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INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO


SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA E ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL
COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL

GERÊNCIA DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES E ZOONOSES - GerDTVZ

INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA


RAIVA HUMANA Nº 001/2023

Esquema para Profilaxia da Raiva


Humana – Pré e Pós-exposição - 2023

Rio de Janeiro, 05 de janeiro de 2023.

Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 1


INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

ESQUEMA PARA PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

ATENÇÃO: Recomendamos a divulgação deste Informe Técnico para as unidades de


saúde que realizam profilaxia da raiva humana ou polos de soroterapia e vacinação
antirrábica.

I- INTRODUÇÃO:
Diante do cenário de escassez no abastecimento dos imunobiológicos antirrábicos humanos desde 2015,
recentemente, a Nota Técnica Nº 134/ 2022 - CGZV/DEIDT/SVS/MS (Brasil, 2022) informa a situação de insuficiente
disponibilidade de Soro Antirrábico Humano (SAR) e Imunoglobulina Humana Antirrábica (IGHAR), reforçando as
recomendações para o uso racional da profilaxia antirrábica e a correta indicação destes imunobiológicos.
Considerando as recentes atualizações nas medidas para profilaxia pré, pós e reexposição ao vírus da raiva
humana, contidas na Nota Técnica Nº 8/2022- CGZV/DEIDT/SVS/MS (BRASIL, 2022), Guia de Vigilância em Saúde, 5º
edição revisada e atualizada, publicado pelo Ministério da Saúde (MS) em 2022, bem como o Alerta Raiva Nº
001/2021, emitido pela Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SUBVAPS/SES-RJ), que apresenta as
medidas de prevenção da raiva humana e animal no estado do Rio de Janeiro (ERJ).
Considerando que no ERJ ocorreram 2 casos/óbitos de raiva humana, transmitidos por morcegos infectados,
nos últimos 16 anos, um em São José do Vale do Rio Preto e outro em Angra dos Reis, em 2006 e 2020,
respectivamente.
Considerando a mudança do perfil epidemiológico no Brasil, vem se observando um maior registro de casos de
raiva humana causada por animais silvestres, em vez da transmissão por cães ( BRASIL, 2022). O vírus rábico continua
presente no ERJ, causando a raiva em número significativo de bovinos e equinos, que são infectados por morcegos
hematófagos (Desmodus rotundus). O morcego, no momento, vem sendo fator de grande preocupação, já que ações
antropogênicas levaram a alterações no ecossistema, e à urbanização desta espécie, inclusive.
A raiva não tem cura estabelecida (há apenas cinco casos de cura conhecidos no mundo, dois deles no Brasil
(Brasil, 2018b) e a única forma de prevenção é por meio da vacina, de forma isolada ou em associação com o soro ou
imunoglobulina humana antirrábica.

II- OBJETIVOS:
O presente informe tem como objetivos consolidar, esclarecer e reiterar as atualizações no protocolo de
profilaxia da raiva humana no ERJ, levando em consideração as recentes mudanças nas medidas para profilaxia ao
vírus rábico e a situação de racionalização da distribuição dos imunobiológicos pelo MS.
Orientação aos municípios, a partir de recomendações do Ministério da Saúde (Disponível em:
https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/cgzv-deidt-svs-ms-protocoloraiva-100322.pdf).

1. PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO.
A vacinação pré- exposição deve ser indicada somente em profissionais com riscos reais de exposição
permanente ao vírus rábico, durante atividades ocupacionais, como:
• Profissionais e auxiliares de laboratórios de virologia e anatomopatologia para a raiva;
• Profissionais que atuam na captura de quirópteros;
• Médicos veterinários e outros profissionais que atuam constantemente sob risco de exposição ao vírus rábico
(zootecnistas, agrônomos, biólogos, funcionários de zoológicos/parques ambientais, espeleólogos);
• Estudantes de medicina veterinária e estudantes que atuem em captura e manejo de mamíferos silvestres
potencialmente transmissores da raiva;
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• Profissionais que atuam em área epidêmica para raiva canina de variantes 1 e 2, com registro de casos nos
últimos 5 anos, na captura, contenção, manejo, coleta de amostras, vacinação de cães, que podem ser vítimas
de ataques por cães.
NOTA 1: o estado do Rio de Janeiro não é área epidêmica para as variantes 1 e 2 do vírus rábico desde 2001, conforme
informado pela Coordenação de Vigilância Ambiental (CVA/SES-RJ).

Esquema profilático pré-exposição:


a) Aplicação de 2 doses de VARH.
b) Dias de aplicação: 0 e 7.
c) Via de administração, dose e local de aplicação:
o Intradérmica (ID): 0,2ml. O volume da dose deve ser dividido em duas aplicações de 0,1 mL
cada e administradas em dois sítios distintos na inserção do músculo deltóide ou antebraço.
o Intramuscular (IM): O volume da dose é de 0,5 ou 1,0 ml (dependendo do laboratório
produtor) e administrar todo volume do frasco no músculo deltóide.

Figura 1 - Preparação, dias e número de doses para aplicação da vacina antirrábica humana na pré - exposição pela via
intradérmica (ID) e intramuscular (IM).

NOTA 2: Recomendamos, preferencialmente, utilizar a via intradérmica (ID) para profilaxia pré-exposição centralizando e
agendando o procedimento nos estabelecimentos que possuem profissionais capacitados para tal, em grupos, para
otimização do uso da VARH.

d) Controle sorológico (titulação de anticorpos): a partir do 14º dia após a última dose do esquema.
o São considerados satisfatórios títulos de anticorpos >0,5UI/ml. Em caso de título
insatisfatório, isto é, <0,5UI/ml, aplicar uma dose completa de reforço, pela via intramuscular,
e reavaliar a partir do 14º dia após a aplicação;
o O Controle sorológico deve ser repetido com periodicidade de acordo com o risco a que estão
expostos os profissionais. Os que trabalham em situação de alto risco, como os que atuam em
laboratórios de virologia e anatomopatologia para raiva, além dos que trabalham com a
captura de morcegos, devem realizar a titulação a cada 6 meses. Caso o resultado seja <0,5
UI/mL, deve-se administrar uma dose de reforço da vacina e avaliação sorológica repetida. Na
eventualidade de não ocorrer resposta sorológica, consultar as autoridades de saúde
municipal;
o Não está indicada a repetição da sorologia para profissionais que trabalham em situação de
baixo risco como, por exemplo, funcionários de “petshops”, veterinários que trabalham em
área de raiva controlada e outros;
o O controle sorológico e exigência indispensável para a correta avaliação do esquema de pré-
exposição. Recomenda-se coletar uma amostra de sangue de, no mínimo, 5 mL em tubo
contendo o gel separador, aguardar a retração do coágulo e centrifugar para obtenção do
soro. Conservar o soro sob refrigeração (2° C a 8° C) por até 3 dias. Após este período, a
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amostra deve ser congelada a -20° C. No entanto, o envio ao laboratório deve ser feito no
menor tempo possível. Não é necessário jejum, no entanto, o soro deve estar límpido. Em caso
de hemólise ou lipemia considerável, será necessário o envio de nova amostra (referência);

o Evitar congelamento e descongelamento e enviar refrigerado ao laboratório. Caso não seja


