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Agradecimentos adicionais
material dos Mitos foi adaptado de muitos
Vez ou outra, o
Chamado de Cthulhu
4
SSuu
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o
Cthulhu
O Chamado de
O Horror em Argila.........................................................6
A Narrativa do Inspetor Legrasse..................................9
A Loucura Vinda do Mar............................................. 15
Sistema de Jogo
Introduçao............................................................................... 24
Termos de Chamado de Cthulhu................................ 31
Sobre os Investigadores......................................................... 34
Amostra de Ocupaçoes................................................ 41
Criando o seu Investigador......................................... 44
Notas Sobre as Ocupaçoes........................................... 46
Criando Harvey Walters.............................................. 49
Regras e Habilidades.............................................................. 51
Habilidades e Chance Básica....................................... 70
Tabela de Resistencia.................................................... 71
Tabela de Armas............................................................ 72
Regras Rápidas para Lesoes......................................... 74
Regras Rápidas de Combate........................................ 76
Regras Rápidas para Armas de Fogo.......................... 78
Sanidade e Insanidade........................................................... 81
Tratamento de Insanidade........................................... 88
Exemplo de Jogo..................................................................... 94
Magia........................................................................................ 97
O Primeiro Feitiço de Harvey: um Exemplo........... 103
Exemplos de Livros de Ocultismo............................ 106
Os Grandes Livros dos Mitos.................................... 107
Mais Tomos dos Mitos............................................... 111
O Chamado de Cthulhu
O Cham ado 5
de Cthulhu
Chamado de Cthulhu
6
O Chamado de Cthulhu
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íngreme que servia de atalho do cais até a casa do falecido
na Rua Williams. Os médicos nao conseguiram
encontrar nenhuma doença visível, mas concluíram,
depois de um debate ambíguo, que alguma lesao obscura
do coraçao, induzida pela subida enérgica de uma
ladeira tao íngreme por alguém tao velho, havia sido
responsável pela morte. Na época, nao tive motivos
para discordar dessa conclusao, mas recentemente eu
me sinto inclinado a estranhar – e mais do que isso.
Como herdeiro e executor testamentário de meu
tio-avô, pois ele morreu viúvo e sem filhos, se esperava
que eu examinasse seus papéis com profundidade; e,
com esse propósito, transferi todos os seus arquivos
e caixas para o meu alojamento em Boston. A maior
parte do material que eu pesquisei foi publicada depois
pela Sociedade Arqueológica Americana, mas
havia uma caixa que achei profundamente intrigante,
e que me fez sentir muito relutante em mostrar para os
outros. Ela estava fechada, e nao encontrei a chave até
que me ocorreu de examinar o anel pessoal que o professor
carregava sempre em seu bolso. De fato, eu consegui
abrir, mas ao faze-lo, parecia apenas estar diante
de um obstáculo ainda maior e mais bem guardado.
Qual seria o significado do estranho baixo-relevo de
argila e das anotaçoes desconexas, divagaçoes e recortes
que encontrei? Teria meu tio, no final de sua vida,
se tornado crédulo dos mais superficiais embustes? Eu
resolvi procurar o escultor excentrico responsável por
aquela aparente perturbaçao na paz de espírito de um
senhor de idade.
O baixo-relevo era um retângulo áspero com menos
de tres centímetros de grossura e cerca de doze
por quinze centímetros de área; obviamente de origem
moderna. No entanto, o seu desenho era muito mais
do que moderno na sua atmosfera e sugestao; pois,
embora os caprichos do cubismo e futurismo sejam
muitos e selvagens, eles raramente reproduzem aquela
regularidade críptica que está a espreita na escrita
pré-histórica. E os escritos certamente pareciam ser de
algum tipo de escrita, ainda que minha memória, apesar
de muito familiarizada com os papéis e coleçoes de
meu tio, tenha falhado em identificar essa espécie em
particular ou mesmo em sugerir uma remota ligaçao.
Acima dos aparentes hieróglifos estava uma figura
de evidente propósito pictórico, embora sua execuçao
impressionista proibisse uma ideia mais clara de sua
natureza. Parecia ser um tipo de monstro, ou um símbolo
representando um monstro, de uma forma que
apenas uma mente doentia poderia conceber. Se disser
que minha imaginaçao um tanto extravagante produziu
imagens simultâneas de um polvo, um dragao e uma
caricatura humana, eu nao seria infiel ao espírito da
coisa. Uma cabeça carnuda com tentáculos coroava um
corpo grotesco e escamoso com asas rudimentares; mas
era a imagem por completo que a tornava mais chocantemente
assustadora. Por trás da figura havia uma vaga
sugestao de um fundo arquitetônico ciclópico.
A escrita que acompanhava essa singularidade
estava, com exceçao de uma pilha de recortes, manuscrita
na caligrafia mais recente do Professor Angell; e
o seu estilo nao possuía nenhuma pretensao literária.
O que parecia ser o documento principal intitulava-se
“CULTO A CTHULHU” em caracteres meticulosamente
impressos para evitar uma leitura errada de uma
palavra tao inaudita. Esse manuscrito estava dividido
em duas partes, a primeira se chamava “1925 - Sonho
e Trabalho Onírico de H. A. Wilcox, 7 Thomas St.,
Providence, R.I.” e a segunda, “Narrativa do Inspetor
John R. Legrasse, 121 Bienville St., Nova Orleans, LA.,
no Encontro da S.A.A. de 1908 – Notas do mesmo e
Rel. do Prof. Webb.” Os papéis do outro manuscrito
eram apenas notas breves, algumas delas relatos de
sonhos estranhos de diferentes pessoas, algumas citaçoes
de livros e revistas teosóficas (particularmente
Atlântida e a Lemúria, continentes desaparecidos de W.
Scott Elliot), e o resto sao comentários sobre a longa
sobrevivencia de sociedades secretas e cultos ocultos,
com referencias a passagens em livros como “O Ramo
Dourado”, de Frazer, e “O Culto as Bruxas na Europa
Ocidental”, da Srta. Murray. Os trechos aludem a uma
enfermidade mental atroz, e a erupçoes e surtos de
loucura ou mania coletiva na primavera de 1925.
A primeira metade de manuscrito principal relatava
uma história muito peculiar. Ao que parece, no dia 1o de
março de 1925, um jovem magro, soturno e de aspecto
neurótico procurou pelo