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Manual de Operação do

Container Refrigerado
(Carrier)

Ver. 09/05/2016
Instalando o container

1 - O primeiro passo para efetuarmos a instalação de um container refrigerado


em um local é verificar onde o container irá ficar. O mesmo deve ficar em um
localonde a ventilação do ambiente seja satisfatória para o funcionamento correto
do maquinário, não devendo ultrapassar 45º C.

Certifique-se que não existam obstruções (postes, portões, cabos elétricos,


arvores, etc...), e se há espaço suficiente para a manobra do caminhão,descarga
e posicionamento do container.

Ficar atento para que o equipamento de descarga seja o mais adequado para o
espaço do local e fazer previamente uma avaliação se existe necessidade de
movimentação especial (posicionamento em rampas, dentro de armazéns,etc...).

2 - O segundo passo é colocar o container de forma correta sobre o piso. Deverá


haver uma pequena inclinação da máquina para a porta do container (consegue-
se isso colocando um calço na parte da máquina), a fim de que não acumule
líquidos na saída da ventilação interna. O acúmulo de líquido na saída da
ventilação pode provocar formação de gelo e obstruir a circulação de ar
internamente

Existem dois tipos de instalação:

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Simples:

 É aconselhável manter o container +- 20 cm acima do solo.Tal fato facilita o


escoamento de líquidos debaixo do container e sua limpeza. Isto poderá ser feito
com 4 lajotasde concreto ou calços de madeira apoiadas nas extremidades.

 A extremidade onde está localizado o maquinário, deveráestar entre 5cm a


10cm mais alto que as extremidades daporta. Isto faz com que líquidos no interior
do containerfluam em direção à porta.

1,5 metros
12,2 metros (40’) ou 6,2 metros (20’)

2,00
metro

Distância mínima Inclinação


maquinário-obstáculo frontal para a porta

Piso nivelado

Calço de +- 20 cm Calço de +- 15 cm
sobre a coluna na sobre a coluna na
frente (máquinario) traseira (portas)

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Plataforma:

As quatro extremidades do container sendo apoiadas,sobre tambores de 200


litros, contendo pedras e concretoem seu interior, cuja altura será equivalente a
uma plataforma, facilitando assim a transferência de carga paracaminhões ou
para dentro de armazéns. Também podemser feitas quatro vigas de concreto
de medida 30x30cm e na altura necessária para atingir a plataforma. Os apoios
só podem ser feitos nas extremidades do container.

Em ambas instalações, a parte do container onde está localizada a unidade de


refrigeração deverá ficar entre 5 cm e 10cm mais alto que a porta permitindo
uma leve inclinação que facilitará o escoamento da água durante a lavagem e
limpeza do interior do container na direção das portas.

Antes de encerrar a colocação do container na posição final de trabalho, deve-


se tomar a precaução de verificar através do uso de um “nível” se o alinhamento
da unidade sobre o solo (apoios) está perfeito. Deve-se então, abrir e fechar
as portas por diversas vezes certificando-se de que o container encontra-se
nivelado e em esquadro. A má colocação do container (fora de esquadro)
causará dificuldades no fechar das portas e, muito provavelmente, problemas
com as borrachas de vedação ali existentes (fuga de frio, entrada de água, acesso
para insetos rasteiros, etc.).

É importante salientar que antes de começar a armazenar e distribuir osprodutos


no interior do container, devemos deixá-lo ligado por no mínimo 30minutos
com as portas fechadas enquanto vazio, para que o mesmo esteja na
temperatura apropriada quando começar a ser estufado.

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3 - O terceiro passo é checar que tensão disponível há no local onde o container
será ligado. O maquinário do container trabalha com tensão de alimentação de
440V trifásico, com tensão mínima de 380V. Opcionalmente, o maquinário pode
vir com um auto transformador de 220V / 440V para locais onde só possuam rede
trifásica 220V.

Notar que a rede deve suportar 15KVa de potência, que é o mínimo necessário
para que o container funcione normalmente, sem que haja variações bruscas
de tensão.

