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TECNOLOGIA

APLICADA À
ADMINISTRAÇÃO
Prof. Esp. Keoma de Sousa Coelho
2022
INTRODUÇÃO

A substituição de pessoas por máquinas, procurando agilizar a


execução de tarefas e a automação de processos, vem
ocorrendo de maneira acentuada desde a Revolução Industrial
(Inglaterra, século XVIII). Até então, predominavam os processos
artesanais, nos quais a capacidade de produção estava
diretamente atrelada à capacidade física e destreza de cada
pessoa ou à força e resistência de animais utilizados em
determinadas atividades.

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INTRODUÇÃO

Ao produzir força motriz controlável e com baixo custo, a máquina


a vapor passou a ser utilizada para substituir a força física,
ampliando a capacidade de produção. Com isso, diversos
processos produtivos foram repensados e adaptados às novas
possibilidades propiciadas por essa máquina, dando início à
atividade industrial.

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INTRODUÇÃO

É certo que a concepção, o planejamento, a execução e o


gerenciamento de atividades já eram praticados, seja na
movimentação de exércitos, na construção de grandes
monumentos, seja no dia-a-dia de pequenas propriedades rurais.
Desde muito cedo, os seres humanos perceberam que era
necessário desenvolver processos logísticos para abastecer
exércitos numerosos ou planejar as atividades produtivas
(quando e o que plantar, por exemplo) para garantir a
disponibilidade de alimento quando o inverno rigoroso chegasse.

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INTRODUÇÃO

Conforme menciona Maximiano (2004, p. 49) “muitas das teorias


e técnicas para administrar as organizações da atualidade são
ideias que evoluíram de práticas do passado”. Prosseguindo, ele
complementa afirmando que “países, exércitos e organizações
religiosas vêm há muito tempo criando soluções para lidar com
recursos e realizar objetivos”. Mas foi com a Revolução Industrial
que a administração ganhou urgência, pois diversas tarefas que
antes eram executadas com lentidão e com baixa produtividade,
poderiam ser desenvolvidas com velocidade e escala nunca
imaginadas.

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INTRODUÇÃO

Conforme menciona Daft (2005, p. 31) “a prática administrativa


pode ser traçada desde 3.000 a.C. para as primeiras
organizações desenvolvidas pelos sumérios e egípcios, mas o
estudo formal de administração é relativamente recente”.

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INTRODUÇÃO

Com o crescimento da atividade industrial, passou-se a repensar


processos ou a conceber novas possibilidades sempre em busca
de um aumento da capacidade produtiva e de uma maior
eficiência. Por exemplo, em 1801, o tecelão francês Joseph-Marie
Jacquard construiu uma máquina de tear comandada por cartões
(ou placas) perfurados e enfileirados. Por meio dessas placas,
era possível controlar teares, que passavam a fazer desenhos
preestabelecidos. Dessa forma, foi criado o que pode ter sido o
primeiro sistema de armazenamento de informações para
automação de funções. É interessante ressaltar que esse
processo gerou grande revolta popular, pois havia o temor de que
isso gerasse desemprego nas tecelagens.

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OS PRIMEIROS INSTRUMENTOS DE CÁLCULO

A verdade é que há muito tempo a humanidade tem procurado


soluções que facilitem a realização de cálculos mais complexos.
Algumas das soluções desenvolvidas, conforme poderá ser
constatado, foram tão efetivas — tanto no plano conceitual
quanto em termos mais práticos — que chegaram a ser utilizadas
até recentemente ou ainda hoje são utilizadas. Historicamente, a
busca por ferramentas que agilizassem a realização de cálculos é
muito anterior à automação de tarefas e procedimentos.

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OS PRIMEIROS INSTRUMENTOS DE CÁLCULO

Em 1642, Blaise Pascal, cientista francês, construiu a primeira


máquina mecânica de calcular. Com a rotação de engrenagens,
ela permitia a realização de somas e subtrações.
Durante vários anos, o desenvolvimento desse tipo de dispositivo
foi realizado por cientistas, que procuravam meios para agilizar a
realização de cálculos, por vezes complexos. Assim, a história
desses equipamentos está ligada a nomes como Napier,
Schickard, Pascal e Leibnitz.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Ao longo dos anos, o desenvolvimento de equipamentos para


realização de cálculos ou automação de tarefas foi objeto de
pesquisas empreendidas por diversos cientistas e pesquisadores,
estando ligadas a atividades científicas, automação de tarefas
industriais ou agilização de levantamentos governamentais.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Em meados do século XX, entretanto, ocorreria uma mudança de


