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GOIÂNIA
2014
DANIEL WALLACE SILVA MUCI
JOSÉ RICARTO BEZERRA NETTO
RODRIGO DE ALMEIDA SILVA
GOIÂNIA
2014
DANIEL WALLACE SILVA MUCI
JOSÉ RICARTO BEZERRA NETTO
RODRIGO DE ALMEIDA SILVA
__________________________________________________________________________
Profª. Drª. Helena Carasek (Orientadora)
Universidade Federal de Goiás
__________________________________________________________________________
Prof. Dr. Renato R. Angelim (Examinador Interno)
Universidade Federal de Goiás
__________________________________________________________________________
Eng. Alex Mizael Martins (Examinador Interno)
Universidade Federal de Goiás
__________________________________________________________________________
Eng. Plínio F. Pires (Examinador Interno)
Universidade Federal de Goiás
Retribuímos, da mesma forma, felicitações uns aos outros (Daniel, José Ricarto
e Rodrigo) que fizeram parte desse projeto, que através da imensa protocooperação, nos
tornamos verdadeiros parceiros não só como profissionais da área, mas para a vida toda.
Figura 3. 11 – Classificação das fissuras nas alvenarias Eldridge (1982 apud LORDSLEEM
JR., 1997) ............................................................................................................................ 34
Figura 4. 3 – Tela metálica colocada por meio de fixação à pólvora (CARASEK 2012) ....... 40
Tabela 7. 15 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema
de recuperação “G” .............................................................................................................. 82
Tabela 7. 16 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema
de recuperação “H” .............................................................................................................. 83
Tabela 7. 17 – Quadro comparativo dos sistemas de recuperação ...................................... 92
3.1. FISSURA............................................................................................................... 17
3.1.1. Definição ....................................................................................................... 17
3.1.2. Fissuras com origem no revestimento de argamassa ............................... 18
3.1.3. Fissuras com origem na alvenaria de vedação .......................................... 21
3.2. PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES: OCORRÊNCIA DA FISSURAÇÃO ............ 23
3.3. CAUSAS DA FISSURAÇÃO DAS ALVENARIA DE VEDAÇÃO .......................... 26
3.3.1. Movimentação térmica ................................................................................. 26
3.3.2. Movimentação higroscópica ........................................................................ 28
3.3.3. Movimentos das fundações ......................................................................... 29
3.3.4. Deformação da estrutura ............................................................................. 30
3.4. CLASSIFICAÇÃO DAS FISSURAS ...................................................................... 31
3.4.1. Classificação das fissuras de acordo com a abertura ............................... 32
3.4.2. Classificação das fissuras de acordo com a atividade .............................. 32
3.4.3. Classificação das fissuras de acordo com a direção ................................ 33
4. PREVENÇÃO DE FISSURAS ...................................................................................... 34
4.1. LIGAÇÃO ENTRE ESTRUTURAS E ALVENARIA ............................................... 35
4.1.1. Encunhamento ou fixação da alvenaria ...................................................... 35
4.1.2. Ligação pilar alvenaria ................................................................................. 37
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3.1. FISSURA
3.1.1 Definição
1
CINCOTTO, M.A. Patologia das argamassas de revestimento: análise e recomendações. Tecnologia de
Edificações, n.1, p.7-12,
12, ago. 1984.
2
MEDEIROS, J.S.; SABBATINI, F.H. Estudos sobre a técnica executiva de revestimentos de argamassa sobre
paredes de alvenaria. In: INTERNATIONAL SEMINAR ON STRUCTURAL MASONRY FOR DEVELOPING COUNTRIES, COUNTRIES
5., Florianópolis, 1994. Proceedings.
Proceedings Florianópolis, UFSC/University of Edinburgh/ANTAC,
/ANTAC, 1994. p.594-607.
p.594
3
SABBATINI, F.H. Tecnologia
ecnologia de produção de revestimento. São Paulo, 1995./Notas de aula da disciplina de
pós graduação PCC-816 – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. Não impresso.
