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Privacidade, ética e informação nas relações pessoais e

comerciais modernas.

De acordo com Morais e Jorge, o artigo 5 da Constituição da República

Federativa do Brasil consagra um vasto rol de direitos e garantias

fundamentais, os quais possuem máxima proteção, sendo vedada qualquer

possibilidade de violá-los, dentre os quais insere-se o direito à

privacidade, que, no contexto atual da sociedade, denota-se uma crescente

afronta a este direito, seja por vários recursos tecnológicos que estão

surgindo, seja por ineficiência dos órgãos públicos. Para Ramos , o direito à

privacidade desdobra-se no direito à intimidade, à vida privada, à honra e à

imagem. Segundo Pilati e Olivo apud Franklin , atualmente vive-se a constante

desfiguração do direito à privacidade. A privacidade se tornou uma moeda de

troca que constantemente se utiliza em nome de conveniências e facilidades.

De acordo com Mendes , a utilização massiva de dados pessoais por

organismos estatais e privados, a partir de avançadas tecnologias da

informação, apresenta novos desafios ao direito à privacidade. Deste

modo, observa-se que em regra a violação a um dos direitos fundamentais à

privacidade estará sempre vinculada a uma ofensa à dignidade da pessoa

humana. Toma-se, pois, a privacidade como o conjunto de informações acerca

do indivíduo que ele pode decidir manter sob seu exclusivo controle, ou

comunicar, decidindo a quem, quando, onde e em que condições, sem a isso

poder ser legalmente sujeito. França e França , completam afirmando que o


direito à privacidade não protege o cidadão apenas contra o Estado, mas

também contra as ingerências abusivas de outros cidadãos na esfera que se

procura assegurar com esse preceito constitucional.

Neste contexto, o objetivo primordial deste estudo é discutir e apresentar ao

público leitor a grande invasão de privacidade ocorrida nos dias atuais pelo

crescimento constante dos meios de informação, seja por vários recursos

tecnológicos que estão surgindo, seja por ineficiência da fiscalização na

atuação dos órgãos públicos.

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