The Eminence in Shadow, Vol. 4

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direito autoral
A Eminência na Sombra 04
DAISUKE AIZAWA
Tradução de Nathaniel Hiroshi Thrasher

Arte da capa por Touzai
Este livro é um trabalho de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produto
da imaginação do autor ou são usados de forma fictícia. Qualquer semelhança com
eventos reais, locais ou pessoas, vivas ou mortas, é coincidência.
KAGE NO JITSURYOKUSHA NI NARITAKUTE! Vol. 4 ©Daisuke Aizawa

2021 Publicado pela primeira vez no Japão em 2021 pela KADOKAWA
CORPORATION, Tóquio.
Direitos de tradução para o inglês contratados com a KADOKAWA CORPORATION,
Tóquio, através da TUTTLE-MORI AGENCY, INC., Tóquio.
Tradução para o inglês © 2022 por Yen Press, LLC
A Yen Press, LLC apoia o direito à liberdade de expressão e o valor dos direitos
autorais. O objetivo dos direitos autorais é incentivar escritores e artistas a produzirem
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Primeiro iene na edição: junho de 2022
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do editor.
Nomes de Dados de Catalogação na Publicação da

Biblioteca do Congresso: Aizawa, Daisuke, autor. | Touzai, ilustrador. | Fernandez,
Kristi, 1992– tradutor. | Thrasher, Nathaniel Hiroshi, tradutor.
Título: A eminência na sombra / Daisuke Aizawa ; ilustração de Touzai.
Outros títulos: Kage no jitsuryokusha ni naritakute. Descrição em
Inglês: Primeira edição Yen On. | Nova York, NY: Yen On, 2020. | v. 1 Tradutor,
Kristi Fernandez — v. 2-4 Tradutor, Nathaniel Hiroshi Thrasher.
Identificadores: LCCN 2019034416 | ISBN 9781975359058 (v. 1 ; capa dura) | ISBN

9781975386993 (v. 2 ; capa dura) | ISBN 9781975315771 (v. 3 ; capa dura) | ISBN
9781975341848 (v. 4; capa dura)
Assuntos: CYAC: Sociedades secretas—Ficção. | Bem e mal – Ficção. |
Fantasia.
Classificação: LCC PZ7.1.A369 Em 2019 | DDC [Fic]—dc23 LC registro
disponível em https://lccn.loc.gov/2019034416
ISBNs: 978-1-9753-4184-8 (capa dura)

978-1-9753-4185-5 (e-book)
E3-20220427-JV-NF-ORI
Conteúdo
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Folha de rosto
direito autoral
Prólogo É hora de uma guerra no reino de Oriana!
Capítulo 1 Colocando o Kibosh no casamento de Rose Oriana!
Capítulo 2 Iniciar operação: Obstrução!
Capítulo 3 Destruindo a Cerimônia!
Capítulo Auxiliar Ascensão do Fancy Hoodlum Slayer!
Capítulo 4 Espreitando na Escuridão no Japão Fantástico!
Capítulo 5 Esgueirando-se pelo Japão, assim como nos velhos tempos!!
Capítulo 6 Algo cheira a peixe... Mas uma Eminência nas Sombras sempre resolve o
caso!
Epílogo Eis uma eminência de pleno direito nas sombras!
Apêndice
Posfácio
Boletim Informativo Iene

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Prólogo
É hora de uma guerra no reino de

Oriana!
Às vezes, as pessoas percebem quando estão tendo um sonho.

Para Rose Oriana, acontece sempre no mesmo momento.
No sonho, ela está no Festival Bushin.
Seu pai está diante dela.
Ela saca sua lâmina e o esfaqueia com ela.
Lenta mas seguramente, lenta mas seguramente.
O mundo está quieto, e as únicas coisas que se movem suavemente são Rose, seu pai
e a espada.
Lenta mas seguramente, lenta mas seguramente.
A lâmina atravessa seu pai.
Ela não pode pará-lo. Ela não pode puxá-lo de volta. O tempo apenas flui para a frente, cruel em
sua lentidão e sua segurança.
Enquanto ela viver, Rose nunca será capaz de esquecer a forma como sua carne se
sentiu ao ceder, ou o quão quente seu sangue estava quando a pulverizou.
Ela não pode chorar. Ela não pode gritar. Ela certamente não pode correr.
Seu pai olha para ela. Ele está tentando dizer algo a ela.
Então, ele estende os braços em direção a ela e envolve as mãos ao redor de sua
garganta.
"Eu nunca vou te perdoar."
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"Me desculpe, me desculpe, eu estou..."

Todas as manhãs, Rose acorda ao som de sua própria voz.
Tudo o que seu quarto tem nele é uma cama e uma pequena escrivaninha. Ela está em uma sombra
Base de jardim no Reino de Oriana.

"Pai…"
Lágrimas escorrem por suas bochechas.
A imagem do pesadelo está queimando em suas retinas.

O que seu pai tentou dizer a ela naquele dia fatídico?
Ele se ressentiu dela?
Ele a odiava?
Essas palavras que ele falou em seu pesadelo eram realmente como ele se sentia?
Rose agarra seus lençóis encharcados de suor.
Então, alguém bate na porta dela.
É o número 664.
“Número 666, está na hora.”
"No meu caminho."
Rose enxuga as lágrimas e se troca.
Ela tira a camisa fina grudada em sua pele suada, e um monte de gosma preta se enrola
em sua carne nua.
É o body de slime dela.
Ele conduz magia a uma velocidade tremenda e pode ser moldado livremente em
qualquer forma ou formato. Quando Rose passa sua magia através dele, ele se fortalece ao
ponto em que o cavaleiro das trevas médio teria problemas tanto quanto arranhá-lo.
Os macacões são inovadores o suficiente para revolucionar todo o mundo dos cavaleiros
das trevas e, no entanto, são apenas uma das muitas inovações que o Shadow Garden fez.
Quando Rose termina de se trocar e sai para o corredor, ela encontra seus companheiros
de esquadrão de sempre esperando por ela - os números 664 e 665.
"Bom dia", ela os cumprimenta.
“Vamos seguir em frente”, responde o número 664.
"Mooornin', 666", diz 665.

O número 664 parte em ritmo acelerado, e Rose e 665 a seguem.

As paredes e o teto do corredor são artificiais, cinzas e sem adornos.
Eles são feitos de um material secreto que o Shadow Garden está pesquisando chamado
“concreto reforçado”. Não é impressionante de se ver, mas isso apenas faz com que o carpete
e a iluminação se destaquem ainda mais.
As luzes são feitas de vidro de cristal altamente transparente especialmente cortado.
Seu brilho lança sombras radiantes pelo corredor.
Eles também são frutos de um processo de fabricação exclusivo da
Shadow Garden, usado para fazer lustres de alta qualidade da Mitsugoshi.
Os modelos mais baratos custam colossais dez milhões de zeni, mas mesmo assim, eles
voam das prateleiras como se não houvesse amanhã.
Há rumores de que, algum dia, a Mitsugoshi, Ltd. planeja colocar suas inúmeras técnicas
em uso na indústria da construção.
Rose solta um pequeno suspiro com o grau de proeza de engenharia em exibição apenas
naquele corredor.
Ainda a surpreende como tudo isso originalmente surgiu da Sabedoria das Sombras de
Shadow. Não são apenas suas habilidades de combate ferozes, seu intelecto também parece
quase sem fundo. Ela se pergunta como ele veio a ser assim.
"Eu ouvi isso", diz o número 664. Por "isso", ela quer dizer o suspiro de Rose. “Se há algo
pesando sobre você, você deveria me contar sobre isso. Eu posso dizer que você tem muita
coisa acontecendo.”
“Não, não, não é nada.”
"…Se você diz."
O número 664 é um pequeno elfo um ano mais velho que Rose. Ela é rigorosa, mas
responsável, e é por isso que ela foi escolhida como líder de esquadrão.
O número 665 é um elfo com um traço preguiçoso que tem a mesma idade de Rose. Ela
sempre parece que está prestes a cochilar.
Além de serem atraentes, a maioria dos padrões classificaria cada um deles
como um cavaleiro das trevas de primeira classe.
Dentro de sua organização, no entanto, ambos estão mais próximos da parte inferior do
ranking do que do topo.
Rosa é o número 666.
Os números referem-se estritamente à ordem em que se juntaram. Eles não são um
sistema de classificação.
No entanto, cada conjunto de 100 tende a ser muito mais forte do que o próximo, então os
números acabam sendo uma medida decente de qualquer maneira.

Dito isso, há exceções.

Rose teve a chance de ver o número 559 treinar uma vez.
Seu oponente era o número 89. Com uma diferença numérica de mais de quatrocentos, o
número 559 não deveria ter a menor chance.
No entanto, ela ganhou do mesmo jeito - uma vitória esmagadora.
Isso lhe rendeu o direito de desafiar os Números.
O Jardim das Sombras é surpreendentemente organizado.
Rose sentiu como se sua magia tivesse ficado mais forte. Ela sentiu que se juntar ao Jardim
das Sombras a deixaria começar a mudar as coisas. Ela sentiu que se ela se tornasse forte, ela
poderia salvar o Reino de Oriana.
Mas ela não foi capaz de mudar nada.
"Eu preciso trabalhar ainda mais ...", ela murmura para si mesma enquanto persegue
atrás dos dois elfos à sua frente.
Hoje, o número 559 estará liderando sua missão.
Os três saem da base na calada da noite e correm silenciosamente por um campo coberto de
neve.
Rose vê uma fortaleza ao longe.
Uma garota atraente fica em uma pequena colina com vista para ela.
"Aí está você", diz ela enquanto se vira.
Seu cabelo loiro morango balança elegantemente atrás dela. Iluminada ao luar como ela é,
até mesmo uma garota como Rose pode ver como ela é sublimemente linda.
Ela é o único número 559 do Shadow Garden.

“Nossas desculpas por deixá-lo esperando.”
“Você conhece os detalhes?” 559 diz, sucinto como sempre.
“Não, apenas nos disseram que envolveria Fort First.”
"Eu vejo."
O número 559 exala uma baforada de branco enquanto ela vira as costas para eles e
começa a explicar.
“Dois dias atrás, Fort First caiu nas mãos da Perv Faction.”
No momento, o Reino Oriana está preso em um conflito feroz entre

a Facção Perv e a Facção Anti-Perv. Ainda não houve grandes batalhas, mas pequenas
escaramuças em regiões periféricas estão se tornando regulares
ocorrência.
“Fort First é uma pequena fortaleza perto da fronteira de Midgar de pouco valor estratégico.
A parte importante é que o Culto mobilizou secretamente os Filhos de Diablos para tomá-lo.”
Os Primeiros Filhos são a nata da cultura do Culto. Usando-os para tirar uma
fortaleza sem importância seria um completo desperdício de recursos.
“Há mais em Fort First do que aparenta”, continua o número 559.
“Nosso trabalho é entrar e descobrir o que o Culto está procurando. Suponho que você saiba
por que foi escolhido para a missão?
Ela volta seu olhar para Rose, que responde: “Porque eu já conheço o layout do forte.”
Fort First fica nas montanhas, e a família real costuma usá-lo

como uma casa de férias para fugir do calor do verão.
“Isso faz parte. Mas nem todos."
Com isso, o número 559 desce a colina e começa a atravessar o campo de neve tão
graciosamente quanto um pássaro voando pelo céu.
Rose e os outros a seguem apressadamente.
“Fui eu quem te indicou, Rose Oriana.”
Rose vacila por um momento ao ser chamada por seu nome verdadeiro.
Entre as fileiras do Shadow Garden, a identidade do Número 666 como Rose
Oriana é uma espécie de segredo aberto.
“Mestre Shadow lhe concedeu poder.”
Os números 664 e 665 olham para Rose em choque. "O que?"
Os únicos poderes concedidos pelo próprio Shadow foram os sete iniciais - as Sete
Sombras. As Sete Sombras estão em uma liga própria no Jardim das Sombras, e essa bênção
que Shadow lhes deu é parte do que os torna tão especiais.
Rose dá-lhes um pequeno aceno de cabeça. "…É verdade."

Com certeza, Shadow foi quem a salvou dos estragos da possessão.
“Ele fez o mesmo por mim”, diz o número 559.


"Sério…?"
“Mestre Shadow me concedeu força, assim como ele fez com você. Além das Sete
Sombras, você e eu somos os únicos dois que receberam esse privilégio.” Ela lança um olhar
perscrutador para Rose, então murmura: "Tão fraco."
“ ”
“Como servo fiel do Mestre Shadow, é meu dever purgar qualquer um que seja indigno
de sua graça.”
Ela vira as costas para Rose.
Os cadáveres dos soldados são empilhados no Forte First.

Rose morde o lábio enquanto olha para baixo do topo da muralha.
Suas ações são o que começou a guerra, e é aqui que ela a trouxe.
Seus soldados estão morrendo e seu povo está sofrendo.
Para Rose, no entanto, a parte mais dolorosa de tudo é que ela é incapaz de fazer
qualquer coisa a respeito.
Talvez ela fosse vaidosa.
Talvez ela acreditasse que o que ela fizesse mudaria alguma coisa.
Mas agora, ela não é nada mais do que um dos soldados de infantaria do Jardim das
Sombras. A organização está repleta de pessoas mais fortes e mais sábias do que ela, e
juntar-se a elas a ensinou o quão pequena ela realmente é.
"O que há de errado, 666?"
Que papel ela pode desempenhar nesta guerra?
Parece que os rostos contorcidos de dor dos soldados estão todos olhando com ressentimento
para ela.
“Número 666!”
Rose é sacudida de volta ao presente pela sensação de alguém sacudindo seus ombros.
O número 664 olha para ela preocupado.

“Desculpe, não é nada,” Rose responde.
O número 664 sorri. "Tente não deixar isso te afetar, ok?"
Número 559 tem observado os movimentos do Culto, e ela fala. “Eles estão em movimento.”

Um grupo de pessoas vestidas com túnicas pretas emerge do portão da frente iluminado
pela lua.
“Há mais de quarenta deles”, observa o número 665.
Os lábios do número 559 se contorcem em um sorriso satisfeito. “Isso é mais do que eu
esperava.”
"O que nós fazemos?"
“Siga-os à distância.”
O número 559 assume a liderança, e os quatro seguem pelo
Trevas. Eles tomam muito cuidado para não fazer barulho.
O grupo de mantos entra em uma floresta perto da fortaleza.
“Vamos usar a floresta para nos aproximarmos”, diz o número 559.
"Entendido."
“E mantenha a guarda. Dado o quão forte eles parecem, eles provavelmente são
todos os Primeiros Filhos.”
"Todos eles?!"
Os Primeiros Filhos são as forças mais fortes que o Culto tem, e não há muitos deles. Ter
quarenta deles todos no mesmo lugar é uma ocorrência altamente incomum.
“O que há na floresta, 666?” 559 pergunta.

“Apenas algumas ruínas históricas. Costumava ser um santuário em memória dos perdidos
na batalha contra Diablos, mas a maior parte caiu em desuso.”
“Ruínas, hmm. Achei muito…”
O número 559 parece entender o que está acontecendo.
Eles entram na floresta e gradualmente fecham a lacuna entre eles e o
Membros do culto. Em pouco tempo, eles chegam às ruínas.
O grupo vestido cerca o altar do santuário.
Rose e os outros os observam silenciosamente por trás da cobertura.
"Não há dúvidas... Esta... uma porta..."
Rose mal consegue entender as palavras de seu líder. Seu rosto está iluminado
à luz de tochas, e ela pode ver as cicatrizes nas bochechas do homem de meia-idade.
“Esse é Kouadoi the Gale, um dos líderes do Culto.”
"…Eu vejo." Os lábios do número 559 se contorcem em um sorriso mais uma vez.
"Para o altar... com... deixado para... Rainha Reina." Kouadoi puxa uma mulher pequena
da multidão de figuras vestidas e a faz ficar na frente do altar.
Quando ela tira o roupão, a garganta de Rose treme.

"M-Mãe...?"
A mulher é, sem dúvida, a mesma mulher que a deu à luz.
O Culto deve tê-la ameaçado para seguir suas ordens.
Rosa não entende. Ela foi informada de que toda a realeza de Oriana estava sob a
proteção da Facção Anti-Perv.
"Por que minha mãe está aqui...?"
O Culto a pegou? Ou o Jardim das Sombras simplesmente mentiu para ela?
A mente de Rose corre a mil por hora.
“Coloque a mão aí.”
Quando a Rainha Reina segue a ordem de Kouadoi e estende a mão, runas mágicas
brilham na superfície do altar.
"Assim como pensávamos... Realeza... Sangue é a chave..."
A luz diminui, deixando uma pequena faixa flutuando acima do altar.
É um anel.
“Com certeza… Este é… o Reino de Oriana…”
Kouadoi coloca o anel em uma pequena caixa.
“Prepare-se para lutar”, diz o número 559. O sorriso torcido nunca deixa seu rosto.
O número 664 oferece a ela uma objeção silenciosa. “M-mas isso era para ser uma missão
de reconhecimento!”
“Esse anel é a chave. Precisamos eliminá-los e recuperá-lo.”
“Isso não me diz nada. O que é essa 'chave'?”
“Isso é necessário saber. E agora, a única coisa que vocês três precisam saber é que
falhar em recuperá-lo não é uma opção. Tudo o que você deve estar pensando é como
podemos fazer isso.”
Peões como Número 664 e Rose raramente têm acesso a informações confidenciais.
O Shadow Garden tem um navio apertado quando se trata de gerenciamento de
informações.
“Mas estamos em grande desvantagem!”
Há quatro deles e quarenta Cultistas. Eles estão em desvantagem de dez para
1.
"Então?" O número 559 puxa friamente sua lâmina de ébano. “É hora da execução.”
“P-por favor, espere!” Rosa chora. “Essa é minha mãe caída—”
O número 559 a ignora.
Ela corre para frente, alcançando o altar em um piscar de olhos. Sua lâmina
estende na mão.

Ela planeja ceifar todo mundo de uma só vez.

“Q-quem vai lá?!”
As Crianças também sacam suas espadas.
No momento em que o fazem, um barulho horrivelmente estridente soa.
O golpe do número 559 corta espadas como palitos de dente e
corta algumas das Crianças com a mesma facilidade.
“É o Jardim das Sombras! Espalhar!!"
Uma onda de choque tão poderosa percorre a área que é evocativa de um ataque
das próprias Sete Sombras.
Uma agitação alarmada percorre os Cultistas, mas eles rapidamente recuperam a
compostura e se dispersam. No entanto, o número 559 simplesmente usa esse tempo
para começar a cortá-los um por um.
Para seu próximo alvo, ela escolhe a Rainha Reina.
"Mãe!"
Nesse momento, uma imagem do rosto de seu pai passa pela mente de Rose.
É uma imagem que ela viu repetidamente em seus sonhos. Perfurado no peito, ele
tosse sangue enquanto a vida desaparece dele.
"NAO!!"
Rose estende a mão, agarra sua mãe e se esquiva do ataque do número 559.
A rainha olha para Rose em choque.

"Rosa…?"
"Mãe!"
Rose segura sua mãe com força.
"Por que? Por que você atacaria minha mãe?!”
Seus olhos cor de mel queimam de raiva enquanto ela encara o número 559.
“…Hmph.”
O número 559 dá a ela um sorriso frio.
Rose aperta a Rainha Reina com força para protegê-la, mas o fato é que eles estão
cercados por Cultistas. Os Cultistas apontam suas espadas para os dois.
“Qualquer movimento repentino e eles morrem”, diz Kouadoi. “Mesmo nos pegando
de surpresa, eliminar nove Primeiros Filhos não é tarefa fácil. Você deve ser uma das
Sete Sombras.”
Nove cadáveres estão espalhados ao redor deles.

“Desculpe”, o Número 559 responde, “mas eu não sou um dos Sete.”

“Você não é?! Você deve ser pelo menos um dos Números de classificação mais alta, então.”
“Por enquanto, sou apenas o número 559…”

“Um membro da base tem acesso a um poder assim …?!”
Os olhos de Kouadoi se arregalam com o choque. “B-bem, não importa. Forte ou não, seu fim está
próximo.”
Ele acena com o braço, e três dos cultistas vestidos de preto baixam seus capuzes.
Os rostos dos números 664 e 665 se contorcem em desespero.

“Não pode ser… Três dos líderes do Culto estão aqui?!”
O rosto do número 559 se contorce também, mas no caso dela em um sorriso.
Kouadoi coloca sua espada na nuca de Rose. “Não tente nada
engraçado. Temos reféns.”
“Faça o que quiser”, responde o número 559.
"O que?"
“Aquela mulher é imprópria para servir ao Jardim das Sombras.” A densidade dela
a magia cresce. “São execuções para todos vocês.”
Rose e sua mãe são amarradas e arrastadas. A última coisa que ela vê quando volta é o
Número 559, cercado por Cultistas.
Sento-me em uma taverna na cidade do castelo de Fort First, bebendo meu suco de maçã e
ouvindo a exposição.
Depois de fugir de Delta, acabei correndo por toda a fronteira e me esgueirando para o Reino
de Oriana.
“A guerra estourou. Lord Kouadoi controla a área ao redor de Fort First, e
muitos dos moradores aqui morreram.”
"Hum. Hum. Eu vejo."
Eu murmuro preguiçosamente de vez em quando para mostrar que estou prestando atenção.
A anfitriã é uma bomba chamada Marie. Eu sinto que já a vi antes, mas provavelmente estou
apenas imaginando coisas.
Pelo que ouvi, 90 por cento dos caras nesta taverna estão tentando entrar

as calças dela.
“As coisas estão muito confusas agora. Os soldados estão nos sacudindo por tudo o que
temos.”
"Droga, isso é difícil", eu ofereço.
“Temo que você escolheu um momento ruim para ficar preso em Oriana, Cid. eu apenas
Eu mesmo abri esta taverna e...
A essência básica disso é que Oriana não tem um rei agora, então não
são duas facções competindo pelo poder.
Disputas entre facções, guerras… Coisas assim têm um certo tipo de je ne sais quoi. Esses
tipos de cenários sempre têm uma ou duas aberturas para uma eminência na sombra entrar em
cena e desfilar.
“Tenho certeza que tudo vai acabar bem, no entanto,” Marie diz esperançosa.
"Sim, com certeza."
“Não podemos desistir, só isso. Enquanto continuarmos pendurados lá, vamos
descobrir como passar por isso.”
“Com certeza, sim.”
Os olhos de Marie brilham enquanto ela olha para longe. Exceto que não há qualquer
distância para olhar. Apenas a porta suja da taverna.
Então, a porta se abre.
Um trio dos soldados mais mal-educados imagináveis aparece.
"Ei senhora, entregue seus lucros!"
Como um homem com uma carruagem disse uma vez, a realidade é cruel.
“I-isso não é justo! Acabei de lhe dar todo o dinheiro que...
"Cala boca! Se você não nos der dinheiro, terá que nos pagar com seu corpo!”
“V-você não pode—”

"Ei!"
Um jovem corajoso planta-se diretamente na frente dos soldados tirânicos.
Você adivinhou - é seu verdadeiramente!

No começo, eu estava pensando que a coisa mais normal a fazer seria se encolher
para o lado como todos os outros clientes, mas nah. Este pede um clássico.
"Deixe Marie em paz!"
É aquela configuração em que o poder do amor inspira um menino a enfrentar um grupo de
soldados - e falha miseravelmente!
“Ak!”

Um único soco me faz voar, e sangue escorre do meu nariz enquanto eu puxo
uma rotação e meia perfeita no ar e aterrissar bem no meu rosto.
Heh. Uma bela interpretação de “personagem de fundo recebendo sua merda”.
“Cida!” Maria chora.

O soldado zomba dela. "Heh heh. Você é o próximo.”
“A-aqui, você pode ficar com o dinheiro! Apenas pegue isso!"
Marie recolhe seus ganhos e os entrega aos soldados.
“Ha, deveria ter feito isso do— Ei, quase não há nada aqui!”
“I-isso é tudo que eu tenho. Reabastecer tem sido difícil ultimamente…”

"Você acha que eu sou algum idiota?!"
O soldado agarra Marie pelo colarinho.
“Eu vou deixar você sair desta vez. Da próxima vez, porém, podemos não ser tão generosos.”
Ele e seus amigos soldados a olham de cima a baixo como se ela fosse um pedaço de
carne, depois saia da taverna.
— Cid, você está bem?
Marie se inclina ao meu lado e deita minha cabeça em seu colo.
"Ai, ai... Desculpe, Marie..."
“Isso foi tão imprudente!”
"Desculpe... eles levaram todo o seu dinheiro..."
"Está bem." Ela acaricia minha cabeça e sorri.
"Você parece calmo sobre tudo isso."
“Eu morava na Cidade Sem Lei. Você se acostuma com esse tipo de coisa.”
Eu amo a Cidade Sem Lei. Eu penso nisso como minha casa longe de casa.
“Eu trabalhei lá como prostituta por muito tempo. Violência como essa era apenas um fato da
vida lá, e cheguei tão perto de desistir mais vezes do que posso contar. Mas eu nunca fiz. E por
causa disso, eu estava lá quando ele apareceu e me salvou.”
Seus olhos praticamente brilham.

“É por isso que me recuso a desistir. Eu tenho essa sensação de que se eu continuar lutando,
Eu vou encontrá -lo novamente algum dia…”
"Legal legal. Bem, eu tenho que ir.”
“Obrigado por intervir assim, Cid. Isso me deixou muito feliz.”
Marie se despediu de mim com um sorriso.

Três soldados passeiam pela fria estrada noturna.

“Ha-ha, que tarefa fácil. E o que é uma coisa bonita como ela está fazendo em um
cidade atrasada como esta?”
Seu saco de ouro tilintava enquanto eles andavam.

“Inferno se eu sei, cara. Ouvi dizer que o plano é matar todos os aldeões para ter certeza
nenhum deles fala, no entanto.
“Algo sobre uma ruína importante nas proximidades, sim. Heh-heh, podemos nos divertir antes
de matar os pobres bastardos.
Sua respiração escapa de suas bocas em baforadas brancas enquanto conversam.
Quando eles entram em um beco, eles encontram um menino lá.
"Ei", diz ele com um sorriso.
Ele tem cabelo preto, olhos pretos e parece tão comum quanto possível.
“Ei, você é aquele garoto de antes.”
"Quem? Ah sim, aquele pip-squeak patético que desceu com um único soco.”
"Ha-ha, vamos matar o merdinha."

Os soldados sacam suas espadas sem hesitar nem um segundo.
No entanto, o menino não está mais lá.
“Para onde ele foi?!”
"O inferno?! Ele se foi!"
“Ah! Atrás de nós!"
Com certeza, o menino está atrás deles.

Ele está ali parado como se nada tivesse acontecido.
“Indo direto para o sangue? Vocês se encaixariam perfeitamente na Cidade Sem Lei.
Ele concorda. "Eu amo isso."
"Como diabos você chegou lá, garoto?!"

“Tem alguma coisa errada com esse cara…”
“Vamos, rapazes, juntem suas merdas!”
Um dos soldados balança sua espada em um amplo arco.
Mas o menino não está lá.
“E-ele se foi de novo!”

Eles ouvem a voz do menino novamente, embora não tenham certeza de onde.
“Torna as coisas muito simples.”
“Onde ele—? Glourgh!”
O menino está atrás deles novamente. Ele está segurando o coração de um dos
soldados em sua mão.
Sangue respinga sobre a neve no chão.
“C-como?! Como ele arrancou seu coração com as próprias mãos?!”
“Não faz sentido! Mais cedo, ele caiu em um único—”
O menino flui perfeitamente de um movimento para o outro.
Depois de jogar de lado o coração pingando, ele faz o seu caminho atrás do
soldado em fuga e enfia o braço no peito do homem.
“Ahhh! H-ajuda…”
Ele aperta e esmaga o segundo coração.
Uma flor de sangue desabrocha no chão.
“O-olhe, me desculpe, ok! Me desculpe por ter dado um soco em você!”
O menino vira a mão manchada de sangue para o último soldado.
“Na Cidade Sem Lei, o poder faz o certo.”
“E-eek! Alguém, salve m—”
Ele perfura direto através dele.
O sangue derrama no beco mais uma vez.
“E isso me dá razão.”
O luar desce, iluminando os três cadáveres com buracos em seus peitos.
“Uma fortaleza e algumas ruínas, hein? Eu gosto do som disso."

O menino descarta o último coração e pega o saco de ouro do chão.
Então, ele se vira e olha para a fortaleza ao longe.
"V-você é um monstro...", murmura Kouadoi.

O número 664 não pode deixar de concordar com a avaliação.
Ela caiu contra uma das árvores da floresta, e o número 665 caiu aos seus pés.

Os dois estão sem mana. Eles não estão em condições de lutar.

Mesmo assim, há cadáveres empilhados ao redor deles.
Há facilmente uma centena de corpos no total.
O número 559 fica no centro da carnificina sombria, coberto de sangue da cabeça aos pés.
Ela está lutando desde que Rose foi arrastada. Ela não apenas colocou os três líderes do
Culto entre as figuras vestidas, ela também massacrou os reforços que o Culto enviou da
fortaleza.
Nada pode parar a Número 559 enquanto ela corre pela floresta. Até agora, a batalha durou
três dias e três noites.
No entanto, isso não quer dizer que 559 saiu ileso.
Suas costas foram cortadas, sua barriga foi rasgada e seu braço esquerdo desapareceu
completamente do cotovelo para baixo. Sua mão direita ainda segura sua lâmina de ébano, mas
ela balança impotente ao seu lado.
É uma surpresa que ela ainda esteja de pé.
Mesmo agora, o sangue ainda está jorrando de seu toco do braço esquerdo.
Ela não tem mais mana para estancar o sangramento.
“Pa-parece que seu poço finalmente secou,” Kouadoi diz, sua voz trêmula. “Você
simplesmente não sabe quando parar, não é?”
Ele caminha até ela e a manda voando com um chute para o lado.
“Ah…!”
Ela cai no chão com um grito estranhamente frágil.
Kouadoi planta o pé no pescoço dela.
“Talvez eu apenas esmague sua garganta aqui e agora.”
Ele gradualmente pressiona cada vez mais forte.
“Não, isso seria uma morte muito rápida para pessoas como você. D-você tem ideia de
quantas pessoas perdemos por sua causa?
Um sorriso trêmulo se espalha em seu rosto enquanto ele aperta o pescoço do Número 559.
“Mas não os perdemos por nada, então já é alguma coisa. Colocamos as mãos em Rose
Oriana. O Duque Perv ficará encantado.”
Ele pega uma carta e a examina com óbvia satisfação.
"Onde começar, onde começar? Seu braço bom? Suas pernas? Seus olhos, talvez?”
Ele passa sua espada pelo corpo do Número 559, deixando feridas superficiais em seu
rastro. Sem mana passando por ele, seu body de lodo oferece a ela

nada de proteção.
O número 664 e o número 665 são impotentes para fazer qualquer coisa além de assistir.
"O que há com esse olhar?" Uma expressão perplexa toma conta de Kouadoi
rosto enquanto ele olha para o número 559.
Ela está sorrindo.
O sorriso é radiante e bonito.
"Você está aqui para me salvar de novo..."
Lágrimas escorrem de seus olhos.
“Deus, você é assustador. Vamos ver se um braço a menos pode consertar isso.”
Kouadoi começa a baixar sua espada. Ênfase em “começos”.
“Aaaargh!”
Em vez de terminar seu golpe, no entanto, ele cai no chão com um
gritar. Tudo, do tornozelo para baixo, foi cortado em tiras.
"M-mas como...?"
O número 559 calmamente se levanta.
Ela está segurando algo em sua mão direita.
É o que sobrou do pé de Kouadoi.
"V-você deveria estar sem mana... Como isso é possível...?"

Em algum momento, a área ao redor do Número 559 ficou cheia de magia roxo-azulada
rodopiante.
É tão denso que faz o próprio ar tremer e as feridas do Número 559
estão se fechando diante dos olhos de Kouadoi.
Em seguida, a magia se acumula em seu braço esquerdo decepado.
Ele condensa ainda mais, brilhando o tempo todo.
Então…
“Este é o poder que ele possui.”
O braço esquerdo do número 559 está como novo.
Kouadoi se vira e foge. “Eu pensei que as Sete Sombras deveriam
sejam os únicos monstros no Jardim das Sombras... Mas vocês são tão ruins quanto!”
Mesmo com o pé rasgado em pedaços, ele ainda é digno do título de “o Gale”.
Ele se move mais rápido do que o olho pode ver, perceptível apenas como uma rajada de vento.
“Que tolice”, murmura o número 559. “Você entrou direto no alcance dele.”
Sangue jorra pelo ar como pétalas de flores.

Pedaços picados de Kouadoi rolam pelo chão. Sua expressão final é
um de choque nu.

O som de botas pretas ressoa.

Clop. Clop.
"Tem sido muito tempo…"
O número 559 se ajoelha, o rosto corado de alegria.
Um homem com um sobretudo preto azeviche sai da escuridão. Listras de sangue brilham
ameaçadoramente em sua espada de ébano.
“…Mestre Sombra.”
O número 664 também se ajoelha apressadamente.
Ninguém está em Fort First quando vou dar uma olhada, mas sinto pessoas usando magia na floresta
bem ao lado. Quando chego lá, vejo uma garota de aparência familiar com cabelo loiro avermelhado
que parece estar com um pouco de problema.
Se bem me lembro, o nome dela é Victoria.
Eu a conheci no ano passado quando estava em um dos meus passeios pelo país. Ela tinha a
possessão, então eu a curei, então a deixei com Alpha.
Ela era tão tímida que não machucaria uma mosca naquela época, então estou meio surpreso
encontrá-la lutando por sua vida enquanto totalmente encharcada de sangue
Eu posso ver que ela está com dor, então eu a curo, mas ela provavelmente ainda deveria aceitar
mais fácil no futuro. Então, eu cortei o velho que estava intimidando ela.
"Você está bem?" Eu pergunto a ela.
“Sim, senhor,” Victoria responde.
Bem, isso é bom, pelo menos.
Mas isso levanta a questão: o que ela estava fazendo brigando com todos esses soldados?
"O que aconteceu aqui?"

"Eu cometi um erro. O Culto de Diablos já colocou seu plano em ação.”
Um erro, hein?
Deve ser algo que ela tem vergonha de contar a alguém. Ela provavelmente estava fazendo algo
ilegal, e os soldados a pegaram. Estou impressionado que ela foi capaz de inventar essa história de
capa sobre o Culto de Diablos tão rapidamente, no entanto.

Além de Victoria, também vejo as duas garotas que estavam saindo com Rose no outro dia.
Nenhum deles parece estar muito machucado, mas decido curá-los também, só para
garantir.
"T-muito obrigado!"
“Obrigado.”
Eu gosto desses dois. Eles têm boas maneiras.
“… Mestre Shadow, eu tenho um relatório.”
Victoria puxa meu casaco com um olhar um pouco irritado em seu rosto.
Cara, isso me leva de volta. Depois que a curei no ano passado, ela costumava puxar meu
casaco o tempo todo.
"É sobre o número 666. O traidor."
Quem?
Olha, eu entendo que a Mitsugoshi chama seus funcionários pelos números de identificação, mas
você não pode esperar seriamente que eu me lembre de seiscentas pessoas diferentes.
"Um traidor, você diz...?"
A garota que parece um tipo de presidente salta para defender o suposto traidor. “N-não!
O número 666 não é um traidor – ela estava apenas tentando proteger sua mãe!”
"Huh…"
Ah, eu vejo. Este “Número 666” deve ter traído Mitsugoshi. Eles provavelmente roubaram
segredos corporativos sobre algum novo produto e fugiram com eles.
Concordo com a cabeça em compreensão, e Victoria puxa meu casaco com ainda mais
raiva do que antes.
“O número 666 é indigno de sua graça, meu senhor. Eu juro, eu vou—”
De repente, uma rajada de vento frio sopra uma carta em nossa direção.
"Hum?"
Isso desperta meu interesse, então eu abro e leio.
"Reserve a data! A princesa Rose Oriana e o duque Perv Asshat vão se casar!”
"O que…?"
Rose vai se casar?
Eu pensei que a razão pela qual ela matou seu pai no Festival Bushin foi para que ela
pudesse se tornar a nova monarca.
Além disso, esse cara com quem ela está se casando é seu antigo noivo, o cara com quem ela já

despejado. Por que voltar e se casar com ele agora?

Algo está acontecendo.
Não me diga que ela desistiu de se tornar a monarca, não é?
"Isso é inaceitável."
Eu rasgo a carta, até o nível de partículas.
A existência da luz é o que torna a escuridão tão radiante.
Se Rose se tornar a monarca, minha eminência na representação de sombras
ficar muito mais legal.
“O-o quê?!” a garota-presidente chora. “Mas isso não é justo!”
"Eu não esperava nada menos de você, meu senhor!" Victoria cora.
“Eu me recuso a deixar isso de pé.”
De jeito nenhum eu vou deixar esse casamento acontecer.

Eles podem ter as bênçãos de seus pais, mas eles não têm as minhas.
"Estou indo atrás de você, Rose Oriana."

Vamos, Rosa! Lembra por que você esfaqueou seu velho?
Era para se tornar o monarca de Oriana, não era?!
“Então deixo cuidar do traidor para você, meu senhor.”
"Não... Número 666..."
Eu não tenho certeza do porquê, mas os olhos de Victoria estão brilhando, e a dupla de
garotas elfas parece estar dominada pelo desespero. Eu os deixo para trás, levantando neve
em meu rastro enquanto corro a toda velocidade.
…Ah, atire. Tenho de voltar e pagar o sumo de maçã primeiro.
Os olhos de Marie se abrem na calada da noite. Está quieto e muito frio.

Sua janela está ligeiramente entreaberta. Isso é estranho; ela tem certeza de que fechou
antes de dormir.
Sua respiração fica branca no ar quando ela sai da cama. No momento em que ela o faz,
algo se move ao lado de sua janela.
"Q-quem está aí?"
“………”
Tem uma pessoa parada ali. O luar entra no quarto.

"O que?" Ela reconhece aquele casaco preto. "V-você está...?"

A janela se abre e a figura desaparece em um piscar de olhos.
“Por favor, espere um momento!”
Marie corre até a janela.
No entanto, não há mais ninguém lá.
"Eu me pergunto se era ele..."
A maioria das pessoas simplesmente assumiria que foi um ladrão que escapou.
No entanto, Marie tem alguém que ela não pode deixar de procurar.
Ela o procura quando está andando pela cidade ou quando está trabalhando. Ela não para
de olhar. Por alguma razão, até mesmo o garoto em sua taverna hoje a lembrava dele.
"Eu sou um tolo…"

Então, quando ela vai fechar a janela, ela percebe uma grande bolsa no chão.
"O que poderia ser isso? Oh meu Deus-"

Quando ela abre e encontra a montanha de moedas de ouro empilhadas dentro, lágrimas
começam a escorrer de seus olhos. Marie abraça a bolsa com força contra o peito. Ainda está
um pouco quente.



Capítulo 1
Colocando o Kibosh no casamento de

Rose Oriana!
Chego à capital real de Oriana, uma cidade de arte e cultura.

É famosa por seus edifícios de cores uniformes com suas paredes brancas e telhados
escarlates, mas nesta época de inverno, os telhados estão enterrados sob pesadas camadas de
neve, deixando tudo branco até onde os olhos podem ver.
A cidade é normalmente um destino turístico movimentado, mas, sem surpresa, não há
turistas à vista. Quando as pessoas planejam suas férias, tendem a evitar lugares que estão à
beira da guerra.
Até os moradores estão tensos.
Com base no que ouvi, o casamento de Perv com Rose lhe dará o direito de suceder ao trono.
De jeito nenhum eu vou deixar isso acontecer.

Eu tenho que falar com Rose sobre isso.
Passo um? Entrando no castelo, que está em estado de alerta máximo perpétuo.
“Tudo bem, porteiros, vamos ver se vocês conseguem acompanhar a velocidade do som.”
O céu está limpo, há um bom número de pedestres e o

porteiros estão em posição de sentido.
Finalmente chegou a hora da minha técnica de movimento muito treinada brilhar!
Então, ouço uma voz familiar. “Mestre Sha-er-Cid! Que

coincidência!"
“Ah, ei, Épsilon. Gostaria de conhecê-lo aqui.”
Eu paro em um centavo e me viro. Atrás de mim, encontro um elfo atraente com
cabelos e olhos da cor de uma primavera clara — Epsilon.
Sabe, agora que penso nisso, ela mencionou algo sobre ser convidada para o Oriana
Kingdom para fazer um recital de piano.
“É uma honra poder vê-lo. Imagino que você esteja aqui por causa do você-sabe o quê
também?
Epsilon se vira e olha para o castelo.
Presumo que ela esteja aqui para tocar piano no casamento. Cara, qualquer coisa
parece foda quando você chama isso de “você sabe o quê”.
Eu coloco a expressão mais séria que posso reunir.
"Isso mesmo. Estou aqui para o que você sabe.”
Parece que estamos aqui para o casamento.
“Eu imaginei isso”, ela responde. "Você gostaria de me acompanhar, então?"
"O que você quer dizer?"

“Se eu te apresentar como meu aprendiz, posso te colocar na porta da frente.”
"Oh Ho."
Isso parece meio divertido, e se não for, eu sempre posso escapar mais tarde.
“Não se importe se eu fizer isso.”
E com isso, entro no castelo como aprendiz de “Shiron”, o pianista.
Graças a Epsilon, sou acenado para o castelo. Uma vez que entramos, sou imediatamente
capturada por suas decorações maravilhosamente artísticas.
“Eles não chamam isso de terra de arte e cultura à toa, hein?”
“Dizem que é o castelo mais bonito do mundo”, responde Epsilon.
Nós dois caminhamos lado a lado por corredores de pé-direito alto e trocamos gentilezas
com as pessoas por quem passamos.
“Em Oriana, as pessoas respeitam os artisticamente talentosos, não importa de que
raça sejam ou qual seja seu status social.”

“Eu vejo, eu vejo.”

Ela se inclina para perto de mim, envolve o braço em volta do meu e sussurra no meu
orelha.
“Todos os elogios que recebo são graças a você, meu senhor. Você me ensinou tudo
o que sei.”
Pelas minhas estimativas, cerca de 90% do seio dela é composto de lodo.
Algumas coisas nunca mudam.
Dia após dia, Epsilon aprimora seu corpo com lodo.
Ela o usa para acolchoar o peito e os quadris, apertar a cintura e até alongar as pernas.
É incrível o que o lodo pode fazer nas mãos de um talentoso cirurgião plástico.
Epsilon olha para mim timidamente. “Tee-hee. Algo em sua mente?”

"Nah, eu estava pensando em como você nunca deixa de impressionar."
Eu sei muito bem quanta precisão e fino controle mágico é necessário para
ela para manter sua figura assim.
"Você é muito gentil." Ela aperta meu braço em deleite, então abaixa a voz.
“Estou de olho no alvo para ver o que eles vão fazer.”
"…Bom."
Alvo? O que é isso sobre um alvo?
“Eles ainda não nos notaram. Quando for a hora certa, eu vou—”
De repente, um bando de pessoas vestidas com esmero nos conversa.
“Meu Deus, se não é a Sra. Shiron! Você está programado para dar uma performance
no almoço de hoje, não é?
“Isso mesmo, duque pervertido. É uma honra estrear uma nova peça hoje.”
Epsilon retribui sua saudação de maneira bem praticada. O duque tem um

bando de retentores seguindo-o.
É ele. O desprezível noivo de Rose.
"Estou ansioso para isso", diz Perv. “Eu amo como todas as suas composições são
vanguardistas.”
Não duh, eles são avant-garde. Eles foram escritos por um bando de músicos
que nem existem neste mundo.
“Eu esperava que a princesa Rose pudesse ouvir, mas vejo que ela não está com
nós hoje”, observa Epsilon.
“Não, temo que ela esteja doente. Ela vai ter calma até o
cerimônia." Perv se vira para olhar para mim. “A propósito, quem é esse?”

“Ele é meu aprendiz,” Epsilon responde.

“Você tem um aprendiz? Eu não posso acreditar que esta é a primeira vez que ouço sobre isso.
Perdoe-me por perguntar, mas ele tem permissão para entrar no castelo?
"Ele está comigo, então eu assumi que ele não precisaria de um."
“Recentemente mudamos as regras, receio. Há rumores de que um forasteiro conseguiu entrar
no castelo, então estamos reforçando a segurança por precaução.”
“Acho que vou ter que mandá-lo buscar uma permissão, então,” Epsilon diz. Ela me lança um
olhar de desculpas.
Eu concordo. Essas coisas acontecem.
“Oh, não há necessidade de ir tão longe. Se ele tocar uma peça para nós, isso também servirá.
Tenho certeza de que todos estão morrendo de vontade de saber do que o lendário aprendiz de
Shiron é capaz.”
Perv está me dando para onde correr.
Tudo bem por mim, cara. Hora de revelar o “personagem de fundo que é
meio decente em tocar piano”.
As pessoas inundam o salão quando ouvem que Shiron tem um aprendiz.

No Reino de Oriana, ela é aclamada como a maior pianista do mundo.
O nome dela tem muita influência.
Quando ela entrou em cena alguns anos atrás como uma completa desconhecida, suas peças
tomaram o mundo da música de assalto. Sua arte inovadora e sua habilidade técnica polida
tornaram-se o assunto das salas de concerto em todos os lugares.
Dizem que o mundo das belas artes tem duas estrelas em ascensão que brilham mais
do que todo o resto — Natsume para literatura e Shiron para música.
Quando as pessoas ouvem que Shiron contratou um aprendiz, é difícil culpá-las por sentar e
prestar atenção.
No Reino de Oriana, músicos talentosos são um grande negócio. Mesmo que nada seja oficial
ainda, os nobres que esperam se tornar seus patronos se apegam a todos os rumores e fragmentos
de informação.
Para os nobres de Oriana, o renome dos músicos que trabalham para eles desempenha um
grande papel na forma como são vistos por seus pares.

É por isso que as pessoas olhando para o menino de cabelos pretos e olhos escuros em pé
antes do piano estão tão confusos.
Eles não têm ideia de quem ele é.
Se este menino é realmente abençoado o suficiente com talento para o grande Shiron levar
ele sob sua asa, certamente alguém deve ter ouvido falar dele.
"Eu os vi de braços dados mais cedo... Ele se enfiou contra aquela enorme prateleira..."
“Aquele cachorro sortudo. O que a Sra. Shiron está fazendo com um zé ninguém como ele?
“Olha, ela é jovem, e os jovens cometem erros. É por isso que cabe a nós mostrar a ela um
caminho melhor.”
Há toneladas de pessoas que ficariam muito felizes em enganar um jovem artista ingênuo e
ganhar dinheiro com seus talentos.
Os olhares pousados no aprendiz de Shiron já estão impregnados de animosidade.
Enquanto o ar fica pesado com a tensão, o menino planta os dedos nas teclas.
"Sonata ao luar, hein...?"
Mas por que aquela peça?
De todas as peças de Shiron, essa dificilmente é a mais notável ou mais respeitada.
E ainda…
“É tão lindo...”, alguém murmura.
A música é afiada. Polido.
É como se estivesse removendo todos os resíduos da vida, um por um. As únicas coisas que
podem existir em sua música são as coisas que ele deixa existir lá.
Seu público está tão extasiado com sua performance que fecha os olhos.
E quando o fazem, a luz da lua enche o mundo.
Quando termino a apresentação e me levanto da cadeira, sou saudada por uma estrondosa salva
de palmas.
Heh-heh-heh, você vê isso?
Agora, você conhece o poder de um especialista em Moonlight Sonata . eu tenho praticado
aquela peça na minha cabeça tanto que eu poderia tocá-la em meu sono.

