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Goiânia
abril de 2022
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Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão para o Curso de Licenciatura em Geografia do Instituto de
Estudos Socioambientais (IESA) da UFG, sob orientação do Prof. Dr. Adriano Rodrigues de Oliveira.
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Discente do Curso de Licenciatura em Geografia. E-mail: danieldias@discente.ufg.br
DANIEL DIAS MURARI BORBA
Goiânia
abril de 2022
AGRADECIMENTOS
Como todo conhecimento, este texto é resultado de esforço coletivo, neste caso
mais que o normal. Mas agradeço aos meus pais, por todo apoio até aqui, em especial à
minha mãe pelo exemplo de força e paciência. Ao meu irmão querido e estimado, que
mesmo longe não deixou de estar por perto nos últimos anos. Aos colegas e amigos que
diziam para descomplicar e fazer o que tinha de ser feito, o conselho de vocês tem me
servido agora. Ao Eduardo, quem me ajudou na escrita. Ao professor Adriano, pela
confiança e as segundas e terceiras chances de concluir esse processo. Ao Movimento
Feminino Popular, a todas e todos que construíram o Comitê Sanitário de Solidariedade
Popular e às famílias do Jardim Tiradentes, com estas últimas creio que agradecimentos
não são o suficiente. À Aline, pela prontidão com os mapas.
“Acudi ao chamado de Chile Guevara. Era muito importante o que ele queria me
comunicar.
— De que se trata?
— Não há tempo a perder — respondeu. — Você não tem por que ser antifascista.
Não se tem que ser anti nada. É preciso ir ao cerne da questão e, esse cerne, eu o encontrei.
Quero comunicar-lhe isso com urgência para que você deixe seus congressos antinazistas e
ponha mãos à obra. Não há tempo a perder.
— Bom, diga do que se trata. A verdade, Álvaro, é que ando com muito pouco
tempo livre.
[...]
— É o ovo de Colombo — disse. — Vou lhe explicar. Quantas batatas saem de
uma batata que se semeia?
—Bom, umas quatro ou cinco — disse, para dizer alguma coisa.
— Muito mais — respondeu. — Às vezes quarenta, às vezes mais de cem batatas.
Imagine que cada pessoa plante uma batata no jardim, na sacada, onde quer que seja.
Quantos habitantes tem o Chile? Oito milhões. Oito milhões de batatas plantadas.
Multiplique, Pablo, por quatro, por cem. Acabou-se a fome, acabou-se a guerra. Quantos
habitantes tem a China? Quinhentos milhões, não é? Cada chinês planta uma batata. De
cada batata semeada saem quarenta batatas. Quinhentos milhões vezes quarenta batatas. A
humanidade está salva.”
(Pablo Neruda, “Confesso que vivi”)
Resumo
Esta pesquisa insere-se nos temas da Agricultura Urbana e Segurança e Soberania
Alimentar, discutindo aspectos da relação entre ambas. Para isso, buscou compreender a
experiência de horta comunitária no Jardim Tiradentes, bairro da cidade de Aparecida de
Goiânia-GO. Tal experiência foi iniciada em maio de 2020, no contexto da pandemia da
Covid-19. A análise está ancorada em revisão bibliográfica, levantamento de dados
secundários e informações qualitativas obtidas por meio da pesquisa-ação que tivemos por
meio do acompanhamento realizado até o mês de dezembro daquele ano. Os resultados
apresentados revelam a organicidade inicial do projeto, mas a experiência continua tendo
repercussões até a atualidade. Ao registrar o percurso da horta coletiva, discutimos suas
contribuições e limites para a segurança e soberania alimentar e nutricional.
