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8 Artista sul-coreano que trabalhou em diversos meios de arte, mas sendo mais conhecido pelos
seus trabalhos no campo da videoarte.
9 Pintor e escultor alemão, foi um dos pioneiros da Instalação e Videoarte.
10 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=r3hrEEETgAg> Acesso em: 22 jan. 2023 às
12:02.
Posteriormente a esse encontro, também foi realizada uma versão de 10 minutos, a
qual foi exibida na 11ª Semana de Integração Acadêmica Da UFRJ (SIAC). A partir
desses eventos se deu o estudo da realização do Documentário “Sarau Internacional
IntegrArtes 100 Anos Helenita Sá Earp”, uma obra feita pela Companhia de Dança
Contemporânea da UFRJ, a qual ainda está em processo de construção.
O primeiro momento da mesa de edição do documentário foi a realização de
uma busca no banco de imagens do projeto, para reconhecer quais atividades foram
gravadas, assim conhecendo o material bruto que se possuía para a execução do
filme. Com a análise foi possível perceber que muitas atividades do sarau não
conseguiram ser gravadas, ou então foram perdidas na transmissão de arquivos
externos do projeto. Das 44 atividades que a Edição Especial do Sarau “IntegrArtes”
contou, apenas 22 conseguiram ser registradas, sendo que algumas tiveram poucas
imagens. Estas foram: Oficina de Percussão, com Jorge Amorim; Oficina de Música
Africana, com Lwiza Gannibal, Oficina do Passinho, Fabiano Quintanilha; Oficina de
Samba e Forró, com Taciana Moreira e Édipo Sisant; Hip Hop Criativo, com Suellen
Cristino e Thiago Nunes; Cinema no Beco, com Bhega Silva; Apresentações
músicas da Orquestra da Faetec e da banda Sound Folkechegskale, escola de
música da Noruega que tem parceria com o projeto; Cerimônia e Mesa de Diálogos
Inter Religiosos com o Prof. O Dr. Babalawo Ivanir dos Santos, Pastor Ismael e
Ricardo Tupinambá com mediação do Prof. André Meyer; Apresentação de Rap do
GB; Performance Réptil de Thiago Nunes; Apresentação da Bateria da Escola de
Samba da União da Ilha; Oficina de Boneca Abayomi com Pituka Nirobe; Oficina de
Brinquedos de Bambu com Tomé Lima; Roda de Conversa sobre os povos
originários com Ricardo Tupinambá; Bate papo e Recital com as Sarauzeiras
Oníricas, Mery Onírica, Lindacy Fidelis, Menezes e Yolanda Soares; exposição de
desenhos das crianças da Vila; exposição de quadros da Dani Farahildes; Oficina de
grafite; Cortejo de máscaras com Aurélio Antônio; performance Dançar com Édipo
Silsant e por último a performance “Árvore” com Thayná Bertoldo. Além das
gravações dessas atividades, o material também contou com entrevista de alguns
oficineiros e de algumas crianças que participaram do evento.
Em seguida foi realizada uma decupagem mais profunda do material,
analisando quais planos possuíam uma maior potencialidade artística, importância
social e que melhor representassem a magnitude do evento. Após a decupagem foi
feita uma mini edição para cada atividade, para que cada uma fosse
cuidadosamente tratada e pudesse ser adicionada ao documentário. Através deste
mini recorte foi possível perceber que algumas atividades mereciam um
minidocumentário somente delas, devido ao seu vasto material e relevância social. A
Mesa de Diálogos Inter Religiosos, por exemplo, foi uma das atividades que
somente seu recorte tinha mais de uma hora de duração, devido ao seu conteúdo ter
uma grande magnitude de diálogos tão necessário para a realidade brasileira. Já
outras atividades seriam interessantes ter um minidocumentário composto pelo seu
tema, como foi o caso de todos os trabalhos realizados artísticos realizados pelas
crianças da vila, uma vez que o objetivo do Sarau, além de trazer um evento cultural
para o espaço geográfico da Vila Residencial, é incentivar a criação de novos
artísticas locais.
Depois dessas edições por agrupamento, iniciou-se os testes de edição para
o filme de uma hora, que seria exibido no Encontro Internacional de Educação
Popular e Cidadania. Devido a vasta extensão do material, muitos cortes foram
necessários, os quais influenciaram diretamente na mensagem a ser transmitida.
Dessa forma, houve uma priorização das entrevistas com as crianças e com os
oficineiros que participaram do Sarau. Esta escolha se deu para evidenciar como a
participação nas atividades foi significativa para as pessoas envolvidas no evento.
Vale destacar a entrevista do oficineiro de percussão corporal, Jorge Amorim que
contou sobre a importância de ter dado uma oficina, na qual boa parte das crianças
presente eram moradores de comunidade, realidade que ele também fez parte antes
de ser um grande músico que morou fora do brasil. ele também relatou a
importância do trabalho de cidade que é feita através da percussão com esses
jovens uma vez que sua identidade cultural é resgatada. Outra entrevista essencial
para entender o Sarau foi a da participante Beatriz, uma menina negra de 11 anos
de idade. Ao ser perguntada sobre qual atividade mais marcou ela no evento, a
transformou, a garota responde apenas “Dançar”, fala essa que é impossível não
associar com os ensinamentos de Helenita Sá Earp que via na dança um elemento
transformador do ser humano, capaz de fazê-lo perceber sua corporeidade em seus
aspectos individuais, grupais e ambientais.
Figura 4
5. Referências
MEYER, André; EARP, Ana Célia de Sá. VIEYRA, Adalberto (Ed.) Helenita Sá Earp: Vida e Obra.
Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2019.