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USO INTERNO

Instrução de Trabalho no. 17


Versão no.02 data: 21/03/2019

Assunto: Movimentação de Carga

Áreas de aplicação
Perímetro: Brasil
Função Apoio: -
Função Serviço: -
Linha de Negócio: Infraestrutura e Redes

CONTEÚDO

1. OBJETIVOS DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO ......................................................................... 2


2. GESTÃO DA VERSÃO DO DOCUMENTO................................................................................................... 2
3. UNIDADES DA VERSÃO DO DOCUMENTO ............................................................................................... 2
4. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 2
5. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE ..................................................................................................................... 3
6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO ..................................................................................................................... 3
6.1 RESPONSABILIDADES .............................................................................................................................. 4
6.2. CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO ........................................................................................................... 5
6.3. MÉTODOS DE ELEVAÇÃO DE CARGAS ............................................................................................... 11
6.4. APARELHAMENTO DE CARGAS ........................................................................................................... 19
6.5. INSPEÇÃO DOS MATERIAIS E ENSAIOS ............................................................................................. 19
6.6. DATA DA VIGÊNCIA ................................................................................................................................ 24
7. ANEXOS ...................................................................................................................................................... 24

RESPONSÁVEL POR SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE BRASIL


Rafael Graça Lombardo

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Assunto: Movimentação de Carga

Áreas de aplicação
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Linha de Negócio: Infraestrutura e Redes

1. OBJETIVOS DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO


Este documento define e estabelece sistema estruturado com os requisitos mínimos para assegurar que as
operações de Movimentação de Cargas, mediante o emprego de dispositivos, acessórios e equipamentos
industriais tais como pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, etc., sejam planificadas e executadas
de forma segura, minimizando o risco dos empregados, de equipamentos e de instalações da infraestrutura
e redes Brasil e suas empresas contratadas.
Este documento se aplica a Infraestrutura e Redes Brasil e suas empresas contratadas.

2. GESTÃO DA VERSÃO DO DOCUMENTO


Versão Data Descrição das mudanças
01 22/12/2017 Emissão da instrução de trabalho
Inclusão de novo acessório para movimentação de poste no item 6.3.5,
02 21/03/2019
alteração do item 6.2.4 alínea y), incluído o item 6.2.6.1 alínea l)

3. UNIDADES DA VERSÃO DO DOCUMENTO


Responsável pela elaboração do documento:
 Saúde, Segurança e Meio ambiente Brasil.

Responsável pela autorização do documento:

 Saúde, Segurança e Meio ambiente Brasil;


 Qualidade de Processos Brasil.

4. REFERÊNCIAS
 Código Ético do Grupo Enel;
 Plano de Tolerância Zero à Corrupção;
 Procedimento Organizacional n.375, Gestão da Informação Documentada;

 WKI-HSEQ-HSE-17-0006-INBR - Realização e aplicação da Pré APR;

 Norma Regulamentadora NR-6 - Equipamento de Proteção Individual;


 Norma Regulamentadora NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
 Norma Regulamentadora NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais;
 Norma Regulamentadora NR-12 – Anexo XII;
 ANBT/NBR 14768 – Guindastes – Guindaste articulado hidráulico - requisitos;

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 NBR 10401 e 10402;


 ASME;
 AWS D1.1;
 AWS A 3.0;

 ASTM 391-65;

 SAE J765;
 Aspectos de Segurança e Saúde constantes da Constituição Federal, Leis, Decretos, Portarias,
Normas Regulamentadoras; Lei nº 6.514, de 22-12-1977, Portaria nº 3214, de 08-06-1978, Instruções
Normativas e Resoluções no âmbito Federal, Estadual e Municipal;
 Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e Inmetro.

5. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE
Palavras Chaves Descrição
ABNT/NBR Associação Brasileira de Normas Técnicas
CLT Consolidações das Leis do Trabalho;
NR Norma Regulamentadora;
PROERGO Programa de Ergonomia;

6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO
a) Equipamentos de Cargas – equipamentos manuais, mecânicos ou motorizados, operados pelo
homem, utilizados na movimentação de materiais e equipamentos, tais como: monta-carga, pontes
rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, guindastes, carrinhos manuais e caminhões com guindauto
e etc.;

Figura 1: Equipamentos de carga

b) Condição Crítica – caracterizada quando a carga possuí uma das seguintes situações:
 Em caso de dano, a carga afetará a produção em mais de 50%;

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 Se a carga é içada em cima de equipamentos ou sistemas pressurizados e supera em 50% a


capacidade bruta do guindaste;
 Quando se utilizam elementos de içagem não convencionais (vigas separadoras, acessórios
especialmente fabricados para o levantamento ou modificação da carga para levantá-la que não
estejam certificados);
 Quando a carga pesa mais de 20 toneladas;

 Quando o levantamento da carga, em algum momento, ultrapassa em 80% a capacidade da ponte


do guindaste;
 Quando a carga içada é algum equipamento que contém em seu interior substâncias perigosas
(ácido, produtos químicos e outros);
 Quando a carga içada está perto de áreas com riscos elétricos (redes energizadas);
 Quando a içagem está sendo realizada em áreas abertas (com vento).
c) Peso Bruto – peso total da carga elevada incluindo, cabos, ganchos e demais equipamentos e
acessórios utilizados para a elevação da carga;
d) Peso Líquido – peso individual da carga a ser elevada;
e) Centro de Gravidade – o ponto onde pode-se equilibrar todas as forças de atração da gravidade.