Abstract
This research is inserted in the theme of Urban Agriculture and Food Safety and
Sovereignty, discussing aspects of the relationship between them. For that, it sought to
understand the experience of a collective garden in Jardim Tiradentes, neighborhood of the
city Aparecida de Goiânia-GO. Such experience started in May 2020, in the context of the
Covid-19 pandemic. The analysis is supported in bibliographic review, secondary data
collect and qualitative information obtained through action-research which we had through
the follow up carried out until December of that year. The presented results reveal the
initial organic development of the project, but the experience continues to have
repercussions to the present. By registering the route of the collective garden, we discussed
its contributions and limits to food and nutritional safety and sovereignty.
Introdução
Este artigo aborda o tema da Agricultura Urbana e Periurbana (AUP) e sua relação
com a Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. A pesquisa teve como objetivos
compreender a horta comunitária no bairro Jardim Tiradentes como um caso de AUP e
identificar o potencial e limites dessa experiência coletiva para a Soberania e Segurança
Alimentar e Nutricional.
Durante o primeiro semestre de 2020, agravou-se a situação dos grupos da
população em situação de vulnerabilidade social, no contexto de crise econômica e da
pandemia de COVID-19. Instituições públicas, organizações da sociedade civil e redes de
apoio de caráter variado promoveram ações tais como distribuição de alimentos e de outros
itens de necessidades básicas. Em Aparecida de Goiânia, uma iniciativa nesse sentido deu
origem ao Comitê Sanitário de Solidariedade Popular, com suas ações orientadas a
estimular a solidariedade de classe e medidas de proteção contra a COVID-19,
principalmente junto às famílias em situação de desemprego e vulnerabilidade social. As
atividades do Comitê concentraram-se no bairro Jardim Tiradentes, durante a maior parte
do ano de 2020. Entre elas, a construção de horta coletiva por um grupo de ajuda mútua de
moradores do referido setor, onde os (as) participantes cultivaram hortaliças para o
autoconsumo.
Nossa aproximação com o tema se deu por meio da participação, enquanto
apoiador, na referida horta comunitária. Tal apoio foi consequência do convite por parte
das principais responsáveis pela realização inicial da horta, um grupo de mulheres
organizadas no Movimento Feminino Popular (MFP) – estudantes e trabalhadoras da
Região Metropolitana de Goiânia –, as quais propuseram a criação do Comitê mencionado.
O MFP é uma organização de vanguarda e de massas de mulheres do povo, fundada em
1996, que define a si mesmo como classista, combativo e independente, tendo entre seus
objetivos a emancipação feminina como parte da emancipação de toda a classe
trabalhadora. O Comitê Sanitário de Solidariedade Popular foi proposto por este
Movimento em meio às circunstâncias da pandemia de Covid-19, para ser uma
organização mais ampla, guiada pelos mesmos princípios gerais do Movimento. De início,
chamou-se Comitê de Solidariedade Popular, agregando depois ao nome a qualificação de
Sanitário, tendo em vista as ações promovidas por ele, como distribuição de “kits” com
máscaras e água sanitária e divulgação de medidas preventivas não medicamentosas. A
realização da horta comunitária, em si, coube principalmente às famílias do Jardim
Tiradentes, embora contando com o apoio da organização do referido Comitê. De forma
que, ao tomar parte nessa experiência como apoiador, pudemos apreender informações
qualitativas e colher algumas informações quantitativas, estas últimas compiladas pelo
Comitê durante o processo.
Na condição de apoiador, auxiliamos na preparação e manutenção da horta até fins
de novembro de 2020, fazendo visitas periódicas e conversando com as pessoas
envolvidas. Em meados de julho daquele ano, foi necessário elaborar um breve projeto de
intervenção para ser apresentado à SEMMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Sustentabilidade), como salvaguarda legal para a horta, o que nos levou a situá-la
geograficamente. Além das informações reunidas por meio da participação, procuramos
conhecer outros pontos no bairro, e adjacências, onde houvesse práticas agrícolas, cujos
registros acrescentamos ao texto.
