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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CURSO

MÓDULO 1
* Leitura e Interpretação de desenhos técnicos

MÓDULO 2
* Elétrica com aplicação em ferramentas

MÓDULO 3
* Identificação de modelos
* Montagem e desmontagem de ferramentas
* Análise e diagnostico de defeitos
* Análise de desgaste das peças
* Montagem de orçamento para cliente

MÓDULO 4
* Troca de peças defeituosas
* Reparo elétrico e mecânico
* Manutenção Corretiva e preventiva

MÓDULO 5
* Como conseguir peças de reposição
* Ficha cadastral
* Análise de garantia
MÓDULO 1 | Leitura e Interpretação de desenhos técnicos

A leitura e interpretação de desenhos técnicos é importante


para que o mecânico consiga identificar:
 a posição das peças
 a sequência de montagem
 lado correto da montagem da peça
 posicionamento
 verificação de códigos
Em alguns casos raros em que o cliente traz a máquina
desmontada, poderá ser um desafio identificar a sequencia
lógica de montagem se não tiver experiência com aquele
tipo de máquina.
Outro ponto também é que de tempos em tempos
as fabricantes atualizam as peças de
determinada ferramenta elétrica, o que faz com
que um mesmo modelo apresente peças
diferentes da versão anterior.
Um exemplo disso é a furadeira da marca Bosch
GSB13RE. Esse modelo de furadeira
considerado uma das mais vendidas do mundo e
possui versões diferentes do mesmo modelo.
Porém quando isso acontece, muda-se o formato,
tamanho, potência, etc..., de algumas peças que
só conseguimos identificar por meio do desenho
técnico disponibilizado pelo fabricante ou pela
experiência adquirida.

FURADEIRA BOSCH MODELO GSB13RE COM VERSÕES EM 650 E 600


WATTS

GSB13RE 650 watts


GSB 13RE 600 watts
É muito vantajoso e prático para o mecânico de
manutenção, ter a sua disposição o desenho técnico
atualizado da ferramenta que irá montar.
Algumas pequenas dúvidas podem ser sanadas com
rapidez dando-se uma breve olhada na sequência de
montagem, o que de outra maneira, levaria mais tempo por
tentativas de erros e acertos, para se conseguir identificar os
defeitos.
Com o passar do tempo o mecânico pode pedir autorização
para os fabricantes de determinadas marcas para prestar um
serviço autorizado em nome da empresa de interesse.
Isso é bom para o fabricante que aumenta o seu leque de
opções de serviços de assistência técnica e bom para o
mecânico de manutenção que passa a receber desenhos
técnicos, especificações e atualizações de peças
diretamente do fabricante.
Erros de montagem também são evitados, uma vez que
algumas peças possuem um pequeno rebaixo que a
diferencia entre lado esquerdo e direito, parte interna ou
externa, etc...
No exemplo abaixo você confere a vista explodida de um
desenho técnico de uma furadeira da marca Makita, modelo
HP1640/220V:
Os números ao lado das peças são chamados de
posições (3) e servem para que possamos localizar o
código das peças (3) 188611-2 junto ao fabricante e
passa-los a revenda de peças:
Assim, ao fazermos o pedido de peças
indicamos o código, a posição e a quantidade
que desejamos para obter o orçamento.
MÓDULO 2
* Elétrica com aplicação em ferramentas

A eletricidade aplicada a ferramentas elétricas pode ser mais


fácil de entender do que muitos imaginam. Como nosso
curso é prático e objetivo, vamos direto ao ponto. Observe o
desenho abaixo:

8
,
1
, 4
5

7
2 6
,
3
,

Conforme a ilustração acima, observe que:

(1) o fio vermelho sai da caixa de disjuntor conhecido como


FASE
(2) e alimenta um lado da tomada
(3) que alimenta um pino do PLUGUE
(4) e que sobe pelo cabo até a furadeira
(5) e depois volta até
(6) o pino do plugue pelo cabo
(7) passa pela tomada
(8) voltando para o disjuntor

A ideia básica é que a energia passa pelo fio vermelho


levando a energia elétrica ativa chamada de fase até as
peças elétricas internas da furadeira e depois de completar o
circuito volta pelo outro fio azul como energia neutra para a
caixa de disjuntor. O processo será sempre o mesmo, nunca
muda. Veja a figura abaixo:

Veja que neste exemplo para ficar fácil de entendermos, o


fio vermelho que irá energizar a furadeira está interrompido
impedindo o funcionamento da furadeira.
Quando o interruptor for pressionado, fecha-se o circuito, a
energia passa pelo fio vermelho e pela furadeira retornando
para o disjuntor através do fio azul.