6.1 Responsabilidades

6.1.1. Responsável:

a) Realizar ou designar profissional para realizar a inspeção do equipamento de carga;


b) Assegurar a realização da Análise Preliminar de Risco - APR e, quando aplicável, a emissão da
Permissão de Trabalho - PT;
c) Desenvolver instruções operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em carga;
d) Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho com carga, pelo
estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança do
trabalho aplicáveis;
e) Adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção
estabelecidas nesta instruções de trabalho pelas empresas contratadas;
f) Garantir aos empregados informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
g) Garantir que qualquer trabalho com carga só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nas instruções de trabalho;
h) Assegurar a suspensão dos trabalhos com carga quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i) Estabelecer uma sistemática de autorização dos empregados para trabalho com carga;

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j) Assegurar que todo trabalho com carga seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nas instruções de trabalho da
infraestrutura e redes Brasil e de suas empresas contratadas.

6.1.2. Empregado:

a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho com carga, inclusive nas instruções
de trabalho expedidos pela infraestrutura e redes Brasil;
b) Colaborar com a empresa na implementação das disposições contidas nos procedimentos da
infraestrutura e redes Brasil;
c) Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) Zelar pela sua segurança e saúde e a de outros empregados que possam ser afetadas por suas ações
ou omissões no trabalho;
e) Estar utilizando todos os equipamentos de proteção individual e coletiva para trabalhos com carga e
de acordo com a atividade que for realizar.

6.2 Capacitação e treinamento

6.2.1. Qualificação do Instrutor

O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a
responsabilidade de profissional habilitado, qualificado, capacitado e autorizado em segurança do trabalho.
Os profissionais que irão ministrar os treinamentos, deverão possuir:
a) O Curso deverá ser supervisionado por um Engenheiro Mecânico;
b) Certificado de treinamentos, e/ou experiência profissional na carteira de trabalho;
c) Para primeiros socorros: formação em socorrista ou na área de Saúde.
As empresas poderão contratar o serviço de treinamento através de empresas do ramo ou profissionais
autônomos.

6.2.2. Capacitação

Considera-se empregado capacitado para trabalhos de elevação de carga aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de 16 (dezesseis) horas, cujo conteúdo
programático deve, no mínimo, incluir:
a) Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho com carga;

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b) Análise de Risco e condições impeditivas;


c) Riscos potenciais inerentes ao trabalho com carga e medidas de prevenção e controle;
d) Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
e) Equipamentos de Proteção Individual para trabalho com carga: seleção, inspeção, conservação e
limitação de uso;
f) Acidentes típicos em trabalhos com carga;
g) Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros
socorros.

6.2.3. Reciclagem

Deve realizar treinamento periódico bienal ou sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa.
O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas (Teórico e Prático), conforme
conteúdo programático definido por cada empresa da infraestrutura e redes Brasil ou de suas empresas
contratadas de acordo com suas atividades.
Nos casos das situações dos subitens “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático deverão
atender a necessidade que os motivou.

6.2.4. Considerações de Segurança do Trabalho

As operações relativas ao manuseio e transporte de cargas via equipamentos de cargas mecânicos ou


motorizados deverão ser realizadas somente por empregados habilitados, capacitado, qualificados e
autorizados para o equipamento específico a ser utilizado. Deverão ser consideradas as seguintes diretrizes
básicas:

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Figura 2: Transporte de cargas

a) Todo trabalho com carga deve ser realizado por empregados, onde sempre um dos executores deverá
assumir a função de supervisor da atividade;
b) Todo serviço deve possuir a autorização para execução através de Ordem de Serviço, Ordem de
Trabalho e Permissão de Trabalho - PT;
c) No caso do executante apresentar condições físicas ou psicologicas que o impeçam de trabalhar,
deve ser informado ao responsável pela a atividade e paralizar o serviço até a substituição do referido
empregado;
d) Não trabalhar sob condições climáticas adversas como chuva, neblina, calor excessivo, entre outros;
e) Os equipamentos de carga deverão ser operados de forma segura, levando em conta a segurança
dos empregados envolvidos e do próprio operador.
f) Os operadores de equipamentos motorizados, além da habilitação, deverão realizar exames médicos
periodicamente, conforme exames estabelecidos no Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO de cada Empresa da infraestrutura e redes Brasil.
g) Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão possuir identificação especial
(certificado) fornecido pela empresa contratada, como uma forma de autorização para estarem
desempenhando esta atividade e como meio de assegurar que foram devidamente treinados e
capacitados para tal;
h) Os operadores, antes de iniciar a movimentação de cargas, deverão proceder a inspeções visuais
preventivas nos equipamentos de forma a garantir que os mesmos estejam aptos para o
funcionamento seguro;
i) Antes da movimentação da carga o operador deverá assegurar-se do peso da mesma de forma que
o equipamento utilizado tenha capacidade compatível;
j) Todos os equipamentos de movimentação de cargas deverão ter a sua capacidade de carga pintada
em sua superfície e em local visível;
k) Os ganchos utilizados para içar as cargas deverão conter travas de segurança de modo a evitar
possíveis acidentes com cargas em movimento;
l) Quando a carga estiver em movimento o operador do equipamento não deverá dar atenção a terceiros
que de alguma forma possam distraí-lo no exercício de sua atividade. Exceção nos casos em que a

