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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE

CATÓLICA PORTUGUESA

“AS ORIGENS HISTÓRICAS DO CRISTIANISMO”


“Primeira expansão do cristianismo na Palestina”
José Miguel García

Disciplina: Cristianismo e Cultura


Professor: José Nunes

Trabalho realizado por:


Susana Fernandes Silva Tavares
N.º 140122088, Turma 1 04 de Dezembro de 2022, Lisboa
ÍNDICE

Introdução .......................................................................................... 3
José Miguel García Pérez .................................................................... 4
Primeira expansão do cristianismo na Palestina ................................ 5
A comunidade cristã em Jerusalém .................................................... 5
Expansão do Cristianismo fora da Palestina........................................ 6
Comentário/Conclusão.........................................................................7
Bibliografia ...........................................................................................7

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Introdução
O presente trabalho pretende proceder à análise de uma parte de um excerto
da obra “As origens históricas do cristianismo” de José Miguel García Pérez, que
pertence ao capítulo XV. O capítulo XV aborda essencialmente o tema da “Primeira
expansão do cristianismo na palestina”.
O objetivo deste trabalho será analisar e compreender o tema referido,
focando a análise na questão da expansão do cristianismo na Palestina e também
fora da Palestina. De forma a concluir o objetivo, no tema a abordar a sua atualidade
será tida em conta.
Esta obra coloca-nos em contacto com a história dos cristãos do século I: o
homem Jesus de Nazaré, a primeira difusão do cristianismo na Palestina e a sua
posterior propagação pela Ásia Menor e Europa, entre outros, assim sendo todos
estes conceitos serão mencionados e possivelmente brevemente explicados.

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José Miguel García Pérez

Nasceu em 1951 em Madrid e realizou os seus estudos eclesiásticos no


Seminário Maior de Madrid, sendo ordenado sacerdote em 1975. Após um ano de
permanência na Universidade Católica de Washington, obteve o doutoramento em
Teologia pela Faculdade de Teologia do Norte de Espanha em 1984.

Publicou várias obras com bastante sucesso, entre elas “San Lucas, evangelio
y tradición”; “Cuándo fueron escritos los evangelios”; “El testimonio de san Pablo”,
“Los supuestos relatos ficción y leyendas en los evangelios” e a que nos é relevante
no âmbito deste trabalho: “Los origenes historicos del Cristianismo “, obra publicada
a 15 de Janeiro de 2007.

Atualmente é delegado diocesano da Pastoral Universitária, sendo promotor


e diretor da cátedra de Teologia da Universidade Complutense. É também professor
de Sagrada Escritura da Faculdade de Teologia San Dámaso e do Instituto de Ciências
Religiosas de Madrid.

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Primeira expansão do cristianismo na palestina

Primeiramente considero importante esclarecer o conceito de cristianismo, o


cristianismo é uma religião abraâmica monoteísta centrada na vida e nos
ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento.
A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador
e Senhor. Graças a Jesus de Nazaré a humanidade é presenteada com a possibilidade
de viver em plena comunhão consigo mesma, com o mundo e com Deus.
Na obra “As origens históricas do cristianismo “, no capítulo XV está em
destaque o tema da primeira expansão do cristianismo na palestina, onde o autor
aborda a expansão do cristianismo na Palestina e também fora da Palestina.
O autor utiliza primeiramente o livro dos Atos dos Apóstolos como fonte
principal para conhecer os primeiros passos da difusão do cristianismo. Este livro é
considerado um livro com valor histórico, este evoca por vezes a história de Israel e
de muitos outros países, demonstrando a sua pretensão de narrar história e embora
alguns estudiosos tenham negado qualquer valor histórico a este livro por séculos,
L.T. Johnson concluiu, utilizando o princípio elementar de crítica histórica, que Lucas
( tradicionalmente identificado como o autor do livro dos Atos) é “preciso no que
diz”, e desse modo podemos confirmar a historicidade do seu livro.

