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A violência faz parte da vida humana e das interações sociais, persiste em todas as
culturas e vai atualizando seus formatos mais tradicionais com novas roupagens,
de acordo com o processo histórico global dentro de cada sociedade (Wieviorka,
1997; 2006). É importante registrar a dinâmica desse fenômeno e desnaturalizar a
visão romântica segundo a qual, em algum lugar do passado houve um mundo sem
violência: a história a desmente. Segundo a Bíblia, quando Adão e Eva saíram do
paraíso, tiveram dois filhos. E um irmão matou o outro por inveja. O fratricídio
está, pois, presente na origem da humanidade. E assim como na narrativa do
Gênesis, os mitos de qualquer civilização assinalam lutas e brigas pelo poder, pela
riqueza e pelo domínio de uns sobre os outros, situações que se atualizam ao longo
da história.
O caso do Brasil
O Brasil nunca foi um país pacífico e sua história se inicia com a escravização dos
índios, depois dos negros, numa trajetória de lutas por poder, fundamentadas na
exclusão social. Atualmente, o país é considerado o 11º mais violento do mundo e o
7º no contexto das Américas. Hoje, há 16 cidades brasileiras entre as que possuem
as taxas de homicídios (acima de 50/100.000) mais elevadas do planeta (WHO,
2014). Infelizmente, os dados mais atuais mostram que a violência letal não tem
dado tréguas. Em 2012, o Brasil registrou o maior número de homicídios desde
1980: 56.337 pessoas foram mortas, 7,9% a mais que em 2011, nas quais se
observa o incremento de armas de armas de fogo. Em 2014, 94,3% dos homicídios
foram cometidos por esse meio (Waiselfisz, 2016). Para se dimensionar essa
escalada, enquanto de 1980 e 2012 a população cresceu 61%, as mortes por arma
de fogo aumentaram 387%, E entre os jovens esse percentual foi superior a 460%
no período de 1980 a 2012, vitimando, particularmente, os mais pobres, negros ou
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pardos que vivem em áreas periféricas urbanas. Em 2014 essa tipologia de jovens
esteve associada a 94,3% dos homicídios (Waiselfisz, 2015).
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médica (Y40-Y84)
Sequelas de causas externas
167.076 79.605 2.1 246.681 3.085 1.348 2.3 4.433
(Y85-Y89)
Fatores Suplementares
relacionados a outras causas 50.080 17.661 2.8 67.741 - - - -
(Y90-Y98)
S-T Causas externas não
122.800 62.201 2.0 185.001 - - - -
classificadas
Total 7.671.165 3.251.236 2.4 10.922.401 1.462.354 292.245 5.0 1.754.599
* Total exclui as internações e mortes de pessoas com sexo ignorado.
O sexo masculino respondeu por 70,2% das internações e 83,3% das mortes por
todas as causas externas, tendo sido vitimado muitas vezes mais do que o sexo
feminino, com uma única exceção, a que se refere às complicações da assistência
médica, grupo no qual as mulheres morreram mais que os homens.
É importante, mais uma vez, destacar o excesso de mortes por agressões no sexo
masculino, que foram 11.2 vezes mais do que as ocorridas no feminino. E essa
relação atinge níveis muito mais elevados nos casos dos óbitos por intervenções
legais que ocorreram 90.6 vezes mais no sexo masculino do que no feminino.
Concluindo, sob qualquer ângulo que se observe, a presença masculina entre
agressores e vítimas da violência ressalta o caráter machista e militarista da
violência brasileira.
Outro dado que merece ser comentado se refere ao grupo das mortes com intenção
indeterminada, que tem sido analisado como um termômetro da qualidade da
informação sobre acidentes e violências. Nos anos aqui investigados, esse grupo
representou 4,4% das internações e 8,2% das mortes por causas externas no
Brasil, indicando uma melhoria no esclarecimento dos eventos. É importante
destacar que esses percentuais são bem heterogêneos nas diversas regiões
geográficas brasileiras; revelando que a qualidade da informação ainda é um
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desafio para o conhecimento mais fidedigno das tramas da violência que afetam ou
são praticadas pelos brasileiros.
