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As publicações não obtiveram sucesso, e o filósofo acreditou que as

críticas recebidas estavam relacionadas a problemas na forma de


apresentação das ideias, e não especificamente em seu conteúdo. Nos
próximos dois livros, Investigação sobre o entendimento
humano (1748) e Uma investigação sobre os princípios da moral (1751),
então, desenvolveu, em uma linguagem mais atrativa, os temas
presentes já na primeira obra.

O próprio David Hume considerava que este último é sua contribuição


mais brilhante. O que o fez ganhar certa notoriedade, em todo caso,
foram as reflexões breves (o tipo de texto é chamado essay em inglês)
sobre política, ética e literatura, publicadas, em sua maioria, em 1741
e em edições posteriores.

Apesar de ter tentado em duas ocasiões, não conseguiu conquistar


uma carreira acadêmica e tampouco se profissionalizou em outras
áreas. Trabalhou como tutor, bibliotecário e secretário em diversas
funções. Aproveitou o período como bibliotecário, de 1752 a 1756, para
iniciar a escrita de seu aclamado História da Inglaterra, publicado em
seis volumes e que lhe concedeu a estabilidade financeira tão
esperada.

Foi como secretário para a embaixada britânica na França, entre 1763


e 1765, que fez contato com alguns filósofos do iluminismo francês,
como Denis Diderot, Jean-Jacques Rousseau e Jean Le Rond
d’Alembert, com o qual fez amizade.

David Hume sempre esteve preocupado em revisar e corrigir seus


escritos, ao que se dedicou após 1762. Em 1769, já após seu último
emprego, compra uma casa em Edimburgo e muda-se com sua irmã,
em 1771. Após apresentar sinais de doença, visita médicos em abril de
1776, mesmo período em que promete ao seu editor, William
Strahan, novas revisões de alguns textos. Meses antes de falecer, no
mesmo ano, fez alterações no testamento, indicando como deveria ser
o monumento sob seu túmulo e especificando até o valor total que
deveria ser gasto nele.

Leia também: Friedrich Nietzsche: o crítico da moral judaico-cristã

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