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MANIFESTO COMUNISTA

Guilherme Willyams Tibúrcio Melo


UESPI – Universidade Estadual do Piauí
guilhermewillyamstiburciomelo@aluno.uespi.br

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo Editorial,
1998.

O manifesto surge num contexto de expansão da perseguição ao espectro


comunista, sendo conhecido como uma grande potência no território europeu,
objetivando levar a ideologia do partido comunista, o manifesto explora alguns eixos
dentro da sociedade, conceituando e explanando os ideais comunistas, essa obra foi
escrita por Karl Marx, e foi traduzida e formatada de modo a ter um fácil entendimento
pelo leitor.
Ao analisar as sociedades e sua estruturação, Marx observa que a maioria se
funda na forma de estamentos, relacionados a diferentes posições sociais, que são
classificadas objetivamente pelo poderio econômico de cada um, mesmo com o
desuso do Feudalismo os antagonismos não se extinguiram, pelo contrário, foram
estabelecidas novas estruturas de classes, podendo serem diminuídas a burguesia e
proletariado. A burguesia cada vez mais ficava mais rica, com o acúmulo de capital,
oriundo da expansão das grandes industrias constituindo o mercado mundial, com a
inserção da América nas relações econômicas mundiais, e assim tem a instituição do
chamado Estado Moderno, que no manifesto é citado como “apenas uma comissão
que administra os negócios comuns do conjunto da classe burguesa”, deixando
evidente a submissão do poder estatal aos interesses privados da burguesia,
transformando assim o modo de pensar e agir dos indivíduos da sociedade, chegando
a retirar o véu sentimental que cobria as relações familiares, passando a serem pura
relação monetária, entretanto, a criação do Estado Moderno trouxe consigo a
instabilidade das relações englobando todas as esferas, e com a centralização do
poder e dos meios de produção a propriedade ficava retida em poucas mãos, criando
assim crises comerciais, resultantes da superprodução, interferindo diretamente nas
classes trabalhadoras, criando assim uma arma contra ela mesma: o proletariado. As
chamadas lutas de classes vão ter seu ponto de partida quando as crises de comercio
começarem a ser frequentes, influenciando diretamente nos salários dos proletários,

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surgindo assim as associações para unificar forças e promover revoltas, que acabou
sendo um ato que se propagou por diversas regiões.
Ao ser disseminada essa cultura de revoltas, buscando adquirir direitos e justiça
as classes trabalhadoras, temos ai a divisão dos partidos proletários e comunistas,
onde a principal diferenciação dos comunistas em relação aos demais partidos
proletários seria o desejo e enfatização de fazer prevalecer os interesses comuns de
todo o proletariado, independente da nacionalidade, e por sempre representarem em
seus movimentos e lutas contra a burguesia, os interesses do movimento em sua
totalidade. Observando isso, o Marx objetiva o comunismo como a formação do
proletariado em classe, a derrubada da dominação burguesa e a conquista do poder
político pelo proletariado, após isso quando somos inseridos no assunto da
propriedade privada, os comunistas resumem sua teoria como sendo a supressão da
propriedade privada, e essa teoria não abrange a propriedade do trabalhador ou da
pequena burguesia, visto que, estes já tiveram sua propriedade abolida pela indústria,
e busca suprimir somente a propriedade da burguesia exploradora da classe operária.
Quando transformar-se o capital em propriedade coletiva, então não é propriedade
pessoal que se transforma em coletiva, transforma-se apenas o caráter social da
propriedade, perdendo seu caráter de classe, porém, o comunismo não tira o poder
de apropriar-se de produtos sociais, ele apenas tira o poder de subjugar trabalho
alheio mediante essa apropriação.
Sendo assim, autores que contemplam o comunismo, buscam estabelecer
certas metas para a instauração de um novo Estado onde o proletariado é o
dominante, visando transformar as formas de produção e trabalho na sociedade.

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