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Georg Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de

fevereiro de 1685 — Londres, 14 de abril de 1759) foi um compositor alemão, naturalizado


cidadão britânico em 1726.
Desde cedo mostrou notável talento musical, e a despeito da oposição de seu pai, que o
queria um advogado, conseguiu receber um treinamento qualificado na arte da música. A
primeira parte de sua carreira foi passada em Hamburgo, como violinista e maestro
da orquestra da ópera local. Depois dirigiu-se para a Itália, onde conheceu a fama pela
primeira vez, estreando várias obras com grande sucesso e entrando em contato com
músicos importantes. Em seguida foi indicado mestre de capela do Eleitor de Hanôver,
mas pouco trabalhou para ele, e esteve na maior parte do tempo ausente, em Londres.
Seu patrão mais tarde se tornou rei da Grã-Bretanha como Jorge I, para quem continuou
compondo. Fixou-se definitivamente em Londres, e ali desenvolveu a parte mais
importante de sua carreira, como autor de óperas, oratórios e música instrumental.
Quando adquiriu cidadania britânica adotou o nome George Frideric Handel.[1]
Tinha grande facilidade para compor, como prova sua vasta produção, que compreende
mais de 600 obras, muitas delas de grandes proporções, entre elas dezenas de óperas e
oratórios em vários movimentos. Sua fama em vida foi enorme, tanto como compositor
quanto como instrumentista, e mais de uma vez foi chamado de "divino" pelos seus
contemporâneos. Sua música se tornou conhecida em muitas partes do mundo, foi de
especial importância para a formação da cultura musical britânica moderna, e desde a
metade do século XX tem sido recuperada com crescente interesse. Hoje ele é
considerado um dos grandes mestres do Barroco musical europeu.

Karl Emil Maximilian Weber (pronúncia em alemão: ˈmaks


ˈveːbɐ; Erfurt, 21 de abril de 1864 — Munique, 14 de junho de 1920) foi um
intelectual, jurista e economista alemão considerado um dos fundadores da Sociologia.
[3]
Seu irmão foi o também famoso sociólogo e economista Alfred Weber. A esposa de Max
Weber, Marianne Weber, biógrafa do marido, foi uma das alunas pioneiras na universidade
alemã e integrava grupos feministas de seu tempo.
É considerado um dos fundadores do estudo moderno da sociologia, mas sua influência
também pode ser sentida na economia, na filosofia, no direito, na ciência política e
na administração. Começou sua carreira acadêmica na Universidade Humboldt de
Berlim e, posteriormente, trabalhou na Universidade de Freiburg, na Universidade de
Heidelberg, na Universidade de Viena e na Universidade de Munique. Personagem
influente na política alemã da época, foi consultor dos negociadores alemães no Tratado
de Versalhes(1919) e da comissão encarregada de redigir a Constituição de Weimar.
Grande parte de seu trabalho como pensador e estudioso foi reservado para o estudo do
capitalismo e do chamado processo de racionalização e desencantamento do mundo. Mas
seus estudos também deram contribuição importante para a economia.[3]
Sua obra mais famosa são os dois artigos que compõem A ética protestante e o espírito do
capitalismo, com o qual começou suas reflexões sobre a sociologia da religião.[3] Weber
argumentou que a religião era uma das razões não-exclusivas do porque as culturas
do Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas, e salientou a importância
de algumas características específicas do protestantismo ascético, que levou ao
nascimento do capitalismo, da burocracia e do estado racional e legal nos países
ocidentais. Em outro trabalho importante, A política como vocação, Weber definiu
o Estado como "uma entidade que reivindica o monopólio do uso legítimo da força física",
uma definição que se tornou central no estudo da moderna ciência política no Ocidente.
Em suas contribuições mais conhecidas são muitas vezes referidas como a "Tese de
Weber".

T. H. Bayly
Ele nasceu em Bath em 13 de outubro de 1797. Ele era o único filho de Nathaniel Bayly, um influente
cidadão de Bath, e do lado materno estava quase relacionado com o conde de Stamford, Warrington e a
baronesa Le Despencer. Em uma idade muito precoce Bayly demonstrou um talento para o verso, e em
seu oitavo ano foi encontrado dramatizando um conto de um de seus livros de histórias. Em sua remoção
para Winchester, ele se divertiu produzindo um jornal semanal, que registrava os procedimentos do
mestre e dos alunos na escola. Ao completar dezessete anos, ele entrou no escritório de seu pai com o
objetivo de estudar a lei, mas logo dedicou-se a escrever artigos humorísticos para as revistas públicas e
produziu um pequeno volume intitulado "Esboços ásperos de Bath". Desejando afinal uma ocupação mais
séria, ele propôs entrar na igreja. Seu pai encorajou seus pontos de vista e entrou nele em St. Mary Hall,
Oxford; mas embora Bayly tenha permanecido na universidade por três anos, "ele não se aplicou à busca
de honras acadêmicas". Para se consolar depois de um desapontamento amoroso inicial, Bayly viajou para
a Escócia e depois visitou Dublin. Ele se misturava na melhor sociedade da capital irlandesa, e foi aqui
que ele se destacou em teatros particulares e alcançou seus primeiros sucessos como escritor de baladas.
Bayly retornou a Londres em janeiro de 1824. Tendo desistido de toda idéia da igreja, formou a
determinação de ganhar fama como poeta lírico. Em 1826, ele foi casado com a filha do Sr.
Benjamin Hayes, Marble Hill, condado de Cork. Os lucros de seus trabalhos literários eram na
época muito consideráveis, e sua renda foi aumentada pelo dote de sua esposa. Enquanto o
jovem casal estava hospedado na vila de Lord Ashtown, chamada Chessel, no rio Southampton,
Bayly escreveu, em circunstâncias românticas, a música "Eu seria uma borboleta", que
rapidamente garantiu popularidade universal. Pouco tempo depois, ele produziu um romance
intitulado "Os Aylmers", em três volumes; um segundo conto, chamado "Uma Lenda de
Killarney", escrito durante uma visita àquela parte da Irlanda; e numerosas canções e baladas,
que apareceram em dois volumes, nomeadas respectivamente 'Amores das Borboletas' e
'Canções do Velho Castelo'.