Caso a rede local seja 380V, o container irá trabalhar de forma satisfatória
desde que não haja grandes variações de tensão no fornecimento de energia. Isso
pode causar a para inesperada do equipamento e danificar motores e eletrônicos.

Após verificar qual rede de energia dispõe o local onde o container será ligado,
vamos visualizar o maquinário e seus componentes:
Motores de Evaporador

Painel de Controle / Teclado

Motor de Condensador

Condensador

Compressor
Cabo de Energia

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Especificações técnicas do container

MODELO 20' 40' standard 40' high cube

MEDIDAS INTERNAS (m)


COMPRIMENTO 5,45 11,56 11,56
LARGURA 2,29 2,29 2,29
ALTURA 2,26 2,23 2,50
ALTURA ÚTIL 2,16 2,13 2,40
MEDIDAS EXTERNAS (m)
COMPRIMENTO 6,06 12,20 12,20
LARGURA 2,44 2,45 2,45
ALTURA 2,59 2,60 2,88
CAPACIDADE DE ARMAZENAGEM
NOMINAL (m3) 28,3 59,0 67,4
UTILIZÁVEL (m3) 27,0 56,3 63,8
PALLETS (un.) 9 20 22
CAPACIDADE DE CARGA (kg)
PARA TRANSPORTE 27.390 28.600 29.290
PARA ARMAZENAGEM 41.000 43.000 43.000
TARA APROXIMADA 3.100 4.000 4.700

Tensão 380 / 460 - Trifásico


Frequência 60 Hertz
Potência 15KVa
Consumo Max de AMP 25amp
Consumo Max de Energia 13.5kW
Range de Temperatura +30 Graus / -30 Graus Celsius
Plug Macho - 32amp - Trifásico - 3P+T
Cabo de alimentação Cabo PP 4x6mm Flexível - 3P+T - 16m comprimento
Gás Refrigerante R-134a
Sistema de Degelo Resistência de Aquecimento
Estrutura Aço ou Alumínio
Estrutura Interna Paredes, teto e portas em Inox
Piso T-Floor em alumínio
Revestimento Térmico Poliuretano
Ruído 100db aprox.
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Conectando o container em 220V.

Estrutura básica necessária – Rede Elétrica:

 Quadro de tomada – Tensão 220V – Trifásico


 Disjuntor da tomada de 40amp (no mínimo)
 Plug Fêmea 32ª trifásico (3P+T)
 Transformador de Tensão – 220V para 440V

Sabendo que a rede local é 220V trifásico, devemos instalar o container da


seguinte forma.

 Conecte o plug macho do transformador na tomada do quadro 220V


 Conecte o plug macho do container na tomada do transformador
 Ligue o container

Feito isso, a instalação está completa!

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Conectando o container em 220V.

Foto Transformador 220 / 440V

Plug Macho - Entrada Transformador – 220V


Plug Fêmea - Saída Transformador – 440V

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Conectando o container em 440V

Estrutura básica necessária – Rede Elétrica:

 Quadro de tomada – Tensão 380/440V – Trifásico


 Disjuntor da tomada de 40amp (no mínimo)
 Plug Fêmea 32ª trifásico (3P+T)

Sabendo que a rede local é 380V ou 440V trifásico, devemos instalar o


container daseguinte forma.

 Conecte o plug macho do container na tomada do quadro 380 ou 440V


 Ligue o container

Feito isso, a instalação está completa!

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Iniciando o funcionamento do maquinário

Para iniciarmos o funcionamento do maquinário agora que este já está


conectado à rede elétrica local, segue abaixo:

Disjuntor CB-2

Display
digital Teclado

Disjuntor CB-1

Degelo manual Chave liga-desliga


(MD) (ST)
Temperatura Temperatura
configurada atingida

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Conforme figura anterior, checar se o disjuntor do quadro de controle docontainer
(CB-1) está na posição ligado (ON). Após, ligar a chave ST que selocaliza
abaixo do teclado.