Para facilitar a atuação do sistema de saúde, a OMS adotou uma classificação sobre
a natureza da violência, amparada no conhecimento acumulado do setor desde a
década de 1960. São cinco categorias: abusos ou maus-tratos físicos, psicológicos,
sexuais, negligências ou privação de cuidados. Deve-se acrescentar que, referindo-
se à natureza da violência contra a pessoa idosa ou dependente, usa-se também o
termo abusos econômicos e financeiros. É importante ressaltar que, embora muitos
pesquisadores trabalhem com diferenciações de sentido para os termos “violência,
abusos e maus tratos”, o documento da OMS adota essa nomenclatura, que
também é usada nesta obra, para se referir aos problemas com os quais o setor
lida. As categorias que compõem a presente classificação não serão aqui
explicadas, por dois motivos: por se tratar de matéria sobejamente conhecida e
porque o desenvolvimento dos capítulos deste livro proporciona de forma
aprofundada essa compreensão.
A OMS também criou uma tipologia da violência, iniciativa que tem o mesmo
sentido pragmático de todo o Relatório Mundial sobre Violência. A tipificação diz
respeito às expressões sociais da violência e são definidas a partir de quem as
comete: autoinfligidas (autoagressões, ideações e tentativas de suicídio e suicídio
consumado); interpessoais (violência intrafamiliar e comunitária); e coletiva
(violência política, econômica, de classes, guerras, terrorismos).
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Nos trabalhos do CLAVES, sempre se buscou trabalhar com uma classificação mais
ampliada que desse conta da situação brasileira, afetada profundamente pela
violência social. Por isso, incluíram-se os conceitos de violência estrutural (a que
reproduz e alimenta a desigualdade e a miséria); de violência cultural a que se
naturaliza na sociedade (submissão feminina, violência contra criança e
adolescente por razões pedagógicas, homofobias, exclusão dos diferentes);
violência institucional (a que reproduz todas as expressões do fenômeno nas
várias instituições, como famílias, escolas, empresas, serviços públicos,
organizações não governamentais, dentre outras) e tortura (considerada o ápice
da violência, pois destitui a pessoa de qualquer poder sobre si mesmo).
Um dos últimos temas a entrar na pauta do setor saúde é o dos maus-tratos contra
a pessoa idosa. Essa problemática foi nomeada pela primeira vez em 1975, em
dois periódicos ingleses sob o termo “espancamento de avós” por Alex Anthony
Baker (1975); e George Burston (1975), sendo aos poucos incorporado em
pesquisas e programas de ação. No Brasil, vem se intensificando a consciência da
sociedade sobre o problema, dentre os motivos, pelo crescimento acelerado da
população acima de 60 anos, que hoje já soma mais de 24 milhões de pessoas.
Entre os instrumentos de proteção e de coibição de abusos contra esse grupo
etário, cita-se a lei 10.741 de 01/10/2003 também denominada “Estatuto do
Idoso”. Seu artigo 3º trata especificamente das várias formas de violência de que
essa população é vítima e determina a responsabilidade dos órgãos públicos,
inclusive do setor saúde, em coibi-las. Em 2006 foi aprovada a Política Nacional de
Saúde da Pessoa Idosa que traz orientações gerais e trata de problemas específicos
do envelhecimento. Nesse documento, o Ministério da Saúde assume como
paradigma o envelhecimento ativo e não focado na doença, colocando diretrizes
sobre a participação do idoso nas tomadas de decisão da sociedade, nas atividades
familiares e nos conselhos e reuniões que possam definir seu futuro, com a ideia
de que a velhice deve ser bem vivida. Essa Política incorpora o conhecimento
mundial e nacional sobre a população com mais de 60 anos, inclusive sobre os
maus tratos e suas consequências. E distingue os mais de 85% de idosos
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saudáveis, autônomos e independentes – para os quais as diretrizes são as do
envelhecimento ativo – do grupo que mais precisa de apoio, os que são
dependentes física, psicológica e socialmente: esses são os mais vulneráveis a
todas as formas de violência.
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que se apoiam em documentos oficiais internacionais e aprofundam questões
nacionais. Pela sua importância, alguns deles são mencionados a seguir.
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propostas de ação, o que foi feito, no Brasil, pela ação concertada entre o Ministério
da Saúde, a Organização Pan Americana de Saúde e o Claves (2005).