foco nessas pesquisas, que passaram a ser orientadas para fins
militares. Na Primeira Guerra Mundial e no período que
antecedeu a Segunda Guerra Mundial, uma série de novas
tecnologias ensaiou sua estréia ou demonstrou o seu potencial. O
avião, por exemplo, criava possibilidades antes insuspeitadas,
ampliando as perspectivas militares. O radar e o helicóptero
permitiam a adoção de novas estratégias, demonstrando que os
investimentos em tecnologia poderiam representar avanços
significativos em termos geopolíticos.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Dessa forma, o cenário de possíveis conflitos militares


incentivava a realização de pesquisas, sendo a computação um
dos focos merecedores de atenção. Com isso, se o
desenvolvimento de máquinas para facilitar a realização de
cálculos e dispositivos de automação tinha finalidades
exclusivamente civis, a pesquisa para o desenvolvimento de
computadores revestia-se quase que exclusivamente de objetivos
militares, no intermeio entre a Primeira e a Segunda Guerra
Mundial (CÔRTES, 2003).

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Com avanço das pesquisas e o surgimento das válvulas a vácuo


e outros componentes, o desenvolvimento de equipamentos
eletrônicos tornou-se viável, permitindo a construção de rádios
comunicadores e radares, assim como a transmissão remota de
imagens (TV).
Em função disso, começaram a ganhar corpo idéias sobre o
desenvolvimento de equipamentos eletrônicos que agilizassem
tarefas militares, como o cálculo balístico ou a decodificação de
mensagens cifradas, como uma forma de resposta aos esforços
alemães no desenvolvimento de foguetes militares e na
criptografia de mensagens.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Durante os anos 1920, havia surgido na Alemanha a máquina


Enigma, destinada à codificação de mensagens. Seu
funcionamento se dava por meio de rotores que ampliavam as
possibilidades de criptografia de mensagens. Essas máquinas
foram aperfeiçoadas ao longo dos anos, dificultando o
entendimento de mensagens interceptadas pelos serviços de
inteligência de países como a Inglaterra, que investiam
permanentemente em sistemas de decodificação, contratando
profissionais altamente especializados para essa finalidade.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Com o advento e popularização do rádio como instrumento de


comunicação entre tropas, a codificação de mensagens passou a
ser de vital importância ante a possibilidade de as transmissões
serem interceptadas com muito mais facilidade. Estabeleceu-se
uma verdadeira guerra entre codificadores e decodificadores,
sendo que cada lado investia tanto em equipes de matemáticos
quanto em tecnologia, ampliando suas possibilidades de
codificação ou decodificação de mensagens.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Em 1943, Alan Mathison Turing, matemático inglês, coordenou o


desenvolvimento de uma máquina para decifrar o código secreto
das máquinas alemãs Enigma. O Colossus, resultado desse
projeto, foi o primeiro equipamento digital desenvolvido para
decodificar mensagens.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

A esse respeito, vale ressaltar a importância de Alan Turing para


a computação. Alguns anos antes do desenvolvimento do
Colossus, ele projetou conceitualmente o que viria a ser chamado
de Máquina de Turing, capaz de resolver os mais diversos tipos
de problemas, incluindo conceitos como entrada e saída de
dados, memória, programação, interpretadores e compilação. Por
esse trabalho conceitual, Alan Turing é considerado por muitos o
pai da computação moderna.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Adicionalmente, outra atividade que demandava velocidade e


precisão era a realização de cálculos balísticos, que requeriam o
trabalho de numerosas equipes. Pensando em uma solução para
esse tipo de problema, pesquisadores da Escola de Engenharia
Elétrica da Universidade da Pensilvânia, propuseram o
desenvolvimento de um equipamento destinado à realização
desse tipo de cálculo. Surgia em 1946, na Universidade da
Pensilvânia, o ENIAC — Eletronic Numeric Integrator Analyser
and Computer, pesando cerca de 30 toneladas e contando com
aproximadamente 18 mil válvulas e milhares de outros
componentes. Com todo esse porte, o ENIAC consumia energia
elétrica suficiente para abastecer uma pequena cidade.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Adicionalmente, outra atividade que demandava velocidade e


precisão era a realização de cálculos balísticos, que requeriam o
trabalho de numerosas equipes. Pensando em uma solução para
esse tipo de problema, pesquisadores da Escola de Engenharia
Elétrica da Universidade da Pensilvânia, propuseram o
desenvolvimento de um equipamento destinado à realização
desse tipo de cálculo. Surgia em 1946, na Universidade da
Pensilvânia, o ENIAC — Eletronic Numeric Integrator Analyser
and Computer, pesando cerca de 30 toneladas e contando com
aproximadamente 18 mil válvulas e milhares de outros
componentes. Com todo esse porte, o ENIAC consumia energia
elétrica suficiente para abastecer uma pequena cidade.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Uma questão interessante que merece ser mencionada é que o


ENIAC não possuía sistema operacional ou linguagem de
programação. Para que ele executasse as tarefas para as quais
havia sido projetado, era necessário interligar cabos e acionar
chaves, numa operação que lembrava aquela realizada pelas
telefonistas que operavam antigas mesas telefônicas.

