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ORIENTAÇÕES SOBRE O CORONAVIRUS.

Informações disponibilizadas no endereço eletrônico https://www.saude.gov.br

DEFINIÇÃO: CORONAVÍRUS é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo
agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada
de coronavírus (COVID-19). Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. A
maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais
propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos
são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO DO CORONAVÍRUS: Período de incubação é o tempo que leva para os


primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE DO CORONAVÍRUS: De uma forma geral, a transmissão viral


ocorre apenas enquanto persistirem os sintomas. É possível a transmissão viral após a resolução dos sintomas,
mas a duração do período de transmissibilidade é desconhecida para o coronavírus. A transmissibilidade dos
pacientes infectados por SARSCoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados
preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o
aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores
ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

FONTE DE INFECÇÃO DO CORONAVÍRUS: A maioria dos coronavírus geralmente infectam apenas


uma espécie animal ou pelo menos um pequeno número de espécies proximamente relacionadas. Porém, alguns
coronavírus, como o SARS-CoV, podem infectar pessoas e animais. O reservatório animal para o coronavírus
(COVID-19) ainda é desconhecido.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO CORONAVÍRUS? Os sinais e sintomas do coronavírus são


principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório
inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e
investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença. Os principais sintomas conhecidos até o
momento são: febre, tosse, dificuldade para respirar.

COMO O CORONAVÍRUS É TRANSMITIDO? As investigações sobre as formas de transmissão do


coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a cont aminação
por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de
1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. É importante observar que
a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada. Ainda não está claro com que
facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa. Apesar disso, a transmissão dos coronavírus
costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro;
tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies
contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Os coronavírus apresentam uma transmissão
menos intensa que o vírus da gripe.

ORIENTAÇÕES PARA FUNCIONÁRIOS SOBRE CORONAVÍRUS – CONFORME SITUAÇÃO EM 17/03/2020.


COMO PREVENIR O CORONAVÍRUS? O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir
o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus.

ENTRE AS MEDIDAS ESTÃO:

 Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos,
respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um
desinfetante para as mãos à base de álcool.
 Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
 Evitar contato próximo com pessoas doentes.
 Ficar em casa quando estiver doente.
 Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
 Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO CORONAVÍRUS? O diagnóstico do coronavírus é feito com a


coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro).

COMO É DEFINIDO UM CASO SUSPEITO DE CORONAVÍRUS? Diante da confirmação de caso do


coronavírus no Brasil e considerando a dispersão do vírus no mundo, a Secretaria de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde informa que a partir de 01 de março de 2020, passa a vigorar as seguintes definições
operacionais para a saúde pública nacional.

1. CASO SUSPEITO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19).


Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas
respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou
conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de
cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E com histórico de viagem
para país com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14 dias
(figura 1); OU
Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre OU pelo menos um sinal ou
sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal
ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%,
sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E histórico de
contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias.
2. CASO PROVÁVEL DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19).
Situação 3 - CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que manteve contato domiciliar com caso
confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias E que apresente febre OU pelo menos um sinal
ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal
ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%,
sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). Nesta situação
é importante observar a presença de outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia/artralgia,
dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo, gânglios linfáticos aumentados,
diarreia, náusea, vômito, desidratação e inapetência.

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CASO CONFIRMADO DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS 2019 (COVID-19).
LABORATORIAL: Caso suspeito ou provável com resultado positivo em RT-PCR em tempo
real, pelo protocolo Charité.
CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: Caso suspeito ou provável com histórico de contato próximo
ou domiciliar com caso confirmado laboratorialmente por COVID-19, que apresente febre OU
pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios, nos últimos 14 dias após o contato, e
para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial específica.

