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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

Exercícios:

1. Fazer a anotação corrida dos seguintes textos:

O Neoclassicismo é o estilo de uma burguesia que está surgindo na Europa setecentista, como
fruto de transformações econômicas, políticas e sociais. Sendo já uma classe favorecida, a
burguesia silencia seus privilégios e se opõe a qualquer reforma que possa estender suas
vantagens às classes dominadas. Classe em ascensão que, com Voltaire, critica, à luz do
conhecimento, a servidão, e, em nome desse mesmo conhecimento, preconiza que a solução dos
problemas sociais não depende de uma revolução social, mas do poder confiado a um soberano
esclarecido, a burguesia começa a se apoderar dos meios de cultura: escreve os livros e os lê;
pinta os quadros e os adquire. Enquanto no século anterior significava uma parcela muito
pequena do público interessado em arte e cultura, passa a ser, no século XVIII, a classe que
mantém a cultura (CADEMARTORI, 1987, p.34).

R. Neoclassicismo: movimento cultural europeu em meados do século XVIII, influenciando


na arte e cultura. Tendo como base os ideais iluministas.
Burguesia: classe social surgida na Europa, detentora de poder financeiro não mostra seus
privilégios e detém os meios culturais do século XVIII.

Uma das funções primordiais da literatura é entreter, distrair o leitor, e parece justo que assim
seja. Não conheço um só bom argumento capaz de negar essa verdade meridiana. Mas – há que
distinguir – determinadas obras se prestam bem, quando não exclusivamente, a esse propósito,
outras não. Certas obras geram dúvidas, causam perplexidade ou conduzem a surpreendentes
revelações; certasobras inquietam, em suma, e não chegam a propiciar entretenimento
propriamente dito.
Por outro lado, a distração ou a inquietação, além de constituírem atributos intrínsecos de uma
obra literária, dependem também da postura assumida pelo leitor. As variáveis não chegam a ser
infinitas, mas são em grande número. Nos limites extremos, digamos que algum leitor se
distraia com A metamorfose, de Kafka, e que um ou outro se deixe inquietar, metafisicamente,
pela dinheirama, o sexo profuso e a ação empolgante deste ou daquele best seller. É pouco
provável, mas... De qualquer modo, será exceção, a confirmar que a postura do leitor é sempre
decisiva.
Aí reside um dos encantos básicos do hábito da leitura. Nada nos obriga a ler tal ou qual obra,
desse ou daquele modo. Na verdade, nada nos obriga a ler... Se o fazemos é porque encontramos
aí o que buscávamos: entretenimento, só, ou indagações e perplexidade. Estou excluindo do
quadro, evidentemente, a leitura a que podemos ser eventualmente forçados, seja por obrigação
escolar ou profissional, seja por obrigação “social”: ler o último livro de fulano de tal, para não
passar não passar vexame na próxima reunião mundana a que comparecermos. Consideremos
apenas aqueles dois modos básicos de ler, o diletante e o mais exigente, determinados pela livre
escolha do leitor.
Quem lê para se distrair, virada a última página, esquece o que leu, justamente porque esteve
distraído o tempo todo; a cada possível releitura será obrigado a recommencer a zero. Já quem
lê à procura de inquietação tende a projetar sobre o livro lido a perplexidade e as
iluminaçõespropiciadas pelas leituras precedentes. Ler, assim, transforma-se numa indagação
incessante, insaciável, constantemente realimentada. (Deixo para a introdução, “Passageiro
clandestino”, o desenvolvimento desse tema, o da leitura como deambular exploratório e
infindável, índice da clandestinidade comum a leitores e escritores.) O fato é que essa forma de
leitura é habitualmente entendida como ocupação precípua do crítico literário, do professor de
literatura, do especialista, enfim. Não seria tarefa para o leitor comum. Neste ponto, permito-me
discordar da ideia corrente. A meu ver, nada impede que leitor comum, se estiver disposto a
isso, leia da mesma forma. Basta querer. A falta de “preparo” – alegação usual – pode ser
compensada pela firmeza da decisão, pelo bom senso (todos temos um pouco, não é mesmo?) e
pala persistência em ... seguir lendo, quaisquer que sejam as dificuldades encontradas. Tirante o
jargão arrevezado do especialista, onde reside a diferença?(C.F MOISÉS,p.11-12).

R. Funções da literatura: entreter, distrair, gerar dúvidas e perplexidade e conduzir revelações.


Sendo distração inerente a obra literária do leitor. Leitura para distração e para envolver-se na
história em tempo e espaço.