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OS PRIMEIROS COMPUTADORES E AS APLICAÇÕES MILITARES

Em resumo, o ENIAC poderia ser considerado uma gigantesca


calculadora eletrônica, o que — longe de diminuir a importância
desse projeto — demonstra como foram difíceis os primeiros
tempos da computação eletrônica. Criteriosamente falando,
caberia questionar se o ENIAC seria mesmo um computador ou
um precursor dos computadores. Por estar voltado à automação
de um mesmo procedimento.

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FACILITANDO E DIVERSIFICANDO O USO

Nos primórdios da computação, quando equipamentos


eletromecânicos e eletrônicos exploravam o potencial do
processamento de dados, a operação desses protótipos era difícil
e requeria, por vezes, a participação de uma equipe numerosa.
Nessa época, os computadores não possuíam sistema
operacional nem linguagem de programação, sendo necessário
que cientistas e técnicos interligassem circuitos para a realização
de operações razoavelmente simples, do ponto de vista teórico.

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FACILITANDO E DIVERSIFICANDO O USO

Para isso, von Neumann sugeria que as instruções que formavam


a linguagem de programação fossem armazenadas em uma
espécie de unidade eletrônica de memória, fazendo com que o
seu processamento fosse agilizado. Dessa forma, um novo
horizonte se abria para que outros usuários, não tão
especializados, utilizassem os computadores, pois, em lugar de
interligar circuitos e acionar chaves, haveria uma linguagem que
facilitaria esse uso. Atualmente, essas linguagens formam — em
diversos casos — um conjunto de instruções em inglês que,
organizadas segundo uma lógica preestabelecida, constituem um
idioma de uso comum entre o programador e o computador.

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FACILITANDO E DIVERSIFICANDO O USO

Entre os anos de 1947 e 1948, pesquisadores dos laboratórios


Bell desenvolviam o transistor, um componente eletrônico que
substituía as válvulas a vácuo. Devido a sua natureza e
constituição, esses componentes apresentavam vantagens
importantes em relação às válvulas eletrônicas, pois consumiam
menos energia, geravam uma quantidade menor de calor e, em
sua versão comercial, apresentavam resistência mecânica
superior e ocupavam espaço bastante reduzido.
Essa evolução tornaria possível, a partir dos anos 1960, o
lançamento de computadores com tamanho reduzido e maior
capacidade de processamento, tornando o seu uso ainda mais
interessante para as empresas.

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FACILITANDO E DIVERSIFICANDO O USO

Conforme foi visto, após a Segunda Guerra Mundial foram


incrementadas as pesquisas militares envolvendo o uso de
computadores, mas paralelamente havia um interesse crescente
sobre a possibilidade do uso comercial desses equipamentos.
Um dos marcos dessa expansão foi o lançamento, em 1951, do
modelo 701 da IBM. Embora tenha sido um equipamento
originalmente destinado ao departamento de defesa americano,
ele passaria a ser empregado também em empresas e
universidades. Sua primeira unidade foi instalada na
Universidade da Califórnia, em Los Alamos, para o uso no
desenvolvimento de bombas atômicas.

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FACILITANDO E DIVERSIFICANDO O USO

Posteriormente, empresas de aviação como a Lockheed, Douglas


e Boeing utilizaram o modelo 701 na solução de problemas
ligados à performance e estabilidade aerodinâmica e análise
estrutural (CÔRTES, 2003).

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FACILITANDO E DIVERSIFICANDO O USO

Buscando facilitar o uso desses equipamentos em aplicações


técnicas, científicas ou comerciais, foram desenvolvidas algumas
linguagens de programação, tendo como base os conceitos de
John von Neumann. No final da década de 1950, surgia o Fortran
(Formula Translator), linguagem de programação para uso
científico, desenvolvida por John Backus, da IBM. Alguns anos
depois, no início dos anos 1960, a IBM desenvolvia o COBOL
(COmmon Business Oriented Language), uma linguagem de
programação voltada para a área de negócios. Seu sucesso foi
tão grande que, mesmo depois de 40 anos, ela continua sendo
utilizada (especialmente em computadores de grande porte).

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FACILITANDO E DIVERSIFICANDO O USO

Em que pese o desenvolvimento de linguagens de programação


que facilitavam a interação com os computadores, ainda era
necessária uma série de intervenções humanas durante a
execução dos programas. Por exemplo: como a capacidade dos
primeiros computadores era reduzida, por vezes, um programa
tinha de ser dividido em diversas sub-rotinas, cada qual
carregada em um momento correto. Isso demandava a presença
de um operador que ficava acompanhando a máquina,
carregando as novas rotinas sempre que necessário.