A comunidade cristã em Jerusalém

No livro dos Atos dos Apóstolos está retratada a comunidade cristã de


Jerusalém, algo que conseguimos compreender através de diversas citações, como
por exemplo: “Na Páscoa do ano 30 Cristo morre crucificado nos arredores de
Jerusalém.” ; “Ao chegar a festa de Pentecostes, outra das festas de peregrinação,
voltaram a Jerusalém para receber o Dom Espírito Santo.” De acordo com as
primeiras páginas dos Atos, era Pedro quem destacava a autoridade principal da
comunidade de Jerusalém, que se constituiu em volta dos Doze. Os Doze são
nomeados de apóstolos.
Os primeiros passos do cristianismo são, normalmente, recriados pelos
estudiosos através de esquemas judeus. O cristianismo viria a ser um grupo judeu
mais dentro do judaísmo plural do segundo templo, no entanto tal não acontece
uma vez que a comunidade crista não partilha características que configurem a sua
identidade com nenhum outro grupo judeu.
A comunidade cristã é formada durante a festa de Pentecostes do ano 30,
onde se dá a “primeira difusão da igreja nascente em Jerusalém” – “Os que
aceitaram a sua palavra foram baptizados e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca
de três mil pessoas eram assíduos ao ensino dos apóstolos à união fraterna, à fracção
do pão e às orações”. As principais características apontadas por Lucas neste excerto
são: o ensinamento apostólico, a fracção do pão e os momentos de oração comum..

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Expansão do Cristianismo fora da Palestina

Mais tarde, por volta do ano 32, morre Estevão (o primeiro mártir cristão),
este acontecimento leva a cabo uma perseguição por parte do sinédrio contra os
membros da comunidade cristã, o que originou uma dispersão dos membros da
comunidade de Jerusalém. No entanto, este ataque ao cristianismo acabou por ser
favorável ao mesmo, uma vez que acabou por ser favorável à sua difusão, assim
sendo, os primeiros passos da religião cristã chegaram à Samaria, Asdod e Cesareia
marítima (Act 8).
Fora da Palestina, o cristianismo difundiu-se rapidamente, graças ao espírito
de fraternidade que era característico das comunidades cristãs, e também graças à
entreajuda e aos serviços que ajudavam os marginais e os mais necessitados.
No entanto São Paulo é que foi principal protagonista da difusão do
Cristianismo fora da Palestina. No ano 33, Paulo, “ia a caminho de Damasco para
executar uma resolução tomada pelas autoridades judaicas contra os cristãos
daquela cidade” mas acaba por se converter ao cristianismo por causa de uma visão
de Jesus ressuscitado. Após este acontecimento imprevisível, Paulo começa a propor
o cristianismo aos judeus de Damasco e da Arábia. Nas palavras de São Paulo: “Não
há mais um judeu ou um gentil, não há um escravo ou um livre, porque todos somos
um perante Jesus Cristo”.

Nota:
A conversão de São Paulo foi um marco importante neste processo de
difusão, desse modo o autor chega até a questionar-se sobre se Paulo podia ser
considerado o fundador do cristianismo.
O autor afirma que as diferentes comunidades confessavam a mesma
fé, fundada nos acontecimentos pascais e conectados com Jesus, sem existir
realmente nenhum fundamento histórico para considerar Paulo o fundador do
cristianismo.

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Comentário/Conclusão

Nesta obra encontramos uma voz seria e crítica relativa à veracidade


histórica dos Evangélicos á vida de Jesus de Nazaré.
A partir do século I, surgem as primeiras manifestações de pessoas a seguir
as ideias de Jesus Cristo, originando o cristianismo.
A vida de Cristo está relatada na Bíblia, sabemos por isso que Jesus, aos 30
anos reuniu 12 apóstolos e iniciou sua pregação, onde dizia ser o filho enviado por
Deus para redimir os pecados dos homens. A partir de então, surgiram diversos
relatos sobre a vida de Cristo, e os seus seguidores propagaram as suas palavras
pelas diversas regiões do Império, sendo que a Palestina terá sido o primeiro lugar
de expansão do Cristianismo.
Esta obra contém certamente alguns pontos ou observações opináveis, no
entanto, há que reconhecer que estamos perante um terreno complexo em que as
posições/opiniões podem ser distintas e igualmente legítimas.

Bibliografia

• http://www.tenacitas.pt/autor/jose-miguel-garcia/
• https://www.casadellibro.com/libro-los-origenes-historicos-del-
cristianismo/9788474908374/1123350

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