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I

II

Sortilégio
Você nasceu para ser minha submissa.

Camila Marcelino
III

P.O.V Penelope
No encalço da madrugada, uma garota
aos seus vinte oito anos, chamada Penelope.
Se encontrava deitada sobre seu tapete
felpudo de sua casa; ao reparar pelo seu
telefone, recebe uma mensagem de texto de
seu ex-namorado a dizendo para voltar pela
décima vez naquela semana. Em um simples
gesto ela apagou a mensagem o deixando na
espera. Assim sendo, com algumas garrafas
de sua bebida preferida e bem forte, sobre a
mesa de centro da sala, deitou-se sobre o
chão fresco, olhando o teto. Sua casa era
consideravelmente media, em seu estilo
contemporâneo e moderno.

Penelope era uma garota meiga, dona de


si, sabendo de como iria utilizar seu tempo
para lhe satisfazer sem se importar pelos
comentários alheios; seu estilo varia para
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grunge, clássico e retro. Muitas vezes ela


mesmo os mistura estilos e acessórios,
criando sua própria moda; seus cabelos
enrolados em tons de castanhos que ao sol se
tornam mais claros, deixando seus olhos
chamativos ao olha-la. Alguns de seus amigos
a diziam que ela enfeitiçava muitos garotos,
na balada algumas garotas também se
encantavam pelo seu charme e estilo, porem
Penelope pouco ligava para alguns garotos,
sua expectativa para um relacionamento
passava dos casais padrões.

Mal sabia se era pelo álcool em seu


corpo, ou por ter saído de seu trabalho
cansativo, deitada começava a refletir em
como quase em todos os seus
relacionamentos haviam sido ruins. Após
alguns minutos se levanta, vai a seu quarto,
no momento em que se deita no colchão, se
sente como se seu corpo estivesse em nuvens
fofinhas e macias, seu corpo adormeceu por
completo.
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P.O.V Leandro
Em uma reunião em um cassino
luxuoso, apostadores com grandes cobiças
com sua reputação a zelar, frequentam-nos
para fechar contratos. Para Leandro não
seria diferente a esse ponto. Junto a ele se
encontrava Pasqual e Thomas, sendo meios
rivais nos negócios. Com taças de vinho
Crystal de vidro em mãos sendo uma das
marcas invejáveis da cidade, se encontravam
servidas a eles, em uma das salas VIPs.
– E o processo com relação ao
mensageiro com os documentos? – Um
homem de terno fino em tons escuros, um
sapato um tanto quanto brilhoso pelo verniz,
cabelos curtos em uma cor grisalho, dando
destaque a seus olhos em pigmentações
diferentes pela heterocromia, deixando-o
chamativo e encantador, se encontrava
Thomas, que ao observar sua expressão,
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notava-se sua desconfiança por alguns dos


seus planos não estar correndo como o
esperado, mas ao mesmo tempo aliviado.
– Está correndo tudo perfeitamente, até
o momento. O que lhe preocupa tanto? –
Pasqual toma um gole de sua taça,
apreciando o sabor meio amargo de sua
bebida, o fazendo ter expressões de satisfação
para logo voltar sua atenção a Thomas.
Pasqual havia uma personalidade meio
irritada, sarcástico e sendo considerado pelos
amigos “padrão”. Ele por sua vez possui ser
um pouco protetor em suas relações intimas,
e de sua família.
– Nenhuma, só não confio em seus
informantes. Como dizem em sua terra
‘fofoqueiros’. – Todos presentes começam a
rir pela expressão; após um tempo, Pasqual
percebendo o silêncio presente em um dos
associados resolve saber o motivo do silêncio.
– Está um pouco apático hoje Leandro,
não está planejando um ataque está? – diz
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Pasqual, se intrometendo nos assuntos