4
MEDEIROS, J.S.; SABBATINI, F.H. Estudos sobre a técnica executiva de revestimentos de argamassa sobre
paredes de alvenaria. In: INTERNATIONAL SEMINAR ON STRUCTURAL MASONRY FOR DEVELOPING COUNTRIES,
5., Florianópolis, 1994. Proceedings. Florianópolis, UFSC/University of Edinburgh/ANTAC, 1994. p.594-607.
p.594
5
SABBATINI, F.H. et al. Recomendações
Recomendações para execução de revestimentos de argamassas para paredes de
vedação e tetos. São Paulo, EPUSP-PCC,
EPUSP 1988. (Relatório CPqDCC n.20012 - EP/ENCOL-1).
EP/ENCOL
Segundo Sabbatini8 (1984 apud LORDLEEM JR., 1997) pode-se definir alvenaria
como sendo um componente complexo, utilizado na construção, e conformado em obra,
constituído por tijolos ou blocos, dimensionado a resistir unicamente aos esforços de
compressão, unidos entre si por juntas de argamassa formando um conjunto rígido e coeso,
tais que sejam normais aos esforços principais e não sendo dimensionada para resistir a
cargas além de seu peso próprio.
6
LOGEAIS, L. L’étanchéité a l’eau des façades lourdes. Deuxième partie.Paris, E.G., 1989. (Qualité
Construction).
7
SABBATINI, F.H. Tecnologia de produção de revestimento. São Paulo, 1995./Notas de aula da disciplina de
pós graduação PCC-816 – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. Não impresso.
8
SABBATINI, F.H. O processo construtivo de edifícios de alvenaria estrutural sílico-calcária. São Paulo, 1984.
298p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
9
LOGEAIS, L. L’étanchéité a l’eau des façades lourdes. Deuxième partie.Paris, E.G., 1989. (Qualité
Construction).
10
DAL MOLIN, D.C.C. Fissuras em estruturas de concreto armado: análise das manifestações típicas e
levantamento de casos ocorridos no estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1988. 220p. Dissertação
(Mestrado) - Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
11
LOGEAIS, L. L’étanchéité a l’eau des façades lourdes. Deuxième partie.Paris, E.G., 1989. (Qualité
Construction).
12
OVERSEAS BUILDING NOTE. Maintenance of low-cost buildings. Garston, n.200, Dec. 1993.
13
REYGAERTS, J. et al. Comment éviter les dégats.
dégats CSTC Revue,n.3, p.3-10,
10, sept. 1978.
Tabela 3.1 – Ocorrência de manifestações patológicas, Ioshimoto (1985, apud LORDSLEEM JR., 1997)
14
PEREZ, A.R. Umidade nas edificações. São Paulo, 1986. 271p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica,
Universidade de São Paulo.
15
IOSHIMOTO, E. Incidência de manifestações patológicas em edificações habitacionais. Tecnologia de
Edificações, n.2, p.109-12, ago. 1985.
Dal Molin16 (1988 apud LORDSLEEM JR., 1997) afirma que o cuidado na
execução dos serviços em uma obra aumenta com o grau de complexidade. Em casas
simples construção, muitas vezes a atuação mais rigorosa do engenheiro é dispensada,
sendo executadas pelo mestre de obras responsável. Esse tipo de situação possui uma
tendência maior no surgimento de problemas, como fissuras e trincas.
Nota-se que os resultados das pesquisas são semelhantes. O que varia são
apenas os objetivos de cada pesquisa, as variedades ambientais de cada lugar, e o
momento em que a pesquisa foi realizada. Entre as principais causas do aparecimento de
fissuras pode-se citar que, de acordo com as pesquisas citadas, são: movimentações de
origem higrotérmicas, recalque de fundações e deformações em estruturas de concreto
armado.