Rompendo seu estabelecimento em Bath, Bayly agora se dirigiu para Londres. Lá, ele se
inscreveu para escrever baladas e peças para o palco, algumas das quais se tornaram
imediatamente populares. Esta não foi a boa sorte, no entanto, da peça "Perfeição", agora
considerada sua melhor obra dramática. Bayly rabiscou toda essa pequena comédia em seu
caderno durante uma viagem de diligência de Bath a Londres. Ele foi recusado por muitos
gerentes teatrais, mas finalmente Madame Vestris, a quem foi submetido, descobriu seus
méritos e os produziu, a própria atriz favorita aparecendo nela com grande favor. Lord
Chesterfield, que estava presente na primeira noite, declarou que nunca viu uma farsa melhor. A
peça se tornou uma grande favorita em teatros particulares, e em uma ocasião foi produzida com
um elenco incluindo a marquesa de Londonderry, Lorde Castlereagh e Sir Roger Griesly.
"Perfeição" foi sucedida por uma série de dramas populares da mesma caneta.

O ano de 1831 encontrou Bayly sobrecarregada por dificuldades financeiras. Ele havia investido
sua parte no casamento em minas de carvão, o que se mostrou improdutivo. O agente que
administrava a propriedade de Mrs. Bayly na Irlanda não conseguiu dar conta satisfatoriamente
de sua confiança. Outro agente foi encontrado depois, que novamente fez a propriedade pagar;
mas Bayly, entretanto, caiu em uma condição de desânimo, e perdeu por um tempo o leve e
gracioso toque que tornara seu verso tão popular.

Ele também sofreu com a saúde, embora uma estada temporária na França lhe permitisse
recuperar grande parte de sua antiga elasticidade mental. Um poema que ele escreveu nessa
época, "A Dama de Honra", tirou uma carta lisonjeira de Sir Robert Peel e formou o tema de
uma imagem notável de um dos principais artistas da época. Depois de sua perda de fortuna,
Bayly escreveu diligentemente para o palco e, em pouco tempo, produziu não menos do que
trinta e seis peças dramáticas. Em 1837, apareceu seu "Weeds of Witchery", um volume que
levou um crítico francês a descrevê-lo como o Anacreon do romance inglês. Em 1837, já
gravemente doente, ele escreveu uma trilogia de romances "Kindness of Women". Consistia em
um romance duplo "Kate Leslie" e em um conto independente "David Dumps, Or, O Orçamento
dos Tropeços". Eles foram encomendados pelo editor Richard Bentley e foram bem pagos.
Esses romances são elegantes, realistas e engraçados. Ele teve febre cerebral, mas desta doença
ele se recuperou, mas sofreu de outras doenças mais dolorosas. Ele ainda esperava se recuperar,
mas a hidropisia conseguiu confirmar icterícia, e ele morreu em 22 de abril de 1839. Ele foi
enterrado em Cheltenham, seu epitáfio sendo escrito por seu amigo Theodore Hook. [1]

Suas canções mais conhecidas incluem Casa Velha em Casa, eu seria uma Borboleta, Oh, não,
nós nunca mencionamos ele, Ela usava uma Coroa de Rosas, O Galho do Visco, e Long, Long
Ago.

Johannes Brahms
No dia 7 de maio de 1833, em Hamburgo, nasceu Johannes Brahms. Seu pai, Johan
Jacob, era contrabaixista e ganhava a vida tocando em bares e tavernas da cidade
portuária. Logo ele percebeu os dotes pouco comuns do filho e, quando este completou
sete anos, contratou o excelente professor Otto Cossel para dar-lhe aulas de piano. Aos
10 anos, o menino fez seu primeiro concerto público, interpretando Mozart e Beethoven.
Também aos 10 anos, ele já frequentava as tabernas com seu pai e tocava lá durante
parte da noite.
Não tardou a receber um convite para tocar nas cervejarias da noite hamburguesa, sempre
ao lado de seu pai. Enquanto trabalhava como músico profissional, Johannes tinha aulas
com Eduard Marxsen, regente da Filarmônica de Hamburgo e compositor. Foi Marxsen
quem lhe deu as primeiras noções de composição.
Como músico de cervejaria, Brahms conhece Eduard Reményi, violinista húngaro que
havia se refugiado em Hamburgo. Combinam uma tournée pela Alemanha. Nesta viagem,
Brahms acaba conhecendo Joseph Joachim (famoso violinista, que viria a se tornar um de
seus maiores amigos), Liszt e também os Schumann.
Em sua casa em Düsseldorf, no ano de 1853, Robert e Clara Schumann o receberam
como gênio. Robert logo tratou de recomendar as obras de Brahms aos seus editores e
escreveu um famoso artigo na Nova Gazeta Musical, intitulado "Novos Caminhos", onde
era chamado de "jovem águia" e de "Eleito". Quanto à Clara, existem muitas hipóteses de
que os dois teriam tido um relacionamento amoroso, mas nenhuma prova - ambos
destruíram cartas e outros documentos que poderiam afirmar isso.
Brahms ficou alguns anos perambulando entre as cidades da Alemanha, fixando-se em
duas residências - a de Joachim, em Hanôver, e a de Schumann, em Düsseldorf. Essa
vida errante haveria de terminar em 1856, com a trágica morte de Schumann. Foi quando
conseguiu o emprego de mestre de capela do pequeno principado de Lippe-Detmold.
Em 1860, comete um grande erro: assina, junto com Joachim e outros dois músicos, um
manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, e sua "música do
futuro". Embora Brahms não fosse afeito a polêmicas, acabou entrando nessa, o que lhe
valeu a pecha de reacionário, a qual foi derrubada apenas no século XX pelo famoso
ensaio de Schoenberg - "Brahms, o Progressista".
Três anos mais tarde, resolve morar em Viena. Seu primeiro emprego na capital austríaca
foi como diretor da Singakademie, onde regia o coro e elaborava os programas. Apesar do
relativo sucesso que obteve, pediu demissão em um ano, para poder dedicar-se à
composição. A partir daí, sempre conseguiu sustentar-se apenas com a edição de suas
obras e com seus concertos e recitais.
Em Viena, conseguiu o apoio e admiração do importante crítico Eduard Hanslick, mas isso
não foi suficiente para garantir-lhe fama. Somente a partir da estreia de Um Réquiem
Alemão, em 1868, é que Brahms começou a ser reconhecido como grande compositor.
Como reflexo disso, em 1872, é convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música,
a mais célebre instituição musical vienense. Ficaria lá até 1875.
Em 1876, um fato marcante: a estreia sua Primeira Sinfonia, ansiosamente aguardada, foi
um grande sucesso. A partir daí, Brahms ficou marcado como o sucessor de Beethoven. O
maestro Hans von Bülow até apelidou essa primeira sinfonia de "Décima", com referência
à Nona Sinfonia de Beethoven.
Brahms também foi um continuador da obra de Schubert, como compositor de lieder. Além
disso, contribuiu para a divulgação da música de Bach, quando esta ainda não era muito
valorizada em Viena. Apesar de seus modos um tanto rudes, aqueles que conheceram
Brahms sabiam quão generoso e gentil ele era, no fundo. Viveu modestamente, num
apartamento de três peças, mas sempre ajudou, inclusive financeiramente, parentes e
amigos músicos, como Antonin Dvorak e Gustav Mahler.[1]
Como alguém já observou, a vida de Brahms vai-se acalmando em razão contrária de sua
produção. Os anos que se seguem são tranquilos, marcados pela solidão (manteve-se
solteiro), pelas estreias de suas obras, pelas longas temporadas de verão e pelas viagens
(principalmente à Itália).
Em 1890, após concluir o Quinteto de Cordas op. 111, decide parar de compor e até
prepara um testamento. Mas não ficaria muito tempo longe da atividade; no ano seguinte,
encontra-se com o célebre clarinetista Richard Mülhfeld e, encantado com o instrumento e
suas possibilidades, escreve quatro obras-primas - duas Sonatas para Clarineta e Piano, o
Trio para Clarineta, Cello e Piano, e o Quinteto para Clarineta e Cordas, que está entre
suas mais importantes peças de música de câmara.
Sua última obra publicada foi o ciclo Quatro Canções Sérias, onde praticamente despede-
se da vida. Ele dedica a coletânea a si mesmo, como presente no aniversário, em 1896.
Nesse mesmo ano, morre Clara Schumann. [3]Johannes Brahms viria a falecer um ano
depois, em 3 de abril de 1897.