pessoais do outro. Leandro deitou sua cabeça
para trás pensativo.
– se eu fosse mesmo planejar um ataque
você já não estaria aqui fazendo negociações
baratas Pasqual. – falou Leandro, com sua
visão virada para o teto. Eles o olham com um
pouco de fúria e desconfiança. Leandro era
um dos mais temidos da sua família mafiosa
por ser o segundo na sucessão patriarca,
mesmo aparentando ser grosseiro e
dominador, no interno tinha bastante
simpatia pelos outros, seus olhos evidenciava
sua falta de confiança nas pessoas, por serem
em uma coloração de castanho escuro o
deixando mais chamativo e atrativo em
muitos locais em que comparecia; seu estilo
variava entre roupas sociais, sofisticado e
urbano, sendo bastante retratados da moda
de sua cidade; tendo uma de suas orelhas
furadas em que usava brincos em formas de
argola com uma cruz; havia algumas
tatuagens pelo corpo e entre elas a mais
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relevante é sua estigma com uma


representação de sua família. – O que lhe
preocupa Pasqual? – Falou Leandro, com sua
visão virada ainda para o teto.
– nada, só estou curioso.
– hum... Porque não diz ao Thomas
como foi sua rotina recentemente. – diz em
um tom ríspido. Pasqual o olha de forma
agressiva, mas logo se apressa para sair, pois
tinha assuntos com suas filiais de fachada a
resolver. Comunicou aos seus companheiros
na sala sobre sua saída repentina, logo saindo
pela porta de vidro com detalhes de mármore
junto a seus subornados, pouco tempo depois,
os outros dois também saíram após terminar
suas bebidas.
– vamos para casa. – diz Leonardo no
banco de trás de seu carro junto a seu
subornado; ao chegar em sua mansão, havia
ainda alguns de seus funcionários presentes
em sua casa.
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– porque não foram para casa ainda? –


Leandro pergunta ao adentrar pela porta
vendo a tia Danuza colocando comida sobre a
mesa e seus dois guarda-costas parados no
batente da porta.
– eu precisava lhe servir senhor. – diz tia
Danuza com a bandeja sobre as mãos;
colocando sobre a mesa seu prato juntamente
com o acompanhamento do seu jantar.
– assim que terminar vai para casa, peça
ao Jeff te levar, esta muito tarde para a
senhora sair sozinha.
– sim, senhor – ela fez uma pequena
reverencia saindo logo em seguida para a
voltar a cozinha. Leandro se senta a mesa e
leva uma colher de comida ate a boca, desde
que começaram a aparecer assassinos para
acabar com a vida de sua família sua rotina
tem se misturado e tem sido dias
conturbados, ele precisava relaxar ao menos
um pouco. Sorri com seus próprios
pensamentos triviais, apesar disso, no mesmo
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momento em que o caos crescia em seu


interior, sua afeição se converte para uma
mais firme e fechada.
Mas tarde naquela noite, sentado a sua
poltrona de seu escritório, fora destinado a
seu e-mail de um dos seus representantes das
suas empresas filiais de fachadas. Nele
contem arquivos dos seus custos financeiros,
e mais informações sobre a empresa. Porem
ao final do texto, se deparou com uma
questão em si que precisava ser analisada
com delicadeza pelo fatos recentes.

O projeto da festa beneficente em... está


correndo conforme suas instruções. A festa
beneficente ocorrera no dia 13 de julho em
Veneza(Itália), rua Sarto di cristallo d’argento –
1936. Reservaremos dois dias pra o senhor em um
dos melhores hotéis da cidade para dois dias a três
dias.
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Sem demora, Leonardo checa sua


agenda vendo que não terá reunião e
comissões marcadas para esse dia, no
mesmo instante ele mesmo faz a devolutiva a
ele dizendo que visitaria a festa, e também
para ver se o andamento de suas empresas
filiais estão correndo certo.

