calcular as forças que esta configuração de
massas irá gerar no mancal B. A força gerada pelas massas no mancal B, é comparada
com a força desbalanceadora existente em B. O programa então retorna a configuração
de massas que melhor consegue anular a força desbalanceadora em B.
42
Inserindo então os dados gerados pelo exemplo, no algoritmo de busca de massas
de correção, obteve-se como resultado os dados expostos pela Tabela 4.6.
RESULTADO DO ALGORITMO
DE BUSCA DE MASSAS
PLANO 1 PLANO 2
MASSA (g) 27,5 86
FASE (graus) 270 270
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Figura 4.20 – Aplicação das massas de correção para balanceamento do Rotor Teste
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
43
Analisando a Figura 4.21, percebe-se que as reações nos mancais A e B chegaram
a praticamente zero, o que quer dizer que o rotor se encontra balanceado. De acordo com
os resultados, pode-se concluir a efetividade da teoria dos coeficientes de influência de
força, bem como a validação do algoritmo e da rotina de cálculos aplicada para a solução
do problema.
A norma ISO 1940, como mencionado nas seções anteriores, determinou, com
base no tipo de rotor e em sua aplicação, o desbalanceamento residual permissível para
cada rotor.
44
Tabela 4.6.1 traz os resultados das reações obtidas após a aplicação do desbalanceamento
ao longo do rotor. As referências podem ser visualizadas na Figura 4.6.1.
45
valor, deverá ser balanceado, assim como todo processo de balanceamento deve garantir
valores de reações menores que 5N.
47
Figura 4.25 – Reações nos mancais A e B devido a massa teste 1
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Ao analisar os gráficos das Figuras 4.25 e 4.26, pode-se perceber que tanto no
Plano 1, quanto no Plano 2, as influencias sobre o mancal A são maiores do que no mancal
B. Isto significa, que para corrigir um desbalanceamento, por exemplo, que causasse 20N
de reação no mancal B, seriam necessários aproximadamente 1500g de massa no plano
1, o que apesar de possível, não é eficiente nem prático. Por outro lado, a análise mostra
que o Plano 1, apresenta um alto coeficiente no mancal A e baixo coeficiente no mancal
B, podendo ser selecionado como plano de correção.
48
Como o Plano 1 se mostrou eficiente, alternativas tiveram que ser buscadas, para
a seleção de um Plano 2 que apresentasse resultados mais satisfatórios. Como estes eram
os únicos setores disponíveis para a seleção de planos, o rotor teve que ser modificado,
alongando o eixo no sentido do mancal B como explicitado na Figura 4.27
Com esta alteração, uma área livre no rotor foi criada, próxima ao Mancal B.
Planos de Correção selecionados nesta área, teoricamente gerarão maior influência das
massas, nas reações do Mancal B. Selecionou-se então o Plano 2 a uma distância de 70mm
do mancal B, (em balanço) e novamente, para comprovar tal situação, o procedimento de
simulação de movimento foi realizado. A massa e o raio de posicionamento, foram os
mesmos adotados no estudo anterior, sendo que a única mudança foi o posicionamento
do Plano 2. Os resultados podem ser visualizados na Figura 4.28
Figura 4.28 – Reações nos mancais A e B referentes a aplicação da massa teste no novo Plano 2
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
49
Mancal A. Desta forma, pode-se dizer que a seleção dos planos de correção é mais
eficiente, garantindo um balanceamento mais prático, com massas de correção com
valores mais baixos e melhor distribuídas.
Nos testes realizados na seção anterior para a seleção dos planos de correção, foi
utilizada uma propriedade do software, para fazer a fixação das massas ao rotor a um raio
de 100mm sem contato direto com o eixo. Na prática, é óbvio que este posicionamento é
impossível, uma vez que não há nenhuma peça que realize a conexão da massa de
correção ao eixo.
Por este motivo, peças receptoras das massas de correção foram desenvolvidas.