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operação estiver sendo monitorada por um terceiro ou quando qualquer empregado sinalizar a
necessidade de “parada imediata”;
m) Quando da utilização de talhas, guinchos e pontes rolantes, as cargas a serem içadas deverão estar
na posição normal em relação ao cabo, de forma a evitar que este saia da roldana e provoque à
queda ou dano da carga/equipamento causando riscos a segurança dos empregados e operador;
n) A movimentação de cargas deverá ser iniciada e encerrada de forma lenta e progressiva,
independentemente do equipamento que esteja sendo utilizado. Durante o deslocamento deverão ser
evitados movimentos bruscos, tais como acelerações ou freadas bruscas;
o) As operações de subida e descida das cargas deverão ser feitas com o equipamento parado e travado
para evitar deslocamentos e conseqüentes acidentes. As cargas deverão ser içadas somente até as
alturas necessárias para a disposição das mesmas. Quando no trajeto for necessário vencer
obstáculos e as cargas tiverem que ser elevadas, cuidados especiais deverão ser tomados, elevando-
se somente até a altura mínima necessária e promovendo o deslocamento de forma lenta e gradual;
p) Deve existir um sistema de comunicação efetivo entre o operador do equipamento de carga e o
empregado que estiver direcionando a carga, seja por rádio, telefone ou equivalente. Sinais manuais
devem ser combinados, treinados e praticados para que o entendimento seja sincronizado e não
ocorra nenhum conflito com os sinais padrões;
q) O operador nunca deve deixar uma carga suspensa durante a realização dos trabalhos ou até mesmo
após o encerramento do expediente. Ao baixar a carga, deve certificar-se que estão bem posicionadas
no local, sem que haja o risco de tombamento ou deslizamento. Se for necessário, utilizar pallet,
calço, cavalete metálico (postes) ou outro dispositivo para posicionamento da carga;
r) Se houver corte de energia ou parada súbita do equipamento, o operador deve certificar-se de que
os equipamentos estejam desligados e freados, pois após o retorno da energia estes podem se
movimentar;
s) Tambores, cilindros e outros materiais não devem ser transportados sem que os mesmos estejam
devidamente fixos e seguros;
t) Em momento algum, a carga suspensa poderá passar sobre o operador ou outros empregados que
estejam trabalhando na área;
u) No caso de passagem sobre a posição do operador, este processo jamais poderá ser realizado, este
deve se posicionar em outro local e se for necessário solicitar o apoio de um membro da equipe para
auxiliar no deslocamento da carga suspensa;
v) Nenhum equipamento de içamento de cargas deve ser carregado além do que foi descrito nas
especificações de capacidade do fabricante;
w) A carga a ser içada deve estar dentro da capacidade de carga da sua especificação existente;
x) Quando houver içamento de cargas que não se conhece com exatidão, o empregado responsável
pela atividade deve assegurar-se que o peso da carga não exeda a capacidade do guindaste;
y) Quando se usam cintas ou correntes slinga resistentes de rotação com um fator de segurança, este
deve ser o recomendado e utilizado de acordo com os parâmetros do fabricante. Não é permitido a
utlização de estropo de aço para movimentação de poste.

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6.2.5. Quais os motivos mais comuns que originam acidentes na movimentação de cargas?

 A falta de informações e conhecimento dos usuários é o fator principal;


 Mas há uma infinidade de possíveis causas que originaram acidentes durante uma movimentação de
cargas.

6.2.5.1. As mais comuns podem ser:

 Especificação incorreta da cinta;

 Dimensionamento do equipamento de guindar;

 Angulo impróprio de movimentação do equipamento de guindar;

 Definição incorreta do centro de gravidade da carga;

 Abrasão, cortes ou perfurações na cinta;


 Instabilidade na movimentação decorrente de condições climáticas desfavoráveis ou inabilidade do
operador do equipamento de guindar;

 Especificação incorreta de manilhas auxiliares à movimentação;


 Uso da cinta em angulação maior que 60°;

 Deslizamento da carga durante a movimentação na forma “enforcado”, a partir de um balanço e não


previsão da adequada capacidade de “agarramento” entre cinta e carga;
 Não utilização de cabo guia em longos percursos;

 Rotação acidental da carga ou colisão com outros objetos e/ou pessoas;


 Comando intermitente de içamento ou arriamento (provocando trancos que aumentam o esforço da
cinta);
 Arraste da cinta no chão ou superfície áspera e sob a carga.

6.2.6. Execução do Trabalho com Carga

6.2.6.1. Planejamento

Todo trabalho com carga deve ser planejado, organizado e executado por empregado, habilitado, qualificado,
capacitado e autorizado.