Robert Schumann
Nasceu na Saxônia em 8 de junho de 1810, o quinto e último filho de um livreiro e
romancista, August Schumann e Johanna Schumann.[1][2] Schumann começou a compor
aos sete anos, mas sua infância foi gasto no cultivo da literatura tanto quanto a música.[3]
Como o seu pai era bibliotecário, Schumann, pode descobrir com facilidade a obra
de William Shakespeare, verdadeiro emblema para os jovens que se rebelavam contra a
ortodoxia do Classicismo.Lendo também á obra mais atual de Lord Byron e também outros
autores como Walter Scott e Jean Paul, escritor que Robert admirava ao ponto de em
1828, empreender uma peregrinação a Bayreuth para visitar o seu túmulo.[1]
Em 1826 o seu pai morreu, algo que Robert jamais superou em razão do enorme
sofrimento da sua perda. Pouco depois viajou até Leipzig, a cidade de Johann Sebastian
Bach, a fim de matricular-se na faculdade de Direito. Mais tarde em Heidelberg, retomou o
estudo das leis, inscrevendo-se na cátedra de Justus Thibaut. Todavia, os verdadeiros
ensinamentos deste grande filósofo começariam após o horário escolar, quando este se
reunia com o aluno para lhe confessar que era a música a sua verdadeira paixão. O facto
de ter conhecido a pianista Ignaz Moscheles e o fascínio por Niccoló Paganini acabaram
por lhe determinar o destino.[1]
Em 1830, em Leipzig, passou a dedicar-se exclusivamente à música, com auxílio de seu
professor Friedrich Wieck e Heinrich Dorn, mestre de capela da catedral daquela cidade.
Enquanto este último lhe ensinou composição e harmonia, o primeiro transmitiu-lhe o amor
pelo piano. Porém, em casa de Wieck, Schumann descobriu um outro importante foco de
afeto: Clara, consumidora entusiasta de poesia e prometedora do piano. Robert
apaixonou-se perdidamente por ela, sendo algumas das suas obras dedicadas a ela.
Somente a activa oposição do velho Wieck conseguiu adiar o casamento até 1840.
Tendo o sonho de se tornar um solista, viu-se incapacitado devido a seu interesse pela
composição, atividade que apreciava bastante.
A sua tendência era revolucionária na época, tendo como grande fonte de inspiração o
contraponto de Bach, mais especificamente em "Cravo Bem Temperado", analisado a
mando do seu professor Wieck. Segundo Schumann, a combinação profunda, o poético e
o humorístico são as caracteristicas que nele derivam de toda a música de Bach. O ato de
compor deve ser natural, na tentativa de alcançar a poesia, o obscuro da fantasia, ou seja,
o inconsciente, o qual ele revia nas obras de J.S.Bach.
Em conjunto com amigos e intelectuais da época fundou o Neue Zeitschrift für Musik (Nova
Revista para a Música). Um jornal voltado para a música, em 1834. Nos dez anos em que
esteve à frente deste, teve uma rica produção artística.
Foi diretor musical na cidade de Düsseldorf em 1850. Foi forçado a renunciar o cargo
em 1854, devido ao seu estado avançado de doença mental. Na verdade, Schumann teve
um longo histórico de transtorno mental, com suas primeiras manifestações em 1833 como
um episódio depressivo melancólico grave, que se repetiu várias vezes, alternando com
fases de "exaltação" e idéias cada vez mais delirantes de ser envenenado ou ameaçados
com itens metálicos. Depois de uma tentativa de suicídio em 1854, Schumann foi internado
em um asilo para doentes mentais em Endenich, perto de Bonn, Alemanha. Foi
diagnosticado com "melancolia psicótica" e morreu em 29 de julho de 1856 em Endenich
sem ter se recuperado de sua doença mental.[4]
Diagnósticos hipotéticos das doenças Schumann variam de paralisia geral
progressiva (ou sífilis terciária) a encefalopatia hipertensiva, com evidências mais
convincentes de ter sido ou esquizofrenia ("demência precoce", "catatonia periódica")
ou transtorno bipolar. Ideias delirantes, ideias de referência, bem
como alucinações auditivas(ele estaria escutando a nota Lá em todos os lugares, o que o
perturbou profundamente) apoiam um diagnóstico no espectro esquizofrênico. No entanto,
a noção de que Schumann tinha um transtorno bipolar, possivelmente com características
psicóticas, é fundamentada pelo curso ondulante de sua doença com fases depressiva e
hipomaníacas distintas, bem como sua recuperação desses episódios individuais com
restauração plena de suas habilidades musicais e de composição.