*
P.O.V Penelope
Ao acordar com uma enxaqueca das
grandes, revira-se na cama a procura de seu
celular, ao olhar se desperta em segundos,
pelas várias mensagens de sua amiga a
dizendo para estar em sua empresa a poucas
minutos atrás. Pega uma muda de roupas de
seu armário, arruma seus matérias e sai em
disparada. Ela trabalhava em uma empresa
para fotógrafos de eventos sociais, um de seus
funcionários já levou um prêmio de melhor
foto do ano de sua cidade, e claro que sua
empresa comemorou por alguns dias, mas ao
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longo desses dias pareciam inconcebível com


o ocorrido.
Chegando na porta de sua sala, se
depara com seu chefe Alison, aparentando
estar bravo pelo atraso ao serviço, mas suas
feições mostravam o contrário.
- Chefe, me desculpe pelo atraso.
- Espero mesmo que esteja arrependida,
e por isso que ira fazer hora extra hoje!
- Mas senhor...
- Sem mais uma palavra, tem sorte que
estou de bom humor. Volte ao seu trabalho, já
deixei uma pasta com uma proposta de um
evento beneficente. Depois me diga sobre
suas ideias. – Após seus conselhos volta a sua
sala meio as pressas. Penelope presumiu que
havia muitos eventos a serem organizados
pela empresa, e Alison não é uma pessoa em
que costuma deixar para última hora essas
propostas, em muitos finais de anos as
agendas dos fotógrafos sempre eram lotadas
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para eventos, por conta dos feriados ou


alguma comemoração.
Ao observar o envelope bege sobre sua
mesa, logo coloca sua bolsa em um cabideiro
prata de ferro. Se senta sobre a cadeira
respirando fundo, ao abri-lo vê vários papéis
sobre o evento e algumas outras informações
sobre o anfitrião e o local em que será feita a
festa. Ele separa em uma folha impressa
ângulos em que daria melhor resolução e
amplitude do evento, prepara outras coisas de
seus projetos como “lição de casa”.

Já se passaram muitos horas, e ela ainda


estava terminando de ajeitar suas papeladas e
as colocando dentro de sua pasta para não
amassar as folhas. Pega sua chave de seu
carro, indo logo depois para o
estacionamento, vendo que muitos
funcionários de sua empresa já aviam ido
embora, só restavam apenas os CEO’s na
empresa até às onze da noite. Durante seu
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trajeto fora ouvindo em um som com uma


vibe agradável, as músicas de Chase Atlantic,
um de seus artistas que mais ouve
atualmente.
Chegando em casa logo pega seu
telefone recebendo um e-mail de sua agência
de fotografia, em que constava do seu projeto
com a festa que receberá hoje de manhã, ao
perceber que não iria somente a trabalho
poderia levar um colega ou amigo como
acompanhante junto a ela. Logo contactou
seus amigos para dizer sobre o final de
semana, por sorte uma de suas melhores
amigas poderia, que por coincidência
também trabalhava com fotografia.
- amiga você vai estar disponível esse
final de semana?
- vou sim, meu chefe me deu folga de
uma semana. Estou já preparando minhas
cervejinhas e chocolatinhos para deixar
estocado. – as duas riam juntas.
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- então você gostaria de ir a uma festa


comigo? Recebi hoje um projeto para
fotografar um baile que vai acontecer nesse
sábado a noite na cidade de Veneza na Itália.
- só vamos, vou preparar minhas malas
é hoje.
- mas faltam só dois dias.
- mesmo assim irei deixar preparado né
- já deixa separado mascaras para
fantasia pois esse baile ira ser de mascaras.
- hm, vou pegar geral! – diz animada.
Cláudia era uma pessoa festeira e ama muito
beber bebidas alcoólicas, mas sempre era a
pessoa que não exagerava muito na bebida,
uma boa companheira para a vida, seu estilo
era bem colorido mais não tão extravagante
ao ponto de parecer uma arvore enfeitada
para o natal. Muitas festas, comemorações e
ate mesmo nos dias tristes ela sempre era
pessoa conselheira sobre a vida.
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- amiga me desculpe, mas inda tenho


que terminar os meus trabalhos. Só liguei
para lhe avisar e não se esqueça que nós
iremos sair às oito da manhã.
- está bem, mandona. Te encontro em
frente ao aeroporto então. Beijos amiga até.
- até, e não se atrase. – finaliza a ligação
e volta a seus afazeres.