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O planejamento deve envolver as atividades de intervenção no sistema da infraestrutura e redes Brasil, riscos
que uma atividade exercerá sobre a outra, método de elevação, quantidade e tipo de cintas utilizadas, riscos
e métodos de controle.
Deverá ser feito por empregado próprio ou da empresa contratada que irá realizar a atividade, que estejam
autorizados para realizar esta atividade.
No planejamento do trabalho devem ser verificados os seguintes pontos:
a) Tipo de carga a ser elevada;
b) Peso da carga: líquido e bruto;
c) Pontos de ancoragem da carga;
d) Equipamento de elevação (guindauto, ponte rolante, empilhadeira, outros);
e) Quantidade de equipamentos de elevação de carga;
f) Ângulo de fixação das cintas ou corrente slinga;
g) Centro de gravidade da carga;
h) Cálculo de elevação de carga;
i) Tipo de cintas ou corrente slinga e suas quantidades;
j) Quantidade de empregados necessários para execução da tarefa;
k) Percurso da carga elevada;
l) Utilização de cavaletes como base de apoio, para montagem de estrutura no poste, quando aplicável;
m) Delimitação e sinalização da área.

6.2.7. Análise Preliminar de Risco - APR

Todo trabalho com carga deve ser precedido de Análise de Risco e deve, além dos riscos inerentes ao
trabalho com carga, considerar:
a) O local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) O isolamento a delimitação e sinalização no entorno da área de trabalho;
c) O estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem da carga;
d) Condições meteorológicas adversas, como chuva, neblina, calor em excesso entre outros;
e) Seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes e às orientações dos fabricantes;
f) Risco de queda de materiais, equipamentos e ferramentas;
g) Trabalhos simultâneos na área que apresentem riscos específicos;
h) Atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas instruções técnicas da infraestrutura
e redes Brasil e Legislação vigente;

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i) Riscos adicionais;
j) Condições impeditivas;
k) Situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o
tempo de atendimento em caso de acidente;
l) Necessidade de sistema de comunicação;
m) Forma de supervisão.

6.2.8. Supervisão

Todo trabalho com carga deve ser realizado sob supervisão. O responsável direto pela supervisão será o da
equipe ou encarregado.

6.3 Métodos de Elevação de Cargas

6.3.1. Guindastes

As normas fundamentais para realizar a manipulação segura de guindastes são:


a) Antes de içar a carga, elevar a uma altura de 30cm para comprovar sua estabilidade, e, em caso de
carga içada, na hora descida, é necessário garantir a estabilidade da carga;
b) Ao elevar a carga, o carrinho e a ponte devem estar alinhados horizontal e verticalmente para evitar
desequilíbrio;
c) O operador deve acompanhar sempre a carga visando um maior controle da distância e observar o
tempo inteiro a trajetória da mesma, evitando o contato com obstáculos. Se não possuir boa
visibilidade, ter o apoio de um auxiliar para manobrar a carga;
d) Nunca se posicionar debaixo de nenhuma carga suspensa ou transportá-la por cima dos empregados;
e) O uso de instrumento de elevação tal como cintas deve garantir a perfeita amarração de carga;
f) Antes de elevar a carga deve-se verificar sua correta amarração e fixação;
g) Nas operações de elevação e transporte de cargas de grande complexidade e risco em elevação,
devido ao maior volume da carga transportada ou volume das que precisam do emprego de dois
guindastes, a atividade segue um plano pré-estabelecido para a operação, e deve ter um empregado
para sinalizá-la.

6.3.2. Pontes Rolantes

a) As pontes rolantes são equipamentos projetados para transportar diferentes tipos de carga, tanto em
peso quanto em volume e dimensões;
b) As pontes rolantes deverão ser dotadas de sinalização sonora e luminosas que indiquem quando as
mesmas estiverem operando;

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c) A indicação da capacidade de carga da ponte deve ser pintada em cada lado do equipamento. Caso
o equipamento seja dotado de mais um guincho, cada um deles deve ter sua indicação de carga
marcada no próprio guincho. A marcação de carga deve ser legível do solo;
d) Quando a operação da ponte rolante for efetuada em cabines suspensas, esta deverá promover ao
operador visibilidade total do local no qual a carga estiver depositada, e o trajeto a ser percorrido do
local no qual a carga será disposta;
e) Os roletes da ponte rolante devem ser providos de dispositivos de limitação de fim de curso. Esses
dispositivos devem ser fixados e resistir à força neles aplicados;
f) Sempre que a operação da ponte rolante não permita movimentação à baixa velocidade e a operação
seja remota, a ponte deverá ser dotada de pára-choques para o guincho e para os trolleys ou outro
dispositivo automático que permita interromper a movimentação do equipamento em caso de
emergências;
g) Partes móveis expostas tais como engrenagens, jogos de parafusos, correntes e componentes
alternativos os quais podem constituir um risco sob condições normais de operação, devem ser
devidamente protegidas por dispositivos fixos e resistentes;
h) Cada unidade de içamento guincho deve ser equipada no mínimo com um dispositivo próprio de freio,
aplicado diretamente ao eixo do motor ou a alguma parte da engrenagem. O freio no guincho deve
ter ampla capacidade térmica para a freqüência de operação exigida para o serviço. O freio no
guincho deve ser automaticamente aplicado quando a energia é retirada;
i) Com relação aos acionamentos elétricos, quando um cabo condutor múltiplo é usado com uma
estação de botoeiras suspensa, a estação deve ser suportada de maneira satisfatória que proteja os
condutores elétricos contra tensão. A caixa de controle pendente (botoeiras) deve ser construída para
prevenir choque elétrico e deve ser claramente marcada para identificar suas funções;
j) Equipamentos elétricos devem estar localizados ou enclausurados de modo que partes vivas não
fiquem expostas a contatos acidentais durante condições normais de operação;
k) As roldanas que carregam cabos os quais podem ser momentaneamente descarregados devem ser
providas com proteções justas ou outros dispositivos apropriados para guiar o cabo de volta para a
roldana quando a carga é novamente aplicada;
l) Durante o uso de cabos de içamento devem ser seguidas as recomendações do fabricante do
guincho.