Os pontos de partida para o seu projeto, foram: geometria dentro das restrições da
máquina, aproveitamento de elementos existentes, facilidade de produção e montagem
além do principal, que é permitir de maneira eficiente e prática a inserção de massas
corretoras.
O primeiro caso estudado foi a peça referente ao Plano 1. Neste plano, não por
acaso se encontra uma polia, que por ser um elemento que originalmente já é fixado ao
eixo e apresenta um raio considerável, pode abrigar a peça receptora. A polia mencionada,
bem como algumas de suas dimensões pode ser visualizada na Figura 4.29.
Com base nestas premissas, pensou-se para o formato da peça, um disco com furo
central, por apresentar facilidade de fabricação, facilidade de montagem à máquina e
garantir as propriedades básicas necessárias ao balanceamento: capacidade de
posicionamento angular desejado, e raio considerável do eixo de rotação. Através de
conhecimento empíricos, a espessura do disco foi definida em 3mm, de forma a garantir
a rigidez necessária da peça durante a rotação da máquina. O material utilizado é o mesmo
aço utilizado no rotor, também por restrições do equipamento. O modelo proposto,
apresenta um raio máximo de 90mm e pode ser visualizado pela Figura 4.30. Para que
não seja necessária a furação da polia, o método de fixação proposto foi a soldagem, que
deverá ocorrer nas posições indicadas pela Figura 4.31.
51
Nota-se que as indicações realizadas na Figura 4.31 se referem aos locais em que
se deve soldar a peça.
De maneira análoga ao exposto pela Figura 4.33, foi inserida a massa de teste 2 à
Peça Receptora 2. Os resultados gerados, bem como os dados de entrada da simulação,
podem ser visualizados pela Tabela 4.8.
Tabela 4.8 – Resultados referentes à inserção de massas teste nas Peças Receptoras 1 e 2
Massa (g) Fase inicial Reação em A (N) CI em A (N/g) Fase em A Reação em B (N) CI em B (N/g) Fase em B
53
Figura 4.34 – Desbalanceamento simulado no rotor
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
54
Voltando ao ambiente de modelagem do Solidworks, as massas de correção foram
modeladas de maneira a conter o peso calculado pelo algoritmo e posicionadas na
angulação indicada. A configuração de posicionamento é exibida pela Figura 4.36.
55
4.7.3 Projeto detalhado do sistema receptor
56
arruelas quadradas comerciais, de aproximadamente 3g. A forma de fixação seria através
de parafuso e porca. A Figura 4.38 ilustra a montagem do sistema.
Porém, após serem feitas alguns testes e análises, percebeu-se que esta
configuração de massa padrão, não conseguiria impor uma massa de correção com valor
superior a 60g em um único ângulo. Isto ocorre devido a restrições geométricas da
máquina.
A partir deste problema, foi então pensado em fabricar massas padrão com um
sistema de ajuste grosso e fino. Foram desenvolvidas especialmente para esta aplicação,
massas com valores de 10, 5, 1 e 0.5g, fabricadas com chapas de aço de 1mm de espessura,
e que podem gerar várias combinações. Sua geometria foi definida, levando em
consideração três fatores: maior aproveitamento do espaço, encaixe e alinhamento com
as massas vizinhas e maior deslocamento do centro de massa na direção radial. Desta
forma, as massas padrão desenvolvidas para o Plano 1 são apresentadas na Figura 4.39.
Quanto à fixação destas massas à peça receptora, optou-se por utilizar barras
roscadas com porcas auto travantes de forma a garantir a fixação e a simetria da
combinação de massas. Além disso, devido a geometria das massas padrão, duas barras
roscadas deverão ser utilizadas, para garantir que não haja rotação das massas durante o
movimento do rotor. Obviamente, o valor das massas do conjunto de fixação deverá ser
considerado para questões de balanceamento. A Figura 4.41 exibe um sistema completo
montado.
