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IGUATU – CEARÁ
2022
SÂMARA SHEYLA AMANCIO DE MESQUITA MENDONÇA
IGUATU – CEARÁ
2022
SÂMARA SHEYLA AMANCIO DE MESQUITA MENDONÇA
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
Prof. Ms. José Ivo Ferreira (Orientador)
Faculdades Integradas do Ceará (UniFIC)
___________________________________________________
Prof. Esp. Danilson Carvalho Passos
Faculdades Integradas do Ceará (UniFIC)
__________________________________________________
Prof. Ms. Glauber Iure Cardoso de Menezes Silva
Faculdades Integradas do Ceará (UniFIC)
A Deus, minha querida família e meu amoroso marido.
Dedico.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que meu deu estímulo, forças e sabedoria para concluir este
trabalho.
Ao meu amado marido Albérico, por sua compreensão, amizade, carinho,
amor, apoio e incentivo durantes esses anos.
À minha querida mãe Noélia, por toda dedicação, ajuda e incentivo que me
guiaram a esse momento.
Ao meu querido pai, Moésio (in memoriam), por toda dedicação, e sacrifícios
para me proporcionar boas condições de estudo e me ajudar a realizar esse sonho
profissional.
Ao meu irmão Samuel e meus sobrinhos Laura e Lucca pela paciência, apoio
e terem entendido minha ausência.
Aos Professores José Ivo Ferreira e Samuel Ilo, pelo incentivo, por suas
orientações, dedicação e paciência.
Ao meu amigo Dr. Alan Bezerra, pelo apoio, atenção e coorientação durante
esse projeto.
À minha querida Dra.Anna Ivanovna, por toda ajuda, incentivo, carinho, apoio
e coorientação durante esse projeto.
Aos professores: Dr. Danilson Passos e Dr. Glauber Iure, por aceitarem
compor a banca examinadora.
Aos meus queridos amigos, Jamille, Rubia, Madalena, Ricardo, Edilânia,
Kelyne e Klévia, por serem sempre companheiros e por me ajudarem nos bons e
maus momentos enfrentados no decorrer nesses anos de amizade.
A todos os professores de Direito da UNIFIC, pelo conhecimento e dedicação
demandados a mim durante os anos de faculdade.
... Não é justo nem humano exigir do homem tanto
trabalho a ponto de fazer pelo excesso de fadiga
embrutecer o espírito e enfraquecer o corpo...
(Papa Leão XIII)
RESUMO
The unhealthy work premium was created as compensation for workers' health for damages
suffered when working exposed to unhealthy agents and also to encourage companies to
improve the work environment, reducing and/or remedying these agents. The calculation
threshold is currently unconstitutional, and the legislature must establish a new base. The
purpose of this is to verify the applicability of the minimum wage as an index of unhealthy
work additional and the consequences of a possible change. The methodology was carried
out through bibliographical, qualitative and explanatory research, analyzing literature already
published in the form of books, online legal journals, jurisprudence of the Courts, publications
of scientific articles online and virtual press. The results and discussions are based on
doctrinal works and decisions of the Labor Courts and the Federal Supreme Court that
greatly contributed to the analysis made on the basis for calculating the unhealthy work
premium, from its origin to the possibility of a new payment level. different from the minimum
wage, which is unconstitutional, but remains active in the legal system due to a legislative
omission. Finally, it is concluded that it is extremely urgent to establish a new basis for
calculating the unhealthy work premium, because, in the current form, no protection is given
to workers' health, with only the monetization of occupational health and disrespect human
dignity. Oliveira (2011), Roncaglia (2008) and Silva (2015), among others, support the study.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9
2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 11
2.1 Geral ....................................................................................................................... 11
2.2 Específicos ............................................................................................................ 11
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 12
4 RESULTADOS .......................................................................................................... 14
4.1 Evolução histórica do adicional de insalubridade e a proteção ao
trabalhador .................................................................................................................. 14
4.1.1 Adicional de insalubridade .................................................................................. 17
4.1.2 Normativas Regulamentares .............................................................................. 20
4.2 Manutenção do salário-mínimo como base de cálculo para o adicional e sua
inconstitucionalidade. ............................................................................................... 23
4.2.1 Proteção constitucional e declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia
de nulidade ................................................................................................................... 24
4.2.2 Posicionamento Doutrinário e Jurisprudencial ................................................... 26
4.3 O salário base como patamar mínimo para o pagamento do adicional de
insalubridade .............................................................................................................. 28
4.3.1 Monetização do Adicional de Insalubridade ....................................................... 28
4.3.2 Cenário Internacional de Prevenção e Manutenção da Saúde do Trabalhador e
dos Ambientes Laborais ............................................................................................... 30
4.3.3 Proposta de uma nova base de cálculo do adicional de insalubridade
vislumbrando o princípio da dignidade da pessoa humana ........................................ 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 35
9
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
• Analisar os fatos históricos da criação do adicional de insalubridade, os
instrumentos de proteção à saúde do trabalhador e a possibilidade de
implementar métodos mais eficazes de proteção;
• Considerar os possíveis conflitos de interesses entre aqueles que defendem a
manutenção do salário-mínimo como base de cálculo para o adicional e os que
apoiam uma substituição e as decisões referentes ao tema;
• Verificar a possibilidade de substituir o salário-mínimo como indexador e
encontrar outra forma para calcular o adicional, onde possa existir um equilíbrio
entre os pares
.
