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Escrito por: mim

as Aventuras do Golden Boy


A Enciclopédia do Golden Lord
Título definitivo
Muitos livros falam sobre os feitos do lendário Eldlich, muitas pessoas
comentam sobre o quão poderoso - e bonito - É o Golden Lord… mas nenhuma
história, nenhum texto, e nenhuma lenda fala sobre Eldlich, um jovem ladrão
cuja ganância e desejo eram tão grandes, que o levaram a roubar da morte,
do tempo, do espaço, e do próprio desejo em pessoa.

Já existiu um humano, um jovem garoto, cuja ganância e desejo eram tão incomensuravelmente
absurdos que, ao ser possuído pelo próprio Pecado da Ganância, fez o Archdevil se curvar perante ele
e jurar servidão eterna e lealdade absoluta por vontade própria. Um garoto cujo ambição era tão
grande que ele não almejava apenas possuir a imortalidade, ele desejava algo além, ele desejava uma
existência fora da curva da vida e da morte. Então, o garoto roubou da morte. As almas de dez mil
pecadores foram apagadas da existência neste dia, rendidas ao esquecimento. O garoto barganhou,
chantageou, extorquiu e usurpou da morte. Ele a fez aceitar um acordo em seus próprios termos.
Mas a ganância do garoto não acabou por aí, seu desejo era infinito. Ele cobiçava tudo, e tudo não
existia simplesmente no plano material. Tudo significava toda forma de existência, linha temporal, e
conhecimentos perdidos que derivam pelo universo. Então… o garoto roubou do tempo e do espaço.
Ele deixou sua marca através da linha temporal, através de cada realidade alternativa, tornando-se,
fundamentalmente, o possuidor de tudo e todos. O garoto deixou de ser apenas um jovem ladrão. Ele
se tornou Eldlich, The Golden Lord. Mas… já chega de falar de mim mesmo. Escrever sobre a minha
pessoa é embaraçoso. Não para mim, é claro, mas para vocês, leitores, que terão, ao ler sobre o
grandioso EU, uma compreensão divina de sua própria insignificância. Então, escrevamos sobre todas
as coisas irrelevantes que habitam em meu mundo.

Pg. 1
Candians, “Os Aprisionados”

Humanoid, common (Candoria), very rare (Other Wheels)


”Não há morte na Sugary Wheel, contudo, este plano de existência age quase como se estivesse vivo. Quando os
habitantes desse reino sofrem algum tipo de ferimento “fatal”, simplesmente são absorvidos pelo próprio plano. Eles são
absorvidos pelo chão, e dentro da terra feita de bolo, tem a sua forma doce reconstruída pela Sugary Wheel.
No entanto, quando um forasteiro - alguém não natural do plano - sofre um ferimento fatal que o faria morrer em
qualquer outro plano onde a morte possui influência, enquanto estiver em Candoria, ele será o protagonista de uma
lenta e infernal descida espiralar em direção a loucura. Seu corpo será absorvido pelos doces e sobremesas. E não
importa o quanto ele seja mutilado e lacerado, ele não morrerá. Sua consciência permanecerá presa ao seu corpo
inexistente e imortal. Confinada ao nada artificial por toda a eternidade, sem escapatória. Mas a sua consciência precisa
de uma âncora que a prenda a este mundo doce infernal. Então, o próprio plano de existência faz um novo corpo para
o forasteiro. Um corpo feito de açúcar. Eventualmente, após milênios dentro da terra doce da Sugary Wheel, o forasteiro
começa a perder sua própria humanidade - sua essência - o que fazia dele, ele mesmo. Seus ossos serão substituídos por
bastões de açúcar e alcaçuz. Seus músculos perderão sua força, atrofiando e decompondo, caindo de seu corpo. Sua
pele já foi devorada pelos vermes de caramelo que habitam o solo açucarado de Candoria há muito tempo. Os vermes
também devoraram os seus olhos, nariz, língua, e todos os outros órgãos sensoriais. Seus sentidos foram
completamente desvinculados de sua consciência imortal. Deixando o forasteiro na absoluta e eterna escuridão. As
pessoas dizem que se você substituir todas as tábuas velhas de um navio por novas tábuas, no final você terá um navio
completamente diferente do original. Pode-se dizer o mesmo sobre o forasteiro? Após ter todas as partes de seu corpo
substituídas por outras partes feitas de açúcar e ser confinado a uma escuridão sem fim, preso em seus próprios
pensamentos? Será ele o mesmo indivíduo? Ou uma entidade completamente diferente?”

À medida que as luzes se apagam em Candoria, algo antigo e terrível surge dos cantos mais escuros das terras da
Primal Beast of Sweets. Desprovido de pensamento ou propósito, ele caça tudo que se mova como se estivesse
possuído, cortando qualquer coisa que cruze seu caminho.

- Eldlich, The Golden Lord

Pg.666
Quazi-Ulu, “O chorão”

Aberration / Forsaken, common (Oblitus), rare (Other Wheels)


“Uma mulher caminha por uma rua deserta. De repente, ela percebe que
o silêncio é mais profundo, como se um barulho alto acabasse de cessar.
Há um leve barulho quando uma grade de esgoto desliza sobre uma
pedra áspera. Naquela escuridão, um rosto lânguido e cinza, com nada
além de olhos, observa de soslaio com uma fome indisfarçável. Ele
avança com quarenta e dois longos dedos que deslizam para fora da
escuridão como uma bainha… uma mão, três mãos, sete mãos!… cada
uma com seis longos dedos… Ele agarra a mulher e fixa suas garras na
carne dela, e então, a arrasta pelo espaço estreito, torcendo e
distorcendo o corpo da mulher para que ela consiga passar pelo
minúsculo bueiro… E quando os sons de ossos sendo triturados cessam,
o choro recomeça.”

Sou obrigado a dizer… se eu fosse tão feio quanto esse coitado,


também passaria minha vida inteira chorando e com medo de
espelhos.

- Eldlich, The Golden Lord

Pg.734

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