16
DAL MOLIN, D.C.C. Fissuras em estruturas de concreto armado: análise das manifestações típicas e
levantamento de casos ocorridos no estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1988. 220p. Dissertação
(Mestrado) - Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
17
FRANCO, L.S. et al. Desenvolvimento de um método construtivo de alvenaria de vedação de blocos de
concreto celular autoclavados. São Paulo, EPUSP-PCC, 1993. (Documento sobre a análise do sistema
construtivo SICAL (MSPET) - EP/SICAL-1)
Lordsleem Jr. (1997) afirma que a manifestação das fissuras pode decorrer de
movimentações térmicas e/ou higroscópicas. O diagnóstico de uma ou mais causas, se
18
FOUNDATIONS for low-rise buildings. BRE News, n.47, p.10-1, 1979.
torna complexo, pois as mesmas agem em conjunto, com formas de incidências muito
semelhantes.
19
BEALL, C. Masonry design and detailing for architects, engineers and builders. Austin, McGraw-Hill, 1987.
20
SABBATINI, F.H. Tecnologia de produção de revestimento. São Paulo, 1995./Notas de aula da disciplina de
pós graduação PCC-816 – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. Não impresso.
21
SABBATINI, F.H. O processo construtivo de edifícios de alvenaria estrutural sílico-calcária. São Paulo, 1984.
298p. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
A NBR 15575-2 (ABNT, 2013) classifica trincas como sendo as fissuras com
abertura maior ou igual a 0,6 mm.
22
BIDWEEL, T. G. The conservation of brick buildings, the repairs, alteration and restoration of old brickwork.
Londres: BDA, 1977.
• Vertical;
• Horizontal;
• Denteada;
• Diagonal ou em degraus.
23
DUARTE, R. B. Fissuras em alvenarias: causas principais, medidas preventivas e técnicas de recuperação.
Porto Alegre: CIENTEC, 1998. (Boletim técnico, 25).
24
ELDRIDGE, H. J. Common defects in buildings. London, Crown, 1982.
Figura 3.11 – Classificação das fissuras nas alvenarias Eldridge (1982 apud LORDSLEEM Jr, 1997)
4. PREVENÇÃO DE FISSURAS
Ripper (1984) afirma que devido à vasta experiência prática dos funcionários
atuantes nas obras, os mesmos acabam por negligenciar algumas etapas importantes de
execução, o que pode acarretar em possíveis patologias.
Carasek (2012) afirma que a fixação da alvenaria deve ser iniciada 30 dias após
o respaldo da alvenaria do último pavimento do grupo de 4 e após a elevação do 3º
pavimento acima deste ou o telhado executado, obedecendo um intervalo mínimo de 24
horas de uma fixação para outra, sendo executada no sentido de cima para baixo.
Diante disso, Sabbatini (1998) afirma que se a alvenaria estiver solidarizada com
a estrutura, seguramente ela exerce função de contraventamento e, portanto, se torna
elemento estrutural e para tal deve ser dimensionada. Logo se conclui que a alvenaria em
alguns casos não somente resiste ao seu peso próprio, mas também como os esforços
impostos pela própria deformação da estrutura e vice e versa. Portanto o dimensionamento
estrutural deve considerar o efeito de contraventamento das alvenarias. O grau de
contraventamento da alvenaria deve ser conhecido e equacionado, pois para um correto
25
Figura 4.1 – Encunhamento por meio
meio de tijolos cerâmicos maciços (ZULIAN; DONÁ; VARGAS , 2002 apud
MACHADO, 2011)
Conforme
orme dito anteriormente, para obter uma prevenção no que diz
di respeito a
fissuração, deve-se passar por métodos de bem planejar, projetar e construir. De nada
25
ZULIAN, C.S.;DONÁ,E.C.;VARGAS,C.L. Alvenaria.2002.17f.Notas
2002.17f.Notas de aula da disciplina construção
civil.Universidade Estadual de Ponta Grossa,Paraná,2002
• Projeto arquitetônico;
• Projeto estrutural;
• Projeto de instalações hidráulicas;
• Projeto de instalações elétricas;
• Projeto de impermeabilização;
• Projeto de esquadrias;
• Projeto de alvenaria;
• NR 18 – “Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção”
(norma regulamentadora do Ministério do Trabalho).