Deve-se observar que o funcionamento do maquinário é automático, não


necessitando de ajustes no comando elétrico. Como exemplo, podemos citar o
funcionamento do container para -18,0° C.

Após ligar o container será observado o funcionamento como segue abaixo:

1 – O display irá acender;

2 – Os ventiladores internos entrarão em funcionamento;

3 – O ventilador externo entrará em funcionamento;

4 – O compressor entrará em funcionamento.

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Alterando SET POINT

Caso haja a necessidade de se alterar o SET POINT do container, devemos


seguir os passos abaixo:

No teclado existente, há duas setas para cima e


para baixo. Selecione a nova temperatura. Enquanto
o display da esquerda estiver piscandopressione a
tecla ENTER para validar a temperatura selecionada.
Assim o sistema de refrigeração estará configurado
para a nova temperatura.

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Degelo Automático e Manual

O container já vai programado para o cliente, com o degelo automático para 3 –


3 horas, ou seja, a cada 3 horas o container irá entrar em modo de degelo
automático para remover o gelo que se forma no evaporador para evitar obloqueio
da circulação de ar interno. Caso haja a necessidade de se mudar otempo de
degelo, devemos seguir os passos abaixo:

Devemos apertar a tecla Defrost Interval. Aparecerá no display da esquerda a


sigla CD27 e no display da direita um número, normalmente 6 (6 Horas). Para
aumentar ou diminuir o tempo de degelo, devemos primeiro apertar ENTER.
Notar-se-á que o display da direita começará a piscar.
Com as setas para cima ou para baixo, selecione o tempo desejado (A –
Automático, 3 – 3 horas, 6 – 6 horas, 9 – 9 horas, 12 – 12 horas, 24 – 24
horas). Após selecionar o tempo desejado, aperte novamente ENTER para
confirmar a alteração.

Observação: Para cargas com temperaturas positivas (Acima de 0,0°C)


podemos deixar um tempo de degelo maior que 3 horas. Para cargas com
temperaturas negativas, é aconselhável que o degelo seja de no máximo 6
horas para evitar o bloqueio do evaporador, e conseqüente obstrução da
circulação de ar interna.

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Caso haja necessidade, para verificar a temperatura do sensor
de temperatura do degelo, pressionamos a tecla CODE SELECT
teremos acesso às diversas funções do sistema,representadas
pelas letras CD.

Pressionando as teclas CIMA ou BAIXO alteramos os códigos


selecionados disponibilizados pelo display da esquerda, sendo
o código CD26 o código para o sensor de temperatura de degelo.
Quando o display da esquerda mostrar CD26 o displayda direita
indicará a leitura de temperatura correspondente.

O degelo manual deve ser realizado toda vez que o container for desligado para
ser carregado com mais carga, ou, desligado por certas horas e depois
religado. Isso evita o acúmulo de gelo no evaporador e o posterior bloqueio do
mesmo.

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Verificando o funcionamento do Maquinário

Através do display poderemos monitorar diversas grandezas. Para tanto


deveremos prosseguir conforme segue abaixo:

Para verificar a temperatura do sensor de temperatura do degelo,


pressionamos a tecla CODE SELECT teremos acesso às diversas
funções do sistema, representadas pelas letras Cd.

Pressionando as teclas CIMA ou BAIXO alteramos os códigos


selecionados disponibilizados pelo display da esquerda. No display
da direita teremos a leitura referente ao código mostrado. (veja
tabela de códigos abaixo)

Códigos desejáveis para monitoramento

Cd04 – corrente fase A Cd05 – corrente fase B


Cd06 – corrente fase C Cd07 – tensão da rede
Cd08 – frequência da rede Cd09 – temperatura ambiente
Cd17 – umidade relativa no interior do Container Cd27 – intervalo de degelo
Cd30 – tolerância da variação de temperatura