Mesmo que você receba, por exemplo, uma ferramenta que


tenha um interruptor, um controlador de velocidade e um
comutador, não se assuste, tente entender o caminho da
eletricidade. No final das contas a energia apenas é
desviada e interrompida uma ou mais vezes aguardado a
liberação para o funcionamento eletromecânico da
ferramenta, mas no final, ela deverá completar o circuito do
mesmo jeito. Com o passar do tempo, você identificará
facilmente o circuito elétrico sem maiores complicações.

VEJA OUTRO EXEMPLO ABAIXO:

que
MÓDULO 3
* Identificação de modelos
* Montagem e desmontagem de ferramentas
* Análise e diagnostico de defeitos
* Análise de desgaste das peças
* Montagem de orçamento para cliente

Para serem identificadas, as maquinas possuem algumas


especificações vejam alguns exemplos: Marca, modelo,
número de série, voltagem, número de watts, etc... Porém
para nós mecânicos, são pelo menos 3 características que
consideramos fundamentais e de grande importância para a
identificação do modelo a ser reparado, veja as figuras
abaixo:
MARCA: MAKITA

MODELO: HP1641

VOLTAGEM: 220V

Nº SÉRIE: 23365
Normalmente as ferramentas devem possuir essas
informações para a correta identificação da máquina.

Mas há ferramentas mais antigas ou que já foram


usadas durante um período de tempo e que agora
apresentam desgaste na placa de identificação ou até a
ausência da mesma, podem chegar na assistência.

Neste caso podemos recorrer a catálogos de maquinas


on line nos sites do fabricantes ou mesmo no Google
imagens e comparar os modelos ou enviar uma foto ou varias
fotos para o SAC da fabricante para pedir que determinem
qual o modelo da ferramenta e se ainda há peças.

HP1500 FORA DE LINHA

Outra maneira também é verificar o código interno de


algumas peças que poderão dar indicação do modelo.

Com o tempo e experiência alguns mecânicos


identificam a maioria das máquina apenas de olhar seu
formato e caraterísticas.
Montagem e desmontagem de ferramentas
Ao desmontar a ferramenta deve-se ter em mente alguns
pontos importantes:

 Ferramentas adequadas para a desmontagem


 Recipiente adequado para armazenagem das peças
elétricas
 Recipiente adequado para peças mecânicas (que
contenha graxa)
 Vista explodida das peças (se disponível)

A desmontagem de preferência pode ser feita em uma


sequencia lógica e com detida atenção na armazenagem
para que depois possa ser feita a montagem sem perda de
tempo por estar procurando peças que se perderam. A
própria vista explodida mostra essa sequência e é muito útil
em casos de montagem e desmontagem de marteletes.

Perceba no exemplo acima a linha de montagem.


* Montagem do orçamento para cliente | * Análise e
diagnostico de defeitos

Ao fazer a montagem do orçamento para o cliente deve-se


ter em mente que há duas formas de se fazer isso:

CONSERTO E REVISÃO.

O CONSERTO repara o dano imediato que impede o


funcionamento da máquina, por exemplo: Um rolamento
danificado, um interruptor, um par de escovas de carvão,
cabo elétrico, etc...

Já a REVISÃO é mais profunda, por que, analisa tudo o


que poderia estar danificado e/ou desgastado e que poderia
vir a dar defeito dentro do período de 3 meses de garantia.

O mecânico deve estar atento a isso, por que se outra


peça quebrar e não for a que foi consertada e/ou substituída,
poderia gerar reclamações por parte do consumidor.

Por isso é importante que o cliente esteja ciente e possa


decidir e de preferência por escrito se deseja apenas o
conserto ou a revisão completa.