O artigo contém três partes maiores, as duas primeiras divididas em duas seções,
sendo a primeira parte a discussão geral do tema baseada em revisão bibliográfica e
consulta de dados secundários – (1.1) Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional e
(1.2) Agricultura Urbana e Periurbana –, seguida da apresentação em particular da
experiência de horta urbana no Jardim Tiradentes – (2.1) Contextualização e outras
práticas agrícolas no Jd. Tiradentes e (2.2) A experiência da horta comunitária. Por fim, (3)
as considerações finais.
Ou seja, não há apenas disputa por recursos, mas sim integração das práticas
agrícolas com os recursos naturais, bem como com as redes de serviços e equipamentos
públicos, residências, pequenas empresas, comércio e outras relações na cidade. Como
enfatiza Souza (2019), a AUP não se limita à atividade produtiva, podendo incorporar
certo nível de processamento e também distribuição, o que torna possíveis as referidas
trocas de recursos, produtos e serviços com o restante da cidade. Tais trocas podem ser
observadas na venda no próprio local de produção, em estabelecimentos comerciais, em
feiras ou ainda por meio do comércio ambulante, entre outras formas de circulação não
necessariamente comerciais.
Esta integração da agricultura com o ecossistema urbano varia em diferentes níveis,
de acordo com os espaços rural, periurbano e intra-urbano estabelecidos em um dado
momento (MACHADO; MACHADO, 2002). A diminuição de distâncias e diferenças
entre tais espaços favorece a integração, em um processo no qual à “medida que as cidades
se expandem fisicamente, as fronteiras entre atividades urbanas, periurbanas e rurais se
dissipam e confundem, oferecendo oportunidades para estabelecer relações vantajosas”
(FAO, 1999). Áreas que antes eram predominantemente rurais podem vir a tornarem-se
áreas de agricultura periurbana, onde a situação peculiar pela vizinhança com a área rural
pode ser uma vantagem para a agricultura (MACHADO; MACHADO, 2002). A
urbanização, segundo Mougeot (2001), implica na integração da agricultura, não em seu
isolamento como prática em via de desaparecimento.
A dinâmica das cidades dispõe sobre a delimitação do que é sua periferia e, por sua
vez, do que é agricultura periurbana, em um dado contexto geográfico. Os contextos são
diversos (SANTANDREU; LOVO, 2007), podendo apresentar diferentes recursos e
atividades, dependendo de onde a cidade está situada. Em uma região metropolitana, a
definição de periurbano encontra limites mais imbricados. Contudo, em linhas gerais, a
agricultura periurbana é caracterizada por unidades agrícolas próximas a uma cidade que
exploram intensivamente, com fins comerciais ou semicomerciais, cultivos de hortaliças e
outros produtos hortícolas, criações de frango e outros animais, além de produção de leite e
ovos (FAO, 1999).
A AUP, assim, é formada “tanto pela produção hortícola estruturada para o
abastecimento de mercado quanto pela produção para autoconsumo que é realizada em
quintais, mas também em áreas públicas ou privadas ocupadas de formas diversas.”
(MONTEIRO, 2002 apud SOUZA, 2019, p. 20).
Sobre esta diversidade de áreas da AUP, Moreira (2018) ilustra os espaços urbanos
onde ela acontece:
Ela é feita nos espaços privados (quintais), públicos (escolas, hospitais,
asilos), áreas verdes (parques e jardins), áreas urbanas non edificant
(margens de rodovias, ferrovias, rios e lagos, faixas de redes de linhas de
transmissão de energia), áreas destinadas ao tratamento (aterros
sanitários e lagoas de oxidação). Múltiplos e inimagináveis lugares das
cidades: lotes vagos, terrenos baldios particulares, lajes, tetos, coberturas,
áreas inundáveis, áreas de proteção ambiental, reservas ecológicas
onde são permitidos manejos e usos de potencialidades. Além desses
territórios, a AUP pode ser encontrada nos minifúndios – nas pequenas
propriedades rurais cujo tamanho não é suficiente para a sustentação
econômica da família – dos municípios que compõem as regiões
metropolitanas. (MOREIRA, 2018, p. 250, grifo nosso)
Figura 6. Horta comercial, Av. 8 do Jd. Tiradentes (fonte: Google Earth, 04/2019)
Figura 7. Colégio Jesus Conceição Leal, St. Garavelo (foto cedida pela ONG EcomAmor, 1º semestre de 2020).