CONTATO PRÓXIMO DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-19: Uma


pessoa que teve contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos); Uma pessoa que tenha contato direto
desprotegido com secreções infecciosas (por exemplo, sendo tossida, tocando tecidos de papel usados com
a mão nua); Uma pessoa que teve contato frente a frente por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a
2 metros; Uma pessoa que esteve em um ambiente fechado (por exemplo, sala de aula, sala de reunião, sala
de espera do hospital etc.) por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros; Um profissional de
saúde ou outra pessoa que cuida diretamente de um caso COVID-19 ou trabalhadores de laboratório que
manipulam amostras de um caso COVID-19 sem equipamento de proteção individual recomendado (EPI) ou
com uma possível violação do EPI; Um passageiro de uma aeronave sentado no raio de dois assentos (em
qualquer direção) de um caso confirmado de COVID-19, seus acompanhantes ou cuidadores e os tripulantes
que trabalharam na seção da aeronave em que o caso estava sentado.

CONTATO DOMICILIAR DE CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO DE COVID-19: Uma pessoa


que reside na mesma casa/ambiente. Devem ser considerados os residentes da mesma casa, colegas de
dormitório, creche, alojamento, etc.

COMO É FEITO O TRATAMENTO DO CORONAVÍRUS? Não existe tratamento específico para


infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de
bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como,
por exemplo: Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos). Uso de umidificador no
quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse. Assim que os primeiros
sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o
tratamento. Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros 07 dias do início do quadro
(qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do
quadro clínico e sinais de alerta de complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais
sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia, dor pleurítica (dor no
peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar). Se você viajou para a China nos últimos 14 dias e ficou
doente com febre, tosse ou dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico imediatamente e
informar detalhadamente o histórico de viagem recente e seus sintomas.

A taxa de mortalidade do novo coronavírus (Covid-19) é de 3,74%. Com isso, a mortalidade da


doença é menor do que a da Sars (8%), síndrome respiratória aguda grave que se alastrou entre os anos 2002
e 2004. No entanto, ela já é parecida com a da dengue (3,8%) e quase 2.800 vezes maior do que a da gripe
comum (0,13%) ou 1.770 vezes maior do que a da gripe H1N1 (0,2%). Já a Mers, do mesmo grupo de doenças

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do Covid-19, conhecida como síndrome respiratória do Médio Oriente, teve taxa de mortalidade de 34%. Em
idosos com mais de 80 anos, o percentual chega a 14,8%.

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NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 02/2020 - PGT/CODEMAT/CONAP [Resumo].

Nota Técnica para a atuação dos membros do Ministério Público do Trabalho em face da
declaração de pandemia da doença infecciosa (COVID 19) do novo coronavírus, declarada pela Organização
Mundial de Saúde – OMS.

A Occupational Safety and Health - OSHA elaborou classificação de graus de risco à exposição
considerando as funções desempenhadas pelos trabalhadores, assim compreendidos:

i) Risco muito alto de exposição: aqueles com alto potencial de contato com casos
confirmados ou suspeitos de COVID-19 durante procedimentos médicos, laboratóriais ou post-mortem, tais
como: médicos, enfermeiras, dentistas, paramédicos, técnicos de enfermagem, profissionais que realizam
exames ou coletam amostras e aqueles que realizam autopsias;

(ii) Risco alto de exposição: profissionais que entram em contato com casos confirmados ou
suspeitos de COVID-19, tais como: fornecedores de insumos de saúde, e profissionais de apoio que entrem
nos quartos ou ambientes onde estejam ou estiveram presentes pacientes confirmados ou suspeitos,
profissionais que realizam o transporte de pacientes, como ambulâncias, profissionais que trabalham no
preparo dos corpos para cremação ou enterro;

(iii) Risco mediano de exposição: profissionais que demandam o contato próximo (menos de
2 metros) com pessoas que podem estar infectadas com o novo coronavírus (SARS-coV-2), mas que não
são considerados casos suspeitos ou confirmados; que tem contato com viajantes que podem ter retornado
de regiões de transmissão da doença (em áreas sem transmissão comunitária); que tem contato com o
público em geral (escolas, ambientes de grande concentração de pessoas, grandes lojas de comércio
varejista) (em áreas com transmissão comunitária);

(iv) Risco baixo de exposição: aqueles que não requerem contato com casos suspeitos,
reconhecidos ou que poderiam vir a contrair o vírus, que não tem contato (a menos de 2 metros) com o
público; profissionais com contato mínimo com o público em geral e outros trabalhadores.