Eu me curvo para a platéia e volto para Epsilon, que está batendo palmas com tanta força que
tenho medo de que suas mãos possam explodir.
“Oh, meu Deus! Estou tão emocionado, parece que o dilúvio de lágrimas nunca vai cessar! Não há
uma pessoa nesta sala que esquecerá o momento em que ouviu a mundialmente famosa Moonlight
Sonata destilada em sua melhor forma!”
Épsilon clássico. Ela é uma verdadeira mestra quando se trata de reações descontroladamente
exageradas.
Perv entra e faz uma pergunta que eu preferia que ele não fizesse. “Aquela performance foi tão
requintada que era como se eu pudesse ver os raios da lua descendo de cima. Me desculpe, eu sempre
duvidei de você. Você poderia me dar a honra de me dizer seu nome, meu jovem amigo pianista?
"Ele ainda está em treinamento, mas eu ficaria mais do que feliz em apresentá-lo a você quando
ele estiver pronto para sair por conta própria", responde Epsilon.
“Ah, mas estamos todos morrendo de vontade de saber quem ele é.”
Ah, certo, o Reino de Oriana tem esse sistema de patrocínio que eles adoram.
“Como estudante, eu realmente não deveria...”, digo a ele.

“E aí está, receio”, diz Epsilon.
“Uma pena, isso.” Arcos pervertidos. “Ainda assim, o desempenho foi sublime.”
De repente, vejo uma protuberância estranha em um de seus bolsos. Ele pega meu
interesse, então eu casualmente puxo um rápido e yoink.
Acontece que é uma pequena caixa.
Eu espio dentro, e olá, olá, olá. Meu bom amigo Perv, acredito que isso seja um anel.
Obviamente, deve ser seu anel de casamento.

Não é como se ele fosse precisar disso, então eu farei a todos um sólido e
penhorá-lo para que não seja desperdiçado.
Eu uso os peitos de lodo de Epsilon como cobertura enquanto eu discretamente pego o anel, mas
eu acabo me sentindo meio mal por Perv, então eu decido pelo menos devolver a caixa para onde eu a
encontrei.

Não foi sem seus soluços, mas eu me fiz passar com sucesso como aprendiz de Epsilon.
Agora, estou na sala de música do castelo.
"Vocês dois gostariam de um pouco de chá?"
"Talvez mais tarde."
Fico de olho em uma oportunidade de escapar enquanto finjo ajudar Epsilon com seu
ensaio, mas as empregadas do castelo estão grudadas em nós como cola.
Eu poderia correr tão rápido que eles não me veriam sair, mas isso seria bonito
suspeitou de mim por direito próprio.
“Mestre Shiron,” eu digo, “nós viemos até aqui. Estaria tudo bem se eu desse uma olhada
ao redor do castelo?
“Ah, isso mesmo”, responde Epsilon. “Eu tinha esquecido que era sua primeira vez
aqui. Vá em frente. Será uma boa experiência para você.”
Graças ao nosso improviso medíocre, eu escapei com sucesso –
“Posso lhe dar um tour!” — mas uma das empregadas se intromete
e meu sucesso se transforma em fracasso em um piscar de olhos.
"Eu vou ficar bem sozinho, mas obrigado."

“Oh, por favor, você é aprendiz da Sra. Shiron. Nós nunca poderíamos negligenciar você
assim.” O cabelo da empregada está mais vermelho e um sorriso se espalha por seu rosto
como uma flor desabrochando. Ela caminha até mim. "Por favor siga-me."
“Você estará em boas mãos. Margaret é uma veterana,” outra empregada oferece.
“Em alguns dias, ela é encarregada de trabalhar no quarto da princesa Rose.”
Aparentemente, a pequena Miss Madder Hair chama-se Margaret.
Margaret se aproxima de mim. “É uma honra servir.”


Ei, isso é bom. Eu posso simplesmente abandoná-la no meio da turnê fingindo tomar o caminho
errado.
Além disso, eu meio que quero perguntar a ela sobre Rose.
“… Tudo bem, mostre o caminho.”
"Tome cuidado", diz Epsilon.
Sinto uma onda de hostilidade e, quando me viro, a encontro sorrindo e lançando adagas para
Margaret.
“E este é o famoso jardim de rosas do Castelo de Oriana.”

Meu guia me leva a uma magnífica coleção de roseiras.
Mesmo sendo inverno, o jardim é quente e sua flora multicromática está em plena floração.
“Há um artefato instalado no subsolo que regula a temperatura do jardim.”
“Ah, hein.”
Eu geralmente não me importo menos com flores, mas o contraste entre a neve branca empilhada
no castelo e as flores vivas aqui é impressionante o suficiente para que até eu fique impressionada.
Margaret se vira e olha para mim. "A-e devo mencionar - seu desempenho mais cedo foi
emocionante!"
“Não, tenho certeza que não foi tudo isso.”
“Não, foi! Em pouco tempo, tenho certeza que você será um dos maiores pianistas
por aí! Essa foi a melhor versão de Moonlight Sonata que eu já ouvi!”
“Ha-ha-há. Eu ainda tenho muito a aprender."
"De jeito nenhum! A Sra. Shiron está sendo muito dura com você!
“Eu não sei sobre isso…”
“Ela é, tenho certeza disso! Alguém com o seu talento é desperdiçado com ela.”
“Eu definitivamente não sei sobre isso.”
“Eu não pude deixar de ouvir Earl Parton, e ele disse que você chamou sua atenção! Se você
trabalhasse como pianista para um conde, seu salário anual seria de pelo menos cem milhões de zeni.
“Espere, cem milhões? E isso é todo ano?”

Margaret assente com um sorriso alegre. “O Marquês Newwealth também elogiou muito
você. Seu salário de setenta milhões de zeni com ele sairia um pouco menor do que o do
conde, mas os shows que o marquês dá são assistidos por muitos dos maiores nomes da
música. Se a fama é o que você procura, você definitivamente quer ir com o marquês!”
“Cem milhões de zeni, você diz…”

Honestamente, tornar-se um músico pode não ser um mau caminho a seguir.
Quero dizer, pianista de dia, eminência nas sombras à noite? Eu gosto do som disso.
O problema é que eu teria que começar a praticar outras coisas além da Moonlight Sonata.
"A-e também, hum... minha família!"

"Huh?"
“Você poderia vir trabalhar para meus pais! O salário inicial é geralmente apenas
cinqüenta milhões, mas tenho certeza de que conseguiria que papai lhe pagasse setenta!
"Você faria isso?"
“Eu faria, absolutamente! Eu moveria céus e terra por você. O que você disse?"
"Huh?"
Margaret me pega pela mão e me leva para trás de uma roseira.
Ela abaixa a voz e sussurra no meu ouvido. “Só entre você e eu, estou em ótimas relações
com Earl Parton e Marquis Newwealth, e minha família também confia muito em mim. Se você
deixar tudo para mim, posso fazer as coisas acontecerem do jeito que você gosta.
"Huuuu?"
Margaret pressiona meu braço contra seu peito.
Esses filhotes são 0 por cento de lodo.
"O que será? Recomendo a minha família, claro. Lá, eu poderia estar por
ao seu lado a cada passo do caminho.”
Ela inclina a cabeça e olha para mim coquete.
“Mas e o Mestre Shiron…?”
"EM. Shiron é um porco que quer manter seu adorável aprendiz
ela própria. Pouco antes, ela estava me encarando como se você não acreditasse.
"Uh-huh..."
“Não se preocupe com nada. Apenas deixe tudo para mim, e eu vou te apoiar
com tudo o que tenho. Como isso soa?”

Então, é assim que eles jogam as coisas no Reino de Oriana.

"A propósito, ouvi dizer que você era a empregada da princesa Rose?"
Eu escorrego graciosamente das mãos de Margaret.
Ainda não tenho planos de seguir o caminho do músico.
"O que? Mas... como você...?
"Onde ela está, eu me pergunto?"
Margaret incha as bochechas com petulância. "Interessado na princesa Rose, não é?"
“Quem não estaria, com todos os rumores voando por aí?”

“Para que conste, desprezo Rose Oriana.”
"Huh."
“Eu era sua empregada pessoal até que ela se transferiu para aquela academia em Midgar. Ela
sempre foi um pouco estranha, mas era gentil, inteligente e amada por todos. É por isso que doeu
tanto quando ela nos traiu.”
“O que ela fez?”
“Ela mergulhou o reino no caos, foi o que ela fez. Ninguém

a reconhece mais como a rainha legítima.”
“Ah, entendo.”
“Mas não conte a ninguém que eu disse isso.” Margaret me dá outro ensolarado
sorriso. “Agora, você queria saber onde era o quarto dela?”
"Sim."
"Eu temo... isso é um segredo."
“Figuras”.
Eu sabia que não havia como ela simplesmente me dizer, mas um cara tem que tentar.
“Quero dizer, é claro que não posso te dizer. Mas… Mas, mas, mas… Talvez, já que é você…”
Margaret aperta minha mão e olha profundamente em meus olhos.

Ela traz seu rosto até o meu. Eu posso sentir sua respiração enquanto ela fala.
“O quarto da princesa Rose fica no último andar daquela torre alta ali. este
pode ser o nosso pequeno segredo.”
Ela apenas se levantou e me disse.

Compartilhar um segredo com alguém é um truque clássico de vigarista. Se você está no
mercado para obter a confiança de alguém e obtê-lo rapidamente, eu recomendo tentar.
"Obrigado."

“Não conte a mais ninguém, ok? Você é o único que pode saber. Apenas
você está bem? Você sabe, porque você é tão especial.”
E tentando me fazer sentir especial também? Essa garota está dando um show.
"E-isso realmente significaria muito para mim se você pelo menos viesse visitar meus pais."
“Eu definitivamente, absolutamente considerarei isso.”

“Ei, o que vocês dois estão fazendo aí atrás?!”
Eu me viro na direção de onde veio o grito e encontro um guarda com cara de bravo olhando para
nós.
Com todas as mãos e olhares que estamos fazendo, provavelmente nos tornamos bastante monótonos.
"Tudo bem, seu pequeno idiota, você vem comigo."

"E-ele é aprendiz da Sra. Shiron-!" Margaret chora.
“Eu não estava perguntando a você! E você,” o guarda diz, voltando-se para mim, “traga sua bunda
aqui já!”
Seu rosto está vermelho como um tomate, e ele está chateado como o inferno.
“Acho melhor ir com ele”, digo a Margaret. "Você apenas espera aqui, tudo bem?"
“Eu sinto muito por isso. Se ele fizer alguma coisa com você, qualquer coisa, você
me diga, ok? Eu odeio a coragem daquele homem.”
"Você faz?"
“Eu sempre o pego olhando para mim. Isso me assusta.”

Ela olha para o homem. Seu olhar está cheio de ódio sincero.
"Não me faça dizer isso de novo, você!" ele ruge para mim.
"Chegando!" Eu corro até o guarda.
"Por aqui."
“Você entendeu, chefe.”
O guarda me arrasta para trás de um prédio próximo.
“Você tem alguma ideia de quem eu sou? Eu sou Kevin. O guarda."
Quando ele se apresenta, ele me agarra pelo colarinho.
"Prazer em conhecê-lo, Kevin, o guarda."
“Você acha isso engraçado? O que você deveria ser, algum tipo de músico? Deve ser legal, hein?”
"Eu sinto Muito."

Aparentemente, Kevin está realmente irritado.

“Estamos aqui protegendo o país, você sabe. Vocês nos chamam de cavaleiros das trevas de 'bárbaros',
mas somos nós que colocamos nossas vidas em risco por vocês. Então, por que vocês são sempre aqueles
que pegam as garotas bonitas esperando por elas de pés e mãos?”
"Eu sinto Muito."

Parece que ele tem muito o que tirar do peito.
Com pessoas como essas, a melhor estratégia é simplesmente pedir desculpas repetidamente
enquanto você pensa em outra coisa.
“Vamos, garoto do piano, me dê sua melhor chance! Vamos ver como é bom o seu
música preciosa é derrubar um cavaleiro das trevas bárbaro imundo!”
"Eu sinto Muito."
Eu descobri onde Rose está, então eu realmente quero ir visitá-la.
“Ah, que piada! Um músico não pode vencer um cavaleiro das trevas, e você sabe disso!
As artes não valem merda nenhuma!”
"Eu sinto Muito."

Margaret não pode nos ver daqui, então agora é minha chance perfeita de fingir que me perdi.
“Eu nunca mais quero ver você perto de Margaret, ouviu? Eu e

ela, estamos apaixonados um pelo outro!”
"Eu sinto Muito?"
"O que, você tem um problema com isso?"
"Vocês estão... apaixonados um pelo outro?"
“Você está certo que nós estamos! Ela e eu fizemos um voto!”
“Mas Margaret disse que ela ficava pegando você olhando para ela.”
“Todos os dias, reafirmamos nosso amor olhando um para o outro daquele jardim de flores! Eu olho
para ela, e Margaret desvia o olhar timidamente! Mas ela está tão afim de mim, ela não pode deixar de lançar
olhares de qualquer maneira! Oh, minha doce Margaret... Ora, ela é mais linda que as flores!
“Então, vocês apenas olham um para o outro?”

“O verdadeiro amor não precisa de palavras!”
“Você já conversou com ela?”

“Falei com ela agora mesmo, não foi?! Quero dizer, claro, foi pela primeira vez,
mas você podia ver como ela estava louca pela minha masculinidade!”
“Ahhh…”
"O que, você tem algum tipo de problema com isso?"

“Eu estava apenas, uh, impressionado com o quão livre e heterodoxo seu relacionamento

é. Eu posso ver que o que vocês dois têm realmente é amor verdadeiro.”
“Isso é o que estou dizendo. Agora, nunca mais fale com ela! Eu irei dizer
dela você fugiu, então vá em frente e fuja!”
Você é o cara, Kevin. Graças a você, finalmente estou livre.
“S-sim senhor! Desejo a vocês dois toda a felicidade do mundo!”
Depois de soltar um grito incrivelmente esquecível, vou visitar Rose.
Rose senta-se à janela e olha desanimada para o céu. É quase como se o céu cinza de inverno fosse um
reflexo de seu próprio coração.
Rose concordou em se casar com Perv em troca da segurança de sua mãe.
Ela conseguiu salvar sua mãe. No entanto, ela não tem idéia se ela vai ser
capaz de salvar o reino.
O Shadow Garden provavelmente fará um movimento em breve. Embora ela tivesse suas razões, o
fato é que Rose desobedeceu a um oficial superior.
Ela tem poucas dúvidas de que eles vão marcá-la como uma traidora.
E o Culto de Diablos vai fazer um movimento também. Eles definitivamente estão tramando alguma
coisa.
O Reino de Oriana está prestes a se tornar um mero palco para esses dois
forças poderosas para se chocar.
No entanto, Rose está em prisão domiciliar. Ela é impotente para fazer qualquer coisa além de olhar
para o céu cinza.
“Cida…”
Sempre que ela sente que as coisas são demais para suportar, ela pensa no rosto dele.
Toque.
Alguém bate na janela dela.
Ela se dirige e olha para fora, e quando o faz... "Não pode ser... Cid...?" —
ela vê o menino com quem estava sonhando.
Suas bochechas coram quando ela olha para o jovem de olhos escuros e cabelos pretos.
Ela se pergunta se está sonhando. Ela tinha tanta certeza de que nunca teria a chance de vê-lo
novamente.

"Rosa…"
Ela pode sentir o calor em seu olhar. Mesmo apenas olhando um para o outro é suficiente
para transmitir as profundezas de sua paixão.
Ela tem certeza de que naquele momento, ele está pensando exatamente a mesma coisa que ela
é.
Seu coração parece que vai sair do peito.
Ela não quer nada mais do que abraçá-lo com força e fugir com ele.
Mas ela não pode.
“… Entre já. Seria um grande problema se alguém o visse. Ela se força a agir com frieza e
distanciamento. "Por que? Por que vir? Por que fazer algo tão perigoso?”
“Eu precisava ver você. Tornei-me aprendiz de pianista para poder entrar de fininho.”
“Você iria tão longe? Para mim…?"
Ela está à beira de explodir em lágrimas.
Ele cruzou fronteiras nacionais, conquistou uma pianista famosa e se infiltrou no castelo –
tudo por ela.
Ela só pode imaginar o quanto ele deve ter passado em sua jornada.
A enorme quantidade de trabalho que teria levado para obter um aprendizado de

um pianista habilidoso o suficiente para entrar no castelo é quase impensável.
"Eu queria falar com você sobre o casamento", diz ele.
"E-não há nada para falar..."
Ela o ama, e é por isso que ela tem que afastá-lo.
Os dois estão condenados a nunca ficarem juntos. O mínimo que ela pode fazer é mantê-lo
fora de perigo.
"Quero dizer, não está realmente acontecendo, está?"
Há um olhar suplicante em seus olhos. Ele quer tanto que ela negue que isso está acontecendo.
Ele quer que ela diga que ele está certo, ela não vai se casar com Perv. Ela está se casando
com ele, em vez disso.
“E-é verdade, tudo isso. Estou me casando com o Duque Perv por minha própria vontade.
Sua voz treme.
Lágrimas finalmente começam a escorrer de seus olhos.
Ela vira o rosto e os enxuga antes que ele tenha a chance de perceber.
"Não…"

Ele soa como se tivesse acabado de ouvir que o mundo está acabando.
Rose grita internamente.
Ter que machucar o garoto que ela ama assim a corta profundamente.
“Para que foi tudo isso, então?!” ele chora.
Ele está falando sobre o dia fatídico em que ele e Rose prometeram seu amor um ao outro. Agora,
Rose quebrou essa promessa.
"Por favor", ela engasga. “Apenas siga em frente e esqueça de mim…”
As lágrimas não param.
Ela não pode suportar machucá-lo mais do que já o fez.
"Não. Eu me recuso a desistir."
“Ah, Cid...”
“O que aconteceu com você, Rosa?! Este país despreza os cavaleiros das trevas, mas você não
deixou que isso o impedisse. Você se tornou um de qualquer maneira. Ninguém te apoiou ou te
entendeu. Deve ter sido solitário, mas você seguiu seus sonhos de qualquer maneira! Você e eu somos
iguais.”
"Você quer dizer... você passou pela mesma coisa?"
“Eu tenho um sonho que ninguém poderia entender, então eu entendo como você se sente melhor
do que ninguém.”
Rose pode dizer exatamente qual é esse sonho dele. Ela não precisa ouvi-lo dizer isso para saber.
Os dois estão sonhando exatamente com a mesma coisa. O sonho de Cid é

O sonho de Rose, e o sonho de Rose é o de Cid.
Esse sonho é que os dois se casem em santo matrimônio.
Mesmo a mera ideia de um nobre de baixo escalão como ele se casar com uma Oriana
princesa é muito ridícula para palavras.
No entanto, Rose se recusa a fazer pouco caso de seus sentimentos.
Esses sentimentos nasceram do amor que tinham um pelo outro.
“Eu entendo o seu sonho, Cid! Mesmo que o mundo vire as costas para você, eu sempre o
respeitarei!”
“Você pode, mas a sociedade nunca o fará. Eles vão me chamar de idiota, ou maluco, ou vão me
dizer para crescer já. As massas não olham com bons olhos para pessoas como eu.”
“Deixe-os dizer o que quiserem! Nada disso muda o quão puros são seus sentimentos!”
"Rosa…"
Rose pode sentir a paixão latente em seu olhar.

O verdadeiro amor não precisa de palavras. Ela pode dizer como ele se sente apenas pelo jeito
que ele olha para ela.
“Você e eu escolhemos seguir nossos sonhos”, diz ele. “Nós não nos importamos com quais
obstáculos estavam em nosso caminho ou quem zombou de nós. Então, por que você está
desistindo do seu sonho agora?!”
A voz de Rose falha. "Eu-eu estou... eu não estou..."
“Você esfaqueou seu noivo e matou seu pai, o rei. E eu não vou perguntar por que você fez
isso. Você sabe porque? Porque eu acredito em você, e acredito que você fez isso porque estava
atendendo às suas convicções e seguindo seus sonhos.”
“Cida…”
“Então, eu tenho que saber. Por que abandonar seu sonho agora?”
"EU…"
“Quero dizer, você atropelou seu noivo e agora está se casando com ele?
Como assim não desistir do seu sonho?! Você lutou tanto por isso! Então por que? Por que
desistir agora?!” “………”
Rose morde o lábio. Ela não tem resposta para isso.

Ela sabe melhor do que ninguém que não era assim que ela queria que sua vida acontecesse.
No entanto, que opção ela tem a não ser se sacrificar para manter as pessoas que ama
seguras?
“Apenas esqueça que você já me conheceu!” ela chora. “Contanto que você esteja feliz, isso
é tudo que importa!”
"Eu nunca vou desistir. Nem mesmo que isso signifique virar o mundo contra mim.”
“Não tenho mais nada a dizer a você. Por favor, apenas saia…”
Rose empurra Cid pela janela e a tranca atrás dele.
Então, ela se encolhe de costas para a parede e começa a soluçar.
Por que duas pessoas que se amam tanto
se despedaça assim? Por que seu sonho de se casar com ele não pode se tornar realidade?
Rose chora por quão cruel é o destino. Como a realidade é cruel.
Pouco tempo depois, há uma batida em sua porta.
"Chegando."
Ela enxuga as lágrimas e abre.
Duke Perv entra.
“Pensei ter ouvido vozes.”

"A-como você pode ver, eu sou o único aqui."

"…Hum."
Perv a empurra de lado e inspeciona a sala.
Ele olha debaixo da cama, abre o armário dela e olha pela janela.
“Então você é,” ele comenta.
Rose respira aliviada. “É por isso que eu disse isso.”
“Eu posso ver que você está chorando. Deve ser isso que eu ouvi.”
Ele acaricia as pálpebras vermelhas inchadas de Rose com o dedo.
Ela afasta a mão dele. “Não me toque!”
“Vamos, isso não é jeito de ser. Estamos prestes a nos casar, você sabe.
“Só no papel.”
"Saiba seu lugar!"
Ele dá um tapa na bochecha de Rose.
Ela o encara. “………”
"Não se esqueça - a vida da rainha Reina está em suas mãos."
Rose abaixa a cabeça e morde o lábio. "…Sim senhor."
"Isto é o que eu gosto de ouvir. Enquanto o casamento durar, eu posso
garanto que nada vai acontecer com ela.”
Ele envolve o braço em volta dos ombros dela.
Sua bochecha se contrai.
“Agora, ouvi dizer que terminaram seu vestido para o grande dia. Isso não é excitante?
Vamos experimentar, certo?”
"…Sim senhor."
Rose morde o lábio com mais força e permite que Perv a escolte para fora do
quarto.
Então…
“Ah, então é isso que está acontecendo.”
A sala deveria estar vazia, mas um garoto de aparência mediana com cabelos pretos e olhos
escuros está lá do mesmo jeito.
Ele se serve do jogo de chá da sala, servindo-se de uma xícara antes de se reclinar no sofá.
“A mãe dela foi feita refém, hein?”

Ele cruza as pernas e começa a devorar os doces que encontra na mesa, em um ato de roubo
básico.
“Bem, isso torna as coisas agradáveis e simples. Porra, essas coisas são escolha.
Onde eles descem, desperdiçando o dinheiro suado dos contribuintes em

lanches de luxo como esses?”

Depois de engolir mais chá e encher as bochechas de doces, ele fecha a cortina de
sua elegante festa do chá de um homem só.
Com algumas palavras finais sem sentido, ele sai da sala. “Uau. Não
você se preocupa, boa gente de Oriana. Eu vinguei seus impostos gastos por você.
Pouco tempo depois, um guarda completamente inocente chamado Kevin será
suspenso de suas funções por roubar comida.



Capítulo 2
Comece a operação: Obstrução!
“Sabe, acho que esta é a primeira vez que você falhou em uma missão.”
Epsilon leva uma taça de vinho aos lábios adoráveis enquanto olha para o horizonte
noturno de Oriana.
“Minhas mais profundas desculpas.”
O número 559—Victoria—está ao lado dela.
Os dois estão na Super Royal Suite no Mitsugoshi Deluxe Hotel ao lado da loja da filial
de Oriana Kingdom.
A mobília do quarto praticamente grita classe, e a janela tem uma vista deslumbrante de
toda a capital real.
Uma única noite lá custa um milhão de zeni e é restrita apenas aos nobres,
e ainda assim, está reservado para o próximo ano.
“Vi seu relatório sobre o número 666”, comenta Epsilon.
“Ela precisa ser tratada prontamente.”
“Embora eu concorde que suas ações foram precipitadas, acho um pouco prematuro
classificá-la como traidora.”
"Mas…"
“Sua lealdade é admirável, mas você tem uma tendência a ser excessivamente zeloso.
Eu pretendo ter você lado a lado com as Sete Sombras algum dia. Não me decepcione.”
O número 559 aperta os punhos com força. "…Sim, senhora."

“Além disso, a culpa pelo fracasso da operação não recai exclusivamente sobre você. EU
não te avisei sobre a mãe do Número 666, e isso é por minha conta.

"Isso é-"
“Nunca imaginei que a Rainha Reina estaria em Fort First. eu nunca deveria
deixei esses dois se encontrarem e, por isso, assumo total responsabilidade.”
“Você não—”
“Eu nunca mentiria para ela, mas esperava que pudéssemos encerrar as coisas sem que
ela tivesse que descobrir a verdade.” Epsilon toma um gole de seu vinho. "Eu entendo que o
Mestre Shadow se manifestou sobre o assunto?"
"Está correto. Ele estava furioso. Ele disse que o que ela fez foi 'inaceitável'”.
"Interessante. Ele fez contato com o número 666 hoje cedo, você sabe.
“Nosso senhor trabalha rápido.”
“Então ele faz. Mas ele não a executou.”
“Ele deve estar atrás de alguma coisa”, supõe o número 559. “Ele pode planejar segui-la.
Ou talvez ele tenha alguma razão ainda mais profunda…”
“Eu não tenho o mais fraco. Existem algumas vistas que apenas Master Shadow pode
Vejo." Epsilon balança a cabeça. O gesto é tingido de tristeza.
“A visão dele deve ser realmente solitária.”
“De fato é. E apesar dessa solidão, ele luta com mais nobreza do que qualquer outro.
É isso que o torna Mestre Shadow.”
Victoria enxuga as lágrimas que brotam no canto do olho. “Mestre Sombra…”
“Quaisquer que sejam os planos de nosso senhor para o Número 666, nós seguimos sua
liderança. O problema é aquele anel que você viu nas ruínas.
O número 559 faz uma careta de desgosto. “Deveríamos tê-lo recuperado ali mesmo.”
“Isso teria sido melhor, sim. Você fez a ligação certa, no entanto. Aquele anel era a chave.”
“Então, o Culto está realmente atrás da Rosa Negra?”

“Certamente parece assim”, responde Epsilon.
“Nesse caso, precisamos recuperar o anel rapidamente.”
“Temos que jogar com inteligência. Se os encurralarmos, eles podem usar a chave,
e se as lendas forem verdadeiras, isso significaria que o Reino de Oriana...
“A Rosa Negra é realmente tão perigosa?”
“Há uma velha história sobre como Oriana estava à beira da destruição.
Isto é, até que eles usaram a Rosa Negra para matar os cem mil soldados Velgaltan que
cercavam sua capital em uma única noite. Esse conto não é meras crianças

história."
“O poder que exigiria…”
“Eu entrei em contato com Alpha, e ela está reunindo mais pessoal.
Assim que estivermos prontos, vamos—”
De repente, os dois são interrompidos.
A porta se abre, revelando Cid vestindo um roupão de banho.
“Uau, isso foi uma imersão incrível. Nada supera um banho privado ao ar livre.”
Ele se joga no sofá elegante da sala, parecendo tão satisfeito quanto um ponche.
"Vamos terminar esta discussão mais tarde", diz Epsilon calmamente. Então, ela vai e se
acomoda bem ao lado de Cid. "Você gostaria de algo para beber?" ela pergunta a ele.
“Um leite de café acertaria totalmente o ponto, sim.”

Epsilon vai e pega uma garrafa do artefato da geladeira. “Que tal algo para comer com ele?
Posso ligar para o serviço de quarto.
“Eu poderia ir para um lanche leve, com certeza. Ooh, como aquele rosbife que comemos no
jantar. Esse material foi ótimo.”
“Ah, a carne cinco estrelas Mitsugoshi? Se me permite, fica muito bem em um sanduíche.
“Legal, vou pegar um sanduíche de rosbife, então. E também um rosbife normal.

Ah, e um prato de frutas ao lado também.”
"Vamos enviá-los imediatamente."
O número 559 toca uma campainha e transmite o pedido a um funcionário.
Cid pega a garrafa de leite da Epsilon e toma um grande gole. “Uau.
Leite de café depois de um banho quente, não há nada melhor do que isso.”
"Aqui, deixe-me massagear seus ombros", oferece Epsilon.
“Uau, isso me traz de volta. Quando eu morava com meus pais, você costumava me fazer chá
todos os dias enquanto eu vadiava.
“Foi bom estarmos juntos o tempo todo naquela época.”
"Isto é o paraíso." Cid fecha os olhos em êxtase. "E você tem certeza que eu não tenho que
pagar por nada disso?"
“Ah, claro que não.”
“Nem mesmo o serviço de quarto?”
“Não, não, o serviço de quarto também é gratuito.”
“Obrigado, Épsilon. Você é um salva-vidas.”

"Eu-eu... S-você é muito gentil."

Epsilon abaixa a cabeça. Ela é vermelha brilhante das orelhas para baixo.
Então, o número 559 se junta à massagem. “Deixe-me pegar seus pés.”
Cid relaxa com a expressão mais preguiçosa imaginável em seu rosto. No entanto,
Epsilon e Número 559 sabem muito bem que este não é o verdadeiro ele.
O Joe comum que eles estão vendo nada mais é do que um papel que ele desempenha.
Shadow, o sempre digno senhor e mestre do Shadow Garden, é a pessoa que ele é lá no fundo.
Ao fingir habitualmente ser um personagem de fundo infeliz, ele é capaz de se mover como quiser
sem que ninguém perceba ou suspeite de nada.
No entanto, isso também significa que ele sempre tem que estar "ligado", nunca recebendo tanto
como um momento de descanso.
Epsilon quer dar a ele um breve momento de tranquilidade, mesmo que ela
sabe que não pode durar muito. Ela se aninha tão perto dele quanto pode.
"Sobre o você-sabe-o-quê..."
Apesar das esperanças de Epsilon, porém, Cid começa a falar sobre trabalho. Uma pontada de
tristeza a percorre quando ela pressiona seu lodo contra a parte de trás de sua cabeça. “… parece que
vou ser capaz de resolver as coisas rapidamente.”
“Meu Deus. Não foi nem um dia inteiro.”

“Minha infiltração e investigação ocorreram sem problemas. A única coisa que resta a fazer é cortar
o problema em sua origem, e a missão estará completa.”
"Acho que você resolveu as coisas com ela, então?"
"Sim. Quando me envolvo, obtenho resultados.”
Epsilon cora um pouco, fascinada pela confiança em sua voz. “Você nunca deixa de impressionar,
Mestre Shadow. Em apenas um dia, você já descobriu tudo e encontrou um caminho para a solução…”
"É claro. Os feitos que sou capaz de causar medo até mesmo nos deuses.
“E-mesmo os deuses?!” Épsilon chora. “Eu não tinha ideia de que você tinha chegado a tal
nível! Considere-me com admiração, meu senhor!
“Ei. Eu posso nocautear um deus com apenas um dedo.”
“Um único dedo?! Isso é incrível!"
“Heh-heh-heh. Se eu tiver uma chance, eu vou te mostrar algum tempo.”
Os olhos de Epsilon e Número 559 brilham.
Esse é o Mestre Shadow deles - fazendo o impossível e fazendo parecer

fácil!
A fresca luz do sol da manhã me banha enquanto sigo para o Castelo de Oriana.
Ontem à noite, eu consegui passar a noite em uma suíte chique de graça. Posso obter um
inferno sim?
O café da manhã desta manhã foi em estilo buffet, o que foi excelente, e entre isso, o
banho rápido que tomei, a sauna e a massagem, não consigo pensar em uma maneira melhor
de começar o dia.
Eu diria que é bom ter amigos com conexões, mas pelo que ouvi, a Mitsugoshi está
pensando em abrir uma linha de salões de beleza para os ricos. Eles provavelmente estão
apenas me usando como cobaia.
Além disso, eles basearam praticamente todas essas coisas nas histórias que eu contei
sobre cirurgia plástica e cosmetologia. Agora, eles estão planejando ganhar dinheiro com o
meu conhecimento.
“Está bem, está bem. Eu tenho minha felicidade, e você não pode comprar isso com
dinheiro.”
Eu não sou azedo sobre isso. Sem chance. Eu não.
Agora, Epsilon tem trabalho esta tarde, então parece que estou voando sozinho.
Graças à minha investigação de ontem, descobri que Rose só vai concordar com o
casamento porque sua mãe foi feita refém. Tudo o que tenho a fazer é salvar a Rainha Reina
para tirar Rose de seu funk, matar Perv e tomar o trono.
É a solução perfeita. Às vezes, a vida lhe dá uma vida fácil.

“Primeiro de tudo, vamos descobrir onde a Rainha Reina realmente está…”
Eu posso imaginar agora – a eminência nas sombras se aproxima, conduz uma operação
de resgate impecável das sombras e alimenta o nascimento de um monarca lendário.
"Heh-heh-heh..."
Meu status como aprendiz de Epsilon me permite entrar no castelo, e um monte de
pessoas me cumprimentam enquanto eu vou para a sala de música. Meu disfarce é que estou
indo para lá para afinar o piano.
Eu tenho que dizer, porém, este lugar é seriamente hardcore sobre sua arte e

coisas de cultura. Eu não tinha ideia de que chamaria tanta atenção como um mero aprendiz falso.
"Senhor. Aprendiz!"
Margaret está na frente da sala de música. Quando ela me vê, ela corre e fica no meu espaço
pessoal.
"Você está bem?! Depois de ontem, quero dizer.
“Sim, eu sou ases.”
“Eu estava tão preocupado com você que não consegui dormir ontem à noite. Aquele guarda podre…”
“Ha-ha, está tudo bem.”
“Você não está ferido, está? Eu juro, se aquele desgraçado miserável machucou seu
dedos, vou me certificar de que ele nunca mais acorde…”
“Estou bem, de verdade.”
“Ah, graças a Deus. Seus dedos são mais valiosos do que a vida de um guarda, afinal.”
“Com certeza, com certeza.”

“Não há nada para você se preocupar, no entanto. O guarda horrível não está mais aqui.
"Huh?"
“Ele foi pego roubando comida, então foi transferido.” Ela sorri. “Eu era o
aquele que o denunciou!”
“Cara, que tipo de idiota vai e rouba comida?”
“Todas aquelas vezes que ele me deu aqueles olhares assustadores, ele deve estar olhando
por uma oportunidade de fazer seus crimes. Foi assim que eu soube que era ele.”
"Espere, então você realmente não o pegou no ato?"
“Eu não fiz, mas... eu sabia que ele era o único que fez isso, então eu peguei todo mundo
juntos para que pudéssemos esclarecer nossas histórias primeiro.”
“Ah, inteligente.”
“Quero dizer, o bruto comeu todo o chá e doces no quarto da princesa Rose.
Você acredita nisso?"
"Droga, isso é confuso."
Hum?
Agora que ela menciona isso, eu sinto que poderia ter feito exatamente a mesma coisa
ontem, mas... nah, provavelmente apenas uma coincidência.
“Eu fiz tudo por você, Sr. Aprendiz. Eu não vou deixar nada acontecer com você.”
“Ah, obrigado.”

"A propósito... você e a Sra. Shiron não vieram juntos hoje?"

Baque.
Margaret fecha a porta da sala de música atrás de nós.
"Não."
“Nesse caso, o que você diria para uma reunião com Earl Parton?”
Ela se aproxima de mim.
"Eu não sei…"
Eu habilmente recuo para trás. Meu footwork é impecável.
"Por que não?! E por que não consigo te alcançar?! Eu... eu... eu posso te marcar um
encontro com o Marquês Newwealth também, você sabe!
“Ainda não sou um pianista de verdade.”
“V-você é um pianista fantástico! Tch, você é tão rápido! E não é apenas sua velocidade,
seus movimentos são tão suaves e eficientes!”
“Nah, eu realmente não sou tudo isso.”
"EM. Shiron está apenas usando você! Você tem todo esse talento, e ela está perfeitamente
feliz em desperdiçar tudo. Tch, você está tão longe... mas uma boa empregada nunca desiste!”
Apesar de estar sem fôlego, Margaret se recusa a jogar a toalha.

"Você, uh-"
"Desculpe, o que foi isso sobre alguém desperdiçando o talento de alguém?"
A porta da sala de música se abre. Epsilon está atrás dele.
O sorriso de Margaret endurece por um breve momento, mas ela rapidamente se recupera e faz
uma reverência para Epsilon.
“Por que olá, Sra. Shiron. Achei que você não estava planejando chegar até esta tarde.
“Eu não estava, mas então fiquei com essa preocupação mesquinha de que alguém poderia estar
incomodando meu adorável aprendiz e atrapalhando seu trabalho.”
"Nesse caso, senhora, fico feliz em informar que suas preocupações eram infundadas."
“Ah, acho que eles foram bem fundados.”

Os dois cruzam os braços em sincronia.
A sala de música é tomada por um silêncio peculiar.
"Você se importaria?" Epsilon eventualmente diz. “Meu aprendiz e eu precisamos nos
preparar para o trabalho.”
"Nesse caso, vou preparar um chá para você."
“Você realmente vai me fazer soletrar para você? Você tem um

campo de flores crescendo onde seu cérebro deveria estar ou algo assim?”
"Se você está no mercado de flores, posso interessá-lo no jardim de flores real?"
“Ouça aqui, sua criança de cérebro de flor: você é um incômodo. Se perder."

“Eep, ela é assustadora! Salve-me, Sr. Aprendiz!”
Margaret corre atrás de mim – “Agora você
vê quem a Sra. Shiron realmente é.” — e sussurra
furtivamente em meu ouvido.
"Eu posso ouvi-lo, você sabe", responde Epsilon.
“Lembre-se, Sr. Aprendiz, estou do seu lado. Por enquanto, porém, você vai
tem que me desculpar.”
Com isso, Margaret – reconhecendo que a maré virou contra ela – bate em retirada tática.
Épsilon suspira. “O país dela está à beira da guerra, e ela está agindo como
ela não tem nenhuma preocupação no mundo.”
“Sim, as pessoas aqui quase nem parecem tensas.”
“Os aristocratas desta nação desprezam a violência e adoram as artes, assim como eles
têm ao longo da história de Oriana. E tudo por causa da Rosa Negra…”
“Uma rosa negra, hmm? Eu adoraria ver um desses.”
O jardim real tinha todos os tipos de rosas, mas nenhuma preta.
"Suspiro! Você planeja realmente testemunhar a Rosa Negra?!”
"É claro."
Quer dizer, eu vim até aqui para o Reino de Oriana. Se eles ficaram legais
raras rosas negras, eu definitivamente quero dar uma olhada.
Por alguma razão, Epsilon começa a murmurar algumas coisas que não consigo entender.
“Mas… A destruição total… E é tão perigoso… Por outro lado, é do Mestre Shadow que estamos
falando…”
“O que há de errado, Epsilon?”
"Nao e nada. Se é isso que você escolheria, Mestre Sombra…”
“Sim, obviamente eu vou escolher ver as rosas negras.”
Ela se ajoelha. "Como... Como você deseja, meu senhor!"
Isso é Epsilon para você. Ela sempre faz um grande negócio de tudo,
até mesmo algo tão simples como olhar para um par de flores.
“A propósito, você sabe onde fica o quarto da rainha Reina?”
"A rainha? Ah, então esse é o seu ângulo.” Ela sorri significativamente.
“Sim, esse é o meu ângulo.”

"Para o quarto da rainha, você vai querer ir..."

Depois que ela me diz onde é o quarto da rainha Reina, eu saio da música
quarto. No caminho, fico de olho em rosas negras.
Acabo não encontrando nenhuma rosa negra, mas encontro o quarto da rainha rapidamente.
Estranhamente, não parece que alguém o esteja guardando. Eu espio na janela e

local Rainha Reina e Duque Perv.
"Huh?"
Parece que eles estão falando, mas algo parece estranho.
"Ah, pervertido... Tem certeza de que ainda não podemos tornar nosso amor público?"
“Só mais um pouco, querida. Temos que terminar o casamento e conseguir o que
precisamos sair de Rose primeiro.”
“Às vezes, parece que você realmente quer se casar com ela…”
“Não, não, querida. Você é o único para quem eu tenho olhos.”
"E você promete que vai matar Rose imediatamente para que possamos nos casar?"
"Claro, querido."
Perv e a rainha trocam um beijo apaixonado.
OH MEU DEUS.
“Querida, está na hora. Chamadas de trabalho.”
“É sempre o mesmo com você. Você diz isso e depois sai para ver a garota. Ainda assim, só
tenho que aguentar um pouco mais, então serei paciente com você. Mas você virá me visitar esta
noite, certo?
"Claro, querido. Vejo você então.”
Rainha Reina observa Perv sair da sala com muita relutância.
"Bem, isso não é bom", murmuro para mim mesma enquanto silenciosamente me afasto da
janela.
Perv e Rainha Reina estão em conluio.
Em outras palavras, salvar a rainha não vai realizar o agachamento.
O que fazer, o que fazer…? Espere, é isso!
"Eu só tenho que dizer a Rose!"
Quando ela descobre que eles estão puxando um sobre ela, chamas de raiva

vai agitar dentro dela e despertá-la para a ação. Estou certo disso.
O plano é o seguinte.
Agindo como Shadow, vou levar Rose esta noite e levá-la para assistir
O pequeno encontro de Perv e Reina.
“Eu posso até dizer algo legal como, 'É hora de você ver a verdade.'”
Eu vou ser “a eminência na sombra que sabe tudo”.
Quando Rose descobre que sua mãe a traiu, sua raiva vai despertá-la
assumindo sua posição como monarca.
“Então, eu posso dizer algo foda como, 'Desperte, Monarca da Morte.'
Heh-heh-heh… Um plano perfeito, se é que já ouvi um.”
Agora, tudo o que tenho a fazer é me retirar por enquanto e esperar o anoitecer.
“Ah, é Epsilon.”
Enquanto mato o tempo procurando rosas negras no castelo, localizo Epsilon.
Isso é estranho; Presumi que ela ainda estaria na sala de música.
Por alguma razão, parece que ela está escondendo sua presença e se esgueirando.
Eu também escondo minha presença e rastejo atrás dela enquanto ela abre a fechadura
de uma porta.
“…Ali, aberto.”
No momento em que a fechadura se abre, eu a chamo. “Pare aí mesmo.”
Epsilon imediatamente se prepara para a batalha, mas ao ver meu rosto, ela dá um
suspiro de alívio. “I-impressionante como sempre, Mestre Shadow... eu não conseguia sentir
você. Você era praticamente um com o próprio ar, como se tivesse se tornado a personificação
de toda a criação. Sua técnica me impressiona, meu senhor.
Nunca mude, Epsilon. Nunca mude.

"O que você estava fazendo?" Eu pergunto.
"Eu, er..." Ela desajeitadamente desvia o olhar. Aposto que ela estava tentando saquear
o lugar. “Não consigo encontrar a chave em lugar nenhum. Presumi que Duke Perv o teria,
mas minha investigação revelou que tudo o que ele tinha era um caso vazio. O problema é
que eu não tenho ideia de onde ele o escondeu…”
Ela não conseguiu encontrar a chave, então decidiu arrombar a fechadura?
Acho que há um certo tipo de lógica perversa nisso.
“Precisamos pelo menos descobrir onde está, ou não conseguiremos lidar com
quaisquer problemas que possam surgir.”
“Não há mais necessidade de procurar a chave, não é?”

“Não há? Tem certeza?!" ela pergunta. Ela parece chocada.

"Obviamente."
Por que você precisaria da chave quando já arrombou a fechadura?
“Você nunca deixa de surpreender, Mestre Shadow. Eu não tinha percebido que as coisas
já tinham progredido tão longe... Quão longe você teria que ter visto para poder preparar isso?
Verdadeiramente, seus olhos devem conter a centelha da divindade. Não, mesmo isso não
explicaria... Você é de longe o homem mais nobre de toda a criação, meu senhor, e poder
servi-lo me faz a pessoa mais feliz do mundo!
Fiz a observação mais básica possível, e você conseguiu girá-la

em tudo isso? Se alguém nunca deixa de surpreender, Epsilon, é você.
"Então, os preparativos estão todos completos?" ela pergunta.
“Os preparativos...? É claro."
Meus preparativos para esta noite são perfeitos. Vou mostrar a Rose a verdade fria e
dura.
“Nesse caso, vou voltar e me preparar para o trabalho.”
"Faça isso."
Com isso, deixo Epsilon e o castelo real para trás e chuto meus pés
no hotel até o anoitecer.
Rose espera nervosamente que a empregada de cabelos grisalhos prepare seu chá.
Quando ela toma um gole, ele enche sua boca com um delicioso sabor floral.
"Isso é maravilhoso. Obrigado, Margarida.” “………”
Margaret não responde.

Ela faz seu trabalho desapaixonadamente, ignorando Rose o tempo todo.
Rose olha tristemente para suas costas. "Com licença... Margaret?"
"Se isso é tudo que você precisa de mim, eu vou me despedir."
"Um..."
Enquanto Rose se atrapalha com suas palavras, Margaret sai da sala.
A porta se fecha e Rose solta um suspiro.
Ela e Margaret cresceram juntas. Ela ama a maneira como o sorriso de Margaret

parece uma flor desabrochando.

Agora, porém, Margaret não sorri mais para ela.
Mas tudo bem.
Rose decidiu que vai salvar sua mãe, custe o que custar. Se nada mais, ela deve isso ao
pai.
O vento frio da noite sopra em seu quarto solitário.
“Eu poderia jurar que fechei a janela…”
Poderia ser? Ele está aqui de novo?
O pulso de Rose acelera. Ela sabe que precisa parar de vê-lo, mas não pode deixar de
esperar de qualquer maneira.
Ela chama seu nome enquanto caminha até a janela. "Cid...?"
De repente, todas as luzes da sala se apagam e uma presença feroz surge para substituí-
las e anunciar o advento de alguém feito de um tecido diferente.
Ela estava errada. Não é ele.

Um casaco de ébano esvoaça ao luar.
"Shadow... M-Master Shadow," Rose murmura sem expressão.
Aquele homem é como um deus para o Jardim das Sombras. Gotas de suor em suas mãos
por causa da tensão.
"Você... veio para me matar?"
Ele está aqui para derrubar o traidor, sem dúvida.
Ela nunca imaginou que ele realmente seria o único a fazer isso sozinho.
"Eu sinto Muito…"
Rose tem uma grande dívida com o Shadow Garden. Isso a salvou de incontáveis
crises e levantou-a quando ela mais precisava.
Ela lamenta o fato de que, inadvertidamente, ela pagou seus
boa vontade com traição.
No entanto, Shadow diz algo totalmente inesperado.
“É hora de você ver a verdade.”
Sua voz soa profunda quando ele apresenta a mão para Rose.
"Que verdade?"
“Agarre-se.”
Os olhos vermelhos brilhantes sob sua máscara estão fixos nela.
Ela é incapaz de recusar.

