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Pobreza menstrual no Nordeste

A pobreza menstrual atinge pessoas em estado de vulnerabilidade econômica que não dispões de
recursos suficientes para a aquisição de recursos de higiene pessoal.

O Nordeste conta com um número populacional de 57 milhões de pessoas e um território de


1.500.00 de quilômetros quadrados as suas principais atividades econômicas são a agropecuário
turismo e comércio. O Nordeste é a segunda região mais pobre do país, ela contribui com quase
metade dos índices de pobreza no Brasil. Com o advento da pandemia muitos comércios fecharam
agravando ainda mais a pobreza na região e com as secas frequentes na região onde muitas famílias
sobrevivem apenas pela agricultura. Com isso a vida da mulher ficou cada vez mais difícil, precisando
cada vez mais encontrar meios alternativos

Então é de se imaginar que os índices de pobreza menstrual na região sejam alarmantes. Os


banheiros das escolas não possuem estrutura adequada, são sujos e muitas vezes não tem água,
papel e sabonete. Sem conseguir comprar opções higiênicas, meninas e mulheres usam papel
higiênico, papelão, sacolas plásticas e jornal sobre a calcinha.

De acordo com um levantamento encomendado por uma marca de absorventes, 28% das alunas já
perderam aula por não terem o produto para usar. Foi diante das dificuldades vivenciadas pelas
estudantes na prática que a então diretora da escola municipal Cosme de Farias, em Camaçari, na
Bahia, Edicleia Pereira Dias, criou um banco de absorventes para a unidade de ensino.

A oficial de Programa para Saúde Sexual, Reprodutiva e Direitos no UNFPA Brasil Anna Cunha
destaca que a pobreza menstrual faz parte de um contexto social amplo. Não é só não ter dinheiro
para o absorvente; a pessoa pode estar em um quadro de insegurança alimentar, não ter acesso a
saneamento e a água tratada, entre outros direitos.

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