possível obter o soro, pode ser remetido o sangue total. Nesse caso, mantê-lo refrigerado a
4°C, por, no máximo, 2 dias, e nunca congelar. É importante identificar o frasco com letra
legível, contendo nome completo do paciente (Manual de Diagnóstico Laboratorial da Raiva –
2008);
o O material deve ser acondicionado em caixa isotérmica e com gelo reciclável, mantendo a
temperatura entre 4° C e 8° C. Os frascos contendo soro devem ser perfeitamente
identificados com o nome completo do paciente compatível com a ficha de cadastro. Cada
amostra deverá ser acompanhada de “Ficha de cadastro de soro para a titulação de anticorpos
contra Raiva” (anexo 2), devidamente preenchida com a letra legível. Os tubos com soro já
corretamente identificados devem ser colocados em suporte adequado. A caixa de isopor
deverá conter quantidade de substância refrigerante (gelo reciclável) compatível com a
quantidade de material que estiver sendo enviado. Usualmente 2/3 do volume deverá ser
ocupado com a substância refrigerante. Usar estantes para equilibrar o recipiente da amostra
e completar os espaços vazios a fim de evitar a movimentação e/ou quebra da embalagem
que contém as amostras (como papel amassado ou flocos de isopor). Acondicionar as
requisições e outros documentos em saco plástico separado e não enrolar ao redor dos tubos;
o A Unidade deverá cadastrar as amostras coletadas para o controle sorológico no sistema GAL
e junto com a ficha de cadastro enviar ao Centro de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (CJV),
da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

NOTA 3: Para maiores esclarecimentos sobre encaminhamento das amostras, entrar em contato com o CJV - Av. Bartolomeu de
Gusmão, 1.120. Mangueira, Rio de Janeiro - RJ, CEP 20941-160, através do e-mail: amobio.ijv@gmail.com . Recebimento de
amostras de 2ª a 6ª feira de 08:00 às 17:00 h, mediante agendamento prévio.

2. PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO.
Na ocorrência de acidente com animal potencialmente transmissor do vírus da raiva, procurar atendimento
no serviço de saúde. Deve-se realizar a anamnese completa, através da Ficha de Atendimento Antirrábico Humano
(SINANNET), complementando-a e a profilaxia, quando indicada, deve ser iniciada o mais precoce possível,
independente do tempo transcorrido do acidente. O período de incubação da raiva no homem é extremamente
variável, desde dias (4 dias) a anos (6 anos), com uma média de 2 a 8 semanas ou de 45 dias.
e) Imediatamente após a agressão, é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente abundante e
sabão ou outro detergente, pois tal conduta diminui, comprovadamente, o risco de infecções. Deve ser realizado
o mais rápido possível e repetida na unidade de saúde, independentemente do tempo transcorrido.
f) Após a limpeza, devem ser utilizados antissépticos como o gluconato de clorexidine ou álcool - iodado, com
o objetivo de neutralizar a ação do vírus na porta de entrada. Essas substâncias deverão ser utilizadas somente
na primeira consulta. Nas seguintes, devem-se realizar cuidados gerais orientados pelo profissional de saúde, de
acordo com a avaliação da lesão.
g) Não é recomendada a sutura dos ferimentos. Quando for absolutamente necessária, aproximar as bordas
com pontos isolados (fechamento por 2ª intenção). O SAR, se indicado, deverá ser infiltrado uma hora antes da
sutura.
h) Proceder à profilaxia do tétano segundo esquema preconizado, e uso de antibióticos nos casos indicados e de
acordo com avaliação médica. Para maiores informações, ver o Manual de Normas e Procedimentos para
Vacinação (2014).

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i) Nas aplicações seguintes da vacina, devem-se realizar cuidados gerais orientados pelo profissional de saúde,
de acordo com a avaliação da lesão.

NOTA 4: No ERJ, o diagnóstico laboratorial da raiva animal (cães, gatos, morcegos e silvestres) é realizado pe lo Núcleo de
Virologia do Centro de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman do IVISA-RIO, conforme protocolo deste Instituto. As amostras
devem estar devidamente identificadas, possuir cadastro no GAL, Ficha de Epizootia e Ficha de Remessa de Material para
Diagnóstico de Raiva (ANEXO 1). Para amostras de animais, é recomendado o envio da carcaça resfriada em até 24h após o
óbito ou congelada se ultrapassar este período. Cães e gatos suspeitos que vierem a óbito, bem como morcegos e outros
animais silvestres deverão ser encaminhados para diagnóstico da raiva. Deve-se notificar a Coordenação de Vigilância
Ambiental da SES pelo e-mail: ambiental.sesrj@gmail.com e entrar em contato com a unidade de referência CJV por meio do
e-mail: lvb.lasp@gmail.com

TIPOS DE ACIDENTES E ANIMAIS ENVOLVIDOS:


a) Acidentes leves: ferimentos superficiais (sem sangramento), pouco extensos, geralmente únicos, em tronco
e membros (exceto nas mãos ou nos pés). Podem acontecer em decorrência de mordeduras ou
arranhaduras, causadas por unha ou dente, lambedura de pele com lesões superficiais.
b) Acidentes graves: ferimentos na cabeça, face, pescoço, mãos ou pés; ferimentos profundos (com
sangramento, ou seja, ultrapassam a derme), múltiplos ou extensos, em qualquer região do corpo;
lambedura de mucosas; lambedura de pele onde já existe lesão grave; ferimento profundo causado por
unha de animal; qualquer ferimento por morcegos ou outros mamíferos silvestres (inclusive os
domiciliados).

No caso de contato indireto com cão, gato, mamífero doméstico de interesse econômico ou mamífero
silvestre, e a manipulação de utensílios potencialmente contaminados, a lambedura na pele íntegra,
acidentes com agulhas durante a aplicação da vacina animal e contato em pele íntegra com secreções ou
excreções de animal, ainda que raivoso ou de caso humano não são considerados acidentes de risco e não
exigem esquema profilático. Apenas realizar a lavagem com água e sabão.

O período de observação do animal agressor, de 10 (dez) dias, é restrito aos cães e gatos. A eliminação de vírus
pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da
doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas. Além da
observação do animal, deve-se considerar o estado de saúde no momento da agressão, sua procedência e hábitos
de vida.

Não é indicada a profilaxia da raiva humana nas agressões causadas pelos seguintes espécimes de animais
(urbanos ou de criação):

Ratazana de esgoto (Rattus norvegicus) Cobaia ou porquinho-da-índia (Cavea porcellus)

Camundongo (Mus musculus) Rato de telhado (Rattus rattus)

Hamster (Mesocricetus auratus) Coelho (Oryetolagus cuniculus)

Lagarto (Lacertilia) Aves

ATENÇÃO: Todos os animais silvestres, como morcego de qualquer espécie, micos (sagui ou “soim”), macaco,
raposa, capivara, tamanduá, guaxinim, quati, gambá, roedores silvestres, cachorro do mato, felídeos selvagens,
javalis, entre outros, devem ser classificados como animais de risco, mesmo que domiciliados e/ou domesticados,
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haja vista que, nesses animais, a patogenia da raiva não é bem conhecida. Portanto, nas agressões por morcegos ou
qualquer outra espécie de animal silvestre, deve-se proceder a soro vacinação, independentemente do tipo de
morcego agressor, do tempo decorrido e da gravidade da lesão.
Os animais domésticos de interesse econômico ou de produção como os bovinos, bubalinos, equídeos,
caprinos, ovinos, suínos, também são considerados animais de risco para transmissão da raiva. Para avaliar a
indicação da profilaxia de pré ou pós-exposição, é importante conhecer o tipo, frequência e grau do contato ou
exposição que os tratadores e outros profissionais têm com esses animais e deve -se levar em consideração o risco
epidemiológico da doença na localidade. Deve-se verificar a forma de contato se direto ou indireto. Será indicado o
esquema profilático principalmente aos trabalhadores rurais em contato com animais positivos, em especial aqueles
que tiveram contato com a mucosa da boca do animal, isto é, tentaram desengasgar o animal. Considerar que os
trabalhadores rurais comumente são portadores de lesões de pele.

O RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS PELO MORCEGO É SEMPRE ELEVADO, INDEPENDENTEMENTE DE


ESPÉCIE E GRAVIDADE DO FERIMENTO, LOGO, TODA AGRESSÃO POR MORCEGO É CONSIDERADA GRAVE!

Esquema profilático pós-exposição (ANEXO 3):


a) Vacina Antirrábica Humana (VARH):
A vacina antirrábica é apresentada sob a forma liofilizada, acompanhada do diluente, em ampolas contendo
dose única de 0,5ml ou 1,0ml, conforme o laboratório produtor. A potência mínima das vacinas é de
2,5UI/dose. Deve ser conservada em geladeira, fora do congelador, na temperatura entre 2° a 8°C até o
momento de sua aplicação. Não há contraindicação para gestantes, lactentes ou em tratamento/doença
intercorrente. Entretanto, recomenda-se a interrupção do tratamento com corticóides e/ou
imunossupressores, ao se iniciar o esquema de vacinação, pois não é indicado fazer a profilaxia em pessoa
imunodeprimida.

b) Via de administração da VARH e doses de aplicação:


i. Intradérmica (ID):
• Esquema vacinal de 4 doses nos dias 0, 3, 7 e 14;
• O volume total da dose é de 0,2 mL. Deve ser dividido em duas aplicações de 0,1 mL cada e
administradas em dois sítios distintos;
• Para a racionalização do uso da vacina raiva (inativada), optar pela via intradérmica como via de
aplicação alternativa, desde que os estabelecimentos de saúde da rede do SUS
(Hospitais/Unidades/Postos de Vacinação) atendam uma demanda de pelo menos de 02 (dois)
pacientes acidentados/dia;
• Tenha equipe técnica habilitada para aplicação pela via intradérmica (ID);
• Após ser reconstituída a VR (Vero) ela deve ser utilizada no prazo de 6-8 horas, desde que conservada
na temperatura de 2° a 8°C, devendo ser descartada em seguida (Figura 2);
• A via ID não está recomendada para pacientes imunodeprimidos ou que estejam utilizando o
medicamento cloroquina, por não proporcionar resposta imune adequada;

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• Para certificar que a vacina por via intradérmica foi aplicada corretamente, observar a formação da
pápula na pele;
• Se, eventualmente, a vacina for aplicada erroneamente por via subcutânea ou intramuscular, deve-
se repetir o procedimento e garantir que a aplicação seja feita por via intradérmica (ID);
• Pode ser realizada a intercambialidade de via de aplicação (possibilidade de se realizar a substituição
de uma via de administração por outra equivalente).

Ao utilizar a via Intradérmica (ID), observar que a última dose da vacina é dada no 14º dia. Para utilização do
SAR, a recomendação permanece a mesma do esquema de profilaxia pela via intramuscular (IM).

1ª dose 2ª dose 3ª dose 4ª dose

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Figura 2 - Preparação, dias e número de doses para aplicação da vacina antirrábica humana na pós-exposição pela via
intradérmica (ID).

ii. Intramuscular (IM):

• Esquema vacinal de 4 doses nos dias 0, 3, 7 e 14;


• O volume total da dose é de 0,5 ou 1,0 ml, dependendo do laboratório produtor. Deve ser
administrado todo o volume do frasco;
• Aplicação no músculo deltóide ou vasto lateral da coxa em crianças menores de 2 (dois) anos;
• Não deve ser aplicada no glúteo.

1ª dose 2ª dose 3ª dose 4ª dose

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Figura 3 - Preparação, dias e número de doses para aplicação da vacina antirrábica humana na pós-exposição pela via
intramuscular (IM).

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c) Soro Antirrábico (SAR) ou Imunoglobulina Heteróloga (eRIG):


Sua indicação depende da natureza da exposição e das condições do animal agressor. O uso do SAR não é
necessário em situação de reexposição ao vírus da raiva ou quando o paciente recebeu esquema profilático
completo anteriormente. No entanto, deve ser recomendado, se houver indicação, em situações especiais,
como pacientes imunodeprimidos ou dúvidas com relação ao esquema profilático anterior. Apresenta-se na
forma líquida, geralmente em ampolas com 5ml (1.000UI) e trata-se de solução concentrada e purificada de
anticorpos obtidos a partir do soro de equinos imunizados com antígenos rábicos (soro heterólogo). Deve ser
mantido entre 2° e 8°C, sendo ideal a temperatura de 5°C. Não pode ser congelado, pois o congelamento
provoca a perda da potência, forma agregados e aumenta o risco de reações.

d) Via de administração do SAR e doses de aplicação:


• A dose é de 40UI/kg de peso. A aplicação deve ser feita, preferencialmente através de infiltração na lesão,
do volume total indicado ou o máximo possível, dentro ou ao redor da (s) lesão (ões). Caso não seja possível,
aplicar o restante pela via intramuscular (grupo muscular mais próximo da lesão);
• Quando não se dispuser do soro ou de sua dose total, aplicar inicialmente a parte disponível no máximo
em até 7 dias após a aplicação da 1ª dose de vacina de cultivo celular, ou seja, antes da aplicação da 3ª
dose da vacina. Após esse prazo, o soro não é mais necessário.
• Havendo possibilidade de identificação da localização da(s) lesão(ões), recentes ou cicatrizadas, deve-se
infiltrar o volume total indicado, ou o máximo possível, dentro ou a redor da(s) lesão(ões). Quando as lesões
forem muito extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída, o mínimo possível, em soro fisiológico, para
que todas as lesões sejam infiltradas. Para essa diluição, utiliza-se o máximo de 3 vezes da quantidade
indicada, preferencialmente até duas vezes. Caso a região anatômica não permita a infiltração de toda a
dose, a quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via intramuscular. Nas crianças com
idade menor de 2 anos, deve ser administrado na face lateral da coxa. Deve-se respeitar o volume máximo
de cada grupo muscular mais próximo da lesão (anexo 4). Não se deve aplicar o soro na mesma região em
que foi aplicada a vacina;
• Não há contraindicação de aplicação de SAR ou IGHAR em ferida infectada ou em início do processo de
cicatrização;
• Não realizar a administração do soro antirrábico por via endovenosa;
• Os soros são seguros, mas podem causar eventos adversos. As reações mais comuns são benignas, fáceis
de tratar e apresentam boa evolução. A possibilidade da ocorrência de reações não contraindica sua
prescrição. Após receber o SAR, o paciente deverá ser observado no serviço de saúde, pelo prazo de 2
horas. Aconselha-se garantir um bom acesso venoso, mantendo–o com soro fisiológico a 0,9 % em
gotejamento lento. A unidade deverá possuir estrutura para atendimento de urgência em caso de
ocorrência de reação anafilática;
• A pessoa deve ser alertada a procurar imediatamente um serviço de saúde caso apareça qualquer reação,
principalmente entre o 7º e 12º dia depois de feito o SAR, como cefaleia, febre, urticária, dores musculares,
aumento de gânglios, dores intensas no local da administração, entre outras;
• A apresentação e dosagem podem variar, conforme laboratório produtor.

A dose é de 40 UI/kg de peso.


Cada ampola possui 1.000 UI (5mL).