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FACILITANDO E DIVERSIFICANDO O USO

Nessa época, surge a idéia de automatizar alguns procedimentos,


reduzindo essa necessidade de intervenção e, ao mesmo tempo,
agilizando o processamento de dados. Essa técnica passou a ser
possível a partir dos Batch Systems, nos quais eram colocadas
instruções que reduziam — ou mesmo eliminavam — a necessidade
de acompanhamento de um técnico ou operador.
Para que um Batch Systems pudesse ser executado, era necessária
a presença de um programa monitor que ficava residente na
memória e acompanhava cada etapa executada, verificando as
instruções contidas nesse Batch Systems. Surgia assim, de maneira
embrionária, o conceito de sistema operacional, o qual evoluiria ao
longo dos anos 1960 e 1970. A presença desses sistemas facilitaria
a automação de procedimentos e funções, viabilizando ainda mais o
uso de computadores nas empresas.

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A DIFUSÃO DO USO DOS COMPUTADORES

Os anos 1960 foram de grande importância para os sistemas de


grande porte, não apenas pela evolução dos protótipos dos
sistemas operacionais e das linguagens de programação, mas
também pelo surgimento dos primeiros computadores totalmente
transistorizados.

Coube à IBM essa primazia, com o lançamento da série 360 (ou


System/360), considerada um clássico da história da computação
comercial. Lançada em 1964, essa série compunha-se de
diversos modelos, dos mais diversos portes e finalidades. O
número 360 está relacionado aos 360° de uma circunferência,
dando uma noção de uso diversificado e perspectivas
diferenciadas.

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A DIFUSÃO DO USO DOS COMPUTADORES

Dessa forma, com a evolução da capacidade de processamento,


o uso de linguagens de programação, o aprimoramento dos
sistemas dos operacionais e a possibilidade de migração para
outros equipamentos da série (preservando investimentos
realizados em desenvolvimento ou aquisição de sistemas),
crescia o interesse de grandes empresas por esse tipo de
solução. Com isso, além de grandes indústrias, os computadores
começaram a ser utilizados em grandes bancos, companhias de
seguro e empresas de mineração.

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A DIFUSÃO DO USO DOS COMPUTADORES

Nessa época, o uso de computadores nas áreas de projetos


ocorria de maneira bastante pontual com o desenvolvimento de
programas para a solução de problemas específicos. Para isso, a
equipe de engenheiros e técnicos ligados a um determinado
projeto desenvolvia um programa (em Fortran, por exemplo)
destinado à solução de um problema em particular. É certo que,
com o passar do tempo e o acúmulo de experiências, essas
empresas constituíam espécies de bibliotecas de programas e
rotinas que podiam ser aproveitados em outras ocasiões ou
adaptados para a solução de problemas similares.

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A DIFUSÃO DO USO DOS COMPUTADORES

Para os grandes bancos e empresas de seguros, os


computadores passaram a ser utilizados no armazenamento e
processamento de dados cadastrais e movimentações financeiras
(seja na conta corrente de um cliente, no recebimento do prêmio
de um seguro, seja na cobertura de um sinistro), facilitando a
realização dos levantamentos contábeis e provisão de recursos
financeiros. Além disso, grandes empresas e o serviço público
também passaram a utilizar computadores no processamento da
folha de pagamento, reduzindo falhas e o tempo necessário à sua
elaboração.

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A DIFUSÃO DO USO DOS COMPUTADORES

Companhias de mineração e empresas petrolíferas também


buscaram nos computadores a solução para problemas ligados à
avaliação de reservas minerais, de gás ou petróleo, além de
otimizar os cálculos relacionados à exploração desses recursos.
Como esses cálculos são efetuados, em muitos casos, de
maneira recorrente (em que uma rotina é repetida diversas vezes
com algumas alterações de parâmetros até que um resultado
otimizado tenha sido obtido), o uso dos computadores mostrou-se
bastante adequado.

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO

Até o advento da Revolução Industrial, os processos de produção


eram essencialmente artesanais, sendo resultado da perícia, do
conhecimento e da habilidade dos artesãos em desenvolver suas
atividades. A invenção e o posterior aprimoramento da máquina a
vapor, conforme mencionado, teve especial importância para o
advento da Revolução Industrial porque permitiu o
desenvolvimento de uma série de máquinas que substituíram os
processos artesanais até então em uso. Ao longo dos anos, as
máquinas foram sendo aprimoradas e os processos refinados,
tornando possível a produção em linhas de montagem (como
aquelas desenvolvidas por Henry Ford, no início do século XX).

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO

Assim, a Revolução Industrial viabilizou a substituição de um


processo artesanal pela fabricação de produtos em linhas de
produção, reduzindo custos, gerando empregos e criando
grandes mercados consumidores.
De maneira similar, o surgimento dos computadores teve especial
impacto no modo como as empresas passaram a trabalhar com a
informação, permitindo que formas artesanais fossem
substituídas por meios mais efetivos e colaborativos de trabalho.