Após apresentar a revisão e o conserto e o cliente


decidir apenas pelo conserto e de forma expressa e por
escrito, dificilmente haverá reclamações justificadas, caso a
ferramenta venha a apresentar outros defeitos diferentes do
que foi consertado.
Além disso, um serviço prestado com excelência e de
maneira completa garante a confiabilidade do serviço por
mais tempo, fidelizando o cliente que estará satisfeito com o
serviço.

Não há nada mais frustrante para o cliente que acabou


de retirar sua ferramenta da assistência técnica, ter de ver
seu serviço interrompido por que a máquina deu defeito
novamente.
Caso o cliente trabalhe por contrato ou com prazos
apertados e/ou só disponha de uma ferramenta, garantir seu
bom funcionamento logo de primeira é melhor do que
remediar depois. Assim, sempre que possível ofereça a
revisão.

MÓDULO 4
* Troca de peças defeituosas
* Reparo elétrico e mecânico
* Manutenção Corretiva e preventiva

Quando uma peça apresenta defeito por desgaste ela deve


ser substituída.

Porém faz-se necessário discernir qual é a causa do


defeito da peça. Embora possa atribuir uso forçado por parte
do operador, o desgaste das peças podem afetar o conjunto
como um todo.

Assim ao identificar uma peça com defeito, tente


entender o porque aquela peça deu defeito.
Será que foi superaquecimento, uso de acessórios
impróprios, uso em materiais diferentes do que foi projetada
originalmente, a broca estava cega, o disco não era para
madeira, foi usada em voltagem diferente da original.

Por exemplo, caso o cliente ligue uma máquina de


voltagem 127V em 220V, é provável que a maquina
queimará rapidamente.
Mas, se o cliente ligar uma máquina 220V em 127V a
máquina não queimará, mas, o motor irá superaquecer. Com
o tempo a ferramenta apresentará defeito e poderá ter o seu
material em algumas partes derretido devido ao
superaquecimento.
Outro exemplo é quando um induzido está raspando no
estator. Ao abrir a ferramenta e observar que o induzido está
queimado, qual foi o motivo: Rolamento folgado, amassado,
velho, trepidando, estator está com um lado em curto ou os
dois lados?

È importante descobrir o que causou o defeito na peça


ou peças, do contrário, você trocará uma peça com defeito
ou quebrada e ela voltará a quebrar.
Isso poderá acontecer porque você não identificou a
causa e sim o efeito aparente.
È muito comum esse tipo de problema quando vamos
dar manutenção em marteletes que trabalham com um
conjunto de peças mecânicas. Às vezes não basta trocar a
peça quebrada é preciso trocar todo o conjunto para que as
engrenagens possam funcionar suavemente.
Algo similar acontece quando uma pessoa vai trocar o
KIT RELAÇÂO de uma moto, que é composto por coroa
maior, coroa pequena/pinhão e corrente. Todo esse conjunto
trabalha e se desgasta junto, mas, se trocar apenas 1 ou 2
peças o conjunto inteiro apresentará mau funcionamento.

Normalmente ferramentas como as que são utilizadas


em marmorarias, acabam gerando mau funcionamento
principalmente devido ao desgate natural das peças visto
que se explora bastante a rotação da ferramenta em
serviços extremamente repetitivos e por que em muitos
casos são utilizadas juntamente com água. Nesses casos
aconselhamos sempre fazer a revisão.

Pode-se também incentivar o cliente a fazer manutenções


preventivas e corretivas. Na maioria dos casos ao fazer isso
evita-se que a maquina apresente dano ocasionado pelo
desgaste de uma ou mais peças.
Exemplo disso são os rolamentos que tendem a danificar ou
apresentar avarias com mais frequência visto que exige-se
muito mais dessa peça.