Rose vai com Shadow, e ele a leva para uma das sacadas do castelo. O vento noturno é frio
contra sua pele.
“Espere, isso é…”
É o quarto de sua mãe, a Rainha Reina.
“A verdade está além.”
“Mais uma vez, que verdade?”
Ela não entende o que ele quer dizer.
Apreensão e expectativa brotam dentro dela. Seus globos oculares praticamente
tremer enquanto ela olha para a sala.
"O que…?"
O que ela vê por dentro a choca profundamente.
Iluminado pela luz fraca da lareira, Duke Perv e Queen
Reina estão trancadas em um abraço.
Rose olha para eles em um torpor petrificado.
"Mas por que?"
Rainha Reina não está resistindo Duke Perv. Ao contrário, ela o está aceitando de braços
abertos.
Rose mal consegue distinguir suas vozes pela janela.
“Não vai demorar muito até que o reino seja nosso”, diz a rainha.
"E é tudo graças a você, querida."
“Todo o trabalho que dediquei para drogar meu marido idiota finalmente vai pagar
desligado. Ele foi um bom fantoche, no entanto, eu vou dar isso a ele.”
“É uma pena que ele tenha sido morto assim. Tínhamos tantos planos para ele…”
“Veja, é por isso que eu disse a você que deveríamos ter matado Rose desde o início.
Pense em todo o trabalho extra que tivemos que fazer quando ela se tornou sua sucessora...
Rose não aguenta mais ouvir.
Ela se afasta da janela, embora ainda possa vê-los se beijando apaixonadamente através
das cortinas.
“Isso não está acontecendo…”
Ela treme da cabeça aos pés, e sua visão se distorce. O mundo inteiro parece estar girando.
"É a verdade."

"Não, não pode ser... Não é... Minha mãe nunca..."

Ela cambaleia pela sacada e se inclina contra o corrimão.
“Aceite o que você sabe ser verdade.”
A voz de Shadow soa como se estivesse vindo de um milhão de milhas de distância.
"Não... Não, não é..."
"A hora chegou."
Ela pode sentir sua consciência se esvaindo.
“Lembre-se do que você viu. Lembre-se do que você deve levar.”
"Oh…"
“A espada da rebelião deve ser...”
Em meio à névoa em sua mente, todas as peças se encaixam. Agora, ela entende por
que sua mãe estava seguindo as ordens do Culto naquela época... e por que o Número
559 estava tentando matá-la.
No momento em que tudo fica claro para ela, ela desmaia como uma boneca de pano.
Shadow olha para ela com surpresa enquanto seu cabelo loiro mel se espalha
pelo chão da varanda.
“Espere... você desmaiou? Bem quando as coisas estavam ficando boas?”
Rosa não responde.
"E ai, como vai? Você está bem?"
Ele sacode os ombros dela. Nada ainda.
“O traidor está bem ali, no entanto! Esta é sua chance de matá-la! Eu até ajudo!”
O vento sopra, frio e sem vida.

Shadow inclina a cabeça, olha para o céu e solta um suspiro longo e nublado.
“Maaan… Meu plano perfeito…”
Ele pega Rose e, com uma queda desanimada de seus ombros, salta da sacada.
Ela errou em algum lugar?

Ou tudo estava confuso desde o início?
Imagens passam pela mente de Rose. Ela vê os rostos mortos de seu pai e os
soldados de Oriana.

Pelo que ela está lutando?

Por que eles morreram?
E quanto ao pai dela... Por quê? Só por que?
Quando Rose viu sua mãe beijando Perv, ela sentiu como se sua vida inteira tivesse sido
uma mentira.
Quando ela acorda, ela se encontra em sua própria cama, olhando para o teto. Seu
rosto está coberto de lágrimas secas; os frescos fluem sobre eles e molham suas
bochechas mais uma vez.
"Eu quero voltar…"
Ela pensa nos dias que passou na Academia Midgar para Cavaleiros das Trevas.
Se ao menos ela pudesse voltar àqueles dias de feliz ignorância — aqueles dias com
ele.
“Cida…”
O que ela estava tentando realizar?
No que ela está trabalhando?
Desde que ela matou seu pai, ela sente que suas engrenagens foram lentamente
deslizando para fora do alinhamento.
Era para o reino. Era para o pai dela. Para sua mãe. Para ela mesma.
Tudo isso é verdade, e ainda assim tudo parece mentira também.
Ela não sabe mais o que é verdade. Ela não sabe de nada. Ela gostaria que tudo
acabasse.
Mas então, assim que o desespero começa a afundar…
…ela ouve uma bela melodia de piano.
“Sonata ao luar…”
É uma peça que ela nunca vai esquecer. Ela uma vez ouviu o próprio Shadow tocá-lo
subterrâneo em Midgar.
Desta vez, porém, a pessoa que está tocando Moonlight Sonata no piano perto da
janela é outra pessoa.
É um garoto normal, de cabelos escuros.
"Cid...?"
Rose se pergunta se ela está sonhando novamente.
Ela cambaleia até ele e estende a mão para tentar tocá-lo.
A mão dela acaricia a bochecha dele. A música pára.
Não é um sonho. Não é uma ilusão. Ele está realmente lá.
"Cid... você quer fugir juntos?"
Ele vai tirá-la de tudo isso. Ele vai levá-la para algum canto distante de

o mundo onde ninguém sabe quem ela é, e os dois podem se casar e começar uma família feliz lá.
Rose matou seu pai. Ela foi traída por sua mãe. Ela é
ela mesma traiu o Jardim das Sombras. Ela foi abandonada por seu povo.
Mas ele, ele é a única pessoa que nunca vai abandoná-la. Não importa o que aconteça, ele
sempre ficará ao lado dela... ou assim ela acredita.
Enquanto ela o tiver, ela ficará bem.
“Cida…”
As pontas dos dedos dela roçam seus lábios, e seus olhos escuros encontram os dela.
Eles são tão negros quanto a noite mais escura.

O luar brilha sobre ele enquanto ele fala baixinho. “Gosto muito desta peça. Faz o mundo fazer
sentido.”
"Como assim…?"
Ela não entende o que ele está tentando dizer a ela.

“Vejo o mundo em duas categorias. Coisas que são importantes e coisas que não são.”
"…Por que?"
“Porque tenho um sonho que não posso realizar se não o fizer. Há apenas tantas horas em um
dia, apenas tanto esforço que uma pessoa pode dar. É por isso que despejo todo o meu no que é
importante e deixo todo o resto de lado.”
Agora, Rose entende.
Ele está dizendo que sacrificou tudo, tudo por ela.
Ele cruzou a fronteira por ela, ele derramou seu suor e sangue para aprender o piano para ela,
e ele se esgueirou para o castelo por ela.
Suas ações falam muito.
No entanto, ele não pode sair e dizer isso.
Ele não quer colocar esse tipo de pressão em Rose.
Lágrimas brotam nos olhos de Rose com o quão puro é seu amor.
“Mas acontece que é mais fácil falar do que fazer. Há muita estática. O mundo está cheio disso,
e encobre essas coisas importantes. É tão fácil para nós perdermos de vista o que importa.”
Há uma profundidade estranha em seus olhos. Rose sente quase como se estivesse sendo
sugada.
“Do jeito que eu vejo, o mundo é um pouco brilhante demais. Ele mostra todas essas coisas,
mas mostra muitas delas e faz você perder de vista o que é realmente precioso – assim como você
está perdendo de vista agora.”

"EU…"
Rose matou seu precioso pai. Sua preciosa mãe a esfaqueou pelas costas.
O que era realmente precioso?

Rose não sabe mais.
“É tão assustadoramente fácil para nós esquecermos quais são nossos propósitos na vida.
Então, você sabe...” Ele olha para a lua pendurada no céu noturno. “…Este mundo é melhor sob
o luar. Isso nos força a forçar os olhos e, por causa disso, somos capazes de manter nossos
olhos fixos no que é importante. Sob o luar, tudo o que temos que olhar é o que é precioso para
nós.”
Seus dedos se movem e ele continua tocando Moonlight Sonata.
A luz suave da lua brilha sobre o mundo, e as belas notas enchem os ouvidos de Rose.
A partir daí, eles reverberam através de seu corpo e penetram profundamente em seu
coração.
“O que você vê, neste mundo enluarado?”
Com essas palavras finais, ele desaparece.
Não há ninguém no banco do piano. É como se ele não fosse nada mais do que um
ilusão lançada pela luz da lua.
"Cid...?"
Mas ele não era uma ilusão.
Um pequeno anel fica no banco onde ele estava. Ela brilha ao luar.
É um anel de casamento.
“Cida!”
Rose aperta o anel com força contra o peito.
É um artefato com um design artístico, e ela pode sentir um pouco de magia vindo dele. Ela
mal pode imaginar o quão caro deve ter sido. Ela pode dizer que ele pensou muito em escolhê-
lo.
Ele estava tentando usá-lo como uma tentativa desesperada de transmitir seu amor
verdadeiro e insubstituível…
"O que…?"
Ela olha para a lua.
“O que é que eu vejo…?”
Sua luz parece incrivelmente gentil.

“Perdi o anel!” Lamento enquanto mergulho na banheira ao ar livre.

Fale sobre uma chateação.
Enfiei-o no bolso e esqueci-o, e antes que me desse conta, tinha desaparecido. Eu deveria
ter penhorado o mais rápido que pude. Eu me pergunto quanto eu poderia ter conseguido por
isso.
“Ei, tudo bem.”
Assim como vem, também vai.
Eu me livro da perda e olho para o céu noturno. A neve está começando a cair.
“Cara, que banho maravilhoso.”
Eu fiz o que pude para chegar até Rose.
Nada do que alguém disse poderia ter me impedido de trabalhar para me tornar uma
eminência nas sombras, então se ela tem o coração de um leão, tenho certeza que ela vai se
levantar e elevar o padrão de rebelião.
O resto é com ela.
Mas, por outro lado, se ela não se recuperar…
“É melhor eu estragar o casamento.”
Não há duas maneiras sobre isso.
Eu posso ser a eminência na sombra que irrompe no casamento, dispara algumas citações
profundas e leva a princesa embora.
“Eu confio que o Sky Bath especial do Mitsugoshi Deluxe Hotel é do seu agrado?”
Epsilon entra. Ela me conseguiu uma reserva exclusiva para o banho, de
curso.
“A neve adiciona um toque elegante.”
Eu não saberia distinguir elegância de um buraco no chão, mas parece legal
dizer.
"Devo lavar suas costas para você?"
“Eu já lavei, mas obrigado.”
“Ah. Que pena."
Epsilon se senta ao meu lado com um sploosh.
Ver sua pele clara envia um arrepio na minha espinha.
"De jeito nenhum."
Ela desenvolveu seu corpo de lodo ao ponto de parecer

indistinguível da pele real.

Não posso deixar de dar outra olhada.
"Tee-hee-hee... Isso é um pouco embaraçoso, você sabe."
“Ah, desculpe.”
Como um aficionado de magia, porém, não posso deixar que sua conquista não seja
elogiada.
O grau absoluto de controle mágico fino, a moldagem, o
ajustes de textura… É incrível o quão longe ela levou seu trabalho.
“Coisas incríveis, Epsilon.”
"Huh?"
Eu disse tudo o que precisa ser dito.
Há algumas coisas que simplesmente não precisam ser colocadas em palavras.
“A neve é linda, não é?” ela comenta.
"Com certeza."
Nós dois sentamos lado a lado e apreciamos a paisagem de neve.

Decido conversar um pouco sobre o meu dia. “Fui pego de surpresa hoje.”
"Oh meu Deus. Você não está ferido, espero?

“Não, estou bem.”
"Eu deveria saber. Mesmo se procurássemos o mundo inteiro, nós
nunca encontraria alguém que tivesse uma chance contra você, meu senhor.
“Se ela encontrar a vontade de se levantar, espero que ela eleve o padrão de rebelião.”
“Você já sabe como tudo vai se desenrolar?!”

“O confronto acontecerá no casamento.”
Eu conjuro uma lâmina de magia e corto o reflexo da lua na superfície da água em dois.
Um jato de água dispara do impacto, fazendo com que o luar

refletem de todas as maneiras.
"Lá... o leão vai acordar."
Eu sorrio significativamente. Estou certo disso. Ela vai acordar, e ela vai matar aquele cara
pervertido.
Heh. Isso vai ser um choque divertido para os convidados.

“O confronto será no casamento, você diz? Farei os preparativos necessários!”
Epsilon sai correndo do banho.

Que preparativos ela quer dizer? Tipo, ter certeza que ela tem pipoca pronta?
"Eu provavelmente deveria sair em breve também, hein?"
Não demora muito para chegar o dia do casamento.



Capítulo 3
Quebrando a Cerimônia!
Duke Perv fica no segundo andar e olha para o salão cerimonial.

“Nosso perímetro defensivo é hermético, suponho?”
"Sim senhor."
“Bem, certifique-se de que continue assim. O Jardim das Sombras pode estar planejando algo.
O agente do Culto disfarçado de guarda se curva para Perv e depois sai.

A notícia da invasão do Shadow Garden em Fort First chegou aos ouvidos de Perv.
O Culto tomou todas as precauções para não ser detectado, e ainda assim eles estavam a um fio
de cabelo de ter o Anel da Sucessão roubado deles de qualquer maneira.
Mais uma vez, o Jardim das Sombras está sendo uma pedra no sapato de Perv.
Shadow foi quem arruinou seu esquema no Bushin Festival também, e isso forçou o plano de Perv
a dar um grande desvio. O Culto está finalmente começando a levar a sério o desejo de destruir o
Jardim das Sombras, mas Perv viu as proezas de Shadow em primeira mão, e ele teme que o Culto
ainda esteja subestimando a ameaça que ele representa.
Como mais uma prova disso, o Culto ainda não conseguiu

Base de operações do Shadow Garden.
Na verdade, suas informações sobre o Shadow Garden estão faltando em todas as frentes. Aos
olhos de Perv, isso é negligência grosseira da parte deles.
Mesmo agora, o Culto ainda acredita que seu domínio sobre o mundo é tão firme como sempre.
“Ainda assim, tenho o Anel da Sucessão. Uma vez que o direito de suceder o trono

é meu, meu plano estará completo. E quanto ao Jardim das Sombras, podemos extrair as
informações de que precisamos de Rose Oriana.
Ele se deparou com todos os tipos de problemas inesperados recentemente.
Usar a Rainha Reina para transformar o Rei Oriana em um fantoche estava indo
esplendidamente, mas de alguma forma, o rei percebeu o perigo em que estava e adulterou o
Anel da Sucessão para transferir o controle para sua filha, Rose. Agora, a única maneira de
Perv ganhar domínio sobre o Anel é se casar com a garota.
“Tudo está bem quando acaba bem, no entanto. Quando isso acabar, finalmente poderei
me juntar às rodadas…”
Perv tem certeza de que o décimo segundo assento será dele se tudo correr bem em
Oriana. Ele tem o apoio de Sir Mordred, o nono membro dos Rounds, para agradecer por isso.
Em troca, Sir Mordred espera seu apoio na próxima luta de poder interna do Culto.
O histórico de Perv será o mais fraco nas rodadas, então ele terá que jogar junto por
enquanto. Uma vez que ele se torna mais poderoso, porém, ele deve ter poucos problemas
para bajular qualquer facção que esteja atualmente no controle.
Esse Culto não é um monólito, e esse fato dá origem a todos os tipos de oportunidades
de avanço.
“Enquanto eu tiver o Anel, ficarei bem…”
Ele pega uma pequena caixa do bolso. Ele foi cuidadoso para não deixá-lo
deixar sua pessoa por um momento por causa do anel dentro.
Não é um mero anel de casamento, é claro. É o Anel da Sucessão.
Confiante em sua vitória, ele sorri enquanto abre a caixa.
"…Huh?"
Seu sorriso desaparece em um piscar de olhos.
A caixa está vazia.
O anel está longe de ser visto.
"Espere o que? Não não não."
Ele verifica embaixo da tampa, depois nos bolsos, depois no chão. A cor se esvai de seu
rosto.
"Foi-se…"
A verdade fria e dura o atinge.
"Eu perdi isso…"

Estava lá quando ele pegou a caixa. Ele fez questão de verificar isso.
Desde então, a caixa nunca mais saiu de sua pessoa. Nunca houve uma oportunidade
para que isso fosse perdido.
"C-como, então...?"
Rainha Reina era a única que sabia onde estava, mas Perv tem um
difícil imaginar que ela roubou. Ela não tem um motivo.
Nesse caso, esse é o trabalho do Shadow Garden?
Mesmo que ele suponha que um homem com os talentos de Shadow poderia ter roubado
seu bolso, não faz sentido. Se ele tivesse uma oportunidade como essa, ele teria acabado de
matar Perv.
Nesse caso, deve ter sido um trabalho interno — o trabalho de uma facção que se opunha
a Sir Mordred.
Roubar o anel e sair da caixa havia criado uma armadilha cruel para ele.
Seus motivos perversos são tão claros quanto o dia. Eles querem arruinar Perv.
“Fui jogado!”
A luta pelo poder já deve estar em andamento.
Nesse ritmo, não há como ele ser promovido às rodadas. Em vez disso, Sir Mordred vai
matá-lo.
"Merda…"
Uma verdadeira cascata de suor começa a escorrer por sua testa.
Ele precisa procurar o anel, mas não pode usar nenhum pessoal do Culto para fazer isso.
Suas lealdades estão com Sir Mordred, e se Sir Mordred descobrir o que aconteceu, Perv está
acabado.
Se seu erro for exposto, ele definitivamente, positivamente, certamente será morto.
"E-eu vou ter que procurar sozinho..."

Felizmente, ele ainda tem algum tempo antes de realmente precisar do anel.
Se ele inventar alguma desculpa de merda, ele provavelmente pode comprar a si mesmo
três dias antes da entrega. Isso é o que ele vai fazer.
Então, assim que Perv consegue começar a se recompor – “Perv”.
— A voz de Sir Mordred ecoa diretamente em sua cabeça.

"Ahhh!"
Ele está aqui.
Sir Mordred veio, e ele está aqui.
"Alegrar. Eu puxei todas as cordas necessárias. Assim que isso terminar, o

décimo segundo lugar é seu.”

“E-é uma honra…”
“Estou esperando grandes coisas de você. Não me decepcione.”
"Eu-eu nunca sonharia com isso..."
Perv vai para a cerimônia em transe. Sua mente está completamente em branco.
Rose sobe a escada externa que leva ao castelo real.

Ela está absolutamente linda em seu vestido de noiva branco puro, cativando todos que
colocam os olhos nela.
Multidões de cidadãos de Oriana estão reunidos ao pé da escada para assistir aos
procedimentos. Rose ouve aplausos e vaias, mas nenhum dos dois capta sua atenção.
No topo da escada, seu noivo, Duke Perv, está esperando por ela. Ele parece vagamente
fora de ordem, mas dado o quão composta ela está se sentindo, Rose suspeita que ela está
apenas imaginando coisas.
Quando ela chegar ao topo, eles vão trocar seus votos de casamento.
No entanto, a expressão de Rose é brilhante e sem nuvens.
Estava nevando ontem à noite, mas a chegada da manhã acabou com isso.
A luz do sol quente desce do céu azul claro.
Ela terminou de adivinhar a si mesma.
Ela não tem mais arrependimentos.
Ela não tem mais medo.
Ela sabe o que precisa fazer.
Quando ela chega ao topo da escada, ela toma seu lugar ao lado de Perv.
Um pouco confusa com a aparência do rosto dele, ela espera o momento
vir.
Depois de um hino sonoro e uma leitura bíblica do padre, é hora dos votos.
“Você se compromete a ter um ao outro, na doença e na saúde, para os mais ricos ou

mais pobres, amar e cuidar?”
Perv é o primeiro a falar. "Eu faço."
Todos os olhos se voltam para Rose.

Um vento calmo sopra, mandando seu cabelo loiro mel para longe. Quando isso acontece,
ela sorri— “Eu não.” — e fala.
Uma agitação percorre a multidão.

"O-o que diabos você quer dizer?!" Gritos pervertidos. Seus olhos estão arregalados em
choque.
Rose se vira para seu povo. Seus olhos amarelo-mel brilham, como se ela tivesse acabado
de descobrir o que é precioso para ela.
“Eu matei o rei.”
Sua voz viaja facilmente pelo ar de inverno.
Toda a conversa para. A multidão está em silêncio.
“Não vou inventar desculpas. Eu reconheço tudo. Todo o pecado, todos os erros,
tudo. Mas há uma última coisa que quero deixar bem claro.”
Seu vestido de noiva gira quando ela aponta.
"Você, duque pervertido, é culpado."
O que percorre a multidão desta vez é menos um alvoroço e mais um
tempestade.
"Sobre o que? De que crime você me acusaria?!”

“Você violou a confiança do público. Você manipulou seu rei, manchou sua rainha e
conspirou para derrubar o governo. Eu o acuso de alta traição.”
“Mentiras e calúnias! Que prova você tem disso?!”

"Nenhuma", Rose diz sem vergonha. Ela não tem intenção de dançar em torno do assunto
ou ofuscá-lo.
Perv abaixa a voz. “Ok, chega de enrolação. Eu tenho um refém, lembra? ele rosna
ameaçadoramente. “Retire o que você acabou de dizer, diga seus votos como uma boa
garotinha, e estou disposto a ignorar o que você acabou de fazer.”


Raios de rosa. Seu sorriso é impressionante o suficiente para encantar qualquer um que o testemunhe.
“Eu não posso fazer isso. Prometi a mim mesma que veria meu amor, não importa o custo.”
Com isso, Rose tira um anel do bolso.

É o anel de casamento que seu amado lhe deu.
Ela cora um pouco— “Hh-
como você tem isso?!” — e o desliza
em seu dedo anelar esquerdo.
No momento em que ela o faz, emite uma explosão de luz.
A luz é tão ofuscante que pinta tudo de branco e apaga o
multidão tumultuada na praça.
“O que—”
Quando a luz se apaga, uma imagem do falecido rei de Oriana fica projetada no céu.
"Pai…?"
"Que diabos…?!"
Todos os presentes olham incrédulos.
“Quando todos vocês ouvirem esta declaração, talvez eu não esteja mais com vocês.”
O rei começa a falar como se ainda estivesse vivo.
No entanto, sua forma é translúcida e o céu atrás dele é visível através de seu corpo.
“Dia após dia, posso sentir minha mente murchar. Não vai demorar muito para que eu
me perca completamente e acabe me acostumando como uma marionete. Antes que isso
aconteça, porém, quero lhe dizer a verdade.”
A imagem está dando o testamento do Rei Oriana.
“Meu declínio está sendo causado por algum tipo de droga. Alguém está me
envenenando. Eles podem estar misturando na minha água, eles podem estar colocando na
minha comida; Não sei. Eles podem estar administrando de alguma outra maneira. Peço à
minha esposa que troque secretamente minhas refeições, mas isso continua acontecendo.
Mas embora eu não conheça o método... eu conheço o culpado. E é o Duque Pervertido.”
Cada par de olhos está em Perv.

“T-que bobagem…”
“Ele está sendo apoiado por uma organização poderosa, e eles estão tentando tomar o
controle do Reino de Oriana. Receio não poder divulgar o nome da organização. Ainda
assim, tenho certeza que muitos de vocês devem ter achado estranho. Quão

Poderia Perv, o mero filho adotivo do Duque Asshat, ter alcançado uma posição tão distinta em
Oriana em um período de tempo tão curto?
A partir daí, o rei Oriana começa a expor um após o outro dos esquemas de Perv.
Ele detalha todos os truques sujos que Perv usou, apresenta provas de seus erros,
e lista as pessoas que Perv usou como fantoches drogados ou pagou para se tornar um traidor.
Assim que ele termina, o rei sorri gentilmente.
“Planejo lutar até o fim para proteger esta nação, mas mesmo se eu cair, não há nada para
você temer. Quando isso acontece, deixo o futuro de Oriana nas mãos de minha filha, em quem
confio e adoro mais do que qualquer outra. Não importa o que aconteça, quero que todos acreditem
nela. Ela será a única a levar nossa nação à grandeza.”
Então, ele se vira e olha para Rose.

Deve ser apenas uma imagem. O homem está morto há muito tempo.
No entanto, o olhar do rei está fixo em Rose da mesma forma. É quase como se sua alma
estivesse habitando a imagem, como se uma pequena parte dele ainda morasse no ringue.
O rei a chama pelo nome.

“Rose, eu confio o futuro do reino a você.”
De repente, Rose se lembra de tudo.
Essas são exatamente as mesmas palavras que ele disse quando ela o esfaqueou no peito.
Seu pai a amou até o último suspiro.

"Pai…"
Ela pode sentir um calor subindo dentro dela.
Grandes lágrimas caem de seus olhos, e a imagem do rei Oriana desaparece no céu.
"Isso é um absurdo! Quem acreditaria nessa bobagem?!” O pervertido ruge.

Rose lança seu penetrante olhar amarelo-mel diretamente para ele. "Como princesa de Oriana
- eu condeno você."
"Cale a boca! Guardas, venham aqui! Pegue essa garota de uma vez!”
Nem uma única pessoa obedece a sua ordem.
Os guardas simplesmente o encaram friamente.
“O-o que é isso? Por que eles não estão fazendo nada?!” Perv vasculha seus arredores,
abrindo os braços enquanto grita. “Você está me abandonando?! Jogando-me aos lobos?! Depois
de tudo que fiz pela organização?!”

É quase como se ele estivesse dirigindo seu apelo a alguém que o resto deles não pode
Vejo.
"Acabou."
Rose balança o braço com tanta elegância como se estivesse dançando.

Quando ela o faz, uma parte de seu vestido de noiva reverte para lodo branco, então
molda-se em um florete.
Ela o brande.
“Espero que você tenha feito as pazes, Duque Pervertido.”

“Você realmente acha que pode me levar? Você tem alguma ideia de quem eu sou?!”
Com um olhar de pura raiva, Perv desembainha sua espada.
Um ruído estridente soa quando as duas lâminas se encontram.
“Isso não é possível…” Enquanto os dois ficam com suas lâminas travadas,
Perv faz uma careta. “Você é meu igual?! Quando você se tornou tão forte?!”
“Ah, dificilmente somos iguais.”
O primeiro movimento do florete branco varre a espada de Perv para o lado.
“Rh...”
A segunda é uma barra que deixa pós-imagens brancas em seu rastro e vira a espada de Perv
para cima.
"Como você é tão rápido...?!"
E seu terceiro…
A terceira traça um arco de marfim brilhante pelo ar enquanto percorre Perv.
"Isso não pode... ser..."
Perv olha fixamente para o florete esfaqueando-o no peito.

“Houve hesitação em seu trabalho com a espada”, diz Rose. “Você nunca vai cortar alguém
assim.”
Ela arranca sua lâmina, e Perv cai impotente de joelhos.
"Eu deveria... me juntar às rodadas... eu não posso... cair... aqui..."
Então, ele encontra um florete branco sendo pressionado contra sua garganta.
"Não adianta... Se você me matar... ele vai apenas-"
"O que você quer dizer com 'ele'?"
Perv olha para ela com olhos injetados de sangue. “Heh-heh… Seu nome… é Mor – GYAAAH!”
Do nada, os olhos de Perv se arregalam o máximo possível.

Ele tosse um enorme coágulo de sangue.
Rose se encolhe. "O que…? Por que?"

Quando ela faz isso, a cabeça decepada de Perv rola para fora de seu corpo.
Ele cai na escada e começa a descer. Primeiro um passo, depois dois, depois três...
Rainha Reina corre dos assentos de convidados e pega a cabeça de Perv.

“Não, NÃOOOOOO! Rosa, seu monstro! Como você pôde fazer isso com ele?!”
Rose balança a cabeça "Não, não fui eu..."
Quem matou Perv, não foi ela.
De alguma forma, quem fez isso foi capaz de cortar sua cabeça sem ninguém
mesmo percebendo que eles fazem isso.
"Mas quem poderia ter-?"
Rosa olha ao redor.
Um homem na cerimônia tem um ar diferente sobre ele do que todos os outros.

O homem tem cabelos ruivos. Ele sobe as escadas sem pressa.
Ele estava em uma área que todos estavam prestando atenção, mas ninguém lhe deu atenção.
"Achei que poderia tirar um pouco mais de uso dele..."

É só quando ele fala que as pessoas ao seu redor percebem que ele está lá.
Os guardas sacam suas espadas e se movem para cercá-lo. "Q-quem diabos é você?!"
No momento em que o fazem, no entanto, suas cabeças caem no chão. A multidão

gritos enquanto o sangue jorra do pescoço dos guardas.
"Fique atrás!" Rosa chora. “Ele é perigoso!”
Ela nem foi capaz de ver seu ataque. Um único olhar é suficiente para ela
para dizer o quão notável são seus talentos.
"Quem é Você?" ela pergunta.
“Eles me chamam de Mordred.”
“Morred…”
Rose reconhece o nome. Essa é a nona cadeira dos Cavaleiros das Rondas — Sir Mordred, o
Cavaleiro Além dos Homens.
Rose cautelosamente coloca alguma distância entre ela e ele. "E que negócios você tem aqui, Sir
Mordred?"
“Só uma pequena limpeza. Você sabe o que eles dizem – nenhum inimigo é mais mortal do que
um aliado incompetente.”
Enquanto Mordred fala, ele caminha até o cadáver de Perv. A Rainha Reina está agarrada ao
corpo como se sua vida dependesse disso.

"Fora do caminho."
“Mãe, saia de—!”
Rosa é tarde demais.
Mordred corta a Rainha Reina, então incendeia tanto seu cadáver quanto o cadáver de
Perv.
As chamas têm um tom de vermelho assustadoramente sangrento.
"Mãe…"
Rose nivela sua espada branca em Mordred.
No entanto, Mordred não mostra sinais de querer lutar contra ela. Ele apenas sorri friamente.
“A chave foi passada adiante.”

“Que chave?”
“Isso significa que a porta está livre para abrir.”
"O que você está falando…?"
De repente, a mana sinistra começa a fluir livremente. É tão pesado e
grosso torna difícil respirar.
“Não é isento de riscos, mas eu o enviei em fúria.”
Seus arredores são inexplicavelmente escuros.
A princípio, Rose assume que o sol está escondido atrás de uma nuvem.
No entanto, não é isso. A escuridão está se espalhando pelos céus diretamente.
"O que está acontecendo…?"
“A Rosa Negra matou cem mil soldados Velgaltan em uma única noite… mas, ao mesmo
tempo, destruiu a capital real.”
A escuridão da tinta corrói o próprio céu.
Algo vagamente parecido com pétalas de flores gira em torno de seu centro.
“Esta é a verdadeira forma da lenda – a Rosa Negra do Reino de Oriana.”
A escuridão aumenta.
Uma horda aparentemente interminável de protuberâncias negras recém-nascidas desce
da Rosa Negra.
Eles são feras horríveis como ninguém presente jamais viu.
“O Culto tem uma regra: sem testemunhas. O banquete da matança começa agora.”
“E-todo mundo, corra!”

Ao grito de Rose, os espectadores assustados começam a fugir.
No entanto, as bestas obsidianas se precipitam sobre eles com um zelo terrível.
“Ahhhhhhhhh!”

Rose ouve um grito familiar. Ela olha e vê sua empregada.

“Margarida!”
Margaret caiu, e uma das feras está rosnando para ela.
Rose avança com seu florete branco, posicionando-se diretamente
entre Margaret e a criatura.
Seu florete encontra as garras da fera, e seu sangue negro respinga pelo chão.
-Margaret, você está bem?

Ela abraça Margaret com força. A empregada está tremendo.
"R-Rose... minha senhora..."
“Graças a Deus você está bem. Você precisa entrar em segurança, e rápido.”
Margaret se levanta. “A-de uma vez!”

Ela se vira para correr, então para e se vira.
“Eu... eu só quero dizer... eu a julguei mal, princesa Rose. A-e... me desculpe!
“Não pense mais nisso. Agora vá!"

"Sim, senhora!"
Rose sorri gentilmente ao ver Margaret partir.
No entanto, a Rosa Negra ainda está cuspindo aquelas bestas Stygian.
São necessários no mínimo dez soldados para subjugar apenas um deles.
"Nós não vamos aguentar assim..."
Rose mata tantas feras próximas quanto pode, mas faz pouco para diminuir suas forças.
Se alguma coisa, suas fileiras continuam a aumentar.
As criaturas surgem atrás da multidão em fuga como uma onda. No momento seguinte,
no entanto, todos eles são cortados em tiras.
"Então, o Jardim das Sombras faz o seu movimento."

Mordred lança um olhar penetrante para as sombras. É aí que o
jovens mulheres que mataram os animais sob o manto da escuridão são.
Eles se movem em perfeita harmonia, correndo em círculos ao redor das criaturas
eles os caçam com a velocidade e ferocidade de um vento forte.
“Número 664, Número 665…”
Rose conhece bem dois deles. Eles olham para ela por um breve momento e sorriem para
ela.

O número 559 também está lá, assim como Beta e Epsilon das Sete Sombras.
Beta se vira para Rose e a chama. “Você fez um bom trabalho.”
"Beta…?"
Beta sorri como os dois Números fizeram, então volta para a frente. Epsilon está ao seu
lado.
"Sir Mordred", diz Beta. “Acho que não tive o prazer.”
O nono Cavaleiro das Rodadas e a dupla das Sete Sombras se enfrentam.
“As Sete Sombras…”
“Agora, antes de matá-lo, gostaríamos de verificar nossas respostas em algumas coisas.”
Mordred zomba. “Cala a boca, pequenos temporizadores. Não tenho tempo a perder
entretendo gente como você.
Com isso, ele tira algo do bolso e joga na Rosa Negra.
"O que você acabou de fazer...?"

"Eu o chamei."
“Chamou quem?”
Uma tremenda quantidade de mana começa a se acumular na Black Rose.
Então, ele se espalha como um relâmpago negro.
E quando isso acontece, um braço enorme aparece na escuridão.
“Ragnarok, grande governante do Quarto Reino.”
A chama jorra do braço como sangue enquanto a totalidade de seu dono lentamente
aparece.
Sua gigantesca estrutura de ébano é tão tensa quanto o aço, e garras afiadas se estendem das
extremidades de seus braços longos e grossos.
A coisa toda está envolta em fogo, e abre suas asas maciças
contra o céu negro como azeviche.
“O-o que...? O que é essa coisa…? É como uma espécie de demônio...” Rose é incapaz de
esconder seu tremor horrorizado. É a primeira vez em sua vida que ela se sente tão
sobrecarregada.
"É isso... o que eu acho que é?" Epsilon pergunta.
“É mesmo”, responde Beta.
Com um bater de suas asas enormes, Ragnarok abre caminho pelo céu enegrecido e
segue direto para Beta e Epsilon.
“Pulverize-os, Ragnarok.”
Mas então, um flash de luz roxo-azulada quebra a escuridão para

pedacinhos.
"O que-?"
As réplicas mágicas se espalham pela capital.
Eles são seguidos por um grito de dor. Um jato de sprays de sangue escaldante
de uma das asas do Ragnarok.
A asa amputada flutua para baixo como uma folha de uma árvore, e a estrutura maciça
de Ragnarok começa a cair.
Um homem com um sobretudo preto azeviche sai da escuridão.
Ele sacode sua lâmina de ébano para sacudir o sangue fumegante ainda grudado nela.
“Um morcego em chamas? Isso não é algo que você vê todos os dias.”
“Mestre Sombra!”
“Shadow… Mesmo pegando ele de surpresa, estou impressionado que você conseguiu
cortar uma asa de Ragnarok.”
Mordred parece absolutamente surpreso.
No entanto, Shadow apenas lhe dá um único olhar antes de se afastar e ir embora.
Clop. Clop.
As botas de Shadow estalam e seu casaco preto esvoaça.
“Você vai precisar de muito mais do que isso para derrubá-lo, no entanto. Tudo o que você fez
foi raiva—”
— Cale a boca, mercenário — Shadow retruca, interrompendo-o.
“ ”
O rosto de Mordred se contorce de raiva.

O olhar de Shadow está fixo ao longe.
Ele está olhando para o Ragnarok agora com uma asa. O monstro pousou bem fora da
capital.
Shadow traz sua magia azul-púrpura de volta. Ela começa a brilhar cada vez mais
enquanto envolve suas pernas.
Então, ele salta para o céu enegrecido.
O rastro roxo-azulado que ele deixa para trás desaparece atrás dele com tremenda
velocidade. A magia e o fogo se chocam à distância, causando ondas de choque que
chegam até a capital.
“O homem tem muita fé em sua própria força. Que tolo. Ragnarok vai eviscerá-lo.”
“Vamos ver quem é o idiota em breve,” Beta diz friamente.

“Conheça o seu lugar, criança. Nenhum homem pode se opor ao Ragnarok.”

“Que homem triste você é. Você não tem ideia do que o Mestre Shadow é capaz.”
"Eu disse, conheça o seu lugar."

Rose engole enquanto ela vê a mana de Mordred ficar cada vez mais cheia.
Mordred é tão poderoso que é absolutamente desumano. No entanto, os Sete
As sombras são bastante desumanas por direito próprio.
"Vamos jogar, você e eu", diz Beta. “Vamos mostrar do que somos capazes.”
Ela saca sua lâmina.

A batalha entre os dois membros das Sete Sombras e o Cavaleiro Além dos Homens
começa silenciosamente.
Eles se movem em etapas. Não, meio passo.
Lenta mas seguramente, Beta e Epsilon avançam em direção ao inimigo.
Então, em uníssono, eles param.
A posição em que eles congelam tem os três – Beta, Epsilon e Mordred – posicionados
como pontos em um triângulo. A maneira como eles pararam, era como se eles pudessem ver
algo diretamente na frente deles.
O vento da noite sopra em seus cabelos.
O canto do lábio de Mordred se curva para cima.
Então, em um piscar de olhos—
“ ”
— Beta e Epsilon saltam para trás como um.

Algo invisível corta o ar e deixa uma ferida vermelha viva na bochecha de Epsilon. Rose
assiste em choque enquanto uma gota de sangue escorre do corte.
Mordred conseguiu ferir o lendário Fiel.

Isso, mais do que tudo, diz muito sobre o quão desumano seus talentos
são.
Beta fixa seu olhar em Mordred. "Entendo... Então, este é o poder do Cavaleiro Além dos
Homens."
“É isso mesmo”, ele responde. “Se você tivesse dado um único passo adiante, sua cabeça
e seu pescoço teriam se separado para sempre. Acho que devo elogiá-lo por ter se esquivado.
“Não se preocupe. Você é um mágico de palco mesquinho, nada mais.”

"Um o que...?" Mordred rosna.

“Eu tenho que dizer, este é o último lugar que eu esperava encontrar a espada mágica da
lenda. Você está usando a Lâmina Invisível, a espada artefato élfica há muito perdida que é
invisível aos olhos.”
Mordred responde ao olhar de Beta com silêncio.
Isso diz a ela tudo o que ela precisa saber.
“Poupe seu fôlego, eu sei que estou certo. Sua lâmina cheira a elfos. Isso nos lembra de
nossa pátria decadente e enche nossos ouvidos com o lamento do ferreiro que despejou sua
própria força vital nela.”
“Agora você está apenas inventando as coisas.”
“Essa espada pertence à capital élfica. Eu não sei como você colocou as mãos nele, mas é
hora de você devolvê-lo.”
“Hmph. E você vai me obrigar?
"Ah, com certeza..."
Beta sorri, e Epsilon termina sua frase para ela.
“… Porque você não é o único com armas invisíveis à sua disposição.”
"O que?"
Enquanto Mordred os observa com curiosidade, chega.
Algo zune pela escuridão e esculpe seu cabelo.
Alguns tufos flutuam.
"Espere, você acabou de... jogar sua magia...?"
Mordred fica chocado.
Lançar magia não é tarefa fácil.
Quando uma pessoa envia magia para fora de seu corpo, ela perde o controle quase
imediatamente quando começa a se dispersar. Não apenas manipulá-lo a partir desse ponto
exigiria uma tremenda quantidade de mana e proficiência técnica, mas dominar essa técnica ao
nível de poder usá-la em combate ao vivo exigiria uma quantidade inacreditável de esforço.
No entanto, apesar da tenra idade de Epsilon, ela fez exatamente isso.

Seu ataque tem tal velocidade.
Tanta intensidade.
Esse nível de controle mágico é impensável.
Se não fosse, todos os cavaleiros das trevas do mundo teriam deixado de lado suas
espadas eras atrás em favor de lançar sua magia.
“Não pode ser…”
Epsilon orgulhosamente clica em seus saltos altos e joga o peito para fora. "Aquilo foi

um tiro de advertência. A única razão pela qual sua cabeça ainda está ligada é porque eu quero
assim. Agora, ou nos diga o que queremos, ou vamos te machucar até que você nos diga de
qualquer maneira. A escolha é sua."
Mordred range os molares de ódio. "Você realmente acha que me venceu...?"
“A propósito, não se esqueça de mim. Espero que você não se importe com um pouco de dois
em um.
Beta vem e fica ao lado de Epsilon, jogando o peito para fora também, como se fosse uma
competição.
“Cara, esse mundo de fantasia não brinca. Até os morcegos deles são gigantescos”, comento
enquanto enfrento o enorme morcego flamejante.
Meu plano original, por várias razões, era assistir ao nascimento de Rose, a Monarca, de longe,
mas então houve esse enorme surto de monstros.
Nada demais, no entanto. Eu entendo o que está acontecendo.
Estas são as forças das trevas trabalhando para impedir o monarca. Quando o cara ruivo
convocou o morcego, foi para impedi-la de entrar em seu
ter.
Não importa a época, as pessoas sempre terão lutas pelo poder.
“Sabe, você parece meio foda. Você tem toda a vibe de 'rei demônio' na cabeça,” eu digo para
o morcego, que ainda está muito chateado por eu ter cortado sua asa.
Ele responde com um grunhido.

Aparentemente, será preciso mais do que uma única asa cortada para derrubar este menino
mau. Sua ferida já terminou de se regenerar. Além disso, a coisa é um tanque e tanto, e a
quantidade de mana com a qual está trabalhando é inacreditável.
Se eu tentar lutar contra essa coisa de forma justa e honesta, há uma boa chance de
trucidar-me.
Ainda bem que não estou planejando lutar justo, hein?
"Começaremos?"
Como uma eminência na sombra, é meu dever derrubá-lo em um único estilo

explodir, depois dizer algumas palavras sinistras antes de desaparecer.

Para isso, dou um pequeno salto para trás.
Um momento depois, as garras pontiagudas do morcego evisceram o local onde eu estava.
Em seguida, eu pulo para o lado.

O morcego abaixa seu braço carnudo, deixando uma cratera no local do impacto.
Aquele golpe poderia ter destruído uma dúzia de casas, fácil. E além disso, teria incendiado tudo
ao redor deles.
Esta coisa é como um desastre natural ambulante.
Não importa o quão moderada seja sua mana, um humano teria que carregar se quisesse invocar
poder nessa escala.
Essa é a coisa louca sobre as feras - sua capacidade de exercer poder como esse na queda de
um chapéu.
No final do dia, porém, uma fera ainda é apenas uma fera.
Inspiro e concentro todos os meus esforços em desviar dos ataques do morcego.
Lutar contra uma fera é um jogo de otários.
Enquanto o morcego continua seu ataque de fogo, continuo coletando dados.
Quero saber do que esse cara é capaz e do que não é.
O que está disposto a fazer e o que não quer.
É importante que eu entenda o que ele fará em qualquer situação, bem como como reagirá a cada
ação que eu fizer.
A questão é que os animais são criaturas simples. Coloque-os na mesma situação

repetidamente, e eles abordarão da mesma maneira todas as vezes.
No entanto, eles também ficam cautelosos quando são atingidos.
Existem exceções a essas regras, é claro, mas quando elas surgem, é sempre o produto do
acaso, e não algo que as feras escolheram por meio de uma consideração cuidadosa.
Eu me certifico de ficar de olho nessas raras exceções enquanto continuo

esquivando-se por todo o lado.
Se eu tentar atacar esse spammer mágico, tudo o que ele fará é me esgotar.
Em vez disso, posso simplesmente pegar a rota de acampamento e esperar. Dessa forma, não
preciso me colocar em perigo.
A cada golpe maciço , o morcego abre outro buraco na bela terra.
Parece que chutá-lo para fora da capital foi a decisão certa.

Agora, então.

Eu basicamente descobri todos os padrões de ataque do nosso amigo morcego flamejante, então eu
acho que provavelmente é hora de fazer minha jogada.
Então, do nada, sua cauda pontiaguda varre na frente dos meus olhos e enche
toda a minha visão com fogo.
“Bem, encontrei a exceção.”
No momento em que percebo que as coisas estão erradas, eu me jogo para trás.
Nem um momento depois, sinto uma enorme quantidade de magia se aproximando, e
um forte impacto afunda em minha carne.
Magia OP, poder OP… Eu juro, as feras têm tudo.
Concentro toda a minha magia na defesa.
Ao fazê-lo, torço meu corpo para suavizar o golpe.
Já pratiquei essa manobra mil vezes. Eu poderia retirá-lo em meu sono.
Um momento depois, eu sou explodido. Se eu fosse uma bola de beisebol, eu estaria fora
o homer do parque, se é que houve um.
Eu coloco a aterrissagem como uma eminência adequada na sombra, então verifico se há danos.
Meus ossos e órgãos parecem todos bem.

"Mas minha franja... está chamuscada."
Em um piscar de olhos, eu corto os pedaços crespos e faço como se nada tivesse acontecido.
“E pensar que você seria capaz de me infligir tal golpe.”

Há uma boa chance de ninguém estar ouvindo, mas eu tiro uma linha para definir o
humor de qualquer maneira e olhar para o céu.
Lá em cima, o morcego em chamas paira na escuridão com seu recém-nascido
asa regenerada e suga o ar.
Será que vai fazer um ataque de respiração?
Eu poderia tentar tancá-lo, mas a capital real está bem atrás de mim, então provavelmente não dá.
Além disso, terminei todo o meu trabalho de preparação.

Com base nos resultados da minha investigação, parece que o morcego de fogo
tem o hábito de ignorar completamente a magia mais refinada e delicada.
A partir daí, o resto é simples.
“Os céus estão sob meu domínio. Grave esse conhecimento em sua carne... dentro da minha gaiola
de escuridão.
Eu pego os fios de magia finamente tecidos que eu tenho estendido ao longo do

céu escuro e despeje mana em todos eles de uma vez.

O morcego em chamas solta um rugido ensurdecedor.
Os fios não têm piedade, e eles estão cortando em tiras.
Uma torrente de sangue jorra do corpo do morcego enquanto ele cai.
Com um grande tremor, ele cai no chão.
Ainda assim, é difícil exagerar o quanto de mana ele tem.
Não importa quanta magia eu despeje nesses fios minúsculos, não há como
eles poderiam dar-lhe um golpe sério.
Ele se ergue de volta em meio à nuvem de poeira, e seus olhos brilham com uma raiva
incandescente. Suas feridas vão melhorar em breve.
Mas o fato é que as feras ficam cautelosas quando são atingidas.
Eu começo a lançar fios de magia finamente fiados novamente.
Desta vez, o morcego os trata com respeito e cuida para evitá-los.
Neste ponto, ele não está disposto a ignorar nenhuma magia, não importa quão minuciosa.
Ao mesmo tempo, porém, ele não entende realmente o que o colocou em sua situação anterior.
Isso facilita a manipulação.

Está feito.
Ele ainda quer lutar, mas não tem cérebro para superar sua situação atual. A batalha está
quase acabada.
“Eu concedo a você o título auspicioso de 'Mais burro que Delta'.”
A partir daqui, o resto é acadêmico, então começo a tentar descobrir qual seria a maneira
mais sombria de terminar.
“Ok, então eu começo cortando o braço…”
"Como... você é tão forte...?"

