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FOZ DO IGUAÇU
2022
INTRODUÇÃO
Como resultado de toda esta luta, se organizaram em todo o país mais de 1700 “Ollas
Populares” pela continuidade da vida das pessoas. Com muita mobilização e resistência o
movimento concretizou a promulgação de Lei N° 6603/2022 que presta apoio e assistência a
panelas populares organizadas para o seu sustento.
Com a pandemia de COVID – 19, foi evidenciada uma das multiplex crises do
sistema capitalista, isso trouxe à tona a verdadeira faze do sistema neoliberal extrativista. A
expulsão dos camponeses e indígenas dos seus lugares de origem, gerou uma urbanização
muito desfavorável para estes segmentos da população, sem emprego seguro, sem moradia,
sem cobertura medica, sem segurança social o que os expõem a uma situação de
vulnerabilidade.
Desta maneira é que surgem as “Ollas Populares” para enfrentar o problema da fome,
amplamente estendida no país. Estas ações acabam se convertendo em movimento social por
causa da sua organização e por que se torna uma forma alternativa de protesta e intervenção a
um problema social específico.
Toda a luta foi concretizada com a sanção da Lei Nº 6603/2020 que dá apoio e
assistência as Ollas Populares organizadas em todo o país durante a pandemia do COVID –
19.
FUNCIONAMENTO
Todas as organizações foram lideradas por mulheres, que cederam as suas casas para
montar as Ollas Populares. São organizações territoriais estruturadas de diversas maneiras,
são marcadamente politizadas e com lideranças de todas as gerações, tendo destaque o das
mulheres jovens. A maioria não tem o ensino fundamental completo. No caso dos Bañados, a
população está em risco constante de ser despejado por conta de projetos de “Urbanização e
Modernização” da capital Assunção nos assentamentos que são vitorias conquistadas muito
recentemente ou ainda em fase de regularização.
Durante a pandemia, quase todo o trabalho do estado foi afetado por escândalos de
corrupção, nesse cenário se mostrou incapaz de mostrar respostas efetivas para a emergência
do momento. Segundo relato das organizadoras, durante a quarentena o medo ao contagio foi
menor ao medo de passar fome, para isso a alternativa que encontraram as mulheres foi a de
trabalhar de voluntarias no Banco de Alimentos que está localizado no Mercado Municipal de
Abasto. Ali o seu trabalho foi a classificação de legumes. Recebiam como pagamento
legumes picados e selecionados daqueles que não foram vendidos no mercado.
A partir das Ollas Populares, com o passo dos dias, também se organizaram os
comedores populares apesar das dificuldades e restrições. Se tornou uma grande conquista
coletiva e foi o início da mobilização por uma Lei de comedores populares. No dia 26 de
junho de 2022, o congresso aprovou a criação de um programa de comedores e centros
comunitários com financiamento do estado.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LÓPEZ, Sara; HOUDIN, María. Las ollas populares en Paraguay: Entre la sobrevivencia y la
lucha territorial por lo público común. Bienestar social y disputas por lo público y lo
común en América Latina y el Caribe: Políticas y Lineas de Acción, CLACSO, ano
Noviembre 2022, v. 1, ed. 10, 15 nov. 2022. Disponível em: www.clacso.org. Acesso em: 7
dez. 2022.