*
Dias de cansaço se passaram e agora
Penelope poderá curtir um dia sem ver o
rosto de algumas pessoas arrogantes do
trabalho, ansiava tanto pela viagem que sua
imaginação pairavam sobre vários lugares em
que poderia visitar, estava desacreditada na
ida ao aeroporto com a exceção de conhecer
umas das cidades mais lindas, conhecida por
ser uma das cidades da paixão depois de Paris
claro. Na espera de sua amiga, em que estava
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atrasada, seus sentimentos misturavam entre


fúria e ansiedade.
- onde você estava criatura? – diz
Penelope, com uma enorme vontade de bater
na sua amiga.
- antes que venha me xingar e quebrar
minha cara, me escute primeiro. – coloca as
mãos sobre os joelhos cansada por ter corrido
ate achar sua amiga pelo grande aeroporto.
- irei escuta-la mas vamos fazer nosso
check-in primeiro para embarcarmos no
avião. – juntas elas passam por uma fila para
alguns atendentes em que conferem seu
passaporte, por sorte que elas estavam indo
por uma companhia associada e não tiveram
tantos procedimentos assim. Ao adentrar o
avião e estarem sentadas em suas poltronas,
logo começaram a conversar para passar o
tempo.
- então me conte.
- então, quando acordei já tinha deixado
tudo preparado para hoje, mas quando
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chamei o Uber para me levar, a maioria dos


motoristas começou a me cancelar, ai quando
um me aceitou e me pegou bonitinho,
começou a ter um transito que parecia que
não acabava mais. Fiquei ate me perguntando
da aonde saiu tanto transito na manha de
sábado. Já comecei o meu dia uma maravilha.
- esta bem, dessa vez passa. Mas olha
veja pelo lado bom nos iremos nos divertir
hoje, assim que nos hospedarmos no hotel
podemos dar uma volta pela cidade, o que
acha
- bom, se quando chegarmos tiver vinho
eu vou beber uma taça cheia. – diz
emburrada.
- vai devagar, porque e provável de que
na festa nos iremos beber um pouco.
- Ah bebe você vai beber pouco, já a
princesa aqui ira beber ate você me carregar
no colo. – elas riem, quando perceberam o
avião já estava sobrevoando sobre as nuvens.
A imagem do mar de cima era realmente
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maravilhosa como diziam as pessoas que


viajam de avião.

Horas e horas de viajem, elas chegam ao


solo, as duas amigas foram o voo inteiro
acordadas conversando baixo, para não
atrapalhar os outros passageiros que estavam
descansando. Ao chegarem passaram sobre o
detector de metais, e viram que não havia
nada em seus corpos. Um carro estava a
espera por elas para deixarem no hotel Gigli
Spinosi. Elas muito animadas com tudo o que
estavam acontecendo, logo disseram o nome
em que estava reservado um quarto com duas
camas no terceiro andar, logo deram a chave
do quarto a elas e liberaram sua passagem lhe
desejando uma boa estadia no hotel.

Chegando ao seu devido quarto, após


descansar um pouco da viajem, estavam
desfazendo as malas para irem visitar alguns
lugares da cidade, e também para ver mais ou
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menos aonde era o baile beneficente. Ao


voltarem quatro horas antes da festa.
- pode indo na frente na frente que eu
vou ficar aqui por um tempo.
- mas você vai ficar aqui na recepção ou
nos bancos aqui fora? – diz Cláudia, já em
frente ao elevador, parando sua ação em
entrar logo em seguida.
- vou ficar nos bancos.
- ok, enquanto isso eu vou me trocando
e fazendo minha make.
- ok.
Assim que elas se despeçam, Penelope
fica por um tempo apreciando a vista meio
noturna da cidade, com as nuvens em tons
claros brilhantes e vibrantes que as pouco
foram substituídas pela as cores escuras mais
ou menos neutras. Após ver seu relógio decide
subir ao seu quarto para se trocar antes que
chegue atrasada. Ao passar sobre a recepção,
estava destruída em seu telefone, quando
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sente uma pancada sobre a testa o que fez ela