Paganini
Quando criança era constantemente obrigado pelo próprio pai a estudar violino, por horas
a fio, sob ameaça de castigos severos. Quando tinha nove anos de idade foi para Parma a
fim de estudar com o famoso violinista Alessandro Rolla. E, após ter executado o mais
recente concerto de Rolla à primeira vista, o velho mestre aconselhou-o a continuar os
seus estudos em composição: "Nada tenho a lhe ensinar, meu menino. Vá e
procure Ferdinando Paër".
Em seus primeiros concertos públicos, foi logo considerado uma criança prodígio. Após
libertar-se da custodia do pai, começou carreira como virtuoso do violino, em toda a Itália.
Ficou famoso também pelo seu estilo da vida rebelde, frequentemente gastando todo o
seu dinheiro em jogos e diversões noturnas. Durante os anos de 1800-1805, desapareceu
completamente da vida pública.
Embora no início de sua vida profissional desse os seus concertos apenas na Itália, sua
fama como violinista-virtuoso logo espalhou-se por toda Europa.
Somente em 1828 saiu da Itália para uma viagem de concertos no estrangeiro.
Apresentou-se na Áustria, Alemanha e França entre outros países, sempre com grande
sucesso. Chopin, Schubert e Schumann estavam na audiência de alguns desses
concertos e parecem ter ficado maravilhados com a sua execução ao violino.
É desnecessário dizer que a maioria das obras de Paganini foram escritas para violino.
Conquanto diversas obras para violino e orquestra possam fazer parte das suas peças, o
violinista somente compôs cinco verdadeiros concertos para violino. O primeiro Concerto
pode provavelmente ser datado de 1817. Em todas as apreciações, cartas e outras fontes
contemporâneas aparece o testemunho de como as plateias e os críticos reagiram à
execução deste "violinista diabólico". E mesmo agora - ainda que Paganini tenha
morrido[1] há mais de um século e meio - ele ainda aparece como um exemplo clássico da
execução "virtuosística" ao violino.
Os últimos anos da sua vida foram passados em Nice. Apesar de muito rico, ficou doente
de tuberculose e quase não podia falar.
O estilo de vida de Niccolò Paganini e a sua aparência mefistofélica deram origem a
historias de que o seu virtuosismo era devido a um pacto com o demônio. É mais provável
que ele fosse portador de uma doença, a Síndrome de Marfan, cujos sintomas típicos são
os dedos particularmente compridos e magros.
Na história dos intérpretes do violino, os pontos de referência mais importantes podem ser
encontrados a partir do século XVII. Por um lado, isso é coerente com a origem do que
hoje em dia é considerado um "verdadeiro" violino e, por outro, com o desenvolvimento da
legítima música instrumental na qual a virtuosidade se tornou um elemento cada vez mais
importante.
Ainda que em séculos anteriores diversos instrumentos de cordas tivessem sido
conhecidos - tais como o árabe redab e o violino medieval -, o violino com quatro cordas
não se transformou em padrão antes que o estilo barroco viesse a surgir na Itália. Com o
novo idioma, o estilo do instrumental concertante veio a florescer: embora tivesse havido
definitivamente obras instrumentais anteriormente, elas tinham sido baseadas
principalmente nos modelos vocais e o verdadeiro estilo virtuoso de execução
desenvolveu-se durante o período no qual o princípio concertante estava se tornando
gradualmente mais importante. Os compositores mais importantes para o instrumento no
século XVII e na primeira parte do século XVIII foram italianos, tais
como Marini, Corelli, Vivaldi e Tartini. Só gradualmente é que outros países começaram a
desempenhar algum papel, por exemplo, com Leopold Mozart (pai de Wolfgang Amadeus
Mozart) que foi não somente um músico talentoso como também publicou um dos mais
influentes métodos, na época, para a execução do instrumento
Sendo um dos primeiros instrumentistas do romantismo musical, Paganini mostrou a
pianistas do quilate de Franz Liszt uma nova forma tocar, explorando a técnica e a
virtuosidade de um instrumento. Considerado por muitos o melhor violinista de todos os
tempos.
Ambroise Thomas

Seus pais eram professores de música e prepararam-no para uma carreira musical. Aos
dez anos era já um excelente pianista e violinista. Em 1828, entrou Conservatório de Paris,
onde estudou com Jean-François Le Sueur, continua os seus estudos de piano em privado
com o famoso virtuoso pianista Friedrich Kalkbrenner. Em 1832, a sua cantata Hermann et
Ketty ganhou o prestigioso prémio de composição do Conservatório, Grand Prix de Roma.
Foi durante a sua estadia em Roma que escreveu a sua música de câmara - um trio de
piano, um quinteto cordas e um quarteto de cordas, as quais reflectem o seu novo estilo de
escrita.
A sua primeira ópera, La double échelle (1837), foi produzido na Opéra Comique de
Paris e foi um sucesso, com 247 representações. Le caïd (1849), foi o seu primeiro triunfo
indiscutível.

