Guilherme Kakimori Perisato, Unioeste, História 2º Noturno
Marcuse
Introdução ao pensamento de Marx, seu enfoque inicial é o
esclarecimento do domínio de Bonaparte cujo o mesmo é ditatorial, essa característica envolta de um líder carismático, o fim das divisões da burguesia e enfraquecimento da luta do proletariado. Já que o controle não permite, utilizando o cenário do século XX ao analisar os governos autoritários, mas ao mesmo tempo, Marcuse analisa que foi similar no século XIX com Bonaparte.
O fortalecimento da burguesia da burguesia através do autoritarismo.
No terceiro parágrafo cita Marx, mas o destaque está na compreensão
da burguesia sobre suas armas e criações, enquanto o aspecto progressista lutava pela igualdade, abdicando da dominação clássica.
Essa inversão se deve pela impossibilidade de manter a sua forma de
vida conservadora. Dando amplitude pelos efeitos de sua renovação política, o modo de produção e social são profundamente afetados pelos novos ideais políticos. Ideais que não representam, em grande parcela, a burguesia no momento. A burguesia tenta se desvincular-se do social daqueles contrários à sua perspectiva, limitando e restringindo a igualdade e liberdade.
Na análise marxista, Bonaparte utiliza o povo das pequenas massas
camponesas para chegar ao poder, o mesmo não acaba com a miséria mas cria um inimigo em comum, a burguesia que deve ser subserviente.
Observa o conformismo das massas quando perde seu sulfrágio e os
problemas da sua exclusão das decisões, tendo efeitos negativos aos mesmos. Dá-se a necessidade de chegar ao poder de forma imediata.
A crise dos partidos e a necessidade de apoio, ‘’luta das máscaras’’.
As mudanças das relações e aprendizagens. Enquanto a classe dominante
aprende a dominar, as lutas de classe se modificam em escala mais ampla. Os padres, os proprietários industriais e até nações tentam criar uma unidade contra um inimigo em comum. Os partidos vão se enfraquecendo ao longo desse processo, se tornando uma unidade para a manutenção das instituições já presentes.
A transformação radical fragmenta a razão, essa transformação radical é
da irracionalidade se convertendo a razão. Mecanismos de desconstruções para um olhar de dominação.
Karl Marx (Prefácio)
Ele começa lamentando do falecimento de seu amigo e continua a falar
sobre o ‘18 de Brumário’’ que escreveu em resposta ao mesmo e fez parte da revista ‘’A revolução’’. Nota-se o enfatizamento a sobre radicalização de um livreiro alemão, ser outrora totalmente contrário não é incomum, mas a forma que o nega que se torna mais intrigante. O livreiro vê como negativo a revista isso dá margem para se questionar se o mesmo odeia Marx ou se a ideia de uma revista com o título a revolução fosse vista com maus olhos, também pode-se pensar que seja o momento ou a qualidade do conteúdo que para o livreiro, estava defasado.
Deixando isso de lado, Marx critica o culto ao líder e a mistificação do
indivíduo. O mesmo não busca analisar as ações de Bonaparte ou do próprio golpe, mas as condições para tal, analisando o proletariado francês que instigou a tomada ao poder por Bonaparte. Sua critia a Hugo e Proudon se caracteriza que ao invés de tentar compreender o processo, criam inversamente uma imagem mais única de Bonaparte, deixando-o mais singular para a história.
Posteriormente apresenta a desmitificação de Bonaparte, a partir de
vários mecanismos, inclusive o humor, algo que não foi devidamente entendido pelo cenário mundial. Tratando por fim, que não são os grandes líderes ou a classe burguesa que decide, mas o proletário que faz com que os mesmos líderes necessitem deles e com esse cenário deturpado, no qual apenas os ricos e poderosos decidem, renegando o direito das massas sobre leis e afirmações decorridas dos burgueses e acima. Surgem pessoas deturpadas no poder como Napoleão. Capítulo I
Além da comparação do grande Bonaparte e o pequeno
Bonaparte, Marx observa a forma da transformação social e política. Essa transformação que também é histórica, se deve a capacidade do indivíduo de criar, mas sob condições não criadas pelo mesmo. O golpe de Bonaparte tenta criar para si semelhanças para legitimar o próprio golpe, mas quando acaba o processo cognitivo de comparação, isto é, quando a farsa não consegue mais se ocultar, esses ideais distorcidos que estavam sob uma imagem glorificadora se revelam, trazendo problemas sociais e culturais. A burguesia e o proletariado perdendo a capacidade de opinar sob as ações do governante, acabam sendo reprimidos e nenhuma classe sendo satisfeita. Contudo mesmo antes do golpe, a burguesia tentava de todo modo, controlar o proletariado através do conformismo, corroborando que jamais tinham interesses nas camadas populares, e logo se apoiando em outros partidos ou até unificando com outros partidos. Essas derrocadas e a crise política e social acaba por agravar o cenário como totalidade.