2. Esquematizar as ideias contidas nos seguintes textos:

Compreende-se, assim, que as naus cabralinas, aportando em terras de Santa Cruz em abril de
1500, nos trouxessem uma visão do mundo de tipo medieval, amparada em padrões
correspondentes de cultura. Como mais adiante se procura mostrar, osnavegantes portugueses,
falando na voz do seu cronista oficial, Pêro Vaz de Caminha, interpretaram de modo pré-
renascentista o mundo novo que acabaram de revelar, precisamente porque ainda homens da
idade média, por ideologia e formação. Guiava-os uma cosmovisão em que a tônica incidia
sobre Deus, não sobre o homem, como em Portugal já se principiava a conceber. Lançados na
aventura transoceânica, enfrentaram mil perigos e superstições motivados por uma crença
humanística muito relativa: seus estereótipos mentais permaneciam medievais, religiosos e
“espirituais”; lutavam antes pelo reino de Deus que o homem ;seu dinamismo expansionista
levava como endereço certo a ‘dilatação da fé do Império”. Conquistar, explorar, dominar,
apresar escravos, comerciar gananciosamente, eram verbos que conjugavam em nome de Cristo.
Desse modo, a difusão do catolicismo, tornada, à primeira vista, ideal único, justificava perante
a consciência dos navegantes e exploradores todos os atos, ainda os mais desumanos
(M.MOISÉS,1985b,p.18-19).

R.
1. Naus cabralinas
1.1 busca de novas terras
1.2 visão de mundo medieval

2. Objetivos
2.1 dilatação da fé e do império
2.2 conquistas
2.3 explorações
2.4 escravizações
2.5 comercializações

3. Justificativas
3.1 guiados por uma cosmovisão tônica de Deus
3.2 aventura-se nos oceanos motivados pela fé

O próprio conceito de texto depende das concepções que se tenha de língua e de sujeito.
Na concepção de língua como representação do pensamento e de sujeito como senhor absoluto
de suas ações e de seu dizer, o texto é visto como um produto – lógico – do pensamento
(representação mental )do autor, nada maiscabendo ao leitor/ouvinte, senão “captar” essa
representação mental, juntamente com as intenções (psicológicas) do produtor, exercendo, pois ,
um papel essencialmente passivo.
Na concepção de língua como código – portanto, como mero instrumento de comunicação – e
de sujeito como (pre)determinado pelo sistema, o texto é visto como simples produto da
codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor/ouvinte, bastando a este , tanto, o
conhecimento do código, já que o texto, uma vez codificado, é totalmente explícito. Também
nesta concepção o papel do “decodificador” é essencialmente passivo.
Já na concepção interacional (dialógica) da língua, na qual os sujeitos são vistos como
atores/construtores sociais, o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação e os
interlocutores, como sujeitos ativos que – dialogicamente – nele se constroem e são construídos.
Desta forma há lugar, no texto, para toda uma grama de implícitos, dos mais variados tipos,
somente detectáveis quando se tem, como pano de fundo, o contexto sociocognitivo dos
participantes da interação.
Adotando-se esta última concepção – de língua, de sujeito de texto – a compreensão deixa de
ser entendida como simples “captação” de uma representação mental ou como a decodificação
de mensagem resultante de uma codificação de um emissor. Ela é, isto sim, uma atividade
interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza, evidentemente, com base
nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas
que requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes(enciclopédia) e sua reconstrução
deste no interior do evento comunicativo.
O sentido de um texto é, portanto, construído na interação texto-sujeitos (ou textos-
coenunciadores ) e não algo que preexista a essa interação. Também a coerência deixa de ser
vista como mera propriedade ou qualidade do texto, passando a dizer respeito ao modo como os
elementos presentes na superfície textual, aliados a todos os elementos do contexto
sociocognitivo mobilizados na interlocução, vêm a constituir, em virtude de uma construção dos
interlocutores , uma configuração veiculadora de sentidos (KOCH2002, p.16-17).

R.