Jean-Baptiste Lully

Giovanni Battista Lulli, filho de um moleiro, nasceu em Florença, Itália. Lully teve uma curta
educação, mas aprendeu as técnicas básicas de violino, originalmente ensinado por
um franciscano de Florença. Posteriormente em França, ele aprendeu a tocar violinoe a
dançar. Em 1646 foi descoberto por Roger de Lorraine, um nobre de Guise, filho de
Carlos, Duque de Guise, e foi alfabetizado em francês. Foi colocado ao serviço de Ana
Maria Luísa de Orléans, de quem foi copeiro e professor de italiano. Com a ajuda de sua
princesa, seu talento foi lapidado. Estudou teoria musical com Nicolas Métru.
Começou a trabalhar para Luís XIV da França no final de 1652 e início de 1653, como
dançarino. Compôs algumas das músicas para o Ballet de la nuit, agradando imensamente
ao rei. Foi nomeado compositor de músicas instrumentais do rei, conduzindo vinte e quatro
violinos da Grande Bande. Cansado com a falta de disciplina da Grande Bande e com a
autorização do rei, formou os Petits Violons.
Lully compôs muitos balés para o Rei durante as décadas de 1650 e 1660, nos quais o Rei
e Lully dançaram. Teve também um tremendo sucesso compondo a música para as
comédias de Molière, incluindo Le Mariage forcé (1664), L'Amour médecin (1665) e Le
Bourgeois gentilhomme (1670). Quando conheceu Molière, Lully formou o Comédie-ballet.
Entretanto, o interesse de Luís XIV pelo balé foi diminuíndo com o passar dos anos, e suas
habilidades para a dança declinaram (sua última performance foi em 1670) e então Lully
dedicou-se inteiramente à ópera. Ele comprou o privilégio para a ópera de Pierre Perrin e
com o apoio de Jean-Baptiste Colbert e do próprio Rei, criou um novo privilégio, que dada
exclusivamente a Lully o controle completo de toda música apresentada na França, até
sua morte, em 1687.
Era conhecido por ser um libertino. Em 1661, em cartas de naturalização e em seu
contrato de casamento com Madeleine Lambert, filha do seu amigo e companheiro Michel
Lambert, Giovanni Battista Lulli declarou-se como "Jean-Baptiste de Lully" filho de "Laurent
de Lully, cavalheiro florentino"[2].
Em 8 de janeiro de 1687, Lully estava conduzindo um Te Deum em honra de Luís XIV,
recém recuperado de uma doença. O compositor marcava o tempo, batendo com um
grande bastão (o precursor da Batuta) no chão, como era usual nesse período, quando
atingiu o próprio pé, provocando uma infecção. Essa ferida evoluiu para uma gangrena,
[3]
mas Lully recusou-se a amputar o pé. Em consequência, acabou morrendo, em 22 de
março de 1687. Ele deixou sua última ópera, Achille et Polyxène inacabada. Seus dois
filhos, Jean-Louis Lully e Louis Lully também tiveram uma carreira musical na corte.

Ludwig van Beethoven


Ludwig van Beethoven (AFI: ? ˈluːt.vɪç fan ˈbeːt.hoːfən) foi batizado em 17 de
dezembro de 1770, mas nasceu presumivelmente no dia anterior,[nota 1] na cidade
de Bonn, Reino da Prússia, atual Renânia do Norte (Alemanha). Sua família era de
origem flamenga, cujo sobrenome significava horta de beterrabas e no qual a
partícula van não indicava nobreza alguma. Seu avô, Lodewijk van Beethoven — também
chamado "Luís", na tradução —, de quem herdou o nome, nasceu na Mechelen, hoje parte
da Bélgica, em 1712, e imigrou para Bonn, onde foi maestro de capela do príncipe.
Descendia de artistas, pintores e escultores, era músico e foi nomeado regente da Capela
Arquiepiscopal na corte da cidade de Colônia (atual Alemanha). Foi do pai, Johann, que
Beethoven recebeu suas primeiras lições de música: o objetivo era afirmá-lo como
"menino-prodígio" ao piano, dada sua habilidade musical demonstrada desde ainda muito
cedo. Por essa razão, a partir dos cinco anos de idade seu pai passou a obrigá-lo a
estudar música diariamente, durante muitas horas. No entanto, seu pai terminou
consumido pelo álcool, pelo que a infância de Ludwig foi infeliz.[1]
Sua mãe, Maria Magdalena Keverich (1746–1787), era filha do chefe de cozinha do
príncipe da Renânia, Johann Heinrich Keverich. Casou-se duas vezes. O primeiro marido
foi Johann Doge Leym (1733–1765). Tiveram apenas um filho, Johann Peter Anton, que
nasceu e morreu em 1764 (morte na infância). Depois da morte do marido, Magdalena,
viúva, casou-se com Johann van Beethoven (1740–1792). No total, tiveram sete filhos:

1. Ludwig Maria: nasceu em 1769 e morreu poucos dias depois de seu nascimento
(morte na infância);
2. Ludwig van Beethoven (1770–1827);
3. Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774–1815);
4. Nicolaus Johann van Beethoven (1776–1848);
5. Anna Maria, que nasceu e morreu em 1779 (morte na infância);
6. Franz Georg (1781–1783: morte na infância); e
7. Maria Magdalena (1786-1787: morte na infância).
Portanto, Ludwig van Beethoven foi o terceiro filho mais velho por parte de mãe e o
segundo por parte de pai. Teve um total de sete irmãos, dos quais cinco morreram ainda
na infância. Entre os irmãos vivos, Beethoven foi o penúltimo a morrer: 12 anos após
Kaspar e 21 anos antes de Nicolaus.

Início de carreira
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou talento excepcional
para a música. Com apenas oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob
Neefe (1748-1798), o melhor mestre de cravo da cidade de Colônia na época,[2] que lhe
deu uma formação musical sistemática, levando-o a conhecer os grandes mestres
alemães da música. Numa carta publicada em 1780, pela mão de seu mestre, afirmava
que "seu discípulo, de dez anos, domina todo o repertório de Johann Sebastian Bach", e
que o apresentava como um "novo Mozart". Compôs as suas primeiras peças aos onze
anos de idade, iniciando a sua carreira de compositor, de onde se destacam alguns Lieder.
Os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente
da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e
professor, assumindo já a chefia da família, devido à doença do pai - alcoolismo. Foi nesse
ano que conheceu o jovem Conde Waldstein, a quem mais tarde dedicou algumas das
suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu grande talento, enviou-o, em 1787,
para Viena, a fim de estudar com Joseph Haydn. O Arquiduque da Áustria, Maximiliano,
subsidiou então os seus estudos. No entanto, teve que regressar pouco tempo depois,
assistindo à morte de sua mãe. A partir daí, Ludwig, com apenas dezessete anos de idade,
teve que lutar contra dificuldades financeiras, já que seu pai tinha perdido o emprego,
devido ao seu já elevado grau de alcoolismo..
Foi o regresso de Viena que o motivou a um curso de literatura. Foi aí que teve o seu
primeiro contato com ideais da Revolução Francesa, com o Iluminismo e com um
movimento literário romântico: Sturm und Drang - Tempestade e ímpeto/paixão,[3] dos
quais um dos seus melhores amigos, Friedrich Schiller, foi, juntamente com Johann
Wolfgang von Goethe, dos líderes mais proeminentes deste movimento, que teria enorme
influência em todos os setores culturais na Alemanha.