6.3.3. Talhas

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Figura 3: Talha

6.3.3.1. Critérios de Utilização de Talhas

 O trabalho com as talhas manuais e elétricas é muito simples e seguro, porem pode acarretar
situações de perigo se os operadores destes equipamentos não o fizerem cuidadosamente e com
responsabilidade;
 Portanto, as talhas devem ser operadas somente por pessoas especificadamente selecionadas e
treinadas, que tenham alto grau de responsabilidade e bom entendimento do funcionamento das
talhas;
 A seguir citamos alguns cuidados a serem tomados na prática operacional das talhas;

 Antes de iniciar a operação de içamento, deve-se certificar exatamente da carga a ser levantada, a
qual não deverá em hipótese alguma, ultrapassar a capacidade nominal da talha;
 Observar se operação não colocará em risco pessoas que estejam na área;
 O operador deve evitar que durante a operação da talha, sua atenção seja desviada por outras tarefas
ou motivos;
 Todos os movimentos da talha devem ser testados pelo operador antes de iniciar o trabalho;
 Caso algum comando não esteja funcionando satisfatoriamente, ajustes ou reparos tornam-se
necessários devendo comunicar prontamente os empregados responsáveis pela manutenção do
equipamento;
 O operador deve situar-se em local seguro, de acesso fácil à corrente de acionamento, alavanca ou
botoeira de comando, e que lhe permita boa visão da talha e da carga;
 A corrente da talha não pode ser enrolada na carga;

 A carga deve ser fixada diretamente ao gancho da talha, ou através de laços e outros meios
adequados ao manuseio, cuidando-se para que não haja possibilidade de deslizamento, mesmo
quando a carga oscilar nas partidas e paradas;
 A carga não deve ser elevada mais que alguns centímetros até se constatar que está devidamente
balanceada nos laços ou nos meios de manuseio da carga;
 Deve-se cuidar para que a corrente não esteja retorcida, e, no caso de moitões, que os ramais da
corrente não estejam enrolados entre si ou que o moitão não tenha sido passado entre as correntes.
Verificar se a carga não esteja impedida por qualquer obstrução;

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 A talha deve estar alinhada acima da carga, de tal forma que o içamento seja feito verticalmente, sem
arrastes que possam danificar a talha, o trole, além dos elementos de fixação;
 As talhas não devem ser usadas para transporte de empregados e não podem ser operadas passando
as cargas acima das pessoas, principalmente quando estejam sendo usados dispositivos de pega de
carga como: eletroímã; sistema de vácuo e similares;
 Caso a talha opere regularmente com cargas pequenas em relação a sua capacidade nominal, ou
seja, menos 10%, o operador deve testar os freios cada vez que operá-la com uma carga próxima da
nominal, levantando a carga um pouco acima do piso, e verificando a ação do freio, pois os ensaios
de frenagem são feitos com 10%, 100%, 150% ao valor nominal da carga conforme a norma NBR
10402;

 Operador não deve abandonar a carga suspensa pela talha, a menos que sejam tomadas as devidas
precauções;

 Não puxe o cabo da botoeira, isso pode ocasionar danos às conexões na caixa de comando. A
corrente de acionamento, alavanca e botoeira de comando deve estar sempre ao alcance da mão do
operador quando estiver manipulando a carga;
 Dispositivo de segurança da talha não deve ser utilizado pelo operador para limitar o percurso do
gancho;
 Não é permitido alterar a posição do fim de curso, porém em extrema necessidade deve-se consultar
o fabricante afim de se obter melhores orientações;
 Na utilização de lingas, observe que o ângulo máximo de trabalho não exceda 45° Ao utilizar a talha
em conjunto com trole não permita choques do trole contra batentes fim de curso da monovia, isso
pode ocasionar danos na talha e no trole;
 Não utilize duas talhas para operar em conjunto a mesma carga, porém em extrema necessidade
deve-se consultar o fabricante. Afim de se obter melhores orientações para este tipo de trabalho.

6.3.4. Métodos de ensaio

Prescreve os métodos de ensaio das talhas de correntes com acionamento manual a serem realizados dentro
dos parâmetros fixados na NBR 10401. Os ensaios a serem efetuados são os seguintes:
 Ensaios de freio;
 Ensaios da corrente de carga;

 Ensaio da ancoragem da corrente de carga;


 Ensaio para determinação do esforço de acionamento;
 Ensaio de protótipo;

 Ensaio de funcionamento.
a) Ensaio de Freio: com 10%, 100% e 150% da carga nominal para medir a eficiência de frenagem,
neste ensaio o freio deve reter as cargas aplicadas;