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO

Por exemplo, quando verificamos a contabilidade das empresas e


sua evolução no decorrer das últimas décadas, é possível perceber
o impacto dos processos de informatização. Antigamente, um
contador era chamado de guarda-livros, exatamente porque uma de
suas tarefas era efetuar os lançamentos de registros contábeis em
livros que ficavam sob sua responsabilidade.
Em muitos casos, essa era uma tarefa que demandava um longo
tempo, tornando-a quase que meramente operacional. Com a
informatização de processos contábeis, os lançamentos e cálculos
foram agilizados de tal maneira que a função do contador sofreu um
grande — e positivo — impacto. Em lugar de ficar restrito a
atividades operacionais, o contador agora pode transformar todos
aqueles registros em informações úteis à estratégia da empresa,
colaborando de maneira proativa no estabelecimento,
desenvolvimento e acompanhamento de metas.

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A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO

Equipes passaram a trabalhar de maneira muito mais integrada, seja


por meio de sistemas específicos, seja mesmo com o simples uso de
e-mail e do compartilhamento de arquivos e planilhas. A informação
pôde fluir de maneira muito mais eficiente dentro das empresas,
contribuindo para a otimização de processos e redução de custos.
O ganho de velocidade e flexibilidade em processos e negócios teve
um impacto muito grande nas atividades empresariais como um
todo. Se antes os concorrentes estavam ao alcance dos olhos, hoje
uma empresa pode ser surpreendida por um concorrente cuja
existência nem supunha. Pior do que isso, uma empresa pode ser
vítima de uma nova tecnologia que redefine os competidores,
modificando segmentos inteiros. Isso ocorreu, por exemplo, com os
correios, que sofreram um grande impacto com o advento do e-mail.
Hoje, os correios passaram a atuar muito mais com encomendas
expressas do que com o envio de cartas pessoais.

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CONCLUSÕES

A evolução dos computadores e tecnologias associadas tem


propiciado uma ampla reconfiguração de setores produtivos e de
prestação de serviços. A automação bancária, o surgimento dos
sistemas de comunicação on-line, a venda de produtos pela Internet,
a oferta de cursos a distância, a integração de cadeias produtivas e
de comercialização, a logística cada vez mais integrada, o
gerenciamento de estoques, a agilização dos caixas em
supermercados, dentre outras inúmeras inovações, demonstram os
ganhos advindos com o uso cada vez mais intenso dos sistemas de
informação.
A correta administração dos sistemas e das tecnologias de
informação é condição necessária ao uso eficaz dos recursos
disponíveis, possibilitando às empresas otimizar processos, reduzir
tempos de execução, eliminar o desperdício e melhorar o retorno
sobre o investimento realizado.

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REFERÊNCIAS

BATEMAN, T.; SNELL, S. A. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.
CÔRTES, P. L. Sistemas operacionais: fundamentos. 2. ed. São Paulo: Érica, 2003.
DAFT, R. L. Administração. São Paulo: Thomson Pioneira, 2005.
FEDELI, R. D.; POLLONI, E. G. F.; PERES, F. E. Introdução à ciência da computação. São Paulo: Thomson
Pioneira, 2003.
FERREIRA, A. A.; REIS, A. C. F.; PEREIRA, M. I. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias. Evolução e
tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Thomson Pioneira, 1997.
GHEMAWAT, P. A estratégia e o cenário dos negócios: Textos e casos. Porto Alegre: Bookman, 2000.
KNUTH, D.E. Von Neumann’s First Computer Program. Computing Surveys, 2(4):247-260, dez. 1970.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
SILVA, R. O. Teorias da administração. São Paulo: Thomson Pioneira, 2001.
WALLACE, J.; ERICKSON, J. Hard Drive: Bill Gates and the making of the Microsoft Empire. New York: John
Wiley & Sons, 1992.

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO:
CONCEITOS, DEFINIÇÕES E EXEMPLOS

Para compreender melhor o funcionamento


dos sistemas de informação, serão
apresentadas algumas definições, discutidos
alguns conceitos, e também serão analisadas
questões de ordem teórica que ajudarão no
entendimento de aspectos mais práticos e
operacionais.

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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO:
CONCEITOS, DEFINIÇÕES E EXEMPLOS

Além disso, serão apresentados exemplos que


mostrarão usos de sistemas de informação,
ilustrando na prática os conceitos
apresentados.

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DEFININDO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Como será possível perceber o termo


sistemas de informação é bastante amplo,
dando margem até mesmo a certas dúvidas.
Buscando uma melhor compreensão inicial,
será interessante verificar o que alguns
autores e pesquisadores entendem por
sistemas de informação.

