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Bernardo Johnson
Seitas e Heresias
3. Pontos a observar
A. O que é uma seita?
Geralmente é um grupo não-ortodoxo, esotérico (do grego esoterikós, que significa
conhecimento secreto, ao alcance de poucos). Podem ter uma devoção a uma pessoa,
objeto, ou a um conjunto de idéias novas.
A heresia é uma negação do que é essencial para a salvação, tema este que nos
distingue como evangélicos. Já o erro é uma negação de algum aspecto da verdade
revelada que não é essencial para a salvação. Por isso, a heresia e o erro devem ser
evitados, no entanto, somente a heresia deve ser considerada um obstáculo
intransponível para a comunhão.
• Fornecem uma nova filosofia e novos ensinos – revelados pelo seu líder. O Líder de
uma Seita é freqüentemente carismático e considerado muito especial por razões
variadas:
- Recebeu revelação especial de Deus.
- Reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo, ou mensageiro especial.
- Reivindica ser o único designado por Deus para uma missão.
- Reivindica ter habilidades especiais.
- Está quase sempre acima de repreensão e não pode ser negado nem contradito.
• Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito
totalmente naturalista.
As seitas ensinam a salvação pelas obras. Essa é uma característica universal de todas
as seitas. Por acreditarem que o homem é intrinsecamente bom, pregam que ele pode
acumular méritos e vir a merecer o perdão de Deus, através de suas boas obras
praticadas neste mundo. Embora as seitas sejam muito diferentes em sua aparência
externa, são iguais neste ponto. Algu-mas falam em fé, mas sempre entendem a fé como
sendo um ato humano meritório. E nisto diferem radicalmente do ensino bíblico da
salvação pela graça mediante a fé.
Por exemplo, algumas ensinam algo que não pode ser verificado: Uma nave espacial que
vem atrás de um cometa, para resgatar os membros. Ou, Deus, um extraterrestre ou anjo
apareceram ao líder e lhe deram uma revelação, os membros são anjos vindos de outro
mundo, etc.
Assim, a verdade fica inverificável, interiorizada, e facilmente manipulada pelos sistemas
filosóficos de seu(s) inventor(es).
• Necessidade Financeira.
"A seita busca satisfazer várias necessidades: Psicológica - Alguém pode ter uma
personalidade fraca, facilmente manipulável. Emocional – A pessoa pode ter sofrido um
trauma emocional recente ou no passado. Intelectual – O membro tem perguntas que este
grupo responde. As pessoas querem freqüentemente ficar porque a seita vai de encontro
às suas necessidades de conforto psicológico. A Seita e os líderes ocupam
freqüentemente o lugar de pai, mãe, pastor, professor etc. Freqüentemente o membro
assume as características de uma criança dependente, que busca ganhar a aprovação do
líder ou do grupo."
• "O contato com pessoas de fora do grupo é reduzido e cada vez mais a vida do membro
é construída ao redor da seita. Fica muito mais fácil então controlar e moldar o membro.”
Interceda em oração pela pessoa primeiro. A melhor coisa é não tentar um confronto
direto no primeiro encontro, o que pode assustar o membro e afastá-lo de você. São
necessários tempo, energia, e apoio.
• Tente afastar essa pessoa das reuniões/encontros da seita em foco, para quebrar o
vínculo (psicológico/intelectual).
• Evite "atacar" o líder do grupo. No geral, membros de seitas têm lealdade e respeito
para com o fundador ou líder. Ao mesmo tempo, confronte outros membros da seita em
foco somente quando for inevitável.
O "Dr. Walter Martin escreve de maneira clara e interessante, examinando cada seita sob
três prismas: 1) Análise histórica do seu surgimento. 2) Exame teológico acurado dos
principais ensinos. 3) Comparação entre eles e o ensino bíblico, com ênfase na exegese e
na doutrina”.
“[…]qualquer sistema de apologética, para ser completo, deve ter pelo menos as
seguintes partes: um ponto de partida lógico; um ponto de contato com o descrente, ou
seja, um terreno comum; as provas da verdade; o papel do raciocínio e o fundamento da
fé em Deus, Cristo e a Bíblia” (Francklin Ferreira).
Por exemplo: Qual é o ponto de referência final para essa ou aquela interpretação?
Existem eventos e fatos que os pressupostos não podem explicar? Ela ajusta-se aos
fatos? Quais são as conseqüências práticas da cosmovisão analisada? É possível viver
sem hipocrisia e construir uma civilização segundo essa cosmovisão?
Uma filosofia que não possa ser vivida com autenticidade não pode ser verdadeira.
Uma cosmovisão que deixe perguntas e fatos importantes sem respostas razoáveis não é
digna de muita confiança.
Por isso, tenha uma metodologia integrativa que inclua as seguintes etapas:
1. Definição do problema
3. Estudo bíblico/sistemático/orgânico
4. Estudo Apologético
5. Aplicação Prática