NOTA 5: Quando não se dispuser do soro ou de sua dose total, aplicar inicialmente a parte disponível no máximo em até 7
dias após a aplicação da 1ª dose de vacina de cultivo celular, ou seja, antes da aplicação da 3ª dose da vacina. Após esse prazo,
o soro não e mais necessário.

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e) Imunoglobulina Humana Antirrábica (IGHAR) ou Imunoglobulina Homóloga (hRIG):


É indicado em substituição ao SAR, nos quadros de hipersensibilidade ao SAR, uso prévio de imunoglobulinas
de origem equídea, contatos frequentes com animais, principalmente com equídeos, em caso profissional
(médicos veterinários) ou por lazer. A IGHAR está disponível nos CRIE.

f) Via de administração da IGHAR e doses de aplicação:


1) A administração é em dose única, de 20 UI/ kg de peso;

A dose é de 20 UI/kg de peso.


Cada ampola possui 300 UI (2mL).

2) A maior quantidade possível da dose prescrita do IGHAR deve ser infiltrada na lesão (ou lesões). Quando
necessário, pode ser diluído em soro fisiológico até, no máximo, o dobro do volume, preferencialmente. Se
a infiltração não for possível, aplicar o restante por via intramuscular (IM), respeitando o volume máximo
de cada grupo muscular mais próximo da lesão (anexo 4). Não é recomendada a administração no mesmo
grupo muscular de aplicação da vacina.

A infiltração no local do ferimento proporciona proteção local, impedindo a disseminação e neutraliza as


toxinas produzidas pelo vírus rábico para as terminações nervosas. Esse procedimento evita falhas da
terapêutica.

g) Atraso ou abandono do esquema profilático:


Não é necessário reiniciar a profilaxia de pacientes faltosos. O aprazamento de doses de vacina na profilaxia da
raiva humana pós-exposição deve ser feito no dia em que o paciente comparecer à unidade de saúde, dando
continuidade ao esquema nos intervalos das doses seguintes de acordo com o esquema inicialmente proposto:
o Via intradérmica (ID) ou intramuscular (IM) - No esquema recomendado (dias 0, 3, 7 e 14), as 4
doses devem ser administradas no período de 14 dias a partir do início do esquema.

NOTA 6: As doses de vacinas agendadas, no caso de não comparecimento, deverão sempre ser aplicadas em datas posteriores
às agendadas, nunca adiantadas. Havendo abandono do esquema profilático, completar as doses da vacina prescritas
anteriormente e não reiniciar nova série.

A profilaxia antirrábica pós-exposição deve ser realizada o mais rápido possível após a agressão, na
unidade de saúde, independentemente do tempo transcorrido.

NOTA 7: Em caso de recusa do acidentado em realizar o esquema pós-exposição, é necessário o preenchimento do termo de
recusa (ANEXO 5).

3. CONDUTA EM CASO DE POSSÍVEL REEXPOSIÇÃO AO VÍRUS DA RAIVA


h) Reexposição em pacientes, que tenham recebido profilaxia de pré-exposição (PrEP):
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o O SARH e IGHAR não estão indicados;


o Independente do intervalo de tempo e tenha recebido o esquema completo, indica-se a profilaxia
nos dias 0 e 3;
o Caso tenha recebido apenas 1 dose de PrEP, essa deve ser desconsiderada e iniciar o esquema de
profilaxia indicado para o caso.

i) Reexposição em pacientes que tenham recebido a profilaxia de pós-exposição (PEP):


o O SARH e IGHAR não estão indicados;
o Em até 90 dias: se o esquema anterior da PEP foi completo, não indicar esquema profilático. Caso
tenha sido incompleto, administrar as doses faltantes.
• Se na PEP anterior foi aplicada somente 1 dose, essa deve ser desconsiderada, e o esquema
de profilaxia indicado para o caso deve ser iniciado.
o Após 90 dias: Caso o paciente tenha recebido pelo menos 2 doses do esquema de PEP,
independente do intervalo de tempo, indicar a vacina nos dias 0 e 3.
É recomendável a pesquisa de anticorpos através da titulação sorológica, quando possível. Em caso de
reexposição com histórico de esquema profilático anterior completo, e se o animal agressor, cão ou gato, for
passível de observação, somente observar o animal.

4. VACINAÇÃO DE INDIVÍDUOS IMUNODEPRIMIDOS


Em pacientes imunodeprimidos, na qual a memória imunológica não está assegurada, deve -se:
• Realizar a limpeza do ferimento e antissepsia adequada;
• Administrar 4 doses de vacina intramuscular (0, 3, 7 e 14);
• Administrar SAR ou IGHAR se o tipo de acidente e animal envolvido exigir o uso desses imunobiológicos
(conforme esquema pós-exposição);
• Se o animal agressor for cão ou gato passível de observação, apenas observar o animal por 10 dias;
• Recomenda-se avaliação sorológica após o 14º dia da aplicação da última dose. Se a titulação for
<0,5UI/ml, aplicar uma dose de reforço, pela via intramuscular, e reavaliar novamente a partir do 14º
dia após a aplicação;
• Quando houver dúvida em relação à indicação do esquema de profilaxia antirrábica, consulte a área
técnica GERDTVZ/COOVE (21 - 2333-3881) ou o Plantão CIEVS SES-RJ (21 - 98596-6553).

5. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA RAIVA


Em 2020, a raiva humana voltou a ser registrada no estado do Rio de Janeiro, devido à ocorrência de um
caso/óbito, no município de Angra dos Reis, transmitido por morcego infectado com variante 3. O último caso/óbito
por raiva humana, no estado, havia ocorrido em São José do Vale do Rio Preto, no ano de 2006, também transmitido
por morcego.
Nos animais domésticos, embora o ciclo da raiva urbana, mantido pelos cães e gatos, tenha alcançado
significativa redução no Brasil, casos esporádicos da doença em animais podem ocorrer, visto que a raiva em animais
silvestres ainda está circulante em nosso meio. Em 2021 foi registrado um caso/óbito canino no município de Belford
Roxo, Região Metropolitana do estado. O último caso de raiva canina, no RJ, ocorreu em 2001, no município de
Niterói, transmitido também por morcegos. Desde 2016, os casos de raiva em cães e gatos têm sido identificados
como variante 3 de morcegos hematófagos e da variante compatível com canídeos selvagens. Deve -se ressaltar que
os animais domésticos podem atuar como transmissores secundários da raiva.
A raiva animal é considerada endêmica no estado, havendo comprovadamente circulação do vírus em
herbívoros e morcegos. Os dados epidemiológicos são essenciais, a fim de que seja tomada a decisão de profilaxia
de pós-exposição em tempo oportuno.

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Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 10
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

Conforme a Portaria Nº 420, de 2 de março de 2022, todo atendimento por animal potencialmente
transmissor da raiva deve ser notificado, de maneira imediata, através da Ficha de Atendimento Antirrábico
Humano (SINANNET), CID 10 W64, visando à indicação correta do esquema profilático da raiva humana, na
identificação da realidade epidemiológica de determinada região e ao acesso à informação a todos profissionais de
saúde. Tal notificação deve ser feita, tanto para os casos em que se utilizou vacina e/ou soro, como para aqueles em
que somente observado o cão/gato.
Recomenda-se que se proceda a digitação adequada das doses aplicadas no Sistema de Informação do
Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), para subsidiar de forma mais eficiente o planejamento, monitoramento
e avaliação das ações desenvolvidas.
Para melhor acompanhamento dos acidentes graves com animais potencialmente transmissores do vírus da
raiva (especialmente morcegos e outros animais silvestres), recomenda-se a digitação imediata no SINAN, com
atualizações à medida que o tratamento é realizado.