58
Para solucionar o problema do posicionamento angular, foram definidos furos em
angulações específicas. Desta maneira, ângulos que não são exatamente contemplados
pela furação, deverão ser atingidos por uma combinação de massas, ou seja, a soma
vetorial das forças centrífugas de um conjunto de massas deverá atingir a força exigida
para o balanceamento. Como palpite inicial, adotou-se doze furos para a peça do Plano 2,
alinhando uma boa distribuição, com a eficiência de produção. A peça com a furação
pode ser vista na Figura 4.42
59
Para que a padronização da furação das peças receptoras funcione de maneira
eficiente, um algoritmo de divisão de massas foi desenvolvido, com o intuito de garantir
que massas não atingíveis em uma única posição e ângulos não contemplados pelas
furações, sejam alcançados a partir a combinação de massas em mais de um furo.
O princípio básico de funcionamento do algoritmo é a soma vetorial, em que o
vetor objetivo (obtido através do algoritmo busca de massas de correção) deve ser
atingido pela soma de vetores gerados pela inserção de massa nos furos adjacentes. O
algoritmo possui unicamente como dado de entrada, o vetor objetivo. Ele realiza então
uma verificação sobre o ângulo deste vetor, identifica quais são os furos vizinhos e retorna
até cinco respostas: o vetor resultado utilizando apenas um furo se possível, utilizando
dois furos se possível, utilizando 3 furos, utilizando quatro e cinco furos. Sua resposta
contém o valor das massas que devem ser inseridas em cada furo, além do erro de cada
configuração. O fluxograma do algoritmo pode ser visualizado pela Figura 4.44
Coeficientes de Influencia
CI no Mancal A Fase em A CI no Mancal B Fase em B
(N/g) (graus) (N/g) (graus)
PLANO
1 0,0841 180 0,0047955 0
PLANO
2 0,00295587 0 0,062859 180
61
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Coeficientes de Influencia
CI no Mancal A (N/g) Fase em A (graus) CI no Mancal B (N/g) Fase em B (graus)
PLANO
1 0,08086 180 0,0040725 0
PLANO
2 0,003695 0 0,064561 180
62
Uma vez confirmada a variação dos coeficientes de influência com a variação
de chapas na massa teste, foram simuladas mais algumas situações, para saber se havia
um padrão no comportamento dos coeficientes. Os resultados obtidos estão apresentados
na Tabela 4.12.
63
Figura 4.47 – Algoritmo de busca de coeficientes ideais
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Coeficientes de Influencia
CI no Mancal A (N/g) CI no Mancal B (N/g)
PLANO 1 0,08368 0,0044921
PLANO 2 0,0030526 0,063079
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
64
4.7.3.2 Pré projeto da proteção da Peça Receptora 2
Por este motivo, juntamente com a alteração do rotor, se fez necessário o projeto
de uma proteção fixa, que exclua qualquer tipo de contato que possa existir entre os
operadores do equipamento e suas partes rotativas.
A partir disto, foi pensada uma solução, que alinhasse segurança e praticidade
de fabricação. Além disso, o projeto deveria apresentar uma fixação eficaz, porém que
permitisse a remoção da peça para a manutenção no mancal e balanceamento em campo.
65
A ideia pensada que mais une todos os requisitos impostos ao projeto é
apresentada na Figura 4.49.
67
Figura 4.51 – Análise de frequência do rotor modificado
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
68
4.8.1 Teste 01
Figura 4.53 – Forças de reação nos mancais devido ao desbalanceamento do primeiro teste
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
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Ao analisar os gráficos da Figura 4.53, pode ser visto que as forças de reação se
comportaram como o esperado, tendo módulos praticamente idênticos e defasadas de
180°. Inserindo então estes resultados no algoritmo geral, foram obtidos os seguintes
resultados, apresentados na Tabela 4.14.
70
Figura 4.54 – Balanceamento realizado no rotor no primeiro teste
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
4.8.2 Teste 02
71
Figura 4.56 – Desbalanceamento simulado referente ao segundo teste
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
72
Tabela 4.15 – Respostas de balanceamento referente ao Plano 1 no segundo teste
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pares possíveis de solução. Todas as respostas do programa podem ser visualizadas
montadas às suas respectivas Peças Receptoras na Figura 4.58.