O tipo de transmissão dos casos em cada localidade (ex: transmissão comunitária) implicará
no aumento do risco para grupos de trabalhadores que tem contato próximo com o público em geral.
Entende-se por transmissão comunitária aquela entre pessoas que não realizaram viagem internacional
recente nem tiveram contato com pessoas que vieram do exterior, não sendo possível identificar a fonte de
exposição ao vírus.

COM BASE NESTAS CONSIDERAÇÕES, A NOTA TÉCNICA TRAZ POSICIONAMENTOS:

Recomendar aos empregadores, sindicatos patronais, sindicatos profissionais que representem


setores econômicos considerados de risco muito alto, alto ou mediano (OSHA), que observem as medidas
de segurança que devem ser adotadas nas empresas, como FORNECER lavatórios com água e sabão;
FORNECER sanitizantes (álcool 70% ou outros adequados à atividade); ADOTAR medidas que impliquem
em alterações na rotina de trabalho, como, por exemplo, política de flexibilidade de jornada quando os

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serviços de transporte, creches, escolas, dentre outros, não estejam em funcionamento regular e quando
comunicados por autoridades; ESTABELECER política de flexibilidade de jornada para que os trabalhadores
atendam familiares doentes ou em situação de vulnerabilidade a infecção pelo coronavirus e para que
obedeçam a quarentena e demais orientações dos serviços de saúde; NÃO PERMITIR a circulação de
crianças e demais familiares dos trabalhadores nos ambientes de trabalho que possam representar risco à
sua saúde por exposição ao novo coronavírus, seja aos demais inerentes a esses espaços; SEGUIR os
planos de contingência recomendados pelas autoridades locais em casos de epidemia, tais como: permitir a
ausência no trabalho, organizar o processo de trabalho para aumentar a distância entre as pessoas e reduzir
a força de trabalho necessária, permitir a realização de trabalhos a distância; ADOTAR outras medidas
recomendadas pelas autoridades locais, de molde a resguardar os grupos vulneráveis e mitigando a
transmissão comunitária; ADVERTIR os gestores dos contratos de prestação de serviços, quando houver
serviços terceirizados, quanto à responsabilidade da empresa contratada em adotar todos os meios
necessários para conscientizar e prevenir seus trabalhadores acerca dos riscos do contágio do novo
coronavírus (SARS-COV-2) e da obrigação de notificação da empresa contratante quando do diagnóstico
de trabalhador com a doença (COVID-19).

Recomendar aos empregadores, sindicatos patronais, sindicatos profissionais que representem


setores econômicos que considerados de risco muito alto, alto ou mediano (OSHA), que negociem acordos
e/ou instrumentos coletivos de trabalho prevendo flexibilização de horários, especialmente para os
trabalhadores que integrem grupos vulneráveis, o abono de faltas sem a apresentação de atestado médico
àqueles que apresentarem sintomas sugestivos da COVID-19, entre outras medidas necessárias para conter
a transmissão da doença.

RECOMENDAÇÃO ANAMT Nº 01/2020 [Resumo].

Estabelecer em conjunto com os gestores, orientação aos trabalhadores com sintomas de gripe
para que permaneçam em casa e se comuniquem com o serviço médico por telefone, para as devidas
orientações.

Evitar aglomeração de trabalhadores em sala de espera do serviço de saúde/SESMT.

Que o Médico do Trabalho deve afastar o trabalhador que apresentar sintomas de COVID-19
até completar os procedimentos diagnósticos, além de recomendar o tempo adequado de afastamento,
enquanto estiver contaminante.

• Que o Médico do Trabalho elabore as recomendações de prevenção e segurança e reporte


formalmente à direção da empresa as medidas preconizadas: disponibilizando locais para lavagem das
mãos; dispenser com álcool gel nos setores; jornadas reduzidas; férias coletivas quando possível; home
office quando aplicável; etc.

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LEI Nº 13.979, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2020 [Resumo].