Rose assiste em choque enquanto o rosto de Mordred se contorce em humilhação.
Ela sabia que as Sete Sombras estavam em um nível diferente, mas ainda assim, ela nunca
imaginou que o abismo entre eles e Mordred seria tão
grande.
"Eu, superado por um par de garotinhas?"

Mordred descansa em um joelho enquanto ele corta o sangue. Beta olha para ele

friamente. “Não me diga que você acha que perdeu porque estava em menor número, não é?”
“Rh...”
Ele a encara. Um rastro de sangue escorre do canto de seu lábio.
“Teria terminado exatamente da mesma maneira. Se você não consegue ver isso, então eu tenho
pena de você, e se você consegue, mas está mentindo para si mesmo, então você é um tolo. Qual é,
eu me pergunto?”
"Cale a boca, você... Se você está tão confiante, por que não luta comigo sozinho desde
o início?"
“Tivemos uma vantagem numérica. Por que eu não usaria?”
Rose não está surpresa. Observando a batalha, ela suspeita que Beta não acha o combate
tão interessante. Muito pouco de sua personalidade aparece em seu estilo de luta.
Ela não tem tiques, nem é inventiva. Ela simplesmente leva

o que lhe foi ensinado e o realiza com estrita fidelidade.
O Shadow Garden pegou o estilo de luta que Shadow inventou e o formalizou para que
eles pudessem ensiná-lo a seus membros. De todos eles, Beta, o Firme, é aquele que o
replicou com o mais alto grau de precisão.
Em um nível fundamental, ela simplesmente não se importa tanto em lutar.

É por isso que ela está satisfeita com o que é capaz e não aspira a nada mais. Seus
verdadeiros interesses provavelmente estão mais no lado literário das coisas.
"Isso ainda não acabou... eu ainda tenho Ragnarok."

“Suponho que sim.”
Heh.
Ao lado de Beta, Epsilon solta uma risadinha. "Se é isso que você está esperando, então
ficaríamos mais do que felizes em esperar até que o Mestre Shadow termine sua batalha."
“… Qual é o seu ângulo?”

“Tenho dois motivos. A primeira é a nossa fé absoluta de que o Mestre Shadow
prevalecerá.”
Desta vez, é a vez de Mordred rir. Sua voz soa com desprezo.
"Você é um bobo."
“Quanto ao segundo, é como dissemos anteriormente. Queremos verificar nossas
respostas em algumas coisas. Na Rosa Negra, nas bestas mágicas... e em Diablos.”

"E por que eu iria jogar junto?"

“Se você tem certeza que Ragnarok vai ganhar, qual é o mal?”
Os olhares de Beta e Mordred se encontram. Cada um deles está tentando descobrir o
outro.
Eventualmente, Beta nivela sua lâmina de ébano em Mordred—
“Tudo bem. Não é como se o conhecimento fosse salvá-lo das chamas do Ragnarok.” — e
depois de um breve silêncio, ele começa a falar.
“Você sabia que existem inúmeros outros mundos além do nosso?”
“Acho que você não está falando sobre o espaço sideral”, responde Beta.
“Estou falando de outras dimensões inteiras. Nós os chamamos de Reinos.”
“Reinos…”
“Há dezenas deles. Mundos congelados pólo a pólo no gelo, mundos tão venenosos que
nenhuma vida pode criar raízes lá, mundos de chamas abrasadoras, mundos vazios desprovidos
de luz e cor... e mundos povoados por poderosas feras mágicas.”
“Então, mundos com feras mágicas neles são Reinos?”

“Não, todos os mundos além do nosso são Reinos.”
Beta acena com a cabeça, pedindo-lhe para continuar.
“Agora, todos esses Reinos orbitam em torno de um único ponto. Mesmo o nosso mundo
não é exceção.”
“O que está no centro de tudo isso?” Epsilon pergunta.
Mordred lança um olhar para ela e balança a cabeça. "Quem sabe? Talvez seja Deus.”
"Ou seja, você não pode nem observá-lo?"

"Nem um pouco. Mas o que quer que esteja no centro é a menor das nossas preocupações.
O problema são todos esses mundos orbitando ao redor. Giram e giram com o passar dos anos.”
Mordred desenha círculos no ar com dois dedos, depois começa a aproximá-los.
“Até, bum.”
Seus círculos de dedos se sobrepõem.
“De vez em quando, os mundos colidem. O impacto envia fendas pelos mundos e, por um
momento, dois mundos diferentes se conectam. Quando isso acontece, cada um exerce
influência sobre o outro.”
“Eles se ligam e se influenciam…”, diz Beta, repetindo
suas palavras para melhor mastigá-las.

"Deixe-me lhe dar um exemplo. Fizemos uma pesquisa geológica, e o que ela nos disse
foi que dez milhões de anos atrás, não havia mágica em nosso mundo. Simplesmente não
existia. A questão é: de onde veio?
"Você está dizendo que era de um desses Reinos?"
“Certamente parece assim. Não é como se pudesse ter surgido um dia do nada. Veio de
outro mundo. Quando entramos em contato com um Reino, ele derramou uma quantidade
colossal de mana em nosso caminho. E quando isso aconteceu, teve efeitos drásticos em
nosso ecossistema.”
“Então, é por isso que os dragões entraram em declínio?”
Mordred levanta uma sobrancelha e assente. "Exatamente. Há muito tempo, este mundo
era governado por dragões. Não os dragões que temos hoje – um tipo mais antigo chamado
anciãos. Mas em um ponto, os wyrms entraram em declínio. E esse ponto foi exatamente dez
milhões de anos atrás. Eles falharam em se adaptar à magia que fluía do Reino, e aqueles que
tiveram sucesso – nós humanos – prosperaram onde os dragões uma vez prosperaram.”
Os dois membros das Sete Sombras concordam com a explicação de Mordred.
Eles provavelmente já tinham uma ideia geral sobre tudo isso. Além disso, o que eles
disseram foi que queriam verificar suas respostas.
Para Rose, no entanto, tudo isso é uma informação nova. É preciso tudo o que ela tem
apenas para acompanhar a conversa.
“Mas magia não é a única coisa que os Reinos podem trazer.”
"Você quer dizer as feras mágicas."
Mordred assente. “Existem duas teorias sobre de onde eles vêm. A primeira é a explicação
comumente aceita pelos estudiosos, onde bestas mágicas são simplesmente animais do nosso
mundo que evoluíram em resposta à magia.
No entanto, essa teoria tem alguns buracos. Biologicamente falando, as bestas mágicas não
têm nenhuma semelhança com nenhum animal que conhecemos. E, além disso, algo tão
simples como a afinidade pela magia poderia realmente transformar animais normais em feras
mágicas?”
“É certamente um trecho.”
“As bestas mágicas operam em uma lógica fundamentalmente diferente da nossa.
Eles desafiam todas as regras da natureza. E as feras mágicas podem não ser a única coisa
estranha a este mundo. A própria humanidade pode originalmente vir de um Reino também.”
"Espere... pessoas?"

O choque cruza a expressão de Beta pela primeira vez em toda a troca.

Mordred sorri presunçosamente. “Ainda há muitos mistérios girando em torno de nós. De todas
as espécies deste mundo, estamos muito acima de todas as outras em termos de nosso intelecto
e nossa prosperidade. É uma qualidade única para as pessoas, e somente para as pessoas. Isso
levanta a questão - somos nativos deste mundo?
Ninguém tem uma resposta para isso.

“Nosso mundo recebeu muitas coisas dos Reinos, mas o inverso é
verdade também. Às vezes, os Reinos sugam as coisas de nós.”
"Você quer dizer, como se deslumbrar."
"Exatamente. Há muito, muito tempo, uma nação inteira desapareceu em um piscar de olhos.
Para onde, então, foi a Atlântida?”
“…Para um Reino.”
“Essa é certamente a conclusão lógica. Agora, você entendeu. A teoria de trabalho do Culto
é que nosso mundo e os Reinos interagem uns com os outros em uma base cíclica, e quando o
fazem, cada um exerce influência sobre o outro.”
“Então o demônio Diablos veio de um Reino também?”
“Não exatamente. O próprio demônio nasceu e foi criado aqui, não se engane.
Mas o mesmo não acontece com o original.”
"O quê?"
“O organismo que se tornou a base para Diablos.”
Os olhares de Beta e Epsilon ficam mais severos. "Com certeza... é exatamente como
pensávamos."
“Ei. Nós teorizamos que Diablos chamou o original de um Reino – um que chamamos de
Primeiro Reino.”
“O Primeiro Reino…”
“O Quarto Reino é classificado abaixo do Primeiro, mas Ragnarok ainda é seu governante.
Acho que isso deixa bem claro o quão impossível é para qualquer humano superá-lo.” Mordred
zomba antes de continuar. “Vá em frente, então. Verifique sua última resposta. Diga-me o que
você acha que é a Rosa Negra.
Os dois membros do Seven Shadows trocam um olhar para confirmar seus pensamentos.
Então, Beta fala. “É um portão que pode conectar nosso mundo a Realms.”
"Bingo." Um sorriso desagradável se espalha pelo rosto de Mordred e ele os aplaude.

“Quando a Rosa Negra matou cem mil soldados Velgaltan em uma única noite, isso aconteceu
completamente por acidente. Isto

aconteceu que naquele momento, outro mundo se ligou ao nosso e derramou feras
mágicas aos montes. Foi um golpe de infortúnio para Velgalta, com certeza, mas
Oriana não saiu exatamente impune. Mesmo com os soldados de Velgaltan mortos, o
portão continuou despejando bestas mágicas, e as bestas mágicas começaram a
consumir Oriana e tudo nele. Se um certo alguém não tivesse entrado e fechado o
portão, Oriana teria sido literalmente obliterada.
“E foi aí que o Culto de Diablos decidiu fazer de toda a nação sua marionete.”
“Ah, você está mais bem informado do que eu pensava. Ainda assim, acho que é
uma interpretação pouco caridosa. Afinal, fomos nós que fechamos o portão e salvamos
o reino. Além disso, nossa administração da Rosa Negra garantiu que o reino
sobrevivesse para sempre. Parecia apenas razoável que eles nos dessem uma
compensação justa.”
"Compensação? Do reino...?” Rose diz, cortando o
conversação. Ela não consegue mais segurar a língua.
“Isso mesmo, compensação. Ou seja, sangue... sangue real.
“O sangue dos heróis que derrotaram Diablos corre espesso no Reino de Oriana”,
explica Beta. Seu tom é simpático. “O Culto precisava daquele sangue… para seus
experimentos.”
Rosa recusa. "Espere, você quer dizer..."
“Era o seu sangue que queríamos, Rose Oriana. Você foi abençoado com uma
quantidade incrível de magia, mesmo para uma realeza, e por todos os direitos, eles
deveriam ter te entregado a nós como um bebê. Mas aquele tolo de rei se recusou a fazê-lo”,
diz Mordred.
Beta elabora. “Essa não foi a única compensação que o Culto exigiu.
Enormes quantias de suas receitas fiscais também foram para eles, e a razão original
pela qual o Reino de Oriana investiu tanto nas artes foi para entretê-los. Além disso, a
maneira como suas igrejas perseguiam os cavaleiros das trevas era uma maneira do
Culto impedir que Oriana ganhasse força para se rebelar contra ele. Seu pai queria
quebrar o ciclo. Ele forjou uma aliança com Midgar, trabalhou para consertar sua nação
distorcida de dentro e tentou se separar do Culto. E por causa disso... eles o mataram.
Os lábios de Rose tremem em descrença. "Não pode ser... Você quer dizer, a razão pela
qual ele me permitiu estudar no exterior..."
Beta desvia os olhos. “Ele estava tentando te levar a algum lugar seguro. Eu estou

desculpe. Eu queria dizer a você, mas não tínhamos certeza de quando fazê-lo. Se eu soubesse
que isso ia acontecer, eu teria dito antes…”
“O rei era um tolo”, diz Mordred. “Mas toda nuvem tem seu lado bom. Dentro do portão, a
Black Rose está instável. Ainda não podemos controlar totalmente a qual mundo ela nos ligará.
Será um aborrecimento, mas o Culto terá que assumir o controle direto do Reino Oriana de
agora em diante. Se nada mais, isso fará com que nossa pesquisa progrida mais rápido...
“Eu não vou deixar você.”

Uma voz calma interrompe o discurso de Mordred. O que lhe falta em volume, no entanto,
compensa em resolução.
"Vou continuar de onde meu pai parou... e corrigir o caminho desta nação com minhas
próprias mãos!"
Rose fica de pé. Seu vestido de noiva brilha em um tom vívido de branco contra a escuridão
que cobre a capital.
A determinação queima em seus olhos como fogo.
Mordred ri. "Boa sorte com isso. Ragnarok está prestes a queimar Oriana
no chão, então você—”
Então, uma bola de fogo vem rugindo do céu.
“Ah—!”
Não está claro quem gritou, mas todos lá pulam para trás.
Todos menos Mordred.
Quando a massa de fogo cai do céu, esmaga seu braço esquerdo.
“Rgh—!”
Ele contorce o corpo na tentativa de se libertar.
“Que diabos é isso?!”
Ele chuta a massa.
Acontece que é um braço gigantesco.
Um braço direito, para ser preciso, grosso e hediondo e vermelho-sangue ardente.
Mordred arranca a perna debaixo dela, depois dá outra olhada no
braço.
“Não pode ser… Este é do Ragnarok?!” ele chora em choque.

Ele olha para ele, mas não há duas maneiras sobre isso. O braço claramente pertencia ao
Ragnarok.
“B-bem, é apenas um braço. Perdê-la dificilmente seria suficiente para derrubar o rei da
Quarta...
Outra protuberância de fogo desce em direção a eles.

Um terrível som de colisão ressoa quando se choca com o chão. É um

braço esquerdo tão grotesco quanto o direito.
Mordred cambaleia para trás. “Isso não faz sentido. O-o que está acontecendo...?”
Quando ele se vira na tentativa de desviar o olhar da realidade, ele vê um elfo de cabelos
prateados parado atrás dele.
“Acho que isso deixa bem claro quem é o tolo. Mestre Shadow fez você dançar na palma da
mão dele esse tempo todo,” Beta diz simpaticamente. Suas mãos se movem em um clipe de
bolhas enquanto ela escreve algo em um caderno.
"O que…?"
“Por que tínhamos tantas forças aqui hoje? Por que a Rosa Negra reagiu? Por que Rose
Oriana tinha a chave? Se você pensar por um minuto, entenderá o que quero dizer.”
"I-isso não é possível..." Mordred murmura sem expressão. "Você quer dizer que ele sabia
tudo desde o início?"
“Isso mesmo.”
“Mas se ele sabia, então por que não apenas—?”
De repente, os olhos de Mordred se arregalam com a compreensão.
“E-ele queria nos observar, para ver o que faríamos?! Ele planeja destruir a Rosa Negra em
sua totalidade?!”
Seu grito soa com descrença.
Beta e Epsilon sorriem como resposta.
"Isso não pode ser, e mesmo que possa, Ragnarok ainda vai... Ainda vai..."
Mais bolas de fogo descem do céu.
Primeiro, um par de asas.
Dois deles, como um par de folhas mortas maciças.
Então, duas pernas e uma cauda.
Eles rolam tão pesadamente quanto troncos de árvores derrubados.
A última peça a cair é um corpo - e é acompanhado por um homem vestido todo de preto.
“S-Sombra!”
Seu casaco preto esvoaça enquanto ele desce e balança sua lâmina de obsidiana.
O corte corta a cabeça de Ragnarok de seu torso, finalmente acabando com a vida da criatura.

Em seus momentos finais, suas chamas queimam um tom de vermelho ainda mais intenso.
Enquanto Shadow sacode o sangue de sua espada, a sombra que ele projeta parece se estender
até os confins da terra.
O sangue queima escarlate enquanto dispara pelo céu escuro como fogos de artifício.
“Não, não, não… Como Shadow pode ser tão poderoso?!”
"Acabou."
As feras negras que invadem a capital se foram.

Há um grupo de jovens mulheres do Jardim das Sombras de pé sob a Rosa Negra e cortando as
novas ramificações em tiras o mais rápido que pode cuspi-las. As meninas já caçaram todos os que estão
espalhados pela cidade.
O número 559 está na vanguarda deles. Rose pega seu olhar por um momento, e faíscas raivosas
voam silenciosamente entre elas.
“Você derrubou as feras mágicas também? Como o Jardim das Sombras é tão mais forte que o
Quarto Reino…?” Mordred murmura, horrorizado. Então, uma risada oca escapa de sua garganta, como
se sua alma estivesse tentando fugir de seu corpo.
“Heh-heh… Heh… Hee-hee-hee-hee-hee!”
É estranhamente inquietante.
“Tenho pena de você”, diz Beta.
“Hee-hee-hee-hee-hee. Heh-heh... E-eu ainda não terminei.
Os olhos de Mordred se abrem. Ele pega um punhado de carne de Ragnarok e enfia na boca.
“O que—”
“Este é o meu poder – a culminação de todos os meus esforços!”
Mastigar, mascar.
Enquanto ele mastiga a carne e engole audivelmente, seu corpo começa a mudar.
Sua pele fica preta como a noite.
Seus olhos ficam vermelhos e injetados.
Sua carne incha, como se estivesse prestes a explodir.
E seu cabelo, que já era de um vermelho ardente, explode em chamas vermelho-sangue.
"Mestre Shadow, eu deveria...?"
Beta olha para Shadow em busca de orientação, e ela tem certeza de vê-lo balançar a cabeça
levemente. Ele poderia estar apenas inclinando a cabeça em confusão, mas certamente não há como
esse ser o caso.
"Como quiser."
Sentindo as intenções de seu mestre, ela recua.
Ela olha para Shadow com fé absoluta e inabalável em seus olhos.

“EIS, MINHA NOVA FORMA! ESTE É O PODER PERFEITO!”

O rugido de Mordred corta o ar com um fervor bestial.
Até agora, ele parece um horrível amálgama de Ragnarok e um ser humano.
“EU POSSO SENTIR A FORÇA CURSANDO ATRAVÉS DE MIM!”
Ele traz seu braço, agora envolto em fogo, batendo em Shadow.

Segue-se um estrondo estrondoso, acompanhado por um jato de escombros.
“Heh-heh, agora você vê? Você vê meu... hein?
Quando Mordred puxa o braço para trás, no entanto, Shadow não está em lugar nenhum.
visto.
Tudo o que Mordred encontra é a enorme cratera que ele mesmo deixou.
"ONDE VOCÊ FOI? EU QUEIMEI VOCÊ A NADA?”
Então, ele ouve o que soa como uma voz subindo das profundezas do abismo.
“Você é apenas um experimento fracassado.”

"EU? UMA EXPERIÊNCIA FALHA?”
Mordred se vira e encontra Shadow bem ali.
Shadow vira as costas para Mordred e lança seu olhar negro para o céu. “Até o morcego
era mais forte que você.”
"Grandes palavras... PARA UM HOMEM QUE VIRA A CAUDA E CORRE!"
Shadow solta uma pequena risada. “Fusão com feras é uma coisa, mas deixar seu intelecto
degradar ao nível deles? Isso é apenas triste.”
“AS PALAVRAS DE UM PERDEDOR DOLORIDO!”
Mordred agarra Shadow com as duas mãos.
Mas mais uma vez, tudo o que ele pega é o
“
ar. !”
Mordred sente alguém atrás dele e se vira.
É Shadow, ainda olhando para o céu de costas para Mordred.
“O céu escurecido anuncia o fim. Você pode ouvir o grito do monarca nascente?”
“FECHAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!” Mordred uiva.
A magia se reúne na mão direita de Shadow. É tão poderoso que o próprio ar começa a
tremer.
A magia gradualmente ganha intensidade e, em pouco tempo, toda a capital está tremendo.

Ventos tempestuosos sopram para todos os lados.

Nuvens giram pelo céu e cospem relâmpagos.
A magia praticamente parece sugar tudo enquanto continua se coletando. As pessoas
no centro daquele pequeno mundo começam a ver flashes de luz azul-púrpura.


Finalmente, ele se reúne em sua espada de obsidiana, espiralando no ar e desenhando

um padrão elaborado sobre a lâmina da arma.
"EU SOU-"
A voz de Shadow ressoa profundamente, e a magia azul-púrpura brilha cada vez mais
forte.
“O QUE É ESSA MAGIA?! VOCÊ É REALMENTE HU—?”
“—ATÔMICO.”
Com isso, a luz azul-púrpura apaga o mundo.
Quando a luz se apaga, o mundo fica completamente alterado.

O céu está azul novamente, e os raios do sol estão caindo. Rose pode ver sua respiração
no ar fresco e claro do inverno.
Shadow está bem no centro do mundo, erguendo sua espada negra para o céu.
"Você é…? Você é mesmo...?”

Rose começa a dizer algo, mas depois fica quieta.
Por alguma razão, dois pianistas estão começando a se sobrepor em sua mente.
Não tem jeito. Simplesmente não é possível. No entanto, ela se vê atraída por
Shadow é cada movimento do mesmo jeito.
“Então, esse era o plano do Mestre Shadow para a Rosa Negra…”
Beta e Epsilon olham para o céu. Lá, eles veem a Rosa Negra despedaçada.
Nem mesmo ele sobreviveu ao poderoso ataque de Shadow.

Enquanto eles observam, ela lentamente se desfaz em pedaços. Ao fazê-lo, uma pequena massa é
sugada para dentro dela.
A massa é coberta de pele enegrecida e cabelos ruivos. É Mordred, agora

reduzido a nada mais do que uma cabeça.
Então…
“Eu me entrego ao vórtice de ébano e desapareço no mundo das trevas…”
Com isso, a figura sombria mergulha direto na Rosa Negra.

"Huh?"

"O que?"
“Mestre Sombra?”
A Rosa Negra engole Shadow inteiro.
As garotas olham para cima em
choque – “E-E-eu estou indo também!”
— e Beta, com lágrimas nos olhos, mergulha também.
Nem um momento depois, a Rosa Negra desaparece, desaparecendo do mundo para
sempre.
Tudo fica em silêncio por um tempo.
Epsilon murmura uma espécie de encantamento estranho para si mesma enquanto olha
para o céu. “… E-eu tenho certeza que Mestre Shadow tinha algum grande projeto em mente.
Claro que sim. Sua desenvoltura permite que ele veja através de tudo. Seus olhos são como
os de um deus. Seu olhar radiante queima incandescente, e sua lâmina negra corta os céus e
separa os mares…”
“Ah, não, meu anel…”
Por alguma razão, o anel de casamento de Rose também está quebrado.
Rose toma isso como um sinal do que aconteceu com seu amado. O sangue
escorre de seu rosto.
E com isso, a batalha pelo Reino de Oriana chega ao fim.



Capítulo Auxiliar
Rise of the Fancy Hoodlum Slayer!
Akane Nishino é uma estudante do segundo ano na Sakurazaka High School, e ela odeia um
de seus colegas com uma paixão ardente.
O colega em questão tem cabelos e olhos pretos, aparência esquecível e bolsas sob os
olhos que sempre o fazem parecer cansado.
Seu nome é Minoru Kageno. Não só ela o odeia, mas para fazer
pior ainda, o assento dele é o mesmo ao lado dela.
Kage é japonês para sombra, e fiel ao seu nome, Minoru Kageno é tão discreto quanto
uma sombra.
Ele é um aluno C, não é notável em esportes, não está em nenhum clube da escola e,
embora não tenha muitos amigos, tem muitas pessoas que conhece bem o suficiente para
conversar.
Ele é o tipo de aluno mediano e normal que você poderia encontrar em qualquer escola
do país.
Akane não o odiou no começo. Isso não queria dizer que ela gostava dele, mas ela
se dava com ele tão bem quanto com qualquer um de seus colegas de classe.
Quanto mais ela interagia com ele, porém, mais ela descobria que havia uma coisa nele
que ela simplesmente não suportava.
Foi a maneira como ele a cumprimentou.
Todas as manhãs, os dois chegam à escola no último minuto possível—
pouco antes do portão estar prestes a fechar.
E porque chegam sempre ao mesmo tempo, acabam sempre por cumprimentar-se.

Hoje, como sempre, ela encontra seu colega menos favorito no portão da escola. “Bom
dia, Kageno,” Akane diz a ele.
Minoru responde no mesmo tom de voz de sempre. “Bom dia, Nishimura.”
É Nishino, não Nishimura! Akane grita internamente. Por fora, no entanto, ela continua
sorrindo enquanto se dirige para a sapateira.
Eles estão na mesma classe há três meses, e todas as manhãs desde então, eles tiveram
exatamente a mesma troca.
Akane não disse nada sobre isso durante o primeiro mês, assumindo que ele eventualmente
perceberia seu erro, mas quando a Semana Dourada chegou e ele ainda não tinha acertado o
nome dela, ela finalmente decidiu corrigi-lo.
Ela ainda pode se lembrar em detalhes vívidos de como isso aconteceu.
"Você sabe, Kageno, meu nome não é realmente Nishimura."

"Huh?" Minoru pisca repetidamente e olha para o rosto dela com uma mistura de
confusão e curiosidade. “Não é?”
"Não é-"
“Espere, espere. Eu me lembro agora. Você é um Personagem Nomeado.”
“Um o quê?”
Akane inclina a cabeça para o termo desconhecido.
"Deixa para lá. Eu me certifico de memorizar os nomes de todas as
personagens, mas acho que às vezes eu erro um.”
“Não se preocupe com isso. Acontece com todo mundo.”
Minoru se curva se desculpando, e Akane sorri.
No entanto, suas próximas palavras a fazem congelar.
“Desculpe por isso, Nishitani.”
Akane cerra os punhos, impulsionada por um desejo de dar um soco direto direto no rosto
daquele idiota.
“…É Nishino.”
"…Huh?"
“Meu nome é Nishino.”

Os dois se encaram. Você poderia cortar o silêncio com uma faca.
Akane não diz mais nada a ele pelo resto do dia.
Então, na manhã seguinte rola ao redor.
Os dois se esbarram no portão, como sempre.

A passagem da noite fez um pouco para acalmar a raiva de Akane. Afinal, não é como se
Minoru tivesse feito qualquer mal. Não faz sentido ficar tão nervoso com um mero nome mal
lembrado.
Ela decide cumprimentá-lo normalmente e esquecer o que aconteceu ontem.
“Bom dia, Kageno.”

“Bom dia, Nishimura.”
Você está de volta onde você começou!
Akane quer gritar, mas ela esconde essa vontade por trás de um sorriso de aço.
A parte que ela acha mais desagradável é a maneira como Minoru está agindo como
embora a conversa que tiveram ontem nem tenha acontecido.
Ele a está chamando de Nishimura como sempre faz, e como sempre, ele nem está
olhando para ela.
Ele tecnicamente vira os olhos para ela sempre que eles se cumprimentam ou conversam,
mas nunca parece que ele está realmente vendo ela. Seu olhar está distante, como se
estivesse focado em algo distante.
Mais do que qualquer outra coisa, é isso que realmente a irrita.
A coisa do nome é irritante, mas não é grande coisa.
Mas o jeito que ela nunca se sente como se ela entrasse em seu olhar? Ela não pode ficar
isto.
Uma vez que ela percebe isso sobre Minoru, ela começa a odiá-lo.
A partir de então, Akane começa a se esforçar para evitar interagir com ele.
Ela ainda o cumprimenta todas as manhãs, mas isso é tudo. Ele continua errando o nome
dela, mas ela não se incomoda mais em corrigi-lo.
Ela também evita falar com ele sempre que possível, apesar de serem companheiros de
assento. Se ela absolutamente não tem escolha por causa de

trabalhos de aula ou algo assim, ela mantém qualquer conversa com ele curta e direta.
Ela preferiria apenas ignorá-lo 24 horas por dia, 7 dias por semana, mas devido às suas
circunstâncias únicas, ela quer evitar fazer qualquer coisa que a faça se destacar mais do que
já faz.
E cara, Akane Nishino se destaca.
Seu cabelo escuro é liso e elegante, e ela é tão atraente que atrai os olhares de meninos e
meninas.
Além disso, ela não é apenas uma estudante normal do ensino médio. Ela também trabalha
como atriz.
Seus colegas sabem tudo sobre seu trabalho, é claro. Se eles descobrissem que ela e
Minoru estavam em más condições, isso poderia dar origem a todos os tipos de rumores
infelizes. Melhor cortar essa possibilidade pela raiz.
Akane era uma atriz infantil bastante bem-sucedida, mas na época em que começou o
ensino médio, ela se envolveu em um escândalo e teve que suspender temporariamente sua
carreira.
Desde então, Akane foi forçada a esconder seu verdadeiro eu.
Ela teve que desempenhar o papel de aluna de honra para evitar ser odiada por seus
professores, bem como o papel de garota popular para evitar ser odiada pelos outros alunos.
Ela viveu sua vida tentando não dar a ninguém uma razão para se ressentir dela.
E então ela fez o máximo para não deixar aquele idiota do Minoru a odiar,
também, nem deixar ninguém perceber o quanto ela o odeia.
Akane não é membro de nenhum clube escolar.

Ela normalmente vai direto para casa quando as aulas terminam, mas nesse dia ela tem
aulas suplementares para assistir. Ela muitas vezes tem que faltar às aulas por causa de seu
trabalho, então essas aulas complementares são a única maneira de compensar sua presença.
Akane tinha outras coisas para cuidar também, então quando ela sai, o sol já está se pondo.
"E meu telefone também está morto...", diz ela com um suspiro enquanto caminha

o portão da escola.
Ela normalmente chamaria seu motorista pessoal, mas com seu telefone sem bateria, isso
infelizmente não é uma opção.
No entanto, sua casa fica a apenas meia hora a pé. É certamente caminhável.
Além disso, é início de verão, então, mesmo com o sol se pondo, a temperatura ainda é
surpreendentemente agradável. Akane decide esticar as pernas para variar.
Agora que ela pensa sobre isso, já faz um tempo desde a última vez que ela voltou da
escola para casa. A última vez foi provavelmente o ônibus ambulante que sua turma costumava
fazer quando ela estava na escola primária.
Começando no ensino médio, sua família decidiu começar a enviar um carro para ela todos
os dias.
Por causa disso, ela está meio animada para ir para casa sozinha
de uma vez. Ela caminha pelas ruas escuras sem nenhuma preocupação em sua mente.
No entanto, essa excitação faz com que ela baixe a guarda.
De repente, uma perua preta brilhante para ao lado dela, e um homem musculoso desce.
Ela não o nota até que seja tarde demais.

"…Huh?"
O homem envolve seu braço grosso em volta do pescoço dela.
“Ah...”
Ele aperta com força. Em alguns segundos, ela está fria.
A última coisa que ela vê é um jovem de cabelos pretos de aparência familiar correndo em
direção a eles.
"Urgh..."
Quando Akane abre os olhos, ela se encontra em um armazém mal iluminado.
Seus pulsos e tornozelos estão amarrados, e há uma mordaça enfiada em sua boca.
Ela ainda está um pouco fora disso. Ela se lembra do carro preto; ela lembra
o homem a estrangulando, e... ela se lembra de ter visto alguém, talvez?
“Mmm! Hummm!!”

Ela tenta pedir ajuda, mas a mordaça a impede de formar qualquer palavra ou gerar qualquer
volume real.
“Ah, ei, você acordou.”
Ela ouve uma voz masculina rouca vindo de trás dela. Ela congela.
“Eu pararia de lutar se fosse você. A menos que você queira se machucar, isso é.
O homem parece ter cerca de um metro e oitenta e três, e ele também não é apenas grande. Dele
os músculos são bem definidos, mesmo através de suas roupas.
Há outro homem atrás dele, também. Os dois devem estar trabalhando juntos.
“Não se preocupe, mocinha,” o segundo homem diz. “Já enviamos a nota de resgate para seus
pais e, desde que eles paguem, você estará em casa sem um arranhão antes que perceba.”
O grandalhão sorri maldosamente. “Tenho que dizer, porém, que foi muito descuidado.
Herdeira de Nishino Zaibatsu, caminhando sozinha para casa à noite assim? Alguns homens maus
poderiam ter arrebatado você imediatamente.
Ele ri zombeteiramente e caminha até onde Akane está caída no chão.
“Mmmmm!”
Ficar longe!
Akane tenta gritar, mas as palavras não saem.
Ela rasteja pelo chão para tentar colocar alguma distância entre eles.
"Grito. Aonde você pensa que vai, mocinha?
O grandalhão agarra suas pernas esbeltas e a puxa para ele.
Então, ele ergue o queixo dela e dá uma olhada mais de perto em seu rosto atraente.
“Droga, garota. Não é à toa que eles deixam você trabalhar como atriz.”
“Mmm! Hummm!!”
Ela balança a cabeça para tentar resistir.
Quando ela o faz, o homem lhe dá um tapa na bochecha.
“
!”
“Não lute contra isso.”
Akane pode sentir o gosto de sangue encher sua boca. As lágrimas que tinham
estava brotando nos cantos de seus olhos finalmente começam a cair.
"Sabe, ouvi dizer que esta não é sua primeira viagem no trem do sequestro."
Contração muscular.
Akane congela.

“Foi bem quando você começou o ensino médio, certo? Embora da última vez, ouvi dizer
que foi um perseguidor que fez isso.”
As memórias que ela tentou tanto esquecer inundam sua mente.
Seu corpo inteiro começa a tremer.
“Sabe, eu entendo totalmente como o cara se sentiu. Agora, por que tanto medo, garoto?”
“…Hum! Mmmmmmmmmmm!!”
"Desistir. Ninguém está vindo para salvá-lo.”
Akane tenta se afastar, mas o homem usa seu braço musculoso para prendê-la.
Ajuda!
Então, assim que ela grita internamente, acontece.
Kshhhh!
O som de vidro se quebrando ecoa pelo armazém.
"Quem está aí?!"
Uma das janelas está quebrada.
O luar entra, iluminando o intruso em cima de uma pilha de cacos de vidro.
Ele está vestindo um moletom preto, calça de moletom preta e botas de trabalho pretas, e
ele tem uma máscara de esqui preta sobre o rosto.
Ele parece esboçado como o inferno, vestido todo de preto assim. À primeira vista, parece
claro que ele está com os sequestradores.
Clop. Clop. Clop.
Suas botas estalam contra o chão enquanto ele caminha lentamente em direção a eles.
"Quem diabos é você?!" o grandalhão grita.
"Quem eu? Eu sou apenas... um velho e normal assassino de capangas extravagantes.
O Hoodlum Slayer para para ajustar sua máscara de esqui. Os orifícios dos olhos estavam
desalinhados.
“O que é isso, algum tipo de piada?!”
Enquanto o grandalhão ruge, seu cúmplice se esgueira por trás do Hoodlum Slayer e
balança um bastão para ele.
É o ataque surpresa perfeito - mas o Hoodlum Slayer se esquiva como ele
tem olhos na nuca.
"Huh?!"
“Você lança uma sombra ao luar. Você é um amador.
Com isso, o Hoodlum Slayer gira e bate o punho no segundo homem.

Entre suas roupas pretas e o armazém escuro, seu ataque é quase impossível de ver.
Há um som abafado, e o cúmplice cai de joelhos

baixa. Ele não se move mais um centímetro.
"Aquele golpe de mandíbula... Esse cara sabe o que está fazendo." O grandalhão solta
Akane e se levanta. Ele estala o pescoço enquanto olha para o assassino de capangas.
"Que pena para você, no entanto - eu sou ex-militar."
Ele saca uma faca e a segura pronta.
O Hoodlum Slayer abaixa seu centro de gravidade e fica de prontidão também. “Um
militar, hein? Perfeito. Eu sempre quis tentar lutar contra um soldado.”
Os dois homens se enfrentam na escuridão.

Eles fecham a lacuna pouco a pouco, e então...
"Morra!"
O sequestrador dá o primeiro passo.
Usando uma postura oblíqua, ele entra e balança sua faca.
É fácil acreditar que ele costumava ser um soldado. Apesar de sua estrutura volumosa,
seus movimentos são ágeis e eficientes.
O golpe de faca é direcionado à garganta de seu inimigo, e o Hoodlum Slayer tenta
bloqueá-lo levantando o braço direito.
Um tinido alto e metálico soa.
"O que?!"
A faca está presa na mão do Hoodlum Slayer.
Em uma inspeção mais próxima, o Hoodlum Slayer está segurando algo - um pé de
cabra preto.
E mais, ele a empunha quase como uma tonfa.
“Aa pé-de-cabra?!”
“Os pés-de-cabra são ótimos. Eles são resistentes o suficiente para não quebrar, você
pode comprá-los em qualquer lugar, eles são portáteis, você pode se livrar de um caso a
polícia o questione... Pelo menos, você provavelmente pode. Mas o melhor de tudo, você
pode usá-los como tonfas.”
"O que?!"
Em um piscar de olhos, o Hoodlum Slayer gira seu braço sob o seqüestrador.
Seu pé-de-cabra desenha um arco no ar e bate no braço do outro homem.

A faca cai da mão do sequestrador.

"Merda-"
Nem um momento depois, o pé-de-cabra se dirige ao próprio sequestrador.

O grandalhão responde imediatamente levantando os punhos e contra-atacando.
O pé-de-cabra bate em seus músculos musculosos, e seu soco roça a máscara de esqui do
assassino de capangas.
Pé-de-cabra e punho colidem de novo e de novo no armazém iluminado pela lua.
No entanto, o Hoodlum Slayer está gradualmente sendo adiado. Cada vez que ele bloqueia os
golpes pesados do sequestrador, ele tem que retroceder um passo, depois outro.
“Ei. Você está trabalhando com essa desvantagem,” o grandalhão diz enquanto manda o
Hoodlum Slayer cambalear mais uma vez. “Você é durão, com certeza.
E posso dizer que você esteve em algumas brigas. Mas você tem uma grande fraqueza. Você está,
o quê, cinco e sete, talvez cento e trinta libras?
Mas veja, eu tenho seis trezentos e duzentos e cinquenta. Fisicamente, nem estamos na mesma
liga. Pé-de-cabra ou não, tudo que tenho que fazer é proteger minha cabeça.
Mas você? Um único dos meus socos em qualquer lugar colocaria você no chão.”
A voz do homem soa com confiança. O Hoodlum Slayer calmamente fixa seu olhar nele. "Você
tem razão. A triste verdade é que, do jeito que estou agora, até um ex-soldado pode me dar
problemas…”
“Você quer jogar a toalha?”
"Nah... Significa apenas que eu vou ter que ficar sério."

O Hoodlum Slayer ajusta sua postura.
"O que?"
“Do jeito que eu vi, pés de cabra tinham um futuro brilhante. A forma de tonfa, o peso, a robustez,
a portabilidade... eles estavam cheios de potencial esperando para serem desbloqueados. Então eu
saí, noite após noite, e enquanto batia em todos os tipos de delinquentes detestáveis, motociclistas,
cheguei a uma conclusão…”
"De jeito nenhum! Você é o Ski Mask Berserker que está aterrorizando o local
gangues de motoqueiros com nada além de um pé de cabra?!”
É praticamente uma lenda como todas as gangues de motociclistas da região começaram a usar
capacetes por conta do Ski Mask Berserker.
Usar um capacete é a única maneira de se manter seguro quando você não sabe quando um ataque
pode acontecer.
“Veja, a conclusão que cheguei depois de bater naquelas gangues de motoqueiros é que
enquanto você pode usar pés-de-cabra como tonfas… a melhor coisa a fazer com eles é

apenas bater nas pessoas!”

O Hoodlum Slayer traz seu pé de cabra caindo em direção ao rosto de seu oponente.
É um grande balanço, mas o movimento é rápido como o inferno, e está cheio de

violência pura e desenfreada.
O sequestrador levanta o braço para proteger a cabeça, mas quando o faz, um ruído
surdo soa.
“Rrgh! M-meu braço...” ele geme, segurando seu braço com dor.
“Provavelmente está quebrado. Veja, o truque para desbloquear o potencial de um pé-de-
cabra é golpear com a parte externa da parte que se dobra para o lado. Você pensaria que
acertar com a ponta pontiaguda seria melhor, mas isso é um erro de amador.”
Ele muda seu aperto enquanto explica. Não assim , assim .
Então, ele ataca o sequestrador novamente.
Ele bate nele com movimentos fluidos, como se fosse a coisa mais natural do mundo. O
sequestrador tem um breve vislumbre de quem ele realmente é – o homem que espancou
centenas de motociclistas.
“Ah! E-espere, espere—”
O quê, o quê.
“P-pare com isso, nós podemos—”
Wham, wham, wham.
"Geh... Guhh..."
Wham, wham, wham, wham!
O ruído surdo ecoa pelo armazém repetidamente.
Violência é poder, e o Hoodlum Slayer a personificação desse ideal.
Ele continua abaixando seu pé-de-cabra com determinação e, eventualmente, o
seqüestrador corpulento para de se mover.
Gotas de sangue pingam do pé-de-cabra. Gotejamento. Gotejamento.
"Não é bom. Como vou chegar lá se luto contra algum ex-soldado humilde? Eu preciso
me tornar mais forte.”
Ele olha para a lua pendurada no céu do lado de fora da janela – “Eu preciso
de mais energia...” – e estende a mão melancolicamente.
É como se ele estivesse tentando agarrar a lua, mesmo que sua mão nunca a alcance.
Ele balança a cabeça em um ato de rebelião contra essa verdade simples, então
se vira e fixa seu olhar em Akane.

Ele pega a faca que o homem deixou cair e se aproxima dela.

“Mmm-MMMMM!”
Akane sente que está em perigo e tenta fugir, mas não há para onde correr.
A faca desce sobre ela com eficiência impiedosa.
"Hm?"
Ele corta as restrições em seus pulsos e tornozelos.
Agora que ela está livre, ela olha para o homem esboçado de preto com a máscara
de esqui e o pé de cabra.
Ele olha para ela por sua vez –
“De agora em diante, tenha mais cuidado no seu caminho
para casa.” — e oferece a ela um conselho antes de sair.


Akane o observa com espanto. Depois de um tempo, ela

finalmente percebe que ele acabou de salvá-la.
"Matador de capangas chique... Quem é você...?"
Por alguma razão, sua voz soou estranhamente familiar.
No dia seguinte, apesar das preocupações de seus pais, Akane vai para a escola como
sempre.
Pensar no que aconteceu ontem ainda a enche de medo, mas por algum motivo,
lembrar do Fancy Hoodlum Slayer a faz querer cair na gargalhada.
“Heh-heh… Ele era tão idiota.”

Ela atravessa o portão e, como sempre, encontra seu colega menos favorito. “Bom
dia, Kageno.”
“Bom dia, Nishino.”
"…Huh?"
Akane fica tão surpresa que se esquece de continuar andando.
Minoru acertou o nome. E mais, ela sente que
ele está realmente olhando para ela desta vez.
Mas isso não é tudo. Há algo na voz dele.
"…Não tem jeito."
Ela balança a cabeça para banir esse pensamento ridículo, então persegue Minoru.
"Kageno, espere!"
Ela quer dar outra chance ao bate-papo com ele.



Capítulo 4
Espreitando na Escuridão no Japão

Fantástico!
"Onde estou?" Eu murmuro em confusão.

Ser sugado para um buraco negro e desaparecer na escuridão é um
maneira bonita de fazer uma saída.
Essa foi a lógica por trás de mim pulando como eu fiz, mas eu nunca esperei isso
me cuspir nas ruínas de alguma cidade.
“Bem, eu sempre posso correr para casa, eu acho. Ainda assim, este lugar parece
estranhamente familiar…”
Com esse pensamento em mente, olho ao redor e percebo algo.
O chão é feito de asfalto rachado e, embora estejam cobertos de hera, há postes ao redor e
até um monte de casas em ruínas ao lado da estrada.
A placa de identificação em um deles diz “Tanaka”.

“De jeito nenhum… estou no Japão?”
Eu dou uma boa olhada em tudo ao meu redor.
Há casas em ruínas, plantas crescendo no concreto, enferrujadas
sobre carros...
“Sim, isso é totalmente Japão.”

Não sei porque, mas estou de volta.
Na verdade, esta é até a cidade onde eu morava.
Acho que depois de reencarnar no meu novo mundo, ainda devo ter

ligado ao Japão de alguma forma.

“Bem, aqui estou eu.”
A questão é: o que aconteceu aqui?
Definitivamente não era assim que as coisas eram quando eu saí. Não há ninguém por
perto, então acho que deve ter havido algum tipo de grande desastre ou algo assim.
Mistérios, mistérios…
"Hum?"
De repente, sinto alguém atrás de mim e me viro.
Tem alguém lá, tudo bem.
“Mestre Sombraoooo! Ai!”
Beta desaba.
Ela cai de bunda, então olha em volta com os olhos arregalados.
“Mestre Shadow, graças a Deus você não está ferido—espere, onde estamos?!”
Você realmente não precisava vir, Beta.
Espere, risque isso. Acabei de ter uma ótima ideia.
Ela não sabe nada sobre o Japão, então eu posso usar essa chance para fazer uma
doce eminência na sombra.
— Você descobriu onde estamos? Eu pergunto a ela.
"Huh? Nós, hum...” Ela pensa por um momento, então abaixa a cabeça. "Receio que
não."
“Estamos em outro mundo… Este mundo é chamado de 'Terra', e esta terra é chamada
de 'Japão'.”
“U-uau! Pensar que você já investigou os nomes do mundo
e país em que estamos…!”
“Eu apenas peguei os dados visuais disponíveis, organizei e analisei. Certamente, isso
é óbvio.”
“Suas maravilhas nunca cessam, meu senhor!”
Os olhos de Beta estão praticamente brilhando. Hehe, isso é muito divertido.
“Então, Mestre Shadow, por que você decidiu vir para Urth?”
“Gaia sussurrou para mim e me disse para brilhar ainda mais.”
Eu simplesmente pulei no buraco porque achei que seria legal, mas de jeito nenhum
eu vou dizer isso a ela.
“Então, você quer dizer que não estava satisfeito... e que está buscando alcançar
alturas ainda maiores?! Oh, que nobre mentalidade!”
“Sim, isso. O que você disse." Estou cansado de estar no modo Shadow, então volto a
agir como de costume. “Para começar, devemos

mudado."
“Nossas roupas são muito visíveis para este mundo. Vamos para os Tanakas'
lugar e encontrar algumas roupas novas.”
Não sinto ninguém por perto, mas se alguém nos visse assim, pensaria que éramos
cosplayers ou algo assim.
“O que é um Tanakas?”
“As pessoas que moram aqui. Está vendo a placa de identificação?
“De jeito nenhum… Você já decifrou o roteiro deste mundo?”
“Sim, eu descobri como a maior parte da linguagem deste mundo funciona. É fácil, realmente.
Tudo o que você precisa fazer é procurar os padrões.”
Beta está tão emocionada que treme. “I-isso é incrível. Aprender uma língua apenas
procurando padrões é uma façanha tão inimaginavelmente complexa, que eu nem consigo…
Somente o Mestre Shadow poderia fazer parecer tão simples.”
Bwa-ha-ha, deleite-se com meu brilho. Graças à minha vida passada, tenho um domínio
impecável do japonês.
"Vamos lá."
Nessa nota, eu pego Beta - que está fazendo algum tipo de anotação - e
na casa dos Tanakas em alta velocidade.
A casa Tanaka está em um estado lamentável. O próprio edifício caiu em ruínas, e a comida
está podre demais para comer.
Eu começo vasculhando os quartos e pegando o que quer que seja
peças de roupa me chamam a atenção.
Acabo escolhendo um moletom com capuz, alguns jeans e um par de tênis - o
roupa perfeita para uma tarde de outono como esta.
Então, temos Beta.
“Mestre Shadow, eu realmente peço desculpas por todos os problemas.”
Ela está modelando mais uma roupa.
"O que você acha desse aqui…?"
“…Beta, isso é o que chamamos de 'maiô escolar'”.
Quando Beta sai de trás da porta, meus olhos encontram o tecido marinho,

pele clara e carne saliente.