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DEFININDO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

“sistema de informação pode ser


definido tecnicamente como um
conjunto de componentes
relacionados que coleta (ou
recupera), processa, armazena e
distribui informação para dar
suporte à tomada de decisão e ao
controle da organização”.
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DEFININDO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

“Além de apoiar, coordenar e controlar a


tomada de decisão, os sistemas de
informação também podem ajudar os gerentes
e trabalhadores a analisar problemas,
visualizar assuntos complexos e criar novos
produtos”.

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DEFININDO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

“Um sistema é um grupo de componentes


relacionados que trabalham juntos rumo a
uma meta comum recebendo insumos e
produzindo resultados em um processo
organizado de transformação”

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DEFININDO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Um sistema de informação “é uma série de


elementos ou componentes relacionados,
numa ordem específica, que coletam
(entrada), manipulam (processamento),
disseminam (saída) os dados e informações e
fornecem um mecanismo de feedback
(retroalimentação). Essas informações são
então utilizadas pelos usuários para a tomada
de decisões”.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

um sistema de informação envolve “a entrada


ou coleta de dados, seu processamento e a
geração de informações”. Dessa forma é
possível verificar que dado e informação
podem não ser a mesma coisa (e realmente
não são).

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

A informação é obtida a partir do


processamento de dados. Dessa forma, é
possível supor uma certa hierarquia, com as
informações estando em um nível mais
elevado (ou posterior) àquele ocupado pelos
dados.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

DADOS
São sucessões de fatos brutos, que não foram
organizados, processados, relacionados,
avaliados ou interpretados, representando
apenas partes isoladas de eventos, situações
ou ocorrências. Constituem as unidades
básicas, a partir das quais informações
poderão ser elaboradas ou obtidas.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

INFORMAÇÃO
Quando os dados passam por algum tipo de
relacionamento, avaliação, interpretação ou
organização, tem-se a geração de informação.

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INFORMAÇÃO

É necessário ressaltar, entretanto, que a


qualidade dessas decisões dependerá da
quantidade e qualidade dos dados disponíveis
e do relacionamento efetuado. Um mesmo
conjunto de dados, quando processado por
sistemas diversos, poderá gerar informações
qualitativamente diferentes.

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Esquema básico de funcionamento de um sistema de
processamento de dados.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Atributos da informação.
É sempre importante considerar que
“diferentes sistemas de informação podem
fornecer informações qualitativamente
diferentes”, mesmo quando processando um
mesmo conjunto de dados. Isso ocorre
especialmente em situações mais complexas,
envolvendo um grande conjunto de dados e
parâmetros diversos.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Dessa forma, é necessário estabelecer alguns


critérios que permitam analisar as
informações, verificando não apenas o seu
potencial de utilização em determinadas
circunstâncias, assim como o resultado obtido
(informação).

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Para isso, acredita-se que, para o usuário


final, seja mais fácil avaliar o produto gerado
(informação), sem análises exaustivas quanto
à obtenção dos dados e seu processamento.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Sendo assim, dentre os diversos modos de


qualificar uma informação, alguns parecem
mais apropriados ao ambiente dos sistemas
de informação. São eles:

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Nível de utilização – indica a quantidade de


vezes que uma informação é utilizada.
Possibilita identificar as necessidades do
público-alvo (usuários) em relação àquele
tipo de informação.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Facilidade de acesso – qual a facilidade de


encontrar uma determinada informação.
Uma baixa facilidade de acesso pode
comprometer a velocidade com que uma
decisão é tomada ou mesmo tornar a
informação inútil.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Velocidade – a informação deverá ser


fornecida na velocidade necessária à
resolução de um problema ou tomada de
decisão. De pouco ou nada adianta uma
informação que seja verídica, exata, precisa
e, se ela chegar quando não há mais tempo
para que um problema seja resolvido.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Qualidade – característica positiva que faz


uma informação ou um sistema de
informações se sobressair em relação a
outros. É de fundamental importância que a
opinião dos usuários sobre a qualidade seja
considerada, fornecendo meios à melhoria
dos processos de geração e
processamento de informações.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Atualidade – a informação apresentada é


atual ou condizente com o momento
presente.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Fidedignidade – as informações
apresentadas são merecedoras de crédito,
de confiança, de fé.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Veracidade – capacidade de ser verdadeira


ou de representar a verdade. Isso está
relacionado à origem dos dados e ao seu
processamento. Por exemplo, quando um
relatório informa que uma aplicação
financeira resultou em lucro, obviamente
essa informação deverá ser verdadeira.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Exatidão – que não contém erro,


transmitindo fatos com rigor. Por exemplo,
quando o sistema calcula o valor de uma
dívida, esse valor deverá ser correto.
Dados deverão ser apresentados
exatamente da maneira (valor, conteúdo)
como foram obtidos.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Precisão – capacidade de lidar com valores


numéricos tais como eles se apresentam
originalmente. Por exemplo, 24,5°C é
diferente de 24°C. Nesses casos, é
necessário verificar o quanto essas
operações (arredondamento) podem
comprometer a qualidade da informação
apresentada.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Integralidade –a informação deverá conter


tudo o que for necessário à tomada de uma
decisão. Nessa relação os termos
economia e integralidade podem parecer
opostos, mas na verdade acabam sendo
complementares. Muitos sistemas de
informação confundem quantidade com
qualidade, fornecendo aos usuários mais
informações do que o necessário.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Integralidade – Uma informação fornecida


de maneira integral (com integralidade)
deverá conter tudo o que for necessário ao
entendimento ou solução de um problema,
mas apenas isso (economia).