a olhar para o homem em que acabará de se
trombar.
- me desculpe senhor, estava destruída.
- tudo bem, mas da próxima não ande
com o telefone em mãos. Você pode acabar
sendo roubada e não só o celular não será
levado gatinha.
- porquê falando assim o senhor tem
uma intenção oculta?
- preciso ir, tenha uma boa estádia no
hotel. – ele pega em seu telefone logo o
colocando sobre a orelha. Um homem
misterioso, atraente com roupas sociais,
Penelope ficou um tempo no elevador
pensando no homem misterioso do hotel.
- será um dia vamos se esbarrar
novamente? – conversa com si mesma, ela
tenta colocar de lado esses pensamentos pois
ela não iria na festa apenas para se divertir.
Chegando no quarto se depara com sua amiga
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fazendo sua maquiagem com uma roupa de


banho sobre a mesa de centro do quarto.
- a vista estava linda hoje.
- hum – com um pincel sobre a boca
Cláudia tentou articular alguma palavra.
- bom, eu vou tomar banho, já deixa
separado o meu vestido, por favor.
- está em cima da sua cama, já tinha
deixado separado.
- obrigada.

Entrando na festa via-se várias pessoas


em que provavelmente são boas de bolso
pelas roupas chiques e de marcas de grande
talento e anos de prestigiado pelas classes
mais nobres. Elas foram seguindo um moço
da recepção em que lhes disse leva-las ao
dono da festa em uma parte mais reservada
do baile, andando pelos corredores vendo
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muitas pessoas se beijando ou ate mesmo


deixando a natureza humana de seus
pensamentos mais lascívia e libidinosos.
- chegamos senhorita. – o recepcionista
diz apontando para uma porta de madeira
escura brilhante.
- amiga vai indo que eu vou voltara para
a festa. - disse Cláudia já voltando junto ao
outro moço já comendo ele com os olhos.
Penelope nem ligou muito para isso, deu
algumas batidas na porta e logo entra ao
ouvir uma voz a permitindo entrar.

P.O.V Leandro
- entre, por favor. – Leandro distraído
com seus amigos, ao ver uma mulher
entrando pela porta, a admira como nunca
tivesse visto uma mulher do seu tipo em sua
frente.
- acho que vai chover, gotas diferentes
hoje. – disse Kristina ao olhar para outro
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lado sorrindo brincalhona, mas logo tirou o


sorriso do rosto ficando seria ao reparara a
expressão de Leandro sobre ela.
- boa noite, o senhor deve ser o Leandro
Bernard? Eu me chamo Penelope da
empresa HPF COMPANI de fotografias de
eventos de Atlanta.
- sim, estou a par da situação. O que esta
achando da festa? - diz indo em direção ao
uma grande janela de vidro que lhe
proporcionava uma vista perfeita para o baile
e os convidados.
- esta belíssima, eu gostaria de saber se
o senhor gostaria de tirar algumas fotos com
os convidados ou tirar alguma foto em
especial ao seu álbum?. – se pronuncia indo
em sua direção ficando um pouco afastada de
seu corpo.
- Kristina poderia buscar um drink para
nos?. – olha de canto a figura da mulher
vidrada a outra com uma expressão pouco
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discreta em que evidenciava seu interesse por


Penelope.
- claro, quem sabe encontro alguém no
caminho para me fazer companhia.
Um silêncio se estalou pela sala por um
breve momento, até Leandro se virar
calmamente, ficando com seu corpo e seus
olhos colados a cada movimento de Penelope.
- senhorita Penelope, nós já não tivemos
uma conversa mais cedo?
- creio que não senhor.
- me desculpe, lhe confundi com outra
pessoa. Eu gostaria de tirar uma fotografia
com a senhorita.
- comigo?
- sim, porque a duvida?
- porque estou aqui a trabalho e não
devo tirar fotos com os outros, ainda mais
com o dono do baile.
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- eu estou pedindo, não se preocupe, essa