O maiô está praticamente estourando nas costuras.
“Uma roupa para nadar, você diz...? Mas é fantasticamente elástico e o material é eficiente e
fácil de mover.”
"Talvez, mas você vai ficar com frio pra caramba."
“Eu posso usar magia para compensar...”
“Vetado.”
“Ah…”
Beta abaixa os ombros e sai da sala.
Eu gostaria que ela tivesse ido com a roupa que montei para ela. Ela disse: “Muito obrigada!”
quando eu dei a ela, mas o olhar em seu rosto contou uma história diferente, então eu disse a ela
que ela poderia escolher o que quisesse e a deixei por conta própria.
Como se vê, nenhuma boa ação fica impune.

Suspiro e volto à minha busca.
Isso é bom, no entanto.
Afinal, não é como se estivéssemos com pressa. Não há mal em levar as coisas devagar.
Como um ex-cidadão japonês, estou meio curioso sobre o que aconteceu com este mundo.
Espero que a humanidade não tenha sido extinta, mas acho que nunca se sabe com essas coisas.
As três coisas que precisamos agora são comida, água e inteligência.

Continuo procurando entre os escombros e, eventualmente, encontro alguns telefones e
tablets. Eu os testo para ver se eles ligam, mas nenhum dado. Há algumas mídias de papel
também, mas a maior parte está muito desgastada e danificada pela chuva para que seu texto seja
legível.
Eu mal consigo distinguir as palavras “Japan Collapses” em um pedaço de jornal, seguido por
algo ilegível.
Seria uma coisa se dissesse “A economia do Japão colapsa”, mas cara. “O Japão colapsa”,
hein?
Eu me pergunto se eles queriam dizer isso metaforicamente ou na realidade. Se for o último,
algo muito ruim deve ter acontecido.
Assim que termino de procurar no quarto, vou para o corredor e abro a próxima porta.
Quando o faço, sou recebido por uma surpresa.

“Eu pensei que tinha cheirado a sangue…”

Dentro, encontro três cadáveres branqueados pelos ossos.

Seu sangue e fluidos corporais secaram há muito tempo, mas o cheiro ainda persiste. Pelo que parece,
eles estão mortos há pelo menos alguns anos.
Eles estão acompanhados de manchas de sangue, e não apenas no chão. Há sangue respingado nas
paredes também. Além disso, seus esqueletos foram esmagados e há alguns ossos desaparecidos.
No entanto, eles morreram, claramente não foi agradável.

“Muito grotesco para um antigo homicídio normal…”
Foi vingança, talvez? O trabalho de um serial killer? Ou algo totalmente diferente?
Eu coloco os ossos quebrados e tento reorganizá-los em alguns

semelhança de suas formas originais.
“O osso da coxa está conectado ao osso do quadril, o osso do quadril está conectado à espinha
dorsal…”
De jeito nenhum eu vou ser capaz de reconstruir completamente o esqueleto,

mas mesmo assim, eu sou capaz de encaixar um monte de peças novamente.
Os ossos começam a contar uma história — uma história de dentes.
Quando eu remonto um fêmur quebrado, encontro um conjunto profundo de marcas de mordida em
isto.
Os dentes definitivamente não eram humanos. O que quer que tenha mordido esses caras, tinha uma
boca grande e algumas presas pontudas e pontudas.
“Era um cachorro grande? Não, teria que ser algo ainda maior…”
Estamos olhando para algo tão grande quanto um leão. O problema é que os leões não são nativos do
Japão e, embora alguém possa ter escapado de um zoológico, isso é tão improvável que nem vale a pena
considerar.
Huh.
Eu acho que poderia ter sido um urso?

Nenhum outro provável culpado vem à mente, mas o que quer que tenha feito isso, foi definitivamente
um carnívoro.
Não só atacou os pobres coitados que moravam aqui, como também os comeu.
“… Com licença, meu senhor?”
"Sim?"
"Sinto muito por continuar incomodando, mas o que você acha dessa roupa?"
Quando Beta entra, ela dá uma rápida olhada nos esqueletos, mas rapidamente
volta sua atenção para mim e faz um giro.
Eu não sei em que métrica ela está baseando essas roupas, mas quanta pele elas

deixar exposta parece ser uma alta prioridade para ela.

"Beta... onde você encontrou isso?"
Mais uma vez, a roupa que ela escolheu é ousada como o inferno.
“No que parecia ser um quarto. Estava debaixo da cama, quase como
alguém o estava mantendo escondido.”
Sim, aposto.
“Beta, essa roupa… não é para o dia-a-dia.”
“Mas se parece com o meu body de slime e me serve perfeitamente.”
“'Perfeitamente' é um pouco exagerado. Literalmente. Essa é uma roupa de BDSM.”
O tecido preto e brilhante gruda bem na pele e, além disso, há tão pouco dele que, como da
última vez, seu corpo está saliente. Bastaria um único empurrão para enviar certas partes para fora.
A roupa é claramente projetada para atividades noturnas.

“Beady Essem?”
"Sim. Ele foi projetado para um propósito extremamente especializado.”
"Que pena. E é tão fofo.” Beta abaixa os ombros desanimada.
“Eu até encontrei essa máscara e chicoteei com ela também…”
Ela veste a máscara preta brilhante e estala o chicote.
“Eu suponho que eles usaram isso para esconder sua identidade e combater o mal, assim como
nós. Estou um pouco confuso sobre o chicote, no entanto. Parece um toque muito frágil para usar
em uma luta real.”
Ela o quebra mais algumas vezes, fazendo todo o seu corpo balançar enquanto ela
imagina tentar usá-lo em combate.
“Beta, esse chicote é uma arma feita especificamente para subjugar uma criatura muito fraca.
Um porquinho fraco que está praticamente morrendo de vontade de saber o quão bad boy eles são…”
"Eu não sabia que Urth tinha porcos assim... estou aprendendo tanto."
Os olhos de Beta brilham enquanto ela acena contemplativamente.
“Devo dizer, Mestre Shadow, estou impressionado! Você já descobriu para que servem as roupas
especializadas deste mundo, e não faz nem uma hora desde que chegamos aqui!”


“Uhh... sim. Isso é definitivamente uma coisa que eu fiz.”

"Incrível! Vou ter que trabalhar mais para poder aprender a descobrir as coisas tão
rapidamente.”
"…Boa sorte com isso."
"Obrigada!"
O sorriso de Beta é absolutamente deslumbrante.
“Por curiosidade, por que você continua escolhendo roupas tão reveladoras?”
“Bem, é tão raro eu ter uma oportunidade como essa…”
O que há de tão raro nisso?
Ela está falando sobre experimentar roupas feitas de materiais desconhecidos? Seus
projetos desconhecidos? Suas características desconhecidas? Tudo o que precede?
"Vamos, vá escolher algumas roupas normais ."

"Sim senhor…"
Beta relutantemente sai da sala.
Quando tudo estiver dito e feito, levamos mais uma hora inteira para deixar a residência de
Tanaka.
“Então, para onde vamos?” Beta pergunta.

Ela acabou de se trocar, e acabamos de sair de casa.
A roupa que ela escolheu foi um suéter de malha folgado, jeans, um par de tênis e um
chapéu para esconder as orelhas e o cabelo. Consegui vendê-la enfatizando como era fácil se
mudar para lá.
Também tenho uma mochila de trinta litros que peguei, que enchi com garrafas vazias e
nossas roupas sobressalentes.
“Vamos começar encontrando um rio de onde tirar água. Então, vamos reunir mais
informações sobre este mundo”.
Eu quero descobrir se este é realmente o mesmo Japão de onde eu sou, e se for, por que
está em ruínas.
“Eu concordo, esse é um bom plano. Este mundo parece estar cheio de tecnologia
fascinante.”
E assim, partimos em busca de água.

Se eu conservar minha energia, posso funcionar por pelo menos um mês sem comida,
e presumo que Beta possa fazer o mesmo.
Água, no entanto, água vai te pegar. Eu nunca testei quanto tempo eu posso ir
sem ele, mas mesmo eu provavelmente atingiria meu limite em cerca de dez dias.
“Eu me pergunto para que servem esses pilares? Parece que eles são feitos de concreto, mas por
que eles os têm em intervalos tão regulares? Eles são usados em algum tipo de ritual religioso?”
Enquanto caminhamos, o olhar ansioso de Beta pousa nos postes telefônicos. Ela está armada
com uma caneta e um bloco de notas, e ela está desenhando em um ritmo alucinante.
“Ei. Vire seu olhar para os fios pretos que correm entre os pilares. Vê aquele metal em suas seções
transversais? A partir disso, você pode deduzir que eles são usados para fornecer eletricidade para cada
uma das residências.”
“Ah, você está certo. Os fios estão ligados às casas. Este mundo deve usar a eletricidade de
maneiras realmente sofisticadas. Eu não posso acreditar que você encontrou a resposta tão facilmente
com tão poucas pistas.”
"Heh-heh-heh..."
"Mas... se for esse o caso, então por que eles simplesmente não enterram os fios no subsolo?"
"Huh? Bem, isso é, errr…”

Eu não
sei. “…por razões de desempenho de custo-c? Aa-e tornaria mais difícil realizar a manutenção. Ah,
sim, e terremotos – fios subterrâneos teriam grandes problemas se tivessem um terremoto.”
“Mas um terremoto não derrubaria os pilares também?”

“Eles, uhhhhhhh, eles são pilares realmente resistentes.”
Beta acena com a cabeça. "Você está absolutamente correto. Enterrar os fios no subsolo seria
demorado, então, se pendurá-los for barato, provavelmente é uma alternativa viável.”
“Com certeza, com certeza, com certeza.”
“Mas então, se esse 'Jappan' tinha toda essa tecnologia avançada, como ele caiu em tamanha
ruína? Não vejo nenhum sinal de seca ou inundação, então acho difícil imaginar que tudo isso tenha sido
causado por um desastre natural.”
"Sua confusão é razoável, mas... eu tenho uma boa ideia do que aconteceu aqui."
Essa parte é verdade, na verdade.

“O que… Você já deduziu a causa?!”

"Na verdade...", eu digo com um sorriso significativo.

Tenho uma teoria sólida, embora ainda não tenha certeza de nada.
Eu não quero dizer isso em voz alta no caso de eu estar errado, mas a causa provavelmente
está relacionada à magia flutuando no ar.
Que eu saiba, ninguém jamais encontrou magia no meu velho mundo além daquelas duas luzes
que vi logo antes de morrer. Agora, porém, este lugar está cheio de coisas.
Em outras palavras, o Japão provavelmente foi vítima de algum tipo de incidente mágico.
Quando isso aconteceu, todas as mudanças repentinas causaram um pânico enorme.

É nisso que eu tenho meu dinheiro, pelo menos.
O nariz de Beta se contrai. “Sinto cheiro de água naquela direção.”
"Você tem razão."
Eu morava aqui, então já sei onde fica o rio, mas não é aqui nem ali.
Quando chegamos ao rio, está muito mais claro do que me lembro. Acho que é isso que acontece
quando todos os humanos desaparecem.
“Parece potável, pelo menos”, diz Beta.
Divido as garrafas vazias e começo a encher as minhas com água.
Não estamos fervendo a água, mas graças à têmpera mágica, nossos estômagos são como aço,
então vamos ficar bem.
“Eu vejo peixes, então devemos estar bem no que diz respeito à comida também”, observa Beta.
“Vamos pegar alguns?”
“Não, vamos nos preocupar com isso depois. Podemos ir caçar se ficarmos com fome.”
“Ah, você está certo. Há pássaros no céu também, então temos muitas opções.”
“Ayup.”
Eu carrego as garrafas na minha mochila e coloco nas minhas costas.
"Aqui, deixe-me levar isso", oferece Beta.
“Não, entendi. Na cultura desta nação, é costume os homens carregarem a bagagem.”
"Entendo... suponho que não deveria me surpreender que você já tenha dominado os costumes
deste mundo."
"Claro que não. Agora, quanto ao nosso próximo destino…”
“Eu gostaria de ir a algum tipo de prédio comunitário. Podemos ser capazes de

encontrar alguns documentos ou feitos impressionantes de engenharia lá.”

"Hum. Nesse caso, talvez a biblioteca...? Ah, podemos ir para a Universidade Nishino!”
Nishino Zaibatsu é muito rico, e uma das coisas que eles fizeram com seu dinheiro foi construir
uma universidade de alta tecnologia ridiculamente chique no topo de uma montanha próxima. É uma
escola para garotos ricos mimados e um inimigo das massas. Uma vez jurei pegar um pé-de-cabra e
quebrar todas as janelas do campus, mas acabei reencarnado antes que pudesse cumprir essa
promessa.
"O que é isso?" Beta pergunta.
“De acordo com algumas informações confiáveis, um bando de canalhas ricos despejou um monte
de dinheiro na construção de uma instituição de pesquisa chique. Eles provavelmente o usaram para
realizar experimentos humanos ilegais.”
“Vejo que este mundo não é estranho ao mal.”
“Onde há luz, também há escuridão. Assim é o mundo…”
“Sábias palavras, meu senhor.”

E assim, partimos.
Paramos na minha antiga casa no caminho e descobrimos que não há nada
à esquerda, mas escombros.
Mamãe, papai e meu cachorro, John, tiveram que se mudar para a América por causa de uma
mudança de emprego, então eles provavelmente estão bem.
O sol começa a se pôr e, honestamente, o céu vermelho de outono é super bonito.
Poderíamos ter chegado à universidade em pouco tempo se tivéssemos corrido lá a toda

velocidade, mas Beta estava se divertindo tanto fazendo passeios turísticos, e eu estava me divertindo
tanto dando sua exposição que acabamos indo bem devagar .
Está tudo bem, no entanto. De qualquer forma, chegaremos lá até o final do dia.
Enquanto caminhamos, uma expressão séria cruza o rosto de Beta. “Depois de ver todos
isso, eu comecei a pensar…”
"Oh sim?"
“O alfabeto que este 'Jappan' usa parece estranhamente familiar.”

"Isso é...?"
Beta é de um mundo totalmente diferente, então não há como ela já ter visto
escrito em japonês antes, a menos que—ah!
Agora que ela mencionou, usei japonês naquela mensagem codificada que dei a ela, não foi?
Espere, isso significa que ela realmente decifrou?!

Não não. Vamos pensar sobre isso racionalmente.
Não há como um elfo de quinze anos poderia ter feito isso. Ela provavelmente apenas notou
inconscientemente as semelhanças entre os personagens, isso é tudo.
"V-você provavelmente está apenas imaginando coisas."

“Eu sou? Eu me pergunto…"
Isso pode ser ruim.
Se Beta descobrir como ler japonês, ela vai descobrir que toda a minha Sabedoria das Sombras
é realmente daqui.
Quando contei a ela e aos outros sobre chocolate e papel-moeda e
bancos e literatura, eu disse a eles que era tudo coisa que eu inventei por conta própria.
Eu tenho que levá-la de volta ao seu mundo original, pron...to?
Então, eu finalmente percebo algo.
Como devemos voltar?
“O que há de errado, Mestre Shadow? Parece que você começou a suar frio.”
"Eu estou, uhhh... fazendo treinamento de termorregulação."

Tudo o que eu queria fazer era conseguir uma saída foda, mas agora estou em uma bagunça gigante!
Como eu poderia, de todas as pessoas, esquecer de planejar uma rota de fuga?
“Mestre Shadow, você está tremendo.”
"Eu estou, uhhh... experimentando uma técnica onde eu vibro meu corpo para gerar ondas
sônicas."
"Esse é o meu Mestre Shadow - sempre se esforçando para melhorar a si mesmo!"
Vamos, acalme-se.
Cheguei a este mundo pulando em um buraco negro, então se eu encontrar outro buraco negro
para pular, ele deve atirar em mim de volta.
Vai ficar tudo bem. Tudo vai dar certo.
Para começar, só preciso procurar uma poderosa fonte de magia…
Antes que eu possa terminar meu pensamento, no entanto, sinto um sopro de brisa.
"Hum. Conheço esse cheiro…”

É um com o qual estou bem familiarizado – o fedor pútrido da morte.

É como o cheiro da casa Tanaka, mas muito, muito mais forte. O cheiro é praticamente
sufocante.
“Acho que o cheiro está vindo daquele prédio ali”, diz Beta.
"Ah... o hospital."
“Você quer dizer, como uma grande enfermaria? Acho que esta sociedade não deve ter
desenvolvido técnicas mágicas de cura.”
“Parece que não.”
Quero dizer, eles não deveriam ter magia alguma.
"Parece que o cheiro está vindo do último andar", eu digo.
“É verdade”, responde Beta.
"Devemos?"
"Sim senhor."
“Na minha marca, pule.”
Posso sentir traços de magia vindos do hospital.
Espero que haja uma pista lá que possa me levar ao buraco negro.
Nós dois pulamos em uníssono e vamos por um atalho para o último andar. O vidro se
quebra quando fazemos nossa entrada dinâmica com sucesso.
As luzes estão apagadas, então o quarto está escuro. Felizmente, podemos nos movimentar
muito bem, mesmo se fosse escuro como breu.
"É um quarto de doente", noto.
“Eu vejo manchas de sangue.”
“E sinais de luta.”
“Sem corpos, no entanto.”
Ainda assim, é provavelmente nas proximidades. A mesma coisa acontece muito quando as
pessoas são atacadas por bandidos. Uma vez que alguém perdeu tanto sangue, provavelmente
não está indo muito longe.
Abrimos a porta e saímos do quarto.
"Bingo."
Quando o fazemos, encontramos um conjunto de cadáveres espalhados pelo corredor encharcado
de sangue.
Beta nem hesita antes de entrar e inspecioná-los manualmente.
“Parece que eles foram comidos por algum tipo de animal.”

"Faz sentido."
Não quero sujar as mãos ou que o cheiro fique grudado no meu

roupas, então deixo a autópsia para Beta.

Considerando o estágio de sua decomposição, estimo que eles
provavelmente morreu há menos de uma semana.
Oh hey, Beta fez luvas de seu lodo.
Luvas de slime, hein? Eu nunca pensei nisso.
Ela é uma espertinha, aquela Beta.
“Acho que é seguro dizer que eram humanos deste mundo. Ao todo, são três corpos: dois
homens, uma mulher, todos adultos”. Enquanto Beta fala, ela mostra os três crânios com um
pouco de cabelo ainda preso. “Com base na temperatura e umidade do ambiente, estimo a hora
da morte em cerca de cinco dias atrás.”
"Em outras palavras, havia pessoas aqui pelo menos recentemente", penso.
“Podemos encontrar outros sobreviventes.”
Então, eu sinto.
Algo no hospital está em movimento.
"Beta."
"Hum…? Ah, não estamos sozinhos.”
Um momento depois, Beta percebe a mesma coisa.
Há uma presença um andar abaixo.
“Vamos conferir.”
Sem mais delongas, descemos as escadas para pegar as criaturas.
As criaturas em questão são algum tipo de besta sombria.
Eu pego dois deles, e Beta pega um terceiro.
Nós os pegamos pelas patas traseiras e os jogamos no chão.
"Você acha que essas coisas estão por trás da cena do crime lá em cima?" Beta pergunta.
“Provavelmente, sim.”
Observamos as feras enquanto lutam e se debatem.
“Sabe,” ela diz, “eles se parecem muito com as feras mágicas que foram
devastando Oriana.”
"Você está certo, eles fazem."
Agora que ela menciona isso, eles meio que se assemelham às criaturas negras que
foi convocado ao lado do morcego grande.
Eles têm o mesmo pelo preto e seus olhos vermelhos também parecem semelhantes. Em
termos de quanta mana eles têm, porém, as criaturas em Oriana têm esses caras superados por
uma milha de país.

Eles são como um cruzamento entre um leão e um urso, e entre isso e a quantidade
reconhecidamente escassa de mana que eles têm, um humano comum teria um tempo muito difícil
lidar com um desses.
Comparado a mim e Beta, no entanto…
“… Eles são tão fracos.”
“Eles realmente são”, concorda Beta.
Ela planta o pé no pescoço da fera furiosa e pisa no chão, pulverizando sua garganta e
acabando com sua vida.
Sangue vai espirrando em todos os lugares, então eu tenho que usar as feras que eu peguei
como escudos para bloqueá-lo.
"Oh, me desculpe, meu senhor."

“Não se preocupe com isso.”
Eu tenho uma criatura em cada mão, e eu as esmago para matá-las.
Sabe, olhando o tamanho das presas nessas coisas, aposto que são
o mesmo tipo de besta que os por trás do ataque da casa Tanaka.
Parece que a descoberta da magia no Japão fez um grande estrago no meio ambiente.
A fauna local bateu na academia ou algo assim?

“Mestre Shadow, esses são os porquinhos fracos que você mencionou antes?”
“Não, os porcos são ainda mais fracos do que isso.”
“Mais fraco que isso? Isso confunde a mente. Como eles sobreviveram na natureza?”
“É um mistério, com certeza.”

“Mistérios sobre mistérios…”
“Ah, uau.”
Eu rapidamente conjuro uma espada de gosma e corto atrás de mim, partindo em duas
a besta que vinha atrás de mim.
“Trabalho esplêndido”, diz Beta. Ela também faz uma espada e a balança para baixo.
Uma fera está atacando de frente, mas embora seu ataque a parta ao meio, mais e mais
criaturas negras estão se reunindo pelo
momento.
"Parece que este lugar é o ninho deles", comento.
“É verdade, não é? Suspeito que eles comecem o dia por volta do pôr-do-sol.
Isso explicaria por que a magia que senti antes era tão fraca.
Passamos o próximo pequeno tempo limpando as feras mágicas enquanto elas tentam

para nos atacar.
Ao todo, acabamos matando cerca de cinquenta deles.

Ao longo da batalha, eu me certifico de usar meu lodo para me proteger, então eu
não deixe sangue nas minhas roupas.
“Parece bobo até sugerir, mas… Existe uma chance de que aqui no Japão,
essas criaturas governam o ecossistema do topo da cadeia alimentar?” Beta pergunta.
"É... uma possibilidade definitiva."
Tentar vencer esses bad boys sem magia seria uma batalha difícil.
Mesmo se você conseguir feri-los com ataques convencionais, eles podem regenerar o dano em
quase nenhum momento.
Essas feras mágicas são muito fracas, então mil tiros de uma metralhadora provavelmente seriam
suficientes para deixá-los muito feridos para se regenerar, mas nesse ponto, seria quase mais eficiente
apenas tentar fazer com que eles atacassem uns aos outros.
Em nosso mundo, lidar com bestas mágicas poderosas é um trabalho para cavaleiros das trevas, e
enquanto cavaleiros comuns enfrentam bestas mágicas mais fracas, eles fazem isso com espadas
magicamente encantadas.
Embora essas feras sejam bastante fracas para nossos padrões, não seria surpresa se elas fossem
capazes de reinar supremas em um mundo que não desenvolveu magia.
“Mestre Shadow, suponho que você já tenha notado, mas…”

"Hum?"
“… Eu sinto as pessoas.”
Oh hey, sim, alguém acabou de entrar no hospital.
“Devemos fazer contato?” Beta me pergunta.
“Boa pergunta… Vamos ser flexíveis e tocar de ouvido.”
Akane Nishino chega ao hospital abandonado com quatro companheiros de equipe a reboque.
Seu cabelo preto é elegante e arrumado, e seus olhos são de um impressionante tom de vermelho.
“Este é o lugar onde os três estavam procurando antes de desaparecerem.”
“Por todas as contas, sim.”

Cinco dias atrás, três de seus cavaleiros foram para este hospital em ruínas para investigar
as feras que haviam se aninhado lá.
O hospital fica perto de sua base, a Universidade Nishino. Um ninho ali poderia ficar grande
demais para eles manusearem se eles não lidassem com isso.
A questão é que os cavaleiros nunca voltaram.
Akane empurrou para lançar uma missão de resgate, mas seu pedido foi vetado do alto. A
base já estava ocupada com a investigação do outro incidente da semana anterior, e eles não
tinham os cavaleiros de sobra. No final, a situação do hospital foi colocada em segundo plano.
Akane sabe quão pequenas são as chances de que qualquer um dos cavaleiros ainda esteja vivo.
Ao mesmo tempo, porém, ela não consegue abandonar as pessoas com quem lutou ombro
a ombro.
O olhar em seus olhos endurece. “Essa investigação foi realmente mais
importante do que a vida das pessoas...?”
A pessoa que se opôs à missão de resgate era um homem pesquisando magia
— assim como o próprio irmão de Akane.
"Akan..."
"Desculpe, não é nada", ela responde. "Nós deveríamos nos apressar."
Por enquanto, sua principal prioridade é confirmar se esses três estão vivos ou mortos.
Ela gostaria de ajudar mais cedo, mas a segurança à tarde é muito apertada, então a única
chance que ela tem de agir é à noite.
Nem mesmo seu irmão esperaria que ela saísse tão tarde.
Afinal, a noite é quando as feras reinam…
“Prepare-se para uma luta. Eles estão aqui."
Quando eles andam pela entrada do hospital, eles são atingidos pelo cheiro enjoativo da
morte.
Nenhum deles perde um momento antes de sacar suas armas.
A maioria deles está armada com pouco mais que facas de cozinha, mas Akane está
equipada com uma longa katana.
Sua arma brilha enquanto ela passa magia por ela.
A maneira mais eficiente de matar uma fera é cortá-la com uma arma branca imbuída de
magia, pois as armas de projétil perdem sua carga mágica muito rapidamente enquanto voam
para longe do corpo do usuário.
"Vamos lá."
A noite é quando as feras estão mais fortes. Um único deles é suficiente

para dar a um cavaleiro médio uma corrida pelo seu dinheiro.

O grupo prossegue com a máxima cautela.
Seus passos ecoam pelos corredores iluminados por lanternas do hospital em ruínas.
As feras já notaram sua incursão, sem dúvida.

A qualquer momento, eles vão pular e ... Gotejamento.
"Huh?"
Algum tipo de líquido pegajoso escorre sobre eles.
“O que é isso…?”
"Tenha cuidado! Acima de TI!"
É baba da fera grudada no teto.
“AHHHHHHHH!”
A besta desce, sufocando o cavaleiro com seu corpo.
“Eles estão atrás de nós também!”
“E-estamos cercados!”
Outra besta salta da escuridão em Akane, mas ela se esquiva para o lado e traz sua
katana para baixo em suas costas.
Ele solta um grito horrível e se contorce de dor.
Então, ela se vira e abate a fera que pousou no cavaleiro.
"Você está bem?!"

"M-meu ombro... Está sangrando muito..."
Ele não está em perigo mortal imediato, mas a ferida é profunda.
“Todo mundo, fiquem calmos! Forme-se com a parede nas costas!”
Akane empurra o soldado ferido contra a parede e balança sua katana enquanto o
protege com seu corpo.
Seus companheiros de esquadrão em pânico lentamente começam a voltar à formação.
De uma forma ou de outra, eles conseguem se recompor.
“HRAAAAAH!”
Então, Akane abandona a cooperação e dá um grande passo à frente.
Sua lâmina brilha enquanto ela derrama enormes quantidades de magia nela.
Foi quando... "O-
uau."
“Akane é tão incrível…”
Seu corte corta três feras, terminando a luta ali mesmo

e depois.
Ela limpa os respingos de sangue de si mesma e inspeciona seus inimigos derrotados.
Há sete deles ao todo, cinco dos quais Akane derrubou sozinha.
Ela dá a volta e dá o golpe de misericórdia para cada uma das feras.
Eles são tão resistentes que os cavaleiros comuns têm que cortá-los por eras para realmente matar
um.
Se as coisas tivessem ficado um pouco piores, ela e seu esquadrão poderiam ter
foi exterminado. Isso só mostra como as feras são aterrorizantes à noite.
Uma vez que ela acabou de matar todos eles, Akane dá um suspiro de alívio. “Estão todos
bem?”
"E-eu estou bem."
"Eu também. Apenas alguns arranhões.”
“Eles tiraram um bom pedaço do meu braço.”

“Meu ombrorrrr…”
Mesmo aquela curta batalha teve um grande impacto sobre eles. Pressionar seria uma
provação perigosa.
"Você... você está encarregado dos primeiros socorros", diz Akane.
"V-você entendeu."
“Mas e você, Akane?”
“Vou checar lá em cima.”
A luta deles naquele momento deveria ter deixado o andar térreo livre de feras.
Se Akane deixar os outros aqui, ela estará livre para explorar o resto do prédio e lutar o quanto
quiser.
“V-você não pode! Não podemos deixar você ir sozinho!”
"Sim! Não vamos abandonar o Salvador!”
"Pare com isso." Akane os silencia, sua voz fria como gelo. "Eu... eu não sou um salvador."
"M-mas você tem esse poder especial..."

“E todos te chamam de Salvador! Eles dizem que você vai salvar a todos nós!”
Akane desvia os olhos, incapaz de suportar os olhares suplicantes de seus companheiros de esquadrão.
Claro, ela tem mais magia do que o cavaleiro médio.
E claro, ela usou esse poder para matar toneladas de feras e salvar toneladas de vidas.
Mas não é por isso que as pessoas a chamam assim.

É tudo por causa daqueles rumores que seu irmão começou. Ele só quer usar

ela e seu poder como meio de manipular os desesperados.

Ela não é forte o suficiente para salvar o mundo.
No entanto... Akane não consegue dizer isso a eles.
"Estou apenas fazendo o que posso", diz ela evasivamente.
"Nós sabemos isso. É por isso que seguimos você.”
“E não vamos deixar você sozinho!”
"... Faça do seu jeito", ela responde.
Akane e os outros carregam seus feridos e seguem em direção às escadas.
Cada passo que eles dão diminui um pouco mais a determinação de Akane. Então, o
cheiro espesso de sangue a atinge, e ela para.
"O-o que é isso...?"
Suas lanternas revelam uma poça de sangue vermelho no final do
corredor. A piscina se estende além da curva no corredor.
Ela pode dizer pelo cheiro e pela cor que não é sangue humano.
É sangue de besta.
E não é apenas o valor de sangue de uma fera, também. Teria levado

toneladas deles para derramar tanto sangue.
Eles acendem suas lanternas na esquina.
"Ahh!"
Um de seus companheiros de esquadrão solta um ruído entre um suspiro e um grito, e
mesmo Akane não pode deixar de recuar um passo.
É como olhar para um lago de sangue.
O teto e as paredes são tingidos de vermelho como o chão, e o sangue é acompanhado
por pedaços flutuantes de bestas mortas.
Há tantos cadáveres que parece impossível contá-los.
“O que poderia ter acontecido aqui?”
"O-o que...?"
"Você está brincando…"
Matar tantas feras exigiria a mobilização de um esquadrão de cavaleiros de várias dezenas.
Que grupo local tem tantos cavaleiros à sua disposição?

Até onde Akane sabe, nem seu próprio Messias nem qualquer um dos
facções vizinhas têm algo parecido com esse tipo de poder humano.
Quem fez isto? E porque?
De repente, Akane pensa em uma possibilidade.
“… Uma besta do ápice poderia ter feito isso?”

"O que? Uma besta de ápice?!”

“Pelo que ouvi, uma besta do ápice pode estar envolvida com o incidente que meu irmão está
investigando também.” “………”
Seus companheiros de esquadrão ficam brancos como lençóis.
Não há facções nas proximidades com o poder de fazer algo assim, então as chances de que
isso tenha sido feito por algo que não seja um humano - como uma besta do ápice - são extremamente
altas.
Nem todas as feras deste mundo são iguais.
Mais de dez subespécies diferentes já foram identificadas, mas uma delas em particular – a
variante incrivelmente poderosa apelidada de besta do ápice – é responsável por inúmeros cavaleiros
mortos e bases destruídas.
As bestas do ápice são como o medo em carne viva.
“Akane, d-nós devemos sair daqui, agora.”
“Não tem como ainda estar por aí,” ela responde. Se fosse, estaríamos todos mortos há muito
tempo, ela diz a si mesma. “E ainda temos que investigar. Se uma fera apex realmente fez isso, então
precisamos de todas as informações que pudermos obter.”
"S-sim, senhora..."
O grupo timidamente começa a trabalhar.
“Esses parecem que foram dilacerados por presas, mas...
senso. Esses cortes são muito limpos.”
"Ele tem garras afiadas, então", observa Akane.

“E-esses foram esmagados. Oh, Deus, isso é nojento.”
“Força tremenda”, acrescenta ela.
"E-esses têm partes por todo o lugar... É como se tivessem sido triturados em pedaços."
“E uma veia cruel e desagradável”, ela conclui.

É uma notícia ruim atrás da outra.
Mesmo Akane tem que admitir que o poder desta besta do ápice está fora dos gráficos.
Todas as feras foram derrotadas em um único golpe.
Akane já derrubou algumas feras do ápice em seu dia, mas essa coisa é claramente
muito mais forte do que qualquer coisa que ela já encontrou.
“Precisamos de um nome para essa nova fera do ápice”, diz ela. “Eu sugiro 'o Bruto'.”
“Olhando para essa bagunça, eu diria que é mais do que apropriado.”

De repente, outro companheiro de esquadrão chama. “Tem alguém aqui! Nós

encontraram sobreviventes!”
"O que?!" Akane grita.

Ela tinha quase desistido de encontrar o trio desaparecido vivo.
Um momento depois, porém, suas esperanças recém-reacendidas são frustradas.
As pessoas deitadas de bruços no corredor são estranhos que ela nunca viu.
"Quem são eles?"
“Me bate, acabei de encontrá-los deitados aqui. Acho que estão inconscientes.”
Existem dois deles.
O primeiro é um menino de cabelo preto.

Ele está vestindo jeans e um moletom com capuz e carregando uma mochila nas costas.
Ele é o tipo de refugiado genérico que você pode encontrar em qualquer lugar.
“Você acha que talvez a base deles tenha sido destruída recentemente ou algo assim?”
“Com uma fera do ápice vagando por aí, eu diria que isso parece provável.”
Fortalezas humanas caindo para ataques de bestas tornou-se tristemente comum
ocorrência.
Sempre que isso acontece, os moradores são obrigados a procurar novas bases para ingressar
como refugiados.
Se um refugiado pode usar magia, ele será aceito em qualquer lugar com
braços abertos.
No entanto, é muito comum que os refugiados que não são tão úteis sejam rejeitados nos portões
e, mesmo que tenham permissão para entrar, muitas vezes são forçados a fazer um trabalho manual
exaustivo para ganhar seu sustento. Hoje em dia, ninguém tem suprimentos suficientes para todos.
Akane se pergunta se a Universidade Nishino o aceitará.

“A-Akane, olhe para a garota! Olha o cabelo dela! É prata!”
"O que?!"
Para surpresa de todos, o cabelo da menina refugiada é de um lindo tom de prata.
Akane tira o chapéu da garota para dar uma olhada melhor.

Com certeza, é prata até as raízes.
“Ela poderia realmente ser uma Desperta…?”
Existem alguns cavaleiros chamados Despertos cuja magia é léguas mais forte do que a de
qualquer outro.
Akane, com seus olhos vermelhos, é um número entre suas fileiras.
Essas são as duas características notáveis dos Despertos – sua tremenda magia e suas
idiossincrasias físicas.

No caso de Akane, seus olhos ficaram vermelhos, mas sua anomalia está no lado mais claro.
Algumas pessoas, como essa garota, veem a cor do cabelo mudar, e outras almas infelizes até
experimentam horríveis mutações em todo o corpo.
“E olhe para as orelhas dela, Akane. Eles são tão longos.”
As orelhas da menina são longas e pontudas, quase como as de um elfo de um conto de fadas.
“Isso resolve. Ela é uma Desperta, com certeza.”
“A-um Desperto…”
Os companheiros de esquadrão de Akane se afastam da garota, quase como se estivessem

com medo dela.
Não é incomum que as mudanças pelas quais os Despertos passam afetem suas personalidades.
Não faltam Despertos que usam sua incrível magia para matar pessoas e acabam tendo que
ser destruídos.
Aqueles como Akane, que não têm nenhuma mudança visível em seus
personalidade, são minoria. É por isso que tantos a chamam de Salvador.
"Não se preocupe. Ela estava junto com o menino, então ela não deveria ser perigosa.”
“O-oh sim, bom ponto. Você está certo, ela provavelmente está bem.”
As expressões dos membros do esquadrão se iluminam um pouco.
Por mais que as pessoas temam os Despertos, elas também buscam seu poder.
“Vamos levar os dois de volta conosco?”
“Obviamente,” Akane responde.
“Mas nossos suprimentos são escassos. Poderíamos deixar o garoto para trás e apenas pegar
o...
“Agora ouça aqui.”
Por um breve momento, Akane perde o controle.
No entanto, ver o desconforto que aparece nos rostos de seus companheiros de esquadrão a
ajuda a voltar aos seus sentidos.
“Ele pode ser um parente dela. O que você planeja dizer a ela quando ela acordar?
“V-você está certo! Não gostaríamos de aborrecê-la e correr o risco de deixá-la ir embora!”
“Sim, vamos pegar os dois e sair daqui!”

Akane pode sentir seu coração esfriar enquanto ela olha para os sorrisos forçados de seus
companheiros de esquadrão.
No entanto, ela não pode realmente culpá-los.

Todo mundo tem as mãos ocupadas apenas se preocupando consigo mesmo.

A única razão pela qual ela é capaz de mostrar mais compaixão do que eles podem é a
segurança que sua forte magia oferece a ela. Pelo menos, é o que ela diz a si mesma para tentar
diminuir seu descontentamento.
"Vamos lá."
Akane levanta a menina de costas e deixa o menino para os outros
lidar com. Ela sente o calor gentil da garota se espalhar por seu corpo.
Ela realmente é bonita.
Ela provavelmente ainda está no ensino médio. Akane se lembra do ensino médio.
Ela nunca esquecerá aquela juventude feliz que teve.
Sempre que as coisas ficam difíceis hoje em dia, ela sempre relembra aquela época e fantasia
que ele virá e a salvará novamente.
Ela sabe que isso nunca vai acontecer, no entanto.
Afinal, ele morreu há séculos.



capítulo 5
Esgueirando-se pelo Japão, assim como

nos velhos tempos!!
Depois disso, Akane e seu esquadrão encontram os corpos dos três cavaleiros e retornam
à Universidade Nishino.
O portão para a base está bem fechado.
A noite é quando os guardas estão mais alertas.
Afinal, é quando as feras estão ativas.
O perímetro do baluarte é iluminado por luzes brilhantes, e cavaleiros de olhos aguçados
patrulham no topo durante toda a noite. O propósito das paredes altas é duplo: impedir que
os animais entrem e facilitar o soar do alarme se algum se aproximar.
Neste dia, porém, o que os guardas encontram não é uma fera – é Akane e seu
esquadrão.
“E isso é tudo que você tem a relatar?”
O primeiro a vir conhecê-la é seu irmão, Akira Nishino. Ele está usando óculos e jaleco
e tem um olhar ansioso e franzido no rosto.
"Sim. Assumo total responsabilidade pelo que aconteceu.”

Akane acabou de entregar seus companheiros feridos para a equipe médica e contar
ao irmão o que aconteceu.
Foi ela quem tirou um bando de cavaleiros da base à noite sem permissão. Ela ainda
acha que seu irmão estava errado, mas ela não tem

intenção de tentar evitar as consequências do que ela fez.

“Isso não é para você decidir.”
“Os outros estavam apenas seguindo minhas ordens.”
"Sério?"
"Sério."
Akira dá a sua resposta um sorriso torcido. “Vou a todos os outros a seguir e lhes pergunto
o que aconteceu também. Será interessante ver como eles se lembram disso – se estavam
obedecendo às suas ordens ou agindo por vontade própria.”
“………”
Akane não deu a seus companheiros de esquadrão uma única ordem. Pelo contrário, ela
estava planejando ir sozinha. Foram eles que a forçaram a deixá-los vir.
“Dar-me um falso testemunho não vai fazer nenhum favor a você, você sabe.”
Akane abaixa a cabeça.
“Ainda assim, não sou um monstro. Ouvi dizer que você trouxe de volta dois refugiados, e que
um deles era um Desperto”.
"…Isso mesmo."
"Onde eles estão? Leve-me até eles.”
“Eles estão inconscientes. Devíamos esperar que eles acordassem e se orientassem
antes de nós...
“Leve-me até eles, agora.”
"…Sim senhor."
Akane deixou os dois refugiados na enfermaria da área residencial da base.

Como toda base, sua área residencial está superlotada. Mesmo nesta seção, onde fica o
quarto de Akane, há pessoas dormindo visivelmente nos corredores.
“Eles estão aqui,” Akane diz.

Quando ela entra na sala, ela é saudada por uma voz animada de dentro.
“Akane, é você? No momento ideal. Uma das crianças só...
Uma mulher se aproxima vestindo um jaleco e um sorriso amigável.

Quando ela vê Akira atrás de Akane, porém, as palavras ficam

preso em sua garganta.


“Está tudo bem, Dra. Yuuka. Você pode contar a ele.”

A pedido de Akane, a Yuuka, vestida com jaleco, hesitantemente continua. “O menino acabou
de acordar.”
Há duas camas no quarto. Um deles tem um menino nele, o outro tem uma menina.
Os olhos da garota ainda estão fechados rapidamente, mas o garoto está sentado e olhando na
direção deles.
"U-um... Onde estou?" ele pergunta nervoso.
“Você está na Universidade Nishino. Encontramos você desmaiado no hospital
e te acolheu,” Yuuka diz gentilmente. “De quanto você se lembra?”
"O hospital…? Por que eu estava no hospital...?”
Yuuka abaixa a voz para um silêncio. “Ele parece estar sofrendo de problemas de memória.”
"Ele está bem?" Akane pergunta.

“Provavelmente é temporário, causado por superexposição à magia.”
“Ele pode ter visto o Brute em primeira mão”, teoriza Akane.
“A besta ápice do seu relatório?” diz Akira. “Se isso for verdade, você precisa recuperar as
memórias dele, agora.”
Yuuka dá a ele um aceno fraco, então se vira para o garoto. “Você consegue se lembrar de
alguma coisa? Qual o seu nome?"
"O meu nome…? É, uh... é Minoru.
Quando o garoto chamado Minoru diz seu nome, não parece ser fácil para ele.
Ao ouvir isso, Akane se lembra dele.

O garoto na frente dela até meio que a lembra dele.
Ela não pode colocar o dedo sobre o porquê, mas ele faz.
“E o seu sobrenome? Você se lembra disso?"
“É Kage—err, não, eu não consigo lembrar…”
— E a garota com quem você estava?
“A garota...” Os olhos do garoto se arregalam. “Espere, você quer dizer Natsume?! Natsume
está bem?!”
“O nome dela é Natsume, então? Não se preocupe, ela está bem ao seu lado.”
Minoru respira aliviado. “Oh, graças a Deus… Se minha irmãzinha ficasse
machucado, não sei o que faria.”
“Ah, então ela é sua irmã. O que você pode nos dizer sobre ela?”
"Ela, hum... Bem, hum..."

“Está tudo bem, nós já sabemos. Ela é uma Desperta, certo?”

"Huh? Ah, claro, sim! Ela tem orelhas pontudas e cabelo prateado…”
“Mas ela é uma boa criança, certo?”
"Huh? Ah, sim, com certeza! É só que, a coisa é, ela não pode falar.”
"Sério…? Isso deve ser tão difícil.”
O fato de a garota ter perdido sua capacidade de falar significa que sua mutação deve
têm sido bastante severos.
O menino deve ter tido um tempo infernal tentando chegar até ela.
“Eu sou Yuuka, o médico aqui. No que diz respeito aos cuidados dela, pretendo tomar total
—”
“Vou cuidar dela pessoalmente”, diz Akira, interrompendo-a e falando diretamente com Minoru.
"E-espere... quem é você?"

“Sou Akira Nishino, um dos responsáveis aqui. Eu também sou um pesquisador de profissão, e
passo meus dias trabalhando o máximo que posso para pesquisar magia e os Despertos para que
eu possa ajudar as pessoas.”
"Eu-eu vejo..."
“Sua irmã teve uma vida difícil por causa de sua mutação, e isso é algo
Eu posso apreciar melhor do que a maioria. Minha irmã também é uma Desperta.”
"Sério?"
“Você pode confiar em nós com sua irmã? Eu juro para você, eu vou fazer tudo em
meu poder para ajudá-la a falar novamente.
"Eu-eu não sei... eu teria que perguntar a ela primeiro."
"Pergunte a ela? Achei que ela não podia falar.”

“Oh, uh… Certo, ela não pode falar, mas ainda conseguimos nos comunicar através de gestos e
outras coisas.”
"Eu vejo. Então, ela manteve um certo grau de sanidade…”
Akira afunda em pensamentos. Sua expressão é mista.
“Irmão querido,” Akane diz, “ela ainda nem acordou, e o menino claramente ainda está se
orientando. Talvez fosse melhor se você voltasse mais tarde e perguntasse a eles.”
“Você está certo,” ele responde, então se vira para Minoru. “Tenho certeza que isso é um pouco
repentino para você. Para esta noite, apenas descanse. Vocês são convidados do Messias agora.”
“O-obrigado por ser tão acolhedor.”

Depois de confortar gentilmente o menino, ele pega Akane e sai do quarto.

Uma vez que eles estão fora, ele ri friamente. “Que criança ingênua.”
“O que você planeja fazer com eles?”
Akira não responde. Ele apenas solta uma risada sinistra e se dirige para a escola.
A voz de Cid ecoa pela enfermaria mal iluminada. “A sala está limpa.”
Já faz um tempo desde a conversa anterior, e a senhora médica também foi embora, o
que significa que Beta e Cid agora estão sozinhos.
“Mestre Sombra…”
Quando Beta abre os olhos, ela encontra seu senhor sentado no parapeito da janela e
olhando para a lua. Ela pode ver a angústia à espreita logo abaixo da superfície de sua
expressão. Aqueles olhos de ébano dele estão fixos no futuro distante; ele certamente está
tecendo planos elaborados em sua cabeça.
“Eu não posso acreditar que você já aprendeu a falar a língua deste mundo.”
De tudo o que aconteceu até agora, sua conversa anterior com o
locais é o que mais surpreendeu Beta.
Seu aprendizado da leitura do idioma em apenas algumas horas foi um choque, com
certeza, mas quem poderia imaginar que ele seria capaz de descobrir as pronúncias e
realmente colocar esse conhecimento em prática?
“Eu escutei suas conversas enquanto fingimos estar inconscientes e juntei seus
significados através de uma combinação dos sons que eles faziam, a maneira como eles
moviam a boca e as expressões que eles faziam. É um truque simples.”
A indiferença de Shadow em relação ao seu próprio feito faz com que o olhar maravilhado de Beta
fique ainda mais fervoroso.
Ele pode ter ouvido uma conversa, mas foi apenas uma curta. Além disso, Beta podia
dizer pelas reações dos moradores o quão absurdamente proficiente era a pronúncia de seu
senhor.
A façanha que ele realizou - chegar tão diretamente à resposta para entender a lógica
subjacente de uma linguagem, chegando até mesmo a dominar sua fonética - só pode ser
descrita como divina.