Dois anos após a Assembleia Mundial de Saúde em 1996 dar o alerta sobre a
gravidade da violência na Região das Américas, o Ministério da Saúde do Brasil,
instituiu um grupo de trabalho composto por pesquisadores, profissionais dos
serviços e representantes da sociedade civil, com a finalidade de formular uma
política nacional sobre o tema. Diagnosticadas, analisadas, debatidas e formuladas
as questões consideradas mais relevantes, o grupo apresentou uma formulação
provisória da referida política num grande seminário nacional, do qual
participaram profissionais dos serviços, gestores, pesquisadores, militantes de
ONG e outros. Só a partir de então se consolidou o documento. Embora essa
consolidação tenha sido lenta e tenha ficado pronta apenas em 1999, o movimento
para sua homologação e implantação atravessou longos e difíceis caminhos e
descaminhos de ingerência política. O foco maior de resistência ao documento
eram as ideias tradicionais, segundo as quais, a violência não deveria ser
considerada um problema de saúde e sim de segurança pública. Ao fim e ao cabo,
prevaleceu o empenho dos que haviam participado do processo de construção do
documento com apoio dos mais diferentes órgãos e setores, inclusive do Conselho
Nacional de Saúde, apoiando-se no apelo do documento da Assembleia Mundial de
1996 que encarecia aos estados que fizessem planos de atuação frente ao
problema. Uma portaria de homologação ministerial foi publicada em 16 de maio
de 2001, oficializando o texto nominado Política Nacional de Redução da
Morbimortalidade por Acidentes e Violências (PNRMAV). É importante ressaltar
que a iniciativa brasileira foi oficializada um ano antes que a OMS (2002) tivesse
lançado o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde (2002).
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Um dos passos mais importantes para a implementação da PNRMAV foi a
formulação de um Plano de Ação que faz parte da operacionalização da Política
Nacional de Promoção da Saúde. O processo de sua construção também envolveu
muitos atores governamentais e não governamentais, pesquisadores, gestores e
profissionais que atuam na assistência. Oficializado pela portaria 936 de
18/05/2004 do Ministério da Saúde, o Plano dispõe sobre a estruturação da Rede
Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde e sobre a Implantação e
Implementação de Núcleos de Prevenção à Violência em Estados e Municípios. Para
sua efetivação, foram traçadas algumas estratégias atualmente em vigência: o
programa VIVA; a Rede de Núcleos de Prevenção da Violência; o Programa de
Redução de Acidentes no Trânsito; e a Formação de Gestores e Profissionais dos
Serviços.
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O investimento na formação dos profissionais para atuarem na promoção da vida,
prevenção da violência e cultura da paz vem ocorrendo numa atuação conjunta do
Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde e da Secretaria
de Assistência em Saúde - SAS em parceria com secretários estaduais e municipais
de saúde, por meio de várias estratégias: seminários e cursos presenciais,
encontros dos profissionais que compõem os núcleos e, principalmente, por meio
de cursos à distância (EAD) em convênio com o Claves/Ensp da Fundação Oswaldo
Cruz. Essa última iniciativa denominada "Impactos da violência na saúde", tem duas
vertentes, gestão do problema e atenção às vítimas, capacitou cerca de 3000
profissionais que atuam localmente em seus municípios e estados. Outro curso a
distância realizado com apoio do Ministério da Saúde, a partir das áreas técnicas
do homem e da mulher é "Atenção a homens e mulheres em situação de violência
por parceiros íntimos", realizado pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade
Federal de Santa Catarina. Há ainda cursos presenciais oferecidos nos mais
diferentes locais do país e, pela sua continuidade histórica e relevância, citam-se o
mestrado e o doutorado temático, oferecido pelo Claves nas últimas duas décadas.
Pouco a pouco, as secretarias de saúde dos municípios e dos estados têm incluído a
violência em suas pautas de discussão coletiva. Em 1998, o Conselho Nacional dos
Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), com assessoria do Claves e em
parceria com Unicef e Unesco, instituiu um plano de ação de prevenção da
violência contra crianças e adolescentes. Esse plano ofereceu orientações gerais
para o conjunto dos municípios e propôs metas de ação que visavam,
particularmente, a interiorização dos cuidados às vítimas de violência no sistema
de atenção à saúde (CONASEMS, 1998). No entanto, esse Plano nunca foi avaliado e
não se sabe, efetivamente, que benefícios ele trouxe à população alvo. Mas, é fato
que nos últimos 18 anos, desde que o CONASEMS se integrou à Rede Gandhi
(www.gandhiinaction.ning.com), os secretários de saúde são convidados a se
inserir em propostas que visam a cultura da paz e a discussão sobre prevenção da
violência e a discussão sobre o tema passou a compor a agenda de todos os seus
Congressos.