Viena
Em 1792, já com 21 anos de idade, mudou-se para Viena (apenas um ano após a morte,
na cidade, de Mozart), onde, fora algumas viagens, permaneceu para o resto da vida. Foi
imediatamente aceito como aluno por Joseph Haydn, o qual manteve o contato à primeira
estadia de Ludwig na cidade. Procura então complementar mais os seus estudos, o que o
leva a ter aulas com Antonio Salieri, com Foerster e Albrechtsberger, que era maestro de
capela na Catedral de Santo Estêvão. Tornou-se então um pianista virtuoso, cultivando
admiradores, muitos dos quais da aristocracia. Começou então a publicar as suas obras
(1793-1795). O seu Opus 1 é uma coleção de três trios para piano, violino e violoncelo.
Afirmando uma sólida reputação como pianista, compôs suas primeiras obras-primas, as
três sonatas para piano Op. 2 (1794-1795). Elas mostravam já a sua forte personalidade.

Surdez em Viena
Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Foi-lhe
diagnosticado, por volta de 1796, aos 26 anos de idade, a congestão dos centros auditivos
internos (que mais tarde o deixou surdo), o que lhe transtornou bastante o espírito,
levando-o a isolar-se e a grandes depressões.

“ Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo,


como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a
parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância

inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a
realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte,
vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.

Consultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fez curativos, usou
cornetas acústicas, realizou balneoterapia, mudou de ares, mas os seus ouvidos
permaneciam arrolhados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou
em suicidar-se.

“ Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de


uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E
assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação
quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu
nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses
incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por
minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me
amparou! ”
Embora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes a doença
continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém,
ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito
embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido, condições que não o impediram
de acompanhar uma apresentação musical ou de perceber nuances timbrísticas.

O gênio
No entanto, o seu verdadeiro gênio só foi realmente revisado com a publicação das suas
Op. 7 e Op. 10, entre 1796 e 1798: a sua Quarta Sonata para Piano em Mi Maior, e as
suas Quinta em Dó Menor, Sexta em Fá Maior e Sétima em Ré Maior Sonatas para Piano.
Em 2 de Abril de 1800, a sua Sinfonia nº1 em Dó maior, Op. 21 faz a sua estreia em
Viena. Porém, no ano seguinte, confessa aos amigos que não está satisfeito com o que
tinha composto até então, e que tinha decidido seguir um novo caminho. Em 1802,
escreve o seu testamento, mais tarde revisto como O Testamento de Heilingenstadt, por
ter sido escrito na localidade austríaca de Heilingenstadt, então subúrbio de Viena, dirigido
aos seus dois irmãos vivos: Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774-1815) e Nicolaus
Johann van Beethoven (1776-1848).
Finalmente, entre 1802 e 1804, começa a trilhar aquele novo caminho que ambiciona, com
a apresentação de Sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, Op.55, intitulada de Eróica. Uma obra
sem precedentes na história da música sinfônica, considerada o início do
período Romântico, na Música Erudita. Os anos seguintes à Eroica foram de
extraordinária fertilidade criativa, e viram surgir numerosas obras-primas: a Sonata para
Piano nº 21 em Dó maior, Op.53, intitulada de Waldstein, entre 1803 e 1804; a Sonata
para Piano nº 23 em Fá menor, Op.57, intitulada de Appassionata, entre 1804 e 1805;
o Concerto para Piano nº 4 em Sol Maior, Op.58, em 1806; os Três Quartetos de Cordas,
Op.59, intitulados de Razumovsky, em 1806; a Sinfonia nº 4 em Si bemol Maior, Op.60,
também em 1806; o Concerto para Violino em Ré Maior, Op.61, entre 1806 e 1807;
a Sinfonia nº 5 em Dó Menor, Op.67, entre 1807 e 1808; a Sinfonia nº 6 em Fá maior,
Op.68, intitulada de Pastoral, também entre 1807 e 1808; a Ópera Fidelio, Op.72, cuja
versão definitiva data de 1814; e o Concerto para Piano nº 5 em Mi bemol Maior, Op.73,
intitulado de Imperador, em 1809.
Ludwig escreveu ainda uma Abertura, música destinada a ilustrar uma peça teatral, uma
tragédia em cinco actos de Goethe: Egmont. E muito se conta do encontro entre Johann
Wolfgang von Goethe e Ludwig van Beethoven.
Crise criativa
Depois de 1812, a surdez progressiva aliada à perda das esperanças matrimoniais e
problemas com a custódia do sobrinho levaram-no a uma crise criativa, que faria com que
durante esses anos ele escrevesse poucas obras importantes.
Neste espaço de tempo, escreve a Sinfonia nº 7 em Lá Maior, Op.92, entre 1811 e 1812,
a Sinfonia nº 8 em Fá Maior, Op.93, em 1812, e o Quarteto em Fá Menor, Op.95, intitulado
de Serioso, em 1810.
A partir de 1818, Ludwig, aparentemente recuperado, passou a compor mais lentamente,
mas com um vigor renovado. Surgem então algumas de suas maiores obras: a Sonata nº
29 em Si bemol Maior, Op.106, intitulada de Hammerklavier, entre 1817 e 1818; a Sonata
nº 30 em Mi Maior, Op.109 (1820); a Sonata nº 31 em Lá bemol Maior, Op.110 (1820-
1821); a Sonata nº 32 em Dó Menor, Op.111 (1820-1822); as Variações Diabelli,
Op.120 (1819. 1823), a Missa Solemnis, Op.123 (1818-1822).

Derradeiros anos
A culminância destes anos foi a Sinfonia nº 9 em Ré Menor, Op.125 (1822-1824), para
muitos a sua obra-prima. Pela primeira vez é inserido um coral num movimento de
uma sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Friedrich Schiller, "Ode à Alegria",
feita pelo próprio Ludwig van Beethoven.

