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tipos de células que puderam ser caracterizadas pela sua organização através da
observação da sua composição num microscópio ótico. Ao observá-las foi possível notar
num “ponto” que estava presente em todas as células, o núcleo, que comprovou que eram
células eucarióticas(células que contém o ADN num núcleo rodeado por uma membrana) e
que indicava ainda que nenhuma delas eram bactérias, pois se não tivessem núcleo seriam
consideradas células procarióticas(células em que o ADN se encontra disperso no
citoplasma, numa estrutura chamada nucleóide e que são características das bactérias).
Dentro do grupo das células eucarióticas é possível distinguir dois tipos diferentes de
células, as células vegetais e as células animais, que foram os tipos de células exploradas
no trabalho. Com isso, puderam ser observadas várias diferenças e semelhanças entre as
células exploradas, nomeadamente, as células do epitélio lingual (células animais), as da
cebola e da Elódea (células vegetais).
As principais diferenças entre as células animais e vegetais observadas foram a presença
de uma parede celular nas células vegetais da elódea e da cebola, parede essa que
separava a células umas das outras e que não estava presente nas células animais do
epitélio lingual, visto que essas se encontravam dispersas ao serem observadas pelo
microscópio, não tendo nenhuma organização específica. Também é importante lembrar
que essas células também podem diferenciar-se através da sua forma, pois é possível ver
que as células vegetais apresentam formas mais retas, enquanto as animais apresentam
formas mais irregulares. Voltando para a composição das células, outra diferença notável é
a presença de um vacúolo grande(estrutura que armazena substâncias) nas células
vegetais, que neste caso era tão grande que incapacitava a observação do núcleo de
células vegetais, enquanto que as células animais apresentam vacúolos pequenos. De
todas as diferenças presentes, a que que distingue maioritariamente os dois tipos de células
é a presença de organelos verdes nas células vegetais, os cloroplastos, estruturas que não
existem em células animais. São os cloroplastos que conferem o verde das plantas e são
também as estruturas responsáveis por realizar a fotossíntese, processo realizado apenas
pelas plantas, o que justifica o facto de as células animais não terem cloroplastos. Apesar
disso, não é possível observar cloroplastos numa nas células da cebola, que é uma célula
vegetal, e isso deve-se à mesma razão de as células animais não terem cloroplastos: a
cebola não faz fotossíntese, pois apesar de ser constituída por células vegetais, fica sempre
debaixo da terra, o que faz com que não apanhe luz nenhuma, e como a luz é essencial
para a fotossíntese, não pode realizá-la.
As estruturas das células são invisíveis, por isso foi usado o corante de azul de metileno
para que fosse possível observar as suas estruturas nitidamente. A única exceção foi a das
células da elódea, pois estas células têm os cloroplastos que já conferem cor à célula.