Bem mais tarde, em 2008, o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde
(CONASS) lançou o documento Violência, uma Epidemia Silenciosa (CONASS,
2008), buscando interiorizar o tema nas agendas dos estados, tornando-o objeto
de seminários e oficinas de debate e oficializando-o em seu V Congresso. A partir
de um diagnóstico do problema, o texto apontou seis áreas para atuação das
Secretarias Estaduais de Saúde: vigilância, prevenção e promoção (incluindo
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participação comunitária e comunicação social), organização da assistência,
pesquisa, formação e educação permanente e legislação. O foco é a cultura de paz e
o investimento nos profissionais de saúde que atuam no atendimento às vitimas
de violência, tanto nas grandes cidades como nos municípios mais longínquos das
fronteiras ou do interior do país.
Outros avanços podem ser observados também na área de Saúde Mental, que
passou a discutir a inserção do atendimento às mulheres, crianças e adolescentes
em situação de violência nos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS); no campo da
Saúde do Adolescente e do Jovem, apoiando atividades de protagonismo juvenil
para prevenção das violências; assim como nas áreas de Saúde do Idoso, do
Portador de Deficiência, da população LGBT, da população em situação de rua e da
população carcerária.
Durante toda a primeira década deste século, o Ministério da Saúde lançou várias
normas técnicas, como as que tratam do atendimento aos agravos decorrentes da
violência sexual; da anticoncepção de emergência nos casos de violência sexual
contra mulheres e adolescentes e da atenção humanizada às situações da
interrupção da gravidez prevista em lei. Todos esses documentos se encontram na
página web do Ministério da Saúde.
Sobre o estado atual de incorporação da PNRMAV pelo SUS, quase não há estudos
de cunho nacionais e, sim, algumas avaliações parciais financiadas pelo Ministério
da Saúde. Por ser a única que abrange as sete diretrizes da PNRMAV e foi realizada
no intervalo de tempo recoberto por esta revisão alguns pontos são a seguir
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assinalados (Minayo & Deslandes, 2009). As diretrizes da Política são: (1)
promoção da adoção de comportamentos e ambientes seguros e saudáveis; (2)
monitoramento da ocorrência de acidentes e violências; (3) sistematização,
ampliação e consolidação do atendimento pré-hospitalar; (4) incremento de
formas de assistência multiprofissionais às vítimas de violência e acidentes; (5)
estruturação e consolidação dos serviços de recuperação e reabilitação; (6)
investimento na capacitação de recursos humanos, e (7) em estudos e pesquisas
sobre as práticas nos três níveis federativos, principalmente, no âmbito local.
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que um caso de violência ou de acidente envolve sugere a necessidade de uma
atenção mais abrangente e multiprofissional e que ultrapasse a atenção clínica.
“Prevenir” é um dos termos mais caros ao vocabulário do setor saúde que encampa
o fenômeno da violência com um olhar de cuidado e proteção às pessoas, em busca
de superação tanto das causas como das consequências dos agravos. Portanto, se
de um lado, a área atua junto com a segurança pública e social num trabalho
conjunto que envolve compartilhamento de informações e projetos, de outro, ela
possui um nicho do qual não pode abrir mão. Conforme as diretrizes da Política
Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências (2001) cabe
ao setor: (1) organizar e melhorar a qualidade dos dados tanto relacionados aos
óbitos quanto às lesões e traumas, os principais grupos de risco e as populações
mais vulneráveis e, na medida do possível, mostrar a magnitude das formas menos
visíveis de agressões, abusos e maus tratos. (2) Internalizar no SUS normas e
regulação de prevenção dos agravos definidos e conceituados como expressões de
violência, transformando a política em planos nacionais e locais de ação. (3)
Formar pessoas capazes de diagnosticar, prevenir e tratar os traumas e lesões
provenientes da violência que impactam a saúde. (4) Articular-se
intersetorialmente com as outras áreas, particularmente, as de segurança publica,
social e de direitos, em busca da pacificação, da inclusão e da coesão social. (6)
Investir em avaliações que demonstrem a eficácia das ações propostas pelo setor e
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a correção de rumos quando necessário. (7) Promover estudos e pesquisas que
possam evidenciar os mais diversos problemas, contribuir para o desempenho do
setor, subsidiar a formação dos profissionais e articula-lo interdisciplinar e
intersetorialmente.
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