não ira para o álbum. – Penelope se sentia
estranha em parte seu corpo não queria
seguir o que ele estava dizendo, mas a outra
parte estava sendo dominada sem ter ao
menos um toque em seu corpo. Leandro pega
seu telefone já com um sorriso no rosto, abre
seu aplicativo na câmera virando para tirara
uma foto frontal.
- a foto não ficou tão boa assim, mas está
bom. Muito obrigado e vou transferir o
dinheiro para o seu chefe, mas também irei
depositar uma boa quantia também em sua
conta como um extra.
- obrigada, pela gentileza.
- não agradeça, bom eu irei encontrar
alguns empresários e também alguns sócios
que ajudaram a contribuírem a essa festa.
Venha comigo para mostrar a você o lugar e
depois me diga o que achou.
- como o senhor preferir.
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Sua mão é lhe estendida em forma que o


acompanhe como uma acompanhante no
meio de muitas pessoas. Mesmo Penelope não
estando com um uniforme como de costume
pois estava também na festa como convidada
portanto não poderia comparecer com roupas
de fotógrafos, seu vestido cintilante pela noite
fazia os olhos dos convidados babarem de
inveja, um vestido longo meio salmão com um
tule prateado costurado junto ao tecido mais
fino, mesmo sendo um pouco rodado pela
saia, Leandro havia reparado em sua coxa
assim que estava descendo as escadas, o corte
em que descia aberto até seus pês mostrando
seus lindos saltos altos de bico fino tamanho
doze e meio. Ele da uma tossida repentina o
que fez ela e os outros em que estavam pelo
corredor o olha-lo, ele apenas continua seu
caminho, logo chegando ao seu destino em
uma mesa em que estavam dois de seus
empresários sentados bebendo de sua taca
em que estavam servindo alguma bebida um
pouco forte para o paladar de Penelope.
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Ela tira algumas fotos pelo salão a


espera do senhor Leandro, ao reparar ao um
canto meio escuro das luzes, um rapaz a
olhava de forma enciumada pela garota estar
próxima do rapaz com sua estatura meio alta
perto de seu corpo.
- a senhorita esta bem? – diz Leandro
perto de seu rosto, para que ela o ouvisse por
conta da música.
- estou bem, só estou um pouco
surpresa. – ela olha de volta para o canto e o
mesmo homem a olha novamente, no entanto
logo que percebe o olhar de Leandro sobre
ele o que fez o homem sair do local e ir direto
para o bar.
- não ligue para ele, vamos beber
alguma coisa?
- claro.
Eles se direcionam para o bar, ficando a
espera de suas bebidas assim as pedem em
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seguida, assim que seus copos são colocados


sobre o balcão, sem perceber um do seus
sócios apareceram inesperadamente ao lado
deles puxando um assunto e assim como
programado ela tira varias fotos de vários
ângulos diferentes deles juntos conversando
sobre assuntos em que apenas eles
entenderam, assim que ela vai pegar a sua
bebida logo Leandro pega o copo de sua mão
dando um gole da caipirinha magica, feita de
frutas vermelhas com gin e energético.
Penelope ficou sem entender muito bem o
que acabara de acontecer, brevemente em
minutos eles sairão de perto indo para outro
local.
- porque pegou a minha bebida?
- porque a sua parecia estar mais
deliciosa do que a minha.
- a sua bebida aparenta ser muito forte,
mas a minha é fraca, até porque eu não devo
ficar alcoolizada em um evento tão notável
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como esse. – Penelope se apoia sobre o balcão


e observa pensativa.
- poderia me acompanha a um passeio
pela salão? – com seu braço estendido para
sua mão ser depositada sobre e ser guiada ao
salão e ver as beldades que o acompanham
com suas máscaras de gala reluzentes.
Penelope percebe que o senhor Leandro
parecia estar a procura de alguém, mas
também poderia ser que esteja a procura de
seus subordinados pela festa. Porém assim
que olhou pelo jardim entendeu o motivo e
lembrou o ocorrido no bar quando estava
pegando sua bebida.
- tem algum quarto disponível por aqui?
– diz se virando e ficando de frente a ele, eles
estavam perto da escada em que levava para
as salas VIPs.
- tem sim.
- vai indo para um quarto enquanto eu
vejo aonde está a minha amiga que veio
comigo hoje.
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- tudo bem. Eu lhe encontro no quinto


quarto a esquerda.
- tudo bem, tome cuidado senhor.
- digo o mesmo.