6. IMPORTANTE
a) É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente à unidade de saúde se o animal morrer,
desaparecer ou apresentar alterações neurológicas, uma vez que podem ser necessárias novas intervenções de
forma rápida, como a aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de vacinação;
b) É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e do gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensadas do
esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato, passíveis de observação por 10 dias e sem sinais
sugestivos de raiva. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicilio (exclusivamente); que não tenham
contato com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua, acompanhados dos seus donos e que não
circulem em área com a presença de morcegos;
c) O histórico vacinal do animal agressor não é suficiente para a dispensa da indicação do esquema profilático da
raiva humana;
d) Definição de animal observável: cão ou gato sem sinais sugestivos de raiva, domiciliado ou não, o qual seja
possível verificar no período de 10 dias suas condições normais de comportamento, tais como de alimentar -se e
beber água normalmente. São exemplos de mudança de comportamento e de sinais sugestivos de raiva:
dificuldade para ingerir ou recusa de água, engasgos, salivação excessiva, paralisia de cabeça, pescoço ou qualquer
membro, arrastar as pernas, esconder-se, inquietação ou quietude anormal, entre outros;
e) As exposições (mordeduras, arranhaduras, lambeduras e contatos indiretos) devem ser avaliadas de acordo com
as características do ferimento e do animal envolvido para fins de conduta de esquema profilático;
f) Os CONTATOS INDIRETOS (tocar ou dar de comer para animais, manipulação de utensílios potencialmente
contaminados, lambedura em pele íntegra, contato em pele íntegra com secreções ou excreções de animal, ainda
que raivoso ou de caso humano e acidentes com agulhas durante a aplicação da vacina animal) NÃO são
considerados acidentes de risco e NÃO exigem esquema profilático. No caso de contato indireto com morcegos
a profilaxia é indicada;
g) Dia 0 não é necessariamente o dia do acidente, mas sim o dia da administração da 1ª dose da vacina;
h) Sempre que houver indicação de profilaxia, tratar o paciente em qualquer momento, independentemente do
tempo transcorrido entre a exposição e o acesso à unidade de saúde. Não se caracteriza, portanto, como uma
urgência, podendo ser feito o agendamento na Unidade de Saúde para iniciar o esquema;
i) O soro deve ser infiltrado dentro e ao redor da lesão (ou lesões). Quando não for possível infiltrar toda a dose,
aplicar o máximo possível. A quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular, podendo ser
utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente de onde foi aplicada a vacina. Quando as
lesões forem muito extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída em soro fis iológico, em quantidade suficiente,
para que todas as lesões sejam infiltradas;
j) Nos casos em que se conhece tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico, ou quando não há soro
disponível no momento, aplicar a dose recomendada de soro no máximo em até 7 dias após a aplicação da 1ª
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Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 11
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

dose de vacina de cultivo celular, ou seja, antes da aplicação da 3ª dose da vacina. Após esse prazo, o soro não é
mais necessário;
k) Em caso de recusa do acidentado (ou seu responsável legal) a receber o tratamento profilático antirrábico
humano, apesar de orientado pelo profissional de saúde sobre os riscos a que está exposto, é recomendado que
o mesmo registre por escrito e se responsabilize pela não realização do esquema indicado (sugestão de termo de
recusa no ANEXO 5);
l) Nas agressões por morcegos ou qualquer espécie de animal silvestre, deve -se indicar soro-vacinação
independentemente da gravidade da lesão, ou indicar conduta de reexposição;
m) É recomendado que além do serviço de vacinação, o serviço de saúde que atende o paciente deverá orientar o
indivíduo da importância da completude do esquema vacinal e realizar busca ativa imediata daqueles que não
comparecerem nas datas agendadas para administração das doses do esquema prescrito;
n) Caso encontre algum morcego vivo ou morto em situação anormal, por exemplo, caído no chão, pendurado em
janelas, cortinas, em cima da cama, à luz do dia, NÃO TOQUE NO ANIMAL E LIGUE IMEDIATAMENTE PARA O
SERVIÇO DE CONTROLE ANIMAL (ZOONOSES OU VIGILÂNCIA AMBIENTAL OU SANITÁRIA), SOLICITANDO O
RECOLHIMENTO. A captura do morcego deve ser realizada preferencialmente por profissionais capacitados das
secretarias municipais de saúde. Sempre que possível, encaminhar o morcego para identificação e diag nóstico
laboratorial da raiva. Quando necessário, capture o animal sem tocá-lo utilizando panos, caixas de papel, baldes
ou mantendo-o preso em ambiente fechado até que a equipe municipal realize o recolhimento.

É preciso identificar precocemente a existência de agressões por morcegos em humanos ou em animais no


peridomicílio (área externa da moradia), com vistas à adoção, em tempo hábil, das medidas de controle
pertinentes, tais como controle de quirópteros (morcegos), profilaxia da raiva humana e bloqueio animal
na área de ocorrência.

Nos ANEXOS 6 e 7 estão listados, respectivamente, os polos de soroterapia e de aplicação de vacina antirrábica
humana, com respectivos endereços, fornecidos pelos municípios.

Agradecemos as relevantes contribuições da Gerência de Imunização (GERIMU/COOVE) e Coordenação de


Vigilância Ambiental (COOVA), da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Subsecretaria de
Vigilância e Atenção Primária à Saúde, SES-RJ.

Elaborado por:
Patrícia Brouck / Enfermeira
Cristina Giordano / Bióloga
Carlos Henrique Assis / Médico
Lucas Keidel / Médico veterinário

Para mais informações contate a Área Técnica responsável.


Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses (GERDTVZ):
Rua México, 128, sala 420 – Castelo – Rio de Janeiro/RJ.
Tel.: (21) 2333-3878 / 2333-3881
E-mail: adtvzrj@gmail.com
Contatos: Ângela Veltri, Carlos Henrique Assis, Gualberto Júnior, Liliane Costa, Maria Inês Pimentel, Patrícia Brouck,
Solange Nascimento e Vanderleia Oliveira.
Gerente: Cristina Giordano

Coordenação de Vigilância Ambiental (COOVA):


Rua México, 128, sala 419 – Castelo - Rio de Janeiro/RJ.
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Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 12
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

Tel.: (21) 2333-3899/ 2333-3842


E-mail: ambiental.sesrj@gmail.com
Coordenadora: Patrícia Meneguete

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunização. Nota Informativa 83/2019-
CGPNI/DEVIT/SVS/MS, de 22 de abril de 2019a. Informa acerca da situação de distribuição dos imunobiológicos aos
estados.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de


Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância
em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed.rev. – Brasília: Ministério da
Saúde, 2022. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed_rev.pdf>
Acesso em: 05 mai 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS Nº 1.102, de 13 de maio de 2022. Altera o Anexo 1 do Anexo V à
Portaria de Consolidação GM/MS nº 4, de 28 de setembro de 2017, para incluir o Sars-CoV-2 no item da Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada a coronavírus e incluir a covid-19, a Síndrome Inflamatória
Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à covid-19 e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Adultos (SIM-
A) associada à covid-19 na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública,
nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Disponível em:
https://www.conasems.org.br/juridico/legislacao-diaria-nacional-16-05-2022 /. Acesso 03 jan. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis. Nota
Informativa Nº 221/2018-CGDT/DEVIT/SVS/MS, de 30 de outubro de 2018a. Informa sobre a situação atual da
provisão mundial de vacina (inativada) e dá outras orientações.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis. Nota Informativa Nº 13/2019-CGDT/DEVIT/SVS/MS.
Orienta quanto ao monitoramento e vigilância epidemiológica com base laboratorial para raiva em cães e gatos, a
importância da identificação da variante viral e dá outras orientações.