Diante disso, Carasek (2012) afirma que é muito importante que alguns
prazos sejam atendidos para o início da execução dos serviços, tais como: concretagem do
pavimento executada a mais de 45 dias, no mínimo 15 dias da retirada total do escoramento
da laje do pavimento a ser executada a alvenaria e do pavimento superior e chapisco
executado há mais de 3 dias e menos que 7 dias.
Figura 4.2 – Detalhe do conector de ancoragem tipo ferro-cabelo garantindo o contraventamento lateral (SOUZA
et al. , 1996)
Figura 4.3 – Tela metálica colocada por meio de fixação à pólvora (CARASEK 2012)
Figura 4.4 – Tela metálica colocada à base de argamassa de assentamento dos próprios blocos cerâmicos
através de bisnaga. (MEDEROS; FRANCO, 1999)
O ferro-cabelo deve ser chumbado nas faces pilares em dois furos feitos por
furadeira elétrica e broca de vídea de no mínimo 6 mm de diâmetro. A tela eletrosoldada
pode ser colocada através de pinos de fixação aplicados por meio de tiro, deve ser bem
fixada e não possuir curvatura, caso contrario, ela passa a trabalhar como mola e não
colabora na prevenção contra os destacamentos.
Tabela 4.1 - Resumo comparativo entre a tela metálica eletrosoldada galvanizada e o “ferro cabelo” quanto ao
seu desempenho (MEDEIROS; FRANCO,1999)
Tabela 4.3 - Resumo comparativo entre a tela metálica eletrosoldada galvanizada e o “ferro cabelo” quanto as
etapas de ancoragem (MEDEIROS; FRANCO,1999)
5.1.1 Base
5.1.3 Dessolidarização
1) Telas de aço;
2) Telas de poliéster;
3) Tela de fibra de vidro;
4) Tela de polipropileno;
5) Véus de poliéster;
6) Véus de fibra de vidro.
Figura 5.3 – Posicionamento das telas metálicas na camada de recuperação (SILVA 1998)
Esta camada será a última, conferindo então a tonalidade, textura, entre outros
aspectos visuais semelhantes com as demais do pano, podendo ser utilizado os
revestimentos anteriormente retirados. As diferenças de tonalidades desta camada e do
revestimento anterior devem ser extintas com um sistema de pintura adequado, não muito
raro se utiliza a pintura em todo o pano, evitando a diferença de coloração entre a camada
de acabamento e as demais.
6. RECUPERAÇÃO DE FISSURAS
26
UEMOTO, K. L. Projeto, execução e inspeção de pinturas. São Paulo: O Nome da Rosa, 2002.
fissuras inativas são de fácil recuperação e/ou controle, em contrapartida as fissuras ativas
são de difícil recuperação e exigem bastante da camada de recuperação, fazendo com que
essa seja flexível ao ponto de absorver toda deformação proporcionada pela movimentação
da base.
O tratamento terá mais uma incógnita devido à amplitude da fissura, obedecendo
à nomenclatura da tabela 3.2 – Classificação quanto à abertura, de acordo com a NBR 9575
(ABNT, 2010) citada na seção 3.4.1. A amplitude de uma fissura viabiliza o uso de certos
tratamentos por serem mais econômicos e/ou de fácil aplicabilidade.
1) Abertura da fissura em forma de “v”. Este sulco pode ser feito por meio do auxílio
de abridor de fissuras comumente chamada de “abre trincas” e a suas
dimensões são feitas de acordo com a especificação do fabricante do selante
acrílico que preencherá o sulco;
2) Limpeza do sulco e aplicação de fundo preparador, de acordo com a orientação
do fabricante do material utilizado para preenchimento.