Figura 4.58 – Montagem das massas corretoras possíveis às Peças Receptoras no segundo teste
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
Desta forma, deu-se início ao processo de simulação, tendo como par inicial a
utilização de dois furos no Plano 1 e dois furos no Plano 2. Os resultados gerados podem
ser visualizados através da Figura 4.59
Percebe-se ao analisar a Figura 4.59 que o resultado foi muito satisfatório, uma
vez que a solução quase eliminou o desbalanceamento, remanescendo 0,184 N no mancal
74
A e 0,519 N no mancal B que são valores muito baixos, além de serem menores do que o
máximo permissível de 5N.
75
4.8.3 Teste 03
Figura 4.61 – Reações nos mancais A e B referentes ao desbalanceamento simulado do terceiro teste
Fonte: Pesquisa Direta (2016)
76
Ao analisar a Figura 4.61, dois pontos são de importante observação. No que se
diz respeito às amplitudes, pode-se perceber que se encontram muito mais altas do que
no segundo teste, colocando o sistema projetado à prova. O segundo ponto se refere às
fases das reações. No segundo teste as reações nos mancais A e B se encontram em fase,
enquanto que neste, elas estão defasadas. Isto quer dizer que a amplitude máxima de
reação no mancal A, não ocorre no mesmo tempo que a amplitude máxima de reação no
mancal B.
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Tabela 4.19 – Respostas de balanceamento referente ao Plano 2 no segundo teste
Ainda em relação ao erro, vale ressaltar que como toda a simulação ocorre de
maneira numérica, sempre há um erro associado. Este erro pode ser constatado através da
análise dos resultados do primeiro teste, por exemplo. Idealmente as reações do rotor
balanceado deveriam ser zero, porém esta diferença existe devido aos erros inerentes em
vários processos do estudo.
78
quanto maior a resolução do algoritmo, maior o tempo computacional gasto para sua
execução. Desta forma deve-se encontrar um balanço aceitável entre a resolução do
algoritmo e seu tempo de execução.
Outra fonte de erro pode estar associada ao projeto das massas padrão, que como
mencionado anteriormente, apresenta um erro devido a variação dos coeficientes de
influência. Além disso, o peso e a distribuição de massa dos pesos padrão, também podem
conter erros.
79
Além disso, do ponto de vista prático o sistema também cumpriu sua função. É
óbvio que ensaios experimentais e de simulação possuem tarefas diferentes a serem
executadas, porém já é válido poder concluir que a realização de simulações é muito
rápida e fácil. A projeção imaginada para uma situação prática é de que, uma vez sendo
coletadas as amplitudes de vibração ou força nos mancais, estes dados são introduzidos
ao algoritmo, que retorna como resposta, quantas chapas devem ser inseridas em
determinados furos, cabendo então ao operador apenas a tarefa de fixá-los corretamente.
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5 CONCLUSÕES E PROPOSTAS DE PROJETOS FUTUROS
5.1 Conclusões
Com relação aos erros inerentes ao processo, estes foram bem mapeados
conseguindo se fazer a análise de suas origens, bem como diminuí-los. Apesar de quase
todos os procedimentos do estudo conterem erros em suas etapas, com as configurações
inicias tanto do algoritmo, quanto da simulação de movimento, os erros apresentados
estão dentro do aceitável, uma vez que todos os resultados se encontraram abaixo das
reações máximas admissíveis de 5N. Isto mostra que métodos numéricos podem se
apresentar satisfatórios na resolução de problemas de balanceamento.
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projetos de rotores de geometria complexa, ajudando o desenvolvimento de rotores
balanceados.
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REFERÊNCIAS
RAO, Singiresu S. Vibrações Mecânicas/ Singiresu S. Rao; revisor técnico José Juliano
de Lima Júnior; tradução Arlete Simille. –São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2008.
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