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b) Ensaio da corrente de carga: aplica-se 10%, 200% e 10% da capacidade nominal da talha dividida
pelo número de ramais utilizados. A máxima deformação admitida é 0,5% do comprimento original;
c) Ensaio de ancoragem da corrente de carga: aplica-se carga correspondente a 250% da carga
aplicada à ancoragem quando a talha estiver carregada com a carga nominal, por um período de um
(1) minuto. Constatar a capacidade da ancoragem de suportar a carga aplicada sem romper ou
deformar permanente.
d) Ensaio para determinação do esforço de acionamento: aplica-se carga igual a 100% da capacidade
nominal da talha e mede-se o esforço de acionamento. O esforço de acionamento deve ser inferior a
50 daN e 30 daN para acionamento por corrente e alavanca respectivamente.
e) Ensaio de protótipo: carregar a talha com uma carga estática igual a pelo menos 400% da carga
nominal, durante no mínimo, um (1) minuto. Não é exigível que o freio retenha a carga, porém,
nenhuma parte da talha deve quebrar ou se deformar a ponto de permitir a queda da carga;
f) Ensaio de funcionamento: aplicar uma carga igual a 150% da capacidade nominal da talha.
A carga deve ser elevada e abaixada por um percurso suficiente para que todas as engrenagens deem, pelo
menos, uma volta completa. A talha não pode se romper ou se deformar permanentemente. A força de
acionamento não pode aumentar.

6.3.5. Acessórios para Içamento de Cargas

6.3.5.1. Identificação da Cinta

Embora existam cores para identificar a capacidade da cinta, isso nem sempre acontece. O que não pode
deixar de ser obedecida é a identificação através de etiqueta que fica dentro do olhal da cinta ou em seu
corpo, protegida ou não por uma capa.

Figura 4: Acessórios para içamento de carga

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6.3.5.2. Normas de Fabricação

Figura 5: Normas de fabricação

6.3.5.3. Ferramenta de fibra de vidro com catraca

Auxilia na movimentação do poste, até o local de fincamento. Poderá ser utilizado uma corda também para a
movimentação do poste.

Figura 6: Ferramenta de fibra de vidro com catraca

6.3.5.4. Empilhadeiras

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Figura 7: Empilhadeira

a) A empilhadeira a ser utilizada deverá ser adaptada ao trabalho que irá realizar, devendo-se analisar
a natureza, forma da carga e peso para uma escolha correta;
b) O operador deve verificar sempre o peso e a distância do centro de gravidade da carga em relação à
torre da empilhadeira (encontro dos garfos);
c) As cargas instáveis devem ser fixadas de forma adequada e segura;
d) As empilhadeiras devem possuir sinalização sonora e luminosas no acionamento da marcha ré;
e) Ao transportar vários objetos diferentes o operador deve dispô-lo de modo a obter a melhor
estabilidade recorrendo, se necessário, ao uso de estrados, cintas slingas adequadas, correntes
slinga, recipientes especiais e outros. A velocidade de transporte deverá ser mantida de forma segura,
conforme orientações adquiridas nos treinamentos;
f) As curvas deverão ser efetuadas lentamente, evitando o risco de tombamento da empilhadeira e das
cargas. O operador deve dirigir com cuidado nas esquinas, usando sempre o giroflex ligado, a buzina,
com toques intermitentes e breves;
g) Ao deixar a empilhadeira, desligar o motor, engatar uma marcha, abaixar os garfos e puxar o freio de
mão. Calçar as rodas ao estacionar numa rampa. Ao estacionar procurar um lugar seguro que não
interfira com a circulação nem obstrua o acesso aos equipamentos de emergência;
h) Deve-se evitar descer rampas de frente com a empilhadeira carregada. A carga além de escorregar
do garfo, pode tombar o veículo. Manter a carga voltada para o alto da rampa. É obrigatório trafegar
de ré quando a carga obstruir a visão do operador;
i) Não transportar cargas apoiadas em apenas um garfo. Cuidar para que as cargas cilíndricas e
compridas não girem. Conservar a carga encostada na parte traseira dos garfos e manter a torre
inclinada para trás durante o transporte;
j) Nunca transportar uma carga elevada, pois a estabilidade do veículo estará comprometida. Transitar
com os garfos sempre pouco acima do chão (15 a 20 cm), mesmo com a empilhadeira descarregada;
k) Em locais onde se transporta materiais para dentro de caminhões ou containers com a utilização de
empilhadeiras, certificar-se que o veículo esteja devidamente estacionado e impossibilitado de efetuar
movimentos. O veículo deverá estar freado, engatado e de preferência com bloqueios que impeçam
movimentos das rodas;
l) O operador deverá ser devidamente habilitado e capacitado e ter a sua atenção completamente
concentrada na atividade que está desenvolvendo;
m) Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de
carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes,
tranpostadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as
necessárias garantidas de resistencia e segurança e conservados em perfeições de trabalho;
n) A capacitação da NR-11 é obrigatória para este tipo de trabalho e cabe ao empregador oferecer este
tipo de treinamento, além disso existem outros cuidados que devem ser tomados com relação a
operação de empilhadeiras, como a supervisão constante do empregado inicialmente, a fim de
identificar os riscos e alertar-lo sobre os perigos de acidentes;

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o) Direitos, deveres e regras de comportamento do condutor: O condutor deve ter sido instruído sobre
os seus direitos e deveres, assim como sobre a utilização do veículo, pelo que tem de conhecer o
conteúdo deste manual de instruções. Os direitos exigidos devem lhe ser garantidos;
p) Proibido a utilização por parte de empregado não autorizado: O condutor é responsável pelo veículo
durante o tempo em que o estiver a utilizar. Ele tem de impedir a sua utilização ou manuseio por parte
de pessoas não autorizadas. É proibido transportar ou elevar pessoas.