Art. 2º Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:

I - isolamento: separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens, meios de


transporte, mercadorias ou encomendas postais afetadas, de outros, de maneira a evitar a contaminação ou a
propagação do coronavírus; e

II - quarentena: restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contaminação das


pessoas que não estejam doentes, ou de bagagens, contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias
suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a possível contaminação ou a propagação do coronavírus.

Art. 3º Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente


do coronavírus, poderão ser adotadas, entre outras, as seguintes medidas:

I - isolamento;

II - quarentena;

III - determinação de realização compulsória de: a) exames médicos; b) testes laboratoriais; c) coleta
de amostras clínicas; d) vacinação e outras medidas profiláticas; ou e) tratamentos médicos específicos;

IV - estudo ou investigação epidemiológica;

V - exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver;

VI - restrição excepcional e temporária de entrada e saída do País, conforme recomendação técnica


e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por rodovias, portos ou aeroportos;

§ 2º Ficam assegurados às pessoas afetadas pelas medidas previstas neste artigo: I - o direito de
serem informadas permanentemente sobre o seu estado de saúde e a assistência à família conforme
regulamento; II - o direito de receberem tratamento gratuito; III - o pleno respeito à dignidade, aos direitos humanos
e às liberdades fundamentais das pessoas, conforme preconiza o Artigo 3 do Regulamento Sanitário
Internacional, constante do Anexo ao Decreto nº 10.212, de 30 de janeiro de 2020.

§ 3º Será considerado falta justificada ao serviço público ou à atividade laboral privada o período
de ausência decorrente das medidas previstas neste artigo.

§ 4º As pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidas previstas neste artigo, e o


descumprimento delas acarretará responsabilização, nos termos previstos em lei.

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PORTARIA Nº 356, DE 11 DE MARÇO DE 2020 [Resumo].

Art. 2º Para o enfrentamento da emergência de saúde pública de importância nacional e


internacional, decorrente do coronavírus (COVID-19), poderão ser adotadas as medidas de saúde para resposta
à emergência de saúde pública previstas no art. 3º da Lei nº 13.979, de 2020.

Art. 3º A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas sintomáticas ou assintomáticas,


em investigação clínica e laboratorial, de maneira a evitar a propagação da infecção e transmissão local.

§ 1º A medida de isolamento somente poderá ser determinada por prescrição médica ou por
recomendação do agente de vigilância epidemiológica, por um prazo máximo de 14 (quatorze) dias, podendo se
estender por até igual período, conforme resultado laboratorial que comprove o risco de transmissão.

§ 2º A medida de isolamento prescrita por ato médico deverá ser efetuada, preferencialmente, em
domicílio, podendo ser feito em hospitais públicos ou privados, conforme recomendação médica, a depender do
estado clínico do paciente.

§ 3º Não será indicada medida de isolamento quando o diagnóstico laboratorial for negativo para o
SARSCOV-2.

§ 4º A determinação da medida de isolamento por prescrição médica deverá ser acompanhada do


termo de consentimento livre e esclarecido do paciente, conforme modelo estabelecido no Anexo I.

§ 5º A medida de isolamento por recomendação do agente de vigilância epidemiológica ocorrerá no


curso da investigação epidemiológica e abrangerá somente os casos de contactantes próximos a pessoas
sintomáticas ou portadoras assintomáticas, e deverá ocorrer em domicílio.

Art. 4º A medida de quarentena tem como objetivo garantir a manutenção dos serviços de saúde
em local certo e determinado.

§ 1º A medida de quarentena será determinada mediante ato administrativo formal e devidamente


motivado e deverá ser editada por Secretário de Saúde do Estado, do Município, do Distrito Federal ou Ministro
de Estado da Saúde ou superiores em cada nível de gestão, publicada no Diário Oficial e amplamente divulgada
pelos meios de comunicação.

§ 2º A medida de quarentena será adotada pelo prazo de até 40 (quarenta) dias, podendo se
estender pelo tempo necessário para reduzir a transmissão comunitária e garantir a manutenção dos serviços de
saúde no território.

§ 3º A extensão do prazo da quarentena de que trata o § 2º dependerá de prévia avaliação do


Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-nCoV) previsto na Portaria nº 188/GM/MS, de 3
de fevereiro de 2020.