“Eu vou como Minoru neste mundo, e eu disse a eles que você se chama Natsume. Nossa
história de fundo é que você é minha irmãzinha.”
“Nós somos irmãos?”
“Achei que seria melhor assim. Além disso, eu disse a eles que você não pode falar.
“Bem, eu tecnicamente não posso, então isso funciona muito bem também. Embora eu
esteja fazendo o meu melhor para corrigir isso, é claro.”
“Nah, eu acho que você deveria ficar do jeito que está. Eu apenas sinto que esse é um
caminho melhor.”
"Ah, entendo... Nesse caso, ficarei mudo."
Claramente, ele quer que ela continue fingindo ser incapaz de falar como uma forma de
coletar informações fazendo o outro lado baixar a guarda. Usar sua mudez a seu favor é um
truque inteligente.
Para que esse truque funcione, no entanto, ela precisa aprender o idioma local o mais rápido
possível.
“Agora, aqui está o plano avançando. Eu quero usar esta base como um lugar para coletar
informações.”
“Entendo, então a coleta de informações é o nome do jogo…”
Em outras palavras, ele está dizendo que veio a este mundo para ganhar
potência.
Mas que tipo de poder?
Fácil — o conhecimento e a tecnologia deste mundo.
Comparado ao seu velho mundo, esta civilização é muito mais avançada.
Levar seus frutos de volta com eles permitirá que o Jardim das Sombras progrida aos trancos
e barrancos. Para o Jardim das Sombras, esse é o tipo de poder mais valioso que existe. É para
isso que ele quer. Beta tem certeza disso.
“Agora, minha sugestão é que ajamos de forma independente”, diz ele.
“Como as orelhas e a cor do cabelo de Natsume são diferentes, eles têm a impressão
equivocada de que você tem uma doença.”
“Ah, claro.”
Ele deve ter usado suas habilidades de conversação magistral para gerar esse mal-entendido.
Agora, eles poderão coletar informações de dois lugares ao mesmo tempo.
Juntar-se a uma comunidade existente é a melhor maneira de obter informações rapidamente.

Graças à habilidade com que ele se manteve flexível e tocou as coisas de ouvido, ele
conseguiu que eles fossem aceitos neste sem que ninguém suspeitasse de um

coisa.
Agora, tudo o que eles precisam fazer é ordenhar essas pessoas por toda a inteligência e tecnologia
know-how que valem, então volte para casa.
No que diz respeito à parte de ir para casa, eles simplesmente precisam rastrear a magia de
Mordred. Ele se fundiu com o Ragnarok e definitivamente está ligado ao mundo original deles.
Assim que o encontrarem, poderão reativar a Rosa Negra. Beta tem certeza disso.
“Agora, um dos figurões aqui quer examinar a doença de Natsume ele mesmo.”
"Entendido. Então é isso que está acontecendo…”

Em suma, ele está dizendo a ela que seu trabalho é se colocar bem no coração de
a comunidade e roubar informações de lá.
“Sim, é exatamente isso. Apenas lembre-se de fingir estar doente vinte e quatro
Sete. Certifique-se de não ficar vagando por aí.”
"É claro. Eu nunca iria estragar meu disfarce assim.”
Ele está dizendo que ela precisa ter certeza de que sua atuação é impecável para que seus
anfitriões a subestimem. Dessa forma, ela poderá usar sua posição de forma proativa para roubar
as informações de que precisam.
"Esse cara Akira Nishino vai vir amanhã cedo para buscá-lo."
"Entendido. Como você quer que eu lide com meus relatórios?”

“Vou buscá-los pessoalmente.”
Em outras palavras, não há um cronograma fixo, e ele está deixando os detalhes a critério
dela.
"Como quiser."
"Legal legal."
Com um olhar composto em seu rosto, seu senhor pega o jarro próximo e se serve de um
copo de água.
Eles estão em um lugar desconhecido - um mundo desconhecido, mesmo - e ainda assim
ele não parece nem um pouco nervoso ou tenso. É como se ele já pensasse neste lugar como
sua segunda pátria.
A única explicação para isso deve ser sua autoconfiança inabalável.
Seu senhor está confiante de que não importa a hora, lugar ou situação, ele estará
capaz de superar qualquer coisa que esteja em seu caminho.
Beta se esconde debaixo de seu cobertor e anota esse momento no The

Chronicles of Master Shadow para que ela nunca esqueça.

Amanhã, a missão de coleta de informações começará a sério.
No entanto, seu senhor levou apenas algumas horas para dominar a linguagem deste mundo,
reunir as informações essenciais e elaborar o plano perfeito. Ele até conseguiu inserir Beta bem
no coração dessa comunidade local.
Levarão apenas alguns dias para desnudar seus anfitriões inconscientes de qualquer
informações que valem a pena.
Beta tem certeza disso.
Uma nova manhã chegou, e caramba, como eu esperei por isso!

Assim que o sol nasce, eu imediatamente penhorei Beta em Akira
Nishino e chupe uma grande lufada de ar fresco.
Isso deve fazer um bom trabalho de restringir seus movimentos.
Também vai inibir sua habilidade de estudar japonês, e todas as minhas mentiras estarão
seguras por muito mais tempo. Agora, eu só tenho que usar esse tempo que comprei para
encontrar uma maneira de voltar ao nosso mundo original.
“Heh-heh-heh… É o plano perfeito.”
A questão é: quanto tempo ela levará para aprender a língua? Quero dizer,
ela sempre foi inteligente.
Eu quero dizer... seis meses, provavelmente?
Eu deveria manter minha estimativa conservadora para estar seguro, então vamos com três.
Com três meses para trabalhar, tenho certeza de que posso encontrar uma pista sobre como
nos levar de volta para casa. O fato de termos chegado aqui em primeiro lugar significa que deve
haver algo em algum lugar ligando de volta ao nosso mundo.
Por enquanto, no entanto, enquanto estou reunindo informações sobre o buraco negro e
qualquer magia poderosa que possa encontrar... não vejo por que não posso me divertir um pouco
aqui no Japão.
Tenho quase certeza de que este é o mundo em que vivi durante minha antiga vida.
Tem minha casa — destruída como está — e tem até minha antiga colega de classe, Akane
Nishino. Quando eu a vi agora, ela parecia estar prestes a

vinte.
Isso significa que já se passaram alguns anos desde que morri aqui. Algo
aconteceu durante esses anos, e o que quer que fosse, era grande e mágico.
Eu posso sentir isso em meus ossos. Algo muito, muito divertido está acontecendo.
Eu acho que é hora de um certo fodão todo-poderoso de outro mundo
para fazer sua aparição aqui nos farrapos do Japão.
Quando um sorriso profundo se espalha pelo meu rosto, ouço uma batida na porta.
“Bom dia, Minoru.”
“Eu—eu me lembro de você. De ontem à noite…”
“Ah, certo, eu não me apresentei. Eu sou Akane Nishino, um cavaleiro aqui no Messias.”
A porta da enfermaria se abre. Akane Nishino está atrás dela, vestida com um uniforme
que lembro com carinho.
Ela tem cabelos pretos e olhos vermelhos. Seus olhos costumavam ser igualmente negros,
mas acho que algo mágico deve ter acontecido para deixá-los vermelhos. Não sei o que, no
entanto.
Quanto à roupa, porém, ela está vestindo um blazer branco, uma saia xadrez e meia-calça
preta. É o uniforme da minha alma mater, Sakurazaka High School. Ela estava vestida da
mesma maneira na noite passada, também.
“Aquele uniforme…”
"O que isso? É o colégio Sakurazaka. No Messias, todos os cavaleiros usam isso. Você
sabe como os policiais usam uniformes? É a mesma ideia.”
Ela faz um pequeno giro.
“Ah, hein. Acho que minhas memórias ainda estão bem confusas…”
“Eu não culpo você. Apenas vá devagar e lembre-se do que puder, ok?
Se há coisas sobre as quais você está confuso, você pode me perguntar qualquer coisa.”
“Obrigado, isso significa muito. Na verdade, eu tinha algo que eu queria perguntar.”
"É claro. Antes de fazer isso, no entanto…”

Ela sorri gentilmente.
“… o que você diria para um café da manhã?”

Há um grande grupo de pessoas reunidas em torno de um dos pavilhões da universidade e

esperando na fila para a distribuição de comida.
Nós dois nos juntamos ao final da fila.
"Surpreso?" Akane pergunta.
"O que? Ah, com certeza.”
Eu não sei o que é que eu deveria estar surpreso.
“É realmente incrível, quantas pessoas o Messias é capaz de alimentar. Geramos eletricidade
no local, por isso podemos usar equipamentos de última geração para produzir alimentos”, diz ela
com um toque de orgulho. “Por causa de como as coisas são pacíficas e consistentes aqui, somos
a base mais populosa da região.”
"Isso é incrível."
“Embora essa prosperidade seja uma faca de dois gumes.”
"Oh?"
“Nós não temos cavaleiros suficientes para todos. Cada um de nós é responsável por proteger
mais de uma centena de moradores. Está nos exaurindo e já começamos a sofrer mais baixas. É aí
que ela entra.”
"Quem?"
“Foi... Natsume, certo? Eu a vi no laboratório do meu irmão esta manhã.
“Ah, sim, achei que ele seria a melhor pessoa para tratá-la.”
"Ah... eu sinto muito."
"Desculpe sobre o quê?"
Akane fica quieta por um momento, então balança a cabeça. "Não é nada. Apenas
deixe ela conosco. Farei tudo o que puder para ajudá-la.”
“Obrigado, estou contando com você.”
Contando com você para mantê-la em rédea curta, isso é.
“Meu irmão é… Ele é um pesquisador incrível. Foi ele quem colocou o gerador e todo o
equipamento em funcionamento. Mas essas mesmas instalações nos tornam um alvo para outras
bases.”
“Ah, faz sentido.”
“É por isso que estamos com tanta pressa em expandir nossos recursos de combate”, ela diz
baixinho para não ser ouvida.
Nós dois finalmente pegamos nossa comida e vamos para uma clareira próxima em um
gramado.
"A propósito, sobre essa pergunta", eu digo enquanto nos sentamos e começamos a comer.
“Claro, pergunte.”

Nosso café da manhã é um arroz integral e mingau de legumes temperado com o que
tem gosto de missô. É saudável, mas definitivamente não está ganhando nenhum prêmio.
Ainda assim, dado o quão orgulhosa Akane soou quando ela falou sobre isso, eu acho
esta é uma refeição bastante saudável para os novos padrões do mundo.
“Minhas memórias estão bastante confusas, e há um monte de coisas que não me lembro,
então eu esperava que você pudesse me dar uma rápida atualização, começando desde o início.”
“O que você quer dizer com o começo?”

“Tipo, o dia em que o Japão ficou assim.”
“Ah, você quer dizer o evento de três anos atrás?”
Interessante. Então, isso é quanto tempo tem sido.
"Sim. Apenas o resumo geral está bom.”
"Claro. Agora, tenho certeza que você se lembra como há três anos, as feras apareceram do
nada e viraram o mundo de cabeça para baixo durante a noite. Nossas armas existentes fizeram
pouco mais do que retardá-los e, no ano seguinte, os números da raça humana despencaram. As
pessoas lançam números como se estivéssemos em um décimo ou um centésimo de nossa
população original, mas ninguém mais sabe os números exatos. Mas durante esse mesmo tempo,
estávamos aprendendo lentamente.”
Ela termina seu mingau e coloca sua tigela.

Ainda estou na metade do meu.
“As feras são noturnas. Durante o dia, eles dormem em ninhos. Quando percebemos isso,
começamos a fazer as coisas durante o dia e a passar as noites vigiando. No início, tínhamos medo
de ataques vinte e quatro sete, mas agora sabemos que não precisamos nos preocupar com isso.
Pouco a pouco, acumulamos mais conhecimento e poder.”
Quando ela diz “feras”, acho que ela está falando sobre aquelas feras mágicas fracas.
Faz sentido; a maioria das feras mágicas são noturnas. Nem todos eles, porém, então ela
provavelmente ainda deveria ter cuidado.
“Pelo que entendi, os primeiros a descobrir a magia foram um grupo de pesquisadores no
exterior. A maioria dos antigos métodos de comunicação não funciona mais, então era difícil verificar
qualquer coisa, mas a palavra era que havia pessoas em países estrangeiros chamados cavaleiros
que poderiam lutar contra as feras. Uma vez que esses rumores se espalharam por aqui, o Japão
começou a pesquisar magia também. Naquela época, teríamos tentado qualquer coisa.”

Parece que as coisas por aqui ficaram bem interessantes bem rápido.
Essas duas luzes mágicas que eu vi logo antes de morrer podem ter sido um presságio
das feras que estavam prestes a chegar. Na verdade, tenho certeza que foram.
“Depois disso, cerca de um ano atrás, o Japão conseguiu seu primeiro cavaleiro. Seu cabelo dourado
era uma estranheza para uma japonesa, e as pessoas a viam como um farol de esperança e a chamavam
de Cavaleiro Original. Mas não demorou muito para que eles encontrassem essas esperanças traídas.
Como um Desperto, seu tremendo poder teve um preço igualmente tremendo em sua personalidade.
Eventualmente, ela massacrou o povo de Arcadia e desapareceu.”
Por alguma razão, a voz de Akane está tremendo.

Eu pá para baixo o resto do meu mingau. Café da manhã dos campeões, querida.
“Arcadia era uma base saudada como a última verdadeira utopia no Japão. Estudiosos se reuniram
lá de todas as partes, incontáveis cavaleiros se tornaram Despertos lá, e toneladas de pessoas viajaram
para lá em busca de abrigo. A razão pela qual foi capaz de existir foi por causa das enormes multidões
de bestas que o Cavaleiro Original matou, mas ao mesmo tempo, foi isso que tornou a perda de Arcádia
um golpe tão grande. Foi como se tivéssemos perdido nosso único paraíso.”
Ela agarra os ombros, quase como se estivesse com medo de alguma coisa.
"Você está bem?"
— Estou... estou bem.
Bem, se você diz.

Não tenho certeza se estou acompanhando todas essas coisas sobre o “Desperto”, mas acho que
provavelmente é semelhante ao possuído.
“Uma vez que nossa esperança foi roubada, a humanidade se tornou cada vez mais egoísta e as
batalhas começaram a surgir entre as bases. Cavaleiros foram sequestrados, suprimentos foram roubados
e vidas foram perdidas pela legião. Agora, o Japão está em ruínas.”
Eh, duvido que qualquer um dos outros países tenha se saído muito melhor.
“Pelo que entendi, meu irmão é um sobrevivente de Arcadia.”
“…Você não tem certeza?”
“Não me lembro muito daquela época. Aparentemente, minha magia causou estragos em minhas
memórias,” ela diz melancolicamente. “Nossa família deveria estar toda aqui na universidade, mas ele foi
para Arcádia para sua pesquisa.
É por isso que ele sabe muito mais do que todos sobre cavaleiros e os Despertos. Tudo o que ele está
fazendo é para ajudar as pessoas... Pelo menos, eu quero acreditar que é. Mas a questão é que toda a
sua pesquisa é tão complicada, ninguém

entende nada disso, menos ele…”

"Oh cara…"
Eu faço o meu melhor para parecer impressionada.
“Desculpe, Minoru. Eu sei que falar demais sobre essas coisas não vai resolver nada.
"Está bem. Não se preocupe com isso.”

“Não sei por que, mas parece que te conheço desde sempre. Eu tenho esse tipo de calma
nostálgica quando estou com você, e começo a pensar no passado...
É estranho, certo?” Ela me dá um sorriso triste. "E você? Isso ajudou a refrescar sua memória?”
"Huh? Oh, uh, sim, eu sinto que as coisas podem estar começando a voltar…”
“Se você não se lembra, não se preocupe, mas você poderia me dizer o que aconteceu
com a base em que vocês dois estavam antes disso? Foi atacado por feras? Ou por pessoas...?”
"Rrgh... Minha cabeça...!"

“N-não se esforce!”
Graças às minhas “memórias bagunçadas”, não preciso “lembrar” as respostas para
perguntas que prefiro não responder. Não adianta desperdiçar sua bondade, certo?
“Está tudo bem, você pode ir tão devagar quanto precisar.”

Ela esfrega minhas costas enquanto eu aperto minha cabeça em uma concentração fingida.
O resto da nossa conversa é tudo inofensivo e sem inspiração, e eventualmente ela tem
que fazer coisas de cavaleiro, então eu volto para a enfermaria.
“Para onde você fugiu?!”

Quando eu volto, encontro a Dra. Yuuka esperando por mim em um acesso de raiva, com
as bochechas inchadas. Conto a ela o que aconteceu e peço desculpas.
“Aquela Akane... Ela deveria ter me contado. Eu estava doente de preocupação! Há uma
debandada chegando em breve, então todo mundo está correndo em um torvelinho. É perigoso
lá fora.”
Enquanto ela fala, ela verifica minha temperatura e pressão arterial e outras coisas.
"Uh, o que é uma debandada?"

“Você esqueceu tanto... Não há nada de errado com seu corpo, então suas memórias
devem voltar assim que os efeitos mágicos passarem. A maneira mais simples de explicar uma
debandada é que é quando um bando de feras se enfurece.”
"Mas por que?"

“Você sabe como bandos de feras se juntam para construir ninhos, certo?
É onde eles se reproduzem para aumentar sua população. Agora, uma vez que sua população
cruza um certo limite, eles começam a se agitar. Achamos que eles fazem isso para dividir o
pacote quando fica muito grande.”
“Então, o que acontece durante esses tumultos?”
“Eles começam a recolher comida e a fazer os preparativos para construir um novo ninho.
E por comida, quero dizer nós. Uma vez que uma fera começa a correr, a única maneira de fazê-
la desistir é matá-la. É isso que torna as debandadas tão perigosas.”
“… Então, em outras palavras, há um ninho próximo que é tão grande que vai ter uma
debandada?”
“Isso mesmo,” Dr. Yuuka diz gravemente. Ela abre um mapa.
Está coberto de marcas e datas. “Este é o hospital em que encontramos vocês dois. Era o ninho
mais novo da região, então é uma sorte termos conseguido destruí-lo antes que saísse do
controle.”
Com isso, ela desenha uma barra na marca do hospital e escreve a data de ontem e a
palavra “destruído” ao lado.
"Uau", eu digo. “Há tantos deles.”
"Que há. Havia originalmente vinte e nove ninhos na área ao redor
Universidade Nishino, e só conseguimos destruir quatorze deles.”
“Ou seja, ainda restam quinze…”
“Como você pode ver, nós lidamos com a maioria dos que estão ao nosso lado. Aqueles
são os que temos mais facilidade em encontrar antes que fiquem muito grandes.”
"O que acontece se eles fizerem?"
Dra. Yuuka balança a cabeça. “O Messias não tem poder humano para destruir ninhos
maiores por conta própria. Temos que nos unir a outras bases para destruí-las e, mesmo assim,
isso traz seus próprios problemas. Por causa de quão longe os ninhos maiores tendem a ser de
nossa base, enviar cavaleiros para destruí-los deixa o Messias subdefeso. Isso nos torna
vulneráveis a ataques de feras e invasões de bases inimigas…”
“Ah, isso faz sentido. E ao mesmo tempo, enviando uma força menor
derrotaria o ponto.”

Ela acena. “Depois de se afastar uma certa distância da base, você começa a ver ninhos
enormes por todo o lugar. Dê uma olhada nessas datas. Mais sete deles apareceram apenas
no ano passado.”
“Parece que você quer pegá-los enquanto eles são pequenos.”
“Nossos cavaleiros fazem o que podem para destruir ninhos menores que encontram em
suas patrulhas, mas há poucas patrulhas que podemos enviar com nossos números atuais.
E não é como se as outras bases estivessem indo melhor.”
Ela solta um suspiro pesado. “Mas não é com os ninhos distantes que precisamos nos
preocupar, mas com os próximos. Quando as debandadas começam nos distantes, há uma
boa chance de que as feras furiosas nem cheguem ao caminho do Messias.”
“Você está dizendo que eles podem ir atrás de outras bases em vez disso. Caramba, eles podem
até mesmo ir para longe.”
“Isso mesmo, e é por isso que este ninho é um problema.”
Dr. Yuuka aponta para um ponto no mapa. É um local que tem muitas memórias para mim.
"Sakurazaka High School...", murmuro.

“Aqui mesmo, a menos de um quilômetro da universidade, está o maior ninho da região.
Há uma debandada lá a cada três meses, e sempre que isso acontece, as feras sempre vêm
direto atrás de nós.”
“Ah, então só porque as coisas estão boas dentro do Messias não significa que a área
ao redor seja realmente segura.”
“Aquele ninho é um pesadelo para nós. Tentamos obter bases próximas para nos ajudar
a destruí-lo, mas nunca conseguimos que ninguém concordasse.”
“Bem, claro. Eles sabem que se o ninho da escola explodir, é apenas
vai atacar o Messias. Não há razão para eles quererem ajudar.”
“Tentamos oferecer todos os tipos de acordos diferentes, mas ninguém nunca mordeu.
É por isso que o Messias precisa tanto de novos meios de combate. A cada debandada,
perdemos cavaleiros. Às vezes, até dezenas deles... E desta vez, podemos ter uma besta do
ápice para se preocupar também.
“Um o quê?”
“É uma subespécie que é muito mais poderosa que um animal comum. Encontramos
evidências de um na área recentemente. Suspeitamos que todos os rastros foram deixados
pela mesma besta do ápice, e então Akane a chamou de Brute.”
“O Bruto, hein?”
Então, do que estamos falando aqui, tipo, uma fera mágica forte?
“Se o Brute participar dessa debandada, vamos perder um

muito mais do que apenas alguns cavaleiros desta vez. As pessoas estão apavoradas que
o Messias acabará por ficar sem cavaleiros e ser exterminado. E porque eles estão com
medo, toda vez que a debandada rola…”
De repente, ouço vozes raivosas e barulhos violentos vindos de fora da
quarto.
Esta não é uma ou duas pessoas sendo barulhentas. Deve haver pelo menos uma
dúzia de pessoas envolvidas. “… há brigas. Às vezes eles são tão ruins que as pessoas
morrem. Certifique-se de não sair da sala até que os cavaleiros cheguem. Se não fosse
pelas debandadas, o Messias estaria florescendo. Poderíamos até nos tornar uma segunda
Arcádia. É por isso que as coisas costumam ser tão pacíficas aqui. Temos nossa parcela
de problemas, claro, mas as pessoas sabem quando começar a ouvir a razão.”
A luta lá fora parece não parar. Na verdade, está crescendo em intensidade.
Esse corpo a corpo vai se transformar em uma briga de cem homens?!

Assim que o desejo de invadir ameaça me ultrapassar, eu ouço a voz de Akane.
voz ao longe.
“Parece que Akane chegou lá, então as coisas devem se acalmar agora”, disse o Dr.
Yuuka diz com um suspiro de alívio. “Agora, é hora de eu ir lá e tratar os feridos.”
"Tome cuidado."
Ela arregaça as mangas e sai da enfermaria.
Enrolo o meu e abro o mapa.
“Eeny, meeny, miny, moe, pegue um tigre pelo dedo do pé…”
O sol começa a se pôr, lançando ao céu um tom brilhante de vermelhão.

Akane olha para ele e suspira. Ela finalmente terminou o trabalho.
Ela tinha o turno do dia, que é dividido em duas responsabilidades principais: patrulhar
o exterior da base e patrulhar o interior.
O primeiro envolve principalmente fazer as rondas e pegar novos ninhos de feras antes
que eles fiquem fora de controle, mas às vezes há outras coisas que os cavaleiros são
solicitados a investigar também. Aparentemente, Akira disse ao

equipe externa para analisar algumas faixas de ápice em potencial. Akane não estava com
esse esquadrão, então ela não sabe os detalhes.
Hoje, ela estava encarregada de patrulhar dentro da base, uma tarefa que geralmente
envolve separar brigas como um policial faria. Normalmente, é muito fácil.
No entanto, os dias que antecedem uma debandada dificilmente são normais. Uma
grande briga começou naquela manhã, e houve pequenos tumultos durante toda a tarde.
Além disso, a partir de amanhã, ela estará no perigoso turno da noite.

Ela dá um grande estiramento em seus braços. "Eu estou tão cansado…"
“Bom trabalho hoje.”
Ela ouve uma voz chamando por trás. Ela se vira e encontra uma mulher atraente em
um jaleco.
“Dra. Yuuka…”
“As coisas estavam bem difíceis hoje, hein?”
“Para você também, aposto. Muita gente se machucou lá atrás.”
“Temos sorte que ninguém morreu. Se você não tivesse chegado aqui tão rápido quanto você
fez, não sei se isso ainda seria verdade.”
Os dois trocam sorrisos cansados.
“Agora, sobre o nosso amigo…”
"Quem?"
“Menor. Passei a maior parte do dia cuidando dele, e fisicamente falando, ele está bem.
Tudo o que resta é esperar que suas memórias voltem.”
“Ah, isso é tão bom de ouvir.”
“Agora, eu posso mantê-lo na enfermaria esta noite, mas ele terá que ir amanhã. A luta
de hoje deixou a enfermaria lotada e simplesmente não há espaço para ele ficar.”
"Ah, certo. Vou pedir à equipe de Instalações para arrumar um quarto para ele.
Yuuka franze a testa sem jeito. “Na verdade, sobre isso…”
"E aí?"
“As memórias de Minoru ainda estão confusas, e há muitas coisas que ele parece não
entender. A questão é que ainda precisamos ensiná-lo sobre as regras do Messias, e assim
que ele se instalar, ele precisará começar a trabalhar. Eu não sei o quão bem ele vai ser
capaz de sobreviver sem alguém cuidando dele. Isso normalmente seria meu trabalho, mas
com a luta de hoje e como a enfermaria está ocupada…”

“Ah, você tem razão...”

Agora que ela pensa sobre isso, é óbvio. As coisas estão tranquilas no Messias, com
certeza, mas um menino com amnésia ainda vai ter muitos problemas, especialmente com
uma debandada ao virar da esquina.
O rosto dele passa pela mente dela, e ela tem uma ideia.
“Eu vou cuidar de Minoru.”
"Você irá?"
"Claro. Há muito espaço na minha casa.”
“Espere, você realmente planeja coabitar com ele? Você sabe que Minoru é um cara,
certo?”
“Ele tem o quê, quinze anos? Ele é uma criança.”
"Você só tem vinte anos."

“Claro, e isso me torna um adulto. Além disso, sou um cavaleiro. Qual é o pior que
poderia acontecer?"
“Você está realmente falando sério sobre isso. Bem, eu tenho certeza que você sabe o que você é
fazendo…,” Yuuka diz derrotada.
Mesmo a própria Akane não sabe ao certo por que ela está tão ansiosa para cuidar dele.
Seria muito mais lógico pedir a um de seus colegas cavaleiros para levar Minoru.
Por alguma razão, porém, ela quer tê-lo ao seu lado.

“Ele é todo seu, então. Vou mantê-lo na enfermaria esta noite, e você pode vir buscá-lo
pela manhã.
"Acho que provavelmente deveria ir limpar minha casa, hein?"
Os dois se separam com um sorriso.
Já está bem escuro, então Akane acelera o passo.
Não faz bem a ela.
“Isso foi uma coisa interessante lá atrás.”
Um homem grande sai de trás de um prédio próximo.
Akane faz uma careta. “Vice-comandante Saejima… Bom trabalho hoje, senhor.”
Yuudai Saejima estreita seus olhos de aço e sorri. “Ei, uau, não fique tão formal e
abafado comigo. Nós voltamos há muito tempo, você e eu. Mesma escola, mesma turma...
O físico de Yuudai é forte e volumoso, e embora seu rosto se assemelhe ao de um gorila,

ela disse que as pessoas o acham muito bonito. Akane não vê o apelo, mas por todas as
contas ele é o cara mais gostoso de Gorillaville.
Quando ele estava na Sakurazaka High School, ele era um fodão regular em

clube de judô e até foi para os nacionais. Akane era sua colega de classe na época, mas mesmo
naquela época, ela nunca se importou muito com ele.
Não, isso é vendê-lo a descoberto. Ela o despreza e sempre o fez.
A coisa que ela odeia mais do que tudo é o jeito que sempre parece que ele está
tentando despi-la com os olhos.
"Você ainda é meu superior, senhor."
"Vamos, querida, não seja assim."
Ele bate no ombro dela de uma forma excessivamente familiar.
Dá-lhe o heebie-jeebies.
Por mais horrível que ele seja, ele ainda é o vice-comandante da ordem de cavaleiros do Messias,
o que significa que ele a supera. Ele também é um cavaleiro habilidoso, e sem contar Akane, ele é
uma das pessoas mais fortes do Messias.
“Então, eu ouvi que você pegou um cara ontem à noite. Todos os cavaleiros estão falando sobre
isso.”
"Estou de folga, então vou me despedir agora."

“Ei, não tão rápido. Eu estou aqui a negócios. Você fez bem, agarrando aquela garota de cabelos
prateados. Um novo Despertado será uma boa adição à nossa lista. Mas você deveria ter deixado o
garoto. Você sabe tão bem quanto qualquer um como nós, cavaleiros, somos dignos de nossos olhos.
Não vá fazer mais trabalho para nós.”
“Eu sei que não temos cavaleiros suficientes para todos, mas certamente um único
menino não vai nos fazer ou quebrar.”
"Ei! Lembra o que você acabou de dizer sobre eu ser seu superior? Não fale de volta para mim.”
Yuudai aperta o ombro de Akane com força.

"…Sim senhor."
“Essa sua atitude é um problema, querida. Claro, um único cara não vai fazer uma grande
diferença. Mas e se todo mundo começar a seguir sua liderança e aceitar retardatários? Bastante
irresponsável da sua parte não perceber o quão importante um cara pode ser, 'Salvador'.” Parece que
ele está tentando espiar através do rosto dela. Ela odeia tanto a cara feia dele. “Você ignorou suas
ordens ontem à noite e foi e deixou um monte de nossos cavaleiros feridos. Você precisa moldar sua
bunda. Merda assim é por isso que você nunca será vice-comandante.
“Quem disse que eu ainda quero uma promoção?”

"Eu disse, pare de falar de volta para mim." Yuudai puxa Akane em direção a ele, quase como se
ele a estivesse abraçando.
"Solte-me…"

“Pense nisso como uma ação disciplinar. Um dos meus cavaleiros problemáticos pegou um
cara e, além disso, ela está pensando em deixá-lo ficar na casa dela.
O diabo aconteceu com o decoro, hein? Eu quero conhecer esse cara. Veja o que ele está fazendo.”
"Para com isso…"

“O que, você está dizendo que eu não posso? Eu sempre posso jogá-lo em um ninho de feras,
se você preferir. Quero dizer, quem sabe do que esse cara é capaz? Como vice-comandante, é
meu trabalho me livrar dele o mais rápido possível! Mas você sabe, Akane, você pode ser capaz
de me convencer a deixá-lo livre. Você entende o que estou dizendo?
Yuudai traz seu rosto para perto do dela.

"PARE."
Então, ele sai voando como se tivesse levado um soco.
O corpo de Akane está envolto em uma densa concha de magia. Está em uma ordem de
magnitude mais forte do que qualquer coisa que Yuudai seja capaz de gerar, e ela nem está
usando seu poder total.
Suor frio escorre pelo rosto de Yuudai.
Seu rosto fica vermelho quando ele grita, como se estivesse tentando esconder o quão
assustado está. "V-sua pequena... Quem diabos você pensa que é?!"
“Eu sei exatamente quem eu sou, muito obrigado.”
“Nah, você não sabe merda nenhuma! Eu sei, no entanto. Eu sei tudo!"
"Tudo? O que você é...?”
“Você é um assassino.”
A expressão de Akane congela.
“Conheço todos os seus segredos, pequena senhorita assassina.”
Todo o sangue escorre de seu rosto, e seus olhos se arregalam como se ela estivesse apenas
testemunhou algo que ela não pode acreditar.
"Você vai querer pensar muito sobre a posição em que está. Estou deixando você fora do
gancho agora, mas esta não é a última ação disciplinar que você terá."
"I-isso não é verdade... eu não sou..."

“Claro que é verdade. Você é um assassino.”
Yuudai se vira e vai embora, deixando Akane em estado de choque e sozinha.

O corredor é tão branco quanto o branco pode ser.

Tudo isso, do teto às paredes e ao chão, é de um branco frio e vazio.
Akane Nishino, com seus cabelos pretos e olhos vermelhos, caminha por seu comprimento com
uma expressão igualmente fria e vazia.
Sua marcha é rítmica e desapaixonada. É como se ela tivesse deixado suas emoções
atrás de algum lugar.
Ela chega a uma porta e para em frente a ela.
A porta também é branca. Ela coloca sua senha para desbloqueá-lo e entra.
"Oh hey, ela está acordada", ela comenta com um sorriso. Sua expressão fria e vazia se foi
como se nunca tivesse existido.
“Ah, olá Akane. Sim, ela acordou por volta do meio-dia”, responde um pesquisador de jaleco.
A pesquisadora é uma das funcionárias de Akira.
O quarto tem uma cama branca, e há uma linda garota de cabelos grisalhos sentada em cima
dela. A garota — Natsume, a Desperta — tem uma toupeira sob um de seus olhos azuis de gato.
"Prazer em conhecê-la. Meu nome é Akane Nishino.”

Quando Akane se apresenta, Natsume lhe dá uma adorável inclinação de cabeça.
“Até onde sabemos, ela não consegue entender uma palavra do que estamos dizendo”, diz a
pesquisadora.
“Ela não sabe nem ler e escrever?”
“Não parece, não. Eu estava no meio de ler para ela este livro de imagens. Ela parece
interessada, então tenho certeza de que, se continuarmos com isso, ela poderá conversar
eventualmente.
A pesquisadora abre o livro novamente.
É um livro ilustrado, e relativamente obscuro.
O catálogo da biblioteca da universidade tem muitos livros ilustrados mais conhecidos, mas
todos eles provavelmente já foram verificados. A taxa de natalidade da base vem aumentando
ano a ano.
Eles estão tendo problemas para sustentar a população que já têm, mas não é como se eles
pudessem simplesmente forçar as pessoas a parar de ter filhos. Sem

progênie, a raça humana murchará e morrerá.

“Ela é uma criança fofa…”
“Ela realmente é.”
Devido à sua aparência, qualquer um pode dizer em um único olhar que Natsume é
uma Desperta, e entre isso e ela não entender japonês, ela provavelmente passou por mais
do que sua cota de dificuldades.
Apesar disso, a maneira como ela está olhando para Akane é francamente angelical.
Ela não parece ter medo das pessoas. Ela provavelmente era uma alma bondosa antes de
se tornar uma Desperta.
"Eu me pergunto o que ela está olhando?"
Os olhos azuis de Natsume estão fixos na mesa da sala. Há um líquido fino
relógio de cristal sentado em cima dele.
“Você quer ver o relógio?”
Akane o entrega, e os olhos de Natsume se arregalam e se iluminam com prazer. É
apenas um relógio antigo normal, mas a curiosidade que ela mostra em seu rosto enquanto
brinca com ele parece ser genuína.
Sua personalidade é como a de uma criança. É como se ela fosse uma criança inocente
que não sabe nada sobre o mundo.
"Heh, parece que ela está se divertindo", diz Akane.
Ela realmente gosta. Ela o vira várias vezes, mexe em seus componentes e o encara
de perto. Ela é a cara de uma criança que acabou de ganhar um novo brinquedo para
brincar.
“É incrível como ela está interessada em tudo. Ela passou séculos verificando a
estrutura da cama e seus olhos se arregalaram a cada pequeno parafuso e parafuso”, diz o
pesquisador.
"Parece que temos um curioso em nossas mãos", responde Akane.
"Você está me dizendo. Quando lhe emprestei minha lapiseira, demorei metade
uma hora para recuperá-la.
"Isso é adorável."
“Ah, foi.”
Então, algo começa a apitar.
“Ah!”
Natsume fica tão surpresa que acaba deixando cair o relógio.
Akane dá um tapinha na cabeça dela e diz baixinho: “Ah, o alarme do relógio tocou.
Isso te assustou? Eu sinto Muito."
Natsume observa melancolicamente enquanto o pesquisador pega o relógio e o coloca

de volta na mesa.
"Oh hey, o tempo está errado", aponta Akane.
— Acho que ela deve ter trocado quando estava brincando com ele.
A pesquisadora vai reajustar o relógio.
Ao colocar a mão no bolso, no entanto, ela para e inclina o
cabeça em confusão. "Huh, onde eu deixei isso...?"
"O que há de errado?"
“Eu tenho esse relógio digital pelo qual ia acertar as horas, mas não está no meu bolso…”
"Você deixou no seu quarto ou algo assim?"

“Eu sempre tenho isso comigo, então eu não deveria ter. Isso é estranho…"
“Você poderia ter deixado cair em algum lugar?”
"Você pode estar no caminho certo. A pulseira está bastante desgastada, então talvez seja
isso.”
A pesquisadora solta um suspiro derrotado. Seus olhos e os olhos de Natsume
encontrar.
Os olhos azuis da garota estão focados diretamente nela e em Akane. Quase isso
como se ela os estivesse observando.
A pesquisadora tem certeza de que está apenas imaginando coisas.
Nem um momento depois, Natsume lhe dá um sorriso inocente e a inclina
cabeça. É como se ela estivesse dizendo Quem, eu?
“Ela é realmente adorável.”
“Sim, como uma princesinha.”
Os dois esquecem tudo sobre o relógio e dão um tapinha na cabeça de Natsume.
Natsume dá tapinhas na cabeça deles com um sorriso.
No entanto, seu olhar está fixo na maneira como suas bocas estão se movendo.
Enquanto observa, ela os imita e move os lábios e a garganta da mesma maneira. Ela toma
cuidado para não fazer barulho ou ser vista, mas repete os pequenos movimentos várias vezes.
Então, a porta se abre.

“Ei, algum de vocês viu minha câmera?”
É Akira Nishino.
“Que câmera, aquela que você usa para manter registros?”
“Sim, aquele. Juro que comi hoje de manhã…”
Akira sempre carrega uma pequena câmera digital para documentar as coisas.

“Bem, não está aqui. Talvez você tenha deixado cair em algum lugar?”
"Droga, onde está essa coisa?" Enquanto ele olha ao redor da sala com irritação, seu
olhar pousa nos olhos azuis que estão olhando diretamente para ele. “Foi você? Você pegou?
O último lugar que vi foi aqui, esta manhã, pouco antes de você chegar aqui.
"E-espere, Akira, espere," Akane se intromete. "Por que ela faria algo assim?"
Natsume dá a Akira uma adorável inclinação de cabeça e sorri para ele como uma criança
com a cabeça vazia e um coração de ouro.
"…Justo."
Nem mesmo Akira consegue ficar bravo quando vê um rosto assim. Ele solta um longo
suspiro para colocar a cabeça no lugar.
Ele abre o laptop da sala, digita sua senha e começa a trabalhar.
“Irmão querido, você acha que será capaz de curar a mutação de Natsume?”
"Quem sabe?" ele responde sem rodeios. Ele continua trabalhando.

Ao fazê-lo, os olhos de Natsume estão se movendo como balas. Ela está olhando para a
tela do laptop e para o modo como os dedos de Akira estão se movendo.
"Você se importa em ajudá-la?"
“Neste momento, tenho peixes maiores para fritar. A debandada está ao virar da esquina,
e a inspeção hoje encontrou novos rastros de Brute. Se o Messias for atingido por ambos ao
mesmo tempo, é isso para nós.”
"O que nós vamos fazer?"
“Minha esperança era que pudéssemos pelo menos matar o Brute antes da debandada
começa, mas não estou otimista. Tudo o que podemos fazer é fortalecer nossas tropas e rezar.”
“Você já pensou em pedir ajuda a outras bases?”
“Há. Se eu tentasse, eles tentariam nos abater por causa do nosso gerador. Não está
acontecendo.”
“O que você quer que façamos, então? Você não está pensando seriamente em usar
aquela cabeça de monstro do incidente da semana passada, está?
“E por que eu não estaria? O poder que essa coisa escondeu dentro dela vem de uma
dimensão totalmente diferente das feras. Se pudermos aproveitar isso…”
"... Você está realmente falando sério."

"E isso não é tudo. A garota também é abençoada com um tremendo poder, e seu exame
de sangue revelou todos os tipos de coisas fascinantes.”

“Fascinante como?”
"Heh-heh-heh..."
Akira solta uma risada inescrutável e se recusa a elaborar mais.
Depois de um tempo, ele termina seu trabalho e sai. Akane e o pesquisador seguem logo
depois.
"Vejo você amanhã!" eles dizem que vão. Natsume os vê com um sorriso recatado.
No entanto, aqueles olhos azuis dela estão observando tudo. Ela está observando a
estrutura da porta, os mecanismos da fechadura e a maneira como os dedos das pessoas se
movem enquanto digitam suas senhas.
Uma vez que ela está sozinha, as luzes se apagam.
Seus olhos azuis se movem na escuridão, e seu olhar se dirige diretamente para o laptop.
O som de cliques e estalos enche a sala pelo resto da noite.
Acabei sendo expulso da enfermaria do Dr. Yuuka.

Aparentemente, a grande luta de ontem significava que não havia leitos suficientes
deixei. São as pausas.
Honestamente, isso funciona muito bem para mim.
O fato é que havia muitas pessoas na enfermaria para que eu pudesse escapar facilmente.
Eu estava todo animado para escolher quais ninhos eu iria destruir na noite passada, mas no
final, eu tive tanta dificuldade em sair que eu tive que desistir depois de derrubar o ninho na
escola primária.
Minha teoria atual é que checar lugares com toneladas de feras mágicas
vai me ajudar a encontrar pistas sobre o buraco negro, mas infelizmente.
Então o que fazer agora? Devo tentar desenterrar mais informações aqui, ou devo ir
destruir outro ninho ou dois? Acho que também poderia tentar procurar a cabeça do Sr. Bat
Guy.
Há tantas boas opções para escolher, mas há um grande problema.
“Isso vai ser divertido, Minoru.”

“Sim, divertido…”

Eu nunca pensei que Akane Nishino seria responsável por cuidar de mim, mas aparentemente,
vamos morar juntos por um tempo.
Ela e eu fomos colegas de classe na época e, embora ela obviamente não tivesse ideia de
quem eu era, ela sabe sobre alguns incidentes dos quais não me orgulho muito.
O problema não era ela; ela tinha todos os ingredientes de uma protagonista fantástica. Ou
talvez ela fosse um dos interesses amorosos do protagonista, não sei.
De qualquer forma, porém, a grande tragédia foi a eminência amadora na sombra que eu era
naquela época. Devido à minha inexperiência geral, a maioria das minhas vitórias veio como
reviravoltas no último segundo depois que eu coloquei minhas costas contra a parede. Isso não é
maneira de ser uma eminência na sombra.
Esses momentos são como uma mancha negra no meu legado. O que eu não daria
poder refazê-los.
Agora que penso nisso, porém, esta situação é minha chance de fazer exatamente isso. Os
movimentos de Shadowbroker que tenho à minha disposição podem explodir meu eu do ensino
médio.
Esta pode ser apenas a oportunidade de uma vida.
Além disso, seus deveres de cavaleiro a mantêm afastada a maior parte do tempo, então será
fácil fugir agora.
Acho que hoje é meu dia de sorte.
"Você é tão parecida..."
"…Huh?"
Enquanto passo meu tempo imaginando todos os meus movimentos perfeitos de corretor de sombras,
a garota que caminha ao meu lado continua olhando para o meu rosto.
"O que, há alguém que eu pareço?"
Eu literalmente mudei meu rosto inteiro, então a possibilidade parece pequena.
“É realmente estranho. Não sei o que é, mas essa expressão que você faz quando está
pensando é igual à dele. No que você estava pensando?”
“Nada vale a pena compartilhar…”

Ela ri. “Veja, ele fez a mesma coisa. Você não quer contar a ninguém, certo? Você quer
manter seus segredos só para você.”
“Não sei do que está falando, senhora.”
Minha negação entra por um ouvido e sai pelo outro. “Está tudo bem, eu entendo. Esse era
exatamente o tipo de pessoa que ele era. Ele tinha algo precioso para ele que ele

nunca falou. E agora, ele se foi.”

Esse cara de quem ela está falando se mudou ou algo assim?
“Mas mesmo que ele não falasse muito, gosto de pensar que o entendi um pouco.
pequena. Afinal, passei muito tempo observando-o.”
O que você é, um perseguidor?
“Ah, e Minoru, você não precisa ser tão formal.”
“Você não precisa me chamar de 'senhora'. Não é como se você estivesse fazendo isso porque
você realmente me respeita, certo?”
Porra, estourado.
Direi, porém, que não é bem isso. Não é que eu não a respeite, eu só não sinto vontade de
jogar um “senhor” ou uma “senhora” aqui e há uma demonstração significativa de respeito de uma
forma ou de outra. No entanto, a sociedade não vê dessa forma e, como um personagem obediente,
sempre me certifico de obedecer às normas sociais.
Pessoalmente, porém, mostro meu respeito às pessoas que respeito à minha maneira.
"Eu respeito você muito bem", eu digo, para esclarecer as coisas.

Ela ri, aparentemente divertida. "Eu pensei que você poderia dizer isso."
A partir daí, nós dois compartilhamos um pouco mais de conversa fiada enquanto caminhamos
a área residencial.
Isso meio que me lembra o passado.
"Estava aqui. Este sou eu." Ela para em frente a uma porta. Ela leva a uma sala em um dos
prédios de salas de aula da universidade. “Os dormitórios dos alunos eram pequenos demais para
acomodar todo mundo, então nós os ampliamos e construímos mais quartos, mas mesmo isso não
foi suficiente, então acabamos reformando as salas de aula também. Eu sou um cavaleiro, então
acabei com um dos um pouco maiores.”
Ela abre a porta e revela a pequena sala de aula dentro. Todas as cadeiras e mesas em que
as pessoas aprenderam foram removidas, mas o grande quadro branco na parede foi deixado como
está.
A sala de aula é dividida com divisórias de madeira, e a seção em que estamos agora é a maior
sala de jantar combinada do lote. O quarto ao lado é meu.
“É aqui que você vai ficar.”

Meu novo quarto tem pouco mais de cem metros quadrados. Está mobilado com um
cama, uma pequena escrivaninha e nada mais.

“E este quarto ao lado é meu. Não vá me espiar,” ela diz com um sorriso brincalhão enquanto
continua a turnê. Não há porta separando nossos quartos, apenas outra divisória.
Do outro lado, o quarto dela é basicamente o mesmo que o meu. A única diferença é que ela
tem um armário cinza.
"Essas são as únicas roupas que você tem, certo?"
"Sim."
Ainda estou usando o moletom dos Tanakas. Dito isto, estou com pouca oferta de quantas
roupas eu quiser.
Akane abre seu armário e pega uma roupa. “Aqui, experimente isso para ver o tamanho.”
Droga, isso me traz de volta. É um uniforme de estudante masculino da Sakurazaka High
School.
"Mas não são apenas os cavaleiros que devem usar isso?" Eu pergunto.
“Você não deve tirá-lo da sala, mas deve ser bom usá-lo como
roupa de dormir. Você vai precisar de algo para vestir enquanto lava a roupa.”
"Bem, ei, obrigado."
Eu pego o uniforme.
“Agora se apresse, experimente!”
"Espere agora?"
“Vamos, o tempo está acabando! Tenho uma grande carga que quero fazer.”
Ah, isso faz sentido. O tempo está bom hoje, então eles vão secar bem rápido.
Ela me dá um pequeno empurrão, e eu vou para o meu quarto e deslizo meus braços pelo
uniforme pela primeira vez em muito tempo.
"Huh."
Curiosamente, ele se encaixa tão confortavelmente quanto uma luva velha. Parece ainda melhor
em mim do que minha roupa de gosma, o que não deveria ser possível.
"Huh?"
Então, vejo uma mancha em uma das algemas. Quase parece uma mancha de sangue e, além
disso, está exatamente no mesmo local onde manchei meu próprio uniforme em uma luta.
Tenho certeza de que é apenas uma coincidência, no entanto. Faz tanto tempo que mal
consigo me lembrar de como era aquela mancha.
“Como está indo por aí? Serve?" Akane chama.
"Sim."
“Bem, vamos ver como você—”

Ela enfia a cabeça pela divisória e fica sem palavras no meio

frase.
É como se ela tivesse acabado de ver um fantasma.
Eu me viro e verifico, só para ter certeza. Nenhum fantasma.