Língua Representação de pensamento


Código
Interacional

Texto
Texto senhor absoluto das ações
Determinado pelo código
Interação com a língua

Sentido construção interação


Coerência propriedade
Quantidade

3. Resumir os seguintes textos:

Duas estorinhas-informação: Oswald afirmou diversas vezes que nunca, em toda sua vida,
soube contar sílabas, acentos, pés e coisas que tais. Isso não o impediu de tornar-se um grande
poeta. Já Mallarmé nunca se permitiu sair do verso da tradição francesa. Nunca fez versos
brancos (sem rima), nem experimentou com o chamado verso-livre (que hoje é o normal, mas
que no seu tempo constituía a grande novidade). No entanto, no poema que publicou em 1897,
um ano antes de sua morte, foi além de qualquer verso branco ou livre: estraçalhou o verso
francês e o distribuiu pelo branco Esse poema Um coup de dés (Um lance de dados) está na
base das maiores radicalizações poéticas de nosso tempo. Ele corresponde, na poesia, à lei da
Relatividade, na física (PIGNATARI,1983,P.23).

R.
Oswald de Andrade, escritor, ensaísta e dramaturgo, afirmava não saber contar silabas, acentuar,
mas não o impediu de ser um grande poeta. Mallarme poeta e crítico literário francês, sempre
obedeceu as métricas dos versos franceses e nunca tinha utilizado os versos livres (versos sem
rimas), até um ano antes de sua morte, quando publicou um verso branco que é o Um coup de
dés, um poema revolucionário.

O poeta que surgiu em 1930 e acbou se tornando a figura emblemática da poesia moderna no
Brasil constituiu uma grande obra em que tudo acontece por conflito. Desde muito cedo, Carlos
Drummond de Andrade experimentou dificuldades e contradições para forjar o denso lirismo
meditativo que o caracteriza.
A meditação parece fruto dos seus tempos de madureza, mas vem de antes, de origem mineira.
Já no princípio, o poeta coaduna a discórdia com reflexão.
Recusa silenciosa, ideia calada, a cisma tem uma história, que pode não ter datas nem fatos
perceptíveis de imediato, mas faz diferença, pelo processo interior em busca de expressão. E só
através daquela estrada de Minas, pedregosa, que conduz à “máquina do mundo” e ao enigma –
estrada imaginária que a mente desenha -, se pode buscar a unidade de estrutura da obra como
um todo, cujos traços de coerência profunda vão apontando mesmo nos poemas breves, de corte
humorístico, do início.
Seu lirismo, sem prejuízo da mais alta qualidade, nunca foi puro, mas mesclado de drama e
pensamento. Por força da memória e da experiência, a certa altura incursiona também pela
narrativa – memória em versos, como disse dele Pedro Nava, referindo-se aBoitempo. E ainda
se podia lembrar a ficção em prosa, sobretudo o conto e a crônica, a que o escritor também se
dedicou com assiduidade.
Mas no plano da poesia, que aqui importa, nota-se desde o começo a mistura de gêneros, com a
presença de traços estilísticos dramáticos e narrativos que se integram perfeitamente, como
acontece com frequência no poema lírico, à subjetividade dominante própria do gênero
principal. Eventuais traços dramáticos ou narrativos apenas matizam o que enuncia a voz central
que fala ao leitor. A questão se acha, porém, na forma reflexiva que a lírica assume nesse caso.
É que o pensamento desempenha um papel decisivo no mais íntimo dela, pois define a atitude
básica do sujeito lírico, interferindo na relação que este mantém com o mundo exterior, ao
mesmo tempo que cava mais fundo na própria subjetividade: o resultado desse processo é o
adensamento do lirismo pelo esforço meditativo, que casa um esquema de ideias à expressão
dos sentimentos. Os românticos foram nesse caminho há muito: é preciso ver o que fez dele um
dos modernos, Drummond.
O xis do problema é o modo como a reflexão, que espelha na consciência o giro do pensamento
refletindo-se a si mesmo, se une ao sentimento e à sua expressão poética, determinando a
configuração formal do poema, num mundo muito diferente daquele dos primeiros românticos e
da poesia meditativa que inventaram (ARRIGUCCI JR., 2002, P.15-16).