6.3.5.5. Caminhão com Guindauto

Figura 8: Caminhão com guindauto

a) Ao ser utilizado deverá ser adaptada ao trabalho que irá realizar, devendo-se analisar a natureza,
forma da carga e peso para uma escolha correta;
b) O operador deve verificar sempre o peso e a distância do centro de gravidade da carga;
c) O guindauto deve possuir sinalização sonora no acionamento da marcha ré;
d) O operador deve dirigir com cuidado nas esquinas, usando sempre a buzina, com toques intermitentes
e breves, respeitando as sinalizações existentes;
e) Ao deixar o caminhão, desligar o motor, engatar uma marcha, abaixar os guinchos e puxar o freio de
mão. Calçar as rodas ao estacionar numa rampa. Ao estacionar procurar um lugar seguro que não
interfira com a circulação nem obstrua o acesso aos equipamentos de emergência;
f) Ao finalizar o estacionamento do caminhão, o motorista deverá posicionar as sapatas do caminhão
para evitar que tombe durante a movimentação da carga. As sapatas devem ser postas sobre terreno
firme para evitar que afunde com o peso da carga e se necessário colocar calços entre as sapatas e
o terreno;
g) Na realização de serviço certificar-se que o veículo esteja devidamente estacionado e impossibilitado
de efetuar movimentos. O veículo deverá estar freado, de preferência com bloqueios que impeçam
movimentos das rodas, bem como com a área isolada e sinalizada;
h) O operador deverá ser devidamente habilitado e capacitado e ter a sua atenção completamente
concentrada na atividade que está desenvolvendo.

6.4 Aparelhamento de Cargas

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6.4.1. Seleção de instrumentos adequados para manipulação de carga

a) Selecionar os instrumentos apropriados para manipular a carga e que estejam para a capacidade
correta conforme os cálculos para elevação da carga;
b) Os instrumentos devem possuir os laudos de ensaios atualizados, do contrário, deverão ser
separados e ensaiados;
c) As cintas de fibra sintética também devem estar identificadas com as capacidades de içamento,
conforme a angulação;
d) Inspecionar a corrente ou cabo metálico antes de usá-los:
e) Procure evidências de entorses, quebras ou danos causados por aquecimento;
f) Em caso de perda de diâmetro nominal, consultar o fabricante para determinar o limite do desgaste;
g) Ao inspecionar outros instrumentos a serem utilizado:
 Não usar acessórios de içamento cujas extremidades estejam corroídas, gastas, dobradas ou
postas incorretamente;

 Se há mais de um fio quebrado no encaixe do terminal, o cinto ou o cabo deve ser substituído;
 Inspecionar as amarras em relação à capacidade de elevação de cargas e possíveis danos.

6.5 Inspeção dos Materiais e Ensaios

6.5.1. Inspeção

Todos os equipamentos devem ser inspecionados diariamente e antes de cada uso.


Os equipamentos devem ser inspecionados uma vez por mês pelo supervisor/coordenador da equipe em
conjunto com a segurança do trabalho e as informações devem ser informadas na folha de inspeção do
material.
Estabelecer um programa de manutenção preventiva baseada nas recomendações do fabricante do
equipamento.
Equipamentos de elevação como gancho, cabos, devem ser inspecionados todas as costuras, fivelas e
conectores, a procura de falhas na costura, oxidações e deformações.
Para garantir a integridade de toda a equipe de içamento de cargas, cada responsável determina uma
inspeção anual a ser realizada por uma empresa externa certificada, apoiada pela infraestrutura e redes Brasil
(inspeção estrutural, mecânica e operacional, prova de capacidade de carga e laudo de calibração dos
dispositivos de segurança).
 Uma vez por ano deve ser feita a inspeção por profissional capacitado.

 Manter registros atualizados e disponíveis para análise e revisão por parte da pela infraestrutura e
redes Brasil.
 Itens a serem inspecionados de acordo com cada equipamento de elevação decarga:

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6.5.2. Pontes Rolantes e Guindastes

Figura 9: Pontes rolantes e guindastes

a) Sinalização da capacidade de carga do equipamento;


b) Sinalização sonora, quando aplicável;
c) Gancho e trava de segurança;
d) Correntes e cabos;
e) Acionamento elétrico (botoeiras).
Qualquer anomalia identificada nas inspeções deve ser cuidadosamente examinada para avaliar a extensão
do risco a segurança de operação da ponte rolante e seus elementos constituintes, tais como:
a) Partes deformadas, trincadas ou corroídas;
b) Pinos ou rebites soltos;
c) Roldanas ou tambores trincados ou com fadiga;
d) Desgaste excessivo em partes do sistema de freios, lonas de freios, linguetas, catracas;
e) Carga, e outros indicadores acima do limite máximo, para qualquer incorreção significante;
f) Excessivo desgaste de engrenagem para corrente e extensão excessiva da corrente;
g) Instrumentos elétricos com sinais de corrosão ou qualquer deterioração de contatos do controle,
chaves e estações de botoeiras;
h) Redução do diâmetro do cabo abaixo do diâmetro nominal devido a perda da alma suporte, corrosão
interna ou externa ou desgaste dos cabos externos;
i) Conexões terminais corroídas, rachadas, curvas, gastas ou impropriamente aplicadas.