Art. 5º O descumprimento das medidas de isolamento e quarentena previstas nesta Portaria


acarretará a responsabilização, nos termos previstos em lei.

Parágrafo único. Não depende de indicação médica ou de profissional de saúde as medidas


previstas nas alíneas "c" e "d" do inciso III do art. 3º da Lei n° 13.979, de 2020.

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RECOMENDAÇÕES DE PREVENÇÃO E SEGURANÇA PARA AS EMPRESAS.

Com base nas normativas técnicas e legais elencadas, na condição de médico do trabalho e
coordenador do PCMSO, faço as seguintes recomendações, temporárias e sem previsão de término no presente
momento (esta condição deverá ser reavaliada conforme orientações das autoridades públicas).

 Repassar aos funcionários orientações acerca dos procedimentos e condutas a serem tomadas para este
enfrentamento ao coronavirus, conforme modelo disposto ao final.
 Evitar aglomeração de funcionários em reuniões, seminários, refeitórios.
 Verificar a disposição dos postos de trabalho e evitar proximidade frente a frente entre funcionários,
notadamente a menos de 02 metros.
 Afastar funcionários com quadros suspeitos ou confirmados de infecção pelo coronavirus.
 Evitar viagens a serviço da empresa.
 Fornecer lavatórios com água e sabão.
 Fornecer sanitizantes (álcool 70% ou outros adequados à atividade).
 Adotar medidas que impliquem em alterações na rotina de trabalho, como, por exemplo, política de
flexibilidade de jornada quando os serviços de transporte, creches, escolas, etc, não estejam em
funcionamento regular e quando comunicados por autoridades.
 Estabelecer política de flexibilidade de jornada para que os trabalhadores atendam familiares doentes ou em
situação de vulnerabilidade a infecção pelo coronavirus e para que obedeçam a quarentena e demais
orientações dos serviços de saúde;
 Não permitir a circulação de crianças e demais familiares dos trabalhadores nos ambientes de trabalho que
possam representar risco à sua saúde por exposição ao novo coronavírus, seja aos demais inerentes a esses
espaços;
 Seguir os planos de contingência recomendados pelas autoridades locais em casos de epidemia, tais como:
permitir a ausência no trabalho, organizar o processo de trabalho para aumentar a distância entre as pessoas
e reduzir a força de trabalho necessária, permitir a realização de trabalhos a distância;
 Adotar outras medidas recomendadas pelas autoridades locais, de molde a resguardar os grupos vulneráveis
e mitigando a transmissão comunitária;
 Advertir os gestores dos contratos de prestação de serviços, quando houver serviços terceirizados, quanto à
responsabilidade da empresa contratada em adotar todos os meios necessários para conscientizar e prevenir
seus trabalhadores acerca dos riscos do contágio do novo coronavírus (SARS-COV-2) e da obrigação de
notificação da empresa contratante quando do diagnóstico de trabalhador com a doença (COVID-19).
 Negociar com os sindicatos patronais, sindicatos profissionais que representem setores econômicos que
considerados de risco muito alto, alto ou mediano (OSHA), acordos e/ou instrumentos coletivos de trabalho
prevendo flexibilização de horários, especialmente para os trabalhadores que integrem grupos vulneráveis,
o abono de faltas sem a apresentação de atestado médico àqueles que apresentarem sintomas sugestivos
da COVID-19, entre outras medidas necessárias para conter a transmissão da doença.
 Orientar aos trabalhadores com sintomas de gripe para que permaneçam em casa e se comuniquem com o
serviço médico por telefone, para as devidas orientações.
 Evitar aglomeração de trabalhadores em sala de espera do serviço de saúde/SESMT.

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ESCLARECIMENTOS E RECOMENDAÇÕES SOBRE CONDUTAS FRENTE AO
CORONAVIRUS.