R.
O poeta emblemático Carlos Drummonde de Andrade, desatacou-se na década de 30, com
lirismo. Sua poesia caracterizada por misturas de gêneros e contendo vários traços linguísticos.
O pensamento é o principal fator que define o sujeito lírico, o tornando subjetivo em suas ideias.
A grande questão é como o eu lírico irá refletir em si mesmo e no espaço no poema.
4. Com base no tópico sobre sublinha, destaque no texto seguinte as palavras e expressões-
chave, sublinhando-as:

Convencionou-se considerar como período medieval os dez séculos que se interpuseram entre a
queda de Roma, em poder dos bárbaros de origem germânica, e a de Constantinopla, em poder
dos turcos. É o período que vai desde o século V até o século XV. Nesse período a civilização
grego-romana dominou a Europa ocidental e meridional, o Oriente Próximo e o norte da África.
Era ela organizada em uma formação econômico-social que se baseava no uso da mão-de-obra
escrava onde socialmente a população se dividia em classes, com grandes diferenças de direitos
e de bens. Ela se desmoronou ante o impacto de migrações sucessivas de povos oriundos do
leste, de economia dominantemente agrícola que, a princípio, se estabeleceram pacificamente
nos territórios do império, mas depois, com maior belicosidade, enfrentaram e venceram as
tropas imperiais.
O novo sistema pôs em choque, destruindo praticamente os fluxos comerciais, fazendo com que
as grandes vias, as estradas da época, fossem abandonadas e se deteriorassem. Com ele, o
campo passou a ter maior importância do que a cidade e os grupos humanos se fixaram em
determinadas áreas rurais, sob a direção dos chefes militares que os conduziam à guerra e os
governavam nos curtos períodos de paz. Surgia, assim, o feudalismo, com ocampo dividido em
unidades de dimensões as mais diversas, sob a direção de um nobre, e onde se procurava
produzir para o autoabastecimento. O nobre ou senhor fazia construir, em lugar
estrategicamente escolhido, o seu castelo-fortaleza, onde vivia com seus familiares e
dependentes, cercado por homens de guerra – os cavalheiros. O povo formava os servos que
ados ficavam ligados feudo, à terra, com o controle dos instrumentos de produção, fornecendo
uma parte ponderável ao senhor, em troca da proteção e da administração que exercia. Além do
fornecimento de mercadorias produzidas, eram ainda obrigados a prestar serviços nas culturas e
na casa do senhor e, em períodos de guerras ou festas, contribuir com elas. As cidades que
sobreviveram às invasões tiveram, em sua maioria, pequena população, decaíram de
importância e se tornaram o lugar onde viviam os artífices, ligados às corporações, e os
burgueses, dedicados ao comércio. Os artífices formavam grupos fechados em suas corporações
especializadas em produzir para um mercado pouco amplo. A circulação de pessoas e de
mercadorias era pouco expressiva, em face das dificuldades de transporte, da insegurança nas
estradas e da multiplicidade de moedas.
Nos fins da Idade Média começou a haver maior intercâmbio comercial, tanto no mar
Mediterrâneo como no mar do Norte, o que permitiu que algumas cidades passassem a ter maior
expressão em função deste intercâmbio (Veneza, Gênova, Pisa e Florença na Itália e as cidades
hanseáticas no norte da Europa, como Lubeck e Bremen). O comércio pelo interior do
continente, ligando essas duas áreas, passou a termaior importância, fortalecendo cidades
localizadas em pontos geograficamente favoráveis como Augsburgo, Salzburgo, Liège. As duas
últimas eram governadas por príncipes bispos, chefes que, ao poder político, juntavam o poder
religioso, o que permitia que enfrentassem muitas vezes com vantagens aos senhores feudais.
Também tiveram maior desenvolvimento algumas cidades que se tornaram capitais dos novos
reinos, em decorrência de alianças feitas pelos reis com os burgueses, para enfrentaram os
nobres que contestavam a sua autoridade, como Paris na França, Londres na Inglaterra,
Estocolmo na Suécia e Moscou na Rússia (ANDRADE,1992,p.270-272).

5. Considerando o texto da questão 4, anote as palavras desconhecidas e procure num dicionário


o significado mais aproximado delas.

R.
Artífices- Artesão ou operário especializado em qualquer arte mecânica; operário.

Hanseáticas- Cidades medievais foram assumindo o papel de entroncamento das rotas


comercias
6. Faça um plano de ideias para um seminário sobre ecologia, ou outro assunto de interesse da
classe.

R.
Ecologia
1. Definição e objeto de estudo
1.1 Seres vivos
1.2 Meio ambiente
1.3 Distribuição dos seres vivos na terra

2. Importância
2.1 Animais e ecossistema
2.2 Harmonia
2.3 Evitar destruição na natureza

3. Ramos da ecologia
3.1 autoecologia
3.2 sinecologia
3.3 demoecologia
3.4 macroecologia
3.5 ecofisiologia
3.6 agroecologia

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