O documento discute a "Cabala Eleitoral" no Brasil da Primeira República, onde coronéis prometiam cargos e benefícios em troca de votos. Apesar disso, um homem mencionado em uma música rejeita as promessas vazias de um coronel, reconhecendo que ele não entregaria nada. O documento também discute como o clientelismo e mandonismo substituíram o coronelismo em áreas mais urbanas, à medida que a modernização chegava.
O documento discute a "Cabala Eleitoral" no Brasil da Primeira República, onde coronéis prometiam cargos e benefícios em troca de votos. Apesar disso, um homem mencionado em uma música rejeita as promessas vazias de um coronel, reconhecendo que ele não entregaria nada. O documento também discute como o clientelismo e mandonismo substituíram o coronelismo em áreas mais urbanas, à medida que a modernização chegava.
O documento discute a "Cabala Eleitoral" no Brasil da Primeira República, onde coronéis prometiam cargos e benefícios em troca de votos. Apesar disso, um homem mencionado em uma música rejeita as promessas vazias de um coronel, reconhecendo que ele não entregaria nada. O documento também discute como o clientelismo e mandonismo substituíram o coronelismo em áreas mais urbanas, à medida que a modernização chegava.
A Cabala eleitoral tem um significado profundo. A história em prosa cantada
conta de um coronel pedindo voto para um homem, o coronel ele promete cargo, roupas, cavalos e dinheiro. O homem que percebe a situação ele rejeita do ato de votar já que observa as promessas vazias do coronel. Porque um coronel, que no período da primeira república procura por eleitores e pede votos?
Um coronel precisaria de votos para ter favores do político que apoia,
caso ganhe. Isso é crucial para a manutenção de seu próprio poder, tendo pessoas de sua confiança e seus inimigos da forma mais benéfica para si. Mas apenas a manutenção de poder do coronel abrangeria a música?
Não, mesmo que a música enfoca nos coronéis, já que a industrialização
e modernização no Brasil é lentamente disseminada. Em áreas mais urbanas a venda de seus votos não haveria necessidade de coronéis, apenas famílias poderosas poderiam muito bem cumprir essa função. Isso entraríamos no clientelismo que não dependem de poderes de coronéis e sendo famílias ricas que vendem seus votos a quem pagar mais ou der as melhores vantagens. E se não for assim? Então temos o mandonismo, que é em prática famílias mandando em quem votar, pois os mesmos acham mais vantajoso tal individuo, ou outro indivíduo. Tanto o clientelismo e o mandonismo são bem diferentes em suas abordagens, no clientelismo tem seus altos e baixos mas se mantém além do coronelismo, o mandonismo é algo mais comum em áreas em que o acesso aos direitos básicos são reduzidos então tem um processo decrescente. Enquanto o clientelismo tenta por itens, comida e roupas no mandonismo é na força. Essa força seria o uso de seu poder para obrigar o indivíduo a fazer o que ordena, por bem ou mal. Tudo bem, explicado de forma não muito boa, mas resumida a forma, mas ainda não resolvemos o problema, por que fazem isso? Apenas por favores? Existem outros apontamentos, o governo não interferir na região, se você mantém os políticos que você deseja e assim em uma escala sucessiva, você controla a região em que vive, já que tem mais aliados do seu lado que inimigos, podendo retaliar e ‘’degolar’’ seus opositores com o apoio do governo. Isso ironicamente aumenta o poder de influência do governo enquanto reduz a dos coronéis. Mas, e o possível eleitor incluso na música?
Esse eleitor tem uma história pessoal, já apresentando que o contato
dos coronéis não é incomum para pedir votos, ele compreende até certa medida que são apenas promessas vagas e não está a entregar devidamente nada. No primeiro momento que o coronel puder, ele vai voltar atrás e dizer sem nenhum pudor que nada prometeu. Se o coronel entregasse de imediato algo para ele seria problemático, já que os apoiadores conseguem ver em quem ele votou nesse momento (caso estivessem na hora da contagem de votos na qual mostravam para coronéis) então não poderia enganar o coronel e também o mesmo poderia ser rechaçado aqueles contrários aos interesses desse coronel.
CARVALHO, José Murilo De. Mandonismo, Coronelismo e Clientelismo - Uma Discussão Conceitual. In-CARVALHO, José Murilo De. Pontos e Bordados. Belo Horizonte. Ed. UFMG, 1998