BRASIL. Ministério da Saúde. Notícias: Brasiltemsegundocasode pacientesque sobreviveramaovírusdaraivahumana– Jan2018b.


Disponível em: <https://www.saude.gov.br/noticias/sctie/42316-brasil-tem-segundo-caso-de-pacientes-que-
sobreviveram-ao-virus-da-raiva-humana >. Acesso 4 abr 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica.


Protocolo de tratamento da raiva humana no Brasil – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 1a edição revisada,
Ministério da Saúde, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças
Transmissíveis. Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis. Nota Técnica Nº 19/2012 - CGDT/ DEVEP/ SVS/ MS.
Diretrizes da vigilância em saúde para atuação diante de casos de raiva em morcegos em áreas urbanas.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação - Geral de Vigilância de Zoonoses e
Doenças de Transmissão Vetorial. Nota Técnica Nº 8/ 2022- CGZV/ DEIDT/ SVS/ MS, de 07 de março de 2022. Informa
sobre atualizações no protocolo de profilaxia pré, pós e reexposição da raiva humana no Brasil. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_tratamento_raiva_humana.pdf>

BRASIL. Ministério da Saúde. Nota Técnica Nº 134/2022 - CGZV/DEIDT/SVS/MS, que orienta quanto ao uso do soro
antirrábico humano e da imunoglobulina antirrábica humana no Brasil em período de escassez destes
imunobiológicos.

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Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 13
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual
de Diagnóstico Laboratorial da Raiva – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008.

WHO. Expert Consultation on Rabies, third report. Geneva: World Health Organization; 2018 (WHO Technical Report
Series, No. 1012). Licence: CC BY-NC- SA 3.0 IGO. Disponível em:< https://bit.ly/3kjrokv>.

MENEGUETE, P. S. Diagnóstico situacional da raiva animal no estado do Rio de Janeiro. Revista de Educação
Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 10, n. 2/3, p. 64-64, 11. Disponível em:
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infection-among-bats-in-Brazil.pdf>. Acesso 4 abr 2022.

MOUTINHO, F.; BATISTA, F.; NASCIMENTO, E. R.; PAIXÃO, R. L. Raiva no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: análise das
ações de vigilância e controle no âmbito municipal. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2015 Feb [cited 2020 Aug 07];
20(2): 577-586. Disponível: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
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RIO DE JANEIRO (Estado). Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Lei Estadual nº 8.145, de 29 de
outubro 2018. Altera a Lei Estadual nº 3.900, de 19 de julho de 2002, que instituiu o Código de Proteção aos Animais
no âmbito do estado do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5126030/4250502/LEIN8145DE29DEOUTUBRO2018.pdf>. Acesso 4 abr
2022.

RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria de Estado de Saúde. Coordenação de Vigilância Epidemiológica. Gerência de
Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses. Boletim Epidemiológico de Acidentes com Animais Potencialmente
Transmissores de Raiva Nº 002/2021.

RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria de Estado de Saúde. Informe Técnico Raiva Humana Nº 01/2019 -
GDTVZ/CVE/SVEA/SVS/SES-RJ - Profilaxia dos acidentes com animais potencialmente transmissores do vírus da raiva
humana, que reitera as orientações para profilaxia da raiva humana no estado do Rio de Janeiro e esclarece a situação
de racionalização da distribuição dos imunobiológicos pelo Ministério da Saúde. Disponível em:
<http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=vmN4uY%2flliU%3d>. Acesso 4 abr 2022.

RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria de Estado de Saúde. Alerta Raiva Humana Nº 001/2021. Medidas de prevenção
da raiva humana e animal no estado do Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=zyabdXkJip0%3d>. Acesso 5abr 2022.

RIO DE JANEIRO (Prefeitura). Secretaria Municipal de Saúde. Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e
Controle de Zoonoses. Envio de amostras para diagnóstico de raiva animal e sorologia antirrábica human a. Sistema
de garantia da qualidade. Laboratório Municipal de Saúde Pública, 2018.

RIO GRANDE DO SUL (Estado). Secretaria Estadual de Saúde. Guia prático de atendimento antirrábico no Rio Grande
do Sul, 2017. Disponível em: <https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201710/13165919-guia-pratico-de-
atendimento-antirrabico-no-rs-2017.pdf>. Acesso 4 abr 2022.

SANTA CATARINA (Estado). Raiva. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Secretaria de Estado da Saúde. Disponível
em: < https://www.dive.sc.gov.br/index.php/raiva>. Acesso 26 mai 2022.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Estado da Saúde. Instituto Pasteur. Norma Técnica de Profilaxia da Raiva Humana.
São Paulo, 2021. Disponível em: <https://www.saude.sp.gov.br/resources/instituto-pasteur/pdf/nota-tecnica-
2016/profilaxiadaraivahumana-normatecnicaatualizadaemjulhode2021.pdf>. Acesso 26 mai 2022.

SÃO PAULO (Prefeitura). Secretaria Municipal de Saúde. Coordenadoria de Vigilância em Saúde. Núcleo de Doenças
Transmitidas por vetores e outras zoonoses. Raiva Humana- Protocolo de atendimento em casos de acidentes com
animais potencialmente transmissores da Raiva no município de São Paulo- Protocolo de Esquema de Pré-Exposição.
14
Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 14
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

São Paulo, 2021. Disponível em:


<https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/protocolo_atendimento_raiva_humana_04_2
1.pdf>. Acesso 26 mai 2022.

15
Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 15
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

8. ANEXOS
ANEXO 1:
Quadro 1– Ficha de remessa de material para diagnóstico de raiva animal.

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Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 16
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

ANEXO 2:

Quadro 2– Ficha de cadastro para titulação de anticorpos humanos contra raiva.

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Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 17
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

ANEXO 3:
Quadro 3- Esquema para profilaxia pós-exposição antirrábica humana, durante o período de abastecimento irregular de imunobiológicos.

Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 18


INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO
001/2023

ANEXO 4:

Quadro 4- Quadro com o volume máximo de administração de qualquer medicação por grupo muscular.

Fonte: Ministério da Saúde. Nota Técnica Nº 8/ 2022. Adaptada de MALKIN, 2008. *Limite até 2 mL; **Limite até 5 mL. MALKIN, B. Are techniques used for
intramuscular injection based on research evidence? Nurs Times, v. 105, n. 50/51, p. 48-51, 2008.

Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 19


INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO
001/2023

ANEXO 5:

TERMO DE RECUSA AO ESQUEMA DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA

Eu, _________________________________________________, de nacionalidade _________________,


inscrito(a) sob RG nº ___________________ e CPF nº _____________________, declaro ter sido orientado pela
Unidade de Saúde/Município ____________________________________________ quanto ao risco de contrair
raiva por:
( ) recusar a receber o esquema de tratamento profilático contra a Raiva Humana;
( ) não permitir que meu(s) dependente(s) se submeta(m) ao tratamento profilático contra a Raiva Humana.

__________________________, ____ de ______________ de _________.

_________________________________
Assinatura

Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 20


INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

ANEXO 6:
Quadro 5- Polos de soroterapia antirrábica do estado do Rio de Janeiro (continua).

SES-RJ/SUBVS/SUPVEA/GERDIR-GERIMU

Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 21


INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

Quadro 5- Polos de soroterapia antirrábica do estado do Rio de Janeiro (continuação).