3) Preenchimento do sulco com material flexível, como o selante acrílico, massa
PVA ou acrílica aditivada com resina, em duas demãos (aguardar 24 horas entre
as demãos). Isso permite que a movimentação da fissura não seja percebida no
acabamento final;
4) Aplicar 02 demãos de tinta acrílica sobre o local da fissura, sobre o selante
acrílico, esperando intervalo de 06 horas entre as demãos (aplicar com pincel e
diluir conforme especificação do fabricante);
5) Proceder com o acabamento final.
A Tabela 6.1 apresenta os produtos utilizados e o consumo por metro linear para
uma faixa de 20 cm de largura para o sistema de tratamento denominado membrana acrílica
impermeável com estruturante (MAI) – Geotêxtil.
Tabela 6.1 – Relação de materiais e consumo por metro linear ME - 89 (QUIMICRYL, 2014 c)
Material Consumos/m linear com 20 cm de
largura
Polímero acrílico e flexível para 0,3 kg
impermeabilização (PAFI)
Estruturante Geotêxtil 0,2 m
Fita de Polipropileno (PP) – 5 cm de largura 1m
Tabela 6.2 – Relação de materiais e consumo por metro linear ME - 46 (QUIMICRYL, 2014 b)
Descrição Quantidade
Serra circular 1
Lixadeira circular 1
Pincel de 2” 1
Espátula de 4” 1
Talhadeira 1
Marreta 1
EPIs
Tabela 6.3 – Relação de materiais e consumo por metro linear ME – 46 (QUIMICRYL, 2014 b)
Tipo Consumo por metro linear
Selante acrílico reforçado com fibras 730 gramas
Argamassa flexível à base de acrílico 160 gramas
puro
Flexibilizante de sistemas 150 ml/ litro de massa corrida
Selador acrílico para pisos 10 ml
1) Corte do substrato
• Fazer um corte de 50 mm de largura por 10 mm de profundidade com auxílio
de serra circular ou lixadeira, fazendo com que a fissura fique centralizada;
• Fazer remoção do pó com pincel seco.
2) Imprimação com selador acrílico para piso
• Aplicar o selador acrílico para piso sem diluí-lo com utilização do pincel de 2”;
• Aguardar secagem (tempo mínimo: 30 minutos).
3) Tratamento da junta
• Aplicar o selante acrílico reforçado com fibras na região da junta, em duas
demãos, pressionando com a espátula nas bordas da junta. Na segunda
demão, preencher o restante da junta de forma a nivelar com a superfície do
revestimento de parede;
• Aguardar secagem mínima de 72 horas entre as demãos;
• O período ideal para aplicação do produto é pela manhã, pois a fissura tende
a se encontrar mais dilatada;
• O produto após a secagem retrai de 1 mm a 2 mm, deixando um rebaixo para
a próxima etapa.
4) Tratamento da junta
• Após 72 horas aplicar a argamassa flexível utilizando espátula na região
sobre o selante;
• Aguardar secagem por 24 horas para aplicação o acabamento final.
5) Acabamento final
• Aplicar massa corrida amolecida com flexibilizante de sistemas na proporção
150 ml por litro de massa corrida;
• Aguardar secagem e proceder com a pintura.
extraída, escolheu-se por apresentar essa terapia, mesmo não sendo voltada as fissuras
que este trabalho tem como foco.
Tabela 6.4 – Relação de materiais e consumo por metro linear ME - 39 (QUIMICRYL, 2014 a)
Tipo Consumo por metro linear
Selante acrílico reforçado com fibras 360 gramas
Argamassa flexível à base de acrílico 120 gramas
puro
Flexibilizante de sistemas (para 15 gramas
acabamento liso)
Selador acrílico para pisos 10 ml
1) Corte do substrato
• Fazer um corte de 50 mm de largura por 5 mm de profundidade com auxílio
de serra circular ou lixadeira, fazendo com que a fissura fique centralizada;
• Fazer remoção do pó com pincel seco e logo após executar imprimação;
• Se a profundidade for maior que a especificada (5 mm), deve-se corrigir com
argamassa colante ou polimérica.
