um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Seus estudos se concentravam em como damos significados em nossa linguagem, onde essa linguagem pode ser vista como uma pele que nos forma. Tomando a ideia dos estruturalista, que definiam a ser humano como determinado pelas “estruturas sociais”, Barthes impõe sobre o sujeito, mais precisamente, o AUTOR, sua destruição, sua morte. O que ele quis dizer com a morte do autor? Para Barthes, livros, filmes, fotografias, propagandas – tudo isso, argumentava ele, constitui os produtos de diversos precedentes históricos, sociais e genéricos cujo significado deve ser apreendido por meio da “leitura”. O autor não tem mais o controle do texto – é o leitor quem tem. “O nascimento do leitor deve acontecer à custa da morte do autor.” A literatura assume muitos saberes. Num romance como Robinson Crusoé, há um saber histórico, geográfico, social (colonial), técnico, botânico, antropológico (Robinson passa da natureza à cultura). Se, por não sei que excesso de socialismo ou de barbárie, todas as nossas disciplinas devessem ser expulsas do ensino, exceto numa, é a disciplina literária que devia ser salva, pois todas as ciências estão presentes no monumento literário. É nesse sentido que se pode dizer que a literatura, quaisquer que sejam as escolas em nome das quais ela se declara, é absolutamente, categoricamente realista: ela é a realidade, isto é, o próprio fulgor do real. Pág. 08 • A destituição da soberania do contador de história, e o elevamento do “leitor” em sua interpretação. • Aquilo que foi escrito passa a ser um projeto de mundo, pois a linguagem deve ser interpretada e reinterpretada nas suas leituras. • Não existe mais uma hierarquia dominante, pois posso entender uma obra partindo de seu momento histórico, social e linguístico. Não confundir com um relativismo literário. Barthes imagina um estudo da linguagem, mas não uma linguagem apenas em suas palavras. Para ele, esse estudo tem como base a própria desconstrução de seus significantes, uma visão critica dos meandros dos signos, daí sua ligação ao estruturalismo. Esse estudo tem como nome Semiologia. Esse estudo dos signos abrange todas as vertentes da comunicação humana. Para alguns pensadores, o lugar de Barthes na filosofia o coloca não como um propagador da ciência dos signos, mas sim do prazer da leitura: “os prazeres da leitura e o direito do leitor de ler idiossincraticamente, em nome do prazer que possa alcançar.” (Jonathan Culler, Barthes – 1983)