“E-eu sinto muito. Eu só... me desculpe.
Não sei pelo que ela está se desculpando.
Ela enxuga uma lágrima e solta uma risada estranhamente triste. “Desculpe por isso, eu acabei
de ser atingido com um monte de memórias…”
“Não se preocupe com isso. Pensar no passado me faz cair na gargalhada e outras coisas o
tempo todo.”
Toda vez que me lembro de uma vez em que consegui fazer algum movimento de corretor de
sombras, sempre acabo sorrindo como um idiota.
“Vou lavar a roupa, mas logo volto.”
Ela vira o rosto para longe de mim, pega minhas roupas e sai.
"Agora estou sozinha."
Eu aprecio que ela esteja lavando minhas roupas, mas eu não me importaria com uma
explicação um pouco mais antes dela mergulhar.
Estou sem nada para fazer por enquanto, então vou até a sala de estar e me sento no sofá
esfarrapado. A universidade deve tê-lo guardado para visitantes ou algo assim.
Na mesa, vejo um copo, uma caneta, um bloco de notas e também…

"Espere... essas drogas são?"
Existem dois tipos diferentes lá. A primeira é uma pílula branca que reconheço como algum
tipo de remédio de venda livre, mas as outras são grandes cápsulas azuis que eu nunca vi antes.
“Vamos, crianças. Diga não aos estimulantes.”

Se você vai se drogar, há toneladas de drogas que são muito melhores para isso.
Ela parece bem rígida, no entanto, então eu acho que provavelmente não é isso.
O que poderiam ser, então?
Eu penso sobre isso por um tempo, então finalmente concluo: “Eh, tanto faz”.
Eu faço um grande alongamento.
“Hnnngh…”
Então, do nada, sinto alguém se aproximando. Eu rapidamente endireito minha postura.
Um momento depois, a maçaneta chacoalha. Então, continua batendo. Chocalho, chocalho,

chocalho.

Gostaria de saber se quem quer que seja já ouviu falar de fechaduras.
Passo um minuto pensando se devo ou não fazer algo a respeito, mas acabo apenas
observando as coisas acontecerem depois de decidir que não posso ser incomodado.
O barulho fica cada vez mais alto até que, eventualmente, a fechadura se rompe.
“Estou entrando.”
É um gorila.
Eu acho que o Japão realmente foi para os cachorros. Enquanto olho para ele em estado de
choque, porém, percebo que não é um gorila, apenas uma pessoa que por acaso é uma
campainha morta para um.
Ele parece meio familiar, mas eu posso estar imaginando coisas.
"Então, você é o garoto que Akane adotou, hein?"
Eu me certifico de tremer em minhas botas como um bom personagem de fundo deveria. "V-
você não pode simplesmente invadir assim!"
“Ei, não precisa ter tanto medo. Sou Yuudai Saejima, vice-comandante da ordem dos
cavaleiros. Eu sou um dos mocinhos.”
"Yuudai Saejima..."
Agora isso definitivamente soa familiar. Então, assim, ele volta para
Eu.
Ele é o gorila que estava na minha classe.

Com a aparência dele, eu sabia que ele seria um ótimo personagem coadjuvante, então
Fiz questão de lembrar quem ele era.
Estou tão feliz que ele cresceu em um gorila adulto tão esplêndido!
"E-você estava procurando por Akane?"
“Nah, você é o que eu estou atrás. Veja, há algo sobre você que apenas
não se encaixa bem comigo.”
Yuudai se joga bem na minha frente.
"O que eu fiz?"
“Temos um rato em nossa base. Um espião, se isso não fosse suficientemente claro. Alguém
de uma base inimiga está mexendo com o Messias.”
"E-eu não sou um espião!"
“Você diz isso, claro, mas a ordem dos cavaleiros não pode simplesmente sair por aí
acreditando em tudo que ouve.”
"N-não, realmente, eu não sou!"
“Shaddup, você!”
A voz de Yuudai de repente se torna áspera e ameaçadora. Ele me agarra pelo

colarinho
– “Eu poderia te jogar em um ninho de feras agora mesmo, você sabe.”
— e grita comigo com sua cara de gorila.
Como um humilde personagem de fundo, tudo o que posso fazer diante de tal
terrível ameaça é quiver. "Ahhh!"
Então, a cavalaria chega.
“O que diabos você pensa que está fazendo?!”
Akane se aproxima, tremendo de raiva.
"O que você quer dizer? Estou interrogando ele, duh,” Yuudai responde, não soltando meu
colarinho.
“Você é o quê? Sob a autoridade de quem?”
“Na minha autoridade como vice-comandante, é quem. Você sabe sobre o rato tão bem
quanto eu. Do jeito que eu vejo, ele é praticamente a única pessoa suspeita que apareceu
ultimamente.”
“Ele nem está aqui há dois dias inteiros ainda. Temos a confirmação de que o rato está
aqui há mais tempo do que isso.”
"Talvez talvez não. De qualquer forma, ainda tenho que interrogá-lo.
Yuudai e Akane se encaram com adagas, e eventualmente— “…O que você
espera conseguir com isso?” Akane pergunta.
“Você sabe exatamente o que eu quero.”
— Yuudai me solta e se vira.
“Ah, certo, e o comandante está realizando uma reunião de emergência esta noite.
Vejo você lá, querida.”
Ele lhe dá um leve tapa no ombro e sai.
“Aposto que foi bem assustador. Não se preocupe com ele, está bem?
Akane sorri como se nada tivesse acontecido e começa a me contar como é a vida no
Messias.
Parece que ela vai trabalhar hoje à noite, então poderei fugir para o conteúdo do meu
coração.



Capítulo 6
Algo cheira a peixe... Mas uma

Eminência nas Sombras sempre
resolve o caso!
Akane está no turno da noite hoje.

Depois que o sol se põe e ela termina de jantar com Minoru, ela se dirige para a estação
da ordem dos cavaleiros. É perigoso sair, então ela garante que Minoru saiba que não deve
sair de seu quarto.
A noite é a hora mais perigosa do dia, e o turno da noite tem seu trabalho cortado para eles.
Ainda ontem, um cavaleiro morreu defendendo a muralha de um ataque de uma fera. Com a
debandada ao virar da esquina, as feras já começam a ficar mais violentas.
"Com licença."
Ela abre a porta do escritório e encontra os representantes dos cavaleiros
reunidos dentro. Ela é tecnicamente uma líder de esquadrão também.
“Alguém está atrasado. Divirta-se esta tarde? diz Yuudai, que já está sentado.
“Sinto muito pelo meu atraso.”

Ela não estava realmente atrasada, mas é verdade que ela é a última a chegar.
“Não, não, não há necessidade de se desculpar. Você chegou na hora certa, jovem Akane.
O orador é o comandante da ordem dos cavaleiros – um homem chamado Haitani.

Ele começou como um figurão corporativo antes de sair e começar um

negócio próprio. Talvez seja por isso que ele seja tão bom em gerenciar os outros.
Ele também despertou para seus poderes de cavaleiro desde o início, e tirou o Messias
de mais do que alguns beliscões.
“Vejo que todos estão aqui, então vamos começar as coisas.”
Akane se senta e a reunião começa.
Eles começam dando atualizações de status simples, com cada membro compartilhando
as novas informações que eles têm sobre o Brute, a debandada e o agente inimigo dentro
do Messias.
Eles também precisam lidar com a situação envolvendo Akane deixando a base à noite
sem permissão, mas decidem adiar essa discussão até depois da debandada.
Uma vez que tudo foi coberto, o Comandante Haitani começa a trabalhar. “Agora, vamos
passar para o tópico principal de hoje.”
Muitas pessoas tinham assumido que a situação de Akane seria a principal ordem de
negócios, e o som de farfalhar nos assentos preenche brevemente o
quarto.
“Essas fotos são do esquadrão que estava investigando o Brute hoje.”
O comandante Haitani distribui uma pilha de fotografias impressas. Quando as pessoas

os veem, ficam sem palavras.
"O que…?"
A foto é de cadáveres de animais mutilados – centenas deles.
Há também um prédio destruído quase imperceptível na borda da foto. Parece meio
familiar.
"Isso é... Nishino Elementar?" alguém gagueja. Eles não parecem nada confiantes disso.
Nishino Elementary School é o segundo ninho de besta em grande escala mais próximo do
Messias depois da Sakurazaka High School, e a última vez que alguém verificou, o prédio
ainda estava de pé.
"Tem mais."
A próxima foto que Haitani passa é claramente da escola primária
prédio. Foi reduzido a escombros.
“O Brute fez isso?” Yuudai pergunta, sua voz tremendo levemente.
“Examinamos os cadáveres e os cortes estavam incrivelmente limpos. A maioria deles

morreu com um único golpe nos órgãos vitais. Nem mesmo uma besta apex tem isso

tipo de sutileza.”
“Era um grupo de outra base, então?”
O comandante Haitani balança a cabeça. “Ninguém na área tem poder humano para fazer
algo assim. E há outra coisa que chamou nossa atenção também.”
"O que é isso?"

“Todos os cortes pareciam exatamente iguais.”
“Todos eles?”
"Todos eles. Com toda a probabilidade, todas as feras foram mortas pela mesma pessoa.”
O rosto de Yuudai fica vermelho. “V-vamos, Comandante, isso é conversa fiada!

Há centenas das malditas coisas! Eu podia ver dez ou vinte, talvez, mas não há como uma
única pessoa ter matado tantos sozinha! ele
ruge.
“E se houvesse, no entanto? E se nosso mundo tivesse um cavaleiro que fosse

capaz de algo assim?”
“Q-que prova você ainda—?”
“Dê outra olhada na seção transversal da escola.”
“O que...?! Isso é... uma barra? Você está dizendo que alguém derrubou o prédio?!”
Com certeza, a foto mostra que o prédio foi cortado ao meio.

“Além disso, o corte foi limpo”, responde o comandante Haitani. “Como uma faca quente na
manteiga. O Japão costumava ter um cavaleiro capaz de coisas assim, você sabe. Acredito que
todos vocês estejam familiarizados com ela.
“O Cavaleiro Original…”, alguém sussurra.
"Ela realmente voltou...?"
“Achei que ela estava desaparecida…”
“Ela está aqui para destruir o Messias…?”
Os cavaleiros ficam pálidos, e Akane é a mais pálida de todos eles.
“Ainda não temos certeza se é ela. Poderia facilmente ser outro cavaleiro tão forte”, oferece
o Comandante Haitani, para acalmar o grupo.
“Não deixe o medo infundado tomar conta de você, mas também não baixe a guarda. Tudo o
que sabemos com certeza é que há alguém por perto que foi forte o suficiente para fazer isso.
Tenho certeza que você pode imaginar o que aconteceria se eles atacassem o Messias.”
Todos concordam. Então, todo o inferno se solta.

“Estamos sob ataque! As feras estão aqui!”

O ruído estridente de uma sirene corta o ar.
Os topos das paredes que cercam a base são um campo de batalha.

Legiões de feras estão agarradas aos lados e tentando escalar. Os cavaleiros estão
fazendo o possível para derrubá-los com espadas e lanças, mas é muito fácil ver que não
há o suficiente deles para enfrentar os números absolutos das feras.
“Vá acordar todos os cavaleiros de folga que encontrar! Não vamos deixar essas
coisas entrarem!” o comandante grita.
Akane corre para o topo da parede e corta uma fera ao meio.
“Akan!”
“A-Akane está aqui!”
De todos os cavaleiros lá, seus esforços se destacam mais.
Ela é mais rápida que todas as outras. Mais forte. Ela abate os animais um após o
outro.
Mas não é suficiente.
“AHHHHHHH!”
“Ah! G-volta! Fiquem longe de mim, seus monstros!”
Há muitos deles.
A matilha de feras atinge o topo das paredes e ataca os cavaleiros.
Akane faz uma careta. "Há tantos malditos deles..."
Nesse ritmo, mais e mais cavaleiros serão massacrados.
“Comandante, a debandada já começou?!” ela grita mais
para Haitani, que está lutando ao seu lado.
“Não, a debandada vai ser muito pior do que isso”, ele responde. "Isto é
provavelmente apenas um prelúdio.”
“Essas muitas feras, e nem é a maioria delas…?”
“Esta debandada vai ser dura.”
Se for esse o caso, eles precisam manter todos os cavaleiros que puderem vivos aqui.
Akane fica na vanguarda para chamar a atenção das feras, então salta da parede.

“Akan?!”
“Jovem Akane, o que você pensa que está fazendo?!”
No momento em que ela aterrissa, ela balança sua espada em um amplo arco. Todas as
feras ao redor dela caem mortas.
"Vou atraí-los para outro lugar!" ela grita de volta.
“Não jogue sua vida fora! Volte aqui de uma vez!”
Mesmo que Akane quisesse obedecer a ordem do Comandante Haitani, ela não poderia.
Não há para onde ela correr.
As feras já a cercaram, e eles atacam com seus
garras e presas irregulares.
Akane evita os ataques por um fio de cabelo, então corta seus atacantes.
Ela não tem medo.
Morrer seria uma misericórdia para ela.
Melhor isso do que se tornar alguém que ela não reconhece em um lugar que ela não
conhece e fazer o impensável.
Tragédias do passado passam por sua mente.
Enquanto ela está cercada por feras, ela sorri, então sai correndo pelos cadáveres
daqueles que ela derrubou. O sangue jorra deles e encharca seu corpo de vermelho.
Então…
"Akane, atrás de você!"
“Jovem Akane, cuidado!”
Uma garra laminada corta sobre ela de cima.
Ela se depara com duas escolhas.
Viva ou morra.
Nunca é uma decisão fácil para ela.
Ela sorri tristemente e fecha os olhos.
Então, do nada, ela sente uma presença que parece quase nostálgica.
Ela ouve o som de carne se rasgando.
Líquido quente chove sobre ela.
"Huh…?"
É sangue de besta.
Quando ela abre os olhos, a primeira coisa que vê é a fera empalada.

A próxima é uma espada de ébano.
Está perfurando a besta completamente.
"Q-quem é você...?"

Um par de olhos vermelhos olha para Akane.

O portador da espada de ébano está vestindo um casaco comprido que parece ter sido feito
de pura escuridão. Seu rosto está escondido sob uma máscara e um capuz.
"O Cavaleiro Negro...", alguém murmura.
Todos os olhos estão no Cavaleiro Negro. É como se o próprio tempo estivesse parado.
Ele sem esforço deixa de lado a besta espetada, então vira as costas para todos eles.
Quando ele fala, sua voz ressoa como se estivesse vindo das profundezas do
o abismo. "O vento... está chorando."
Ninguém sabe exatamente o que isso significa.
No entanto, sua citação ressoa em seus corações da mesma forma.
Eles podem sentir o peso das inúmeras vidas e mortes que repousam nessas palavras.
De repente, Akane sente uma brisa forte.

O vento de ébano corre sobre o Cavaleiro Negro, obscurecendo-o de vista.
Então, ele gira em direção à horda de feras, e flores de sangue desabrocham em seu rastro.
No final, tudo o que resta são cadáveres de animais.

"O que acabou de acontecer?"
"C-como isso é possível?"
As pessoas nas paredes ficam em descrença chocada.
Quando o vento de ébano passou, ele cortou cada animal em dois.
Aquilo não era uma brisa passageira — era mágica, refinada até ficar tão natural e fluida quanto
o vento real. Eles não podem nem começar a imaginar quanto treinamento deve ter sido necessário
para aperfeiçoar essa técnica. Deve ter levado uma eternidade.
O Cavaleiro Negro se foi.

A próxima coisa que Akane percebe, ela está tremendo.
"Você está bem?" Comandante Haitani desce da parede e corre até ela. "Isso foi tremendo...
Ele pode muito bem ser a pessoa que destruiu o ninho na Nishino Elementary."
“Comandante… Ele era um Desperto.”

Os olhos do homem eram do mesmo vermelho que os de Akane.
Haitani acena com a cabeça e olha para os animais mortos. “Todos eles, mortos de
uma única barra limpa. Eu certamente não poderia ter feito isso.”
“Ele nos salvou. Mas... por que sair sem dizer nada?

“Ele deve ter tido algum tipo de objetivo. Por enquanto, tudo o que podemos fazer é rezar
para que ele não seja nosso inimigo.” O comandante olha para o céu noturno. "Eu me pergunto...
o que ele quis dizer quando disse que o vento estava chorando?"
"Ele deve saber alguma coisa", responde Akane. “Algo que não fazemos.
Alguma coisa importante."
"Cavaleiro Negro... Quem é você?"
A pergunta desaparece no céu noturno, sem resposta.
Ainda é a calada da noite, mas a base está completamente em movimento.

Mesmo com o ataque da besta repelido, ainda há toneladas de pessoas circulando. No
entanto, há um cavaleiro que consegue escapar da agitação.
O homem - que tem um ar decidido de aspereza sobre ele - não é outro senão o vice-
comandante Yuudai Saejima.
“Tch. Isso é uma merda.”
Ele cospe as palavras enquanto se dirige ao redor do prédio escuro da escola.
Nos fundos, afastado das passarelas principais, há um beco silencioso e sem iluminação.
“O Cavaleiro Negro, hein? Eu não gosto desse cara. Eu não gosto dele nem um pouco. Eu
não sei de que base ele é, mas ele não pode simplesmente entrar aqui e fazer o que diabos ele
quiser.”
Ele pisa na escuridão, lançando injúrias à medida que avança.
A julgar pelo seu passo, ele tem um destino claro em mente.
“Ele está com a Aliança? Não, eles teriam me dito que ele estava vindo. Mas se
não é isso, e depois...?”
Clop. Clop.
Ele ouve passos atrás dele.
“Oh ei, você está adiantado. Sua informação foi—”
Assim que ele se vira, porém, ele ouve outro barulho.
Ptchoo.
"Huh?"
Algo o perfura no peito.
Ele aperta as mãos sobre a ferida para tentar estancar o sangramento.

"M-mas por que...?"

Ptchoo. Ptchoo.
Cada vez que o barulho ressoa, mais sangue jorra pelo ar.
Yuudai cai no chão, seus olhos arregalados em choque.
Ele tosse sangue algumas vezes, depois fica parado.
O único ruído que resta no beco é o som de passos.
Clop. Clop.
Cara, isso foi uma explosão.

Passo um momento me aquecendo em minha exultação enquanto corro pelo campus universitário
vestido de noite.
Eu escapei do meu quarto mais cedo hoje à noite porque eu queria checar o campus, mas no
meio da minha inspeção, eu corri direto para um evento inesperado de ataque de besta mágica.
“Finalmente consegui… consegui usar minha frase de ‘o vento está chorando’.”

Essa é mais uma citação que posso riscar da antiga lista de desejos.
E melhor ainda, entreguei-o com toda a indiferença e seriedade de um
eminência na sombra deve ter.
Agora, finalmente, posso dizer que fui capaz de desempenhar o papel de corretor de sombras
perfeito que eu era fraco demais para desempenhar na minha antiga vida.
"Heh-heh-heh..."
Só de pensar em quão perfeitamente isso aconteceu me faz sair

em um sorriso, mas eu sei que meu colega de quarto estará de volta a qualquer minuto.
Deixei a janela aberta quando saí, então voltei da mesma maneira, rapidamente troco de roupa e
rastejo para a cama.
Nem um momento depois, a maçaneta chacoalha para anunciar o retorno de Akane.
“… estou de volta,” ela diz baixinho.
Se eu tivesse feito algum desvio no caminho de volta, não teria chegado a tempo.
Eu continuo fingindo dormir enquanto dou um suspiro de alívio com o quão perto eu o cortei.
A sala está silenciosa, exceto pelo som de roupas farfalhando. Ela provavelmente está se
trocando.
Sinto o cheiro fraco de sangue.

Depois de um tempo, ela me chama. "Minoru, você está acordado?"

Meu primeiro instinto é continuar fingindo dormir, mas eu quero pegá-la
impressões sobre como me saí esta noite. “Sim, estou acordado.”
"Posso entrar?"
Antes de me dar uma chance de responder, ela invade direto na minha seção
e se senta na minha cama.
Ela cheira seriamente a sangue.
Acho que faz sentido, dado todo aquele sangue mágico de fera que ela borrifou.
"Aconteceu alguma coisa…?" Eu pergunto.

Ela continua sentada lá, sem dizer uma palavra.
Apesar da minha tentativa de iniciar uma conversa, ela apenas abaixa a cabeça em silêncio.
"... Você já quis morrer?" ela finalmente pergunta, sua voz vacilante.
"Não."
Se alguma coisa, eu quero viver para sempre.
Em toda a minha vida até hoje, nenhuma vez eu quis morrer.
Ocasionalmente, encontro pessoas que dizem que longevidade não é para elas, mas
duvido que algum dia entenda de onde elas vêm. Eu quero continuar sendo eu o maior tempo
possível, até o segundo.
"Eu tenho."
"Você tem, hein?"
Isso é uma vergonha.
“Mas quando eu tento lembrar... eu simplesmente não consigo. É como se houvesse um

buraco na minha memória.”
Não posso dizer que sigo totalmente.
Ela volta ao silêncio.
Então, noto que seus ombros estão tremendo.
"Minoru, você... já matou alguém?"
Sim, muitos deles.
"Você quer dizer, tipo, assassinato?" Eu respondo. “Isso é tão assustador, eu nem quero
pensar nisso.”
"Eu não te culpo..."
"E você, Nishino?"
"O que você faria... se eu lhe dissesse que poderia ter feito?"
"Uh…"

"Estou brincando."
Ela sorri.
Então, ela vira o olhar para fora da janela e solta um murmúrio baixinho.
"Eu estive esperando... por tanto tempo..."
"Esperando pelo quê?"
Ela não responde. A essa altura, acho que não sou mais a pessoa com quem ela está
realmente falando.
Ela olha para o céu noturno, como se estivesse tentando conversar com alguém que foi
para longe.
"Por favor... Venha me salvar..."
Ela murmura o nome de alguém.
Então, ela fica congelada lá como uma estátua até de manhã.
Na verdade, ela faz isso até o sol nascer e uma comoção se torna audível à distância.
Eu tenho que passar o tempo todo fingindo dormir.
Na verdade, isso me lembra algo.

Durante minha antiga vida, eu me meti nessa situação, e Akira Nishino me deu um soco
bem na cara. Eu pensei ter reconhecido sua caneca detestável de algum lugar.
Na verdade, ele foi a razão pela qual eu jurei quebrar todas as janelas do
campus.
Eu nunca vou perdoá-lo.
Embora ele tenha tirado Beta de minhas mãos, então acho que posso perdoá-lo.
Então, meus pensamentos são interrompidos.
“Akane, venha rápido!”
Ainda nem amanheceu, mas alguém da ordem dos cavaleiros está batendo na nossa
porta.
“E-é o vice-comandante! O vice-comandante Saejima foi assassinado!”
Oh não. Nosso precioso gorila.
Dr. Yuuka se senta na frente de Akane. “Este é um negócio muito sério.”

"Eu... eu não fiz isso."

Parece que perdi algumas coisas.
Akane me deixou no serviço de doméstica e foi para a cena do crime assim que ouviu a
notícia, e quando voltou, a Dra. Yuuka estava com ela.
“Quero acreditar em você, mas há testemunhas oculares que dizem que viram você e o
vice-comandante discutindo ontem à noite.”
A voz de Akane treme. “Isso não foi nada. Era apenas... Era sobre Minoru.
“Bem, a hora estimada da morte é três da manhã. Você tem um álibi?”

"…Não."
Quando voltei, já passava das três.
“Há também depoimentos verbais colocando você perto da cena do crime.”
"É... é assim...?"
Akane abaixa a cabeça. Seus ombros tremem.
Eu senti cheiro de sangue nela ontem à noite, e acho que ela poderia tê-lo matado em
o impulso do momento ou algo assim.
Coisas assim acontecem o tempo todo, mas ela realmente não parece o tipo.
“O comandante Haitani vai liderar uma investigação completa. Até ele
recebe seu veredicto, você tem ordens para não sair desta sala.
Akane cerra os punhos e balança a cabeça. "Eu não fiz isso... eu juro, eu não fiz..."
Ela é uma velha conhecida, então decido falar bem dela.

"Espere um minuto. Eu não acho que Akane fez isso também.”
“Menor…”
“Quero dizer, olhe para essa foto.”
Aponto para uma das fotos da cena do crime dispostas sobre a mesa. É uma imagem do
cadáver cortado de Yuudai.
"E quanto a isso?" Dr. Yuuka pergunta.
“É estranho, você não acha? Os cortes são muito desleixados.”
O cadáver está em pedaços e nenhuma das seções transversais dos cortes está limpa.
O olhar do Dr. Yuuka fica duro. "O que você quer dizer, desleixado?"
“Se Akane fizesse isso, tenho certeza que os cortes teriam sido mais limpos.”
Quando um cavaleiro das trevas forte o suficiente corta uma pessoa, os cortes são sempre

Legal e Limpo. No entanto, os cortes no corpo de Yuudai não poderiam ser mais ásperos.
No caso dele, parece que alguém pegou uma espada cega e foi para a cidade em cima dele.
"Agora que você mencionou, você está certo..."

Claro, há uma chance de que ela o corte assim de propósito para
fazer doer mais, mas acho que vou guardar essa possibilidade para mim.
“Minoru… O-obrigado. Muito obrigado,” Akane choraminga.
Sim, não há problema.
"Por favor, você tem que acreditar em mim... eu não... eu não fiz isso...!"
Seus ombros tremem ainda mais.
"Ei, Akane, acalme-se."
“Eu não fiz isso! Eu... eu nunca, nunca mais, eu, eu...
"Akan..."
Algo está claramente errado com ela. Dr. Yuuka a abraça forte. “Está tudo bem, apenas
acalme-se. Calma, tome suas pílulas…”
Enquanto ela tenta acalmá-la, ela lhe dá uma pequena pílula branca.
Akane treme um pouco mais, mas sua respiração acaba se acalmando
e firme. Ela está apagada como uma luz.
Dr. Yuuka lança seu olhar para baixo. "... Isso deve ter assustado você."
"Um pouco, sim... O que era aquela pílula?"
“É para acalmá-la. Minha especialidade é em medicina psicossomática. Akane tem algum
trauma psicológico com o qual está lidando e estou ajudando-a a tratá-lo.”
“Que tipo de trauma?”

“Ela estava envolvida em algum tipo de incidente, e ela reprimiu todas as suas memórias do
que aconteceu. Sempre que algo faz com que a garrafa comece a ser aberta, ela acaba
enlouquecendo como fez agora.”
"Ah, hein...", eu respondo, fazendo o meu melhor para parecer contemplativa.
“Estou nesta base há apenas meio ano, mas a condição dela melhorou dramaticamente
desde então. Akane me salvou uma vez, então estou feliz por ter a oportunidade de recompensá-
la.”
“Uau, eu nunca soube.”
Dr. Yuuka coloca um cobertor sobre os ombros de Akane. “Agora, sobre o que você
mencionou antes... Vou contar ao comandante o que você disse sobre os cortes. Isso pode ser
obra de um assassino de uma base inimiga. E com

como o Cavaleiro Negro apareceu ontem à noite, ele poderia facilmente estar envolvido também…”
O Cavaleiro Negro é inocente. Isso eu posso dizer com certeza.

Dr. Yuuka continua. “De qualquer forma, deixe o resto comigo. A melhor coisa que você
pode fazer é ficar ao lado de Akane.”
“Não, não, eu quero investigar também.”
“Não tenho certeza de como a ordem dos cavaleiros se sentirá sobre isso.”
“Eu não vou ficar no caminho deles, eu prometo. Akane me ajudou também, então quero
fazer o que puder para ajudar a recompensá-la também.”
“Menor…”
Dr. Yuuka olha para o meu rosto um pouco, então solta um suspiro derrotado.
"OK tudo bem. Se você encontrar alguma coisa, venha direto para mim com isso. Não tente
ser um herói. Não esqueça que Natsume também precisa de você.”
E com isso, finalmente estou autorizado a vagar como quiser.
"O que fazer, o que fazer."

Começo pegando minhas rações para o almoço, depois ando pelo campus.
Akane afirma que ela não é a culpada, mas infelizmente, a
as provas pesam bastante contra ela.
“Um crime misterioso, acusações falsas contra o protagonista… Parece que o enredo
principal está em andamento.”
Se for esse o caso, tenho a obrigação moral de me envolver.
“Agora, o crime aconteceu ali, hein...?”
Observo à distância enquanto a ordem dos cavaleiros se reúne em um beco ao lado do
prédio principal da escola.
Eles têm ótimas vibrações de “investigação em andamento”.
Se eu tentasse entrar lá como um forasteiro, eles me expulsariam por
claro. Melhor nem tentar.
"Que pena que eu não tenho nenhuma outra pista para trabalhar... Espere, hein?"
Quando olho em volta, vejo um cara gordo de óculos sentado em um banco e
batendo em um laptop.
“Ah, ei, eles têm computadores aqui.”

Eu esqueci totalmente que eles tinham eletricidade.

Suponho que não esteja conectado à internet, mas... huuuh?
Quando me esgueiro por trás dele e espio por cima do ombro, descubro que
ele está postando em algum tipo de fórum.
"Ei, você tem internet nessa coisa?"
“Ah?!”
Quando faço uma pergunta a ele, Fatty McSpecs se vira apressadamente.

“O-qual é o seu problema, cara?!” ele grita.
“Ah, apenas curioso. Essa coisa pega internet?”
"Huh? O que isso? Está ligado à intranet da universidade. Como você não sabe disso?”
“Ohhh, então ele só se conecta a outras pessoas no campus. Ainda assim, aposto que é
bom o suficiente para coletar informações.”
“Olha, vá encontrar outra pessoa para incomodar. Estou ocupado."
Com isso, Fatty McSpecs volta a postar em seu fórum.
[THREAD] A verdadeira razão pela qual Akane matou Saejima

[BODY] então quem tem os lascivos da Akane?
Oh sim. Muito ocupado.

"Deixe-me emprestar seu laptop um pouco."
“Sai daqui, cara, eu não vou te emprestar merda nenhuma.”
"Obrigado, eu vou devolvê-lo."
"Huh…?!"
Eu derrubo Fatty McSpecs com um golpe de mão de faca incrivelmente rápido e arranco seu
laptop.
Eu me certifico de deitá-lo de lado para que pareça que ele está cochilando.
"Agora, o que temos aqui...?"
Uma pesquisa rápida me diz que o fórum está cheio de tópicos sobre o assassinato de ontem à
noite.
Não é apenas coisa de Akane, também. As pessoas estão bastante agitadas sobre o Cavaleiro
Negro também.
221: Vítima Anônima Akane não

fez isso, mas o Cavaleiro Negro é sus. Isso é totalmente um

Trama da aliança.
222: Vítima anônima de acordo
com meu amigo cavaleiro, o Cavaleiro Negro é forte 223: Vítima anônima esse
cara não é brincadeira. ele matou 10 feras em um único segundo 224: Vítima
anônima mano, o que você está fumando 225: Vítima anônima nah cara, estou
falando sério 226: Vítima anônima, se isso fosse verdade, ele poderia apenas tirar
um grande ninho sozinho lmao 227: Vítima anônima não de verdade, é verdade.
fonte: sou um cavaleiro, eu estava lá 228: Vítima anônima looooool temos um.
“olhe para mim, eu sou totalmente um verdadeiro cavaleiro”
229: Vítima anônima, temos um

cavaleiro do teclado, pessoal. essa merda é anônima, talvez sejamos todos cavaleiros lmao 230:
Vítima anônima não vê um cavaleiro do teclado há um tempo, isso deve ser bom 231: Vítima
anônima não há literalmente nenhuma prova de que ele matou 10 bestas em 1 segundo. sua isca
é uma merda 232: Vítima anônima sim, esse cara cavaleiro negro é provavelmente apenas algum
rando e as pessoas estão exagerando porque estão entediadas 233: Vítima anônima meu amigo é
um cavaleiro e ele diz que o cavaleiro negro é um merda 234: Vítima anônima não duh 235:
xXxSilverHairedElfBabexXx Não mente. O Cavaleiro Negro é o mais forte. Ele é o mais legal do
mundo pode matar 1000 bestas fácil.
"Huh?"

Enquanto percorro o tópico, de repente vejo um esquisito.

“SilverHairedElfBebê? Essa é a alça mais idiota que eu já vi.”
O rosto de Beta passa pela minha mente por um momento, mas pensando nisso
logicamente, não tem como ser ela.
Se fosse, significaria que ela dominou o japonês em apenas três dias.
“Quero dizer, estou feliz que essa garota esteja torcendo pelo Cavaleiro Negro, mas
com uma alça dessas, ela fará mais mal do que bem.”
É melhor eu dar-lhe um aviso amigável.
Usar uma alça brega é uma vergonha que nunca lava. Confie em mim, eu saberia.
“É melhor eu fazer do meu punho algo mais legal para que ela tenha um bom ponto de
referência para usar. 'Asas de Obsidiana'… Não, espere, 'Fallen Angel of Rebellion'… Mas
isso parece meio simples, então vamos adicionar um pouco de talento também.”
237: Anjo Caído da Rebelião

xXxSilverHairedElfBabexXx é um nome bem estranho, você pode querer mudá-lo 238:
Vítima anônima, outro esquisito apareceu lmao 239: Vítima anônima “Fallen Angel”
LMAOOO “of Rebellion” LMAOOO “ LMAOOO “ ” LMAO 240: xXxSilverHairedElfBabexXx
Eu não me encolho. Fallen AngelofRebellion é assustador.
”
" RINDO MUITO "
241: Vítima Anônima

SilverHairedElfBabe vs FallenAngelofRebellion! Rodada 1, luta!
242: Vítima anônima bruh,
vocês dois são envergonhados
243: Eu sou umCaído
Anjo cavaleiro das
da Rebelião
trevas, um anjo caído que se esconde nas sombras e busca a rebelião. Como posso me
encolher quando tenho o poder supremo ao meu lado?
244: Vítima anônima cavaleiro

das trevas lmaooooo anjo caído lmaooo que se esconde nas sombras lmaooo procura
rebelião nos abençoou com sua presença

LMFAOOOOO
245: xXxSilverHairedElfBabexXx
FallenAngelofRebellion é um merda horrível. Cavaleiro Negro é o mais forte.
Vai matar instantaneamente todos vocês.
246: Vítima anônima *mais

forte <- FIFY 247: Vítima
anônima ngl é muito fofo
como ElfBabe é ruim em japonês 248: Vítima anônima
ElfBabe é uma fangirl de cavaleiro negro tão raivoso lol
249: Vítima anônima o cavaleiro negro está comigo rn,
ele está lambendo meu idiota 250:
xXxSilverHairedElfBabexXx Não minta. Zombando de mim
bem. Não se atreva a zombar do Cavaleiro Negro.
251: Vítima Anônima

Tradução: Tirar sarro de mim é bom, mas não se atreva a zombar do Cavaleiro
Negro!
252: Vítima anônima, mas
é verdade. o cavaleiro negro na verdade é um merda, ele realmente comeu
minha merda 253: Vítima anônima cavaleiro negro = omegashitter 254:
xXxSilverHairedElfBabexXx Eu mato você.
255: Vítima anônima

caramba, aí vêm as ameaças de morte. Vocês a trollaram muito, lol 256: rip
257: xXxSilverHairedElfBabexXx
Anjo Caído da Rebelião Black Knight mais forte. Mais legal. Eu amo-
o. Eu mato qualquer um que zomba dele.
258: Vítima Anônima Ahh!

Eu vou morrer! O cavaleiro negro é um merda!
259: Vítima anônima
Acabei de bater no cavaleiro negro. Ele implorou por misericórdia nu em suas
mãos e joelhos, então eu o deixei viver

260: xXxSilverHairedElfBabexXx Cale a boca.

Eu te mato. Marcando minhas palavras Fallen AngelofRebellion. Eu te mostro o inferno. 261: Fallen
AngelofRebellion hum? Eu não tirei sarro dele mesmo. 262: Vítima Anônima Ok, são muitas ameaças
de morte. Relatado.
263: A debandada de vítimas

anônimas está chegando e as pessoas estão sendo assassinadas e é assim que vocês estão
gastando seu tempo? 264: FallenAngelofRebellion espere, eu sou a vítima aqui 265: Anônimo Victim
sim, mas sua alça é tão assustadora
E com isso, xXxSilverHairedElfBabexXx é banido.

Um pouquinho de trollagem, e ela vai direto para as ameaças de morte? Você não vê
muito disso nos dias de hoje.
“Sério, porém, eu provavelmente deveria começar a coletar informações em algum
ponto. Eu me pergunto se alguém aqui viu alguma coisa…”
Depois disso, eu me coloco nas boas graças dos bons usuários do fórum e coloco minhas mãos
em algumas informações valiosas.
O dia seguinte rola.

"Então, este é o você-sabe-onde..."
Estou em um pequeno laboratório de pesquisa em um canto escondido da universidade.
O sol já se pôs, e embora eu possa ver as luzes apagadas à distância, o
A área em que estou é cercada por um matagal denso e escuro.
Segundo aquele fórum da intranet, foi para lá que trouxeram o cadáver do gorila.
Se eu tiver sorte, haverá vestígios mágicos no corpo, mas preservando

esses é realmente muito difícil. A menos que você use produtos químicos especiais, eles
desaparecem rapidamente.
Dado o mundo em que estou, provavelmente não deveria esperar muito de seus
técnicas de preservação.
Quero dizer, eles ainda estão usando materiais convencionais para suas espadas aqui. EU
aposto que esses caras nunca ouviram falar de mithril.
O metal que eles estão usando tem uma condutividade mágica bastante decente, eu
admito isso, mas não chega aos pés do mithril. Não é à toa que eles estão tendo tantos
problemas contra bestas mágicas tão fracas.
"Eh, eu tenho certeza que vou encontrar algum tipo de pista aqui."
Há uma tonelada de questões em torno da morte do gorila, e pretendo resolvê-las.
Passo um: Esgueirar-se para dentro, rápido e silencioso.

Há um cavaleiro de guarda do lado de fora da entrada do laboratório, mas ocultando minha
presença e passando por ele a toda velocidade, sou capaz de passar por ele como se não
fosse nada.
Assim que entro, vejo uma escada que leva ao subsolo. Eu a sigo até uma porta de metal
trancada.
"Trancado, hein...?"
Não tenho tempo para mexer, então uso minha espada de gosma para quebrar a fechadura.
É lamentável que isso signifique que eles descobrirão que alguém invadiu, mas enquanto
eles não descobrirem quem, eu ainda sou de ouro.
“Oh, espere, eu me pergunto se eu poderia ter transformado a espada de gosma na forma
da chave.”
Você sabe, como Beta fez aquelas luvas. Bem, a retrospectiva é 20/20.
Eu dou de ombros e entro.
“Parece que eu encontrei o necrotério…”
Está frio e escuro.
Há um monte de cadáveres espalhados com lençóis cobrindo-os,
e o ar está maduro com o cheiro de carne em decomposição.
Eu suporto o fedor e uso magia para fortalecer meu olfato. O cheiro do gorila está alojado
em minha memória.
Como se vê, seu corpo é o mesmo ao meu lado.
Eu rasgo o lençol e revelo o cadáver mutilado embaixo.
"Hum…"

Com certeza, a maioria dos vestígios mágicos se foram, e o pouco de magia que ainda permanece
no corpo está todo misturado e misturado. Não vai ser útil.
Volto minha atenção para os cortes, que são tão horríveis quanto nas fotos.
Não são feridas de espada. Parece que alguém provavelmente levou um machado para ele.
Não, nem mesmo um machado seria tão confuso. Este é o trabalho de uma serra ou algo assim.
Eles devem tê-lo cortado em pedaços depois que ele já estava morto.
“A questão é, para que fim?”
Normalmente, você corta alguém para esconder as evidências. Depois de você
faça o seu fatiamento, você pode enterrar, queimar ou dissolver as peças com mais facilidade.
No caso do nosso amigo gorila, porém, ele foi simplesmente encontrado assim.
Eles simplesmente o odiavam tanto assim? Não não.
"Oh, eu vejo. Era para esconder isso.”
Quando tento colocar o braço dele de volta, vejo que falta um pedaço, e não estamos falando de
excesso de carne que se perdeu no processo de corte. Foi removido deliberadamente.
"Aqui também…"
Há alguns outros pontos que também estão faltando pequenos pedaços de carne.
Com isso, tenho a prova conclusiva de que preciso.

“Ah. Estes... são ferimentos de bala.
Depois de tanto pesquisar armas na minha última vida para tentar descobrir uma maneira de vencê-
las, eu reconheceria seu trabalho manual em qualquer lugar.
As pessoas podem supor que as armas não funcionam contra cavaleiros, mas isso não é bem verdade.
Quando não estão vestidos com sua magia, os cavaleiros não são mais robustos do que qualquer outra
pessoa.
“Em outras palavras, o assassino era alguém por quem o gorila não esperava ser atacado, talvez
alguém que ele conhecesse. E não era um cavaleiro, ou eles não precisariam de uma arma. Alguém que
não é um cavaleiro queria fazer parecer que um cavaleiro fez a ação... Heh-heh-heh. Afaste-se, protagonista.
Há um novo detetive na cidade.
Com isso, as chances de Akane ser a assassina vão despencar.

“… Parece que consegui o que vim buscar.”
Volto para o meu quarto, mas meus planos de relatar minhas descobertas são frustrados quando a
pessoa a quem eu ia relatar não está lá.
"Onde está Akane?"
A cama em que ela deveria estar dormindo está vazia, e a Dra. Yuuka está sentada no sofá.
“Ela teve que ir para um check-up. Ela não estará de volta até amanhã.”
"Oh, tudo bem."
Dado o quão emocionalmente instável ela era, acho que isso se confirma.
“Além disso, Minoru, você tem alguma ideia de que horas são? A debandada está ao virar da
esquina, então você deve realmente começar a voltar mais cedo. Não é seguro lá fora.”
"Me desculpe por isso. Eu encontrei uma pista importante, no entanto.”

"O que você quer dizer…?"
Conto a ela a notícia chocante que aprendi hoje que praticamente refuta a teoria de que Akane é
a assassina.
“Ferimentos de bala?! Se isso for verdade, livrará Akane de todas as suspeitas. Mas como você
descobriu isso?”
"Eu, uh... acho que você poderia dizer que conheço um bom corretor de informações?"
“E agora?” Dr. Yuuka me olha desconfiado, então suspira. "Bem, se você diz. Vou contar à ordem
dos cavaleiros sobre os buracos de bala. Com alguma sorte, devemos ser capazes de levá-los a dar
outra olhada no corpo.”
“Obrigado, eu realmente aprecio isso.”
“Certifique-se de não contar a ninguém o que você acabou de me dizer. Por outro lado,
o assassino pode vir atrás de você.
“V-vai fazer.” Dou-lhe um aceno perfeito de “personagem de fundo assustado”.
“Vejo você amanhã,” Dr. Yuuka responde antes de sair correndo do

quarto.
Isso deve ser suficiente para ajudar a resolver o caso do assassinato do gorila e libertar Akane.
Coisas boas ao redor.

Espere — espere.
Acabei de perder a oportunidade perfeita de revelar a verdade como o Cavaleiro
Negro?
“Droga, eu poderia ter dito algo legal como… 'Existe apenas uma verdade real.'”
De qualquer forma, rastejo para a cama e espero a noite chegar e todos os outros
adormecerem.
A noite vem.
"Hum?"
Bem quando chega a hora perfeita para um passeio noturno, sinto
alguém vagando do lado de fora do meu quarto.
Um ladrão, talvez?
Droga, acho que as coisas no Japão realmente ficaram ruins.
Penso na situação e decido esperar e ver como isso se desenrola. Não
um momento depois, balas rasgam a janela.
Cacos de vidro quebrado caem com um barulho ensurdecedor.
“Espere, de verdade?”
Quem pensaria que um personagem de fundo esquecível como eu acabaria levando
um tiro?
Sinto as balas atingirem minha pele.
Então, é assim que ninguém se sente quando é baleado…
De repente, percebo que esta pode ser a última chance que eu tenho de usar um
certa Técnica Oculta minha!
Quando as balas batem em mim, eu manipulo meu corpo e derramo
tudo naquele momento.
Preparem-se para ver como um ninguém morre, pessoal.
Contemple o poder da Técnica Normie Oculta: Dança do Queijo Suíço, Marionete
Sangrenta!
Meu corpo dança em sintonia com as balas que o atingem. Pareço uma marionete ou
algo assim.
Para completar a imagem, eu secretamente rasgo bolsas de sangue e faço uma
linda chuva de sangue ao meu redor.

Eu me torno o ideal platônico de um personagem de fundo morrendo. É assim

uma cena em Matrix, mas se todas as balas acertarem.
“ARRRRRGH! GLURK... GLURK!”
Eu termino minha performance soltando um grito de gelar o sangue, espirrando sangue da
minha boca como uma fonte e caindo sem cerimônia da minha cama.
Perfeição.
Eu tinha quase desistido de ser capaz de usar a Técnica Oculta que eu
projetado para quando eu levei um tiro, mas agora sua hora finalmente chegou!
Enquanto bato meu punho internamente, paro meu batimento cardíaco.
Um milhão de agradecimentos a esses ladrões por me darem essa oportunidade de ouro.
“… Nós o pegamos?”
Depois de fingir que estou morto por um tempo, dois homens entram na sala.
“Ah, sim, com certeza. Ele é tão bom quanto queijo suíço.”
Os cacos de vidro rangem sob seus pés.
“Pausa difícil, garoto. Se você não tivesse descoberto coisas que você não deveria
para, você não teria que morrer.”
Huh?
Eu me pergunto o que ele quer dizer com isso.
“Os cavaleiros estarão aqui a qualquer minuto. Precisamos nos apressar e destruir a sala.”
"Sim, e bagunçar o corpo para que eles não possam dizer como... hein?"
Ah, merda.
“Ei, confira. Não há feridas no cadáver.”
O cara verificando meu corpo notou a coisa que eu esperava que ele não notasse.
“Do que você está falando? Tem sangue por toda parte, cara.”
"Claro, mas estou lhe dizendo, não há feridas."
"O que?"
O segundo cara vem e inspeciona meu corpo também. Nesse ponto, não tenho escolha.
Eu abro meus olhos. “Cara, por que você teve que estragar minha cena perfeitamente
orquestrada?”
"O que-?!"
“Como ele ainda está vivo?!”
Eu agarro os dois pela garganta.
"L-solta-me!"

“Ma-atira nele! Atire nele!

Eles pressionam suas armas contra minha testa e disparam à queima-roupa.
Um ptchoo toca, depois outro.
Eles continuam vindo até que suas revistas estejam vazias.
Quando os homens ficam sem balas, os ptchoos são substituídos por um clique oco , clique,
clique.
“C-como?! Como esse cara não está machucado?!”
“De jeito nenhum – h-ele é um cavaleiro?! Não foi isso que nos disseram!”
“Cavaleiro ou não, atirar nele de tão perto deveria ter feito pelo menos algum
—”
Eu me levanto, ainda apertando seus pescoços.