2) Imprimação
3) Tratamento da junta
• O tratamento da junta deve ser realizado conforme descrito no sistema de
tratamento “E1”.
4) Tratamento da junta
• A segunda etapa do tratamento da junta segue o mesmo procedimento da
terapia realizada anteriormente, conforme a Figura 6.18.
5) Acabamento final
• Aplicar massa corrida acrílica aditivada na proporção de 10% em volume com
flexibilizante de sistemas;
• Aguardar secagem, lixar e realizar a pintura.
1) Remover uma faixa de 10 cm do reboco, tendo a trinca como centro desta faixa;
3) Seguir com a limpeza de toda poeira, graxa ou óleo presente nesta superfície. A
superfície deve apresentar-se seca durante a aplicação do selante;
4) Aplicar então, o primer para aumentar a aderência com a camada subsequente,
o mástique. Aguardar de 30 a 60 minutos e então aplicar o mástique de
poliuretano, aguardar 48h para a cura do poliuretano;
5) Aplicar a tela estruturante de PVC e poliéster de largura 10 cm com a trincha 4”,
e embebida em cola PVA , aplicando-a sobre a faixa de 10 cm;
6) Após a secagem da cola (período de 06 horas), aplicar o novo reboco sobre a
faixa removida, utilizar o traço de 1:8 e adicionar fibras de polipropileno e
adesivo a base de resina acrílica à argamassa nas proporções indicadas pelo
fabricante;
7) Executar a cura química do reboco com uma demão do adesivo acrílico, sem
diluição;
6) Selar toda a fissura com manta líquida para então receber o acabamento
decorativo.
1) Preparação da superfície
• Abrir fissura em forma de “V”, por meio do disco de corte, apresentando após
a abertura, profundidade e largura com a dimensão de 1 cm;
• Remover todo acabamento (massa acrílica e tinta) numa faixa de 20 cm em
torno da fissura deixando-a centralizada;
• Eliminar todo o pó da fissura e das faixas laterais por meio da utilização de
trincha de 2”.
6) Fundo
• Caso o substrato não esteja coeso, aplicar fundo preparador e aguardar o
tempo de secagem de acordo com especificação do fabricante;
• O fundo deverá ser aplicado com a utilização de trincha.
3) Tratamento da fissura
Este capítulo tem como propósito a apresentação dos resultados obtidos a partir
das pesquisas de custo de mão de obra e materiais envolvidos no tratamento das fissuras.
Os resultados serão apresentados em forma de tabelas e fluxogramas próprios de cada
sistema de tratamento apresentado.
A seguir serão apresentadas tabelas 7.1 a 7.8 referentes aos custos de materiais
envolvidos em cada sistema estudado.