Pelo presente documento, a empresa está prestando esclarecimentos e fazendo recomendações


acerca do coronavirus, para colaborar de maneira objetiva no controle desta pandemia. Você, trabalhador(a) da
empresa, deverá seguir as orientações e colaborar com a empresa e com as autoridades para evitar ao máximo
a transmissão deste agente infeccioso, motivador de preocupação mundial neste momento. A taxa de mortalidade
do novo coronavírus (Covid-19) é de 3,74%. Em idosos com mais de 80 anos, o percentual chega a 14,8%.

DEFINIÇÃO: CORONAVÍRUS é uma família de vírus que causam infecções respiratórias.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO DO CORONAVÍRUS: Período de incubação é o tempo que leva para os


primeiros sintomas aparecerem desde a infecção por coronavírus, que pode ser de 2 a 14 dias.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE DO CORONAVÍRUS: A transmissibilidade dos pacientes


infectados é em média de 7 dias após início dos sintomas. Em geral, ocorre apenas enquanto persistirem
sintomas. É possível transmissão após a resolução dos sintomas. Até o momento, não há informações suficientes
de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO CORONAVÍRUS? Os sinais e sintomas do coronavírus são


principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem causar infecção do trato respiratório inferior,
como pneumonias. Os principais sintomas conhecidos até o momento são: febre, tosse, dificuldade para respirar.

COMO O CORONAVÍRUS É TRANSMITIDO? As investigações sobre as formas de transmissão do


coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação
por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de
1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. A transmissão dos
coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de
saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou
superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

CASO SUSPEITO DE CORONAVÍRUS? VIAJANTE: pessoa que apresente febre E pelo menos um
dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou
conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento
de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E com histórico de viagem para país com transmissão sustentada
OU área com transmissão local nos últimos 14 dias (figura 1); OU CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente
febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro,
congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais
de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E histórico de contato com caso suspeito
ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias.

CASO PROVÁVEL DE DOENÇA PELO CORONAVÍRUS: CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que


manteve contato domiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias E que apresente febre OU
pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão
nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose,
batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). Nesta situação é importante observar a presença de
ORIENTAÇÕES PARA FUNCIONÁRIOS SOBRE CORONAVÍRUS – CONFORME SITUAÇÃO EM 17/03/2020.
outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo,
gânglios linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, desidratação e inapetência.

CONTATO PRÓXIMO DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE COVID-19: Uma pessoa


que teve contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos); Uma pessoa que tenha contato direto desprotegido
com secreções infecciosas (por exemplo, sendo tossida, tocando tecidos de papel usados com a mão nua); Uma
pessoa que teve contato frente a frente por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros; Uma pessoa
que esteve em um ambiente fechado (por exemplo, sala de aula, sala de reunião, sala de espera do hospital etc.)
por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros; Um profissional de saúde ou outra pessoa que cuida
diretamente de um caso COVID-19 ou trabalhadores de laboratório que manipulam amostras de um caso COVID-
19 sem equipamento de proteção individual recomendado ou com uma possível violação do EPI; passageiro de
aeronave sentado no raio de dois assentos (qualquer direção) de caso confirmado de COVID-19, acompanhantes
ou cuidadores e os tripulantes que trabalharam na seção da aeronave em que o caso estava sentado.

CONTATO DOMICILIAR DE CASO SUSPEITO OU CONFIRMADO DE COVID-19: Uma pessoa


que reside na mesma casa/ambiente. Devem ser considerados os residentes da mesma casa, colegas de
dormitório, creche, alojamento, etc.

COMO É FEITO O TRATAMENTO DO CORONAVÍRUS? Não existe tratamento específico para


infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante
água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo:
Uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos). Uso de umidificador no quarto ou tomar
banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse. Assim que os primeiros sintomas surgirem, é
fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

COMO PREVENIR O CORONAVÍRUS? O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir
o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus.

ENTRE AS MEDIDAS ESTÃO:

 Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos,
respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um
desinfetante para as mãos à base de álcool.
 Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
 Evitar contato próximo com pessoas doentes.
 Ficar em casa quando estiver doente.
 Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
 Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência.

ORIENTAÇÕES PARA FUNCIONÁRIOS SOBRE CORONAVÍRUS – CONFORME SITUAÇÃO EM 17/03/2020.

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