Legenda: SAR - Soro antirrábico humano; SAT - Soro antitetânico

*As informações contidas nesta planilha foram fornecidas pelos municípios e atualizadas em 2022, estando sujeitas a alterações.
Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 22
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA – PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

ANEXO 7:

Quadro 6- Polos de aplicação de vacina antirrábica humana do estado do Rio de Janeiro

SES-RJ/SUBVS/SUPVEA/GERDIR-GERIMU

Município Polo de Aplicação VARH Endereço Telefone Dias e horários de aplicação


BAÍA DE ILHA GRANDE
2ª a 6ª feira (09 as 12 hs)- Até 10 anos.
Angra dos Reis UPA Pediátrica Agda Maria Rua Francelino Alves de LimA, s/n - Japuíba (Rod Mario Covas- BR 101) 3ª e 6ª feira (09 as 12 hs)- A partir de 11
anos.
Centro de Referência de Atenção em Saúde
Mangaratiba
Pública (CRASP) Rua Rio Grande do Sul 410 Praia do Saco (próximo praça do Skate) (24)2789-6000 2º, 4º e 6º feira (09 as 15 hs)
Paraty Posto de Saúde Central da Patatiba (CIS) Rua Dr. Erli Elena, s/n (24) 3371-2949 2ª, 4ª e 6ª feira (08 às 12h/ 13 as 16:30 hs)
BAIXADA LITORÂNEA
Araruama Hospital Municipal Pref. Armando Silva Carvalho Rua Eduardo Américo da Costa, s/nº - Nova São Vicente 3ª e 6ª feira (09 às 16h)
Hospital Municipal Dr Rodolpho Perisse Estrada Buzios Cabo Frio S/N (22)2623-1828 domingo a domingo (dose zero)
Armação de Búzios
Unidade Básica de Saúde Benildo Mota Rua Maria da Silva Chaves 356 (22)2623-1829 segunda a sexta 9 às 16h (demais doses)
Arraial do Cabo ESF CANAÃ Travessa Dallas n 2 Canaã 3ª e 6ª feira (09 às 16h)
1º DISTRITO Rua Florisbela Rosa da Penha, s/nº - Braga (Ponto de referência: ao lado
Centro de Saúde Oswaldo Cruz (CSOC) do Hospital da Mulher) e 1º distrito: ESF SAMBURÁ - Rodovia Amaral (22) 2647-0797/2643-1038
2ª, 3ª, 5ª e 6ª de 09h às 15h
Peixoto, Km 136, s/nº - Samburá (Ponto de referência: atrás da UPA Resp. Enf. Jane ou Caroline.
Cabo Frio
TAMOIOS)
Rodovia Amaral Peixoto, /km 136, s/nº - Samburá (Ponto de referência:
ESF Samburá Resp. Enf. Keyla 2ª, 3ª, 5ª e 6ª de 09h às 16h30
atrás da UPA TAMOIOS)
Res. Enf. Luana / (22)
Hospital Municipal Angela Maria Simões Menezes Rua Pastor Luiz Laurentino, sn, Santa Ely Todos os dias
27783890
Rua Piabanha, lote 254, QD 07, Loteamento Peixe Dourado II - Barra de Resp. Enf Cláudia / (22)
Casimiro de Abreu ESF Jomar Tardelli 2ª, 3ª, 5ª e 6ª de 09h às 16h30
São João 27748148
Rua Franklin José dos Santos, sn, Centro (Referência: ao lado da Resp. Enf. Juliana / (22)
2ª, 3ª, 5ª e 6ª de 09h às 16h30
ESF Centro Prefeitura) 27781810
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Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 23
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

Resp. Patricia/ (22) 99994-


Rua Nossa Senhora de Fátima, 123 - Centro (Ponto de Referência: ao lado
Iguaba Grande Sala de Vacina (Centro de Saude Materno-Infantil) 3291 e Veronica/ 2ª e 6ª feira (08 às 12h)
da Policlínica Municipal)
(21) 980756699
Rio das Ostras Posto de Saúde Dona Edméia (Casa da Vacina) Avenida Linda, S/Nº - Nova Espernça (22) 2771-9351 2ª e 5ª feira (09 às 16h)

São Pedro da Aldeia Central de Imunização Travessa Getúlio Vargas S/N Resp. Enf Âgela Maria 2ª e 5ª feira (08 às 16h)

Saquarema CAMIS (Centro de Atendimento Materno Infantil) Rua Frutuoso de Oliveira, S/Nº- Centro (22)2651-4821 3ª e 6ª feira (14 às 17h)
CENTRO SUL

Miguel Pereira
Unidade Municipal de Imunização ( UMI) Rua Adelaide Badenes, 400- Centro (24) 2484- 3705 2ª e 5ª feira (08 às 13h)
Três Rios UPA – Três Rios Av. Zoelo Sola, 705 - Triângulo, Três Rios - RJ, 25820-180 (24) 2255-1998/ 2255-2820 3ª e 6ª feira (08 às 17h)
METROPOLITANA I

(21) 3775-8295/ 2661-3724


Belford Roxo Policlínica Regional Neuza Goulart Brizola Avenida Benjamin Pinto Dias, 1372- Vila Dagmar 2ª a 6 feira (07 às 17 h)
(VE)

Centro Municipal de Saúde (CMS) Duque de Caxias


Duque de Caxias Rua General Gurjão, S/Nº - Centro (21) 2771-4682 2ª a 6 feira (07 às 17 h)
/ CMSDC
Japeri Unidade Mista de Engenheiro Pedreira AV Tancredo Neves, S/N. Mucajá - Engenheiro Pedreira. 2ª a 6ª feira (10h as 15h)
Hospital Municipal de Magé Rua Pio XII, 81, Centro. Magé (21) 2633-6909 Atendimento 24h
Magé
Hospital Municipal Hugo Braga Av. Santos Dumont, 2017, Piabetá. Magé (21) 2739-1052 Atendimento 24h
Rio de Janeiro UNIDADES EM ANEXO

São João de Meriti Centro de Saúde Aníbal Viriato de Azevedo Rua Pastor Joaquim Rosa, s/n, Vilar dos Teles. S. J. de Meriti 2ª e 5ª feira (8 às 17h)

METROPOLITANA II
Núcleo Municipal de Imunização Dr. Heitor da
Maricá Rua Pref. Hilário da Costa e Silva _ Eldorado
Costa Matta

Niterói Policlínica Regional do Largo da Batalha (PRLB) Av. Reverendo Armando Ferreira, 30. – Largo da Batalha (21) 2710-1053 2ª e 5ª feira (8 às 17h)

Direção - (21)2734-1539
Ambulatório Pediátrico Municipal Dr Almir
Rio Bonito Rua Duque de Caxias, 151 -Centro Coord. de Imunização - (21)9- 2ª a 6ª feira (7:00 às 16 hs)
Branco
9649-9817
Pça. Stephania de Carvalho, S/N, Zé Garoto (Ao lado do Pronto Socorro
Polo Sanitário Washigton Luís Lopes (PSWLL) (21) 2605-2729 2ª e 5ª feira (8 às 17h)
São Gonçalo Armando Sá Couto).
Pólo Sanitário Hélio Cruz (PSHC) Rua da Concórdia, S/Nº - Alcântara (21) 2702-5643 3 e 6º feira (08 às 17 h)

Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 24


INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

MÉDIO-PARAÍBA
Piraí Hosp. Flávio Leal Rua Roberto Silveira, 50 centro (24)2411- 9450 2ª e 5ª feira
Resende Centro Municipal de Imunização Rua Dr. João Maia 42 - Centro (24)3381-4830 Seg. a sexta - 08 as 14 horas
Central de Imunização Praça Balbino fonseca, 62- Centro (24) 2458-4796 2ª a 6ª feira (07 às 16:30 h)
Valença
Hospital Escola de Valença Praça Balbino fonseca, 186- Centro (24) 2453-1333 Finais de semana/ Feriados
UBSF Conforto Sebastião Rodrigues Ferreira Rua Nossa Sra. da Conceição, 359- Bairro Conforto (24) 3339-4195 2ª e 5ª feira (08 às 16h)
Volta Redonda
SPA Aterrado Rua Deputado Geraldo Di Biase, 82- Aterrado (24) 3339-9566 2ª e 5ª feira (24 h)
NOROESTE
Itaperuna Centro de Saúde Dr. Raul Travassos Rua 10 de Maio, 893 – Centro (22) 3822-0709 3ª e 6ª feira (08 às 17h)
Av. Chaim Elias, s/n, Centro. Stº Antônio de Pádua (Em frente ao
Stº Antônio de Pádua PS Dr. Eugênio Leite Lima (22) 3853-1222
cemitério)
NORTE

Campos de Goytacazes Crie Norte Fluminense Rua Voluntários da Pátria, 875 (22) 981752482 De 2ª, 4ª e 6ª feira (08 às 17h)

SERRANA
Posto de Saúde José Alberto Erthal, funcionando Segundas e quintas-feiras das 13:00 às
Rua Henrique Albertine, 06 – Centro (PSF do Veloso)
provisoriamente no PSF do Veloso 15:00
Bom Jardim
Após o horário de funcionamento do posto
Hospital Santa Casa de Bom Jardim Rua José Luiz Erthal - Centro (22)2566-2140
e finais de semana
Hospital Municipal Dr° Celso Martins Rua Ary Parreira, n° 22, Campo do Prado (21) 2649-2006 24 horas
Cachoeiras de Macacu
Segundas, quartas e sexta-feiras de 8:00 às
Centro Municipal de Saúde Dr° Mário Simão Assaf Av. Governador Roberto Silveira, Campo do Prado (21)2649-2456
16:00
PSF João Nicolau Guzo Rua Francisco Eugênio Vieira - S/N - centro (22)2555-1526 2ª a 6ª feira (8:00 às 16 hs)
PSF Alto São José Rua Nair Jacinta - S/N - Bairro Santo Antônio (22)2555-4408 2ª a 6ª feira (8:00 às 16 hs)
PSF Santo Antônio Rua Azer Ribeiro S/N - Bairro São José (22)2555-1301 2ª a 6ª feira (8:00 às 16 hs)
Cantagalo PSF Floresta Rua João machado S/N - Centro - Santa Rita da Floresta (22)2552-1119 2ª a 6ª feira (8:00 às 16 hs)
PSF Euclidelândia Rua Joaquina Pires, S/N, centro, Euclidelândia (22)2555-1925 2ª a 6ª feira (8:00 às 16 hs)
PSF Boa Sorte Rua Custódio Marques, S/N, centro Boa Sorte (22)2553-1220 2ª a 6ª feira (8:00 às 16 hs)
PSF Paraíba Rua João Batista Muzzy, S/N, centro, São Sebastião do Paraíba (22)2553-0081 2ª a 6ª feira (8:00 às 16 hs)
Hospital Cantagalo Praça Miguel Santos, 25 - Lot. Vila Bella (22)2555-4192 Todos os dias (24 horas)
Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 25
INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

Carmo ESF CENTRO Rua José Pinto Pinheiro, 39 - Centro - Segundas e quintas-feiras das 8:00 às 17:00
Cordeiro Centro de Saúde de Cordeiro Rua Nacib Simão, 1325- Bairro Rodolfo (22)2551-2244 Segunda a quinta-feira, das 7:00 às 15:00.
Hospital Municipal Dr. Antônio Carlos da Silva
Av. Getúlio Vargas, 177 - Centro (22)2534-1385 24 horas
Monerat
SPAM Rua Antônio Pereira da Silva, s/n - 24 horas
Duas Barras
PSF Monnerat Rua Otheniel Jose Costa, nº 189, loteamento Bonanza - Monnerat - Segunda à sexta feira das 08:00 às 17 horas.
PSF Fazenda do Campo Praça anexa a RJ 152, s/n, Frazenda do Campo - Segunda à sexta feira das 08:00 às 17 horas.
Policlínica Rua Orlando Pagnuzzi de Araujo, s/n - Segunda à sexta feira das 08:00 às 17 horas.
Guapimirim Centro Pediátrico Rua Pastor Francisco Rosa, 149 - Centro (21)96443-6712 Segundas e quintas-feiras das 8:00 às 14:00
(22)2554-1474/ (22)99889-
Macuco Centro de Saúde de Macuco Rua Francisco Lopes Martins, 235 - Centro Segundas às sextas-feiras das 8:00 às 17:00
5536

Nova Friburgo Posto de Saúde Dr. Sílvio Henrique Braune Rua Dr. Plínio Casado, s/n° - Centro (22)2522-6416/ (22)2522-8316 Segundas às sextas-feiras das 8:00 às 17:00

Petrópolis UPA Centro Petrópolis Rua Washington Luís, 600 - Centro (24)2246-9132 2ª a 6ª feira (8:00 às 16 hs)
Unidade Dr. Manoel Verbicário Rua Isamor Novaes de Sá, s/n°- Centro - Segundas às sextas-feiras das 8:00 às 11:00
ESF do Arranchadouro Rua Ranulfo Machado Botelho, s/nº - Colombiano (22)2561-3298 Segundas às sextas-feiras das 7:00 às 17:00
Santa Maria Madalena ESF Antônio Franco Praça Major Bento Franco, s/nº - Triunfo (22)2561-2202 Segundas às sextas-feiras das 7:00 às 17:00
ESF Manoel de Moraes Rua Francisco Rodrigues de Melo, s/n° - Manoel de Moraes (22)2561-0123 Segundas às sextas-feiras das 7:00 às 17:00
Segundas, quartas e sextas-feiras a partir
Itinerantes na zona rural para vacinação
das 6:00
São josé do Vale do Rio Preto Hospital Maternidade Santa Therezinha Rua Professora Maria Emília Esteves, 617 - Centro (24)2224-1150/ (24)2224-7072 24 horas

Conforme rotina e agendamento Segundas


Secretaria de Saúde Rua Dr. Eurico Serbino, 118 - Centro (22)2559-1173
São Sebastião do Alto às sextas-feiras
Hospital São Sebastião Rua Ministro Francisco Dornelles, s/n° - Centro (22)2559-1313 Finais de semana e feriados 24 horas
Sumidouro Hospital Municipal Dr. João Pereira Martins Rua Carlos Alberto de Moura Júnior, 02 - Centro (22) 2531-1164 24 horas
Teresópolis PSF Rosário Rua São Pedro, 585 - São Pedro - CEP: 25956-280 (21) 2741-2648 10h às 16h - Segunda a Sábado

Trajano de Moraes Hospital Francisco Limonje Rua Feliciano Sodré, s/nº - Centro (22)2564-1102 24 horas

Legenda: VARH - Vacina antirrábica humana

*As informações contidas nesta planilha foram fornecidas pelos municípios e atualizadas em 2022, estando sujeitas a alterações.

Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 26


INFORME TÉCNICO PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA- PRÉ E PÓS-EXPOSIÇÃO 001/2023

Informe Técnico-Profilaxia Antirrábica Humana (45338567) SEI SEI-080001/000299/2023 / pg. 27

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