Tabela 7.1 – Custo dos materiais para tratamento por metro linear de fissura- sistema de recuperação “A”
SISTEMA DE TRATAMENTO A (consumo unitário por metro linear)
MATERIAIS UN NOME COM. QUANT. EMBALADA P. EMBAL. (R$) CONS. P. U. (R$)
Fundo
L Metalatex 18,00 183,90 0,01 0,14
preparador
de paredes L Coral 18,00 292,90 0,01 0,23
Selante L TYTAN 0,30 16,90 0,20 11,27
acrílico L Sikacryl 0,30 15,90 0,20 10,60
Tinta L Glasurit 18,00 107,90 0,05 0,27
acrílica L Coral 18,00 109,90 0,05 0,27
Total 11,01
Tabela 7.2 – Custo dos materiais para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “B”
Tabela 7.3 – Custo dos materiais para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “C”
Tabela 7.4 – Custo dos materiais para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “D”
Tabela 7.5 – Custo dos materiais para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “E1”
Tabela 7.6 – Custo dos materiais para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “F”
L Protegi primer
Primer para
para mástique 0,90 105,00 0,00 0,38
mástique
L Sika primer br 0,28 59,39 0,00 0,70
L Akfix P 635 0,30 17,20 0,07 3,73
Selante de
Sikaflex
poliuretano L
construction 0,30 29,31 0,07 6,35
Tela m Vinitrinca 10,00 13,00 1,00 1,30
estruturante
de pvc e m
poliéster Viapol Mantex 5,00 10,79 1,00 2,16
Kg Mset cola taco 25,00 390,00 0,26 4,06
Cola PVA
Kg Dura floor 0,50 14,39 0,26 7,48
Argamassa
traço 1:8 (e: m²
1,5cm) SINAPI 1,50 15,97 0,10 1,06
Adesivo a Mset acrílico -
L
base de resina Bautech 12,00 95,00 0,06 0,44
acrílica Kg Baucryl 5000 10,00 21,27 0,26 0,55
Fibra de Polymassa
Kg
polipropileno antitrinca 0,10 4,95 0,00 0,14
Total 11,10
Tabela 7.7 – Custo dos materiais para tratamento por linear de fissura - sistema de recuperação “G”
Tabela 7.8 – Custo dos materiais para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “H”
Nas tabelas foram destacadas as células contendo o menor preço dentre dois
materiais similares utilizados em uma fase do tratamento e o valor do insumo que não tem
similar no mercado. A soma destes valores possibilitou a obtenção do custo total dos
materiais utilizados para tratar 1 m de fissura para cada sistema estudado.
Após obtenção das tabelas dos custos de materiais, percebe-se que há grande
variação dos custos dos materiais empregados em consequência do número de etapas
envolvidas no processo e da utilização de novas tecnologias que ainda não sofreram
acomodação de preço por serem pioneiras.
Dentre os sistemas citados, o “D” foi o que demonstrou menor preço dos
materiais, pois utiliza um número reduzido de insumos, os quais possuem um baixo custo
em relação aos utilizados nos demais sistemas.
Tabela 7.9 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “A”
Tabela 7.10 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “B”
Tabela 7.11 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “C”
Tabela 7.12 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “D”
Tabela 7.13 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “E1”
Tabela 7.14 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “F”
Tabela 7.15 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “G”
Tabela 7.16 – Custo de mão de obra para tratamento por metro linear de fissura - sistema de recuperação “H”
A partir dos dados das tabelas relativos ao preço da mão de obra para realização
dos sistemas de recuperação de fissuras, percebe-se que os sistemas “A” e “D” possuem os
menores custos de mão de obra, por necessitarem de menos etapas e por elas serem de
fácil execução em relação às demais.
Já os sistemas “C”, “F” e “H” apresentaram maiores gastos com mão de obra,
pois o número de etapas realizadas são maiores que as dos demais e o grau de dificuldade
exigem maiores habilidades dos funcionários que realizam o serviço.
O custo de mão de obra para cada metro linear de fissura tratada é de suma
importância na hora da escolha do sistema de recuperação a ser escolhido, assim como a
duração desse serviço. O valor da mão de obra pode sofrer variação significativa de acordo
com o local onde será feita a recuperação, visto que foi considerada a execução do serviço
em pavimento térreo em caso de fachada ou no interior de pavimentos superiores. A
necessidade de uso de “cadeirinhas” ou “balancins” acarreta em um maior gasto com
locação de equipamentos e movimentação dos operários.