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Mais tarde, seria esclarecida a situação da área indicada pela moradora, tratando-se de uma área pública
próxima à sua residência e não de área particular emprestada à coletividade. Não obstante, este tipo de cessão
de propriedade para uso comum não deixa de ser uma possibilidade para a agricultura urbana.
Figura 8. Distribuição de cestas no Ginásio do Jd. Tiradentes (Foto do Comitê Sanitário de Solidariedade Popular,
23/04/20).
Figura 10. Área comunitária. (Foto do Comitê Sanitário de Solidariedade Popular, 01/06/20).
Em junho, o Comitê de Solidariedade entrou em contato com viveiros de mudas em
Goiânia e Aparecida de Goiânia, solicitando doações das qualidades de hortaliças
sugeridas em reunião. Em resposta, um viveiro da região norte de Goiânia, chamado Pomar
do Jucá, doou várias espécies de mudas e sementes, como alface, ora-pró-nóbis, açafrão,
jiló, urucum, cebolinha, babosa, pepino, entre outras, além de uma quantidade de adubo
orgânico. De forma semelhante, ao longo dos meses, apoiadores e moradores do Jardim
Tiradentes fizeram pequenas doações de mudas, incluindo alface, cebolinha, açafrão,
gengibre, boldo, coentro, salsa, tomate e frutíferas como banana, abacate e jabuticaba.
Ao passo em que eram providenciadas mudas e sementes, dedicou-se atenção ao
problema da fonte de água. Em 21 de junho, uma reunião na área levantou diferentes
propostas, acabando por escolher a solução de usar água encanada de uma residência, por
meio de mangueira para abastecer uma caixa d’água ao lado da horta. Foram conseguidas
uma caixa d’água de 1000L, usada e uma mangueira igualmente usada, ambas sem custo,
que foram instaladas na área pública. E fez-se um acordo com uma participante, em que os
responsáveis pela irrigação acessariam sua casa para abastecer a caixa, ficando o Comitê
responsável por arcar mensalmente com o custo adicional na conta de água.4 Com a água
armazenada diariamente, os moradores usaram regadores manuais e garrafas “pet” para
irrigação.
Também no mês de junho, um grupo de mulheres construiu parte da horta com
pneus, cedidos por uma borracharia próxima. Com adubo doado pelo viveiro, elas
prepararam 20 vasos com cebolinhas, jilós e outras hortaliças. Em seguida, um grupo
maior de pessoas fez a preparação do solo, erguimento dos canteiros e no primeiro canteiro
plantaram folhagens. Para fertilização usou-se adubo animal, este adquirido no próprio
setor com um comerciante ambulante, fora outra quantidade de adubo levada por uma
apoiadora, que o retirou da pequena propriedade rural de seu pai.
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Os recursos do Comitê foram levantados por meio de atividades no bairro, como Bazares de roupas, Rifas
e Bingos, contando com doações de apoiadores.
Em 21 de julho, o Comitê comprou mais de 100 mudas em um viveiro no
Residencial Itaipu, bairro de Goiânia próximo à divisa com Aparecida de Goiânia. Foram
plantadas, então, beterraba, berinjela, quiabo e diferentes qualidades de alface. Para
cobertura dos canteiros, substituindo a palha de arroz, foi usada serragem descartada por
uma serraria no Jd. Tiradentes. (Figura 11)
Figura 11. Plantio de mudas (Foto do Comitê Sanitário de Solidariedade Popular, 21/07/20)
Figura 12. Cebolinha, alfaces e outras hortaliças. (Foto do Comitê Sanitário de Solidariedade Popular, 08/20)
A essa altura, com a horta construída e plantada, seu crescimento era visível desde a
rua. Vários moradores expressaram uma percepção de mudança que a intervenção resultara
na paisagem, em comparação com o abandono de anos anteriores. Em uma ocasião, no mês
de julho, um princípio de incêndio criminoso tomou parte da mata imediatamente junto à
horta e a moradora em frente ao local agiu para conter o fogo, demonstrando interesse na
preservação da área.