“ Alegria bebem todos os seres


No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus! ”
A obra de Beethoven refletiu em um avivamento cultural. Conforme o historiador Paul
Johnson, "Existia uma nova fé e Beethoven era o seu profeta. Não foi por acidente que,
aproximadamente na mesma época, as novas casas de espetáculo recebiam fachadas
parecidas com as dos templos, exaltando assim o status moral e cultural da sinfonia e da
música de câmara."
Os anos finais de Ludwig foram dedicados quase exclusivamente à composição
de Quartetos para Cordas. Foi nesse meio que ele produziu algumas de suas mais
profundas e visionárias obras, como o Quarteto em Mi bemol Maior, Op.127 (1822-1825);
o Quarteto em Si bemol Maior, Op.130 (1825-1826); o Quarteto em Dó sustenido Menor,
Op.131(1826); o Quarteto em Lá Menor, Op.132 (1825); a Grande Fuga, Op.133 (1825),
que na época criou bastante indignação, pela sua realidade praticamente abstrata; e
o Quarteto em Fá Maior, Op.135 (1826).
De 1816 até 1827, ano da sua morte, ainda conseguiu compor cerca de 44 obras musicais.
Sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, estava
a trabalhar numa nova sinfonia, assim como projectava escrever um Requiem. Ao
contrário de Mozart, que foi enterrado anonimamente em uma vala comum (o que era o
costume na época), 20.000 cidadãos vienenses enfileiraram-se nas ruas para o funeral de
Beethoven, em 29 de março de 1827. Franz Schubert, que morreu no ano seguinte e foi
enterrado ao lado de Beethoven, foi um dos portadores da tocha. Depois de uma missa de
réquiem na igreja da Santíssima Trindade (Dreifaltigkeitskirche), Beethoven foi enterrado
no cemitério Währing, a noroeste de Viena. Seus restos mortais foram exumados para
estudo, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.[4]
Há controvérsias sobre a causa da morte de Beethoven, sendo citados cirrose
alcoólica, sífilis, hepatite infecciosa, envenenamento, sarcoidose e doença de Whipple.[5]
[6]
Amigos e visitantes, antes e após a sua morte haviam cortado cachos de seus cabelos,
alguns dos quais foram preservadas e submetidos a análises adicionais, assim como
fragmentos do crânio removido durante a exumação em 1862. Algumas dessas análises
têm levado a afirmações controversas de que Beethoven foi acidentalmente levado à
morte por envenenamento devido a doses excessivas de chumbo à base de tratamentos
administrados sob as instruções do seu médico.

Vida artística, síntese


A sua vida artística poderá ser dividida - o que é tradicionalmente aceite desde o estudo,
publicado em 1854, de Wilhelm von Lenz - em três fases: a mudança para Viena, em
1792, quando alcança a fama de brilhantíssimo improvisador ao piano; por volta de 1794,
se inicia a redução da sua acuidade auditiva, fato que o leva a pensar em suicídio; os
últimos dez anos de sua vida, quando fica praticamente surdo, e passa a escrever obras
de carácter mais abstrato.
Em 1801, Beethoven afirma não estar satisfeito com o que compôs até então, decidindo
tomar um "novo caminho". Dois anos depois, em 1803, surge o grande fruto desse "novo
caminho": a sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, apelidada de "Eroica", cuja dedicatória
a Napoleão Bonaparte foi retirada em 1804, com a autoproclamação de Napoleão
imperador da França. E, a antiga dedicatória fora substituída por: "à memoria de um
grande homem". A sinfonia Eroica era duas vezes mais longa que qualquer sinfonia escrita
até então.
Em 1808, surge a Sinfonia nº5 em Dó menor (sua tonalidade preferida), cujo famoso tema
da abertura foi considerado por muitos como uma evidência da sua loucura.
Em 1814, na segunda fase, Beethoven já era reconhecido como o maior compositor do
século.
Em 1824, surge a Sinfonia nº9 em Ré Menor. Pela primeira vez na história da música, é
inserido um coral numa sinfonia, inserida a voz humana como exaltação dionisíaca da
fraternidade universal, com o apelo à aliança entre as artes irmãs: a poesia e a música.
Beethoven começou a compor música como nunca antes se houvera ouvido. A partir de
Beethoven a música nunca mais foi a meses. As suas composições eram criadas sem a
preocupação em respeitar regras que, até então, eram seguidas. Considerado um poeta-
músico, foi o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de
expressão. Foi sempre condicionado pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes
ideais humanitários. Inaugura, portanto, a tradição de compositor livre, que escreve música
para si, sem estar vinculado a um príncipe ou a um nobre. Hoje em dia muitos críticos o
consideram como o maior compositor do século XIX, a quem se deve a inauguração do
período Romântico, enquanto que outros o distinguem como um dos poucos homens que
merecem a adjetivação de "gênio".
Luigi Boccherini
Ele nasceu em 19 de fevereiro de 1743 em Lucca, na Toscana, em uma família de artistas, onde
ele foi capaz de desenvolver sua vocação. Seu pai era um contrabaixista e violoncelista e sua
irmã dançarina de balé. Seu irmão Giovanni Gastone inicialmente participaram na dança, mas
mais tarde na poesia e escrevendo na medida em que ele mesmo escreveu libretos para Antonio
Salieri e Joseph Haydn. Boccherini interessou-se pelo violoncelo desde cedo. Seu pai deu-lhe as
primeiras lições, ampliando-as com o padre Domenico Francesco Vannucci. Progrediu tanto que
nas festas de Lucca em 1756 sua participação como violoncelista com apenas quatorze anos de
idade.

Sua contribuição para a história da música é muito importante, como foi o mentor do quinteto
de cordas, possivelmente com dupla cello (assumindo que ele realizou a primeira, somando-se a
formação quarteto tradicional). Esta forma foi usada mais tarde e contemporaneamente por
Mozart.