“Ahhh!”
"Parece que você não é apenas um ladrão qualquer, hein?"
“Q-quem diabos é você?! Deixe-me ir já!”
Um deles dá um soco no meu rosto. Wham. Wham.
“Alguém colocou você nisso. Então é, tipo, um cenário do tipo 'cérebro do mal'.”
“O que você é mesmo—? Ai, ai, ai!”

"V-você pequeno-OWWWW!"
Eu os levanto pela garganta.
“Bem, funciona para mim. Agora, você pode morrer devagar e com dor, ou pode me contar
tudo e morrer fácil. Faça a sua escolha."
Eu coloquei um pouco de força em meu aperto, e seus ossos começaram a ranger alto.
"Ahhh! L-deixe-me ir! Eu não sei merda nenhuma!”
“Eu... eu não sabia que você era um cavaleiro! Eu sinto Muito! Por favor, deixe-me ir... eu
não quero morrer…”
“É como vocês disseram. Se você não tivesse descoberto coisas que não deveria, você não
teria que morrer. É assim que acontece às vezes.”
Eu posso ouvir cavaleiros gritando lá fora.

Eles ainda estão muito longe, mas estão se aproximando.
“… Parece que vocês estão ficando sem tempo, cavalheiros.”
"P-por favor..."
"E-eu estou te implorando..."
“Hmm, o que fazer—?”
Então, as vozes do lado de fora começam a ir em uma direção diferente da que eu

esperava que eles.

“É a debandada! A debandada está começando!”
Uma campainha de alarme estridente começa a tocar.
Eu posso sentir o clamor se espalhando quando as pessoas começam a acordar.

“Desculpe, acabei de receber uma oferta melhor. Toodles.”
Eu quebro seus pescoços e me derreto na escuridão da noite.



Epílogo
Eis uma Eminência de pleno direito

nas sombras!
Akira Nishino corre pelo corredor branco puro.

Quando o alarme que anuncia a debandada soa, ele avança cada vez mais fundo no prédio de
pesquisa. É quase como se ele estivesse se afastando deliberadamente do campo de batalha.
Ambos os braços estão ocupados carregando uma caixa branca.

“Calça, calça… Merda!”
Ele para na frente de uma porta branca e xinga enquanto tenta estabilizar sua respiração irregular.
“Aquele maldito rato da Aliança... Agora eles foram e fizeram isso. Eu nunca esperei que eles
fugissem com Akane...”, ele murmura, para desabafar sua frustração enquanto abre a fechadura da
porta.
No interior, há uma enfermaria totalmente branca.

Uma garota de cabelos prateados está sentada em sua cama.
"Você está acordado? Eu poderia jurar que te dei um sedativo...

A garota de cabelos prateados – Natsume – lhe dá uma adorável inclinação de cabeça.
“A dosagem deve ter sido muito baixa. Bem, tanto faz. Não é como você pode
me entenda de qualquer maneira.”
Natsume lhe dá outra inclinação de cabeça, então olha para baixo e encara com curiosidade a
caixa branca que Akira Nishino está carregando.
“… Curioso sobre a caixa? Esta caixa vai transformar você. Você é

vai se tornar um cavaleiro mais forte do que o Cavaleiro Original jamais foi.”
Quando ele abre a caixa, os olhos de Natsume se arregalam de surpresa.
Dentro, há uma cabeça preservada criogenicamente.
A magia negra sinistra tece espirais em torno de sua pele escurecida e cabelo vermelho-fogo.
"Surpreso? Recuperamos isso de um site que descobrimos com leituras mágicas anormais.
Comer disso foi o que permitiu que o Brute se tornasse a besta de ápice mais poderosa que já
vimos.”
Um sorriso maligno se espalha pelo rosto de Akira Nishino enquanto ele se aproxima
Natsume.
“A magia escondida dentro desta cabeça é inacreditável. Tem uma qualidade que nenhuma
de nossas mágicas tem... Da mesma forma que você .
Ele agarra o braço de Natsume e tira uma seringa grande.
“O Bruto comeu desta cabeça e evoluiu, e agora é sua vez de se fundir com ela e se tornar o
maior cavaleiro do mundo. Agora, vamos colocar esse show na estrada. Com isso, você será—”
Um ptchoo rasga o ar e uma mancha de sangue se espalha por Akira

Jaleco branco de Nishino.
"Wha-?"
Há outro ptchoo, depois outro.
O corpo de Akira Nishino balança para frente e para trás enquanto o sangue espirra ao seu
redor e o cheiro de fumaça de pólvora enche o ar.
"I-isso não pode... não..."
Ele cai de joelhos.
Tem alguém atrás dele segurando uma arma.
Seus saltos altos estalam audivelmente, e eles voltam sua mira para Natsume.
“N-não, não...”
Ptchoo. A arma recua.
Um buraco escuro aparece na testa de Natsume. Ela cai na cama.
Sua morte foi instantânea.
A voz de Akira Nishino se eleva fracamente do chão. "Por que? Por que você faria isso…?"
A figura vira a arma de volta para ele.

Seus olhos se encontram.
Por um breve e fugaz momento, tudo fica em silêncio.

"A morte virá para você em breve", diz o agressor. “Espero que doa.”

Eles pegam a cabeça e a seringa e vão embora.

"Heh... Heh-heh... Bem, droga..."
Uma poça de sangue se espalha pelo chão branco.
Akira Nishino pode sentir o calor em seu corpo drenar junto com o sangue.
“Então, é assim que termina.”
Como pesquisador, ele sabe que seu agressor estava certo. Ele é um homem morto.
"E eu estava tão perto também..."
Ele finalmente conseguiu o material de que precisava para sua pesquisa.
Ele estava prestes a tornar um guerreiro mais poderoso do que
Cavaleiro Original. E desta vez, ele seria capaz de controlá-lo.
Ele alcança o ar vazio acima dele. Sua mão está molhada com seu próprio sangue.
Quando sua visão começa a desaparecer, ele olha para a cama.

"Huh…?"
É quando ele vê a garota de cabelos prateados sentar-se abruptamente.

Por um momento, ele assume que é uma alucinação provocada por sua perda de sangue.
Afinal, ele a viu levar um tiro na testa com seus próprios dois
olhos.
No entanto, a garota então se estica, se levanta e, em um piscar de olhos, muda para uma
roupa toda preta.
"O que?"
Mais uma vez, ele não acredita em seus olhos.
Ela vestiu aquele macacão preto em um único instante.
Ela puxa um grande saco preto aparentemente do nada e começa a colocar coisas nele.
“M-minha câmera…”
Uma coisa que Akira Nishino vê é a câmera que ele pensou ter perdido.
A garota enfia seu laptop dentro do saco, então vasculha o quarto
e pega todos os aparelhos elétricos que ela pode colocar em suas mãos.
O saco aumenta à medida que fica cada vez mais cheio.
É feito de algum material que ele nunca viu. É preto, brilhante e elástico.
“Este, e este… Bom, agora o quarto está pronto. A seguir tudo é

esquerda é recuperar a cabeça”, diz Natsume. Seu japonês é estranhamente duvidoso.
"V-você pode falar?"

“Sou muito fluente”, ela diz tão pouco fluente quanto pode ser. “Agora, onde estão os
dados? Estou excluindo.”
“Está em um laboratório mais distante dentro do prédio. O que você gosta. Eu sabia que
havia vestígios de que o histórico do navegador havia sido editado, mas nunca imaginei que
você fosse o segundo rato…”
Natsume lhe dá um sorriso radiante e passa por ele.
"Apenas me diga... uma última coisa...", ele engasga. "Quem são vocês…?"
"Nós somos o Jardim das Sombras", ela responde em um sussurro baixo. “Nós nos escondemos
a escuridão e caçar sombras.”
Ela sai sem fazer barulho.
"A Sombra... Jardim... hein...?"
Ele nunca ouviu falar deles.
Eles operam no exterior, talvez? Ou eles são talvez o tipo de
organização que nunca mostra seu rosto à luz?
De qualquer forma, isso significa que existem grupos neste mundo do tipo que
Akira Nishino nunca sonhou.
"Eu pensei que estava tão perto... mas acho... que estava mais longe do que pensava..."
Ele olha para a porta pela qual a garota desapareceu - e então
de repente, ela coloca a cabeça para trás.
“Você conhece Fallen AngelofRebellion?” ela pergunta a ele do nada.
“O Anjo Caído da Rebelião? Nunca ouvi falar…”
"Bom. Quando eu os encontro, eu mato. Marcando minhas palavras.”
E com isso, ela vai embora. Para o bem desta vez.
O Anjo Caído da Rebelião deve ser a organização da Sombra
Jardim está lutando contra.
Enquanto Akira Nishino se pergunta quem eles poderiam ser, ele dá seu último suspiro.
Os cavaleiros se reúnem na parede da base e começam a lutar contra as feras.
As feras, por sua vez, cravam suas garras afiadas na parede e escalam-na praticamente
como se estivessem correndo. Os esforços dos cavaleiros para detê-los são prejudicados

pela exaustão, e o desespero começa a rastejar em suas expressões.

“Comandante Haitani, há muitos deles! Não podemos detê-los todos!”
O Cavaleiro Comandante Haitani não tem resposta para os gritos de seus soldados.
"O que está acontecendo? De onde todas essas feras vieram?”
Haitani brande sua espada. As feras vacilam, e ele se move para matar.
No entanto, a parede abaixo é coberta com mais coisas parecidas. As feras'

fileiras contorcidas se estendem até o horizonte.
Não deveria haver tantos.
Nenhuma debandada normal chega perto de tantas feras.
Agora, porém, eles estão se aproximando da base como se estivessem sendo
atraídos para algo.
Seus números, sua ferocidade... Tudo sobre a situação é anormal.
“Se ela estivesse aqui… Não, nem ela seria suficiente para virar a maré…”
Haitani percebe que deveria parar de falar.

Mesmo que ele esteja no meio de uma batalha, ainda há uma chance de alguém
ouvi-lo.
Além disso, mesmo que seu combatente mais forte, Akane Nishino, estivesse lá, não
seria suficiente para impedir que o exército de feras batesse à sua porta.
Nesse ponto, Haitani percebe que já sabe como essa batalha vai acabar.
A única coisa que os espera é sua derrota inevitável e inexorável.

“Comece a evacuar os civis.”
“Mas comandante, se fizermos isso...”
“Tudo o que podemos fazer agora é ganhar tempo para eles.”
“Você está dizendo que estamos abandonando a base?!”
“É exatamente isso que estou dizendo.” Haitani tem os olhos de um homem que já
fez as pazes. “Mas não estamos brigando para jogar nossas vidas fora. Estamos lutando
para que possamos salvar tantos outros quanto pudermos.”
"Comandante…"
“Estou dividindo a ordem dos cavaleiros em dois grupos. Um grupo evacuará os civis
pelos túneis de emergência. O outro vai ficar aqui e ganhar tempo.”

"S-sim, senhor."
“Você... você está encarregado dos esforços de evacuação. Lembre-se, suas vidas estão em
suas mãos.”
Haitani odeia futilidade.
Aos seus olhos, travar batalhas fúteis e perder vidas por nada é um colossal
desperdício.
Se há significado na luta, porém, ele está mais do que disposto a colocar sua vida em risco.
Haitani está determinado a lutar até o último suspiro se isso significa comprar um
mais um segundo para a evacuação de civis.
No entanto, mesmo essa determinação pode quebrar sob o peso do verdadeiro desespero.
Esse desespero vem na forma de um rugido que soa como um trovão.

O terrível grito ressoa em tudo, exigindo a atenção de todos os presentes.
Uma vez que o tenha, a fera temível com suas enormes quantidades de mana
parece.
O comentário engasgado de um cavaleiro paralisado ecoa pelo campo de batalha. “Eu sou o
Bruto…”
As garras e presas carmesim crescidas da fera se erguem contra a escuridão.
Inspira terror instintivo em qualquer um que a contemple, como um demônio saído do mundo
das histórias.
O Bruto salta rápido demais para que aqueles amedrontados o sigam e balança suas garras
poderosas.
O golpe que inflige é o desespero encarnado.
"O que…?! A parede-!"
Com apenas um único ataque, as garras do Brute esculpem fissuras profundas no baluarte da
universidade.
Se essa parede cair, a base ficará indefesa. Eles serão invadidos em segundos.
Eles já podem imaginar.

Outro golpe de garra corta a noite.
“N-nãooooo!”
O grito é impotente para parar o Brute.
Deve ser, de qualquer maneira.

No entanto, a garra carmesim do Brute congela de forma não natural no ar.

Está atendendo a esse grito desesperado?
Não, claro que não.
Finalmente, os cavaleiros percebem a lâmina de obsidiana na qual o Bruto está empalado.
Está perfurando a enorme fera por trás. Sangue escuro escorre pela ponta.
Um rugido de agonia irrompe da boca do Bruto.

Então, lentamente…
…sua estrutura maciça sobe no ar.
Lentamente — muito lentamente — a lâmina ergue o Brute no ar.
A besta foi reduzida a nada mais do que um sacrifício indefeso.
Então, sob a luz da lua, a lâmina de obsidiana vira.
Um momento depois, o Brute se divide em dois. Uma torrente de sangue negro jorra.
Lá, embaixo dela, está o homem segurando a espada.

“E-é ele... o Cavaleiro Negro! O Cavaleiro Negro está aqui!”
“E-ele matou o Brute em um único golpe!”
As vozes trêmulas crescem em uma agitação cada vez maior.
"E-ele está aqui para nos ajudar...?"
O Cavaleiro Negro segura sua espada horizontalmente e se posiciona contra o
horda de bestas babando.
Todos ficam em silêncio novamente.
Os olhos dos cavaleiros estão fixos em cada movimento do Cavaleiro Negro.
Eles podem dizer que algo está prestes a acontecer.
Eles não sabem o que ainda.
No entanto, eles podem dizer pela forma como o ar se enrola ao redor do Cavaleiro Negro
que vai desafiar a crença.
Ninguém se contorce.
A única coisa que se move é o ar.
Luz — pontos de luz insondáveis — se reúnem ao redor da espada do Cavaleiro Negro
enquanto ele continua a mantê-la nivelada com o chão.
A luz então gira, espiralando em um brilho roxo-azulado enquanto converge na ponta da
lâmina.
Uma nova espada azul-púrpura se estende.
Ela se estende pelo chão, até o horizonte.

Parece praticamente durar para sempre.

O Cavaleiro Negro se abaixa e puxa a espada para trás.
Sua voz retumba como se estivesse vindo das profundezas do abismo enquanto ecoa por
toda a área.
"EU SOU…"
Uma tremenda quantidade de mana se acumula na lâmina – “…
ESPADA ATÔMICA.” — e a lâmina se parte.
Um flash de luz corta a noite, destruindo todos que estão dentro

isto.
Em seu rastro, um brilho roxo-azulado passa e ilumina tudo

a espada cortou.
Tudo até onde a vista alcança está morto.
Tudo isso - animais, árvores e edifícios - agora tem uma linha horizontal perfeita cortada
por ele.
"Isso não é possível... Não deveria ser possível..."
É como se o próprio Deus tivesse vindo e dividido o mundo em topos e fundos. Os
cavaleiros presentes estão completamente impressionados com a gravidade inacreditável do
que acabaram de testemunhar.
"Quem…? O que ele é...?” murmura haitani.
Ele não pode acreditar que o homem que fez isso, o Cavaleiro Negro, poderia ser humano.
O Cavaleiro Negro lentamente começa a andar. Seu casaco escuro esvoaça ao vento da
noite.
Suas botas estalam alto contra o chão enquanto ele avança em direção à base.
“Epa…”
Os cavaleiros se voltam e tentam fugir apenas por reflexo, e Haitani nem pensa em
repreendê-los.
Ele também sabe que a resistência é inútil.
“…Abra o portão,” ele diz.
“V-você está bravo, Comandante?! O-quem sabe o que vai acontecer se deixarmos essa
coisa entrar?!”
"Então? Não é como se tivéssemos outras opções.”
“Mas, Comandante…”
“Nenhum de nós é poderoso o suficiente para quebrar seu passo, então temos que apostar
em qualquer pequena chance que temos. Ele parou a debandada,

se nada mais."
Enquanto Haitani fala, ele desce o muro e abre o portão ele mesmo.
O Cavaleiro Negro entra na base sem hesitar.
Os cavaleiros correm uns sobre os outros para sair do seu caminho.
Nenhum deles tenta impedi-lo.
O Cavaleiro Negro continua como se fosse a coisa mais natural que se possa imaginar.
Todos os presentes entendem uma coisa - se alguém no mundo pode afirmar ser forte,
é ele.
"Aguarde…"
Haitani tenta falar com ele.
No entanto, sua voz falha com ele.
Ele percebe, vagamente, que é porque está com medo.
Finalmente, ele consegue arrancar um grito rouco.
“E-espere, por favor... O que você quer? Por que você está aqui no Messias…?”
Ele espera totalmente ser ignorado. O Cavaleiro Negro pode nem tê-lo ouvido.
Para sua surpresa, porém, o Cavaleiro Negro para e murmura baixinho. "A hora chegou.
A porta da escuridão é aberta e o mundo avança para um novo campo…”
Ninguém presente entende o que ele quer dizer.

No entanto, suas palavras têm um peso para eles que todos podem compreender.
O Cavaleiro Negro sabe tudo, sem dúvida.
Ele sabe por que o Japão se tornou assim. De onde vieram as feras.
Tudo. Ele vê a forma que o mundo ainda está para tomar.
Certamente é por isso que eles não o entendem.
"Quem... quem exatamente é você...?" Haitani pergunta enquanto o Cavaleiro Negro se
afasta.
“Meu nome é Sombra. Eu me espreito na escuridão e caço sombras.”
"Você se esconde na escuridão... e caça sombras..."
Haitani o observa partir.
Ele se pergunta se chegará o dia em que ele entenderá o que Shadow quer dizer com
isso.

Meu casaco preto esvoaça enquanto desapareço na escuridão.

É a saída perfeita — é lenta, sem pressa e deixa a impressão de poder absoluto.
“Heh-heh-heh… eu acertei nisso!”

Eles provavelmente ainda estão tremendo de admiração pela eminência na sombra que
apareceu do nada e destruiu as feras com força esmagadora.
Além disso, eles passarão séculos refletindo sobre as palavras misteriosas que eu deixei para eles.
“Os Shadowbrokers nunca morrem. Eles vivem para sempre nos corações daqueles que
testemunhar seus atos.”
Enquanto observo furtivamente meu público de um telhado, sinto uma presença familiar
atrás de mim.
"Beta... Você veio", eu digo, voltando ao meu ato de Sombra.
Ela faz seu próprio número de Shadow Garden e se ajoelha diante de mim.
“Veio sim. Demorei.”
Por alguma razão, ela está falando em japonês.
Mas por que?
“E-eu vejo que você aprendeu japonês…”
"Sim. Graças a Lord Shah-dou sou muito fluente.”
Isso não é exatamente o que eu chamaria de fluente, mas ela é claramente competente o suficiente
para se fazer entender.
Essa gramática estranha e instável dela meio que me lembra alguém, mas não consigo
identificar quem.
Nenhum dos meus conhecidos vem imediatamente à mente, então provavelmente não é
tão importante.
Mas devo dizer que não esperava que Beta aprendesse japonês tão rápido.
"De qualquer forma... o que tem na bolsa?"
Ela está carregando uma enorme bolsa feita de lodo nas costas.
Parece o Papai Noel carregando seu grande saco de presentes.
“Eu juntei o você-sabe-o-quê. Agora somos mais fortes.”
"O você-sabe-o-quê...?"
Tenho certeza que não sei o que é, mas acho que ela está apenas fazendo nossa rotina
padrão.

“Muitos conhecimentos. Como você disse há muito tempo, Lorde Shah-dou. Todo o
conhecimento tenho ligações comuns. Você estava certo! O padrão Sai-pele está ligado!
Japonês aprendido! Muitos outros links! Conhecimento todo conectado! São incríveis!”
"Ah sim. Tudo faz sentido."

Isso não fazia sentido. Tudo o que consegui disso foram os golpes japoneses do Beta.
“E como está o plano?”

Não havia realmente um plano, mas sinto vontade de mudar de assunto.
Estamos muito fora do roteiro neste momento, mas Beta faz um trabalho perfeito
acompanhando minha improvisação.
“Tudo está no lugar. Encontrou o que procurávamos.”
"Entendo... Então, tudo está no lugar."
“A porta está aberta. Lidere assim.”
“Entendo… Então, o líder inimigo é assim…”
Quando volto minha atenção na direção apontada por Beta, sinto um par de assinaturas
mágicas incomuns.
Ela deve ter ido e encontrado o próximo grande evento para mim.
Você fez bem, Beta.
Uma figura sombria corre por um túnel subterrâneo escuro.

Eles estão carregando uma cabeça decepada, e de vez em quando, eles atiram em um preocupado
olhar para trás por cima do ombro.
Eventualmente, eles param na frente de uma grande mala com rodas no final do túnel.
"Acabou... Finalmente acabou."

A voz da figura é feminina.
Ela recupera uma lanterna e usa sua luz para abrir a mala.
Lá dentro, há uma jovem adormecida abraçando os joelhos.
A jovem tem longos cabelos negros e está vestida com um uniforme da Ordem dos
Cavaleiros. É Akane Nishino.
"Isto é tudo culpa sua. Tudo o que aconteceu, tudo o que é sobre

acontecer... é tudo por causa de você,” a mulher sombria diz a ela.

Ela abaixa a cabeça e tira algo em forma de seringa do bolso.
É quando uma nova voz ecoa pelo túnel.

“Parece que eu estava certo. Você foi o culpado.”
Pertence a um menino.
"Quem está aí?!"
A mulher sombreada se vira e aponta a lanterna para onde a voz veio.
Sua luz revela o menino de pé na escuridão. Ele tem cabelos e olhos pretos e parece
totalmente despretensioso. Ele é o tipo de jovem comum que você pode encontrar em
qualquer lugar.
“Menor...? Como você está aqui?”
“Você provavelmente pensou que eu estava morto, não é... Dr. Yuuka?”
“……”
A expressão da mulher congela.
Com certeza, ela é a médica vestida de jaleco da base, Dra. Yuuka.
"Quero dizer, você é quem deu a ordem para me matar."
“… Isso mesmo, eu sou. Trabalho inteligente, descobrir isso.”
"Acho que você matou o gor... Saejima também?"
Ela admite isso com naturalidade. "Isso mesmo."
“Foi estranho, sabe. Eu não tinha feito nada para fazer as pessoas quererem me atacar.
A única explicação que fazia sentido era se você fosse o assassino.
“Vejo que não terminaram o trabalho.”
"Não. Eu ainda estou vivo e chutando. Por que você fez isso, doutor?
Dr. Yuuka sorri friamente. “Você quer uma explicação?”
Ela puxa uma pistola do bolso do jaleco e aponta para Minoru.
“…Essa é a arma que você usou para matar Saejima?”
“O mesmo. Matá-lo era como tirar doce de um bebê. Quando seus guardas estão
abaixados, os cavaleiros são apenas pessoas comuns. Você pode matar com nada mais do
que um pouco... estrondo.”
Ela puxa o gatilho.
Uma bala ricocheteia no chão aos pés de Minoru, enviando uma pequena chuva de
faíscas.
Minoru nem se contorce, um fato que ela encara com alguma surpresa. “Você não se
assusta fácil, não é? Ou você está tão assustado que não pode

mesmo se mover?”
— Por que você o matou?

“Ele era nosso homem interior. Uma vez que tivemos o que precisávamos, nos livramos
dele,” ela responde com um sorriso encantador.
"Nós?"
“Sou um espião da Aliança.”
"Oh, eu vejo. Então, o que, você está atrás da base?
“É isso que a Aliança busca, certamente. Mas eu não." Ela cerra os punhos. “Meu
objetivo é a vingança.”
"Por onde começar... Você sabe quem ela realmente é, lá no fundo?"
Dr. Yuuka olha para o corpo adormecido de Akane.
“Ela é uma garota muito má que matou muitas e muitas pessoas.”
"Huh."
O garoto soa quase indiferente. A expressão do Dr. Yuuka endurece.
“Você não acredita em mim. Você acha que estou mentindo, não é?
"O que? Não. Tenho certeza que você está...
"Multar. Eu vou te contar tudo. Vamos ver como você se sente quando souber
sobre a maneira como ela os abateu.
"Quero dizer, ei, se você quiser."
Os lábios da Dra. Yuuka se contorcem quando ela começa a contar sua história. Sua
expressão não suavizou nem um pouco. “Eu morava em Arcádia com meu marido. As coisas
não foram fáceis, mas estávamos felizes. Agora, meu marido era um pesquisador. Ele
estudou os Despertos ao lado de Akira Nishino.”
"Ok…"
“Um dia, sua pesquisa deu frutos e eles criaram o primeiro cavaleiro de todo o Japão –
uma garota de cabelos pretos e olhos vermelhos que eles chamavam de Cavaleiro Original.”
Ela olha para Akane Nishino enquanto fala.

Isso me parece estranho. “Se bem me lembro, pensei ter ouvido que o
O Cavaleiro Original tinha cabelos dourados.”
“No começo, o cabelo dela era escuro. Mas Akira Nishino não estava satisfeito com seu
poder. Ele começou a se envolver em pesquisas proibidas na tentativa de torná-la ainda mais
forte. Foi isso que deixou seu cabelo dourado.”
“Ah, hein…”
“E ela se tornou poderosa, tudo bem. Eventualmente, porém, esse poder cresceu

fora do controle dela. Meu marido tentou várias vezes parar Akira Nishino, mas ele nunca conseguiu.
E foi então que aconteceu.”
Ela abaixa a cabeça. Seus lábios estão tremendo.
“Um dia, o Cavaleiro Original entrou em fúria e massacrou o povo de Arcádia. Meu marido foi
uma das vítimas; Eu o segurei em meus braços enquanto ele morria. Segui Akira Nishino e o
Cavaleiro Original depois disso, e quando os encontrei alguns anos depois, você sabe o que eles
estavam fazendo?
Continuando sua pesquisa como se nada tivesse mudado. Eles destruíram Arcádia e mataram meu
marido, e pretendo fazê-los pagar.
Ela range os dentes enquanto continua.
“Eu já derrubei Akira Nishino. Quando eu terminar com o Cavaleiro Original, tudo estará
acabado. E caso ainda não tenha ficado claro o suficiente, ela é a Cavaleiro Original.”
Ela olha para a garota embalando os joelhos em seu sono.

"... Você vai matá-la?"
“A morte seria boa demais para ela. Depois de todos os horrores que ela causou, agora ela
está tentando esquecer o que fez. Bem, eu não vou deixá-la. Vou forçá-la a se lembrar de tudo…”
Dr. Yuuka pressiona a ponta da seringa contra o pescoço de Akane e olha para Minoru.
“Você fica exatamente onde está. Você sabe que tipo de experimentos Akira Nishino estava
realizando com essa garota? Ele fez o Cavaleiro Original injetando-a com fluidos corporais de besta
purificados um pouquinho de cada vez. Ela é um monstro com pedaços de humanos e feras
misturados dentro dela. Agora, o que você acha que vai acontecer... se eu injetar nela os fluidos do
Brute?”
Ela enfia a seringa e deposita sua carga.
Os olhos de Akane se abrem.
Seu corpo esbelto convulsiona e a magia dourada começa a sair dela.
No momento em que ela se levanta, seu cabelo brilha dourado.
"Agora isso... isso é quem você realmente é."
A boca do Dr. Yuuka se curva em um sorriso cruel. Akane vira seus olhos vidrados para ela.
O rosto de Akane está inexpressivo, e seus olhos estão frios e vazios.

Ela casualmente empurra o braço direito para a frente.
Seu braço se move como se estivesse sendo atraído por algo, então perfura o Dr.
coração de Yuuka.

Dr. Yuuka não resiste.


Em vez disso, ela apenas cai em cima de Akane e sussurra em seu ouvido.
“… Esta é a minha vingança.”
Ela ri. Seus lábios estão molhados de sangue.
Então, ela se encolhe de joelhos e ri até que a última vida desapareça dela.
"Ah... ah... ah..."
Os olhos de Akane nadam.

Tremendo, ela olha para o braço encharcado de vermelho.
"Ahhhh... Ahhhhhhhhhhhhhhh!"
Ela arranca o cabelo com a mão ensanguentada.

Seus gritos são tingidos de tristeza.
“AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!”
Partículas douradas se espalham de seu corpo. Eles envolvem seus arredores, então explodem.
Akane Nishino sente como se estivesse olhando para algum tipo de mundo distante e distante.
Em seu coração, no entanto, ela sabe que tudo está acontecendo bem na frente dela.
Ela sabe muito bem que a sensação de seu braço rasgando a carne e o
visão do Dr. Yuuka em colapso são terrivelmente reais.
Ela sabe, porque se lembra de ter acontecido a mesma coisa há muito tempo
atrás.
Ela se pergunta o que, exatamente, aconteceu naquela época.
Ela se pergunta quantas pessoas ela matou.
As lembranças voltam à tona, assim como a sensação em seu braço.
"Ahhhh... Ahhhhhhhhhhhhhhh!"
As memórias estão gravadas profundamente em seu coração. Eles nunca irão embora.
Ela esmagou cidades, massacrou pessoas e destruiu Arcádia, tudo porque não conseguia controlar
sua magia e seus impulsos.
Parecia que ela estava olhando para um mundo distante e distante naquela época também.
Por causa disso, ela sabe o que está prestes a acontecer.
Ela pode sentir sua magia começando a correr solta.

Isso dói.
“AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!”
Partículas douradas engolem seus arredores, então explodem.
O garoto de cabelos pretos é pego na explosão e sai voando.
“Ah... Ahhh...”
No momento em que sua magia finalmente se acalma, tudo em uma cúpula ao seu redor
é destruído.
Os escombros estão empilhados ao redor dela, e ela pode ver as estrelas através do
buraco recém-formado acima.
O garoto de cabelos pretos não está em lugar algum.
Akane fica lá petrificada.
No entanto, apesar da profunda tristeza em seu coração, ela não consegue mudar sua
expressão. Esse fato também dói.
Então, ela ouve algo atrás dela.
Ela se vira e vê um homem de casaco preto parado em cima dos escombros.
É o Cavaleiro Negro.
A lua paira alta em suas costas enquanto ele puxa sua lâmina de obsidiana.
“É uma boa noite para cortar o passado…”
Ele ergue sua espada em direção ao céu.
Uma rajada de vento sopra entre os dois.
"Aqui vou eu."
Com isso, ele voa pelo céu.
Não... fique para trás!
O corpo de Akane se move sozinho, sem se importar com seus gritos internos.
A magia dourada brota de todo o seu corpo. Ela sobe no ar.
O ouro preto e o ouro crescente colidem.
E quando o fazem... o ouro esmaga o preto.
Outra pessoa morta por suas mãos.
Akane olha para o braço que ela usou para perfurar o Cavaleiro Negro e
sente uma onda de algo quase como resignação passar por ela.
Seu braço está coberto por um líquido preto e pegajoso.
É o sangue do Cavaleiro Negro. Não, espere... isso não está certo.
Uma voz vem de trás dela. “Essa foi a minha pós-imagem.”
Ela se vira e encontra o Cavaleiro Negro parado ali o mais calmo possível.

Ela tem certeza de que sentiu seu braço esfaquear o Cavaleiro Negro, mas ele não tem nem
um arranhão nele.
“Ahhhhhhhhhhhh!”
Seu corpo corre para a frente, determinado a caçar o Cavaleiro Negro.
No meio de sua carga, no entanto, ela para de repente.
Ela não sabe quando eles chegaram lá, mas há correntes enroladas em seus braços e pernas
e restringindo seus movimentos.
Ela pensa no líquido preto que encontrou em seu braço. Ele fez isso para configurar isso ?
“Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!”
Sua magia luta e tenta atacar, e ele a repreende de uma forma tranquila.
tom. "Sem uso. Ninguém pode escapar da prisão de correntes negras.”
Suas botas batem no chão enquanto ele se aproxima dela lentamente.
A magia azul-púrpura se acumula em sua lâmina negra.
É terrível e bonito de se ver.
Akane está atordoada sem palavras.
Ela percebe então que ela vai morrer lá.
Tudo vai finalmente acabar.
Seu corpo se enfurece, mas seu coração está calmo.
Ele abaixa sua lâmina, e a visão de Akane se inunda com uma luz azul-púrpura.
Quando sua consciência começa a desaparecer, ela ouve uma voz familiar.
“… De agora em diante, tente parar de ser sequestrado tanto.”
Beta observa através de uma abertura nos escombros enquanto a magia azul-púrpura cura Akane.
“Tee-hee-hee… Isso é magnífico.”

Ela usa a câmera digital em sua mão direita para capturar uma imagem de seu estimado
mestre e, ao mesmo tempo, usa sua mão esquerda para escrever passagens de As Crônicas do
Mestre Shadow. É um truque de festa.
“Esta câmera pode preservar a imagem de Lord Shadow em toda a sua majestosa glória.
É como se este dispositivo tivesse sido inventado apenas para mim.”

Ela enxuga a baba que escorre pelo queixo antes de guardar a câmera e o manuscrito.
Vendo que seu mestre chegou a um bom ponto de parada, ela o chama.
"Estamos todos prontos para ir, meu senhor."

Ele calmamente se vira para ela. “Ah, Beta.”
“O plano está completo?” ela pergunta.
"Huh? Sim. Claro."
"Muito bem. Então eu começo.”
Com isso, Beta pesca a cabeça decepada dos escombros.
Ela já terminou de analisar a Rosa Negra.
"Oh…?"
"Eu vou assim... E assim, provavelmente... Tudo feito!"

Ela joga a cabeça no ar, imbui sua espada com magia e a usa para empalar a cabeça.
A escuridão começa a se espalhar, formando um buraco negro crescente.

“Ooh… eu realmente não segui isso, mas bom trabalho, Beta.”
“V-você é muito gentil, meu senhor! Não foi nada!”
Beta fica tão emocionada com o elogio inesperado que todo o seu corpo treme antes que ela
possa se conter.
“Tudo bem, vamos sair daqui. Como agora mesmo. Chop chop, não há tempo a perder.”
"Sim senhor."
“Aqui vamos nós, Beta! Gerônimo!”
Sem hesitar por um momento, seu senhor salta diretamente para o buraco negro.
Beta o observa ir, mas quando ela está prestes a seguir sua liderança, ela percebe algo.
"Isso... não vai caber."
O saco preto que ela está carregando está tão apertado e cheio que parece uma pequena
montanha.
Dentro estão todas as ferramentas e documentos que ela coletou durante seu tempo no Japão.
O plano era levá-los todos de volta com ela para que ela pudesse estudá-los, mas
há um problema - o buraco negro é muito pequeno.
Mal é grande o suficiente para ela passar, muito menos todo o seu saque.

E para piorar a situação, está lenta mas seguramente começando a encolher. Em

alguns minutos, estará completamente fechado.
“Sniff… Mas eu coleciono tanto…”
Lágrimas brotam em seus olhos quando ela abre seu saco e despeja seu
conteúdo.
Ela começa a vasculhar a pilha em busca de qualquer coisa pequena o suficiente que ela possa carregar
com ela na mão.
"Este... Não este... Definitivamente não este... Este talvez encaixe... Hmm?"
Então, de repente, ela registra a presença da jovem no chão.
Graças à forma como o mestre de Beta a curou, o cabelo da jovem voltou de seu tom
dourado anterior de volta ao seu belo tom original de preto. Ela está dormindo
pacificamente no chão.
“Acabei de ter uma boa ideia.”
Um sorriso perverso se espalha pelo rosto de Beta enquanto ela olha para a mulher
descansando.
Há tanta coisa que ela pode levar com ela.
Isso significa que ela precisa priorizar os recursos mais valiosos e
fontes de conhecimento que ela pode encontrar.
“A melhor coisa a trazer é um espécime local!”
Beta envolve a mulher de cabelos negros em lodo e a embala com um
alguns dispositivos menores, bem como a câmera digital.
"Nós vamos, agora."
Ela enfia a bolsa preta no buraco, depois pula atrás dela.
“A sombra está de volta?”
No momento, Alpha está ouvindo um relatório enquanto está no escritório do diretor

do Mitsugoshi Deluxe Hotel.
No momento em que ela ouviu sobre Shadow sendo sugado para o Black Rose, ela
imediatamente correu para o Reino de Oriana para se encarregar da operação de
controle de danos.

“MMMMM-Mestre Shadow está de volta?!”

Epsilon, que está trabalhando ao lado dela, se levanta tão rápido que bate na cadeira
sobre.
“Acalme-se, Epsilon.”
"M-mas, Alfa..."
“Ele tinha algum tipo de objetivo importante que estava realizando, e sabíamos que ele
tinha os recursos para seu retorno à mão. Nunca houve qualquer dúvida sobre se ele voltaria
ou não.”
“Eu... eu acho que você está certo. Estou tão feliz que ele está seguro, no entanto.”
"Onde ele está agora?" Alpha pergunta a Victoria, que está na frente da porta.
“Ele está indo para o Reino Midgar com muita pressa.”

“Por que a pressa?”
“Ele parecia estar preocupado com o término das férias de inverno da academia.”
"Eu vejo. Pode haver algo importante acontecendo lá, então.

Algo relacionado ao Culto, ou talvez até Diablos…”
“Entendido, senhora. Devo observar que Zeta está com ele.”
“Zeta? Quando ela voltou?”
“Não está claro, senhora.”
Alpha solta um pequeno suspiro. “Essa garota tem habilidades, eu vou dar isso a ela, mas ela
realmente precisa se apresentar com mais frequência.”
“Além disso, Beta retornou também. Ela diz que trouxe uma série de coisas interessantes
de volta com ela.”
“Ah, então eles entraram com um objetivo. Onde ela está?"
“Ela é—”
Antes que Victoria possa terminar sua frase, a porta se abre e uma garota de cabelos
prateados entra.
“Estou de volta, pessoal!”
"Bom trabalho lá fora", diz Alpha. “Na verdade, antes de elogiar você, eu
tenho que perguntar... o que é isso?
Beta está arrastando uma grande bolsa preta atrás dela.

"Vamos ver", diz ela e começa a puxar com orgulho vários aparelhos eletrônicos. “Tenho
uma câmera digital, um laptop, um tablet… E todos são incríveis! Quero dizer, estamos
falando de alguns gadgets revolucionários aqui! Tudo o que eles precisam é de eletricidade,
e eles podem fazer todo tipo de coisa!”

Alfa aponta para a bolha visivelmente em forma humana. “Isso é fascinante, mas na
verdade eu estava perguntando sobre aquele que se parece com uma pessoa.”
Epsilon concorda com a cabeça.
"Isso é, hum..." Beta faz uma pausa e inclina a cabeça em pensamento. “Um...
conhecimento... amostra? Ou melhor, um manual, talvez? Algo nesse sentido.”
“Eu tenho que dizer, parece muito com um ser humano.”

"Bem, eu não olhei para isso com o devido rigor, mas para ser preciso, ela é um
espécime do outro mundo - um que eu suspeito ser quase indistinguível de um humano."
A resposta pedante de Beta lhe rende uma sobrancelha franzida de Alpha. “Bem, faça
certifique-se de cuidar bem dela.”
"Quem eu? Eu ia apenas entregá-la para Eta…”
“Você a encontrou, então ela é sua responsabilidade. Uma vez que você começa algo,
é importante vê-lo até o fim. E, além disso, quem sabe o que Eta faria com ela se tivesse
rédea solta?
Beta abaixa a cabeça desanimada. "I-isso é um ponto justo..."


“Você pode me dar todos os detalhes mais tarde. Escreva um relatório sobre
tudo o que aconteceu lá e todas as coisas que você trouxe de volta.”
“O-claro. Vou começar imediatamente.”
“Além disso, há algo que você deve saber. No que diz respeito à situação com o número
666…”
A reunião do conselho de administração do Shadow Garden continua até tarde da noite.
Akane acorda em um quarto branco.

Ela se sente bem. Muito bom. Seu coração está calmo, e ela não consegue se lembrar da
última vez que acordou sentindo-se tão revigorada.
"Onde estou…?"
Ela olha ao redor da sala.
A princípio, ela pensa que está em um dos laboratórios da universidade, mas o
equipamento aqui é muito primitivo para isso.
"Eu não posso... eu não posso ler nada."
Há algo escrito na parede, mas ela nem reconhece em que idioma está.
"O que aconteceu comigo lá atrás...?"

Akane se lembra de tudo.
Ela se lembra de seus pecados, ela se lembra de aceitar a morte, ela se lembra
a luz suave e sua voz envolvendo-a no final - tudo.
Seu coração está calmo o suficiente agora para aceitar as coisas como elas são.
"…Eu sinto muito."
O pedido de desculpas é dirigido àqueles que ela ofendeu.
Dr. Yuuka, o povo de Arcádia... Todos eles morreram por suas mãos.
Seu irmão pode ter sido quem começou tudo, mas o jeito que ela
vê, foi sua própria fraqueza que exacerbou o dano.
Ela queria chegar a um acordo com o passado por tanto tempo, mas ela nunca
teve força para isso.
Agora, no entanto, ela faz.
"Foi você, Minoru... não foi?"

Sua era a voz que ela ouviu. Ela tem certeza disso.
“Eu sei que você sobreviveu. Você nunca muda, não é...?”
Uma única lágrima escorre do canto do olho.
Se ele ainda está vivo, então ela pode ser forte.
“Espere por mim, Minoru. Eu... matei muitas pessoas, mas vou salvar muitas mais.
Então, por favor, apenas espere que eu termine de expiar…”
E com isso, partículas douradas começam a flutuar ao redor dela.


Apêndice







Posfácio
Obrigado a todos por lerem o Volume 4 de The Eminence in Shadow.

Gostaria de começar pedindo desculpas pela longa espera. O problema é que eu tinha
bloqueio de escritor. Houve um longo período em que eu não sabia o que deveria escrever –
o que seria certo escrever – e acabei não fazendo nenhum progresso.
Eu tenho feito toda a coisa de web novel mais ou menos desde que comecei a escrever
e, com o tempo, meu estilo de escrita mudou gradualmente para um mais adequado a esse
formato. Em outras palavras, eu regularmente checava com os leitores e fazia edições e às
vezes retrabalhava enredos inteiros com base em seus comentários. Mesmo que suas
opiniões sejam diferentes das minhas, se um número suficiente deles estiver de acordo, sinto
que a coisa certa a fazer é respeitar como eles se sentem. Até hoje, eu ainda acredito nisso,
e faço questão de fazer as coisas apenas “do meu jeito” no decorrer da história ao longo do
caminho que os leitores querem.
Esse é o estilo de escrita que meus dias de web novel promoveram em mim.
No entanto, isso me deu problemas quando decidi que o Volume 4 seguisse em sua
própria direção. Sem a capacidade de postar um capítulo de cada vez e fazer alterações
observando as reações dos leitores, fiquei sem saber como proceder. Eu escrevia um pouco
e acabava apagando tudo e recomeçando do zero. Isso durou mais de um ano.
No passado, minhas histórias não eram algo que eu escrevia por conta própria. Eles
foram algo que construí junto com meus leitores.
Eu realmente sinto muito por deixá-los esperando por tanto tempo, mas eu finalmente
terminei o livro e o enviei para ser publicado. Gostaria de agradecer de coração ao meu
editor, que sacrificou horas de seu valioso tempo todos os dias para me ajudar a superar
minha crise.

Agora, eu tenho um anúncio especial para todos vocês. Acontece que The Eminence
in Shadow receberá uma adaptação em anime! Isso nunca teria sido possível se não
fosse o apoio que todos vocês demonstraram para a série.
Meu tempo durante a crise me fez realmente entender o quão importante vocês são. Um
enorme obrigado a cada um de vocês.
Estou chegando ao fim aqui, então gostaria de dizer mais algumas palavras de
gratidão.
Agradeço ao meu editor por me ajudar em todo o processo de publicação. Obrigado
a Touzai pelas melhores ilustrações que eu poderia esperar.
Meus agradecimentos a Araki em BALCOLONY. pelos designs incríveis que adornam
este livro. Eu também gostaria de agradecer a todos que trabalham no anime. E por
último, gostaria de agradecer aos meus leitores pelo apoio. Mais uma vez obrigado do
fundo do meu coração.
Vamos nos encontrar novamente no Volume 5!
Daisuke Aizawa

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The Eminence in Shadow, Vol. 4

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Tradução de Nathaniel Hiroshi Thrasher

KAGE NO JITSURYOKUSHA NI NARITAKUTE! Vol. 4 ©Daisuke Aizawa

Tradução para o inglês © 2022 por Yen Press, LLC

A digitalização, upload e distribuição deste livro sem permissão é um roubo de propriedade

Primeiro iene na edição: junho de 2022

Yen On é uma marca da Yen Press, LLC.

Nomes de Dados de Catalogação na Publicação da

Identificadores: LCCN 2019034416 | ISBN 9781975359058 (v. 1 ; capa dura) | ISBN

ISBNs: 978-1-9753-4184-8 (capa dura)

Prólogo É hora de uma guerra no reino de Oriana!

Capítulo 1 Colocando o Kibosh no casamento de Rose Oriana!

Capítulo 2 Iniciar operação: Obstrução!

Capítulo 3 Destruindo a Cerimônia!

Capítulo Auxiliar Ascensão do Fancy Hoodlum Slayer!

Capítulo 4 Espreitando na Escuridão no Japão Fantástico!

Capítulo 5 Esgueirando-se pelo Japão, assim como nos velhos tempos!!

Epílogo Eis uma eminência de pleno direito nas sombras!

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É hora de uma guerra no reino de

Às vezes, as pessoas percebem quando estão tendo um sonho.

Página 1 Goldenagato | mp4directs. com

"Me desculpe, me desculpe, eu estou..."

Base de jardim no Reino de Oriana.

A imagem do pesadelo está queimando em suas retinas.

Página 2 Goldenagato | mp4directs. com

O número 664 parte em ritmo acelerado, e Rose e 665 a seguem.

Página 3 Goldenagato | mp4directs. com

Dito isso, há exceções.

Ela é o único número 559 do Shadow Garden.

Página 4 Goldenagato | mp4directs. com

Fort First fica nas montanhas, e a família real costuma usá-lo

Rose dá-lhes um pequeno aceno de cabeça. "…É verdade."

“Ele fez o mesmo por mim”, diz o número 559.

Página 5 Goldenagato | mp4directs. com

Página 6 Goldenagato | mp4directs. com

Os cadáveres dos soldados são empilhados no Forte First.

O número 664 olha para ela preocupado.

Página 7 Goldenagato | mp4directs. com

“O que há na floresta, 666?” 559 pergunta.

Quando ela tira o roupão, a garganta de Rose treme.

Página 8 Goldenagato | mp4directs. com

Página 9 Goldenagato | mp4directs. com

Ela planeja ceifar todo mundo de uma só vez.

A rainha olha para Rose em choque.

Página 10 Goldenagato | mp4directs. com

“Desculpe”, o Número 559 responde, “mas eu não sou um dos Sete.”

“Por enquanto, sou apenas o número 559…”

Os rostos dos números 664 e 665 se contorcem em desespero.

Página 11 Goldenagato | mp4directs. com

“V-você não pode—”

Você adivinhou - é seu verdadeiramente!

Página 12 Goldenagato | mp4directs. com

“Cida!” Maria chora.

“I-isso é tudo que eu tenho. Reabastecer tem sido difícil ultimamente…”

Seus olhos praticamente brilham.

Página 13 Goldenagato | mp4directs. com

Três soldados passeiam pela fria estrada noturna.

Seu saco de ouro tilintava enquanto eles andavam.

"Ha-ha, vamos matar o merdinha."