6.5.3. Talhas

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Figura 10: Talhas

a) Sinalização da capacidade de carga do equipamento;


b) Gancho e trava de segurança;
c) Correntes e cabos;
A conformidade das talhas será avaliada através das manutenções realizadas pela infraestrutura e redes
Brasil, as quais devem observar os seguintes aspectos:
a) Superfícies livres de nódulos, rebarbas, incrustações, cantos vivos e trincas;
b) Acomodação da corrente no carretel de modo que seu deslocamento seja uniforme e sem percalços;
c) Trava de segurança nos ganchos;
d) Movimento de rotação dos ganchos nas respectivas bases;
e) Todos os elos da corrente com junções soldadas pelo processo de fusão ou caldeamento;
f) Extremidade da corrente com argola de segurança;
g) Grau de corrosão de todos os dispositivos metálicos;
h) Verificação do funcionamento da talha quanto à reversão freio auto bloqueável.

6.5.4. Empilhadeiras

Figura 11: Empilhadeiras

a) Radiador: colméia e nível d’água;


b) Óleo: cárter, hidráulico e freio;

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c) Freios: de pé e de mão;
d) Sinalização: sonora e visual (indicação da capacidade de carga);
e) Bateria: água e cabos;
f) Combustível: nível;
g) Painel: amperímetro, termômetro, manômetro, buzina, combustível e horímetro;
h) Pneus: pressão e estado de conservação;
i) Pedais: embreagem, freio e acelerador;
j) Vazamentos: água, óleo e combustível.
A conformidade da empilhadeira será avaliada através das manutenções realizadas pela infraestrutura e
redes Brasil, as quais devem observar os seguintes aspectos:
a) Situação da buzina e faróis de iluminação;
b) Situação dos pneus;
c) Situação dos garfos e seus dispositivos de travamento;
d) Se há vazamento de G.L.P.;
e) Extintor de incêndio;
f) Vazamento de óleo hidráulico e cárter;
g) Situação dos freios e lanternas de sinalização;
h) Nível do óleo do cárter;
i) Nível da água do radiador;
j) Verificar o funcionamento do conjunto hidráulico;
k) Verificação geral dos equipamentos elétricos.

6.5.5. Caminhões Guindauto

Figura 12: Caminhões Guindauto

a) Sistema hidráulico;

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b) Óleo: cárter, hidráulico e freio;


c) Freios;
d) Alavancas de comando;
e) Sinalização: sonora e visual (indicação da capacidade de carga);
f) Sistema elétrico;
g) Pneus: pressão e estado de conservação;
h) Extintor de incêndio;
i) Sapatas;
j) Vazamentos.

6.5.6. Ensaios e Testes

Os ensaios não destrutivos, se realizarão sob os critérios estabelecidos na Seção 5 da ASME e AWS D1.1,
nos termos e definições incorporados na AWS A 3.0 e ASTM 391-65.
Os testes de estabilidade se baseiam nos conceitos de SAE J765.
As tolerâncias e limitações são tomadas a partir das recomendações que são inerentes, juntamente do que
já foi mencionado.
Antes de iniciar a atividade, todos os equipamentos que serão utilizados na elevação de cargas devem ser
testados por uma empresa a ser previamente aprovada pela infraestrutura e redes Brasil antes de serem
descartados, para assegurar que o cumprimento dos requisitos operacionais incluindo funções, tais como:
 Mecanismos para içar e baixar carga;

 Mecanismos de deslocamento do carrinho;

 Mecanismos de deslocamento da “viga testera”;


 Mecanismo de travamento para a carga;
 Elementos ou dispositivos de segurança.
Para o caso das pontes rolantes, os resultados dos testes operacionais devem estar disponíveis junto ao
equipamento.
Antes de iniciar a atividade, todos os equipamentos de içamento de carga devem ser testados por empresa
terceirizada aprovada pela infraestrutura e redes Brasil. A substituição do cago está especificamente excluída
desta exigência:
 As cargas testadas não devem exceder em 125% da capacidade de carga do fabricante (para pontes
rolantes);
 Se deve elaborar um relatório mostrando os procedimentos de teste e resultados e confirmar se os
reparos ou alterações foram executados de maneira adequada.
Produzir um relatório para o ensaio, quando for necessário classificá-lo novamente;

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Nenhum equipamento de içamento de cargas deve ser reclassificado em excesso das capacidades de carga,
a menos que as mudanças sejam aprovadas pelo fabricante do equipamento.
Os testes operacionais e de capacidade de carga devem ser repetidos anualmente. Os documentos de
certificação que comprovam os testes operacionais de carga devem ser enviados à infraestrutura e redes
Brasil.

6.6 Data da Vigência:

Após a data de publicação, os descumprimentos de quaisquer dos itens desta instrução técnica serão
considerados como descumprimentos de segurança e estão sujeitas as penalidades cabíveis.

7. ANEXOS
Esse documento não possui anexo.

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