A linguagem de Boccherini caracterizava-se pela técnica de cordas refinadas, principalmente no


violoncelo, pedindo posições extremas (muito acentuadas para o instrumento), harmônicas e até
boxbeats, elementos que mais tarde foram reivindicados no século XX, embora em um contexto
musical totalmente diferente. O manuseio da textura foi sua grande contribuição, através do
contraponto temático utilizado de forma sublime. Essas texturas vieram a trabalhar, em suas
cordas e quintetos de guitarra, como moldes onde a melodia e a harmonia foram inseridas,
dando a impressão, em vista da partitura, de "desenhos" que modificaram cada número relativo
de compassos. Além disso, ele teve incursões precoces na música programática, como podemos
ver na Musica notturna delle strade di Madrid, ou no Quinteto Op. 11, La Uccelliera, onde a
música dos pássaros é representada.

Viagem
Seu pai, impressionado com as habilidades de Luigi, enviou-o para Roma para estudar
com Giovanni Battista Costanzi, um famoso compositor da época, autor de óperas e
música sacra. Lá ele se familiarizou com o trabalho de Palestrina e Allegri, cujo
famoso Miserere impressionou o jovem músico. Em 1757, depois de terminar seus
estudos na Basílica de São Pedro, em Roma, ele acompanhou seu pai, que conseguiu
um lugar para ambos na corte imperial austríaca em Viena e até mesmo para suas
irmãs Maria Ester, Anna Matilda e seu irmão Giovanni Gastone. na dança

Boccherini retornou a Lucca com a ilusão de obter fama em sua cidade natal. Ele foi
aceito em 1764, mas logo depois ficou desapontado devido ao baixo e injusto salário
obtido. Confrontado com o relativamente pouco sucesso de sua carreira - e seu baixo
salário - a Boccherini instala-se em Milão no ano seguinte e inicia uma turnê com um
quarteto de cordas (que representa uma novidade para essa época) criada em 1764
com violinistas Pietro Nardini e Filippo Manfredi e a viola Giuseppe Cambini. Seu
repertório consiste em obras de Haydn, do próprio Boccherini e de outros
compositores contemporâneos. Entre 1764 e 1768 compôs dois oratórios: Giuseppe
riconosciuto e Gioas, re di Giudea. Dada a aceitação de que seu treinamento de
câmera estava tendo, ele decidiu empreender uma viagem que deveria levá-lo aos
principais centros culturais da Europa. Ele deixou a Itália sem saber que a viagem não
teria retorno.

Em 1767 ou 1768 mudou-se para Paris, com o seu segundo violino, Filippo Manfredi,
onde publicou alguns quartetos op.1 e trios op.2. Aos poucos, a fama de Boccherini
cresce, mas nosso compositor decide ir para a Espanha em um pouco apressada,
talvez se apaixonar com a cantora Clementina Pelliccia (a quem acabam se casando),
que agiu como um soprano na Companhia de Ópera de Bolognese Luigi Marescalchi.
Boccherini também foi inscrito nele, juntando-se a viagem que a empresa havia
planejado para a Espanha, no início da primavera de 1768. Como parte dos
programas estabelecidos pelos Marescalchi, vemos o Lucchese participar no processo
da Companhia perante o Tribunal e em outras cidades, como Valência. Não há nada
que possa sustentar as muitas vezes repetidas justificativas para essa mudança de
planos baseada em algumas supostas e nunca materializadas cartas de
recomendação do embaixador espanhol em Paris. Foi amor e não conveniência que
levou Boccherini a uma viagem ao sul. A versão tradicional da sua transferência para a
Espanha assumiu que houve contato com o embaixador da Espanha em Paris,
Joaquin Anastasio Pignatelli e isso convenceu Boccherini e Manfredi se mudar para
Madrid, sob a proteção da criança Luis Antonio de Borbón e Farnesio, irmão pequena
do rei Carlos III. A verdade é que Manfredi passou algum tempo em Paris e Boccherini
em breve ser nomeado músico Infante, enquanto suas primeiras actividades em
Espanha estavam ligados à companhia de ópera Marescalchi e outros músicos

Estabelecimento na Espanha Em 1769, Boccherini é nomeado violoncelista e


compositor da capela real do infante Luis Antonio. Com esta nomeação começa o
estágio de maior criação musical do artista. Por volta de 1770, ele começou a compor
música de câmara, quartetos e quintetos de cordas, obras com as quais ele tem sido
amplamente relacionado. Em 1776, o infante Luis Antonio de Borbón contraiu núpcias
morganáticas com María Teresa de Vallabriga e foi obrigado a retirar-se para Arenas
de San Pedro, na província de Ávila. A criança foi criada no palácio de La Mosquera,
na cidade de Arenas, e trouxe toda a sua orquestra com ele. Apesar desse isolamento,
Boccherini conseguiu tornar sua música conhecida em toda a Europa graças ao
contato que teve com as grandes editoras. O ano de 1785 mudou substancialmente
sua vida: sua esposa Clementina morreu em Arenas de San Pedro e, meses depois,
em 7 de agosto, seu patrão, Don Luis. Boccherini retorna a Madri sozinha e com seis
filhos: Joaquina, Luís Marcos, José Mariano, María Teresa, Mariana e Isabel. Uma vez
restaurado, conseguiu dois importantes patrocínios: foi nomeado compositor da corte
de Frederico Guilherme II da Prússia, sem obrigação de residir em Berlim (nunca
viajou para a Alemanha); e a de María Josefa Pimentel, duquesa de Osuna e
condessa de Benavente (1752-1834).
Decadência e morte
O súbito abandono do patronato de María Josefa Pimentel e a morte de Federico Guillermo II de Prusia
em 1797 fizeram que a Boccherini se deteriorasse nos últimos anos de sua vida. Angustiado pelos
infortúnios da perda de seus filhos e de sua segunda esposa, e apesar da ajuda do embaixador francês
Luciano Bonaparte, ele morreu em 28 de maio de 1805, aos 62 anos de idade. Embora acredite-se que ele
morreu sendo pobre, um estudo recente de seu testamento por um de seus descendentes diretos mostra
que ele não morreu rico, mas morreu com dinheiro e não na miséria.

Boccherini foi sepultado na igreja dos Santos Justo e Pastor da rua do Sacramento de Madri, hoje basílica
pontifícia de San Miguel. Em 1927, Mussolini levou os restos mortais do compositor a Lucca para ser
enterrado na igreja de São Francisco, no panteão dos ilustres filhos daquela cidade toscana. Seus
descendentes continuam a viver na Espanha.

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