Em outra ocasião, no mesmo mês, fomos surpreendidos por uma visita de agentes
da SEMMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente), acompanhados pelo proprietário de
uma empresa incumbida do reflorestamento da área. A empresa plantara várias mudas ao
longo do terreno e, segundo o seu proprietário, fizera um contrato verbal com um morador
em que este cuidaria da área. Este morador, como foi esclarecido depois, era Seu G.,
aposentado, um dos participantes da horta, que já cultivava alimentos na “sua” parcela do
Parque Bambu. Ao nos verem trabalhando na horta, os agentes, juntamente com o
empresário, tentaram repreender os presentes e nos convencer de que o que estávamos
fazendo era proibido. Somente após diálogo, os agentes da prefeitura sugeriram protocolar
um projeto de intervenção pública que tornasse a prática reconhecida pela prefeitura. A
relevância do episódio está no fato de que a SEMMA estava fiscalizando o serviço
prestado pela empresa e – apesar da aparência de abandono da área onde esta não havia
sido usada pelas famílias – sua ação foi exercer autoridade justamente contra elas, com o
argumento de prevenir a ocupação ilegal do terreno. Dias após esse ocorrido, uma
moradora relatou a visita de um homem, que apresentou-se como agente da SEMMA, à sua
casa, para dar-lhe o aviso de que não era permitido o uso da área. Depois desse episódio,
não soubemos de mais visitas ou contatos da SEMMA.
Em 26 de julho, houve a primeira pequena colheita. Na primeira quinzena de
agosto, nova adubação e cobertura do solo, com esterco de galinha e serragem,
respectivamente. Foram plantados novamente coentro, boldo, mastruz, couve-flor, mudas
de jabuticaba e distribuídos maços de cheiro verde e alfaces para um total de dez
participantes. No final de agosto, mais hortaliças colhidas e distribuídas entre sete
participantes. Na primeira quinzena de setembro, mais de 50 pés de alface, além de couve,
cebolinha, beterraba, coentro, hortelã, jiló e rúcula, foram divididos entre seis moradores.
Em setembro, ocorreram pequenos “furtos”, segundo relato dos participantes,
quando moradores que não participavam do trabalho entraram e colheram para si algumas
hortaliças. Isto, somado a um evento no mesmo período – mais um foco de incêndio na
área – foi motivo de dúvidas sobre a continuação da horta. Mas os participantes se
reuniram, discutiram e decidiram por continuar.
Em meados de outubro, duas famílias reformaram os canteiros e o Comitê comprou
mais 120 mudas e sacos de esterco, no mesmo viveiro no Residencial Itaipu. Novamente,
aproveitou-se serragem buscada na serraria do próprio setor, para cobertura dos canteiros.
Em 21 de outubro, fez-se nova preparação do solo e plantio das mudas. No final de
outubro, duas famílias plantaram milho e mandioca. Com o início da estação chuvosa, a
manutenção da área tornou-se mais difícil, porém em meados de novembro, duas famílias
realizaram novamente a limpeza do local, usando ferramentas manuais e sem produtos
químicos. Em 15 de novembro, quatro famílias dividiram mais uma colheita de diversas
hortaliças. Durante o mês de dezembro, continuaram realizando a manutenção da horta,
resultando em mais uma colheita de jilós, berinjelas, cebolinhas e couves, em 05 de janeiro
de 2021.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Ricardo. O Futuro das Regiões Rurais. Editora da UFRGS: Porto Alegre,
2003.