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Procedimentos para Alarme

No caso de mau funcionamento o display da esquerda indicará o código do


último alarme acionado, indicado pela sigla AL. Este código deve ser informado
imediatamente a Assistência Técnica para que esta possa tomar as
providências necessárias.
Além do último alarme acionado é interessante que a Assistência Técnica
receba informação dos demais alarmes ocorridos. Para obter acesso a lista de
alarmes ocorridos siga o procedimento descrito:

Pressione a tecla ALARM LIST. No display esquerdo aparecerá o


número sequencial da lista de alarme

Pressionando as teclas CIMA ou BAIXO teremos acesso aos


demais alarmes ocorridos, indicados no display da esquerda. O
status do alarme será indicado no display da direita, podendoestar
ativo, representado pela sigla AA ou inativos representadospela
sigla IA.

Deve ser informado a Assistência Técnica os códigos de todos os alarmes


listados e respectivos status.

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NOTA: se todos os alarmes estiverem inativos, ao final da lista
de alarmes, aparecerá a palavra CLEAR. Enquanto visualizada
no display, pressionando-se a tecla ENTER, a lista de alarmes
será apagada, não havendo necessidade de atendimento técnico.
Recomenda-se manter a lista de alarmes sempre vazia, de
forma a poder-se identificar com mais facilidade novas
ocorrências. Caso haja um único alarme ativo (AA), aofinal da
lista de alarmes teremos a palavra END, não sendopossível
limpar a lista.
Alarmes Críticos - todos os de série 20 - necessitam ação
imediata.
Alarmes Secundários - Os das séries 50 e 60 - nem sempre
necessitam ação imediata, pois há recursos que permitem o
funcionamento da máquina.
Alarmes de série 70 e 80 - referem-se ao Datacorder, não
interferem no controle da temperatura. Neste caso pode-seestar
deixando de registrar as ocorrências e temperaturasdevido a mau
funcionamento do armazenador de dados.

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Dicas e observações importantes

1 – Lavar periodicamente o condensador do container, evitando o acúmulo de


poeira, e consequente perda de rendimento do container. O acúmulo de poeira,
com passar do tempo, pode tornar ineficiente a troca de calor, agredir e até
mesmo gerar corrosão no condensador, fazendo com que o container desarme
por alta pressão, forçando o sistema, por fim causando um desgaste anormal do
equipamento.

2 – Lavar sempre o container internamente, evitando acúmulo de gelo e sujeira


sobre o piso interno do container – O acúmulo de gelo pode obstruir a circulação
de ar, causando perda de rendimento da temperatura interna e da carga, e
podendo dar a impressão que o maquinário está com problema. A obstrução
muitas vezes causa falha nos sensores de temperatura, que acabam marcando
temperaturas irreais. Somente após a limpeza interna e a retirada de todo o gelo
que estava obstruindo a circulação, pode- se verificar realmente o funcionamento
do maquinário.

3 – Evitar usar o container como se fosse uma geladeira comum, abrindo e


fechando a porta várias vezes ao dia – Este procedimento faz com que o
evaporador bloqueie de gelo, pois a cada abertura da porta com o container
ligado, acaba trazendo muita umidade e ar quente externo para o evaporador, essa
umidade em excesso provoca a formação de gelo no evaporador. Nestas
condições, o equipamento trabalha forçado devido ao gelo acumulado no
evaporador, podendo futuramente causar danos sérios ao compressor.

4 – Observar sempre se o nível de tensão da rede elétrica não está oscilando


ou abaixo do mínimo exigido. A tensão não pode baixar mais que 380V. Se isso
acontecer, pode causar mau funcionamento no equipamento, queima de
componentes elétricos e motores ou até deixar de funcionar o container.

5 – O container é provido de um micro controlador, o qual armazena o histórico de


dados durante toda a vida útil do container permitindo ao técnico autorizado
fazer downloads sempre que necessário, afim de checar qualquer adversidade
que tenha ocorrido durante o período de funcionamento do container ou durante
possíveis intervenções a pedido de nossos clientes.

6 – Verifique seu perfil de consumo junto à empresa de fornecimento de energia


da sua cidade, e procure adequar a sua nova demanda de consumo.

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