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Inteligibilidade – uma informação deverá


ser compreensível ao usuário. Na
concessão de crédito, por exemplo, uma
pessoa que atue no atendimento ao
consumidor deverá ser informada de
maneira simples se o crédito deverá ou não
ser concedido a um cliente.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

• Orientação – informar ao usuário a que se


destina a informação apresentada,
facilitando a sua compreensão e uso.

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METADADOS

Metadado pode dizer que se trata dedado, geralmente uma


informação inteligível por um computador. Os metadados facilitam
o entendimento dos relacionamentos e a utilidade das
informações dos dados. Metadados são indispensáveis para a
comunicação entre computadores, mas podem ser inteligíveis
também por humanos.

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METADADOS

Ao ser armazenado em um banco de dados,


geralmente o valor de 40°C (mencionado
anteriormente) seria gravado apenas como 40
(o que pode ser uma série de coisas ou um
valor ligado a diversos assuntos).

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METADADOS

Dessa forma, o uso do termo temperatura


permitira saber que 40, na verdade, é um valor
de temperatura, mas não especificaria a
escala em que essa temperatura se situa (o
que é necessário para dar a devida noção de
grandeza: “40 é muito ou pouco?” ou “40 é
quente ou frio?”).

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METADADOS

Como existem diferentes escalas de


temperatura (Celsius ou Fahrenheit, por
exemplo),o rótulo temperatura fornecer
alguma dimensão ou significado ao número
40, faltaria uma explicação adicional. Nesse
caso, poderia ser utilizado o rótulo
temperatura (°C), indicando a escala adotada.
Essa explicação adicional, ou rótulo, é um
metadado, sendo muito comum o seu uso em
interfaces com o usuário
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FEEDBACK OU RETROALIMENTAÇÃO

Em muitos casos, o simples processamento


de dados (abrangendo tarefas, tais como
classificação, filtragem e organização) e a
geração de informações podem não ser
suficientes para avaliar uma situação. A partir
de uma contexto inicial, o sistema pode ser
realimentado em busca de novas opções, o
que é muito comum.

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FEEDBACK OU RETROALIMENTAÇÃO

Por exemplo, quando uma pessoa vai


contratar um financiamento, as taxas de juros
podem variar de acordo com o prazo e o
montante contratado. Inicialmente, a pessoa
verifica uma situação: R$ 3.000 em 12 meses.
Utilizando essa informação, ela pode
realimentar o sistema e verificar outras
possibilidades, por exemplo: R$ 3.500 em 12
meses, buscando a opção que melhor se
encaixe em seu orçamento mensal.
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Retroalimentação de um sistema de informação.

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Conhecimento

O conhecimento é gerado através da habilidade em analisar as


informações encontradas. Em outras palavras, o conhecimento
acontece quando as informações são integradas e
processadas, sendo que, através da análise do todo, podem ser
encontradas determinadas conclusões.

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Tipos de Conhecimento

O conhecimento pode ser dividido em dois tipos, o tácito e o


explícito.
O conhecimento tácito é considerado como sendo aquele
gerado através da experiência e não por meio de palavras
escritas. Ele é adquirido através da prática, sendo
ele empírico e de difícil transmissão.

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Tipos de Conhecimento

Suponha que uma cozinheira prepare uma deliciosa lasanha.


Desse modo, você pede a receita para ela, sendo que o seu
pedido é prontamente atendido pela cozinheira,
que escreve todos os ingredientes e procedimentos em uma
folha de caderno. Quando você for cozinhar este prato, ele sairá
tão delicioso quanto o da cozinheira? Provavelmente não. Isto
acontece pois há um conhecimento internalizado na
profissional, dentro da sua mente, totalmente pessoal, adquirido
através de anos de experiência, sendo ele difícil de transmitir e
explicar para outra pessoa apenas com palavras escritas. Este é
o chamado conhecimento tácito.

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Tipos de Conhecimento

Já o conhecimento explícito é aquele codificado, formal,


baseado na teoria e transmitido de
forma sequencial e estruturada, geralmente por meio
da escrita. Ele pode ser facilmente transmitido ou explicado.
Um exemplo é a receita escrita pela cozinheira, onde há todos
os procedimentos, descritos de maneira formal, para realizar o
processo de preparação de uma lasanha. Desse modo, o
conhecimento explícito é aquele que pode ser encontrado
em livros, artigos, revistas.