Aguardar um intervalo de
Aplicar 1 demão de Fundo 04 horas para secagem Aplicar 1 demão de
Preparador de Paredes (t selante acrílico com
= 0,01 h) aplicador (t =0,05 h)
Aguardar um intervalo
mínimo de 24 horas
Aguardar um intervalo de
2 horas para secagem Aplicar fita plástica (t =
Regularizar a base com 0,05 h)
argamassa (t = 0,08 h)
Aguardar um intervalo de
Execução do 16 horas para secagem Aplicação do
revestimento de
acabamento final
argamassa (0,17 h)
‘
Eliminar o pó com auxílio
Remover da faixa de
da trincha (t =0,03 h)
revestimento uma largura
de 15 cm a (T= 0,25 h)
‘ Remover o acabamento
Limpar a região (0,03 h)
(t = 0,25 h)
Aguardar
25 minutos
Mergulhar o geotêxtil no
PAFI e fixá-lo na base a Aplicar última demão do
ser tratada (0,03 h) PAFI (0,05 h)
Aguardar um
intervalo de 72 horas
Aguardar um intervalo de
30 minutos para secagem Aplicar duas demãos de
Aplicar o selador acrílico selante acrílico reforçado
(t = 0,05 h) com fibras
(t = 0,17 h)
Aguardar intervalo de 72
horas entre as demãos e
mais 72 horas de
secagem
Eliminar o pó da fissura
aberta com auxílio de uma Aplicar uma demão de
trincha (t = 0,03 h) primer (t = 0,05 h)
Aguardar de 30 minutos
para secagem
Aplicar argamassa
Aplicar tela estruturante de aditivada com resina
pvc e poliéster acrílica e fibras
(t = 0,05 h) Aguardar um intervalo de (t = 0,17 h)
6 horas para secagem
Aguardar um intervalo de
16 horas para secagem
‘ Remover faixa de 10 cm
Abrir a fissura com “abre do acabamento
trincas” (t = 0,17 h) (t = 0,17 h)
Eliminar o pó da fissura
aberta com o auxílio da Aplicar uma demão de
trincha (t = 0,03 h) primer (t = 0,05 h)
Aguardar de 30 minutos
para secagem
‘ Remover faixa de 20 cm
Abertura da fissura com de acabamento
disco de corte (t = 0,17 h) (t = 0,25 h)
Aguardar intervalo de 4
horas para secagem
Aplicar camadas de
massa acrílica não
excedendo 3 mm
(t = 0,15 h)
Tabela 7.17
7 – Quadro
uadro comparativo dos sistemas de recuperação
Portanto, é preciso que cada cliente veja o que é mais relevante no momento da
aplicação dos produtos. Se há necessidade de aplicação em um intervalo de tempo
reduzido, o sistema “C” se torna o mais viável. Já se a necessidade for a variável custo, o
sistema “D” se tornaria mais interessante, e assim por diante. No entanto, cada sistema
possui particularidades como, por exemplo, o desempenho que varia de uma forma de
tratamento para outra.
O foco deste trabalho foi analisar o custo e prazo da aplicação dos sistemas de
recuperação de fissuras disponíveis no mercado, porém a escolha baseada somente nestes
dados pode ser equivocada. Nesse sentido, é aconselhável que se faça a escolha da terapia
a ser aplicada nas fissuras com base no desempenho e, a partir daí realizar a análise dos
custos e prazos para aplicação.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A limpeza da região da fissura deve ser executada com o intuito de remover toda
poeira, graxa, materiais soltos e microorganismos, e tem como função promover uma melhor
aderência com a camada posterior.
reincidente bem como o custo por metro linear de cada sistema de tratamento. Para efeito
de complementação do estudo, foi também disposta a profilaxia dos possíveis
fissuramentos, como uma boa técnica de construção.
Dessa forma, espera-se que o presente trabalho, de uma maneira geral, possa
ter contribuído para o desenvolvimento do tema proposto e colaborado para seu
enriquecimento, aguçando assim o senso crítico e a conscientização dos profissionais da
área, principalmente, dos futuros engenheiros, a aprimorar e questionar os sistemas de
recuperação existentes no mercado.
REFERÊNCIAS