Outro ponto também é na questão da limpeza interna


onde muitos defeitos são ocasionados, simplesmente por
que o cliente não pratica limpeza e lubrificação periódica na
máquina.
Visto ter contatos elétricos, à ferramenta muitas vezes
apresenta zinabre/oxidação ou começo de ferrugem,
fazendo com que a energia não passe adequadamente
pelos conectores e fiação até o motor.
Se o lugar de trabalho da ferramenta é um local muito
úmido, pode ser que o cobre de um cabo inteiro esteja
oxidado devido à exposição constante a umidade.
Politizes que trabalham com materiais para polimento e
tem um custo geralmente elevado, faz-se necessário sua
manutenção preventiva e corretiva de tempos em tempos.
No caso de lixadeiras e serras tico tico em que se
trabalham com madeiras, junta-se muita fuligem que
ocasiona superaquecimento além de deixar pouco espaço
para o trabalho livre das peças mecânicas e elétricas.
O uso do desingripante ou antiferrugem após uma
limpeza, cria camadas modestas de proteção e ajuda a
evitar o ferrugem, zinabre e oxidação excessivos comuns
com o tempo.
Mas lembre-se de não aplicar muito desse liquido, visto
que ele é inflamável.
Use o desingripante sempre com a ferramenta desligada
e movimente as peças manualmente para não haver
explosões e riscos a sua saúde. Use mascara para não
inalar o produto.
Em alguns casos o cliente irá trazer a ferramenta até
você dizendo que parou de funcionar e quando você vai
fazer o teste na frente do cliente, acontece algo
impressionante: a ferramenta volta a funcionar.
Ao invés de devolver a ferramenta, pergunte para o
cliente se você pode fazer uma revisão.
Às vezes pode ser apenas um cabo partido ou rompido
e em outros casos pode ser que os conectores e/ou fio de
uma das bobinas do estator apresentou defeito e passou a
apresentar mau funcionamento devido contato ou esta
entrando em curto e quando devido o calor o cobre expande
ela para de funcionar.

MÓDULO 5
* Como conseguir peças de reposição
* Ficha cadastral
* Análise de garantia

Assim que a ferramenta chega na oficina deve-se fazer


um cadastro completo com os dados do cliente e depois os
dados da ferramenta.
Esse cadastro pode incluir informações tais como:
Nome completo do cliente, endereço completo, numero de
telefone e se tiver mais de um melhor, endereço de e-mail,
cpf e rg.
Veja no exemplo abaixo uma ficha cadastral. O arquivo
editável dela será disponibilizado juntamente com os vídeos
no pen drive ou dvd’s.
Dados da maquina: Qual é a ferramenta, voltagem da
ferramenta, modelo, número de série, marca, qual o tempo
de uso ou quantos anos de uso, já foi feita manutenção
anteriormente, é usado por uma ou mais pessoas, quais
acessórios a maquina possui, disco, broca, lixa, chave de
mandril, parafuso de centro, etc..., a maquina está com algum
defeito aparente na estética, como carcaça quebrada,
parafuso faltando, derretida, trincada, está ligando?
Qual o defeito que o cliente disse que ela apresentou?
Está dentro da garantia do fabricante? O cliente foi avisado
sobre a necessidade de deixar um sinal para a aprovação do
conserto? Esta ciente que caso não retire a ferramenta
dentro de um prazo razoável passará a incorrer cobrança
diária pela guarda da ferramenta? Após preenchido e
assinado pelo cliente, pode-se dar prosseguimento ao
processo de manutenção.
A garantia somente cobre defeitos de fabrica na linha de
produção da peça. Em geral a maioria dos fabricantes da 1
ano de garantia para o cliente.
Observe que esta garantia só é aplicada quando a
maquina vem com uma peça defeituosa e não quando o
cliente faz uso incorreto da ferramenta ou a mesma
apresente desgaste devido ao uso e aplicação de força.
O mesmo se dá para a garantia legal de 3 meses em
que o mecânico faz o conserto.

Caso o cliente faça uso forçado além do que a


ferramenta aguenta e/ou venha a danificar outras peças que
não são as que foram consertadas, a garantia não cobre
esse tipo de uso.

Por isso que é importante constar na OS- Ordem de


serviço de saída o que foi feito e o que foi trocado e se o
cliente queria ou não a revisão no ato da OS de entrada.

Abaixo segue um exemplo de ficha cadastral e entrada:


Essa ficha será disponibilizada juntamente com o curso e/ou
enviada para o e-mail adastrado no site.
Para conseguir as peças de reposição, disponibilizamos
nosso site onde você poderá ir no fale conosco e solicitar a
vista explodida da maquina e orçamento de peças via e-mail
matekferramentas@gmail.com ou matekferramentaseletricas@gmail.com,
www.matekferramentas.com.br .

Depois disso, basta entrar no site e fazer a compra as


peças que deseja e o calcular o frete. Enviamos para todo o
Brasil.

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