P.O.V Penelope
Ela vai em direção a pista de dança,
imaginou que a esse ponto Cláudia estaria
pegando alguém, assim que chegou perto da
pista de dança avistou um vestido preto
tomara que caia de cetim com detalhes de
renda em sua clavícula ficando lindo ao se
ver, uma deusa em pessoa. Se aproxima dela
dançando aos poucos, depois cola seu corpo
ao aproxima seus lábios perto de seu ouvido
soltando respirações quentes perto de seu
pescoço.
- eu infelizmente não vou poder fica aqui
dançando um pouco com você.
- porque amiga?
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- porque infelizmente o meu ex-


namorado está nessa festa e parece que ele
drogou o dono da festa que estava ao meu
lado e eu vou ver se ele está bem.
- mentira! Cadê esse miserável, olha se
eu ver ele eu mato, por tudo que ele fez você
passar.
- calma, ele deve estar bem longe de
você, e relaxa que ele não vai nem sonhar em
tocar em mim.
- ok amiga, toma cuidado.
- tudo bem.
Penélope volta para as escadas assim
como Leandro avia falado, adentra o quarto
indicado, tal qual encontra Leandro sentado
a uma poltrona perto da cama com uma
expressão um pouco travesso.
- o senhor está bem?
- não.
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- eu sabia, que aquele idiota fez alguma


coisa. Olha me desculpa eu não sabia mesmo
que ele...
- quem era aquele que estava te secando
mais cedo?
- eu acho que era meu ex-namorado.
- como assim?
- eu não sabia que ele é um afiliado ou só
está aqui com um conhecido.
- você sabe o nome? Quem sabe eu sei
sobre ele.
- ele se chama George carvalho dos
Santo.
- aquele filho da puta. - Penelope se
assusta pela forma que ele falou que até
abaixa a cabeça e da um passo para trás.
- o senhor o conhece?
- sim, é um dos meus sócios presentes na
festa, ele fez algo a você?
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- não, mas creio que ele fez algo com


você. – ela se aproxima de seu corpo ficando
de joelhos, tocando em sua testa verificando
sua temperatura.
- sua temperatura está um pouco alta,
não é melhor chamar um médico?
- não, provavelmente ele colocou Viagra
em sua bebida. Acho que ele pensou que você
faria sexo com ele.
- por isso tomou minha bebida.
- sim, eu vi ele colocando algo na sua
bebida e você não havia percebido, por isso
tomei em seu lugar.
- você é louco, e se ele tivesse colocado
outra substância, você poderia ter morrido.
Eles ficam se olhando por um breve
momento, o rosto de Leandro se aproxima
perto do pescoço de Penelope, com cenas
luxuosas em mente. De diante de tal situação
ele vira a cabeça para o lado e respira fundo
se levanto de brusco.
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- eu não irei encostar em você a não ser


que queira. – diz de costa a ela, olhando para
o abajur com uma luz clara.
- e se eu disser que eu quero?
- isso seria fantástico. – se vira e se senta
sobre a cama. Penélope se levanta ficando de
frente a ele.
- senhor Leandro, eu gostaria de ser sua
por uma noite!
- nem precisava pedir, irei aceitar com o
maior prazer. Até porque a senhorita nasceu
para ser minha.
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Autora: Camila Marcelino


Personagens: Ana Caroliny – Penelope
Phelipe – Leandro
Cláudia
Kristina
Pasqual
Thomas
Jeff
Tia Danuza
Chefe Alisson
Iniciada: 20/07/23
Terminada : 31/12/22

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