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Os 7 Perpétuos

Os Sem-fim.
O perpétuos são uma Os Sem-Fim (como
família de sete entes também são conhecidos)
conceituais, descritos vivem em seus próprios
como ‘idéias envoltas reinos astrais, que não
em algo semelhante a são lugares físicos, mas
carne’. (...) realidades criadas pela
consciência dos seres
vivos.
SANDMAN 43 – pág. 28
SONHO
DESTINO
DESTRUIÇÃO

DESEJO
MORTE

DESESPERO

DELÍRIO
DESTINO
O mais velho dos perpétuos, sendo descrito como um
homem alto, com uma túnica marrom desbotada, e nos
seus pulsos, uma algema ligada a um livro pesado, que
sempre está aberto a sua frente. Destino existe no
momento que a primeira coisa existe em nosso universo,
pois nesse momento, um destino está ligada a essa
existência. Destino caminha sobre seus jardins, tendo a
frente várias direções, mostrando que ele não tem nada
pré-definido, mas atrás dele, uma única estrada, pois todos
só temos um passado.
MORTE
A segunda irmã mais velha, e surge nesse universo
depois de Destino, pois, no momento que algo exista, já
está ligada a ela sua morte, sua não-existência. A cada
100 anos é permitido (quem permite?) a ela se tornar
humana, para assim perceber o que é a morte. Ela é a
única dos perpétuos que não vive em seu reino, pois ela
caminha pelo universo, chegando a cada um com um
olhar calmo e tranquilizador. É a mais animada dos sem-
fim, pois percebe o valor da vida, e sabe que é a única que
estará aqui no fim de tudo, onde ela levantas as cadeiras
do piso e chaveia a porta o cosmos.
SONHO
Sonho é a manifestação do inconsciente no mundo, o
aspecto da humanidade que luta para criar e imaginar.
Lorde Morpheus, um de seus nomes, é aquele que molda
nossa criatividade, cria as histórias que nos tocam em nosso
espírito. Também é conhecido como Sandman, ou como
João Pestana, assim como muitas outras denominações,
pois ele acumula nomes assim como outros acumulam
amigos. Se apresenta como um homem pálido, com os
cabelos escuros e olhos brilhantes, assim como estrelas no
firmamento.
DESTRUIÇÃO
Destruição é o pródigo, o irmão que não está mais
ligado na família por iniciativa própria. Ele se mostra
como um homem alto e musculoso, com uma imponência
natural, e governa a ordem da destruição. Mas, a 300
anos atrás, percebe que a humanidade pode destruir-se
sem sua participação, então tranca seus domínios e parte
para experienciar o universo. Diferente do que
imaginamos, Destruição não quer destruir, mas criar,
imaginar. Ele tem uma pequena ponta de inveja da
humanidade, pois eles podem participar do Reino do
Sonhar. Ele não...
DESEJO
Desejo é um ser andrógino, se mostrando como
macho e fêmea. Muito vaidoso, sempre se mostra como
o objeto de desejo de qualquer ser no inteligente no
universo. Desejo manifesta o próprio querer, o que torna
impossível fazer qualquer descrição ou retrato deste
sem-fim, já que ver Desejo é já desejá-lo, apaixonar-se
perdidamente, até a exclusão de tudo que não seja
ele(a). Ele(ela) é vingativo(a), cruel, egoísta e incapaz de
viver sem a total atenção de seu desejado. Jamais o
possuído, sempre o possuidor, Desejo sorri, exalando um
odor de pêssegos e olhos na cor rubra do vinho.
DESESPERO
Desespero é a irmã gêmea de Desejo, dona de seu reino
sombrio. Desejo sabe que Desespero sempre estará onde
ela(e) está, já que não atinjo o desejado, só me resta o
desespero. Várias estrelas brilham pelo reino de
Desespero, mas ao chegar perto, percebemos que não são
estrelas, mas janelas mostrando a existência em seu
momento mais triste. Em nosso mundo, cada janela é vista
como espelhos, onde o individuo perturbado consegue ver,
em seu reflexo, o olhar cinza de dias de chuva de
Desespero. Seu símbolo é um anel com um anzol, onde
Desespero crava no coração de seus súditos.
DELÍRIO
Delírio é a mais jovem dos perpétuos, mas mesmo assim,
mais velha que muitos deuses no cosmos. Ainda assim,
Delírio se mostra como a irmã mais nova, uma criança que
se permite tudo. Sua aparência é a mais mutável possível, o
que pode ser descrito como um conjunto de ideias
desconexas em um corpo de carne. Ela cheira a suor, vinho
azedo, noites tardias e couro velho. Seus olhos nunca são da
mesma cor, sempre mudando: ora um sendo verde-
esmeralda salpicado de prata, e outro um azul que esconde
sangue dentro de veias mortais. Delírio já foi Deleite, mas
isso foi a muito tempo... Nem ela lembra-se disso.
Neil Gaiman – Escritor de Sandman
(1987-1996) (BR 1989-1998)

“Uma vez eu estava em Nova York e ouvi uma palestra sobre a


construção de prisões particulares – uma ampla indústria em
crescimento nos Estados Unidos. A indústria de prisões precisa
planejar o seu futuro crescimento – quantas celas precisarão?
Quantos prisioneiros teremos daqui 15 anos? E eles
descobriram que poderiam prever isso muito facilmente,
usando um algoritmo bastante simples, baseado em perguntar
a porcentagem de crianças de 10 e 11 anos que não
conseguiam ler. E certamente não conseguiam ler por prazer.”
Palestra feita para a Reading Agency, no dia 14 de outubro de 2013 no Barbican em Londres

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