12
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
Foi nesse cenário de mudanças no tocante aos direitos dos trabalhadores que
surgiu o Constitucionalismo Social. Essa foi a fase em que se desenvolveu a
acepção de trabalho humano, respeitando-se os direitos de proteção e dignidade no
ambiente laboral. Os movimentos internacionais que lutavam pelas garantias dos
direitos trabalhistas se instauraram com a Constituição Mexicana de 1917 e com a
Constituição de Weimar, em 1919. Seus textos traziam condições mínimas de
proteção aos trabalhadores emergentes no país. (GIOVANNI e SILVA, 2022, p.04).
Em 1943, foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho, com a finalidade de
regulamentar as relações trabalhistas no país. Este diploma passa a existir no
mesmo período em que os direitos humanos começavam a se internacionalizar e se
consolidar em um cenário mundial, como uma legislação inovadora para a época,
defendendo interesses dos trabalhadores, que, até então, não estava disposto em
um regramento legal próprio, mas sim apenas alguns temas tratados no direito civil
ou no direito comercial.
No Brasil, com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, os direitos
sociais dos empregados urbanos e rurais possibilitaram que estes começassem a
gozar de proteção adequada e necessária, pois a Carta Maior trouxe, em seu
arcabouço, princípios como a igualdade, a liberdade e a dignidade da pessoa
humana, além do princípio da proteção, garantindo a todos os trabalhadores um
meio ambiente saudável e ecologicamente equilibrado, essencial à saúde e à
qualidade de vida. (BRASIL, 1988).
Neste contexto, podemos interpretar a expressão meio ambiente, em um
sentido lato, de tal forma a abranger o meio ambiente de trabalho – até porque o art.
200, VIII, da CF/88 estabelece que uma das atribuições do Sistema Único de Saúde
consiste em proteger o meio ambiente, nele compreendido o do trabalho, estando,
no art. 225 do mesmo diploma, estabelecido ainda que todos possuem direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida.
Ao exigir um meio ambiente de trabalho equilibrado, o legislador constituinte
teve por objetivo proteger a vida e a saúde do trabalhador, considerados direitos
fundamentais de qualquer ser humano.
Dito de outra forma, promover um meio ambiente de trabalho saudável está
intimamente ligado à preservação e promoção do princípio da dignidade humana.
Silva (2015) esclarece ainda que o reconhecimento de tal princípio, um dos
fundamentos da República, inscrito no art. 1º, III da Constituição Federal, reconhece
17
De origem latina, insalubris significa “aquilo que faz mal à saúde”. Dessa
forma, o trabalho considerado insalubre é aquele que põe em risco a saúde do
trabalhador. Esse, por sua vez, não deve ser confundido com o trabalho perigoso,
pois, nesse caso, o que se coloca em risco é a vida do trabalhador. (CAMISASSA,
2015).
Quanto à conceituação Legal, está disposta no art. 189 da CLT, nos seguintes
termos:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10. ed. São Paulo: LTr,
2016.
BRASIL. Lei n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional
do Meio ambiente, seus fins, mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências. Congresso Nacional, Brasília, 1981.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 9. ed. Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: Método, 2014.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
LEÃO XIII. Carta Encíclica Rerun Novarum: sobre as condições dos operários.
1891. Disponível em: https://www.vatican.va/content/leo-
xiii/pt/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum.html. Acesso
em: 27 out. 2022
MARTINS, Sergio Pinto. Comentários à CLT. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 45 p.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho: história e teoria
geral do direito do trabalho, relações individuais e coletivas do trabalho. 24. ed. São
Paulo: Saraiva, 2009. 1415 p.
TELES, Josiane Souza Sá. A Saúde Tem Preço? Uma Discussão Acerca Da Saúde
Do Trabalhador e da Base de Cálculo do Adicional de Insalubridade e a Sua
Inconstitucionalidade no Cenário Brasileiro. 2018. Monografia. (Pós Graduação em
Lato Sensu em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho). Faculdade Baiana de
Direito e Gestão. Salvador. Disponível em:
https://monografias.faculdadebaianadedireito.com.br/tcc/a-saude-tem-preco-uma-
discussao-acerca-da-saude-do-trabalhador-e-da-base-de-calculo-do-adicional-de-
insalubridade-e-a-sua-inconstitucionalidade-no-cenario-brasileiro/. Acesso em: 22
out. 2022