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Tipos de Conversão do Conhecimento

Os conhecimentos explicados acima podem ser convertidos e


transferidos, por meio de quatro formas:
Socialização (Tácito em Tácito)
Imagine duas pessoas conversando, trocando experiências,
ideias e informações. Isto acontece através do conhecimento
pessoal, interno, de cada um dos interlocutores, ou seja, há
uma conversão e troca de conhecimento tácito de indivíduos,
por meio de uma socialização.

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Tipos de Conversão do Conhecimento

Combinação (Explícito em Explícito)


Suponha que uma pessoa aprenda diferentes conceitos por meio
de dois diferentes livros, sendo que, após isso,
ele combine todo o conhecimento adquirido em apenas um
documento. O que houve nesta situação? Bom, foi
retirado conhecimento explícito de duas fontes, sendo
eles combinados, de modo a gerar outra fonte de conhecimento
explícito.

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Tipos de Conversão do Conhecimento

Externalização (Tácito em Explícito)


Este conceito pode ser explicado através da seguinte situação:
Imagine que uma pessoa possua um vasto conhecimento
internalizado, adquirido por meio de sua experiência de vida, e
decida transformá-lo em um documento, para que possa ser
repassado a outros indivíduos. Desse modo, houve
a externalização, em que o conhecimento tácito de uma pessoa,
o qual estava internalizado, foi extraído e transformado em
conhecimento explícito, por meio da escrita.

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Tipos de Conversão do Conhecimento

Internalização (Explícito em Tácito)


Por fim, quando uma pessoa adquire conhecimento por meio
da leitura de documentos escritos, como sites, artigos ou livros,
há a conversão do conhecimento explícito, presente nos
documentos codificados, em tácito, pois ele é absorvido pelo
leitor. A este processo, dá-se o nome de internalização.

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Tipos de Conversão do Conhecimento

Inteligência
Bom, pessoal! Já aprendemos o que é dado, informação e
conhecimento. Desse modo, iremos agora apresentar o último
conceito: a inteligência.
A inteligência é a aplicação do conhecimento, ou seja,
quais ações podem ser tomadas através do conhecimento que
foi adquirido.

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Tipos de Conversão do Conhecimento

A inteligência é considerada uma qualidade puramente humana,


sendo ela baseada na experiência, bem como na intuição.
Diferentes pessoas, de posse do mesmo conhecimento, podem
tomar diferentes decisões, pois cada indivíduo possui a sua
inteligência.
Desse modo, concluindo este estudo sobre Dado, Informação,
Conhecimento e Inteligência, apresentamos a chamada Pirâmide
Informacional, a qual demonstra a escalada dos dados brutos,
até serem utilizados pela inteligência:

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Tipos de Conversão do Conhecimento

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O PAPEL DOS SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA
INTELIGÊNCIA COLETIVA NAS EMPRESAS

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Há quase um consenso sobre a importância


das tecnologias e dos sistemas de informação
para o desempenho competitivo das
empresas. Os diretores e gerentes de TI são
unânimes em defender investimentos em
novos softwares e bancos de dados, novos
servidores e linhas de comunicação mais
rápidas.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Ao mesmo tempo que os sistemas tornam-se


mais rápidos e a convergência tecnológica
aproxima as pessoas — seja via e-mail,
sistemas de troca instantânea de mensagens
e outros equivalentes —, cumpre perguntar:
até que ponto esses novos sistemas e
tecnologias têm contribuído para algo mais do
que simplesmente transformar dados em
informações?

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

A aprendizagem e o desenvolvimento do
conhecimento e da inteligência empresarial é
um assunto de diversos estudos e pesquisas,
sendo considerado estratégico para o
estabelecimento e manutenção de vantagem
competitiva.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Em um sistema em que o fluxo internacional


de bens e capital é muito intenso, a superação
ocorre não apenas com base em uma
vantagem específica, como preço mais baixo,
há também que considerar uma tecnologia
específica ou acesso facilitado a determinadas
matérias-primas.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

É necessário que a empresa desenvolva


competências em uma série de áreas,
consolidando posições e desenvolvendo
novas perspectivas de conhecimento.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

“Na maioria das empresas que ‘desaparecem’,


há indícios prévios da existência de
problemas. Entretanto, esses indícios são
ignorados, mesmo quando alguns gerentes
têm ciência deles”. Para ele, as organizações
têm dificuldades em reconhecer as ameaças
iminentes e buscar alternativas.

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DEFININDO DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO,
INTELIGÊNCIA E SABEDORIA

Embora uma nova tecnologia possa


representar determinadas vantagens que,
apesar de não serem necessariamente
sustentáveis em longo prazo, podem
sobrepujar condições favoráveis de outros
competidores, nem sempre isso é suficiente
para garantir algo mais do que a sua simples
sobrevivência.

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